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S. PAULO
SETEMBRO -IQOS
m ANj^yp^
SUMMA
Ao TELEPHOXE— Cl.arJes Fo
0 ECHO.
DIALOGO — Wenceslau de Q^
ECHO
i
A LUZ É A YIHA.
El. BUQUÊ NBGBEBO — MllC/O
0 MUNDO EM REVISTA — Ahir/co Süveira.
— Patrocínio Filho.
THEATHICES — Galistrato Gome*.
CYBANO DE BEEGEEAC — Baptida Pereira.
DA PASTORAL DA SAUDADE
CARTOLINAS GRAMMOPHONICAS.
— Júlio Prestes.
— Ben Elon.
EPITAPHIO — Agenor Silveira.
EDISON — Alter Ego.
ADEUS — Gustavo Teixeira.
PARA LEMBRANçA
PtiONO-
CHRONICA DE LTM JUDEU
UMA OPINIãO.
CVRANO DE BERGEEAC—
A ARTE DE DORMIR.
Ricardo Gonçalves.
— Vaklomiro Silveira.
Os LEQUES JAPONESES.
IN EXTREMIS — Arnaldo Velloso.
SECCãO FEMININA :
PECCADO — Jayme Lessa.
NICOLAU — Alves de Sousa.
0 ESPIRITO VENCEDOR.
SONETO
GRAPHICP
LA MALAGUETE.
NUNCA DEIXES PABA AMANHã.
— José Gorgulho.
•
SENEX — Alfredo Nora.
DESVELO DE MãE
DAQUI E DALLI.
SECçãO INFANTIL.
CONSELHOS PROVEITOSOS.
SOMBROMANIA.
0 REPEODüCTOK «ANALYSIS»
BUSILIS
ANNUNCIOS.
iiiftitituniwi
COLLABORAPORES
ATHALIA BIANCHI BETOLDI
GARCIA REDONDO
ALBERTO AZEVEDO
ALAKICO SILVEIRA
GUSTAVO TEIXEIRA
HENRIQUE DE Sã
ADALGISO PEREIRA
JOAQUIM MORSE
AROLPHO ARAúJO
JúLIO PRESTES
AGENOR SILVEIRA.
ÁLVARO MOTTA
ARNALDO VELLOSO
ARTHUR PINHEIRO E PRADO
PUBLICAÇÃO mENSAL
JOSé DO PATROCíNIO FILHO
JOãO LúCIO
JOSé GONSALVBS
JOãO SILVEIRA
JAYME LESSA.
ANTôNIO FONSECA
LEOPOLDO DE FREITAS.
BAPTISTA PEREIRA
MUCIO TEIXEIRA
BENBDICTO OCTAVIO
OLEGARIO AMARAL
OTTO PRAZERES
RITA DE MOURA
CâNDIDO DB CARVALHO
CLáUDIO DE SOUSA JúNIOR
ERASMO BRAGA
FREITAS GUIMARãES
N. 43
JONAS üAMOS
ANNIBAL MACHADO
COLLATINO BARROSO
0
GOMES OARDIM
AMADEU AMARAL
FREITAS VALLE
FRANKLIN MAGALHãES
GUIMARãES PASSOS
RICARDO GONçALVES
THEOPHILO BARBOSA
ULYSSBS PARANHOS
WENCESLAU DE QUEIROZ
VEIGA MIRANDA
VALDOMIRO SILVEIRA
YOLANDA e outros.
DESCRIPÇÃO DOS PRÊMIOS OFFEEECIDOS AOS SNES. ASSIGNANTES DO "EeH©"
.A.SSIG-Isr.A.TTJIR.A. SE^EESTI^A.X.
=
Uma assignatnra semestral custa dois mil e qniuheutos réis e dá direito a um dos seguintes prêmios no valor inteiro do
preço da assignatnra á escolha dos sm-s. assignantes, aos quaes enviaremos pelo correio qualquer dos prêmios abaixo. Vejam novas vantagens. Os prêmios não podem ser alterados.
IMPORTAXTB: As pessoas que tomarem assignatnra durante este mez devem escolher os prêmios pela lista abaixo. Prêmios
dos números atrazados, com excepção dos que se encontram na lista, estão exgottados e.seremos forçados a substituil-os por outros.
PRÊMIO M. 1
PRKIHIO N. 8
PRÊMIO ST. 4
PRÊMIO Bi. S
PRÊMIO X. 13
£1
Novidade!
i^i
íSI.CARD
Pistola para atirar cartões!
Linda corrente e Me
dalha porta - retratos.
A corrente mede 32
centimetros.
O brinquedo mais innocente e alrahente da época- A Pistolita é bem detalhada, medindo 17 oent.
Na ponta tem um elástico resistente, por meio do
qual se arma prendendo-o numa molla. Numa pequena abertura que se acha perto da molla collocase um cartão, que se quer atirar. Cada pistola é
acompanhada de 100 cartões em branco e 50 cartões
com a linguagem das flores. Serve para salão ou
fora de casa, proporcionando divertimento innocente
a todos.
Corrente para relógio dupla. E' feito de aço e mnito
acabada sondo um lindo modelo. A pessoa que escolher
este prêmio receberá também 1 lindo cãfinvU.
PRÊMIO Bi. U
Uma corrente para leque ou
relógio de senhoras. A corrente
que é muito elegante mede liíâ
centímetros.
PRÊMIO N. 5
PRÊMIO Bi. 6
■J lindos broches á phantasia para senhora modelo Arte Nova e esmaltados.
2 lindos broches á phantasia para senhora modelo
Arte nova e esmaltados.
PRÊMIO Bi. 8
PRÊMIO Bi. 7
CiQARREIRAS ESPANTA=FILANTES
Pontas de cigarros muito períeítas em lindas
carteiras imirM.ndo couro! Apertando-se um
salta um polichiuGllo daudo uarigadas.
Muito interessante divertido e pratico.
PRÊMIO N. 15
CHARUTEIRA ESPANTA FIL-UTHS
1 |^»ÍMfflSllfflP^^lf^â\\
/:,^ .^
I^lanta da Sacèrada Resurreiçact
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PRÊMIO Bi. Ifi
Combinição de 12 Objecfos em um só
PRÊMIO K. IO.Caíieía=íinteiro Americana
COM O TAMANHO D^M LÁPIS G
É um artigo inteiramente novo d
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PRÊMIO S. li
PISEM50 Bí. 12
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ATTEWÇÃO s Para evitar iVííüirainoiiíe engstno»-i-ogamos iisdiear IIíSS pedislos alem í5O- |freii»i,i«i> o íinmero do
ECHO eín «jne foi .í»iinnts«-siii<3o.
■
Um
doDr.
SCOTT para cura de rheumatistno.
ULTIMAS NOVIDADES DE ALLUMINIUM, O METAL DA MODA
Cliamamos respeitosamente a attenção dos leitores para o grande sortimento de novidades em Alluminium lecebidas da America
do Norte. Pela grande acceitaçào que tiveram estes objectos desde seu apparecimento ém nosso estabelecimento, podemos reoommendar
as novidades de Alluminium ao publico em geral, porque, apezar do seu preço diminuto, são muito apropriadas para presentes para todas
as oocasiões, sendo objectos de summa utilidade para todas as edades.
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N. 219—Cinzeiro artistico, representando a descoberta da America. Object» de arte. Preço 6$000 ÜTre de porte.
N. 212 —Saboneteira para viagem, õ$000 livre de porte
N .■ 301—Tinteiro imitaçio tronco, õJOOO livre de porte
N. 210 —Porta-botões, 3S500 livre de porte
N. 211 —Porta-grampoa, 3$i5000 „ .,
N. 204—Cbicara, pires e colher 3$500, livre de porte
304
N. 208 —Caneca para viagem on escolares, 3Í5ÜO
livre de porte.
N. 303
LAPISEIRAS NOVIDADE
Uma 1$400 * Dúzia 8$000
CORRENTES PARA CHAVES
Uma 1$400 * Duzla S$000
Livre de porte
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-jj
N. 203 —Serviço completo, bandeja, ohavena, pires, colher e argollas
para guarda-napo, 1C%000, livre de porte
N. 217—Cigarreira artística, B?õ00.1iv. de
porte.
N. 201 — Talher de sobremesa para crianças, composto de colher
garfo e faca, encerrado numa linda caixinha forrada de
satíneta. Completo 4^000, livre de porte.
MUITA ATTESíÇAO: Especial! Mediante 60$000 euTiamos 1 de cada dos objectos desta pagina, livre de despesa
e bem acondiciouado para qualquer parte do Brasil.
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á Casa Edison - Figner Irmãos - Rua S. Bento, 26 - S. Paulo - Caixa 938.
ESPECIALIDADES DO DR. SCOTT
LISSIGRET o Estereoscopio Imperial
MILAGRE INDUSTRIAL
 Electricidade
é a vida
A Electricidade
dá vigcr
Escova Electrica do 1>IÍ. SCOTT para o cabello
Q3 Cada escova tem o formato que se vê pela gravura e contem força electro-magnetica. Toda a
escova é acondicionada
em bonita caixa e acompanhada de um compasso de prata, pelo qual se
pode attestar a sua força
magnética. Estas escovas entraram já em uso
na casa real da Inglaterra, sendo adoptadas pelo príncipe e pela princeza de G-alles. São também m a
das pelo rei da Hollanda e outios altos personagens e já receberam honrosas re
ferencias de Lord Gladstoue. Elias ouram pelos meios naturaes. Sempre farao bem e nunca mal São um remédio permanente que dura annos e annos.
Devem ser usada: diariamente em vez das escovas communs. Curam radicalmente dores biliosas ou nervosas de cabeça, em cinco minutos. Em cinco minutos curam as nevralgias. Evitam a queda do cabello. Curam a caspa e outras
moléstias do couro cabelludo. Evitam o embranquecimento prematuro do on.
bello. Fazem o cabello crescer fino o lustroso.
As escovas são feitas de uma madeira inodora similhante ao ebano e possuem uma combinação de substancias que produzem uma corrente continua
eleotro-magnetioa que actua immediatamente sobre as raizes do cabello fortalecendo-as e dando desde logo excellente resultado. Esta força pode ser sempre verificada pelo compasso de prata que acompanha cada escova.
O seu preço é 16f000, inclusive o porte.
PAUMILHA EliECTRICA DO DK. SCOTT
As palmilhas electricas são
hoje recommeudadas pelas maiores celebridades médicas, por estar incontestavelmente demonstrado que os pés são a parte do
corpo em que a cura por meio da
electricidade é mais efflcaz. Um
par de palmilhas electricas, que duram muitos annos, forma um circuito ou corrente que ajuda a circulação do sangue através das veias e por isso.
é o remédio mais efibcaz contra o rheumatismo, a gotta, o arthritismo as doiW
sciatioas,as caimbras. anevralgia, e outra qualquer dôr nas pernas oú nos né«
onde e de máxima importância reactivar a circulação do sangue. Pelo mntíZ!.
exposto, as palmilhas evitam as dores de cabeça, as eólicas nas criançS e as
irregulandi.des na digestão dos adultos neurastenicos, causadas qúasi sempre nata
friah.ade dos pes. Com as palmilhas electricas pode-se estar um dia inteiro ni
sando sobre o gelo que os pés se conservam quentes.
^«iro piNinguem faz idéa da utilidade e conveniência das palmilhas electricas
quaes se.adaptam iacilmeute a qualquer calçado sem que seja necessário ex,
experimental-as. Quando se faz enoommenda deve mencionar-se si ellas
para
homem, senhora ou criança, e o numero do calçado que se usa Cadasãopar
de
palmilhas electricas custa 10$000, inclusive o porte.
Instrui os vossos filhos, divertindo-osNada corresponde melhor a este desideratum que o Estereoscopio Lissigret que
vendemos a um preço verdadeiramente
excepcional, com 20 vistas interessantes. Lissigret é um estereoscopio mignon que se pode desarmar e trazer na
algibeira e que não obstante, dá grande realce ás pequeninas vistas e figuras nelle contidas. Custa uma
ninharia,
offerecendo, entretanto, agradável diverti3
mento. Acompanha cada apparelho uma collecção de
vinte photographias, as quaes são também vendidas
em separado. O preço do Estereoscopio Lissigret é do
áfOOO livre de porte com uma série de 20 vistas, e custando cada serie, mais de 20 photographias, 2^000; Especial: Mediante Í2$000 re^
mettemos a Estereoscovios Lissiirret com 0 coUecçòes de Photographias. livre de porte.
í^ ^
NOVIDADE!
Carimbo portátil em forma de
relógio
Com qualquer nome
coníorme o desenho enviamos este objecto de
incontestável utilidade
por õ$ò00 livre de porte p;ira qualquer parte
do Brasil. O estojo é
muito bem nickelado,
sendo o desenho de tamanho exacto. Para a
confecção do carimbo
necessitamos2dias. Os
nomes precisam ser
escriptos bem. legíveis
para evitar reclamações. O esfcojo contem também uma almoíadinüíi impregnada de tinta. Os nomes
nào devem passar de 20 letras.
Lanternas mágicas baratas
porém boas
Do folha solida esmaltada com Iam
padas de kerosene e tubo do vidro
montados em base de madeira enver
nisada, objectiva de qualidade boa.
SÍ4
Cada lanterna é
acompanhada de
uma caixade papelão solidae instrucções de diversos
idiomas.
Anel Electrico do DR. SCOTT para rheuniatismo
A effloacia do anel electrico do dr. Scott para
alhvio e oura do rheumatismo, moléstias conseqüentes das impurezas do sangue e moléstias nervosas,
está desde muito proclamada pela Medicai Fraternity, e milhares de certificados attestam as curas maravilhosas conseguidas com o seu uso. A acidez do
sangue, ocoasionada por constipações e por moléstias
dos rins e do ligado, quasi sempre são devidas á má
' r// / /TTTt
circulação que é a causa dos i-heumatismos e moles' ' f /1 f [ V
tias nervosas. Estas affecções podem apresentar-se separadamente ou complicadas
por outra. Eliminada a acidez do sangue e regularizada a circulação, desappareoem por completo. O anel não é carregado de electricidade. mas sim natural
e permanentemente electrico por uma curiosa combinação de metaes e substancias, que exercem uma acção cooperativa, produzindo o electro-galvanismo.
O preço do anel electrico é 2$õ00 inclusive o registro do correio. E' indispensável enviar uma medida exacta.
IPIRECOS
-Modelo 2
Modelo 1 — N. 217/K com 6 vistas de 'à cent. d largura, cada uma . . . 5$000
.
1 — N. 220/0 .12
»
• 4 .
•
... 10$000
2 — N. 215/1 .
6
.
. 3 »
.
. . . 6$000
•
2 — N. 215/0 . 12
.
» 3 .
.
. . . 8Í000
Vistas de 3 cent. de largura, duz. 3$000 — Vistas de 4 cent de largura, duz. 4J000
i Os preços acima sao exclusive o frete. Pelo correio enviamos qualquer íanter"
na mágica por conta e risco do comprador, com um augmento de 2$000 e IfOOO
cada dúzia de vistas de 3 cent., 1$500 cada dúzia de vistas de 4 centímetro de
largura para o porte e registro, empacotamento por nossa conta,
HVIACHINA ELECTRO-MAGNETíCATTEíLA
-y- sua efficacia é attestada por milhares
Damas e cavalheiros que desejarem trazer os dentes sempre alvos e as een
givas rosadas, devem ler a descripoão desta escova. Os objectos electricos do dr
Scott sao hoje usados em todo o mundo e garantido pela Pall Mall Association
de Londres e Nova York. A Real Sociedade Odondologica, de Londres attesta
nos termos os mais elogiosos a excellencia da escova de dentes do dr. Scott
Dentistas e pessoas entendidas na arte dentaria asseguram que essa escova é
a melhor que tem apparecido até hoje, pois não deixa sahir cabello na booca
facto alias commum nas escovas de outra natureza. O cabello é introduzido nà
escova fortemente, de modo que não pode despegar-se. Possuindo uma corrente
electro-magnetioa continua, sem produzir choque de espécie alguma, revigora as
gengiyas e os dentes e da a estes brilho extraordinário O cabo é forte e elLante
agem S
^«n^n !
• l«5íl;e.ní,0 se encontra em outras escovas cujos cabos são
de osso. O seu preço e 5$000 inolui-ive o porte.
»
Um brinquedo interessa nte
iustruetivo que não causa o me
nor damno as crianças e até lhes
fortalece o systema nervoso.
Presta-se a vários passa-tempos
divertidos como por exemplo :
Põe-se sobre a mesa uma bacia
de zinco ou outro metal e nella
uma porção de água; em communicação com a bacia um dos
electrodes. Larga-se depois dentro d'agua uma moeda e mandase alguém tiral-a com tuna das
mãos ao mesmo tempo que com
a outra pega o electrode que está
livre.
O resultado é a pessoa tomar
Escova Electrica do OR. SCOTT para os dentes
melhor escova que existe
BriiKjoados
instractivos
nesperadamente um choque electrico.
O apparelho presta-se a muito? brinquedos similares e custa uma bagatela.
Preço reduzido, Modelo Grande Novo, chamado «TeslaílâíõOO, livre de porte
T?©RTH=LüNeH HMERieHNO
Collar Electrico do DR. SCOTT para dentição
Invenção benéfica, de grande valor para a Dentição das
Crianças, que, não raro, é cheia de accidentes, oceasionando perturbações funestas no organismo, dores surdas,
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que tem o Collar Electrico, tal a sua fama, tal o seu valor
real e meritorio. Entretanto, por precaução preveni%?í .qU^T.OrSc^r,'1',deií0s Conares Elertrlcos doDr. Scott encontram-se unicamente na
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ASA COíS-ON
PROMPTO EM
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<2^
-^
ANNQ
iv X S. PAULO o SETEMBRO <> 1905 ^
NUM.
43 Q_
ECHO
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DIRECÇÃO:
Caixa do Correio, 398
S. PAULO
"(D
PUBLtlCflÇÃO ]«EílSALl
-^ Assignatura semestral 2$500, com direito aos prêmios descriptos na 2.a pagina d
AO TELEPHONE
Ao sahir do club, uma destas tardee, fui
dar um passeio pelo boulevard com o sr. Morieux, um novo amigo, homem de pliysionomia sjnnpathica, embora dominada de lugubre melancholia. Quando chegámos deante
da repartição dos correios, lembrei-me de
que tinha de prevenir a minha mulher que
não ia a casa jantar naquelle dia e que por
isso não me esperasse.
Disse então ao meu companheiro:
- Volto já... O tempo indispensável para
fazer um aviso ao telephone.
Notei que o amigo estremecera sobresaltado ao ouvir esta ultima palavra. Não o
interroguei, entretanto, respeitando, o seu
silencio. Entrei na repartição, despachei o
recado e dentro de três minutos estava de
novo ao lado do meu companheiro.
Encontrei-o preoccupado ainda e presa
de um niutisrao extranho. Disse-lhe, pois,
intencionalmente:
— Que invenção maravilhosa, esta do telephone ! Quantos serviços inestimáveis
nos
prestam dia a dia os progressos:':da soiencia !
— Parece-lhe? perguntou me o sr. Morieux, num tom amargo e incrédulo. Creio,
ao contrario, que a sciencia, longe de auxiliar-nos, faz resaltar ironicamente a nossa
falta de forças, multiplicando com toda a
crueldade os nossos soífrimentos.
E, como eu permanecesse calado e olhando-o surprehendido, accresoentou :
— Sim. E' como eu digo. Esses progressos só servem para multiplicar desapiedadamente os nossos soflfrimentos. Posso
citar um exemplo de experiência própria
em apoio dessa affirmação. Vou contar-lhe
um caso para que attenda ás minhas palavras e também para que comprehenda toda
a intensidade dolorosa que a recordação do
facto terrível que vou relatar me causa
ainda, não obstante o largo tempo decorrido desde que elle se deu.
O sr. Morieux falou nestes termos:
Ha dez annos fui passar as férias de outumno, com a minha mulher e meu filhinho
de três annos na minha propriedade de Morande, situada a três léguas de Marselha.
Tinha comprado esta propriedade havia
pouco. Era um chalet isolado no meio de
uma planície deserta, de terras sem cultura, ao lado de montes abandonados.
Acompanhavam-nos desde Paris, Joanna,
nossa velha serva, que fazia o arranjo da
casa e cozinha, e Braz, um guapo mocetão
e servidor fiel, que desempenhava as funcções
de jardmeiro e cocheiro.
Este Braz era de Marselha, onde morava
sua mãe, muito edosa e que então se achava
de cama, agonizando quasi. Por isso, logo
que chegámos a Morando dei licença a
Braz para visital-a de vez em vez, emquanto durasse a gravidade da moléstia, e o
rapaz assim o fazia.
Cerca de um mez passámos todos alli,
naquelle isolamento completo, a vida mais
tranquilla que é possível imaginar-se. As
manhãs, dedicava-as sempre á caça, auxiliado pelos meus dois cães. Minha mulher,
que manejava regularmente a espingarda,
acompanhava-me algumas vezes. A' tarde,
completávamos o dia, dando invariavelmente
um passeio de carro com o nosso filhinho,
pela desolada povoação que nos rodeava.
Depois esse isolamento não foi tão
completo porque mandei collocar, por minha
conta, uma linha telephonioa entre o chalet e a repartição central de Marselha, para
attender do meu retiro, da minha cama,
pode-se dizer, aos assuraptos mais importantes relacionados com a marcha da minha fabrica em Paris.
Approximavamo-nos já de dois mezes de térias, quando uma circumstancia fortuita
nos poz, a minha mulher e a mim, no transe
de resolver si devíamos dar o nosso recreio
por terminado ou si o devíamos prolongar
por mais um mez, segundo havíamos estabelecido a princípio.
Essa circumstancia foi uma carta do meu
representante em Paris, na qual me fazia
saber que era indispensável a minha presença alli afim de conseguir por melo da
minha influencia pessoal um trabalho importante com o governo, trabalho deveras
vantajoso.
Afinal, depois de larga conversação,
ficou resolvido que eu iria sósínho a Paris,
para regressar ímmediatamente ou ao fim
de dois, três ou quatro dias, quando deixasse de ser necessária a minha intervenção
no negocio.
Minha mulher fez-me ver o bem que fazia
ao nosso filhinho, a ella e a mim essa vida
no campo, e, além disso, se mostrou muito
confiante e animada quando eu lhe disse que
o interresse em leval-a provinha do
meu temor de deixal-a só, no meio daquelle
deserto.—Venci as preoccupações e concedi
que se prolongasse a nossa temporada de
descanso.
Ficou resolvido, pois, que eu iria só. Não
obstante, no ultimo momento, voltei a insistir na conveniência de irmos todos. Minha
mulher, que se ria da minha preoccupação
constante, disse-me então :
— Qual ! Que perigo poderemos correr? A
própria solidão é uma garantia de segurança. Em todo caso, quanto durará a tua ausência? Duas ou três noites, quando muito.
E, acaso ficamos sós ? Não estão ahi o Braz,
a espingarda, os cães ? Vae, vae ! Tranquilliza-te. Logo que chegares, fala ao telephone,
dizendo como vaes que daqui te mandaremos noticias nossas.
Abracei minha mulher e meu filho, recommendei ao Braz a maior vigilância e parti.
Dizer que fiz toda a viagem, de carro até
Marselha e de trem até Paris, sem poder
dormir um só momento em toda a noite,
presa de uma anciedade mortal cada vez mais
angustiosa, louco por encontrar-me deante
de um apparelho telephonico, não é mais
que dar uma pallida idéa do estado de inquietação era que me achava.
Por fira cheguei a Paris e corri á estação
telephonica mais próxima.
Uma vez estabelecida a communioação,
ouvi a voz debilitada e um pouco tremula
da minha mulher, da minha querida mulher.
Havia passado bem a noite, com um pouco
de medo, confessou-me. Porque a Joanna
acreditou ter ouvido um barulho no jardim.
E os cães ladravam muito. Por fim tiveram
de abrir uma janella para chamar o Braz a
gritos. Este soltara os cães e com a espingarda pi-eparada revistou todo o jardim, sem
nada encontrar.
— Um falso alarme, disse-me, muito explicável pelo meu estado de intranquillidade
nervosa.
Tratei deiTifliudh^alor á minha mulher,
que tornou a rir-se das preoccupações de que
eu estava possuído.
Palando-lhe seriamente, disse-lhe que o
Braz devia desde essa noite dormir em casa,
no-vestibulo, com a espingarda á mão, e que
os cães deviam estar soltos e não atados.
Insisti até que ella prometteu cumprir O
meu pedido.
Então, mais tranquillo, despedi-me ficando combinado que voltaria a falar-lhe
antes do jantar, e sahi para tratar do assumpto que motivara a minha viagem.
Passei o dia atarefadissimo e até ás 8 da
noite não pude tornar ao telephone. A communicação demorou muito. A repartição de
Marselha desculpava-se dizendo que de casa
não respondiam ao meu chamado. Isto não
era para tranquillizar-me. Pedi que insistissem. Afinal ouvi a voz de minha mulher;
— E's tu, Henrique?
— Sim, querida. Porque demoraste tanto ?
(A communicacção interrompeu-se)
— Porque demoraste tanto ?
—... teve de ir logo, mas estará de volta
antes das 11, assim o prometteu.
— Quem teve de ii logo? O Braz ?
— Sim. Neste momento veiu um mocinho
procural-o, de Marselha, a pé, porque a mãe
delle está mordendo.— E elle foi?
— Foi sim, mas...
— Que imprudência. Luiza... Escuta.
(Nova interrupção).
—... antes das 11.
— Ouve Luiza; não devias consentir que
elle fosse.
— Mas si a mãe está moribunda...
— Que importa. Foi uma imprudência.
— Estamos todos fechados e combinámos
com o Braz um signal para abri-lhe a porta
quando elle chegar.
— E os cães? A espingarda?
— Os cães estão soltos no jardim e a espingarda deve estar no vestibulo.
—Deve estar !...Então não sabes si está
ou nãq?
— Sim, deve estar. O Braz não a levou,
por certo. Ouve, Henrique, não tenhas cuidado. Estamos tranquillos. Além disso o Braz
estará de volta antes das onze.
— Olha, Luiza, fala á repartição de Marselha... Não... E' inútil. Mas não devias ter
deixado o Braz sahir.
— Henrique, ouves o Marcello? Está a darte as boas noites porque vae deitar-se.
— Boa noite, filhinho, boa noite. Ouve Luiza, essa espingarda estará ou não no vestibulo ?
— Sim, Hnrique. Vou já buscal-a. Não tenhas cuidado. Tudo está quieto. Não se ouve
nada. Não me deitarei ainda. Quando voltas,
Henrique ?
— Com ceiteza amanhã resolvo o negocio.
Nesse caso, estarei ahi depois de amanhã.
— Mais uma noite ! Emfim, não tenhas cuidado.
— Olha, Luiza, procura a espingarda. E'
natural que nada aconteça, mas... sabes? é
bom estares prevenida... Si os cães ladrarem não te assustes.
— Não, Henrique, ostou tranquilla, muito tranquilla. Não me deitarei ainda. Si puderes, fala outra vez, mais tarde. Já jaataste ?
— Não. Ainda não.
ECHO PHONOGRAPHICO
— Fala-me então depois do jantar.
Confesso, meu amigo, que me custou um
esforço sobreliumano cortar a communicaçâo
telephonica. Não sei que vaga apprehensão,
que presentimento, que força desconhecida
me retinha alli, deante do apparelho, com a
minha alma pendente das vibrações dessa
voz querida de minha mulher, desejando
anciosamente que a nossa conversação fosse
interminável... Por fim, disse-lhe adeus e
fui jantar.
Não pude comer quasi nada. Sahi. Fui
tomar um pouco de ar. Inconscientemente
ia-me approximando da repartição telephonica e, eram dez horas quando, não podendo
dominar por mais tempo a minha impaciência, pedi outra vez communicaçâo com a
minha mulher.
Asseguro-lhe, meu amigo, que recordarei
toda a minha vida a tortura espantosa que
foram para mim os poucos minutos que decorreram até que eu voltasse a ouvir a voz
de minha mulher. E essa tortura só terminou para dar logar a uma angustia indizivel
que me gelou o sangue nas veias e me paralysou o coração. Sim, meu amigo, porque
a voz de minha mulher era uma voz alterada... aterrorizada!
—... a espingarda não está no vestibulo !
Levou-a com certeza o mocinho mensageiro.
Ha cerca de uma hora os cães oomeçarani
a uivar desesperadamente ao fundo do jardim e depois vieram uivar ao pó da porta.
Iam e vinham uivando. Não me animei a
abrir a porta. Deixaram de uivar. Neste momento estão ladrando. Uns ladridos furiosos.
Longe, longe, no jardim. Não sei onde.
E a voz de minha mulher se interrompeu
bruscamente.
— Luiza, Luiza ! Por Deus, fala ! E Marcello ?
—Marcello dorme e Joanna também. Mas
vou despertal-a. Ah, Henrique !
— Luiza, Luiza ! Que ha ?
— Os cães oalaram-se. Meu Deus ! Estou
tremendo ! Mal posso falar !
—Fala, fala, mulher ! Fala !
Era a única cousa que eu podia dizer.
—Não te cales. Teu silencio me mata !
—Sim. meu Henrique, meu querido, alma
de minha alma... Os cães já não ladram :
Vou accordar a Joanna...
— Não, Luiza! Por favor não deixes o apparelho !
— Tenho medo, Henrique... Tenho medo...
Estão empurrando... Estão, meu Deus ! Estão empurrando ajanella... ajanella da sala
da jantar!
— Fala, fala, Luiza de minh'alma !
— Henrique ! Henrique ! quebraram um
vidro.
Calou-se... Chegou ató aos meus ouvidos
uma vibração confusa...
Logo, o rumor de um golpe sobre o apparelho... e logo uma voz estrangulada, angustiosa, horripilante, que dizia baixinho,
como murmúrio : « Henrique, Henrique !»
— Fala, Luiza ! Fala, — repetia eu arquejante, unindo-me ao apparelho como si nelle
quizesse incrustar-me em corpo e alma.
Em seguida vibrou em meus ouvidos como
que uma punhalada funda, interminável, que
me estraçalhava o coração. Um alarido apagado mas intenso e esse alarido sabia...sim,
não me enganava... sabia da garganta de
minha mulher, da minha querida esposa...
assassinada... assassinada!
*
* *
Havia cinco minutos que estávamos sentados a uma mesa de um café que encontrámos no caminho. Morieux, para proseguir mais commodamente a sua narrativa,
eu para ouvil-o com uma emoção que era
já angustiosa.
Terminando, o infeliz deixou cahir a cabeça entre as mãos. rompendo em amargos
soluços.
Tratei de consolal-o. Quando estava mais
calmo, continuou: — Recolheram-me desmaiado ao pó do apparelho. Amigo, deixemos este assumpto, supplico-lhe. Na Oazeta
Judicial de Marselha desse anno encontrará
todos os detalhes do horrendo crime, saque
e roubo, que os jornaes baptizaram com o
titulo nada exaggerado de — Horrível massacre de Moranãe. Ahi verá como se houveram os assassinos, que já foram enforcados,
para preparar ao Braz uma cilada, degolando-o no jardim, para matar os dois cães e
para apunhalar a minha mulher e meu filho
— infelizes— e a nossa pobre Joanna...
Morieux despediu-se bruscamente e partiu.
*
* *
Não sei porque, mas aquella noite, apesar
do aviso que eu tinha feito á minha mulher
pelo telephone, fui jantar á casa.
CHARLES FOLEY.
DIALOGO
— «Como podes viver sem crença alguma,
Com esse rir feito de fel, zombando
De toda a crença que o ideal resuma
Do cliristão neste mundo miserando?
« A que bordão te arrimas, caminhando
Após uma miragem, que se esfama.
E vae fugindo ao teu olhar rufando
Até se destazer em fria bruma ?
« Não acreditas que na immensidade
Exista um Deus de amor e de bondade
Que os Bons premeia e os Maus do céo afasta?
— « Abençoa-me, padre / a alma descrida,
Pois tenho uma so crença nesta vida :
Creio no amor de minha mãe, e basta.»
WENCESLAU DE QUEIROZ.
(Das Eesas do Diabo.)
"O KCHO"
Este numero do Echo, para o leitor que
se dór ao trabalho deezaminal-o detidamente,
significa mais um esforço da empresa que
o edita e mais uma prova do apreço que ligam a esta modesta publicação os seus distinctos collaboradores.
A nossa parte editorial, além de seleota,
foi sensivelmente augmentada.
Uma nova e excellente secção apparece :
0 mundo em revista e delia se encarrega
graciosamente o fino literato Alarico Silveira.
Theatrices ó uma brilhante ohronica artística, esoripta por festejado homem de letras,
paulista de coração mas mineiro de nascimento, e que figura num dos primeiros logares da nossa lista de collaboradores.
Quem ó não podemos dizel-o, pois elle
faz questão de occultar-se sob o pseudonymo
de Calistrato Gomes.
El buquê negrero é uma magistral versão
hespanhola do Navio im/reiro de Castro Alves, feita por Mucio Teixeira, o bellissimo
poeta que todos conhecem, e que por elle
foi offerecido gentilmente ás columnas do
Echo.
Além desses trabalhos, vae ahi uma porção de delicados e formosos trechos literários dos nossos antigos e prezados collaboradores.
Ainda assim, fomos forçados a adiar, devido á carência de espaço, muitos escriptos
que nos rhegaram á ultima hora e entre
elles, um conto do nosso novo collaborador
Arthur Pinheiro e Prado.
No próximo numero iniciaremos a secção
Besenha,na. qual se encontrarão, em summula,
todos os factos notáveis da actualidade.
A Secção feminina será também enriquecida proximamente com uma parte em que
daremos minuciosa descripção das ultimas
novidades em modas.
Todos os melhoramentos que introduzimos
e que pretendemos introduzir ainda em nossa
revista, são apenas fraca retribuição do generoso e immerecido acolhimento que o Echo
tem recebido do publico.
Graças a elle podemos assegurar e provar
que temos hoje circulação mais ampla do
que qualquer outro periódico publicado no
paiz.
Não cessamos, porém de offerecer vantagens aos nossos assignantes, e essas vão
minuciosamente descriptas em outros logares do presente numero.
Attendendo á nossa solicitação começam
a fazer parte do quadro de collaboradores
do Echo os srs :
Alarico Silveira — Arthur Pinheiro e Prado — João Silveira — José do Patrocínio
Filho — Jayme Lessa.
O primeiro manterá, como dissemos, a
secção O mundo em revista e os dois últimos
apparecem.já neste numero, subscrevendo
lindíssimos sonetos.
Antes de comprar qualquer machina falante devem visitar a CASA
EDISON, São Paulo, Primeiro Estabelecimento Phonoçjraphico no Brasil. — Rua São
Bento, 28-Caixa Postal 398
A LUZ E A VIDA
Porque é triste o crepúsculo da tarde ? E
porque a luz se vae. O grande Gcethe em
vez de pedir vida, pedia luz na ultima agonia.
Que tristeza lethal se apodera de nós no
meio de escuridão!
Quando allumiavam a cidade uns fracos
bicos de gaz, S. Paulo era um cemitério.
Hoje a luz incandescente trouxe bulioio
extranho ás artérias centraes.
As casas de negocio mal illuminadas vendem menos que as outras.
As grandes cidades já agora estão livres
do terrível inimigo que é a escuridão.
Alguns dos arrabaldes das capitães e muitas localidades do interior luctam porém
ainda com a falta de luz, prejudicando o
seu commercio e a alegria de suas salas.
Não ha, entretanto, razão para que isso
aconteça.
O lampião ANCíLE que a Casa Edison Rua
S. Bento, 26 tem á venda fornece luz egual
á luz do gaz, com dispeudío menor.
Por uma interessante combinação dá luz
para cima, para baixo, para todos os lados.
E custa 30f 000 ou 50$00(), conforme o estylo.
Vale a pena ver o annuncio que sae noutro
logar do Echo.
ililililli
Pente de
Alluminium
para caspa, de duração eterna. Hoje
os mais usados e
preferidos — Cada
pente mede 6 ctm.
por 9 ctm. Preço
2^000 livre de porte. Dz 15^000.
Pedidos a Figner Irmãos - Rua S. Bento, 25 - S. Paulo.
A arte de dormir
Em Berlim existe uma sociedade de médicos hygienistas que estabeleceram, num
bosque próximo daquella cidade, um hospital destinado á cura da insomnia.
Alli vão os homens e as mulheres, que
se vêem privados desse bem-estar definitivo, dessa felicidade moral e physica que
se chama dormir bem. Os doentes são submettidos a um regimen. A alimentação é
quasi exclusivamente vegetariana. Não se
bebe vinho, nem qualquer porção de álcool.
Em troca, contra o que ordinariamente se
usa em casos taes, os doentes de insomnia
tomam o café quatro vezes =ao dia.
Isto pelo que toca ao regimen material.
No regimen moral, figuram em primeiro
logar as leituras em voz alta, de descripções de viagens em paizes pouco conhecidos
e de biographias de homens illustres. A
musica tem uma parte importantíssima
neste systema de cura. A's 8 horas da noite
uma orchestra de instrumentos de corda executa alguns trechos de Baah e de Sohumann.
Os internados deste hospital não recebem
cartas, nem periódicos, nem visitas. A base
do systema é a interrupção da vida social.
Toda a exaltação moral fica supprimida.
ECHO PHONOGRAPHICO
El Buquê Negrero
(CASTRO ALVES)
I
Estamos en Ia mar... en ei espacio
Brilla Ia luna — blanca mariposa ;
Las nubes y Ias olas juguetean,
Como turba de nifios bulliciosa.
Estamos en Ia mar... dei Armamento
Los astros bullen como espumas de oro ;
Y enciéndenae en ei mar las ardentías,
; Estrellas. de su líquido tesoro !...
Estamos en Ia mar... dos infinitos
Aqui se estrechan con abrazo insano :
Azules, y dorados, y sublimes,
,1 Cuál es ei cielo ? ,: cuál ei oceano ?
Estamos en Ia mar... suelto ei velamen
Delviento á Ia caricia clandestina,
Surca ligera nave por las olas,
i Cual por ei aire va Ia golondrina I
J Viene ó seva?... De las errantes naves
Solo saben ei rumbo las estrellas...
"EI mar es un Sahara donde cruzan
Kaudos caballos que no dejan huellas.
Feliz quien puede contemplar, abriendo
Las ventanas de mágico palácio,
Ábajo—ei mar... arriba—cl firmamento...
i Y en ei mar y en ei cielo — elgran espacio !
; Oh ! ; qué dulce armonía trae ei vienfo !
; Qué música suave hay en las olas !
i Cuán sublime es, Dios mio, oír ai lejos
La voz do las tardias barcarolas !
i Hombres dei mar! joh rados marineros,
Tostados por ei sol de cuatro mundos !
; Niiios que las tormentas columpiaban
En Ia cuna de pielagos profundos !
1 Aguardad ! ; aguardad ! ; mientras me arroba
Esta salvaje y grande poesia !
El mar contra Ia proa — es una orquesta...
; Y ei viento en ei cordaje — es sinfonia !
,: Por qué huyes así, ligera nave?
^ Por qué buyes dei tímido poeta ?
; Oh!,; quien pudiera perseguir tu rastro,
; Que semeja en oi mar — raudo cometa?!...
; Albatroz!.,. ; oh senor dei oceano !
Tú, que tienes las nubes por escalas,
— Agita sobre mi tus largas pi umas,
Albatroz ! ; albatroz ! ; dáme tud alas !...
II
; Baja de los espacios, condor dei oceano !
Mas y mas todavia... no puede ei ojo humano
Seguir como tus ojos ai baque nadador...
í Mas, qué miro ? ^ qué escucho ? ; qué escenas tan
(oscuras !...
I Qué vocês funerales ! ; qué tétricas figuras!
; Qué espectáculo infame! ; Dios mio! ;cuánto,hor*
(ror!...
m
I Era un sueüo dei Dante ! En Ia amurada,
De las lucernas por Ia luz banada,
Se ve sangre manar...
Crujir de hierros... vocês de reproche...
! Y hombres se ven, más negros que Ia noche,
Fantásticos bailar !
Negras mujeres, de escaldados ojos;
Nines i oh Dios ! ; en cuyos lábios rojos
Hay hambre y nunca hay pan !
Y jóvenes... ;desnudas7 con espanto,
Entre aquellos erpectros, ya sin llanto,
En naiserable afán !
;Ríe Ia orquesta irônica, estridente !
i Y de ia ronda Ia infernal serpiente
Muérdelos con furor!
Si ei pobre vièjo en Ia balumba espira,
Gritos resuenan... ei azote gira...
Y bailan... j^oh qué horror!
Presa en los grillos de una mísma suerte,
Pide Ia muchedumbre á Dios Ia muerte,
; Y Hora y baila así !
; Uno derabia tiembla... otro enloquece !
i Otro, que en ei martírio se embrutece,
Sonriendo, canta alli!...
Dá ei oapitán sus ordenes de mando ;
Y ai ver que ei rojo sol va declinando
Sobre ei inmenso mar,
Exclama, ai fulgurar de los luceros :
« ; Con más fuerza azotadlos, marineros !
; Hacedlos más bailar ! »...
j Ríe Ia orquesta irônica, estridente!
Y el azote— cual rápida serpiente
Muérdelos más y más...
i Es un sueno dei Dante ! Sombras se hunden...
Hezos y maldiciones se confunden...
; Y aplaude Satanáa !
IV
; Oh Dios de los desgraciados!
Responde tú, mi Senor,
Si esto es verdad ò mentira...
; Si el cielo vé tanto horror!
,1 Por qué, oh mar, por qué no inmolas
En el seno de tus olas
Ese bajel de Satán ?
; Astros, noches y tormentas !
Pues que Dios no os píde cuentas,
i Límpia este n ar, huracán !
I Cuál es Ia cuna dei nauta ?
^En donde tíene su hogar?
i Qué le importa! ; él canta versos
Que le ensena el viejo mar !
Canta... jla noche es divina!
Vuela el buquê á ia bolina,
; Diciendo á su esteia adiós !
Suelta ai viento Ia bandera,
; Que toca en Ia azul esfera,
Dejando nubes en pos !
Del espaílol las canciones,
Con sus requiebros de amor,
Kecuerdan ninas triguenas...
; Las andaluzas en flor !
—De Itália ei bijo indolente
Canta á Venecia, sonriente,
; Tierra de amor y de afán !
Y hace dei golfo un Parnaso,
I Leyendo versos dei Tasao
Al resplandor dei volcán !
El inglês, nauta de hielo,
Que en el mismo mar nacíó,
— ; Pues Inglaterra es un buquê
Que en Ia Mancha Dios ancló!
Recuerda sus pátrias glorias.
Narrando orgulloso historias
De Nelson en Aboukir;
Yel francês, predestinado,
Piensa en lauros dei pasado
; Y en lauros dei porvenir!
Los marineros de Grécia,
Qne cia jónica' creó,
Bellos piratas trígueftos
Del mar — que Ulíses corto ;
; Hombres — que Fidias tallara,
Van, en noche pura y clara.
Versos, de Homero, á cantar !
I Oh nautas de todas partes!
i Vuestros biiques son baluartes
En los abismos dei mar !...
£ Quíénes son los desgraciados,
Que ya no encuentran en vos
Más que Ia risa de aquellos
Que van dol verdugo en pos ?
En vano el bardo interroga...
Sigue el buquê : y boga y boga...
I Será un vampiro voraz ?
Ante Ia noche confusa,
Habla tú, severa Musa,
; Musa libérrima, audaz !
Son los hijos dei desierto;
i Los predilectos dei sol!
En cuya piei se confunden
La noche y el arrebol...
Son los guerreros osados
Que con los tigres cebados
Luchan por su salvación :
Ayer — simples, fuertes, bravos;
Hoy — imiserables esclavos,
Sin aire, luz, ni razón !
Son mujeres desgraciadas,
; Cual Io fuó también Agar!
Vienen de lejos, sedientas,
Y agoviadas de pesar;
Y Ilevan, por los desiertos, •
Sus hijos ya casi muertos...
Y en el seno sangre y hiel;
Como Agar sufriendo tanto
; Que ni Ia leche de llanto
Le pueden dar á Ismael !
En las arenas distantes,
Bajo palmas dei pais,
Elias moraban felices...
Pero... i qué es eso ? (jno oís ?...
; Dios mio ! es Ia caravana
Que fué á robar Ia africana
Que reposaba en su bogar...
— [Adiós, palmas! [ Adiôs, montes !
] Adiôs, anchos horizontes!
I Adiós, amores !... [Al mar!..,
Después de los arenales
Llenos de polvo y calor,
Después de aquellos desiertos,
El mar, i desierto mayor !
Y Ia sed, el hambre... i Ay cuántas
Vierten sangre de Ias plantas,
[ Sin sangre en el corazón !
— Sale uno de Ia cadena,
I Pero el chacal en Ia arena
Vé en su cuerpo una racióíi!
Ayer—; Ia Sierra Leona,
La guerra, Ia caza ai león !
Y el sueno manso ai relente
Bajo una constelación...
Hoy —en ese buquê inmundo,
Sobre el abismo profundo,
Con Ia peste por jaguar...
jYel sueno siempre cortado
Por el ay deun desgraciado...
Y el choque de un cuerpo ai mar!
Ayer — libertad completa,
Ir por doquier ó venir;
Hoy... i perversidad humana !
I Ni pueden libres morir !...
i Y muérdelos vorazmente
La encarnizada s.erpiente
De Ia infame esclavitud I
— Así, Ia triste cohorte,
Sin que nadie Ia conforte,
Baila... |en su propio ataúd!
; Oh Dios de los desgraciados !
Responde tú, mi Senor,
Si esto es verdad ó mentira...
; Si el cielo vé tanto horror i
J Por qué, oh mar, por qué no inmolas
En el seno de tus olas
Ese bajel de Satàn ?
Astros ! ] noches y tormentas !
[Pues que Dios no os pide cuentas...
! Límpia este mar, huracán I
V
Y su propio estandarte un pueblo presta
Para cubrir tan negra cobardía I
i Transformándolo en esa oscura fiesta
En velo impuro de bacante fria!
; Oh Dios : i oh Dios! i y qué bandera es esta,
Que en Ia gavia impudente aírenta ai dia?
Silencio, Musa,.. Hora y Hora tanto
j Que ei pabellón se lave con tu llanto !
El pabellón de mi querida tierra,
I La insígnia dei Brasil, de su pujanza!
Pabellón ique Ia luz dei sol encierra
Y ei divino color de Ia esperanza!
De nuestras libertades en Ia guerra
Flameabas de los héroes en Ia lanza...
Tú, pabellón, do libertad sacrario,
,: Como servir á un pueblo de sudario?!...
; Fatalidad ! ; Fatalídad ! inmola
En tu fúnebre altar el buquê inmundo,
;Que así borra Ia esteia que en Ia ola
Dejó ai surcar Colón el mar profundo!
— Si en él esa bandera nos desola,
Si es afronta y baldòn dei Nuevo Mundo,
; No Ia arboles, Andrada, en tus pinares !...
; Colón! ; ei erra Ia puerta de tus mares/...
MUCIO TEIXEIRA.
Os phonogrammas inquebráveis"
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os chamados «Concert» ou «G-rand». Preço
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Rui S. Bento, 26S. Paulo.
Os leques japonezes
Todos nós admiramos os caprichosos desenhos e as delicadas cores dos leques japonezes ; mas poucos sabem que cada um delles
tem a sua historia e a sua significação especial.
Os rios e as montanhas pintadas nesses
leques representam paisagens authenticas ;
as figuras são personagens históricos, ou typos da poesia japoneza. A montanha característica de quasi todos é o Fursiyama, monte
sagrado do Japão.
As flores e os animaes têm sempre o seu
symbolismo.
Um bando de cegonhas, voando, yor exemplo, indica desejos de felicidade e de longa
vida para a pessoa a quem o leque se offerece; e em troca, uma teia de aranha significa tristeza ou luto.
Todos os acontecimentos políticos do Japão têm sido pintados em leques, e em certos casos as autoridades têm apprehendido
alguns leques cujos desenhos se podiam considerar como sediciosos.
Em resumo: si se pudesse juntar uma
série completa de leques japonezes, antigos
e modernos, por ordem chronologica, ter-seia o mais interessante documento para a
historia do Japão.
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ECHO PHONOGRAPHICO
© inundo em revista
Curioso e interessante sob todos os aspectos, o espectaculo que oflerecem aotualmente
as fortes nacionalidades em suas relações
umas com outras. Um povo ha, no oriente
sul-americano, directamente visado por certas combinações internacionaes, a quem muito apoveitaria o acompanhar, vigilante e
precavido, ao desenrolar desse espectaculo.
Afastado do continente europêo, por tácito accôrdo, o perigo de um conflicto armado entre as potências chamadas dominantes, ficou de lado a faculdade, que ellas se
reservaram, de se virem às mãos onde quer
que, fora da Europa, se pudessem chocar
seus direitos ou suas ambições.
De sorte que a chamada paz universal
não é um mytho, mas uma cruel e irônica
realidade... na Europa.
Para que essa paz não fosse perturbada,
tudo se lhe sacrificou, tudo se tolerou e se
permittiu, mesmo as mais flagrantes e iníquas violações dos principies de humanidade: incursões vandalicas na China, matanças de armênios, carnificinas em Creta,
e despotismo sangrento na Syria. Guilherme li teve a iniciativa dessa barbara cruzada que começou desmantelando os fortes
de Takou e terminou pelo despojo e pelo
saque dos palácios imperiaes chinezes. Foi
ainda o mesmo soberano quem, solidário com
o sombrio assassino de Ildiz-Kiosk, assegurou
a este a impunidade, impedindo que, em beneficio da civilização, se puzesse termo á
monarchia ottomana.
Excluídos desse concerto, dois povos procuram unir-se para se adjudicarem o que
escapar ás nações occidentaes : o Japão, que
exercerá, com exclusão de toda .concorrência, a Sua supremacia na Ásia oriental, e
os Estado -Unidos que, em plena liberdade
de movimentos, tratarão de converter em
real protectorado a sua policia fiscal em toda
a America.
Onde, então, se irão encontrar os européos, expelidos do continente pelo terror da
guerra, que a todos anniquilaria sem remédio, eliminados do Oriente pelo Japão e
vedada á sua penetração, pelo monroeismo, a
America, na disputa de mercados ou de territórios ?
Na África, naturalmente. Já Portugal,
numa como previsão de sua decadência, chamara a si dilatados domínios no continente
negro, dominios que, para imperecivel gloria a essa heróica pátria, conserva ainda
hoje, á custa de sacrifícios sem conta. A
Hespanha, e a Inglaterra vieram após elle
e cada uma tomou pé. Esta ultima, lendo
no futuro e consola do que viria a ser mais
tarde, assegurou-se, por meios pouco licitos,
da chave do continente, não recuando ante
as maldicções da historia, certa de que provia á própria integridade, assim procedendo.
E hoje Malta, Gibraltar e o Egypto são guardas avançadas de seu império colonial africano. A França consolida-se na Algeria e na
Tunisia, tendo eregido Bizerta em futura
rival de Gibraltar.
Altaliavieu, depois, reclamar o seu quinhão na África, como potência que desejava
fazer-se ouvir. Não obstante os desastres de
1886 e 1896, firmou-se ella nas costas erythréas e nas da Somalilandia e espera, paciente, que lhe caia Tripoli nas mãos, o que
não ha de tardar.
Mas, e a Allemanha ? Aqui começa verdadeiramente o objecto deste modesto estudo.
A Allemanha, como a Áustria e a Bussia,
não reúne todas as condições de estado imperialista e colonizador, si bem que deseje
a todo o preço fazer ver o contrario. Neste
particular, a Itália, emancipada e unida em
1870, muitíssimo se lhe avantajou, máu grado o mallogro parcial de suas tentativas no
mar vermelho e na China.
Os allemães, confederados na mesma
época, só alcançaram até ao presente, além
de ilhotas sem importância na Oceania, apossar-se de Camerun e do inhospito sertão da
África Occidental, de que quasi os expulsaram os herreros. O allemão não é bom
marinheiro, qualidade indispensável, e pôde
dizer-se, congênita ás raças expansivistas.
Alem do mais, não dispõe de marinha de
guerra que valha tal nome, cotejada a sua
com outra de qualquer nação preponderante
da Europa, excluídas as que formam o grupo
austro-russo.
Em geral, os povos centraes não são audazes navegadores. Pelo menos, os 'insulares e aquelles cujo paiz se comprime entre
as montanhas e o oceano, é que têm dominado, dominam e hão de dominar os mares:
phenicios, gregos, portuguezes, inglezes,
hollandezes, chilenos e japonezes.
A Allemanha dirige-se para Marrocos:
não que alimente a pretensão, incompatível
com o seu proverbial bom senso, de conseguir íortaleoer-se alli, mas com o fito de
embaraçar a annexação desse império á esphera de influencia franceza, que já é considerável em toda a bacia do Mediterrâneo
europêo. Ella, por outro lado, não pôde voltar-se para o sul do Brasil, deante das inequívocas e repetidas declarações do presidente Roosevelt.
Que lhe cumpre fazer, pois? O que está
fazendo: crear todos os possíveis óbices ás
vizinhas adversárias para que estas não cresçam demasiado, constituindo séria ameaça
à própria segurança da Confederação, bastante arriscada com o problema da AlsaciaLorena.
Dahi aapproximação russo-allemã, a que
adherirá a Áustria, conseqüência, é verdade,
do accôrdo francp-inglez, accôrdo de que
indireotamente participam, como alliados
de cada uma das partes contractantes, o
Japão, a Itália, Portugal (Inglaterra) e a
Hespanha CFrança).
Sem ser temerário, póde-se, portanto,
tirar prováveis conclusões dessa política,
de que foram autores Eduardo VII e Delcassé, preconizada em França com rara te. nacidade e intelligencia, por D'Estournelles
de Constans.
De um lado, as potências destinadas a
dirigir : Inglaterra, França e Itália com OS
seus satellites; de outro, votadas á paralyzação e ao estacionamento, a Rússia, a Allemanha e a Áustria, paizes centraes, apertados entre outros, sitiados, com um antagonista á frente em qualquer ponto para que
se queiram* voltar e abrir caminho para as
grandes empresas.
Abi está o primeiro grupo com o correspondente contrapeso.
Vem, em seguida, outro, formado pela
America do Norte e o Japão. Mas, cada um
de seus membros vae agir separadamente.
Para não serem tolhidos na aoção em que
mais se empenham — a superintendência,'
por parte do gabinete de Washington, dos
negócios referentes á America do Sul— re. solverão os norte-rmericanos de accôrdo com
os japonezes quaesquer difficuldades a sobrevirem com a questão de Alaska e das Filippinas.
Os Estados-Unidos possuem, adquirida á
Rússia, a peninsula de Alaska, que fecha
de um lado o Pacifico. O Japão assenhoreou-se da ilha de Sakalin, que fora sua;
falta-lhe o Kamchatka, que lhe ha de vir
ter as mãos, mais cedo ou mais tarde. Cedem-lhe os Yankees Alaska ; comprará a estes as Filippinas, prolongamento da Formosa, e todo o Grande Oceano estará irremissivelmente interdicto á Europa.
Mas, ficarão livres os Estados-Unidos
para agirem na America do Sul, alijando
esse fardo ?
E' o que vamos eyaminar em próximo
artigo.
ALAKICO SILVETEA.
Antes de comprar qualquer machina falante devem visitar a CASA EDISON, Primeiro Estabelecimento Phonographico no Brasil.—&a& S. Bento 26—S. Paulo.
Da "Pastoral da Saudade,,
Dizem que quem se vae. depois, mais tarde.
Pára este mundo novamente volta;
Que volta á Terra rubida e revolta
Quem já a paz da sepultura encarde.
Por isso eu fico. desde pela tarde,
A alma ás chimeras desprezada e solta.
Junto do chão em que ella jaz, envolta
Vendo-a no fogo fatuo que alü arde.
E ella não volta. O somno seu profundo
Jamais despertará daquella bruma
Em que ella dorme, plamda, no fundo.
Nem devo mais chamal-a, porque, em summa,
Almas que andaram cá por este mundo,
Das que se foram não voltou nenhuma.
JOSé DO PATKOCINIO FILHO.
Tiota para carimbos
EXCELSIOR
Em pequenas latas e com distribuidor. ASSEIO-ECONOMIA.
Cada lata contem superior tinta Excelsior que ó
garantida como inalterável
e de cores fortes e uniformes. O systema privilegiado
de empacotamento o b t e v e
grande acceitação por parte
de todos os directores de
bancos ecommerciantes desta capital. Todos têm recebido com prazer este meio
novo e asseiado, de dar novamente tinta ásalmofadas já
exhausias ou embeber as almoíádas ordinárias seccas
com tinta especial. Quem
tiver esta asseiada vasilha, não desejará manusear
de novo os antigose gordurosos frascos de vidro. As
pequenas latas de tinta Excelsior têm fundos elásticos de metal, como os que são azeitadeiros. Uma
leve pressão faz sahir a quantidade de tinta desejada.
Importamos as seguintes cores:
Azul, roxa, preta, vermelha e verde. Preço de cada lata de tinta Excelsior 3$(XX). livre de porte e
durará muito tempo: Pedidos á Ficjner Irmãos, Rua
8ão Bento, 20, 8. Paulo.
Theatrices
Nós andamos caiporas com as notabilides
do theatro francez, ou por outi-a—as notabilidades do theatro francez andam caiporas comnosco.
Com o Antoine viram o que aconteceu.
Elle embarcou da Europa no expresso propósito de nos embasbacar e civilizar.
Convertido sponte sua em missionário do
sublime, confiando-se abnegadamente aos
vagalhões do Atlântico, o illuminado viajante estava persuadido de que vinha dizer
a primeira missa da Arte no Brasil. O gentio, porem, não estava pelos autos. Examinou-o, cheirou-o e por banal ó abandonou
ás moscas.
O homem regressou, bufando como apropria locomitiva que o levou de retorno á
velha Paris. Cuspinhou, enojado, sobre a
nossa civilização todas as fezes despeitadas
que podiam nascer da vaidade ferida e da
algibeira avariada.
Rimo-nos dos doéstos, gozámos a sua indignação e mandamol-o á fava, num gesto
magnífico de desdém.
Veiu o sr. Coquelin. O publico abarrotou-lhe o theatro e berrou-lhe applausos.
Em compensação, porém, o padre Severiano
de Rezende, com uma irreverência espirituosa e com uma audácia juounda, que fez
mais de um proselyto em rodas intelleotuaes,
declarou, em escandalosa Miíemew; que correu mundo, que Coquelin era mais inveridico, mais alambasado e mais caduco no
Cyrano, — apregoada pelos fanáticos como
obra prima do seu repertório — do que o
famoso canapé de Bocage e Tolentino. Não
está verificado si o depositário metempsichosico da alma de Mr.de Bergerac — para
dizer segundo o conceito de Rostand — desmaiou ao pôr o olho em cima das apostrophes ohammejantes do padre ; é certo, porém,
que a sua fúria foi além dos limites humanos em matéria de critica artística, porque, não tardou que um seu compatriota e
ECHO PHONOGRAPHICO
rafando natm-almente o ardor
doiiggredido, empalamasse o
ntima cruz de desaforos, esy/dissimo argot.
linda apagado na memória
incidente, que amarrou uma
i interprete do Tartufo, quando,
mandaram dizer-nos isto pelo
— a sra. Sarah Bernhardt def\}.im)*4i qne nào vinha ao Brasil porque já
-ifllasi batera a bota aqui com a febre amarella.
üra, não consta que a sra. Sarah corresse
um tal perigo. Pensamos que ella está redondamente equivocada, e smào dizemos que
mentiu, é porque os seus cabellos brancos
São dignos de todo o respeito. O desastre,
o unioo desastre que indireotamente soffreu
no Brasil a veneranda matrona, foi um par
de bofetadas cyranicas — digamos em linguagem theatral já que se trata de uma
actnz—que desmantelaram as bochechas de
um filho seu mettido a maldizente.
Deu-se isso no Rio. O m.incebo desafiou
posteriormente o otfensor para um duello
a íiorete ; ao que parece esse duello se realizou d brasileira, com o contrapeso de mais
algumas bengaladas no lombo.
Mas ou muito nos enganamos ou bordoadas nào são positivamente febre amarella.
Estragam também o organismo, podem até
levar a victimaao leito; saram, todavia, com
mais facilidade e são, em these, muito menos eventuaes...
Em todo o caso a resolução da nossa engelhada inimiga, arvorada a um tempo em
mãe e sogra espiritual do inteliz Antoine
não nos acabrunha. Vimol-aua suamocidade
e na força de sua viripotencia gloriosa, applaudimol-a, gozámol-a e até debicámol-a :
— agora que ella está faisandée, fique lá
pelas Europas. Comemos a carne — os argentinos roam os ossos...
JE nem julguem que falamos com o despeito da raposa da tabula. A raposa disse
que as uvas estavam verdes; e nós, antes
pelo contrario, achamos que a sra. Sarah
está até madura demais.
Cartolinas grajmnophonicas
A ultima novidade na industria dos cartões postaes appareceu recentemente na Áustria, mas o invento é devido a um francez.
Os direitos de reproducção desta novidade
foram comprados por uma sociedade ingleza
de grammophones.
Trata-se de uma cartolina grammophonica, isto é de um disco de celluloide collooado no rectangulo do cartão, que pode
ser remettido pelo correio, sem inconveniente algum, a não ser a ferocidade do carimbo
de data, a qual pode, porém, ser minorada.
A este modernissimo mensageiro pode a
gente confiar indistinrtamente seja um trecho de romanza celebra, apanhado dos lábios
de um artista de valor, seja um pedaço de
conversação apanhado na sala de visitas.
A missão da pessoa que o recebe rednzse a adaptar o disco mysterioso ao seu grammophone e esta simples operação será conseguida sem grande esforço.
De uma coisa nasce outra e, por isso, não
será impossível que dentro em pouco se
possa gravar esses discos com o próprio
grammophone que o reproduz.
Será uma bella descoberta, utilissima até
para os homens de negocio.
Com escova áe keta de quatro faces - Economia, limpesa e eleganci?
Chegou nova remessa
As escovas de baeta para lustrar calçados de pellica têm tido grande acceitação. O seu preço é insigmfioante. Presta um serviço inestimável em todos
os domicilies, especialmente aos viajantes. Ninguém
deve gastar sem motivo 200 réis para engraxar as
botinas, ou depender de criados, quando pode fazer
esse serviço com mn dispendio dez vezes menor e
sem o minimo esforço. As escovas de baeta são muito duradouras e dão um lustro de verniz ao calçado.
Preço do estojo inclusive pomada 4#000, livre de
porte e registro. Pedidos á Figner Irmãos —Sua São
Bento, 20 — São Paulo.
DO "CYRANO DE BERGERAC,,
ACTO I
Le Bret — Santo Deus ! mas quem é essa mulher,
( afinal?
Cj/rareo—Sem que o saiba, talvez, é um perigo mortal;
Laço que a natureza armou, fresca rosa, onde
O amor perfidamente emboscado se esconde:
Quem lhe conhece a voz conhace o Inescedivel.
Um gesto sen contem todo o encanto possível.
Venus, a mae do Amor, na concha, e Diana.
( esquiva
Andando entre os rosaes, nao tem a Graça altiva,
O ademan soberano, os meneios gentis,
Com que ella em oadeirinha atravessa Paris.
RICARDO GONçALVES.
O financeiro calcula os lucros em funcção de queijo; o medico vê no queijo e
no leite o micróbio e a hygiene; o poeta,
viu no sonho supremo do talento :
a lua, celeste queijo
que rimou perfeitamente com beijo.
Oli! suaves noites do deserto, quando as
planícies de Aram se pontuavam das ovelhas
dos patríarchas, quem não deixaria de vér
na lua um grande queijo astronômico, e no
luar uma doce manteiga para fazer mais
indigesto o pão negro da vida.
E duas grossas lagrymas e crebros soluços
interomperam o discurso do rahbino.
Era a nostalgia do passado tradicional.
Depois disso, lamentou longamente a apostasia de tão grande numero de hebreus, que
por motivos de prudência deixo de transcrever.
BEN ELON.
Um minuto!!
Pedidos do Interior merecem a nossa especial
attenção.
Todos os nossos empregados ou auxiliares receberam instrucções para servir a todos os freguezes
com a máxima attenção, zelando pelos interesses
daquelles que residem longe para que suas encnmmendas sejam executadas satisfactoriamente, visando sempre o augmento das nossas transaoções e a
confiança que desejamos merecer. Advirtimos também que os pedidos por menores que sejam, serão attendidos com toda a solicitude. Dirijam todas as
encommendas á í"IGXER IRMãOS — Eua S. Bento, Ü6
S. Paulo.
PARA LEMBRANÇA
As que partiram
Quando ieis, no fulgor da juventude.
Sem pensar no porvir, que foi medonho.
Repletas de belleza e de virtude.
Pela existência como por um sonho,
Não pensaveis decerto, o' brancos lyrios,
Nas horríveis misérias deste mundo,
Nem pensaveis tão pouco nos delírios
Que um copo de veneno traz no fundo.
Quando, porém, sentistes a inolemencia
De uma sorte que vinha carregada...
Soubestes preferir a esta existência
Sete palmos de terra por morada.
CALISTRATO GOMES.
Estojo para lustrar
calçados
5
Chronica de um Judeu
E' bem conhecida a historia do judeu errante. Disse-me o rabbi Elias que nada ha
mais falso que essa legenda amarga e irônica. Todavia é ella symbolica e contem uma
grande verdade.
O povo enxerga o judeu em toda a parte
— na figura do allemào omnipresente, do
francez elegante e fanhoso, do portuguez
adiposo e do brasileiro de nariz grande e que
tem a voz fanhosa do francez e o queixo largo
do allemão.
Ora, pensar-se que o mineiro orthodoxo
e muitíssimo religioso corre o perigo de
olhar desconfiado para os pés, a ver si é
palmipede , e de remexer-se na cadeira esperando sentir as três vertebras sobresalentes, é paradoxal.
Verão todavia, como também são judeus ;
ao menos grande numero delles.
Si bem notarem, poderão vér os caracteres raciaes bem manifestos no mineiro.
A protuberanoia nasal, o oocipute achatado, o anasalado da pronuncia, — tudo é
hebraico.
E o queijo? Pois não é a industria do
queijo e da manteiga a revivificação da
edade patriarchal na terra das Minas ?
Assim como no Oriente, os filhos de Jacob trocavam as jóias de que adornavam as
esposas, pelo queijo e pelo leite—o mineiro
encontra no leite e no queijo a sua grande
mina. Neste ponto, o velho Elias teve o cuidado de me informar de que não é costume
pendurarem alli queijos nas orelhas das senhoras — a sua comparação era apenas um
modo de dizer.
Mas, o queijo é uma oboessão, para aquelles nossos companheiros de raça:
Chama-se isso — bello-horrivel ; bello
Pelas vossas coragens invencíveis;
Horrível, porque a folha de um cutello
E um copo de veneno são horríveis.
Horríveis... mas, um copo de veneno
Vale mais que uma bocca fementida!
Antes cahir, rolar, morrer sereno
Do que soíírer as dores desta vida.
E' preferível, no verdor dos annos,
Emboccar um licor envenenado
Que soífrer um milhão de desenganos
E morrer illudido ou enganado.
E' preferível, já que padecemos,
Um padecer mais rápido e mais forte,
Porque, afinal de contas, nós vivemos
Forçosamente andando para a morte.
E' preferível mesmo que sejamos
De uma felicidade a toda prova.
Morrer porque morrendo nòs matamos
Todo imprevisto de uma vida nova.
E' preferivel uma tumba pobre,
Que se imponha por simples e modesta,
A um palácio real, augusto e nobre,
Besplendente de luzes e de festa.
E' preferível, noivas, um noivado
Entre cyprestes, rosas e verbenas
A um leito de grinaldas, preparado
Para uma vida que é uma noite apenas.
E morrer, como vós, virgens e puras.
Cheias de sonhos, risos e chimeras,
E' ir brilhar nos astros, nas alturas.
Ir florescer estrellas nas espheras.
Mas, apesar de tudo, entre os escolhos
De minha envelhecida mocidade,
Vou derramando lagrimas dos olhos
Como se desfolhasse uma saudade.
JúLIO PRESTES.
ECHO PHONOGRAPHICO
EDISON
Eis um nome que está sempre certo de
fazer receita, como se diz emgiriatheatral.
Quero dizer que nada do que lhe diz respeito é indifferente ao publico . O grande
mago moderno nada perdeu do seu prestigio e a sua actualidade é permanente.
Um repórter francez foi entrevistal-o lia
pouco tempo no seu magnífico laboratório,
que ó como uma fabrica enorme, elevada
no centro de uma planície verdejante, alliança symbolica da natureza e da sciencia.
O edificio principal—porquanto o laboratório comprebende um grupo de construcções—tem três andares sobre um comprimento de mais de 80 metros; flanqueiam-no
quatro edifícios de um só andar e de 30 a
35 metros de comprimento. Todos os annos
uma nova construcçao se ajunta ás anterioT
res e pouco e pouco o Edison Laboratwy
transformar-se-á numa pequena cidade. Nao
me é possível acompanhar a interview desde
o principio e em todos os seus pormenores.
O repórter encontrou Edison sentado familiarmente em cima de uma mesa e dando
à lingua com os seus cinco ou seis boys (os
seus ajudantes a quem contava pilhérias
que os faziam rir ás bandeiras despregadas).
A despeito dos seus 68 bem puxados, Edison
conserva frescura no semblante, que parece
o de um homem muito mais moço e que
respira intelligencia e energia. Infelizmente Edison está surdo e serve-ae constantemente da mão á guisa de pavilhão acústico,
por detrás da orelha, que já está por isso
levemente deformada.
A primeira invenção de Edison, segundo
elle referiu ao jornalista, foi uma armadilha para matar., baratas, por meio da descarga eleotrica. Não ó evidentemente a de
que elle mais se ufana, Como lhe perguntasse o jornalista qual ella fosse, respondeu:
— A lâmpada de incandescencia.
A sua outra grande invenção, o phonographo, foi o resultado de pacientes estudos e pesquizas. Data já de 1877 e todavia
Edison trabalha sempre em aperfeiçoal-a,
experimentando novas cometas acústicas,
novos cylindros, novas emboccaduras. Ainda
no armo passado, durante sete mezes consecutivos, quasi que não sahiu de um cubículo do seu laboratório, procurando o aperfeiçoamento decisivo que deve dar á voz
ainda um tanto fanhosa do phonographo o
timbre perfeito e puro da voz humana.
Entre as substancias conhecidas, explicou
elle ao seu interlocutor, não ha uma que
seja insensível ás vibrações do som. Si fosse
possível achar uma substancia absolutamente
reíractaria á influencia dessas vibrações e
bastante solida para poder eer empregada
na construcçao mechanica, o problema estaria resolvido / obter-se-ia um phonographo
que reproduziria com perfeição ideal as ondas sonoras da voz humana e dos instrumentos.
Um pormenor interessante: Edison nunoa
accedeu a deixar registrar pelo phonographo
a sua própria voz. Talvez um dia consinta
em referir no phonographo como descobriu
este apparelho; mas parece-lhe isto uma
puerilidade e vae sempre adiando a raalização do projecto.
—Quanto tempo, perguntou-lhe o repórter,
pôde entregar-se completamente a uma invenção, sem tomar um instante de descanso ?
—Tenho passado, respondeu Edison, cinco
dias e cinco noites consecutivos sem dormir
e tomando quasi todas as minhas refeições
sem me sentar. O esforço é menos penoso
do que eu teria supposto. Acabara por me
habituar á privação do somno e teria podido
prolongar a minha vigília ainda mais dois
dias.
Neste laboratório ha homens que trabalham commigo durante três, quatro dias e
outras tantas noites, sem descansar um
momento. E' esta uma condição indispensável para o êxito de um inventor; é mister
que possua uma energia physica e moral a
toda a prova.
As grandes distracções de Edison são a
chimica e as experiências. Gosta também
de montar a cavallo e começa a apreciar
agora as voluptuosidades do automobilismo.
O laboratório de Edison encerra uma sala
magnífica^ de 33 metros de lado, com 13 metros de pé direito; ao longo das paredes correm galerias espaçosas onde se acha disposta
uma soberba collecção de mineraes e de pedras preciosas comprada em Paris ha annos.
Mais de sessenta mil volumes guarnecem as pi-ateleiras, sem talar das revistas
e jornaes scientificos que Edison collecciona
ha 40 annos.
Uma espécie de alcova installada a um
canto deste vasto aposento e perto da secretária de Edison contem uma cadeira e
uma mesa. E' abi que Edison toma as frugaes refeições a que o condemaa uma doença
de estômago.
Perto da bibliotheca está o stodc room, onde
em milhares de gavetas minúsculas que forram as paredes se acham os objectos mais
beteroclitos empregados nas experiências ;
dentes, ossos, cascas de mexilhão, macaroni.
O Galvcmometro Building, salaimmensa,
illuminada por doze grandes janellas, offerece a particularidade de não haver entrado
uma parcella de ferro na sua construcçao;
em toda a parte foi este metal substituído
pelo cobre, afim de evitar toda a influencia
magnética. Edison acabara de a construir
quando uma companhia lhe estabeleceu mesmo por baixo das janellas um tramway electrico.
Abi se pôde vêr uma das primeiras invenções de Edison, uma machina de votar
Extremamente engenhosa, tornava impossível qualquer fraude. Escusado será dizer
que nunca foi utilizada pelo suffragio universal.
Abi se encontram também os primeiros
modelos das invenções de Edison: os telegraphos duplex e quadruplex, o microphono
o mimeographo, etc.
Numa officina contígua trabalha uma
machina que fabrica um phonographo numa
sô operação. Com esta machina um sô operário produz cem phonographos por dia.
A repartição do contencioso, annexa ao
laboratório, está a cargo de um eminente
advogado americano, Mr. Frank Dyer, que
nao desfructa precisamente uma sinecura.
E' a elle que incumbe a defesa das setecentas patentes de invenção que foram concedidas a Edison das mil e cem que requereu; além de duas mil que tomou no extrangeiro!
Um simples detalhe: Edison tomou successrvamente cento e sessenta e nove patentes só para a sua lâmpada de incandescencia, que consiste numa simples ambula
de vidro e num fio de bambu carbonisado.
Com respeito ao phonographo, Edison tirou já cento e uma patentes e a série ainda
continua. Cada uma destas patentes representa um aperfeiçoamento obtido á custa de
uma enorme tensão cereb; ai, de meditações
e experiências sem conta.
A repartição do contencioso tem a seu
cargo a direcção dos innumeros processos
intentados em todos os paizes contra os contrafactores dos inventos de Edison.
Para terminar este resumo, eis a opinião
do illustre homem de sciencia acerca da differença que ha entre uma descoberta e uma
invenção.
Uma descoberta, para elle, é uma «lasca
de unha» (sic) ; não lhe liga a menor importância. Pelo contrario, a invenção procede de uma série de trabalhos methodicos,
raciocinados, ajudados pela faculdade inventiva, que Edison possue no mais alto gráo.
A sorte, o acaso fazem brotar a descoberta; sô o trabalho perseverante, obstinado,
pôde gerar a invenção.
Edison pouco tem descoberto; em compensação tem inventado como poucos.
ALTBR EGO.
ADEUS
Chegou o instante da partida !
Com que pezar, com que afflicção
Venho fazer-te a despedida,
O' coração !
Longe da meiga claridade.
Do teu olhar, do teu sorrir,
Que babylonica saudade
Me vae pungir!
Longe de ti, a aurora é escura,
Nem uma estrella me sorri.
A terra é uma ampla sepultura.
Longe de ti !
Minh'alma, triste e lacrimosa.
As azas fecha com que dôr !
Poram-se os dias oôr de rosa...
Adeus, amor !
Dá-me um annel do teu cabello
Mais odorante que um rosai ;
E' um amuleto : hei de trazel-o
Em um missal.
Adeus ! A minha voz se trunca !
Vou soffrer muito, bem o sei,
E, ainda assim, eu nunoa, nunca
Te esquecerei !
Talvez eu nunca mais te veja
Nem uma vez, nem uma só,
E pela morte em breve eu seja
Desfeito em pó !
Talvez a tua mão nevada
Eu nunca mais aperte assim :
— Jóia de carne perfumada
Como um jasmim.
Talvez não mais teu rosto cheio
De luz me cegue como um sol,
Nem te ouça o riso, que é um gorgeio
De rouxinol.
Talvez não mais, ó casto lirio.
Rindo e fazendo madrigaes.
Te enlace as fôrmas, num delírio!
Não mais ! Não mais !
Talvez eu—pobre peregrino
Que erra no mar da vida, ao léo,
Não mais te escute a voz, que é um hymno
De ave do céo !
Talvez, ás horas do sol posto.
Por entre renques de bambus,
Não mais te beije o niveo rosto
E os hombros nús !
Talvez não mais, ao som de um piano.
De amor na doce embriaguez,
Eu te arrebate em gyro insano !
Talvez ! Talvez!
Ama-me sempre e tem paciência !
Que seja eterno o teu amor
Como da estrella a refulgencia,
Do sol o ardor !
Parto, mas este amor não finda !
Não chores ! Limpa os olhos teus !
Dá-me um abraço !... um outro ainda!...
E adeus !... Adeus !...
18—8—1904.
GUSTAVO TEIXEIRA.
SABÃO PARA BARBA, de J. B. WILLIAMS
Producto genuíno,
tmiversalmente conhecido pelas suas finas
qualidades e usado por
todos os barbeiros reputados. Becommendado para uso particular. Nunca são demais
os elogios feitos a esta qualidade de sabão
que, em pureza e em
vantagens especiaes
para barbeai, jamais
foi egualado e muito
menos excedido.
I*reço de cada sabão
1$800 livre deporte.
Pedidos á Figner Irmãos Buu S. Bento, 26-S. Paulo.
ÈCHO PHONOGRAPHICÕ
UMA OPINIÃO
— Qual é a tua opinião? perguntou um
burguez bem apessoado ao Figaro mais falador de que ba noticia neste mundo inteiro.
— A minba opinião, respondeu o barbeiro
humildemente, escanhoando o queixo do interlocutor, a minba opinião é que todos nos
estamos fadados a mudar de offlcio para não
morrermos àfome.
_E, como estremecesse, â idéa do futuro,
deixou o freguez a sangrar com um enorme corte de navalba, embaixo do maxillar
inferior.
— Tem razão, exclamou de mau humor
o paciente, e a prova é isso que acabas de
fazer. A Phoenix tem mesmo de obrigal-os
a mudar de mister. De boje em deante nunca
mais entrarei num salão de barbeiro. Hei
de barbear-me eu mesmo com as esplendidas navalhas Phoenix da Casa Edison, que
não cortam, nem estragam a pelle.
Lavou-se rapidamente e nem quiz pentear o cabello. Sahiu.
EPITAPHIO
Debaixo desta humilde e fria lousa
Jaz a ossada de um joven sem ventura :
Das lides mundanaes aqui repousa
De Minas a mais nobre creatura.
As obras decorou do Cruz e Sousa,
-Foi redaetor da < Lucta >, e fez figura :
Péssimo vate, mas tão úella cousa
Que faz dó ver tragal-o a sepultura.
Tinha um grande e gravíssimo defeito:
— O de impingir seus versos todo o dia
Aos miseros oollegas de Direito.
Dorme debaixo desta lousa fria :
Approximai-vos ainda assim com geito ;
Pode impingir-vos. ainda uma poesia !
(1899 )
AGENOR SILVEIRA,
A interessante satyra La Malaguete, que
hoje reproduzimos, foi publicada em 30 de
janeiro de 1829 no Ânalysta, orgam impenalista, contra a Malagueta, jornal brasileiro da época.
Essa satyra em francez e em bons versos
alexandrinos, que a folha dizia ser de primeira mão e da lavra de um dos seus leitores, devemol-a á gentileza do erudito dr.
Antônio Piza que a oííereceu ao Echo,
como uma curiosidade politioa-literaria.
0 companheiro das damas
Entre as novidades ultimamente recebidas
destaca-se o lindo estojo denominado acertadamente Companheiro das damas.
E' um objeoto elegante e que não deve
faltar nos toucadores das senhoras e senhoritas de bom gosto.
Acondicionados em bonita caixa vão um
esplendido pente, medindo sete pollegadas,
dois bellissimos dedaes á phantasia e vinte
e quatro grampos de tamanhos variados, uns
á phantasia, outros simples, tudo de alluminium, o metal da moda e que não tem
rival, porque é leve, forte, durável e de côr
fixa. Constitue o Companheiro das damasum.
presente ao mesmo tempo útil e pouco dispendioso, tendo a vantagem de poder ser
; andado a qualquer ponto, pelo correio, sem
grande despesa de porte. O preço do Companheiro das damas incluido o porte é 4|500.
Pedidos á Figner Irmãos—Rua São Bento, 26 8. Paulo.
SO NEXO
Moça, que tens a cor alva das açucenas,
E que trazes'no doce olhjar todo o oariz
Eenectido do céOj^moça que me condemnas
Porque eu diase que tu me deste uns bogarys:
Já que és futil e van, dona de mãos pequenas,
Dona de alma menor, talvez, olha eu não quiz
Prender-te por mais tempo e, si és como as phalenas,
Podes voar que abandono 03 meus sonhos gentis...
Agora não desejo, ó venenosa flor,
Que venhas mais com teu sorriso a este sombrio
Coração que te esquece e esquece o teu amor :
A indifferença nelle anda agora a brilhar
— Como sobre a nudez pacifica de um rio
Ampla se desenrola a brancura do luar...
(1892)
VALDOMIKO SILVEIRA.
OCARINAS FRANCEZAS
De qualidade superior de barro
envernizadas e muito bem afinadas. Cada ocarina acompanha um
methodo illustrado e explicativo.
3 Tamanhos
N.0 1 (grande) 5$000, pelo correio
6Í0OO. — N.« 2 (médio)
3*500, pelo
correio 4f500. — N.0 3 (pequeno)
2$000, pelo correio 3$000.—Ocarinas
de metal 1$500, pelo correio 2$(X)0.
Methodo illustrado para as ultimas, 500 réis. ESPECIAL: 3 ou mais
ocarinas mnettemos livre de porte.
IN EXTREM1S
Ha quantos dias não te vejo, quantos !
Meu coração a todos tem marcado ;
Tudo perdi, ao perder os teus encantos,
Ando sem norte e vivo amargurado.
Tenho a esperança transformada em prantos
E, evocando saudoso o meu passado,
Esqueço as glorias, sinto os teus quebrantos.
Nada compensa o teu olhar amado.
Sorte cruel, oh ! minha sorte escura !
Tu de amor me privaste eternamente.
Deixando-me num mar de desventura...
E a cada anjo do oéo, a cada estrella,
Abrindo o coração triste e dolente,
Digo chorando que não posso vêl-a !...
1905
ARNALDO VELLOSO.
-•■í=Sr«-*.fS»5-«-
O ESPIRITO VENCEDOR
Na Ceia dos cardeaes, finíssima comedia
de Júlio Dantas, o cardeal francez De Montmorency demonstra á saciedade, que muito
mais vale o espirito que a força physica.
E não é só esse espirito tenuissimo, peculiar aos homens de cultivo intellectual e
de educação esmerada, que faz resaltar o
seu valor.
O próprio espirito de vinho applicado aos
magníficos fogareiros Ologau que a Casa Edison tem à venda, não encontra competidor.
Por uma engenhosa combinação gazeificase, produzindo uma chamma magnífica, com
despendio menor do que em qualquer outro
fogareiro congênere.
E o fogaeiro Glogau custa apenas 4$500,
livre de porte.
N ICO LA U
Pallido e afflicto, a pátria sacudida
pelo igneo vendaval da guerra dentro e fora,
o triste imperador da Santa Rússia, agora,
sente o throuo abalado e a gloria murchecida.'
Foi elle quem abriu a sangrenta ferida.'
E' por elle que o povo em ruina grita e cliora,.
e em cada coração, como num fojo, mora
a derradeira luz da Esperança perdida /
Vive na reclusão de um castello afastado,
tiritando de horror do próximo attentado,
que, ao lembrar endoidece e reciia e desmaia I
Foi elle o semeador de tanta desventura,
o meçmo que através das edades perdura
como o propheta infiel da Conferência de Haya/
ALTKS DE SOUSA.
SECÇÃO FEMININA
As médicas na America.
Segundo uma estatística publicada por um
jornal estrangeiro ha, na America, mais de
2.000 mulheres que exercem a medicina.
Dessas, 130 adoptaram o systema bomoeoI atico, 70 occupam-se no serviço dos hospitaes, 86 são professoras nas escolas médicas, 610 votaram-se ao estudo especial das
doenças femininas, 70 são alienistas, 65 ortopedistas e 40 dedicam-se á especialidade
de doenças dos olhos.
O riso
Sabem que o riso tem sido objecto de uma
serie de estudos que não fazem rir pessoa
alguma, como são a Dissertatio de risu, o
Discurso acadêmico do riso, o tratado De risu
in puero, primo nativitaUs dic, a Dissertatio de risus commodo et Í7icommodo in economia vitali, o Tratado das causas physicas e
moraes do riso, relativamente á arte de o
excitar, etc, etc.
Estes graves tratados dizem-nos por exemplo que ha tantas espécies de riso quantas
são as vogaes.
As pessoas que riem em A são francas,
inconstantes, apaixonadas pelo baralho e pelo
movimento.
O riso em E pertence aos fleugmaticos e
aos melancholicos.
O riso em / é o riso das crianças e das
pessoas ingênuas, denota uma Índole serviçal, dedicada, mas tímida è irresoluta. As
loiras riem todas em /, o què não quer dizer que sejam todas ingênuas.
O siso em 0 indica generosidade nos sentimentos e audácia nos movimentos.
Existem, como aparte, todos aquelles que
se riem em U; são avarentos, hypooritas,
misanthropos. e os prrzeres .não têm nunca
para elles o mínimo encanto.
Ahi está por conseguiute um meio fácil
de se conhecer o caracter de uma pessoa : —
E' ouvil-a rir.
Um exemplo a imitar
No World of To day, Mr. C. E. Woodruâ
recommenda ao publico americano a iniciativa tomada pelo Mayor de Huddersfleld
para combater a mortalidade infantil, uma
das pragas da sociedade moderna. O digno
Mayor prometteu o prêmio de uma libra esterlina pagavel a doze mezes da data a toda
a mãe que lhe apresentar um filho de doze
mezes de edade.
Annexa á nota promissória acha-se uma
lista de instrucções impressa a cores, que
condensa todos os bons conselhos que se
podem dar a uma mãe sobre o modo de crear
o seu filho e de evitar as innumeras causas
de morte que pairam sobre o berço das
criancinhas.
Pareceu-me tão interessante a leitura desse escripto que embora elle não quadre muito
com e feitio destas chronicas aqui o vou
reproduzir na sua fôrma textual. Talvez essas linhas caiam debaixo das vistas de alguém que tire dellas immediato partido.
Deveriam as câmaras munioipaes aífixal-as
em edital para serem lidas pelo povo.
No Brasil, como em todas as nações, deve
ser formidável a hecatombe das crianças até
um anno de edade. Quantas não seriam salvas
si fossem seguidos á risca os optimos e práticos conselhos do digno Mayor de Huddersfleld.
PAKA A CEIANÇA
Longwood, districto do condado Borough
of Hndderfield.
Nome da criança... Data do nascimento
Nomes e morada dos pais.
REGRA
Para a vida e saúde da criança:
Alimental-a com o leite materno; o leite
materno é o alimento NATURAL e o MELHOR.
ECHO PHONOGRAPHICO
8
A doze mezes da data pagarei aos pais da
supra mencionada criança a somma de uma
libra si me for apresentada a prova de que
a criança completou doze mezes de edade—
(Assignado) Mayor of Huddersfield.
Por uma criança alimentada a leite materno que morre antes da edade de três
mezes, morrem quinze crianças alimentadas
por outros systemas.
REGRAS PARA O BEM—ESTAR DA CRIANÇA
Quando a mãe não pode amamentar séu
filho, deve alimental-o com leite puro e
fresco misturado com água em certas proporções, segundo a edade.
A principio metade água e metade leite,
com uma colher de chá de nata e um pouco
de assucar. A' medida que a criança vae
crescendo, vae-se diminuindo a proporção
da água.
O QUE SE DEVE FAZER
Alimentar a criança a intervallos regulares de três em três horas.
Manter sempre a criança em estado de
perfeita limpesa. Banhar a criança (ou laval-a â esponja uma vez por dia durante
a estação calmosa.
A criança deve dormir em um berço ou
uma cesta.
Atlendam sempre á criança quando chora.
A criança chora por uma destas razões: Io
quando tem fome; 2' quando alguma coisa
a incommoda ou a magoa; 3- quando está
doente.
O QUE SE NÃO DEVE FAZER
Nunca se dê ás crianças xaropes calmantes, pós febrifugos, nem quaesquer drogas
desta espécie.
Nunca se dê á criança pão nem sopas nem
suecos de carne, nem qualquer alimento,
excepto leite, até ella completar sete mezes.
Nunca se dê á criança leite desnatado ou
leite que não seja fresco e puro.
Nunca se empregue mamadeira com tubo
comprido de borracha. Não é possível conservan limpo o interior de um tubo.
Nunca se leve a criança sentada nos braços antes de ella ter cinco mezes.
Nunca se deixe de chamar o medico,
quando a criança adoece. As crianças succumbem rapidamente, quando se lhes não
açode a tempo.
MARIA AMALIA VAZ DE CARVALHO.
(Do Jornal do Commercio).
PECCADO
Plantaste a cruz, e eu lento em vão, crucificado,
Quero esquecer-.te, o crime attrae e a carne inílamma,
A consciência repelle e o coração exclama
'__ Covarde humano és tu que vives humilhado.
A sombra da razão que se transforma em lama.'
Covarde é quem na vida, embora apaixonado,
Algema um outro ser em nome do peocado,
A' luz do próprio mal ardendo-lhe na ohamma.'
E's bella, e tens na mão o anel do matrimônio,
Aro qu» um beijo só derrete, aro bemdioto...
Adeus, formoso sol, eu receio o Demônio...
O amor, bem sabes tu, mulher dos meus carinhos,
Ordena ao coração, e o coração malüicto
Quer cantar em teu seio o madrigal dos ninhos.
JAYME LESSA.
Desejamos remetter gratuitamente o Echo
ás Bibíiothecas ou Gabinete de Leitura de
todas as Sociedades Kecreativas ou outras no Brasil.
Enviae-nos o nome da Sociedade de que
sois consocio.
Nome da Sociedade
Logar
Estado
N. B.—Corte este annuncio e envie pregado a um
bilhete postal á Hedaoçãu do «Echo» Caixa 398—São
Paulo.
Nunca deixes para amanhã...
" Nunca deixes para amanhã o que
puderes fazer hoje", aconselha a sabedoria popular. Approximam-se as festas. Dezembro não tarda ahi e que
melhor passatempo para a noite de
Natal que um grammophone aperfeiçoado com discos excellentes, reproduzindo trechos escolhidos ?
0 grande suecesso alcançado pelos
•três primeiros clubs da CASA EDISON,
animou-a a armunciar o Quarto Club
de Grammophones, que principiará brevemente.
Um grammophone è um apparelho
que nem todos podem comprar, pagando-o integralmente, de uma só vez,
na oceasião.
Inscrevendo-se, porém, no club, nada
mais fácil que obter uma dessas esplendidas machinas falantes com o dispendio de uma prestação de 5$000, de
duas ou de três. Não sendo mesmo favorecido pela sorte, no fim de quarenta
semanas o subscriptor receberá o grammophone acompanhado de 24 discos a
escolher dentre magníficos trechos de
operas, cantos, bandas, orchestras, solos, etc, e, então, não terá pago mais
que o valor real do artigo.
Dada a hypothese de não desejar o
subscriptor esperar até ao sorteio do
seu numero ou até ao fim do club, poderá elle pagar adeantadamente as prestações das quarenta semanas, retirando
logo o apparelho e os discos.
Quando for o seu numero sorteado
a Casa Edison restituirá sem demora
as prestações sobresalentes.
Devido á alta do cambio os discos
que tem aquella casa agora á venda são
superiores e, sensivelmente, aos que
possuia a principio.
Basta este attraotivo para assegurar
suecesso completo ao novo club.
Veja o leitor o annuncio noutra pagina.
DESVELO DE MAE
(Para Joaquim Morse)
« Filha, porque estás calada !
A' maman não deve a gente
Occultar nunca o que sente !
Ella, assim, fica maguada!...
Como estás hoje prostrada !
Como tens o rosto quente !
Tu pareces tão doente,
Emtanto, não dizes nada !
Dorme um pouco então, descansa,
Pois, filhinha, uma somneca,
Muitas vezes, cura a gente.»
Tal dizia uma criança,
Certo dia, a uma boneca,
Que lhe deram de presente.
S. Ferraz, 1905.
JOSé GORGULHO.
CYRANO DE BERGERAC
A err
o in
ROXANE
Si esta hora cliegou de que tanto me encantas
Que palavras diras?
CYEANO
Oh, quantas, quantas, quantas
Achar, lançar-tas-hei em tufo como um louco.
Sem as por em bouquet ; eu vos amo, eu suffoco.'
Não posso mais, eu te amo, é demais, perco o juizo/
Teu nome na minha alma está como n'uin guizo,
Ecomo, todo o tempo, oh Roxane, aalmatreme,
Todo o tempo retine o guizo e o nome freme.
Lembro tudo de ti, porquanto tudo amei, •
O anno passado, um dia, em maio, a doze, sei
Que ao sahir de manhan mudaste de penteado;
De tal modo tomei por luz teu adorado
Cabello, que como ao fixar demais o sol
Vemos ax)ós em tudo a sua luz em chrysol
Sobre tudo, ao deixar a luz de que me doiras,
A alma, o meu olhar colloca manchas loiras...
EOXANE
Sim... isto é bem amor.'
CYUANO
Certo, este sentimento
Que me invade, rude e cioso, este momento,
E' o amor, delle tem todo o triste furor
E no emtanto não é egoísta. E' o amor .'
Oh eu daria bem em prol da tua ventura
A minha, mesmo que, na minha noite escura,
Nunca o soubesses, des que o almo sorriso ouvisse-o
Dessa ventura que te creou meu sacrifício.
i
Cada olhar teu suscita, e sem mesmo que os meçu^^
Um valor novo, e mais virtude em mim. Começas/i^ A comprehender agora?Atuaalmamecomprehendreí>^
Sentes a minha que na sombra se desprende
Até ti ? Oh.' que doce e bella tarde ! Vós
Eu vos digo isso tudo e ouvis a minha voz.'
Eu nunca na illusao mais humilde e modesta,
Nunca tanto esperei.' Agora não me resta
Senão morrer.' E é pelas phrases que digo
Que tremes, nesse teu de azues ramos abrigo
Torque tremes, tal como uma folha entre as foltas"^1
Porque tremes/ Porque senti, quer a recolhas \orr
Ou não, o almo tremor da tua mão até mim
Descer e palpitar ao longo do jasmim .'
ROXANE
Sim, estremeço, choro e nem sei que me ateuha
E tu mo embriagaste...
CYRANO
Então que a morte venha,
Essa embriaguez fui eu, eu que lhe dei ensejo
Nada te peço mais do que uma cousa...
CHR1STIANO ~ Um beijo.'
BAPTISTA PERTSIRA
Moço elegante
Chamou a attenção de quem passava ha
dias ás2 horas, pelarua Quinze de Novembro,
um elegantíssimo joven quealli appareceu
vestido de claro e trazendo na cabeça um
lindíssimo chapéo de palha branca.
O terno era novo eo chapéo parecia sel-o
também. Mas não era; tinha sido apenas
lavado com as admiráveis pastilhas Hatbleach
que vende a Casa Edison.
CAMPAINHA ELECTRICA
^ara. portas e chamados
Indispensável nas casas de família, nos escriptorios, nas íabricas, nos hotéis, etc.
Uma campainha electrica modernissima e cujo funecionamento
nunca falha, é por isso usada nas
residências particulares e também
adoptada nos escriptorios, nos hotéis, nas fabricas, etc. Depois de
conhecer as instrucções que acompanha o objecto, qualquer criança
poderá, dentro de minutos fazem
a sua installação. Nào é preciso
chamar o electríeista. Umaesplendida e convenientissima acquisição para as pessoas
que residem em arrabalde^ ou no interior. Muitas
vezes a gente deixa de fallar a um amigo qne se
procura, porque, batendo á porta, elle que está no
sobrado ou no fundo da casa, não ouve o ruido das
pancadas. Esta campainha electrica sôa alto. E do
mesmo typo das que se usam nas grandes cidades.
Custam nas casas de electricidade de 15#000 a 18|000
com os accessorios. Adoptamos para esta campainha
a afamada batteria secca, cuja durabilidade e longa
sem que seja necessário cuidal-a. Depois para subtituil-a podem comprar nova batteria preço de
21500. 0 apparelho completo compõe-se de uma
elegante caixa com a campainha niokelada, medindo 21i2 pollegadas, batteria seca com as precisas ligações, bottas para chamada, um rolo de fio
encoberto, e uma planta demonstrativa que habilitam a qualquer pessoa a installar, um abrir e fechar
de olhos, a campainha, pondo-a em funcionamento.
O preço da campaninha electrica completa é 10ÇOOO
esolusive o frete, que varia comforme o destino
Sendo o peso do apparelho completo da 1 li2 kg. nao
convém envial-a pelo correio, entretanto podemo
fazel-o mediante augmento de oíOOO.
Pedidos á Figner Irmãos- Bna S. Bento, S6-S: Paulo.
ECHO PHONOGRAPHICO
DAQUI E DALLI
SECÇÃOJNFANTIL
Parece ter sido descoberta a identidade de
Othelo, o ciumento Shakspeariano que ha
dous séculos tem sido o typo do assassino
por amor.
Nos arcliivos da familia milaneza de Oabergi foi encontrada uma serie de documentos que marcam a identidade do imaginário
Mouro de Veneza.
Não era negro nem mouro, mas um moço
patrício veneziano, chamado Nicoláo Que-
A morte e o rachador de lenha
rilli
.
,
i r
-v
Desdemona pertencia também a tamuia
Querini de sorte que o enlace dos dois foi
um casamento entre primos.
O epilog.i sangrento desse consórcio, que
suggeriu a Sbakespeare a sua sempre celebrada tragédia, occorreu em 1542 na igreja
de S. Fiancisco, em Candia, onde Desdemona se refugiara. Essa igreja de S. Francisco
é hoje uma mesquita.
Terra em que os fabricantes de sabão não
podem fazer fortuna ó Nicarágua. Ha naquella Republica um lago importante, o lago
Nejapa, cujas águas f-ão verdadeira lixivia
natural.
Contêm em solução concentrada carbonato de soda e de potíissa com forte propoi
ção de sulfato de magnesia. Basta mergulhar as mãos nessa água e esfregal-as para
ter espuma abundante e lavai as tão bem
como cora qualquer sabão artificial. Assim
o povo da região serve-se da água do lago
para lavar a roupa e as casas.
Como a água tem sulfato de magnesia é
também usada como laxante e a vendem como
purgutivo aos seus vizinhos da Guíitemala.
Pelo Jardim Zoológico de Londres acaba
de- ser adquirido um pássaro que sabe falar
em duas línguas e cujo repertório consta de
dezesete phrases.
Essa ave pertence a uma espécie conhe
cida por « Mynah da Grande Montanha»,
Três das phrases que ella sabe, são em dialecto indioc e as restantes em inglez.
Em 1892 a órea cultivada da Austrália era
de 5.481.000 geiras ; em 1904 elevava-se a
mais de 10.000.000.
EmDíppoldiswalde, Allemanha, ha uma es
cola tecbnica para moleiros, onde se podem
tstudar tpàoã os mais recentes aperfeiçoamentos em machinas de gênero.
Ha oito professores, quatro dos quaes são
engenheiros.
A produoção de carvão anthracita no mundo, no semestre terminado em 30 de junho
ultimo, foi de 30.71G.997 toneladas contra
29.257.207 toneladas durante o correspondent.-período de 1901. Houve, pois, um augmento de 1.459.790 toneladas.
( LA FOXTAIXB )
Um rachador de lenha, carregado
Com o peso do molho e dos seus annos,
Procurava fugir do inverno aos damnos,
Demandando o seu pobre ninho amado.
Do ultimo esforço, emfim, abandonado,
Atira a carga e diz — « Fados tyrannos !
Tormentos haverá mais deshumanos ?
Abriga o mundo, egual, um desgraçado ?
Mulher, filhos, impostos e credores,
Sustento escasso, lida a toda a hora ?
Vem, ómorte! «Esta acóde aos seus clamores.
« Que pretendes de mim?»—EUe descora
E diz, sentindo as pernas em tremores,
«Pôe-meâs costa' o molho... evae-te embora!»
J. I. D'AKAIIJO.
Os três pedidos
Ha milhares e milhares de annos passados,
Chasid, califa de Bagdad, ordenou que fosse
servido um peixe, á hora do jantar, a todo
e qualquer extrangeiro que chegasse á sua
ria casar-se com a formosa Carmen, filha
do sultão.
Sua magestade ficou espantadissimo e afflicto com aquelle primeiro pedido; mas, como
palavra de rei não volta atrás, mandou chamar um padre, e fez celebrar o casamento.
No dia seguinte o prisioneiro exigiu que
lhe trouxessem os thesouros reaes, e distribuiu-os por sua familia, pois Chasid os
entregou, embora com o maior sacrificio possível, verdadeiramente desesperado.
Chegando finalmente o terceiro e o ultimo
dia, Ramir declarou ao sultão que queria
que fossem fun.dos os olhos de todos quantos
houvessem visto seu pai virar o peixe.
Chamaram o mordomo, o cosinheiro, o
ajudante, o dispenseiro, os criados, os guardas,
que estavam presentes ao banquete, mas todos declararam e juraram que nada'tinham
presenciado.
Em vista disso, como não houvesse uma
única testemunha, Chasid não teve outro
remédio sinão perdoar o moço, e desse dia
em deante revogou aquella ordem por demais
injusta e despotica.
Carmen e Ramir, casados, viveram felicíssimos o resto de sua vida, concorrendo
para que Chasid, califa de Bagdad, viesse
a ser um soberano de bom coração, amado
e respeitado por todos Seus vassalos.
corte.
Os criadoH, que serviam á mesa, deviam,
porém, prestar a maior attenção para vèr
si o convidado, depois de haver comido o
peixe de um lado, até deixar a espinha á
mostra, o virava no prato afim de tornar a
comel-o do outro lado.
Dado esse caso, o extrangeiro seria ímmediatameute agarrado e preso, e enforcado
ao depois de três dias.
Mas, para attenuar de alguma fôrma essa
ordem barbara, deshumana, inqualificável,
Chasíd concedia ao condemnado o direito
de, em cada um desses três dias fazer um
pedido, fosse qual fosse, menos o de lhe
conceder a vida, que logo e logo seria satisfeito.
Muitas pessoas já haviam sido victimas
de tão extranho e cruento capricho, quando,
um dia, apparecen em Bagdad um rico fidalgo chamado Beauzur, em companhia do
jovem üamír seu filho.
Hospedaram-se no palácio real, a convite
do soberano, é, áhoradojantar,serviram-lhes
um magnífico peixe frito. Beauzur achou-o
soberbo, e querendo servir-se de mais um
pouco, virou-o da outra banda.
No mesmo instante os criados agarraram-o,
e conduziram-no á prisão.
Ramir, vendo a sorte que estava destinada
a seu pai, como era um bom filho, foi supplicar ao califa para deixal-o morrer em logar do velho.
Chasid.não poz a menor duvida: mandou
soltar o fidalgo e mandou prender o moço.
Sabendo que lhe era permittido manifestar três desejos, os quaes immediatamente
seriam realizados, o joven declarou que que-
DISCOS1/^
OU CYUNDROS
i
Sois possuidor de qualquer machina falante ou
pretendeis sel-oí Teremos prazer em enviar-lhe mensalmente os nossos prospeotos das ultimas novidades gravadas em discos ou cylindros que recebemos
constantemente de todas as priuoipaes 1< abneas Americanas e Européas. inclusive Edison, Victor, Columbfa e outras.
Encha as linhas que seguem !e envie Ufje este annunoio a Oam MUo»
Fúnier Irmãos—Sua S. Bento, 26-~S. Paulo.
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_
». i
N. B.-SI ainda nüo possuis o nosso novo cat»'»S" «!«J™"dad«s americanas, também envial-o-emos GKATUITAMl.^ »*..
SEN EX
(Ao respeitável proí. Sr. Erasmo Braga)
Eil-o que passa tremulo, arrimado
Ao seu bastão, com passo mal seguro ;
Pendem-lhe as cans do rosto magro e duro
Por sobre o busto débil e curvado ;
A fronte austera, o olhar embaciado,
A recitar novenas em murmuro...
E diz a turba: — « O' Santo o vicio impuro
«Ja não attrae teu peito libertado!...»
E no suspiro agudo que desprendem.
Ao escutar os gabos que lhe rendem.
Os desmaiados lábios do velhinho,
Não se lamenta um Judas convertido
Mas, ao sentir da lympha o marulhinho,
Tantalo geme pela sede urgido.
S. Paulo, 1905.
ALFREDO NORA.
Porta-Chaves
Corentes fina
de alluminium com
pegador para suspensorio e portachaves. Além de
elegante, é um ob-,
jecto de grande utilidade e muito leve. Preço 1$400, duz. '8$
livre de porte.
Pedidos á Figner Innãos-Rua S. Bento, 26
São Paulo.
REUTERS|
50AP
O Sabonete de Reuter torna puras
todas as pelles
O sabonete ordinário meramente lava a superfície. O Sabonete medicado de Reuter abre
e purifica todos os poros, suavemente curando
todas as erupções e abolindo a gordura.
Começai a oiar Sabonete de Reuter
hoje, para a tez amanhã
REUTtRS
REUTERS
S0AP
50AP
10
ECHO PHONOGRAPHICO
CONSELHOS PROVEITOSOS
COZINHA
Sopa italiana
Cozem-se duas libras de carneiro, meia libra de toucinho em seis garrafas de água,
ajuntam-se-lhes meia garrafa de vinho branco, um calix de vinagre, uns dentes de cravo,
e um pouco de canella; estando tudo cozido,
ooa-se, e ajuntam-se mais um pouco de pimenta da índia, uma colher de manteiga,
um pouco de assucar e meia dúzia de gemmas de ovos batidas.
Perua de Tacca cozida
Tome-se a carne, e deixe-se ferver cinco
horas sobre bom fogo, tendo-se ajuntado á
água sal, cenouras cebolas, cravo da índia,
as folhas picadas de um repolho e um calix
de aguardente.
Estando a carne cozida, tire-se do fogo,
como também os temperos, pondo-se tudo em
symetria sobre o prato. Deixe-se o caldo engrossar, ajuntando-se-lhe por fim um pouco
de^ farinha de trigo e vinagre. Deixe-se este
molho sobre a carne e os legumes, antes de
se servirem.
Peru assado uo espeto á flnminense
Salpica-se o peru com sal, pimenta moida,
cebola e salsa bem picada ; enleia-se com
umpanno ehumedece-se este com summo de
limão. Depois de vinte e quatro horas, tirase-lhe o panno e enche-se-o com os miúdos
de quatro gallinhas, uma mão cheia de carapicús, uma cebola, meia libra de toucinho, tudo muito bem picado ; ajuntam-seIhe três gemmas d'ovos, sal, noz moscada, e
enche-se o peru com a massa.
Enfiado assim no espeto, assa-se, envolto
em lascas de toucinho muito finas, e, estando cozido, tira-se-lhe o resto do toucinho ;
envolve-se o peru êm pão ralado,e continua
se a assal-o até tomar côr suíficiente ; servese com seu molho, depois de tirada a gordura.
Torta imperial.
Põe-se numa fôrma bem untada uma camada de massa ; põe-se sobre a camada do
fundo uma outra de polpa de pecegos ; sobre esta, uma de maçãs, e assim por deante
até encher a fôrma, devendo a ultima camada ser de massa; leva-se ao forno, tira-se e
vira-se sobre uma travessa ; cobre-se de assucar em calda e canella, e serve-se.
As camadas das polpas podem ser variadas, conforme o gosto de cada pessoa.
CONFEITARIA CASEIRA
Caramelos de limão
Faça-se de uma libra de assucar claro, e
duas oitavas de ácido citrico, uma calda com
água necessária; evapora-se até o ponto já
indicado (de espelho chamado) e despeja-se
sobre uma folha untada com óleo de amêndoas doces e essência de limão
Balas ou queimadas A mineira
Toma-se uma porção de assucar mascavo,
limpa-se com claras de ovos, coa-se e torna-se a levar para o fogo, evaporando até
que uma prova tirada e pingada num copo
de água, não se derreta, mas sim endureça
como pedra; pouco antes de chegar a este
ponto, deita-se-Ihe uma pitada de canella
moida e uns pingos de summo de herva cidreira; despeja-se depois num prato untado
com um pouco de gordura; e emquanto está
quente, e molle faz-se, enrolando com os
dedos, pequenas balinhas, que se embrulham
em papel.
•
Chocolate de musgo islaudico
Infunde-se uma libra de musgo islandico,
com quatro libras de água quente, e uma onça
de subcarbonato do potassa ; passada uma
hora còa-se, espreme-se bem e lava-se por
duas ou três vezes com água fria ; espremese bem o musgo, e secoa-se primeiro ao sol,
depois num forno ; reduzido depois a pó que
se passa por peneira de seda, e ajunta-se a
uma libra de araruta, duas onças de salepo,
a massa de oito libras de cacáo e oito libras
de assucar; é repartida e batida nas fôrmas
como já foi dito.
MEDICINA DOMESTICA
Remédio contra dores de dentes
Mistura-se em um vidro, partes eguaes de
creosote, de óleo de cravo, de kerosene, de
ether sulphurico, e de laudano. Applica-se
no ouvido dos doentes, embebendo um pouco
de algodão nesta mistura. A hora mais adequada para fazer esta applicação, é á noite
e depois de deitado.
Remédio para impedir
de crear callos nos pés
Calçar sapatos largos ; pôr os pós de vez
em quando em um escalda-pés no qual se
põe um pouco de sal de cozinha, e de potassa.
Far-se-á desapparecer inteiramente o cailo, esfregando-o todos os dias com uma dissolução cáustica de potassa, até que se tenha formado no logar uma pelle macia, e
flexível.
Remédio contra o dclluxo
O mais simples, e do qual se usou com
efiicacia, consiste em tomar á noite, em vez
de qualquer outro alimento, um pedaço de
pão untado com azeite doce, e isto durante
alguns dias consecutivos. Uma colher de
azeite doce, tomada de manhã e á noite curou defluxos, muito teimosos.
O óleo de linhaça tem também sido empregado, com muita vantagem, em defluxos
epidêmicos com escarro de sangue.
Deve-se comtudo observar, que é preciso
evitar comidas irritantes, e beber abundantemente água de cevada com cosimento de
flores de borragem, adoçado com mel.
Correspondência
Aoceita-se collaboração para esta seoção e responae-se a qualquer consulte feita por nossos assignarítes. As respostas serão sempre publicadas nas colunmasdo «Eoho», dando-se apenas as iniciaes da pessoa consultante.
Perguntas que não possamos responder publicaremos por extenso, pedindo o auxilio dos nossos leitores, dando a resposta no numero immediato.
Todas as consultas serão numeradas e respondidas
pelo numero conforme nos cheguem ás mãos, e conforme o espaço permittir. Toda a correspondência
deve ser dirigida á Sedacção ão Echo Phonogmphieo.
Seoção : Conselhos proveitosos. Caixa do Correio 398.
-L. A. P. DA S._—Sara;w/í,j/.—Os objeotos precisos
para encadernação encontra em qualquer dos seguintes estabelecimentos: Companhia Typographica, Elo;
Casa Laemmert, Casa Vanorden, Casa, Duprat & C,
todas nesta.
Sellos americanos e allemães não usados compram
Figner Irmãos — Eua S. Bento, 26.
-P. J. B.C. —Bâa Vista das Pedras. —Reproduzimos
suas perguntas por extenso, esperando que algum
dos inúmeros leitores do Echo possa respondol-o:
1.° Ha um methodo racional para se fazer presunto, sem recurso de câmara frigorífica e nos mezos
de maio a setembro ?
Neste caso qual é o methodo e drogas a empregar
para evitar a deterioração da carne ?
2.» Pode-se fazer aqui o paio portuguez tal qual
elle nos vem do Portugal ?
Como se deverá proceder ?
S.o E' possível conseguir aqui em qualquer época
a carne secca tal qual nos vem do Sul? Sendo, qual
o methodo para executar tal salgação ?
4,» Qual o melhor meio de salgar o peixe d^ua
doce, como dourados, piracauiuvas, plavas etc, afim
de que nao apanhem povühas, como suecede em geral com os peixes salgados com sal moldo e seocos i
ao sol'? Haverá necessidade de addiocionar outra
droga ao sal ?
Quaes ellas.
Nota da redação :
O sr. P. J. B. C. offerece em troca das informações outras boas receitas.
As respostas podem ser dirigidas a P. J. B. C. Eodacção do Echo. Caixa 398, e acompanhadas de fsello
de 200 réi s, para remessa das cartas ao destinatário.
E x: :p E ID i E nsr T E .
(Vide a segunda pagina da capa)
NOVAS VANTAGENS DO «ECHO»
Pedimos ler cada palavra das que se seguem:
Cada pessoa que nos enviar 2?õü0 pela assignatura
do Echo Phonographico receberá além do prêmio no
valor total da importância e livre de porte e registro, dez coopons cooperativos do Echo Phonographico,
competentemente numerados, os quaes devem ser
distribuídos gratuitamente entre pessoas que SEM
DUVIDA tomem cada qual uma assignatura do Eclw
Phonographico, enchendo para este fim o verso do
coupon. Quando os DEZ COüPONS tiverem sido de-'
volvidos á nossa redacçao com pedidos de assignatura, a pessoa que os distribuiu e que já então terá
recebido o prêmio de 2$500, (incluído o porte) cuia
relação sae na a.» pagina da capa. receberá desta
redacçao um ou mais objectos no valor de 10$000,
(que possam ser remettidos pelo correio) e que poderão ser escolhidos nos annuncios da Casa Edison
publicados em cada numero do Echo Phonographico.
Estes objectos lhe serão enviados para qualquer
parte do Brasil, livre de qualquer despesa e registrados no correio.
Assim pois com a pequena despesa de 2$500 receberá cada um dos nossos assignantes 12$B00 em prêmios, tornando-se assim a assignatura do Echo Phonographico mais que gratuita.
E' de grande vantagem ser a devolução dos oonpons com as respectivas Importâncias feita de uma
só vez pelo próprio distribuidor, porque assim receberá com maior presteza os objectos que lhe couberam pela distribuição, evitando assim o extravio
de algum coupon que lhe venha a prejudicar, porque só quando de posse dos dez coupons
e da importância total é que podemos remetter os
objeotos escolhidos, neste caso receberá o remettente
também independnte dos outros objecto um lindo
memorandumãe alluminium com brindo exlraordinaro.
A redação reserva-se o direito de deixar de remetter os objectos que pela sua qualidade frágil, pelo
seu peso e seu volume não possam ser expedido
pelo correio, avisando neste caso para fazer nova
escolha.
Toda a correspondência deve ser dirigida a redação do Echo Phonographico, caixa do correio
n.» 298 S. Paulo.
Em todas as cartas é bom mencionar o numero
dos coupons assim como remetter um sello de 200
rs. para a resposta no caso em que se peçam mais
esclarecimentos.
Aos snrs. Assignantes.
Qnando terminar a vossa assignatura receberei» ama nota
encarnada dentro do ultimo numero a que tiverdes direito
nota que deveis encher e devolver sem demora para que não
vos seja interrompida a remessa.
Eecebemos o pagamento em vales postaes ou em
sellos do correio de 200 réis para pequenas quantias.
Quando os nossos assignantes nos avisarem mudança de endereço é necessário que nos enviem a antiga direoção. Acontece, ás vezes, extraviar-se um
ou outro numero do -Echo.. Si acaso deixardes de
o receber, basta um simples aviso, para que vos seja mandado immediatamente umoutro exemplar do
numero que se extraviou.
As assignaturas são lançadas em nossos livros logo que nos chegam ás mãos e contadas da edição
corrente desde que não haja ordem ao contrario.
Todos os números atrazados estão exgottados.
O Echo Phonographico apparece sempre entre os
dias 1.» e 10 de cada mez. Um numero do Echo
Phonographico que vos seja enviado é o mesmo que
um pedido da vossa assignatura.
IMPORTANTE:
Toda a correspondência referente ao Echo Phooographlco, assignaturas e diversas secçôes deve ser dirigida á Redacçao e
nâo á Casa Edison ou seus donos. Cartas com insufficlencia
de porte, ficam todas na posta restante do correio, tanto pertencentes a esta redacçao como á Casa Edison.
Pedimos aos amigos, que desejarem alguma encommenda dos
nossos aonunciantes, a fineza de mencionar esta Revista.
CLüB DE NOVIDADES
Organizado pela GASA EDISON — S. Paulo
RUA S. BENTO, 26
0
Sorteios do 1
33.
34.
35.
36.
Sorteio
0
Sorteios do 2 .
20.
81.
22.
Sorteio
a.
Sorteio
,
as.
Club de Novidades
õ de Agosto
12 »
19 •
26 •
»
190B
— N. 21
• Eep. 31— • 32
»
— >
Club de Novidades
5 de Agosto 1905
— N.
12 .
• Eep. 31— »
19 .
26 .
1(1
74
24
32
1
74
Sorteios do 3 .0 Club de Novidades
3.
4.
5.
5 de Agosto 1905
12 .
>
»
19 .
26 .
»
»
— N. 24
— »
— >
30
16
74
ECHO PHONOGRAPHICO
SOMBROMANIA
Continuação do numero precedente. As nossas gravuras demonstram-claramente as posições das mãos para obter-se as sombras das
seguintes três caricaturas:
No próximo numero começaremos a publicar uma nova série de sombras, cujos clichês recebemos directamsnte do nosso correspondente em Paris, acompanhados de explicações para tornal-as mais fáceis de executar. Eecommendamos aos senhores leitores, cuja assiguatura vence com este numero de não deixarem de reformal-a. Devido á grande acceitação da nossa modesta
revista, e apesar de ser cada vez maior a
tiragem não podemos fornecer os números
atrazados aos novos assignantes.
Rogamos aos nossos amáveis leitores o favor de escreverem ascartasrefercntes ao K€HO em papel separado
daqnelle em que tratar de negocio da
CASA KIHSOV podendo, entretanto,
vir no mesmo euveloppe.
La Malaguete
« Quel est cet bomme sec au regard sombreet louche,
Aux cheveux herissè, á Ia difforme bouche,
Au rire plein de fiel, ao menton bourgeonnè,
Au nez majestueux d'un cicer couronnè,
Qui d'un pas egaré, Ia tete haute etfiere,
Circule, comme un íou, sans regarder Ia terre,
Et qu'un simpie gravier, qu'!! rencontre en passant,
Eenverse sans regard pour son air imposant ?
—Cbut.'... me soutüe a roreille une voix peu discreto;
Cest 1'auteur d'un journal nommé Ia Malagnete;
Sa soience est profonde et mallieur au morte!
Sur le quel ü repaud son venin et son fiel /
Et quoi.' vous ignorez que recemmentencore
II lança ses tisons pour defendre VAiirore,
UAurore qui pourrait rejeter son seoours
Et gagner plus de cours par ses simples discouxs /
Mais, redressant les torts, soutenant rinnocence,
Que Ton implore ou non sa brulante eloquence,
La Malaguete est lá... Don Quichote nouveau,
Eternisant sa gloire au mepris du tombeau.'
Touto íbis qu'on n^ppose á sa noble vaillance
De Bellone et da Mars les foudres ni Ia lance .'
Surtout que devant elle on ne vienne jamais
En branlebas de guerre au milieu de Ia paix ;
—Mais, lui dit on, ce sout des navires de guerre
Qu'accompagne toujours rattirail militaire.
—Sans doute, je le sais. Mais encore a quoi bon?
Et quoi besoin les íbroea á portei- du canon?
Puis aussitot aprés Ia chere Malaguete
Divague avec delire et vous lance à Ia tete:
Ses ministres anciens, ses ministres nouveaux,
Ses decrets de Berlin, sa misere et ses maux,
Júpiter et Mercure, Ampliitrion, Hercule,
Et Ia pauvre Sosie avalant lapilule!
Puis lis Americains, puis encore les Anglais,
Almeida, Menãoça et Messieurs les Fançais,
Dans TAlcoran je crois, pulse un grain de sclence,
Etde manger Ia chair prohibe Ia licence !.,.
Ah.'jamais a t-on vu dans nos anciens auteurs
Tant d'erudition, d'eleganoeet de fleurs.'
Ajoutez qu'au cela—cette honorable Dame,
Brulant pour son pays d'une incroyablo flamme.
De regenter le .
.
.
.
.
.
,
.
.
f Está roto o final) ....
( O Analysta, de.30 de janeiro",de 18)29.
0 reproductor "Ánalysis" para oraminoÉ a ultima novidade
A paTte reproductora gyra em pontos delicados que eliminam praticamente a fricção.
Reproduz tons que anteriormente não se
podiam distinguir.
Augmenta muito o volume e melhora a
qualidade.
O reproductor ''Ánalysis " é eíFectivamente um dofe melhoramentos mais notáveis
da machina falante.
E' preciso ouvil-o para que se possa aprecial-o.
Fixador de agulhas de novo modelo.
L-APIS PORTÁTIL.
■
Já não é necessário encarecer a importância
de um bom e seguro lápis portátil. Todos concordam que e uma absoluta necessidade. A lapiseira que
offerecemos como prêmio aos nossos assignantes além
de ser de utilidade absoluta é uma novidade em seu
aspecto, é uma imitação perfeita de uma espingarda
em miniatura. A lapiseira, á medida que for necessário, fornece automaticamente o lápis. Preço ]$200
livre de porte.
O
1} rista
l
SPORT ''
«<"' «»aí ülustrada
^
Trata-de todos os gêneros ãe sport
Única no gênero que se publica em São Paulo.
Numero avulso || Assignatura para todo o Brasil
200 rs.
Semestre 51000
Redacção
Ena 15 de Novembro, 11 (Sobrado)
SÃO PAULO
Director: A. POMM JDNIOK
N TA: Toda a
fl
j
Pessoa de íora da capital, que, até
ao íim de outubro do corrente anno, enviar á Eedacçao d O Sport este annuncio, acompanhado do seu
endereço, recebera um exemplar GRATUITAMEKTE, pelo
correio.
Nome
Logar
Estado ....
BUSIIvIS
Torneio de Setembro
Os srs. Figner Irmãos, proprietários da
Casa Edison, ofíerecem um prêmio ao decifrador de maior numero de problemas.
N.os 1 e 2 —Enigmas typographicos:
c
s.
ç
Zbysko
(Rio Claro)
(Aos collegas)
A
N. 3
i
Pery.
(S. Pedro)
- Logogripho telegraphico:
Todos comem. Só as crianças
tem medo.
1, 2
1, 4, 5
3, 4, 6
S. O. A.
(Soccorro)
N. 4 — Logogripho :
(Ao CLüB TAPUIO)
Dentro do nicho de un. santo, 1. 2, 9, 4,7, 8, 9
Um dia, uma ave fez ninho, 6, 7, 3, 4, 9
E intrigou ao povo tanto, 1, 2, 5. 6, 7
Que foi chamado o adivinho
Pai a explicar tal estigma.
— Quem matar o logogripho,
Diz elle. descobie o enigma,
E está morto, logo, o grypho...
Paganel.
( S. Carlos )
Nos. 5 a 7 — Charadas antigas :
Apesar de um caracter eu ser,
Que sou dois também posso afirmar; 1
Entretanto onde estou tudo é dois, í
E não paro : estou sempre a correr. 1
Quem o enigma de Sphinx oufora.
Decifrou, acharás sem demora;
Mas si queres trabalho poupar,
Has de vtr-me, socega, depuis.
G. Orgulho.
(Silvestre Ferraz, Minas)
( Ao collega Marcellino Carrapato).
Si a cousa é nova. de recente data ; 2
Si a viver e a sentir começa agora,
Eu farei companhia, oh ! lá si faço.
Si do principio aggregar-me muito embora.
Eu fui, tú foste... e elle foi 2
Podemos conjugar um verbo assim ;
Logo após, eu chorei e tú choraste.
Chorando no principio, chorarei no fim ?
Damos aqui uma gravura que mostra o
novo fixador de agulhas recebido com maior
applauso que todos os outros dos melhores
diaphragmas do mundo. O parafuso que apertava as agulhas era pequeno e inconveniente.
Ao contrario, o novo fixador de agulhas recommenda-se sob todos os pontos de vista.
Mantém a agulha firme em sua posição, e
fácil de manejar e não pode cahir ou desapparecer como os parafuos.
A perfeição nas artes obtem-se corrigindo bagatelas inconvenientes e incommodas.
Essa é a pura verdade, quando applioada á
machina falante. O reproductor "Ánalysis"
applica-se a qualquer apparelho de discos
augmentando sen valor extraordinariamente.
O seu preço é 30$000 inclusive o porte e
registro. Os pedidos devem ser dirigidos a
Pigner Irmãos, rua S. Bento, 26—S. Paulo.
Si a innocencia pôde ter
Um gráo qualificativo,
Não tenho medo de ver
A esta o superlativo.
Jucá Rego.
{ S. João Marcos, E. do Rio)
Quando p'ra o sepulcro fôr 2
Meu corpo d'alma despido ,1
Tenhas pena?! Por favor...
Não negues n'este pedido:
A Deus, por mim implorarás
Perdão e repouso suave ;
Depois, o sachristão farás
Dobrar um sino bem grave...
Vi-Anna.
(S. José dos Campos)
Nos. 8 a 10 — Charadas novíssimas :
E branca Virgem no mar 1, 8
Canta esta no morrer da tarde 2, 3
Dominó Preto
( Rio das Pedras )
ECHO PHONOGRAPHICO
12
Quem tem meia cabeça soffre Ce enxaque( ca 2, 3
Dia ferio.
(Botucatú)
Soluções até o dia 20 do corrente.
Decifrações do mez de Agosto
Nos. 1: Jacunmúba — 2: Cerasta — 3:
Neo-platonismo—4 : Abor-Abobora—5 : Leonor — 6 : Arapapa — 7 : Selvático — 8 : Abanico Abano — 9 : Risota-Rita — e 10 : Accacia Acoaoio.
Decifradores
Com 10 pontos : Cluh-Tapuio ( Tatuhy 1,
Marcellino Carrapato í Barra do Pirahy, E.
do Rio); Pompiliusi { Barra do Pirahy, E.
do Rio) e Leon (Resende, E. do Rio); com
9 pontos : G. Orgulho (Silvestre Ferraz, Minas) ; com 8 pontos: Zbysko (Rio Claro),
Espadachim, XXX, Pery (S. Pedro), Beijaflor (Soccorro), T. O. M. A. Z. (Soccorro),
Lncifer — ex. L. IV (Amparo), Pendes (S.
A. da Lagoa, Minas 1 e M. Citti (Arêas);
com 7 pontos : Joanico (Laranjal) e Anajê ;
e com 6 pontos: Alceste (?).
Correspondência
em primi iro logar
com as decifrações de todos os problemas do
torneio de agosto o Club-Tapuio, pelo que
tem direito ao prêmio que pôde ser reclamado na Casa Edison.
RODOLPHO Q. CONY. — (Malacacheta, Mi
nas). — Com todo o prazer. Mande alguma
producçào para ser iuscripto.
G. OKGUI.HO —(S. Ferraz, Minas).—Não
conhecemos os enigmas a que o collega se
refere e que sâo publicados na Gazeta de Noticias ; porisso queira mandar-nos um para
amostra.
JUK — (Estação P. LeopoLlo, Minas ). —
« Os problemas recebidos depois do dia 15
não serão publicados no mez seguinte» mas
sim, n'outros mezes; quanto as decifrações
a que se refere, si não fora!" publicadas é
porque vieram fora do prazo.
O JANGADBIRO e CLUB-TAPUIO — Os seus
psc blemas vieram sem as respectivas decifrações. Assim nãovae...
M. CITTI (?) — ( Arêas ). — O resto do seu
preudonymonão entendemos porque estabovrado.
ALCESTE. — Onde é a sua residência ? Nem
pelo carimbo do correio ficamos sabendo. Na
próxima correspondência, quiira esclarecer
bem este ponto.
O Capadocio
Único Methodo Pratico para
aprender a tocar Violão em
pouco tempo e sem necessidade de mestre, contendo todas
as posições. E' um caderno
de 29 paginas, com perto de
lOO clichês explicativos. E'
o único metbodo no gênero publicado no
Brasil, cujo organizador é o conhecido Paraguassu.
Preço 2$500, livre de porte.
Em quantidade de 12 vendemos este cadernos com desconto de 25 0/o.
Pedido a Figner Irmãos—Rua São Bento, 26—São Paulo.
HORROR DOS GATUNOS
CLUB-TAPUIO.—Chegou
Aviso. — Os problemas recebidos depois
do dia 15, não serão publicados no mez feguinte.
Endereço : (Edipo, caixa do correio n. 398
S. Paulo.
(EDIPO.
-
AFIADOR
AMERICANO
KADUMIXITB
O melhor para dar o fio
ás navalhas; o fabricante garante restituir a import anel a do custo
á pessoa que não
ficar satisfeita
com este afiador.
Condição que nós
sustentamos.
Preço 4|000
livre de porte.
Pedidos á Figner - Imãos - Rua
São Bento, 26 —
S. Paulo.
CAMPAINHA DE REBATE
■ «THE BRIT1SH»
Esteroscopios Americanos e vistas
Chamamos a attenção do publico
para o nosso
sortimento
deESTEROSCOPIOS AMERICANOS e de
vistas.
DIVERTE
Desde algum tempo, nenhuma sala de visitas se considera completa sem o seu estereoscopio e respectiva collecção de vistas, e
hoje acha-se em muitas casas este appareiho, proporcionando não só agradável distracção aos seus possuidores comu também
ajudando bastante aentreter as visitas.
O estereoscopio é um lindo instrumento,
com uma armação de resistente madeira
perfeitamente trabalhada, polida e envernizada. A caixa é de cedro de Hespauha delicadamente jaspeado e polido. A suave sombra avermelhada é accentuada pela claridade
natural das riscas da madeira, produzindo
um conjuneto muito agradável. As lentes são
largas, irreprehensivelmente polidas e perfeitamente postas em foco. O estereoscopio
tem um manubrio dobradiço, o que é completa novidade. O estereoscopio americano
até esta data nunca foi veudido por menos
de 10$000 a 15*000 isto sem vistas. De /ido
á grande quantidade que importamos actualmente podemos vender este maguitico apparelho com uma collecção de li lindíssimas
photographias de paisagens por I4$000 ou
I6$000 acondiciouadü em solida caixa de
lenho, e remettido pelo correio.
Melhor alarma o que num momento nos
avisará da invasão da casa!!
E' um pequeno instrumento compacto, como
se vê pela gravura aqui estampada.
Os ladrões são tão activos no interior como
nas capitães e, por isso, todo cidadão anceia á
procura dos meios para os evitar.
E' nm objecto muito simples que pode ser usado por qualquer pessoa de intelligencia commum
e é essa uma das razões do seu successo.
Uma vez encostada á porta ou ajustada á janella será impossível ao ladrão invadir o aposento
servindo-se de qualquer dessas entradas, sem
dar ruidosos signaes da sua approximação e dos
seus movimentos.
Para usal-o, basta collocar o alarma atrás da
porta, sem necessidade de parafusos ou pregos,
e para retiral-o é suíüciente voltal-o para a direita
que elle saliirá sem engasgos, e o que mais admira é o preço insigiiirlcaute por que c vendida esta engenhosa Cain|>ainba_ <l>' Itcbate
«The Britlsll». Imagine o .eitorí ! õ-SOÜU ou 6#0U0
livre de porceü ! Pedidos á Figner Irmãos—Rua
São Bento, 2S—S. Paulo.
0
ESPELHO
eoMie©
E' um lindo espelho convexo
numa caixinha
própria para andar no bolso.
Durante muitos
annos, a mais cômica, a mais engraçada diversão
em quasi todos os
museus foi o grande espelho convexo em que uma
pessoa apparece estendida, alta e magra como uma
estaca de feijão, ou achatada como um carrapato
com uma cara larga como uma porta-cocheira.
O nosso espelho produz o mesmo efíeito que os
grandes e caros espelhos dos museus.
Olhando para o espelho numa posição vertical,
um indivíduo corpulento parece magro; nnma posição horizontal, uma pessoa magra parece gorda.
Todos se reconhecem immediatamente, mas com
as feições tão transtornadas, o aspecto geral tão
mudado, que não podem deixar de rir. Se tendes
um amigo (senhora ou cavalheiro) que se considere
de mais bello aspecto que qualquer outro, deixai-o
mirar-se no vosso espelho e elle lhe abaterá um
pouco o orgulho. A. figura «curta e larga» ou «longa
e fina» é ridícula e cura todas as tristezas em todas
as oceasiões. Mandai buscar um espelho e elle vos
levará uma grande somma de burlesco.
Preço 2«000, dz. 16$000 livre de porte.
Pedidos á Figner Irmãos' Rua S. Bento, 26 - S. Paulo.
Photographias (Vistas)
para estereosoopios americanos. O mais lindo
o mais chie e o mais completo sortimento
em todo o Brasil. São photographias legitimas e não imitações ou reproducções sem
valor.
Vistas de natureza morta, paisagens, estudos, estes últimos verdadeira novidade
" parisiense " e o que ha de mais de bello no
gênero ligeiramente picante.
Photographias coloridiS transpareitos (picantes) — dz, 13$000
— »
7$000
LIVRE DE PORTE
Pedidos a FIGNER IRMÃOS
Rua S. Bento, 26 «> S.PAULO
A GARRAFA ENCANTADA OU DABOLICA
E' um pequeno estratagema
surprebendente, muito íacil
de pôr cm pratica e cujos resultados causam grande espanto. Consiste numa linda
garrafa esmaltada que voltará
immediatamente á posição
erecta quando derrubada por
alguma das pessoas presentes;
mas o possuidor do gracioso
engenho pôde obrigá-lo a ficar tm qualquer posição que
deseje.
A' sua ordem, a garrafa fica
deitada e quieta como um prego; mas se um dos circumstantes a tocar, ella levantarse-a, rápida como um raio, não podendo elle obrigá-la a permanecer estendida.
Com este estratagema, em reuniões á noite ou em
qualquer outro logar ou oceasião, podem organizarse e repetir-se todas as vezes desejáveis variadas
diversões e brincadeiras. Preço 1 dz. 6SÕ00. 2 dz.
10$000. Mediante 1$000 enviamos 1 amostra livre de
porte. Pedidos á Figner Irmãos — Kua S. Bento, 26
S. Paulo.
13
ECHO PHONÜGRAPHICO
JLMTtm^ZQ'
^
^
GRAMMOPHONES E ZONOPHONES
Os nossos discos, são insuperáveis em sonoridade e inegualaveis em «luração, sendo fabricados exclusivamente de matéria de qualidade superior com o niiico lito de satisfazer os nossos estimaveis freguezes. Sáo feitos estes discos de matéria que resiste ao attricto
de agulhas sem prejuízo ao som que 'só nestes se conservará inalterável para sempre.
Pessoas que deseiem possuir um repertório escolhido gravado em discos superiores devem unicamente procurar nossos Discos Artísticos,
que representam a data dos catálogos das prinoipaes fabricas de discos no mundo e que foram premiadas Lnas grandes exposições em
Paris e S. Luiz com as maiores recompensas.
Recebimentos mensaes do que for apparecendo de novo tanto em apparelhos, diaphragmas, como em gravações.
C — 3127
C —10017
C — 1738
C —10)01
O —1IIÜ02
V — 2405
C — 3080
C — 3139
C — 3113
O — 3159
C — 3168
V—4074
C —10026
C — 3145
C — 3164
0 — 3178
C — 3179
C — 3177
C — 31(50
C — 3161
C — 3144
C — 3163
C —10057
C —10085
C —10O55
C —10065
C —10090
C —10089
G —10114
C —10108
C —10115
C —I01U7
C —10109
C —10110
C — 1724
C —10101
C —10086
C —10160
C —10084
C —10099
C —10097
Diâmetro: 25 Cent.
Preço de cada nm : 4$000
Discos artísticos
Eomanza Martha
Tmor
Che gélida manina Bohfine
n
Miserere Trovador
,,
Recôndita armonia Tosca
(,
E luoevan le sfelle
„
„
Cielo e mar Gioconda
„
Occhi di fala
üaritono
II Balen Trovador
„
Ohl de Verd auni Miei Ernnni
„
Mattiuata
,,
Largo ai Faototum B. Sevilha
,.
Toreador Carmen
Ohi Mimii Boheme
Barítono e úrtor
Ária das jóias Fausto
Sobrano
Io sono docile B. Sevilha
,,
Valsa Boheme
,.
Ária Santuzza Cav. Rusticana
„
Serenata Maré Azzurro
,,
Del raggio lusinghor Semiramiãe
,.
Di tal amore Trovador
,,
Habanera Carmen
,,
Dite alia Giovane Traviata
„
O mio Fernando Favorita Meszo Soprano
Serenata Boccacio
Vooe di donna Gioconda Mezzo So rano
Dormiró sol D. Cario
Baixo
La Trombetla e rottavino Duetto Cômico
Dó. Ré, Mi, Fá
O. Signore dal tetto natio Rombardi Goro
Si ridesteil Leon di CastigUa.Erwaní ..
Zitti zitti Rif/oletto
O Gloria cintra d^Iior Fausto
,,
Coro d'mtroduzione Ernani
„
Va pensiero Nahucco
,,
La donna immobile Rigoletto
.,
Un di felice Traviata
„
Duetto dePombrello Gran-Via
La Serenata Braga
Serenata Pagliacci
Questa o quella Biqolelto ■
Caro Nome Rigoletto
C
C
C
C
C
C
C
G
C
C
—10094
— 5375
— 5374
— 1751
—10009
—10168
—10154
—10156
—10165
—10163
Mi Cbíamano Mimi Boheme
Raconto de Mimi Boheme
Vissi d^rte Tosca
Che poi faro
O sole mio Canzone Napolitana
Puniculi-funiculá Canzone Napolitana
Santa Lúcia
,,
,,
Carmela
„
„
Era di Maggio
„
A Retirada
„
„
HESPAMHOES
C — 5308 I>ialogo entre trausnochadores Baritono e
Tenor
.,
C — 5302 La Chaparrita
C — 580:3 Los Parranderos
C — 5246 Mi Rumbarita
C — 5327 Delirio e morte dei G-enerale Zaragosa
C — 5356 Processo de un borrachito Recitativo
C — 5358 Gran Tapada de Gallos en México
C - 5311 Entrevista de Hidalgo y Morelos
C — 5325 Recuerdos de lagel intervencion francesa
C — 5320 Los funerales do General Zaragosa
0 - 6326 Baralha de Io monte de Ias Cruces
1" parte
C - 5317 La guerra de Cuba
2' parte
C — 5323 La auerra de Cuba
í* parte
C - 5313 Batalla dei Cinco de Mayo
2ft
O — 5312
n
ii
n
ii
ii
parte
,,
,,
,,
,.
Ultima porte
C — 5319
t,
1*
parte
C — 5314 Batalla dei 2 de Abril
a
2 parte
C — 5315
â» jmrte
C — 6322
V— 1654 Los dos borrachitos
V — 4293 Cahallero de gracia
C — 80 Le barbier de Seville
C — 84 Coro dos Ferreiros Trovador
C — 964 Soldatenemblut Marcha
C — 1372 Cavalleria Rusticana Bhaniasia
'C ^ 633 Prólogo Pagliacci
O — 1128 Dansa das íforas Gioconda
.
C - - 910 Hymno Nacional
V- - 2961 Marcha Real Italiana
V- - 1445 Valsa BI eu
V- - 1564 Eanting Rube
V- - 317 Chopin Valaa e Mazurka
- 5390 Terceto de Ias Çigarreras
0 - 6405 Jota de Ias Ratas Gran-Via
V - 2758 Bine Danube
-40982 Tambor da Guarda
c
c
Banda
,,
,,
,,
,,
,,
,,
Orchestra
»
SOLOS
c
- 920
V- - 1708
V - 2737
25117
V
- 1081
V - 1668
V - 1675
V - 2972
V - 2922
V - 142*
— 1458
- 5416
— 5176
c
c
c
c
V — 1441
c
c
c
—
141
140
V — 4014
—
250
V — 2435
V — 606
V — 1080
Jod to
V — 4036
0 — 91
c
c
o
96
—
99
—
92
V -2635
Dudú,
Piston
The Last Rose of Summer
,,
Toyland
,,
Serenata Pierné
,,
Columbia Polka
Melody in F. Rubeinsteiu
Violino
Traumerei Schumann
,,
G-avotta
n
Árias das jóias Fausto
„
Canzonetta dWmbrosio
,,
Dança de Fadas
Raff Cavatina
Violino e harpa
Mazurka de concerto
Duetto
Flautin com banda
Sylvia Scherzo
Flauta
Valse de Concert
Je te Suvrai
Bandolim
La Bonita valsa
Piston e Trombone
Miserere Trovador
Sinos
Auld Lang Syne
Rock of Asres
Lead Kindly Light and Nearer my
Thee
O Santíssimo
Clarineite
Coming Thro The Rye
Old Folks at Home
Serenata de Braga
Dance Califórnia, Caprice
Blue Belis of Scosland
Todoa os pedidos devem vir acompanhados das respectivas importâncias, augmentadas com o necessário para as despesas de despacho,
encaixotamento, frete, etc, etc.
As mercadorias uma vez embarcadas não serão trocadas mais.
Além dos números das chapas desejadas p.de-se mencionar mais alguns para substituir aquelles que por ventura faltarem no momento, recebendo o freguez desta fôrma o que preferir, no caso contrario far-se-á a substituição o melhor possível.
^
^
Antes do embarque as chapas serão sempre cuidadosamente examinadas e experimentadas no apparelho, sendo por isso impossível a
entrega de chapas defeituosas.
Recehemos ultimas
NOVIDADES
em Discos
J^ocfos os pedidos devem ser dirigidos á
CASA EDISON —Figner Irmãos
-M Caixa n. 398 # SÃO PAULO
BAZAR YANKEE
— em —
Rua São Bento n. 26
TODOS OS
MEZES
Estes áiscos também
se enoontraiu no
^
Porto Alegre
TIMPAN-O-PHONE
co:isrcE:R,T
O desenho demonstra claramente que se trata de um instrumento bastante vnlgar, porém muito aperfeiçoado, e muito
mais melodioso e tendo dois
timpanos na parte superior.
As partes de metal são finamente
nikeladas e a caixa harmônica de
madeira resistente e polida. Tem
20 sons e mede lõ ctm. Preço
31500. Pelo correio acondieionado em caixa de madeira, 5$000.
Pedidos á^figner Irmãos — Ttua São Bento 26 - S. PAULO.
14
ECHO PHONOGRAPHICO
r
Não ha outra luz que possa comparar-se, peias suas qualidades, com a do
Lampeao Americano Angle
Lampeão Americano Angle
LAMPEÃO AMERICANO ANGLE
Para Gabinetes de Leitura,
Salões de Barbeiro e Pkrmacias
Lampeão Americano Angle
Lampeão Americano Angle
Para Casas de Famílias,
Salões de Bilhares e Negocies
v/ I,AMPEAO AETGL.E w
Tem a denominação de lampeão só porque gasta kerozene e faz uso de uma torcida. Noutro qualquer sentido, porém, é completamente diverso, pois, tem outra fôrma e
coustrucção e consegue maravilhosos e surprehendeutes resultados. Pela gravura podese verificar a prova da asserção. E' o único lampeão do mundo que não produz
Sombra em baixo
o que lhe dá a propriedade de, collocado em
qualquer parte, a uma altura conveniente,
projectar a sua luz por todosos ladoa. O que,
entretanto, causa maior admiração são a
belleza e a suavidade da luz, com a qual
nenhum outro se pode comparar. Além dessa, tem, todavia, muitas outras propriedades
Lampeão Americano Angle
Preço 50$000
que aqui resumimos:—O lampeão é sobremodo solido e regular em suas funcções, requerendo muito pouco cuidado. E' perfeitamente seguro e não pode nem estallar, nem
desmanchar-se A luz desprende muito pouco
calor, nenhum cheiro, mesmo quando a torcida esteja baixa e os seus accessorios não
ennegrecem nem se descoloram, embora de
pois de longo uso. Os globos e os vasos não
exigem limpesa sinão uma vez por semana
ou de dez em dez dias, e como são compostos de duas peças, podem ser manejados e
limpados facilmente. Para accendel-o é bastante fazer girar a mécha para cima, levantar o globo e encostar o phosphoro na torcida, Para apagal-o basta que se faça girar
a mecha para baixo, sem que seja preciso
assoprar-se o lume.
.«.^'«rT c°mP^m6,nt0 f todas estas grudes vantagens, que não se encontram em outras espécies de lampa
das, ternos^, reduzidíssima despesa_que elle oocasiona.
po^o» ua i»mpa.
í litro de Kerozene dura a 2.
„«„™taAUma ec°no™ial l™ P^ em P™™ tempo ó preço do lampeão. E', portanto, um artigo que deve Interessara todo mundo, desde q™J^™^ere_a_excellencia de suajuz e oseu preço diminuto. As grandes vena .2 2 a a £ 16 horas!
das que têm sido feitas do Campeão Americano Angle nos Estados Unidos durante os últimos dez" a
nao obstante o^uso universal do gaz e da luz eleotrica e a competência de outras lâmpadas e do acetyleno, são a melhor prova do seu incontestave!
rito e valor. Por conseguinte não se deve considerar um sò momento
que a aoquisiçao do Lampeão Americano Angle seja uma experiência ou um
perigo. Tem obtido as mais extraordinários resultados
elTeetlyaniente o que representa; o que Já attestam muitas pessoas do Interior
deste Estado em carta» a nôs dirigidas depois da acquisição e experiência, recommendando o "lampeao Angle" a todos."
PR ECO 5 : ^aniPeao Americapo Angle", de parede, conforme o desenho acima, 30$000; "Lampeão Americano Angle Duplo",
para centro de tecto, especial para Salões de Bilhares, Pharraacias, Negócios e Casas Particulares, SOSOOO, exclu=
sive o frete que varia conforme o destino.
& FIGNER IRMÃOS U Rua S. Bento, 26 ^ S. PAULO U
JJ
k.
0 artigo domestieo mais peeente, mais útil e mais engenhoso que se tem inventado
O único fogareiro de álcool adaptável a quartos de
enfermos, quartos de crianças, acampamentos e quartéis, casas de familia, laboratórios, gabinetes de médicos.
Uma necessidadje para
dentistas, pensionistas, viajantes, aquelle que se barbea a si próprio e em mui- |
tissimos outros casos.
Feito de uma solida peça ijjjis
de metal finamente nickelado.
Hieirte cLe aviamento
0 FOGAREIRO A GAZ DE ÁLCOOL
PiLÍ) i
"GLOCAU"
Para viajantes, quartos
de enfermos, campo, casas
de familia e para toda a parte
onde o gaz não possa ser obtido facilmente ou onde o
não desejem.
tica e portátil. Preço
Aro e estojo são
de celluloide; a lente
tem quatro otm. de
diâmetro e augmenta muito. Pra\ livre de porte.
é que o fiomem deve usar ofesillias
OETlVELA CHATA
O ideal para uso
dos médicos
em esterilizações etc.
Tam as seguintes vantagens :
Produz o próprio gaz pela vaporizaoão do álcool. E' portátil o n«fn oo,v,r,^„ „ „ t
„
D6
pende mais calor que outro q™Ver fogareiro a alo^oleco^
gastam os congêneres.
v^Maome apenas um oitavo do liquido que
E' absolutamente seguro. Não pode haver explosões.
Não produz fumaça, nem cheiro, nem deposito. Tem uma chama fira.»
ros a gaz. Pesa apenas 240 grammas. Suporta um vaso que pesa^O kiVogTamas
Possue um reservatório que conserva 310 grammas de álcool evitfmdn t,«im ^
cada vez. Não necessita de instrumento algum
para apagar-se
'Bastará um so™
s
nma flamma, como se fora uma vela.
^
V ^ Be- -Bastara um sopro
Ferve nma chaleira srrande de água em poucos minutos.
Nunca se desmancha e é tão simples que pode ser usado por uma criança
(Jualquer espécie de álcool, até o espirito de vinho commum pode ser usado
4Í500 inclusive o porte.
» .~.
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0S foSarei
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f,.,i,„n,
i
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1110 de s er
'ff
..
.
^«^lo
para extinguir a peque-
3 remetlemos_porJlSgooiiYre ãlT^^^^^l^^^^^
Pentes de allnininlnm
Devido á sua elegância, solidez e utilidade, são hoje estes mais usados e preferidos
a todos os outros que têm o defeito de romper-se, causando grande estrago ao cabello.
Pentes a 2$000, 3$, 4*, e 5$. Pente para oaspa (fino) 2$000 inclusive porte e registro.
imnr"
Suspendem as meias,
mantendo-as limpas
e lisas. Dão umasensação de bem-estar e
de asseio abaixo dos
joelhos. Imp edem
que a roupa branca
de baixo caia sobre o
calçado ou fuja para
cima, fazendo volume nos joelhos. Permittem que as calças
se conservem direitas
e não se deformem,
Podem ser apertadas
ou desapertadas num
momento. Nuncarasgam ou gastam as
meias. Não produzem
fricção em parte alguma. Não é preciso
desprendel-as das
meiasa j'tiLrt.
para as
«.o tirar
tuin. xs
Luica incommodam
muommuuam nem aperNunca
tam. Tem fivelas chatas perfeitamente polidas, não
podendo enrugar ou prender a roupa. São feitas de
uma só peça de tecido de pura seda, com guarnições de niokel, que não se enferrujam. Preço 3S500,
dz. 25$, pelo correio, registrado.
ECHO PHONOGRAPHICO
15
Botões para solteiros
Fogareiro Portátil Ideal
CONSOME KEROSENE
NÃO PRODUZ FUMAÇA
NÃO TEM CHEIRO
NÃO OASTA MECHAS
TEM CHAMMA AZUL
N0¥IDÂDE\
DESMONTA-SE EM MEIO MINUTO
Usando estes botões,dispensam-se as agulhas e a
linha, pois oollocam-se
sem recorrer a estes pe11 trechos, que nem sempre
estão a mão de um solteiro, padre, soldado ou escolar. São próprios para calças e roupas de brim. Podem ser tirados a vontade e collooados sempre em ternos novos
.J?^™ ■ 1 dúzia ^000 - 2 dúzias 3Í500 - S dúzia
á?o00 üvre de porte. Pedidos á PIO.NTSE IRMãOS - Bua
b. Bento, 26-S. Paulo.
0 MELHOR ENFEITE PARA UMA PAREDE
(LEQUE ÁLBUM)
NAS FAZENDAS E EM CASA DE PEQUENAS FAMÍLIAS
Substitua os grandes fogões a lenha ou a carvão, servindo perfeitamente para cosinhar
com pouco gasto de kerosene-. E' absolutamente seguro e nao ha o minimo perigo em seu
uso. Preço de Reclame 19#000, exclusive o frete que corre por conta do comprador.
Pedidos à Figner Irmãos — Rua São Bento, 26 — S. PAULO.
Baferia^Eiecfricas^Medicinaes
MA REMESSA O
Para uso doméstico e dos médicos
A bateria electrioa medicinal como agente curativo estâ-se tornando dia a dia mais apreciada. INos
casos de incommodos nervosos e paralysia parcial tem trazido resultados phenomenaes. Os principaes médicos reoommendam o seu uso mesmo quando os melhores remédios falham, e ainda nesta ciroumstanoia
adversa, geralmente conseguem com ella ourar o doente. Para rheumatismo, nevralgia, paralysia e moléstias aos nervos parece ser um remédio da Providencia. Não se deve receiar o uso deste apparelho, pois é
impossível que resulte qualquer damno. Um invalido pode usal-o com segurança.
As gravuras representam as baterias medioinaes eleotro-magnéticas que têm a grande vantagem de ser de
pilha secca, dispensando assim os ácidos ohimicos de qualquer natureza. Para os médicos e doentes este sy.-ítema de baterias é o
mais conveniente e duradouro. E' duradouro
porque a bateria secca,
dispensam extremo cuidado ate agora exigido
Bobina Medicinal N. 4 — Preço reduzido 35$000
petos apnarelhos similares para a sua boa conservação. A inteira ausência de ácidos líquidos
e saes é íacil de ser apreciada por qualquer pesso» cque já tenha feito uso
de outras pilhas. A força produzida pela pilha sedca attinge o grác mais
elevado que um homem forte pode supportar. Tocas as pSrtes de metal
são mckeladas. Os apparelhos são elegantes e modi os em preço Devido a
seu peso nao convém fazer a remessa das bobinas electricas pelo corelo
entretanto se 03 Srs. freguezes quizerem podem fazer a remessa assim mel
Bobina Medicinal N. 3 "Anl! Doe"
diante augmento de BíOOO por cada apparelho, acondicionado em caixa de
Preço reduzido 255000
madeira._ Pedidos a Finnnr Irmãos—Ttun S. Hentn, 2e~S. Paula,
ESTICADORES DE CALÇAS
«TO THE FKOXT»
Todos os cavalheiros que têm em alguma conta a elegância devem usar o
úsiicadores de Calças, um apparelho muito simples, de muito fácil maneio e que
tem a propriedade de conservar um par de calças sem a minima ruga, sempre
novo, como quando chega do alfaiate.
Nada mais feio que as chamadas joelheiras. entretanto, tão comuns pela dobra que soffrem as calças durante o tempo que uma pessoa se conservava sentada.
Pois esse mal desappareceu inteiramente com a aplicação dos utilissimos
esticadores de calças To the Front que se reoommendam especialmente aos srs.
viajantes, devido ao pouco espaço que vão oecupar em suas malas. Para Artistas, Militares, Estudantes, etc. não ha nada mais útil e pratico, o Esticadores
de calça «To The Front» é feito de madeira polida e peças de metal finamente
nicüeladas, sua construcção é a mais aperfeiçoada e moderna e essencialmente pratica.
JNenfium cavalheiro devera estar privado deste magnífico apparelho que conserva a
w»^!^?1"6 ^0Va-„ Preço do aPParelho li*0O0. Pelo correio 17*000. Pedido a FIGVER
IRMÃOS — Eua São Bento, 26 — S. PAULO.
«?««-»
Tamanho: aberto 22 pollegadas por 12: fechado
6 pollegadas por 12.
120.000 vendidos na Kxposição de S. Luiz dentro
de quatro mezes. Em 8 mezes temos vendido perto
de 3000!!
PKATICO, BONITO E PREÇO AO ALCANCE
DE TOIIOS
Pratico — Satisfaz uma antiga necessidade. Desejado por todas as donas de casa. Porta retratos
gravuras e cartões postaes e dá-lhee um aspecto
Imdisssimo. E' feito de tal maneira que pode ser
pendurado, usado como ornamento sobre o piano ou
oollocado em qualquer canto ou portu-bibelots.
Bonito — Como enfeite é o artigo mais bonito
que até hoje tem apparecido. Acabado de um modo verdadeiramente artístico.
Ao alcance de todos—Está ao alcance de todos
porque é um objecto de grande proouraje, tendo recebido uma remessa, podemos vendel-o a um preço verdadeiramente vantajoso, não obstante ser um artigo flnissimo.Preço 3$O00 livre de porte. Dois Leqiies-Alhum enamos mediante 5$n00 livre de porte. Pedidos á Fitiner Irmãos—Rua S. Bento, 2«—S. Paulo
Pintura de ouro "Excelsior"
ou Aluminium
Pintura de ouro, garantida como a melhor e a mais
duradoura tintura de ouro
do mercado. Conservará o
brilho resplandoscente de
ouro por mais tempo qno
qualquer outra.
Cada garrafa é acompanhada de instrucções sobre
a melhor maneira de applicar.
Para dourar objectos de
arte, teteias, cadeiras, quadros e objectos de vime não
tem rival.
Em uso em quasi todo
Brasil para dourar os altares de capellas. Preço;2$000; livre de porte.
Dúzia 14*000, exclusive o ft-ete. Pedidos á Figner
Irmãos — Ena S. Bento, 26 —S. Paul»-
LENTES PARA PANORAMA OU KOSMORAMAS
Diâmetro 19 etm. Polidas de Crystal «Alasca,
puro. Preço 26«000 cada um. Pedidos á Fianer Irmãos—Rua S. Bunto, 26—S. Panlo.
Hinda não sois assignante do "Echo"
Todos os mezes distribuiraos alguns números «Specimen» para fazer conhecer a nossa publicação. Talvez o presente numero chegue ao vosso poder com este
fim. Examinae as suas secções, lêde-o, vide o numero
dos nossos collaboradores, comparae esta com as outras
revistas, cujas assignaturas são cinco vezes mais caras.
Vide no expediente as vantagens que offerecemos aos
leitores e considerando tudo isto, estamos certos que ficareis convencido de que deveis aproveitar a opportunidade
de serdes também um dos muitos assignantes nossos.
Chegando a esta conclusão, pedimos destacar e
encher o talão ao lado e enviar-nos com a respectiva
importância.
A' REDACÇAO DO "ECHO" CAIXA 398—S. PAULO
De accordo com as vantagens expostas no Expediente acceito
Uma assignatura semestral do ECHO
a começar com o numero corrente. Para este flm incluo a quantia de 2$500 da
assignatura e para a remessa do prêmio Arr
e os 10 coupons cooperativos que me proponho distribuir gratuitamente entre pessoas de meu conhecimento nas condições indicadas.
Nome
Logar
Data
Estado ,
Estrada
N. B.—A importância e o coupon devem vir sob registro para evitar extravio,
e endereçadas á Bedaoção do «Echo ., Caixa 398, S. Paulo.
Caso não queira cortar a pagina, escreva em carta separada, observando o
endereço acima.
ECHO PHONOGRAPHICO
16
4.° CLUB DE NOVIDADES
Organizado pela CASA EDISON * Rua São Bento, 26 4 SÃO PAULO
Attendendo a innumeros pedidos dos nossos amigos e freguezes que reconhecem as vantagem dos nossos Clubs,
resolvemos formar o 4.° Club de Grammophones e Discos Artísticos de escoliiido trechos de operas, bandas, solos e cantos populares.
Convidamos todos os leitores do Echo a tomarem uma assignatura, com a qual poderão obter pela deminuta quantia
de 51000, 6$000, 10$000, 12$000 etc. ou, na peior das hypotheses, pelo seu valor real, qualquer _ dos Grammophones
abaixo, cuja solidez e perfeição nós garantimos e attestam centenas de pessoas que os tem adquirido por-compra ou
por meio de prestações em nossa casa.
Grammophone ARION
Grammophone Columbia
OPERA"
"Disc Graphophone'
APERFEIÇOADO
TYPO II
COM U OISCOS
Em 40 prestações semanaes de
Braço tubular Cometa Giratória Eeproduotor Conoert. 24 discos Artísticos de escolhidos trechos do Operas, Bandas, Solos e Cantos
populares. 200 agulhas.
5$000
Esta MACHINA FALLANTE, usando «Eecords» impressos em chapas ou discos de borracha endurecida, roproduz qualquer som com muita nitidez, ouvindo-se á grande
distancia.
E' de faoil manejo e, exceptuando um desas-
tre casual, de grande duração, podendo-se dar corda
quando funcciona.
(gg) «êU «SD «sã» <& ísU «siP €15 gg>
= ESPEÇIFKíMO!
Motor a corda continua para chapas grandes ou pequenas.
Caixa lavrada. Mede: 26 x 26 x 15 ctm.
Eeproductor aperfeiçoado «Concerto».
Porta-voz preto, com bocca de metal amarello.
Braço-supporte do porta-voz de alluminium estampado.
24 discos Artísticos de escolhidos trechos das principaes
operas, bandas, solos e cantos populares.
200 agulhas.
DIMENSÕES
Regulamento do Club de Novidades
0
ART. I.
O Club de Novidades compor-se-á de 100 sócios contribuintes de B$ ou 6!$000 que Ibe serão cobrados semanalmente. ART. 2.°
Os premi-s consistem nos objectos desoriptos acima e á vontade do pretendente. ART. 3.° O Club será desfeito no fim de 40 semanas,
realizando-se cada sabbado um sorteio, recebendo o possuidor do numero premiado o objecto que tiver assignado. ART. 4.° Os sorteios
são feitos pela loteria da Capital Federal e em caso de repetição de numero, será considerado premiado o numero immediatamente superior e assim por diante. ART. 5.° Os sócios que não tiverem sido favorecidos pela sorte até ao fim de quarenta semanas, receberão o
objecto que tiver assignado. ART. 6.° O sócio que se atrazar mais de duas semanas será eliminado e nada terá de reclamar no caso de
ser sorteado. ART. 7.° O Club só começará a funccionar depois de ter o numero exacto de sócios que garantam á casa o valor nominal
do objecto. ART. 8.° As prestações recebidas apenas serão restituidas em caso de não se realizar o sorteio ou ficar provado ter sido o
numero irregular. ART. 9.° E' facultado aos snrs. sócios a transferencia dos seus números do sorteio uma vez que a casa tenba o
aviso para regularidade dos seus assentamentos. ART. 10.° Todo o sócio que quizer receber o objecto que assignou antes de sorteado,
o poderá fazer pagando todas as prestações e aguardando o sorteio ou liquidando de uma só vez as prestações, tendo neste caso o abatimento de 10% sobre as entradas adeautamente pagas, perdendo direito ao sorteio. ART. 11.° Não se entrega objecto algum adeantado,
seja qual for o sócio, a não ser nas condições expostas no artigo 10. ART. 12.° Os srs. sócios do interior deverão remetter as importâncias das suas prestações semanal ou mensalmente por meio de vales ou em cartas registradas devendo estas importâncias estarem em nosso
poder na véspera dos dias do sorteio para não perder direito ao objecto sorteado.
Desde já podem os senbores pretendentes mandar reservar os números que desejam tomar. Não reservamos para ninguém numero
algum sem que remetta a l.a prestação,
N. B. Para a garantia do numero devem enviar a importância de 5$ ou 6$000 Os sócios do interior podem enviar as prestações
semanal ou mensalmente adeantadamente em cartas registradas, vales postaes ou ordens sobre casas commerciaes de S. Paulo, Rio e
Santos. Não TIOS responsalizamos por importância enviada em cartas não registradas. O frete corre por conta dos sócios, o encaixotamento
é grátis. Todos os pedidos dirijam a Casa Edison — FIGSÍEB IRMÃOS —Rua S. Heuto, 26-Caixa do Correio, 398—S. PAULO.
DE
FAMA UNIVERSAL
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Muitas e indiscutíveis propriedades da CYTHARA de Fama Universal e o
preço ao alcance de todas as bolsas explicam o êxito
assombroso que ella tem obtido em todos os paizes, satisfazendo
uma necessidade que nenhum outro instrumento alcançou.
Mm^m
A musica ennobrece
= os corações =^=
Todos são músicos
com a harmoniosa
Preço 40$000
A
FAMA
.Q
CYTHARA
Fama Universal
■£910
ê um
instrumento completo
UNIVERSAL
Seu systema
é muito simples,
a ponto |de
poder ser tocada até
pelas 'crianças
E' o instrumento mais fácil
Não é necessário
0
DE =
CYTHARA
DE
O o J^S^
saber musica
Não ha necessidade =
——= de professor
O amador apaixona-se
«■
E' O MELHOE
PEESENTE QUE SE PODE
FAZEE
G
v?
"T)
pelo instrumento
e toca com a maior
Preço 40$000
= facilidade ====
(J -^7'®)©'^^ "O
A CYTHARA completa, com chave, caixa, 1 anel e 20 peças de musica, custa 40$000
Para o interior devidamente encaixotado, mediante o augmento de 2$ooo,
os pedidos devem vir acompanhados de vale-postal ou bancário. FRETES POR CONTA DO COMPRADOR
Para os lugares servidos de porto de mar, enviamos a Cythara mediante o augmento de 155000: vindo a custar 5S$000 livre de despezas.
Ao instrumento acompanha uma instrucção em portuguez, para se aprender a tocar sem
necessidade de professor, nem de verbaes explicações.
1 ^QO
IKJ^J^í
1 K"l Q"t"r'l 1 VT"l Oirh/^O temos vendido até o apparecimentofdestenuil IQII Lii ilÇ/l 1 LVJO mero do " Echo „ para toda parte doiBrazil.
CASA EDISON — SÀO PAULO
Primeiro Estabelecimento Phonognaphico s Empório de Novidades
Rua S. Bento, 26 ^ flG^IER IRMÃOS & Caixa Postal, 398
SECÇÃO
ACCESSORIOS
Tendo conseguido a Agencia exclusiva de uma muito importante Fabrica
de instrumentos de corda, temos muito
prazer de oiiereoer aos nossos freguezes, e publicar uma resumida lista
de nossos preços.
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20^000
superior com filetes no bordo
251:000
filetes no bordo e Mosaicos . . .
30$000
Mosaicos no bordo e Madreperola
na bocca
3õ$000
Mosaicos no bordo e Madreperola
superior
40$000
verdadeira imitação hespanhola .
50$000
bordo e bocca Madreperola «T.
Giannini»
8
bordo ricamente ornamentado . .
120$000
9 Baiidolins filetado e bocca com Madreperolas
408000
10
filetado superior
45Í000
11
fino
, . .
õOüOOO
12
bordo e bocca Madreperolas. . .
601000
13
bordo e bocca Madreperolas e sendo rico
70$000
14
bordo e becca Madreperolas superior
80|000
15
bordo e bocca Madreperolas finíssimo
100*000
16
scanado finíssimo
120*000
17
»
»
ultima Novidade «T. Giannini»
1508000
18 Rebecca (Violino) Q-uarnição imitação
ebano
•
508000
imitação stradivarius
700000
»
superior
80?000
.
Amati
908000
.
superior
1008000
»
Gaspar da Saio .... 1008000
»
O-narmerius
80S000
superior
908000
finis «T. Giannini»
lõOgOOO
27 Cavaquinhos tampa flletada
108090
28
.
superior
128000
29
»
bocca com Madreperolas . .
158000
30
»
bordo e bocca com Madreperolas
208000
il Violonceílos guarn.» de ebano stradivarius 200$000
:-U
finíssima.
160*000
33
»
»
finissima .
3008000
34 Qnitarras Portuguezas de cravelhas
30*000
35
superiores . , .
40*000
35
»
»
de leque ....
608000
37
iinissimas ....
SOjOCO
38 Caixas de Violino. de madeira
iáfÕÕÒ
39 »
»
,
imitação couro, forma
de violino
20*000
40
41
4^
43
44
45
46
47
48
49
oO
Bolça de Bandolim, de lona gna elegante .
Bolça de Violão
»
»
» imitação couro impermeável
Bolça de Violão
Estante de Madeira para. Mesa . , . . .
»
» ferro superior
»
»
»
reforçado
Arcos^de^Rebecca usuaes
» »
»
superior
» »
»
vara angulada ....
* *
»
enfeites de Madreperolas
superior
51 Arcos de Rebecca fino
52 »
*
»
Paganini
53 »
»
»
Tranquillo
•
64 »
»
»
Violoncello, marca T. G.
55 »
s
»
,
superior
põ^Estandarte imitação ebano
57
»
superior ebano
58
»
ebano e flor de madreperolas.
59 Queixeiras usuaes
60
.
.T. Giannini.
61
»
finíssimas
62 Cavalletes para Violino, Dresden. . . .
63
»
para Pampi
64
»
de Violonceílos usuaes . . .
65
'
»
»
superior . . .
btí|Surdinas de Violino ebano
6^
*
»
»
superior
68 Resina para arcos de Eebeoca
69
»
»
»
»
»
form. maior.
i0 Resina para arcos de Hebecca «Tranquillo»
finissima
71 Crina para arcos de Violino . . . , .
72 Cravelhas para Violino ebano, Duz. . .
i^
»
cravejadas de Madrep. Duz. .
^4 Cravelhas para violido, sup.
» . .
D
*
*
*
violão imit. ebano . . .
^6
»
»
»
ebano
,1'
"
*
*
»
e Madrep. .
ih Testeiras de Violino de ebano, uma . .
79 Lyras para Bandolins prateados »
. .
80
'
»
»
Celluloides, Duz. .
81
'
»
»
Metal
» . .
82 Machinas para Bandolim
83
»
»
»
superior ....
8*
»
»
»
Nickeladas . . .
85 Machinas para Violão usuaes
86
»
»
» superior
87
»
»
nickeladas . . .
9*020
108000
15*000
228000
3*000
158000
17*000
7*000
8*000
10*000
12*000
14*000
15*000
200000
10*000
15*000
1*000
1*500
2*000
5*000
50000
70000
8500
8500
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
Machinas para Violão «T. Giannini. . . ,
Cabotraste Nickelado
Cabotraste superior
Diapson uma nota (Ia)
»
com 4 notas
»
» »
.
superior . . .
.
. 2 »
(Ia) e do) . . .
Palhetas tartaruga para Bandolim. Duz
»
»
compridas
»
»
»
superiores
»
Bandolim chato simples
»
.
com bolça (clichê) . . ,
CORDAS de 1." qualidade para Violão
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
1.»
2.»
3."
4.»
6.»
6.»
4."
5.»
6."
1."
de Tripa (Mi) dupla Maço 30 cordas.
»
»
(Si) simples »
.
.
(Sol) »
»
»
,
Bordões seda (Ee) Duz
.
»
(La)
»
»
(Mi)
com fio de aço Duz
.
» »
»
»
.
» »
.
.
.
• .
»
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
l.» Seda, Maço de 30 cordas
1.» »
superior. Maço de 30 cordas
l.a »
finissima
»
* *
»
1.» »
Paganini
»
» »
.
2.» Tripa, Maço de 30 cordas .
3." .
»
» »
,
4.» Bordão de (Sol) Duz. . . .
»
»
»
»
superior, Duz
»
»
»
»
de cobre »
»
»
»
»
de prata
»
2*000
1*200
3*500
8*000
12*000
18500
3*000
48500
4$000
4*500
5*000
58000
38500
4*000
4*500
3*500
48000
4*500
120
121
122
123
124
1." (Mi) Duz
2.« (La)
3.' (Be)
4.- (Sol)
Verdegaes (carreteis) Duz
9|000
3*500
3*500
8*500
3*500
3*600
3*500
^800
CORDAS para Violino
28000
5*500
1*500
2*000
8500
18000
12*000
3*000
3*500
1*500
3*000
3*500
1*800
2*500
osr,i u)
4*500
35*000
50*000
7*000
8*000
9*000
10*000
9*000
98000
30000
3*000
5*000
9*000
CORDAS para Bandolim
8700
8700
2*500
2*600
38000
Armonicas italianas
125
126
127
128
10 Teclas 2 Baixos
17
»
8
•
19
»
8
.
21
» • 8
»
4US'TO
508000
78*000
rior de^em vfrÍ?cím^^t„0|nfl!arantÍd?S' A-S cle3Pezas' encaixotamentos e frete por conta do comprador. Os preços referem-se no deposito, Os pedidos do intenor devem vir acompanhados das respectivas importâncias e mais uma pequena quantia para o frete e encaixotamento.
A PASTILHA DÀ L1MPESÀ
H-A-T
rBXjE-A-CH
Todo o bomem, toda a mulber e toda a criança que usam cbapéos de palba não podem prescindir da Pastilha da limpesa: «Hat Bleacb».
&■ Pastilha da limpesa: «Hat Bleach» é um preparado para limpar cbapéos de
palba de cor natural, qualquer que seja o seu formato.
Tornará um cbapóo sovado, limpo e bonito como dispendio de apenas alguns vinténs,
li,
o uso da nova Pastilha «Hat Bleacb», uma pessoa pode obter de um cbapéo
velbo um cbapéo novo, claro, elegante, distineto, como se tivesse comprado na loja
naquelle momento.
Economizam-se o valor de um cbapéo novo cada vez que se gasta um tostão com a Pastilha da limpesa «Hat Bleacb».
Limpará qualquer palba de cor natural dentro de cinco minutos. Palbas francezas, cbiles, panamás, palbas italianas, outras quaesquer,
sejam as mais finas e delicadas, a Pastilha, limpará, attingindo todas as suas fibras e dobras.
Nao deixa signal; nao estraga absolutamente nem a forma, nem a linha cora que esta for costurada.
Não ba nada como a nossa Pastilha para limpar a palbinba das cadeiras, cestos, vimes, persianas, etc. Qualquer pessoa pode usal-a„
As mstrucções são simplicissimas e fácil de serem seguidas. Uma oaixa contem pastilhas sufficientes para limpar oito cbapéos.
Ill ruc ô s
A?*
Ç ?
iire-se a fita do cbapéo. Ponba-se uma pastilha num quarto de copo de água morna, mexendo-se até que ella fiquedissolvida. Esfregue-se o cbapéo com uma escova de dentes bem dura, molhada neste preparado. O cbapéo deve ser limpado de pedacinho em pedacinho de modo que saiam bem todas as manchas e signaes de cada uma da partes. Estas devem ser enxugadas immediatamente com um pedaço de panno limpo. Depois põe-se o cbapéo exposto ao ar paraseccar. Para limpar cestas, cadeiras de canna da Índia,
vime, palhinhas etc. usa-se o dobrode água. Não levem a pastilha á bocca.
Preço: Uma caixa contendo 8 pastilhas, custa 2«500 livre de porte. Uma dúzia de caixas custa 20i$000, livre de porte.
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Estes esplendidos quadros-réclame com letras moveis, medindo 40 + 42 centímetros, pela sua extrema elegância, novidade de systema e incontestável utilidade e economia, estão
obtendo em roda a parte enorme successb. São indispensáveis
em qualquer vitrina, nos cates, nosrestaurantes, etc. Acompanhados de 350 letras, algarismos, espaços signaes commerciaes, etc. compõe num momento um elegante letreiro, annuuciando artigos novos, preços, occorreucias ou avisos. Pode-se
mudar os dizeres num abrir e fechar de olhos' retirando-se
as letras e substituindo-as por outras. Cada quadro com correntes de suspensão, é formado de quatro encaixes de metal
bronzeado que por sua vez são munidos de correntes. As 3Õ0
letras, algarismos etc. de estylo modernissimo, são de cores e
produzem um eifeito magnífico. Todos os que possuirem estes
quadros-réclame, poderão dispensar, e com vantagem, toda a
espécie de despensa com letreiros, avisos, etc. E' uma economia para todas as casas de negocio. Preço I0$00ít livre de
porte. Na Capital de São Paulo tem-se vendido centenas. As
princlpaes casas commercmes jà adoptam esCe systema de Reclame que é melhor, mais econômico e mais profícuo.
~
MANTEIGA Â MAIS DELICIOSA
-T=r XDE o-s,^-ç;^.
MReHíHH DE MANTEIGA
(MARCA URSO)
CHECa-OTJ HSTO^V-A- IR,EIIVEESS^ _.__
A confecção aperfeiçoada desta magnífica machina, considerada IDEAL por todos os entendidos que a viram funcionar,
offerece as seguintes vantagens nfto conhecidas em outras similares, ^p
^g
<7\
MAIS RÁPIDA
Mais egual no movimento e mais
completa na
transformação da nata em manteiga
Muito mais «imples e,
portanto, de rnechanismo raeuos
complicado
A manteiga ou o creme
não se pega no interior da
= machina =
 manteiga não se pega no batedor
A maohina pode serlimpa
A manteiga fica
= perfeitamente sem o menor =
com a
gosto metallico
y\
maior facilidade
I^FSüSÇOJS
pSr
■b^
Lma novidade digna de nota é a chave de para
íasos de aigibeira. Jím todas as offioinas, em todos
os estabelecimentos commerciaes e em quasi todas
as casas de família raro é o dia em que se não sente
necessidade de uma chave de parafusos. Um cyclista. um automobilista, um operaio, um empregado
do ommercio, nm curioso, quantas vezes precisas
de um desses objectos e não o encontra á mão? A
razão é simples : para conduzil-o fora mister, trazel-0 a gente á mão embrulhado, formando não peqxieno volume ou no bolso, mas, nesse caso, com
grande inoommodo. A chave de parafusos de algibeira é um bonito objecto de molla do tamanho de
nm canivete oommum e que se abre rapidamente
em uma pequena pressão, sahindo de dentro delle
a lamina que logo se fecha desformando-se em commoda e solida chave paraíusos. Preço i$000 livre da
porte.
Lamparina de S. Pedro ■
mitorios,
quartos de doentes, são inosrualaveis, produzem tuz firme, sem fumasem cheiro. Usada em muitas
capellinhas e em cada das principaes famílias desta
capital. 6 caixas duram um auno e custam 3.Ç00O livre de porte.
12 caixas enviamos mediante 5$õ00. A titulo de
reclame envlainuw com cada dúzia de caixas
um pente de aliiiminio para bolso.
Novo aparador de lápis 'ACME'
Com' lamina afiada
de dois lados.
Quando um lado se
estraga, a lamina pode
ser voltada o que eqüivale a duas lâminas para cada aparador. E' a
1
simplicidade combinada
com a perfeição. Um dos
mais valiosos e práticos íiparadores^de lápis.
Custa apenas 2#000; livre de porte.
Lápis perpetuo. — E o que se pode chamar
uma novidade completa, pois é ao mesmo tempo
ntil, coinmoda, barata e duradpura.
gste lápis tem sempre
a ponta aparada. Quando
se quebra a ponta apertase a mola e outra surge
como por encanto.
Objecto necessário para
todas as clasiciaes,
bodos
,. J
, , , ■
aquelle que
nao íor analphabeto. Pi
orte, 3
enviai
E: TAJVIAIVHCOS
N. 1-CAPACIDADE 1 LITRO
N. 2-CAPACIDADE 2 LITROS
= Preço tíe Reclame 8$000 =
= Preço de Reclame U$000 =
. N. B.—Nos preços não está incluído o freie; este varia coaiortne o destino. 0 üncaixoíainento é yraiis. 0 peso de qnal
quer das mantegueiras, encaixotada, com segurança, é 5 kilos mais ou menoR, c ptide servir isto para CüICUíO do frete.
!L.
Caiieía=íiníesro Amerka
■
■uic-se
neta .
tegíd
I-CL-EANWEI
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■
■
Porta Cartões cie Alluminium
m
Oo&vso i
5?2zxzZ£SL
■
■
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. vim
asa. IMlwm - Figner Irmãos.- Mim S. Bento, 26 - S. Panlo - Caixa 398.
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