AVALIAÇÂO DOS BANCOS DE DENTES HUMANOS DAS INSTITUIÇÔES DE ENSINO DE ODONTOLOGIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Aluno: Maria Eduarda da Conceição Ernandes Colaboradores: Orientador: ROBERTO ANTONIO DE SOUZA SANTOS Curso / Instituição de Ensino Superior: Odontologia/ Unigranrio Introdução Os dentes humanos sempre foram utilizados, mas não se tinha conhecimento do risco que se corria em relação à contaminação através do manuseio desses dentes, que não eram considerados como órgãos humanos. As procedências eram as mais variadas possíveis, a maioria era oriunda de cemitérios, dando margem à livre comercialização. Ainda hoje, observa-se o desconhecimento de alguns discentes sobre os riscos que poderão correr quer infringindo à Lei nº 9434 de 04 de fevereiro de 1997 e sua suplementar nº 10211 de 23 de março de 2001 que normatiza a obtenção e utilização de órgãos sendo a comercialização crime, ou expondo sua integridade física pela manipulação de dentes de origem duvidosa. Esse trabalho visa, através do contato com as instituições de ensino de Odontologia do Estado do Rio de Janeiro, detectar por meio de questionário, quais as que possuem Banco de Dentes Humanos e como é seu funcionamento e gerenciamento, para que haja maior divulgação de onde e como conseguir esses dentes, necessários para auxiliar a formação e qualificação dos acadêmicos e profissionais de Odontologia de maneira legal e segura. Objetivos Geral: avaliar os Banco de Dentes Humanos das instituições de ensino de Odontologia do Estado do Rio de Janeiro. Específicos: determinar a existência do Banco de Dentes Humanos nas Instituições de ensino de Odontologia do Estado do Rio de Janeiro Material e Métodos O universo foi formado por dezoito instituições de ensino de Odontologia do Estado do Rio de Janeiro, cujos endereços foram obtidos através de consulta prévia ao Conselho Regional de Odontologia do Rio de Janeiro através do endereço eletrônico. Foi aplicado um questionário constituído de perguntas abertas e fechadas, enviado por e-mail, à coordenação do curso de graduação em Odontologia, junto com o termo de consentimento livre e esclarecido elaboradas para detectar: a presença do Banco de Dentes Humanos, a procedência das doações, os métodos de esterilização utilizados e o armazenamento. Resultados Das dezoito instituições contatadas somente doze responderam encontrando-se os seguintes resultados: 58,33% possuem banco de dentes e 41,67 % não possuem. Em relação à procedência das doações, 28,57% de clinicas particulares, clínica da instituição, hospitais públicos e consultórios dentários, 42,85% de clínicas particulares, da clínica da instituição e consultórios dentários, 14,28% hospitais públicos da clínica da instituição e de consultórios dentários, 14,28% de hospitais públicos e da clínica da instituição e nenhuma através de cemitérios. Em relação à esterilização, o percentual de acordo com os métodos utilizados foi: 28,57% Glutaraldeído e autoclave, 42,85% em ácido Peracético e 28,57% utiliza autoclave . Com relação à forma de armazenamento: 28,57% armazenam os dentes em imersão em soro fisiológico sob refrigeração e secos, 42,85% em imersão em soro fisiológico sob refrigeração e 28,57% armazenam os dentes secos. Conclusão: a pesquisa atingiu o objetivo proposto relacionando as instituições que possuem banco de dentes humanos, detectando-se a procedência, os métodos de esterilização e armazenamento do órgão dentário, podendo dessa forma orientar onde e como conseguir os dentes, necessários para auxiliar a formação e qualificação dos acadêmicos e profissionais de Odontologia de maneira legal e segura. Referências Bibliográficas Imparato JCP et al. Desinfecção e Esterilização de Dentes Humanos. In Banco de Dentes Humanos. ; Cap 8, p. 115-131, Curitiba, ed. maio, 2003. Nassif ACS;et al. Estruturação de um Banco de Dentes Humanos. Pesq. Odont. Bras. 2003; 17 sup. Pesq Bras Odontoped Clin Integr, João Pessoa, 9(1):101-106, jan./abr. 2009 Pinto SL, et al. Conhecimento Popular, Acadêmico e Profissional sobre o Banco de Dentes Humanos. Bolsa de Iniciação Científica (IC):