PROJETO Navio de Manuseio de Âncoras, Reboque e Apoio a Plataformas Offshore (AHTS) TIAGO PALERMO E VICTOR MUANIS PROF: PROTÁSIO DUTRA DISCIPLINA: PROJETO DE SISTEMAS OCEÂNICOS II Tópicos Abordados 1. CONTEXTO ECONÔMICO 2. CONTEXTO TÉCNICO: 3. METODO DE PROJETO 4. Modelo Matemático de Navio Ótimo: 5. Sistema Propulsivo 6. Forma 7. Sistema Anchor Handling 8. Compartimentação 9. Arranjo Geral 10. Posicionamento Dinâmico 11. Topologia Estrutural 12. Referências Contexto Econômico • • • • Mercado de Petróleo em alta Crescimento dos investimentos na área offshore Alta nos preços de petróleo Estímulo a exploração de petróleo em águas cada vez mais profundas Contexto Econômico • • Crescimento da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo Exigência de embarcações cada vez mais sofisticadas (equipamentos de ponta) e eficientes. Contexto Econômico • evolução da frota de apoio marítimo Brasileira é resultado do grande número de empresas brasileiras atuando nessa área. Contexto Econômico Rota Atuação no suporte a plataformas offshore na Bacia de Campos e Macaé. Contexto Técnico AHTS- ANCHOR HANDLING TUG SUPPLY • Serviços Principais Operação de reboque Ancoragem Suprimentos • Serviços Secundários Transporte de operários Recuperação de Óleo derramado no Mar Assistência durante o carregamento de navios aliviadores Reboque de objetos ameaçadores (navios, bóias, icebergs, etc.), entre outros. Idéias Iniciais (englobar o objeto de projeto em um contexto técnico ) • Principal Objetivo: Atingir a tração estática desejada(180t). • A preocupação com a Resistência ao avanço (ou seja pensar • • • • • na forma) em segundo plano Sistema de Combate a Incêndio capaz de garantir a integridade da embarcação Eficiente Sistema Anchor Handling. Propulsores Kaplan capazes de aumentar a tração estática em baixas velocidades. Posicionamento Dinâmico Compartimentação que aloque tanques de lama, cimento (silos), salmoura e água doce. Por que contextualizar o objeto de projeto?? • A contextualização do objeto a ser projetado, permite uma maior facilidade na identificação das qualificações essenciais para os elementos funcionais, fazendo com que clareie, obtenha-se uma melhor visualização do método de projeto que se irá adotar. O que é Projetar?? • Projetar não é a resolução de problemas • É a criação de um produto, ou até mesmo a alteração dele, a partir de uma motivação, interesse. • É necessário se ter um método, uma estratégia Método de Projeto Na área naval, o primeiro método usado, foi a Espiral de Evans. Porém, este método: •Não nos permite identificar o objeto •Não nos dá clareza no entendimento do ato de fazer-refazer Método de Projeto Utilizado Síntese: “chutes balizados” momento de criatividade do projetista elementos funcionais Análise: qualificação dos elementos funcionais expectativas que devem ser atendidas a partir das funcionalidades do objeto. Avaliação: Decisão Verificação do atendimento da Expectativa Método de Projeto Conceito Utilizado: Quality Function Deployment (QFD) 1)Matriz de Referência 3)Matriz de Qualidade 2)Ordenação da Matriz de Referência Matriz de Referência Matriz de Qualidade explicita a intensidade da característica funcional para assegurar a qualidade em questão Estratégia de Projeto - Fluxograma FLUXOGRAMA Síntese Global Análise Global Avaliação Global Navio como um todo Quais as expectativas que depois do navio ter sido definido como um todo merecem ser analisadas novamente. Modelo Matemático de Navio Ótimo • Conceito do Custo Mínimo Total de uma Embarcação AHTS • Taxa de frete = f(potência) entre 7000 e 10000 BHP e acima de 10000 BHP • Projeto de Engenharia objetivo é minimizar o custo total do navio. Receita facilmente manipulável para viabilizar o projeto • Para atender aos requisitos o navio necessitará de equipamentos específicos para sua operação. Navio ótimo menor quantidade de aço estrutural Menor Peso + Menor Custo de Processamento Modelo Matemático de Navio Ótimo • Peso Estrutural de Aço – Formulação de Benford com coeficientes atualizados Modelo Matemático de Navio Ótimo • Peso Estrutural de Aço – Formulação de Benford com coeficientes atualizados Ws Cs .(CN /1000)0,9 C1.C2 .C3 C1 0, 706 0, 606CB C2 0,862 0,514*( Ls / L) C3 0, 259*( L / d 6, 218)1,401 0,946 Restrições: • Balizadas por Semelhantes de mesma capacidade de Tração Estática • Relação Area de Convés/L*B Modelo Matemático de Navio Ótimo Estimativa: KG:2/3*D KB:2/3*T DIMENSÕES PRINCIPAIS Dimensões Principais L - 82,5m D - 8,00m T - 6,5m B - 18,00m Requisitos do Armador Bollard Pull 180 ton Velocidade de Serviço 16 nós Viabilidade Econômica Custos e as Receitas: • Custos de Construção: Equipamentos, Aço, HH • Custos de Operação – – – – – Administração materiais/lubrificantes manutenção e reparo seguro tripulação • Receitas: Taxa de frete >10.000BHP Viabilidade Econômica Sistema Propulsivo - Seleção do Propulsor • Série utilizada: Kaplan operam dentro de tubulões(Kort Nozzles) gera empuxo superior comparados aos propulsores livres em baixas velocidades Seleção do Propulsor Decisão quanto ao passo • Passo Fixo é o mais usado em navios mais barato do que os outros sistemas de propulsão os componentes são de fácil aquisição e manutenção mais restrito do que o de passo controlável • Passo Controlável o passo é controlado a partir do giro das pás do propulsor,possibilitando maior flexibilidade operacional economia de combustível projeto mais complexo custo aproximadamente 50% mais caro do que o de passo fixo Seleção do Propulsor • Se define um propulsor quando se tem: N - rotação do propulsor P/D - razão passo-diâmetro D - diâmetro Z - número de pás Ae/Ao - razão de áreas • Critérios usados : Treq=Tdisponível Critério de Cavitação • Metologia Foram usados 3 gráficos KT KQ J da Série Kaplan : Ka 4-70 D19, Ka 4-70 D24 , Ka 4-70 D37 , e 5 variações de rotação para se ter uma otimização da escolha do propulsor Seleção do Propulsor • Duas análises foram feitas: Condição de Bollard Pull(Va=0,3m/s) Condição em vel. de serviço(16nós=8,2m/s) • Condição de maior influência na decisão: Bollard Pull Seleção do Propulsor • Propulsor Pré- Selecionado • Análise dos Resultados razoável eficiência em Vs baixíssima eficiência em BP P/D variando entre 0,7 e 0,9 (passo variável como previsto). Gráfico Kt-Kq-J Série Kaplan Verificação de Cavitação erosão nas pás , provocando mudança no escoamento(alteração do empuxo e torque) • Critério de Burril c T / Ap 1 * * (Vr ) 2 2 V0,7 R V A (0,7 * N * * D) 2 2 2 AE gráfico A0 A0 * D2 tg 4 P 2 * * r Ap AE cos 0, 7 R X 188,2 19,62 * h Va 4,836* N 2 * D 2 2 Diagrama de Burril Seleção do Propulsor • Propulsor Selecionado Treq=Tdisp Cavitação (satisfeito) (satisfeito) Seleção do Motor •Catálogo da Rolls Royce Motores que supram 18500BHP Seleção do Motor • Arranjo com 4 motores de média acoplado 2 a cada propulsor 2 B32-406P4080BHP 750RPM 2 B32-408P5433BHP 750RPM Seleção da Caixa Redutora • Razão de redução necessária: 4,6 • Selecionado 2 cx redutoras do tipo: Twin Input-Single Output Reduction Gears modelo TCH 190 cuja redução varia entre 4,5 e 6,25 Forma • Atenção especial : na região do propulsor(bi-hélice) popa “escavada” Modelação da Rabeta ou Skeg • Avaliação do Bulbo(Influência na Res.Avanço) • Variação do LCB(Influência na Res.Avanço) Forma Final Resistência ao Avanço •Ferramenta Hull Speed(Maxsurf) através da Planilha Holtrop 84 Sistema Anchor Handling • Guinchos de Amarração e Reboque • Guinchos Secundários • Guinchos de Reboque Guindastes COMPARTIMENTAÇÃO • Tipos de Carga: • Dimensionamento dos Volume dos • • • • • • Tanques Compartimentação/Topologia Estrutural MARPOL e SOLAS Comprimento da Praça de Máquinas Costado Duplo Estudo de Cargas Plano de Capacidades Arranjo Geral Posicionamento Dinâmico • DP1(1BOW THRUSTER / 1STERN THRUSTER / 1AZIMUTH ) 1BOW THRUSTER(800kW)/1STERN THUSTER(800kW) AZIMUTAL RETRÁCTIL(1500kW) Balanço Elétrico Principal Demanda de Energia Elétrica: DP e Bombas de Combate a Incêndio Oferta: Shaft Generator + MCA (fabricante Rolls Royce, modelo KRGB-5 e 9 ) TOPOLOGIA ESTRUTURAL • Apostila Professor Moraya e Regras da Sociedade • Classificadora ABS Configuração predominantemente Transversal – reduzindo o peso total de aço • Dimensionamento de: – Chapeamento – Longarina – Reforçadores de Convés • Cálculo do Módulo de Seção: – Módulo de Seção Mínimo = 1,11m3 – Módulo de Seção Requerido = 1,22m3 – Módulo de Seção Calculado = 1,998 m³ TOPOLOGIA ESTRUTURAL Peso Leve • Utilização do sistema FORAN Peso Leve CONDIÇÕES DE CARREGAMENTO Estabilidade Intacta • A estabilidade intacta foi avaliada segundo os • • critérios presentes na NORMAN I Critério Ambiental Todas as condições de carregamento foram analisadas através do Programa FORAN, no qual estão previamente programados os critérios de estabilidade, inclusive os critérios ambientais. O próprio programa tem uma ferramenta de ativação dos efeitos de superfície livre evitando assim cálculos braçais. Estabilidade em Avaria • Critérios para embarcações offshore A749(18) Ch4. • Comprimento em Avaria • Avaria a Ré, Meia-Nau e Vante de 4 condições principais • Todos os resultados foram satisfatórios REFERÊNCIAS • • • • • • • • • • • • • • • • ABEAM - Associação Brasileira de Embarcações de Apoio Marítimo http://www.abeam.org.br/ Acessado em 20/09/2008. JORNAL VALOR ECONÔMICO – Edição de 27/03/2008 REVISTA PORTOS E NAVIOS – Edição de 08/05/2008. MARTINS, P.D., “Projeto de Engenharia: um jogo intelectual entre livre criação e ação disciplinada.” MARTINS, P.D., “Matriz de Qualidade-Características de Projeto.” ASSIS, L.F., “Estrutura de Custos do Transporte Marítimo” – Março de 2008 Clarksons.net - http://www.clarksons.net/ BENFORD, H., "The Pratical Application of Economics to Merchant Ship Design". Marine Technology, Vol. 4, No. 1, 1967 ABNT NBR7567 http://www.maritimeelectric.com/using2.html. http://www.eifelnet.com.br/camaras/produto.asp http://www.rolls-royce.com/index_flash.jsp Sociedade Classificadora ABS para embarcações menores do que 90 metros.(Steel Vessels under 90 meters in length 2006). IMO, "International Convention for the Prevention of Pollution from Ships". 1973, 1978, 1997. IMO, "International Convention for the Safety of Life at Sea". 1974, 1998 NORMAM I – DPC – http://www.dpc.mil.br OBRIGADO! Tiago Palermo Victor Muanis • Bollard Pull- O teste de Bollard Pull é realizado para determinar a tração estática máxima que um rebocador poderá dispor em condições de trabalho. É a propulsão teórica atingida a uma velocidade zero de avanço e plena RPM do motor.