CURSO DE AÇÕES DE COMANDOS CENTRO DE INSTRUÇÃO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS ORIENTAÇÃO AO CANDIDATO CAC 2016 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) CURSO DE AÇÕES DE COMANDOS ORIENTAÇÃO AO CANDIDATO Edição 2016 1. FINALIDADES - Prestar informações de caráter geral quanto aos objetivos gerais, inscrição e seleção do Curso de Ações de Comandos (CAC); - Orientar a preparação nas áreas afetiva, cognitiva, psicomotora (física e orgânica), material e administrativa dos candidatos (oficiais e sargentos voluntários) ao Curso de Ações de Comandos (CAC). 2. REFERÊNCIAS a. DRISME C I Op Esp (Portaria nº 117 e 118 - EME, de 12 de novembro de 2009); b. Relatório da análise ocupacional; c. Perfil Profissiográfico do concludente do CAC (BI Nr 070 – DEE, de 29 de novembro de 2008); d. Documento de Currículo do CAC (BI Nr 070 – DEE, de 29 de novembro de 2008); e. Plano de Disciplinas do CAC (BI Nr 070 – DEE, de 29 de novembro de 2008); f. NGA do CAC; e g. Diretrizes do Cmt CI Op Esp. 3. O CURSO a. O Curso de Ações de Comandos é a única porta de entrada para o mundo operacional das Operações Especiais no Exército Brasileiro, e não há atalhos. É um processo pelo qual todo Comandos já passou e um assunto muito sério para os que, um dia, conseguiram transpor esse obstáculo. Portanto, o aluno deve se preparar de corpo e alma para enfrentá-lo. b. Má preparação, certamente, levará o aluno ao desligamento. Dentro de cada turno que começa o Curso, já estão os Comandos que chegarão até o final, e o dever do candidato é garantir que será um deles. É um dos cursos mais difíceis do mundo e não deve ser desafiado sem o preparo à altura. c. Ao fim do Curso de Ações de Comandos, há uma carreira cheia de desafios e oportunidades, responsabilidades e prazer, vitórias e realizações. Após este ato de passagem, os concludentes adentram a uma irmandade composta de homens audazes e valorosos, que têm o ideal como motivação, a abnegação como rotina, o perigo como irmão e a morte como companheira. Bons treinos! Bons estudos! Boa preparação! Boa sorte! 2 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) 4. OBJETIVOS a. Curso de Ações de Comandos - OFICIAIS - Habilitar para os cargos e ao exercício de funções nas Organizações Militares operacionais e no Centro de Instrução de Operações Especiais do Comando de Operações Especiais, de acordo com os Quadros de Cargos Previstos (QCP), capacitando o oficial a: 1) comandar o Destacamento de Ações de Comandos (DAC), coordenando o planejamento e a execução de uma Ação de Comandos. 2) planejar e conduzir missões de pronta-resposta. 3) comandar o Destacamento de Ações de Comandos (DAC) em operações contra forças irregulares, integrando um Destacamento Contra Forças Irregulares (DCFI). b. Curso de Ações de Comandos - SARGENTOS - Habilitar para os cargos e ao exercício de funções nas Organizações Militares operacionais e no Centro de Instrução de Operações Especiais do Comando de Operações Especiais, de acordo com os Quadros de Cargos Previstos (QCP), capacitando o sargento a: 1) assessorar o comandante do Destacamento de Ações de Comandos (DAC), no planejamento e execução de uma Ação de Comandos ou missão de prontaresposta, seja como subcomandante, comandante de escalão ou grupo, ou ainda quando atribuída uma missão específica. 2) assumir o comando da fração, na falta de seu comandante, durante a execução de uma Ação de Comandos. 3) comandar equipes operacionais em operações contra forças irregulares, integrando um Destacamento Contra Forças Irregulares (DCFI). 5. INSCRIÇÃO DE CANDIDATOS a. Requisitos exigidos para a inscrição: 1) ser voluntário, do sexo masculino, e ter requerido a inscrição dentro do prazo vigente; 2) ser possuidor do Curso Básico Paraquedista (C Bas Pqdt). OBSERVAÇÃO: Apesar de ser previsto como requisito, o mesmo não tem sido considerado para o processamento da inscrição, seleção, matrícula e execução do Curso de Ações de Comandos. 3) ser voluntário para servir em OM do C Op Esp ou 3ª Cia F Esp; 4) estar, no mínimo, há um ano na OM, considerando, para a contagem desse tempo, a data de início do curso; 3 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) 5) se oficial, ser 2º Tenente, 1º Tenente ou Capitão (por ocasião da matrícula) de carreira, das Armas Combatentes, do Quadro de Material Bélico (QMB), do Serviço de Intendência ou de Saúde. Os capitães concludentes do CAO deverão ter, no mínimo, um ano na nova OM para poderem realizar o CAC, considerando, para a contagem desse tempo, as datas de apresentação na Unidade e de início do curso; e 6) se praça, ser 3º Sargento (com, no mínimo, um ano de serviço, após a conclusão do Curso de Formação de Sargento de carreira, por ocasião da matrícula), 2º Sargento ou 1º Sargento, de carreira, de qualquer Qualificação Militar de Subtenentes e Sargentos (QMS), das Armas Combatentes, do QMB, do Serviço de Intendência ou de Saúde, e estar, no mínimo, no comportamento “BOM”. Os Sargentos concludentes do CAS deverão ter, no mínimo, um ano na nova OM para poderem realizar o CAC, considerando, para a contagem desse tempo, as datas de apresentação na Unidade e de início do curso. 6. GRADE CURRICULAR Atividade Horas-aula HIGIENE PROFILAXIA E PRIMEIROS SOCORROS 21 TOPOGRAFIA E ORIENTAÇÃO EM CAMPANHA 155 TFM 24 NATAÇÃO UTILITÁRIA 32 LUTAS 32 COMUNICAÇÕES 15 INSTRUÇÕES ESPECIAIS 243 ARMAMENTO, MUNIÇÃO E TIRO 69 ORGANIZAÇÃO E EMPREGO DOS COMANDOS 54 AMBIENTES OPERACIONAIS 128 AÇÕES DE COMANDOS 736 SUBTOTAL 1504 ENSINO COMPLEMENTAR E INSPEÇÃO DE MATERIAL E 34 PESSOAL TOTAL 1538 7. ORIENTAÇÃO GERAL a. Somente deverão ser indicados para o Curso de Ações de Comandos (CAC) os militares voluntários que sejam capazes de atingir os índices exigidos no Exame de Avaliação Física (EAF), no Exame de Avaliação Técnica (EAT) e de atender às condições da Inspeção de Saúde (IS), previstas na seleção preliminar. b. Os índices do EAF servem para verificar alguma incapacidade ou limitação evidente e não são parâmetros para as exigências físicas do CAC, que são muito superiores. 4 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) 8. SEMANA ADMINISTRATIVA a. Os candidatos deverão se apresentar no C I Op Esp, até o dia 21 de fevereiro de 2015 (domingo), às 20:00 horas, em uniforme 4º A1 com gorro. b. Serão realizadas as seguintes atividades: 1) inspeção de saúde complementar (ISC); 2) exame psicológico (realizado pelo CEP); 3) avaliação técnica (EAT); e 4) avaliação física (EAF). 8. INSPEÇÃO DE SAÚDE COMPLEMENTAR (ISC) a. A ISC, destinada aos oficiais e sargentos, será realizada pelo Médico Perito do CIOpEsp, devendo todos os candidatos se apresentarem, no CIOpEsp, de posse dos exames previstos na DRISME do CIOpEsp/2009. b. Se foi constatada a necessidade de exames adicionais na Inspeção de Saúde no Cmdo Mil A, esses também devem ser conduzidos à ISC. c. Por se constituir em ato de serviço, os exames realizados pelos candidatos não deverão ser indenizados (fator de custo). 9. PREPARAÇÃO NA ÁREA AFETIVA a. Um exame psicológico será realizado no C I Op Esp, conduzido por uma equipe do Centro de Estudo de Pessoal (CEP), podendo ser reforçado por psicólogo (s) do C I Op Esp. Este exame será considerado auxiliar e não-eliminatório no processo de seleção para o CAC. b. Atributos da área afetiva desenvolvidos e avaliados no CAC - O CAC é um curso no qual são exploradas as três áreas do conhecimento: AFETIVA, COGNITIVA e PSICOMOTORA. Pela característica das missões atribuídas a um Destacamento de Ações de Comandos, a área afetiva se reveste de fundamental importância no perfil do concludente. Entretanto, o pouco tempo de realização do curso dificulta, sobremaneira, o desenvolvimento por completo desses atributos. Assim, é imprescindível que os candidatos estejam preparados desde o início para serem avaliados nessa área. São eles, os AAA avaliados no CAC: 1) ADAPTABILIDADE: adaptar-se de maneira apropriada a mudanças de situação. A realidade encontrada pelo aluno no curso é única! O candidato deve adaptar seu corpo, sua mente e seus conceitos para uma realidade impiedosa e rotina extenuante do início ao fim do curso. 2) AUTOCONFIANÇA: capacidade de demonstrar segurança e convicção em suas atitudes, nas diferentes circunstâncias. O CAC é uma ótima ferramenta para 5 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) desenvolver esse atributo em quem já tenha o mínimo. Excesso de autoconfiança pode atrapalhar o aluno no curso. 3) COOPERAÇÃO: Capacidade de contribuir espontaneamente para o trabalho de alguém e/ou de uma equipe. O nome “COMANDOS” termina com a letra “S” e enfatiza a atuação em grupo e a capacidade de cooperação que torna um Destacamento de Ações de Comandos um organismo vivo e uma arma muito poderosa. 4) CORAGEM: capacidade para agir de forma firme e destemida, diante de situações difíceis e perigosas, seguindo as normas de segurança. A coragem deve ser inerente ao integrante de qualquer tropa que se predispõe a cumprir missões de grande importância em áreas hostis estando, muitas vezes, em inferioridade numérica. 5) CRIATIVIDADE: capacidade de produzir novos dados, idéias e/ou realizar combinações originais, na busca de uma solução eficiente e eficaz. O aluno, apesar de desgastado, deve ter condições de prosseguir resolvendo os problemas que se apresentam com um mínimo de desempenho. Soluções inovadoras mostram que, apesar do desgaste, o aluno ainda tem condições de raciocinar com eficiência. 6) DECISÃO: capacidade de optar pela alternativa mais adequada, em tempo útil e com convicção. A decisão de fazer o curso de comandos é só o primeiro passo. Durante o curso, o militar, principalmente em função de comando, deve decidir com correção e será cobrado quant a isso. 7) DINAMISMO: capacidade de atuar ativamente com intenção determinada. 8) EQUILÍBRIO EMOCIONAL: capacidade de controlar as próprias reações para continuar a agir, apropriadamente, nas diferentes situações. O COMANDOS deve sempre manter sua mente fria para que seu discernimento, consciência situacional, decisões e, consequentemente, a segurança de seus homens não sejam comprometidos por influência de emoções descontroladas. Um militar sem controle emocional é um perigo para sua tropa e não será admitido nas fileiras das Op Esp. 9) LIDERANÇA: capacidade de dirigir, orientar e propiciar modificações nas atitudes dos membros de um grupo, visando atingir os propósitos da instituição. É impossível comandar um grupo de COMANDOS sem uma capacidade mínima de liderança. 10) ORGANIZAÇÃO: capacidade de desenvolver atividades de forma sistemática e eficiente. 11) PERSISTÊNCIA: capacidade de manter-se em ação continuadamente, a fim de executar uma tarefa vencendo as dificuldades encontradas. A falta desse atributo tem sido responsável pela maioria dos desligamentos nos CAC anteriores. 12) RESISTÊNCIA: capacidade de suportar, pelo maior tempo possível, a fadiga resultante de esforços físicos e/ou mentais, mantendo a eficiência. O aluno do CAC ainda não conhece seus limites, e deve decidir continuar no curso, dia após dia, para 6 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) que realmente os conheça de fato. A Seção de Pesquisa está encarregada de alertar sobre alunos que estejam chegando a seus limites fisiológicos. 13) RESPONSABILIDADE: capacidade de cumprir suas atribuições assumindo e enfrentando as consequências de suas atitudes e decisões. Os alunos serão tratados com responsabilidade e será responsabilizado por tudo que fizer e deixar de fazer no Curso. 14) ZELO: capacidade de cuidar dos bens móveis e imóveis que estão ou não sob sua responsabilidade. O sistema homem-armamento-equipamento não pode ser comprometido, para que a missão não seja comprometida. PREPARE-SE PARA UM CURSO DE ROTINA IMPIEDOSA! NÃO SE AVALIE, POIS, AVALIAR É MISSÃO DA EQUIPE DE INSTRUÇÃO! 10. PREPARAÇÃO NA ÁREA COGNITIVA a. Exame de Avaliação Técnica (EAT) 1) O Exame de Avaliação Técnica terá o caráter eliminatório e será realizado na Semana administrativa. 2) O exame será constituído de uma prova escrita, contendo itens objetivos e subjetivos, do tipo certo ou errado com correção, verdadeiro ou falso, múltipla escolha, completar lacunas, correspondência de colunas, identificação, ordenação ou pergunta direta simples. 3) A prova terá a duração de até 04 (quatro) horas. 4) O exame será preparado e aplicado pelo CI Op Esp, durante a Semana administrativa. 5) Serão considerados aptos, neste exame, os candidatos que conseguirem nota igual ou superior a 5,0 (cinco). 6) Não haverá segunda chamada nem segunda tentativa. 7) Haverá, também, uma avaliação diagnóstica individual de orientação com uniforme 5º B. c. Assuntos por Disciplinas Curriculares 1) O militar voluntário para o Curso de Ações de Comandos deve conhecer as suas próprias limitações cognitivas e reverter qualquer deficiência antes do início do curso. Pela grande exigência e desgaste, o ambiente dentro do curso não é o melhor para reverter deficiências. Para otimização do processo ensino-aprendizagem, o candidato já deverá se apresentar para a “semana zero” tendo pleno conhecimento e domínio dos assuntos abaixo: a) Higiene, Profilaxia e Primeiros Socorros 7 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) (1) Identificar os sintomas e efeitos dos distúrbios térmicos e da rabdomiólise. (2) Empregar as medidas a serem adotadas para prevenir o acometimento de distúrbios térmicos e da rabdomiólise. (3) Aplicar as técnicas de primeiros socorros, em especial AVDI / ABC. b) Topografia e Orientação em Campanha (1) Identificar e calcular a escala de cartas topográficas. (2) Identificar as convenções cartográficas e símbolos militares nas cartas topográficas. (3) Identificar acidentes planimétricos e altimétricos na carta e no terreno. (4) Declinar uma carta topográfica e atualizar o ângulo QM. (5) Calcular azimutes e contra-azimutes magnéticos e lançamentos. (6) Localizar (locar) e designar pontos na carta topográfica por meio de tela código, linha código, coordenadas retangulares, polares e geográficas. (7) Determinar direções e azimutes para orientação e navegação. (8) Traçar na carta topográfica uma rota. (9) Montar um quadro auxiliar de navegação (QAN) para a rota traçada. (10) Orientar a carta por meio de bússola ou do terreno. (11) Localizar pontos por meio dos processos de interseção avante e a ré. (12) Orientar-se em terreno variado armado, equipado e com mochila. As avaliações nas pistas serão, prioritariamente, individuais. Por isso, os candidatos devem chegar no curso com plenas condições de realizar a navegação terrestre orientada. (13) Configurar um GPS para utilização. É inadmissível um oficial ou sargento das armas, quadro e serviço, em pleno Séc XXI, não saber configurar e utilizar um equipamento GPS! (14) Conhecer os datum das cartas topográficas utilizados em cada região em que for operar. (15) Registrar coordenadas retangulares e geográficas no GPS. (16) Registrar rotas para navegação. (17) Empregar o GPS como instrumento auxiliar de navegação. c) Lutas 8 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) (1) Aplicar as técnicas de combate corpo a corpo a mão livre, com faca, com armas curtas, com armas longas e com baioneta. (2) Conhecer as técnicas de silenciamento de sentinelas com armas brancas. Obs: A fim de evitar lesões, os candidatos devem dominar todas os educativos de quedas previstos no C 20-50, inclusive executar rolamentos sobre obstáculos em distância e em altura. Outro aspecto que ajuda muito é treinar esquivas e defesas de golpes traumáticos, não previstas no manual. d) Comunicações (1) Descrever os fundamentos de utilização das comunicações rádio. (2) Instalar e explorar os equipamentos rádio existentes na OM, particularmente a PRC 910, Harris Falcon II e III, ICOM e Vertex. (3) Identificar os componentes dos equipamentos rádio existentes na OM acima citados. (4) Identificar os tipos de antenas básicas e seus componentes. (5) Instalar antenas básicas. (6) Calcular e construir antenas improvisadas. (7) Criptografar e decriptografar mensagens empregando os processos de chave-simples, chave-dupla e alfabeto retangular. (8) Autenticar mensagens em fonia. (9) Aplicar as medidas de proteção eletrônica na exploração das comunicações. (10) Utilizar as IPComElt/IEComElt. (11) Empregar as técnicas de preparação e manutenção do material de comunicações. e) Instrução Individual para o Combate (1) Conhecer o terreno (nomenclatura, valor militar dos acidentes, interpretação de indícios, avaliação de distâncias, designação de alvos e objetivos). (2) Saber utilizar o terreno (seleção e escolha de itinerários, cobertas, abrigos, para observar, para atirar, para progredir, camuflagem individual). (3) Conhecer as missões individuais (vigia, esclarecedor, homem de ligação, mensageiro, atirador). f) Explosivos e Destruições 9 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) (1) Identificar as propriedades, tipos e características do material militar de destruição. (2) Identificar os explosivos militares e comerciais. (3) Descrever as medidas de segurança no manuseio de explosivos. (4) Descrever as técnicas de utilização do equipamento militar de destruição. (5) Descrever os processos de escorvamento e lançamento de fogo. (6) Calcular a amperagem necessária para lançamento de fogo em um circuito elétrico. (7) Citar os tipos de destruição. (8) Descrever a sequencia dos trabalhos de destruição com emprego de explosivos militares. (9) Calcular cargas necessárias aos diversos tipos de destruição, empregando explosivos militares e comerciais para cortar aço, trilhos, madeira, cargas de pressão, ruptura, abertura de crateras, abatiz e vigas. Obs: A tomada de procedimentos que atentem contra a segurança e da integridade física dos presentes na instrução pode ser motivo de punição disciplinar e/ou desligamento do aluno. g) Armamento, Munição e Tiro - Identificar as características; executar a desmontagem e a montagem (1° e 2° escalão); executar o manejo; executar a operação; e empregar a técnica de tiro/material dos seguintes armamentos e artefatos: (1) Pst 9 M973 (IMBEL) (2) Fz 7,62 M 964 A1 (PARAFAL) (3) Mtr 7,62 M 971 (MAG) com e sem reparo (4) CSR 84mm (CARL GUSTAF) (5) AT-4 (6) Mrt 60 M2 (7) Gr M M3 (8) Gr Bocal (i) Obter a alça de combate do fuzil. Obs: A tomada de procedimentos que atentem contra a segurança e da integridade física dos presentes na instrução pode ser motivo de punição disciplinar 10 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) e/ou desligamento do aluno. Inclui-se aí o disparo acidental com festim e com munição real. h) Patrulhas (1) Citar os tipos de patrulhas. (2) Organizar os diversos tipos de patrulhas. (3) Realizar o estudo de situação e as normas de comando. (4) Elaborar e emitir uma Ordem Preparatória e Ordem à Patrulha. i) Nós e Amarrações (1) Confeccionar os diferentes tipos de nós (direito, de porco, prússico, escota, azelha, azelha em oito, lais de guia e pescador). (2) Confeccionar o assento americano, a atadura de peito e auto-segurança para escalada. j) Fontes de consulta (buscar as edições mais recentes) (1) Manual C 21-26 (Leitura de Cartas e Fotografias Aéreas). (2) Manual C 24-9 (Exploração em Radiotelefonia) – 3ª Edição 1995. (3) Manual C 11-1 (Emprego das Comunicações) – 2ª Edição 1997. (4) Manual C 24-50 (Segurança das Comunicações) – 3ª Edição 1995. (5) Manual C 5 -25 (Explosivos e Destruições). (6) Manual C 21-74 (Instrução Individual para o Combate). (7) Caderno de Instrução CI 21-75/1 (Patrulhas) - 1ª Edição 2004 Experimental. (8) Manual C 20-50 (Lutas). 11. PREPARAÇÃO NA ÁREA PSICOMOTORA (FÍSICA e ORGÂNICA) a. O segundo motivo mais alegado para desistência do curso de comandos é a falta de preparação física. Há dois fatores muito importantes a considerar. 1) O primeiro deles é que o militar não deve iniciar o curso no ápice de seu desempenho, como um atleta em véspera de competição. Essa situação ocasionará desgaste prematuro e overtraining, podendo levar o aluno ao insucesso no prolongado desafio que é o curso de comandos. Apesar do pouco tempo de recuperação o curso de comandos desenvolve a aptidão física do militar até atingir seu ápice e começar a decrescer. A meta é atingir o fim do curso em condições físicas, psicomotoras e afetivas mínimas para cumprir missão. Recomenda-se também que os militares não se apresentem para o Curso com baixa taxa de gordura corporal. 11 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) 2) O segundo fator é que após jornadas extenuantes e pouco tempo de recuperação, todos os alunos começarão a apresentar desempenho ruim e falhas nas exigências do curso, isto é, todos os alunos passam por momentos de baixa, cada um em seu momento. Isso pode gerar grande sentimento de frustração que pode induzir o aluno a pensar que não se preparou corretamente, ou o fez de forma insuficiente. O aluno deve identificar momentos de baixo desempenho ou de depressão e procurar compensar com muita hidratação e com alimentação, para facilitar o funcionamento do metabolismo. O uso de suplementos e estimulantes vai sobrecarregar o funcionamento do organismo, tendendo a agravar ou mascarar a real situação do militar, representando grande risco. b. Provas do Exame de Avaliação Física (EAF) 1) As Provas poderão ser realizadas em até duas tentativas, com intervalo de, pelo menos, um dia para a segunda tentativa. A prova nr 10 Marcha de 16 km terá apenas uma tentativa. 2) A falta à 1ª tentativa ou sua desistência somente poderá ocorrer por motivo de força maior, plenamente justificado, ao chefe da comissão de aplicação do EAF. 3) Havendo uma tentativa subsequente, em virtude de o candidato não ter atingido o índice da prova (por insuficiência ou falta à prova), o seu verificador deverá ser diferente daquele que verificou a tentativa anterior e esta última tentativa deverá ser supervisionada pessoalmente pelo Oficial Superior Chefe da Comissão de Aplicação do EAF. 4) Caso o candidato não deseje realizar alguma das tentativas subsequentes ou o restante do EAF, deverá preencher e assinar um termo de desistência, no qual abrirá mão dessa execução, e entregá-lo ao Chefe da Comissão de Aplicação do EAF. 5) As provas de nº. 2. Flexão na Barra, nº 3. Abdominal, nº 4. Flexão de Braço e nº 6. PPM serão realizadas de acordo com o C 20 – 20 – Treinamento Físico Militar – 3ª edição – 2002, Portaria nr 089 – EME, de 07 de novembro de 2002 e com a Diretriz para o TFM do Exército e sua Avaliação, Portaria nr 032 – EME, de 31 de agosto de 2008, obedecendo a idade do candidato e devendo ser alcançado, no Padrão Avançado de Desempenho Físico (PAD), o conceito E. As demais provas seguirão as condições abaixo. c. Prova nº 1. Corrida de 8.000m 1) Correr 8.000 metros em terreno plano, em um tempo de até 39 (trinta e nove) minutos. Caso haja desnível no percurso, este deverá ser suave e, na medida do possível, compensado por um desnível inverso (neste caso, seria ideal que a chegada coincidisse com a largada). O tempo de realização será registrado para avaliações posteriores. 2) Caso o candidato não consiga percorrer o itinerário no tempo previsto, ainda assim deverá ser registrado o seu tempo de realização, conforme o item anterior. 12 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) 3) Será realizada com o uniforme 4º A1 sem cobertura, sem camiseta camuflada e sem blusa de combate (busto nu). 4) A prova poderá ser realizada em até duas tentativas. d. Prova nº 5 Subida na Corda Vertical 1) Subir 4 (quatro) metros em corda vertical, de sisal, com o diâmetro de 1,5 (uma e meia) polegada, sem impulso inicial a partir da base (solo ou colchão), sem o auxílio dos pés ou pernas, com a corda distendida ao lado do corpo, sem limite de tempo. A altura subida será registrada para avaliações posteriores. 2) A corda deverá estar balizada aos 0,0 (zero), 3,0 (três), 3,5 (três e meio) e 4,0 (quatro) m de altura. A marcação deverá ser ultrapassada por ambas as mãos do candidato, para ser considerada. A marcação inicial (referente ao 0,0 m) deverá estar a 1,80 m (um metro e oitenta centímetros) de altura, de modo que o candidato esteja com ambas as mãos abaixo da mesma quando começar a subida. 3) Caso o candidato não consiga subir a altura prevista, ainda assim deverá ser registrada a altura subida, conforme os itens anteriores. 4) Será realizada com o uniforme 4º A1 sem cobertura, sem camiseta camuflada e sem blusa de combate (busto nu). 5) A prova poderá ser realizada em até duas tentativas. e. Prova nº 7. Nado Submerso 1) A prova poderá ser realizada em qualquer meio aquático sem correnteza, preferencialmente em piscina, sem limite de tempo. 2) O percurso de 15 metros deve ser realizado em apnéia única, em qualquer estilo, sem que qualquer parte do corpo do militar aflore na superfície. A distância percorrida será registrada para avaliações posteriores. 3) A área a ser transposta deverá ser balizada por raias e / ou cordas de nylon; aos 0 (zero), 10 (dez) e 15 (quinze) m de distância. A marcação deverá ser ultrapassada pelo corpo do candidato, para ser considerada. Poderá haver o toque do corpo do militar no balizamento, desde que o nado submerso termine após o mesmo. 4) A partida deverá ser sem impulso, na posição de pé ou de flutuação natural. 5) Caso o candidato não consiga mergulhar a distância prevista, ainda assim deverá ser registrada a distância mergulhada, conforme os itens anteriores. 6) A prova será realizada com uniforme 4º A1 (calça, blusa de combate, camiseta camuflada) com coturno, desarmado, sem cobertura, com as mangas abaixadas ou arregaçadas e sem equipamento. 7) A prova poderá ser realizada em até duas tentativas. 13 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) f. Prova nº 8. Natação Utilitária de 400m 1) A prova poderá ser realizada em qualquer meio aquático sem correnteza, preferencialmente em piscina, em um tempo de até 19 (dezenove) minutos. O tempo de realização será registrado para avaliações posteriores. 2) O militar deverá nadar 400 metros, em qualquer estilo, não sendo permitido o nado submerso (quando o militar permanecer mais de 5 segundos com todo o corpo abaixo da linha d’água), partindo da posição de pé ou de flutuação natural, sem impulso, não podendo apoiar-se em qualquer auxílio para flutuação, ou mesmo nas bordas da piscina, durante todo o percurso. Na virada, o militar poderá tocar apenas as mãos na parede da piscina, não podendo fazê-lo com os pés. 3) Caso o candidato não consiga nadar no tempo previsto ou a distância prevista, deverão ser registrados o seu tempo de realização e a distância percorrida, conforme os itens anteriores. 4) A prova será realizada com uniforme 4º A1 (calça, blusa de combate, camiseta camuflada) com coturno, desarmado, sem cobertura, com as mangas abaixadas ou arregaçadas e sem equipamento. 5) A prova poderá ser realizada em até duas tentativas. g. Prova nº 9. Flutuação 1) A prova poderá ser realizada em qualquer meio aquático sem correnteza, preferencialmente em piscina, em um tempo de 15 (quinze) minutos. O tempo de realização será registrado para avaliações posteriores. 2) O militar deverá manter o corpo na vertical (caracterizado por não haver afloramento de barriga, nádegas, cintura, pernas e pés) e não poderá realizar deslocamentos que excedam a área de uma circunferência de 2,5 (dois vírgula cinco) metros de diâmetro, nem poderá apoiar-se em qualquer auxílio (de flutuação ou bordas da piscina) durante a prova. Para tal, a área de flutuação deverá ser balizada por cordas de nylon e / ou raias, que não deverão ser tocados pelo candidato durante a realização da prova. 3) A contagem do tempo terá início com o candidato na posição de pé ou de flutuação natural. 4) Caso o candidato não consiga flutuar o tempo previsto, ainda assim deverá ser registrado o seu tempo de realização, conforme os itens anteriores. 5) A prova será realizada com uniforme 4º A1 (calça, blusa de combate, camiseta camuflada) com coturno, desarmado, sem cobertura, com as mangas abaixadas ou arregaçadas e sem equipamento. 6) A prova poderá ser realizada em até duas tentativas. 14 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) h. Prova nº 10. Marcha de 16 km (1) Marchar 16 km em percurso variado por estradas e através campo, em um tempo de até 2 (duas) horas e 45 (quarenta e cinco) minutos. Caso haja desnível no percurso, este deverá ser suave e, na medida do possível, compensado por um desnível inverso (neste caso, seria ideal que a chegada coincidisse com a largada). O tempo de realização será registrado para avaliações posteriores. (2) Será realizada com uniforme 4º A1 (calça, camiseta camuflada, blusa de combate, com coturno), com gorro, armado de fuzil (com carregador), pistola (com carregador), faca de trincheira e com fardo aberto e fardo de combate. (3) O fardo aberto será composto de: cinto NA e suspensório; porta-carregador de fuzil com dois carregadores de fuzil (com munição); coldre; porta-carregador de pistola; um carregador de pistola (com munição); porta-curativo; porta-cantil, cantil (completo de água) e caneco; e porta-carregador de fuzil com kit de manutenção. (4) O fardo de combate deverá ser preparado com pelo menos 15 (quinze) kg de carga em mochila de grande ou média capacidade. A água do cantil do fardo aberto poderá ser consumida durante a realização da marcha. O candidato também poderá consumir água que esteja transportando na sua mochila, desde que esta esteja com o peso previsto ao final da marcha. (5) Caso o candidato não consiga percorrer o itinerário no tempo previsto, deverá ser registrado o seu tempo de realização, conforme os itens anteriores. (6) Haverá pesagem da mochila no início e ao término da marcha. Caso seu peso seja inferior a 15 kg, o candidato será considerado inapto no EAF. (7) A prova será realizada em tentativa única. i. Considerações Importantes 1) O preparo físico e orgânico é de fundamental importância para garantir o sucesso do candidato/aluno no curso e os testes do EAF não são referência para as exigências físicas que existem no CAC. 2) Durante o curso, há uma tendência para a diminuição do condicionamento físico, em função do desgaste físico e orgânico ao qual o aluno é submetido. Por isso, sugere-se que durante os treinamentos, o aluno busque atingir índices e/ou condições de execução mais difíceis dos que os expostos nesta orientação. 3) Os programas de treinamento sugeridos estão especificados no Site do IPCFEx/ TRABALHOS PRODUZIDOS/ PROGRAMA DE TREINAMENTO FÍSICO PARA O CURSO DE AÇÕES DE COMANDOS. Se o candidato tem alguma deficiência, esta deve ser trabalhada durante o treinamento e não relegada a 2º plano ou desprezada. 4) Para orientar a preparação psicomotora devem ser levados em consideração os objetivos específicos abaixo a seguir. 15 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) j. Objetivos Específicos - O candidato/aluno deve iniciar a Semana Administrativa do CAC em condições de realizar: 1) TAF: Menção “E”, conforme C 20-20. 2) Marcha: a) Realizar marcha de 16 Km, armado e equipado com mochila de 15 Kg, no tempo máximo de 2h 45 min. b) Realizar marcha de 20 Km, armado e equipado com mochila de 20 Kg, no tempo máximo de 5 horas. c) Dois objetivos muito importantes devem ser atingidos no treinamento. Um deles é ajustar seus fardos, aberto e de combate, de modo que ele não esteja lesionando o corpo do aluno. O segundo é, dentro dos parâmetros da atividade, ganhar noção da relação “minutos/Km”. 3) Corrida: correr 5000 (cinco mil) metros em pista de solo natural, podendo haver trechos em areia, terreno variado, fardado, armado e equipado e com mochila de 5Kg no tempo máximo de 40 (quarenta) minutos. 4) Transposição de Obstáculos verticais e Horizontais (Pista de Cordas): Executar a transposição de obstáculos verticais e horizontais com o auxilio de cordas, fardado, armado, equipado e com mochila de 5Kg no tempo de 12 minutos. 5) Natação Utilitária a) Executar a desequipagem individual em meio aquático em um tempo de 15 minutos (com todas as peças ancoradas ao equipamento). b) Nadar por 01 (uma) hora com estilo peito modificado (sem imersão da cabeça), fardado e equipado, com pau de fogo e até 2 Kg de metal nos portacarregadores, em meio controlado de piscina (nado de superfície frente, lado e costas). c) Nadar 25 (vinte e cinco) metros em meio controlado de piscina por baixo d’água. d) Nadar 25 (vinte e cinco) metros com aplicação do nado indiano. e) Nadar 3000 (três mil) metros com emprego de qualquer estilo, cem auxílio de nadadeiras e com seu fardamento, armamento e equipamento. f) Realizar apneia estática de até 1 minuto e 30 segundos. g) Executar exercícios de flutuação sem o emprego de meios auxiliares, fardado, com fardo aberto, pau-de-fogo e até 2 Kg de metal nos porta-carregadores, em meio controlado de piscina por 1 hora. 16 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) h) Empregar as nadadeiras, máscara e respirador (snorkel) na natação de superfície, fardado, armado, equipado em um percurso de 3000 (três mil) metros; i) Alagar e desalagar o respirador (snorkel) e a máscara. Obs: Os índices sugeridos para natação e flutuação com peso devem ser atingidos de forma gradativa. l. Esclarecimento sobre a rabdomiólise 1) Operações militares são particularmente suscetíveis a produzir uma quantidade grande de problemas relacionados ao calor. É importante compreender o papel desempenhado por diversos fatores ambientais e operacionais, e a natureza das doenças usualmente denominadas “doenças induzidas pelo calor”. Alguns casos fatais ocorreram durante a realização de atividades militares, o que exige um intenso trabalho de prevenção, com o comprometimento tanto de quem conduz, como de quem participa da operação militar. 2) Nas atividades do Curso de Ações de Comandos (CAC) a possibilidade da ocorrência de distúrbios relacionados ao calor é grande, pois são vários fatores que geram essas possibilidades, entre eles o desenvolvimento das operações em ambiente quente e úmido, o uso do fardamento cobrindo o corpo, o que dificulta o resfriamento do organismo, privação do sono, etc. Tudo isso causa um desgaste orgânico muito expressivo e pode causar câimbras, intermação e rabdomiólise. Daremos uma atenção especial a esta última que vem sendo foco de estudo e discussão. 3) O termo rabdomiólise refere-se à ruptura da célula muscular, com liberação de seus componentes celulares na circulação. Estes, ao serem filtrados nos rins, podem levar à disfunção renal. Isto acontece com uma incidência maior do que se imaginava, como, por exemplo, que parece, por exemplo, nos Estados Unidos, onde são reportados cerca de 25.000 casos anuais, mesmo com temperaturas mais amenas que o Brasil. 4) O diagnóstico precoce, se possível antes da ocorrência de dano renal, é importante, porque a intervenção antecipada permite a recuperação completa do paciente e previne as complicações. 5) Inúmeras causas de rabdomiólise têm sido descritas desde então. As mais comuns parecem ser uso de álcool, excesso de atividade física e, principalmente, o uso de medicações e suplementos lícitos e ilícitos (anabolizantes, anfetaminas e outros estimulantes). 6) Estudos conduzidos com militares que desenvolveram quadro de rabdomiólise indicam o uso anterior de drogas e toxinas inapropriados. Isto está relacionado ao uso constante de suplementos alimentares de natureza diversas, os quais consomem grande quantidade de líquido do organismo. Este quadro, aliado às exigências da atividade, causa um desgaste expressivo, gerando um quadro de rabdomiólise. 17 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) 7) Pelos motivos expostos, os candidatos/ alunos do Curso de Ações de Comandos será submetidos a exames conduzidos pela Divisão de Doutrina e Pesquisa (DDP) do CIOpEsp, particularmente, o Laboratório, para preservar a segurança física e orgânica dos candidatos/alunos e garantir o bom andamento das instruções militares previstas. 8) Com exceção de momentos específicos do curso, não há restrição de água ou alimentação, portanto, coma e HIDRATE-SE SEMPRE QUE POSSÍVEL! 12. PREPARAÇÃO MATERIAL a. Considerações Iniciais 1) O material obrigatório a ser adquirido pelo aluno foi diminuído para minimizar os gastos com aquisição. O aluno deve buscar equipamentos na sua OM ou no mercado. Uniformes usados estocados nas subtenência, por exemplo, podem ser empregados no curso. Fardo aberto, de assalto e de combate estarão disponíveis para cautela no Centro de Instrução, mas é recomendável que o aluno treine, faça adaptações e reforços nas costuras em correarias e se familiarize com seu equipamento antes do curso. Todo material cautelado e extraviado pelo aluno deve ser reposto por um similar, após apuração de responsabilidade. 2) Não é necessário contrair empréstimos para se preparar. Uma boa gestão de gastos vai garantir a preparação mínima sem comprometer a saúde financeira do militar. Os alunos devem se comunicar para buscar preços mais baixos, por pesquisa ou por compra coletiva. 3) O CIOpEsp está buscando adquirir o máximo de material para kits coletivos e materiais individuais. Entretanto, o material a ser disponibilizado é limitado em número, só vindo a atender os primeiros a chegar. O material só poderá ser cautelado para militares que não servem no centro, a partir da semana administrativa. b. Definição dos fardos (Material obrigatório) 1) MÓDULO DE SOBREVIVÊNCIA - UNIFORME 4º A1 (1) no bolso superior esquerdo da gandola (ancorados por cadarço de velame sem miolo): (a) 01 fotocópia plastificada da carteira de identidade; (b) 01 fotocópia plastificada do cartão do FUSEX; e (c) 01 memento plastificado contendo os números de emergência. (d) 01 canivete amolado (e) 01 lanterna a prova d´água funcionando. 18 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) (2) no bolso direito da gandola (ancorados por cadarço de velame sem miolo): (a) 01 bússola tipo “silva” (com ponto fosforescente para operações noturnas) dentro de um porta-bússola de nylon. (b) 01 apito preto. (3) O aluno também deverá portar/utilizar 01 par de coturnos ou boots (calçado 19 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) da OM de origem) com amarração de soltura rápida e meias verdes oliva, pretas ou marrom escuro: (4) 01 relógio a prova d’água com protetor de relógio camuflado; (5) 01 plaqueta metálica de identificação com nome completo, identidade, Prec-CP, tipo sanguíneo e fator RH, e, no verso, o(s) nome(s) de medicamento(s) ao(s) qual(is) é alérgico, ou se não é alérgico. A plaqueta deve estar presa ao pescoço do aluno com a corrente original ou com cadarço velame costurado a mão (máximo de quatro voltas com linha comum). Sugere-se que a plaqueta seja escrita e não prensada. (6) Sutaches sobre os bolsos, um com nome de guerra e outro com a inscrição COMANDOS, com letras de acordo com o RUE. Até a fase de seleção, todos devem ostentar distintivos de posto/graduação e A/Q/S. 2) FARDO ABERTO (Pelo menos, duas vias) a) Conjunto cinto de guarnição tipo NA, suspensório em “H” ou em “Y” (com bolsos), dois porta-carregadores de fuzil, uma faca de trincheira (MK-1, MK-2, Mk Saico ou similares) do lado da mão que não atira, porta-cantil, caneco e cantil, coldre fechado com porta carregador de pistola ao lado da mão que atira e porta-curativo. b) Deve ser fixo um fiel de cadarço velame no cinto ou no suspensório de modo a permitir a pontaria da pistola, sem que toque o solo na posição de pé. Deve haver, também, cadarços velame no coldre e na faca para amarração desses itens na coxa. c) O aluno deve possuir outro porta-carregador de fuzil para inclusão posterior de acordo com orientação da equipe de instrução. d) No porta-curativo deve haver um Kit 1º Socorros, impermeabilizado (dois sacos grossos e sem pote) com, no mínimo, curativo individual, um par de luvas de procedimento, uma manta térmica e dois sachês de repositor hidroeletrolítico. e) A faca deve estar negra, opaca, levemente lubrificada e amolada. f) Os porta-carregadores devem estar com os carregadores plenos de munição. O lenço tático deve estar em um dos porta-carregadores de fuzil. g) O lenço tático deve ser padronizado pelo xerife do turno, devendo comportar as peças e carregadores do fuzil e da pistola, sobre e dentro do mesmo. Em 20 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) cor verde oliva, deve ter um fecho de zíper. Deve ser numerado com caneta permanente. h) Os armamentos e carregadores no fardo aberto não podem estar impermeabilizados com sacos plásticos. 3) BOLSA DE NATAÇÃO a) Consiste de uma bolsa velame grande com par de nadadeiras, máscara, respirador, uniforme (calça, gandola, camiseta, cinto e fardo aberto) com coturno, TUDO LIMPO E SECO para a atividade de natação. b) O cumprimento da norma relativa ao estado de limpeza do fardo aberto e do uniforme do fardo de natação É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA e será objeto de intensa verificação por parte da equipe de instrução antes das sessões de natação. 4) FARDO DE ASSALTO - Mochila de média capacidade ou de assalto sem ferragens para conduzir material para ação no objetivo (de acordo com a missão) ou para fazer TFM (5Kg + água e “macetes a serem consumidos”). 5) FARDO DE COMBATE a) Mochila de grande capacidade verde (padrão do EB) com alça ajustável, protetor de rins e barrigueira. Adaptações como bolsos adicionais, rede de motociclista nas costas, adaptadores de tórax na alça, velcro e tic-tacs nos bolsos são autorizadas desde que não altere muito o formato e o equilíbrio da mochila. É recomendável o reforço de todas as costuras. Tudo isso deve ser feito em correarias de confiança, pois podem acarretar problemas que o próprio aluno terá que resolver na hora. 21 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) b) Dentro dessa mochila devem estar todos os kits obrigatórios, roupa de muda completa com coturno, agasalho (preferencialmente impermeável), um cantil, suprimento de água (camelback ou garrafa(s) PET), marmita com tampa (que caiba no bolso externo da mochila), talher (no mínimo, colher), ração operacional, 04 carregadores plenos com munição real, roupa de contato (calça e camisas em cores mortas e sem estampas, cueca, meia e um calçado fechado), cabo solteiro de 6m e 10mm de espessura (ancorado do lado esquerdo da mochila, em forma de charuto, sem sobras expostas, seja de chicote ou alças e com 20 a 23 voltas), kit camuflagem individual, poncho, kit de escalada (entregue pelo centro), protetor auricular, manta leve ou velame. Todo esse material está detalhado no An “A” Descrição do material. 6) FARDO DE BAGAGEM - Bolsa T-10 ou saco VO, que deve ser conduzido para as viagens que conterá material pessoal extra, que possa ser necessário de acordo com a situação. 13. PREPARAÇÃO ADMINISTRATIVA a. Ao preparar-se administrativamente para o Curso de Ações de Comandos (CAC), o candidato/aluno deve ter em mente que esta atividade se faz necessária, uma vez que seu objetivo é criar condições para enfrentar, satisfatoriamente e com eficiência, o mais difícil, intenso e prolongado treinamento de combate do Exército Brasileiro. Dessa forma, é importante o candidato/aluno, desde já, desenvolver condições favoráveis a sublimar os seus principais problemas do cotidiano, minimizando ou reduzindo a carga de estresse e descontrole que poderá ocorrer, tornando-se assim mais suscetível a lidar adequadamente com situações futuras de intensa pressão psicológica (área afetiva), cognitiva, psicomotora (física e orgânica). b. O comprometimento com o CAC exige que a atenção do indivíduo esteja direcionada, única e exclusivamente, para o objetivo final. Preocupações e obrigações não relacionadas diretamente com o CAC não devem incomodá-lo, sob pena de prejudicar o seu sucesso. Isso requer que o candidato/aluno prepare sua família para suportar o longo tempo de ausência, prevendo procedimentos em possíveis ocorrências de saúde com dependentes, providências quanto à administração da situação financeira e outros problemas e obrigações comuns no cotidiano. A ausência de qualquer óbice de natureza familiar, obrigacional e financeira é uma grande aliada no bom desempenho no estágio. c. Um dos motivos que tem sido observado como fator de desligamento voluntário do Curso de Comandos refere-se a falta de preparo administrativo (organização dos problemas pessoais). d. Após iniciado o curso, praticamente não haverá tempo ou oportunidade para resolução de problemas particulares e familiares. Assim, o aluno não pode esquecer-se de organizar e preparar a sua vida pessoal, de forma que as responsabilidades administrativas (família, contas a pagar, problemas no banco, imposto de renda, etc) não dependam dele ou possam vir a atrapalhar seu desempenho durante o curso. 22 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) e. O Curso de Ações de Comandos é uma conquista, particularmente para os casados, da família. Portanto, inicie, desde já, uma conscientização familiar, estimulando àqueles que estão ao seu redor à independência no tocante à vida pessoal. Este simples aspecto é fundamental para a sua condição psicológica no curso. A família é e continuará sendo a área mais importante dos Comandos e Forças Especiais; não abrimos mão disso. 23 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) ANEXO “A” – DESCRIÇÃO DO MATERIAL 1. Kits obrigatórios a. Kit primeiros socorros 1) Par de luvas de procedimento 2) Manta térmica 3) 2 sachês de repositor hidroeletrolítico (não comprar repositores para atletas) 4) Curativo individual (padrão EB). 5) Um rolo de atadura. b. Kit operações 1) Caderno capa dura pequeno (140x202) – 96 folhas 2) Calculadora. 3) Caneta (4 cores). 4) Lápis / apontador (lapiseira / grafite); 5) Borracha. 6) Canetas para retroprojetor (ponta-fina) 1.0. 7) Escalímetro pequeno. 8) Álcool (frasco pequeno). 9) Pedaço pequeno de perfex. 10) Estilete. 11) Giz de cera fino pequeno – 12 cores. 12) Papel contact (70x50 cm). c. Kit higiene 1) Escova de dente. 2) Pasta de dente. 3) Fio dental. 4) Sabonete ou sabonete líquido. 5) Toalha pequena ou de natação. 6) Papel higiênico – rolo (fora do kit, na tampa da mochila). 7) Creme de barbear. 8) Aparelho de barbear. 9) Cortador de unha ou tesoura. d. Kit sobrevivência 1) Espelho de sinalização; 2) Pastilhas purificadoras de água; 3) Bússola pequena; 4) Lanterna impermeável pequena; 5) Isqueiro. 6) Iniciador de fogo. 7) Palitos de fósforo com cera/lixa 24 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) e. Kit saúde 1) 01 soro fisiológico – 500ml. 2) 01 jelco Nr 16 ou 14. 3) 01 equipo. 4) 01 par de luva de procedimentos. 5) Algodão. 6) Elástico para garrote. f. Kit manutenção do armamento 1) Óleo. 2) Pano. 3) Cordel para limpeza do cano (7,62mm e 5,56mm). 4) Pincel. 5) Toca-pino. 6) Esponja. 7) Escova. g. Kit manutenção do uniforme 1) Agulha grossa (para costurar uniforme e material militar). 2) Linha VO ou preta. 3) Botões VO. 4) Bombacha. 5) Graxa. 6) Escova para graxa. 7) Escova para limpeza de coturno h. Kit demolições 1) Alicate multi-uso (pode ser o mesmo do fardo aberto). 2) Fita isolante ou black tape. 3) Fita métrica. 4) Isqueiro (além do presente no kit sobrevivência). 5) Fósforos impermeabilizados com cera. 6) Pedaço de mangueira de borracha – 10 cm i. Kit camuflagem individual 1) Camuflagem cor verde. 2) Camuflagem cor preta. j. Kit de escalada (entregue pelo Centro) 1) 2 mosquetões com rosca 2) Freio em oito 3) Par de luvas para rapel 4) Retinida 25 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) k. Roupa de contato (cores mortas visando camuflagem) 1) 01 calça (Exceto tactel). 2) 01 camisa de botão. 3) 01 par de botina ou tênis simples. l. Roupa de muda 1) Calça 2) Gandola 3) Cinto 4) Bombacha 5) 01 par de meias 6) Cueca 7) Camiseta camuflada 8) Coturno 2. Kit caixão de areia coletivo (Fase de Operações) 1) Pó xadrez nas seguintes quantidades (caixas): verde (03), azul (01), preto (01) e vermelho (01); 2) Bonecos de tamanho pequeno (03 cm de altura) 3) Palitos de dente, de picolé, papelão, canudos finos na cor preta, linha Nr 10, isopor, cartolina colorida, espuma de colchão etc. para confecção de árvores, cercas, postes, pontes, edificações, casario etc. - Aeronaves (transporte de tropa e caça), helicópteros, botes, viaturas, etc. Deve haver 04 aeronaves de cada tipo. 4) Estilete, tesoura, etc. 5) Cartões plastificados com a terminologia utilizada em missões de patrulhas (bem visível), segundo o C 21-75 (Patrulhas) e em branco; (Ex: REC 1, PRPO, N, OBJ, etc.). 6) Fios de lã ou crochê coloridos; - Papel “contact” (Este item será muito utilizado). 7) Papel A-4 - Fita adesiva transparente (durex) larga. 8) Caneta “4 cores”. 9) Jogo de canetas de retroprojetor (ponta fina e ponta grossa). 10) Curvímetro - Frasco com álcool e pano(s) para limpeza. 11) Canetas “Pilot” e canetas para quadro branco do tipo “WBM-7” ou similares, nas cores preto, vermelho, azul e verde (no mínimo 02 (duas) de cada cor para cada tipo). 12) Lisolenes em branco a serem preenchidos mediante orientação do instrutor da disciplina Técnica de infiltração e exfiltração. 13) Saco plástico para o preparo da areia (misturá-la com pó xadrez). 14) Régua de 50 cm. 15) Régua de madeira. 16) Borrifador de água. 17) Peneira. 18) Desempenadeira, etc. 26 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) Obs: Os itens para mobiliar o caixão de areia (bonecos, árvores, construções, viaturas, aeronaves, etc.) devem ser de uma escala pequena. Os bonecos “amigos” devem ser identificados com o número dos alunos (bem visível), devendo haver, ainda, uma pequena sobra de bonecos sem essa identificação; Os lisolenes e as canetas Pilot e WBM-7. 3. Impermeabilização e compartimentação a. O material estará impermeabilizado se estiver com envolto com dois sacos plásticos opostos, com as pontas enroladas, dobradas e presas com liga de borracha. b. Grupos distintos e kits não devem ser misturados (Ex: abrigos, uniforme de muda e roupa de contato). c. Retirar o ar, principalmente das roupas pode dar mais espaço e possibilitar melhor arrumação da mochila. d. A água deve estar posicionada para proporcionar fácil acesso. e. Deve haver dois sacos de impermeabilização grandes envolvendo todo o material na bolsa principal sendo que o mais externo deve ser mais grosso (de lona, por exemplo) para proteger os internos contra furos e rasgos. f. Procure poupar espaço e peso, pois haverá material adicional como ração, explosivos, munição extra, armamentos coletivos, etc. g. Os kits devem estar acondicionados em potes “tupperware” de rosca. h. Na tampa deverá constar o nome do Kit e o número do Aluno (o número pode ser escrito com caneta de retro preta). KIT HIGIENE COMANDOS 07 i. Na parte externa do pote deverá haver uma relação do material constante do Kit. 4. Material obrigatório (Quantidades sugeridas) a. Uniformes e vestuário 1) 01 uniforme 3º D2 (Uniforme de apresentação). 2) 10 uniformes operacionais de combate “camuflado” 4º A1. 3) 03 coturnos ou boots (calçado da OM) 4) 10 camisetas camufladas. 5) 02 uniformes de TFM (5º A e 5º C). 6) 5 sutaches, com a inscrição COMANDOS 7) 5 sutaches, com o Nome de Guerra. b. Documentos 1) 03 fotos 3X4 em traje militar. 2) 03 fotos 3X4 em traje civil. 3) 04 cópias plastificadas da carteira de identidade. 27 (Continuação da Orientação aos candidatos – Curso de Ações de Comandos – 2016) 4) 04 cópias plastificadas do cartão Fusex. 5) 01 cópia da Ficha Individual atualizada impressa com antecedência de no máximo 15 dias e em mídia. 6) 03 fotos 3X4 do estafeta fardado. 7) 01 cópia da identidade do estafeta (SFC). 8) 01 cópia do comprovante de endereço do estafeta (SFC). 9) 01 cópia da CNH do estafeta (SFC). 5. Material sugerido 1) 02 cadeados com segredo. 2) Material para impermeabilização (sacos plásticos transparentes de 0,2mm de espessura e de vários tamanhos): - 0,80m x 1,0m = mochila - 0,40m x 0,60m = roupa de muda - 0,22m x 0,50m = boot - 0,15m x 0,30m = kits. 3) Tiras de borracha (câmara de ar de carro, moto e bicicleta). 4) Cadarço de velame para amarrações diversas. 5) Barraca igloo. 6) Balança de mão. 7) Macetes. 8) Sapateira. 9) Lanterna de cabeça. 10) Saco de dormir. “O MÁXIMO DE CONFUSÃO, MORTE E DESTRUIÇÃO NA RETAGUARDA PROFUNDA DO INIMIGO.” Curta no Acesse o site do 28