Diário de bordo
2º Feira – 24 Junho
Saída de Oeiras às 10horas.
Almoço em Viseu no Palácio do Gelo.
Por volta das 18:40 chegada a Vinhais e à aldeia de Rio Fornos e fomos logo confrontados que
não havia rede de telemóvel, apenas Optimus. Fomos muito bem acolhidos pela D. Gracinda
que nos foi logo mostrar os quartos. O quarto lilás (13 rapazes + monitor Emerson) com 14
camas e wc e o quarto roxo (2 raparigas + monitoras Ana e Sandra com wc privativo).
A Hospedaria era um antigo solário e agora pertence ao Parque Biológico de Vinhais, tem 5
quartos no 1º Andar, no r/c no hall tem 2 casas de banho, uma cozinha enorme e uma sala com
muitas mesas e tv cabo; no exterior um grande pátio e um salão de jogos com matraquilhos,
ping pong, snooker e, o mais engraçado, é que tínhamos a casa só para nós. Jantámos sopa e
entremeada com arroz e fruta.
Enquanto os jovens se divertiram na sala de jogos a monitora Ana e o monitor Emerson foram
ao café ali perto para se darem a conhecer e, quando vínhamos de regresso, encontrámos um
sapo enorme castanho e depois, mais a frente, encontrámos outro verde com manchas pretas.
Neste dia pedimos à D. Gracinda bolas de futebol, ping pong e cartas.
3ª Feira – 25 Junho
Levantámo-nos às 8h30 e às 9h começámos a tomar o Pequeno-Almoço (Leite com Nesquick
ou Cevada, doce damasco ou cereja e Pão com Fiambre ou Queijo). A seguir, enquanto
fazíamos tempo até às 10h à espera do Sr.º Carlos, que iria ser o nosso motorista durante a
semana toda e que nos levou para todo o lado, os jovens estiveram no salão de jogos ou a ver
televisão.
Às 10h partimos logo para a Aldeia de Agrochão para visitar o museu etnográfico, onde havia
uma exposição de utensílios de agricultura do antigamente e réplica duma casa do
antigamente. Vimos um vídeo do dia-a-dia de um agricultor na apanha do centeio e de como
se tratavam antes de saírem para campo (pequeno almoço… almoço); a seguir fomos a um
lagar de azeite e a senhora explicou-nos como se fazia a apanha da azeitona e como se fazia o
azeite.
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Por voltas das 12h, no regresso para Vinhais, deparámo-nos com muitos castanheiros e
imensas cerejeiras carregadas. O Sr. Carlos disponibilizou-se logo para pararmos e irmos
apanhar cerejas, onde os miúdos se divertiram muito. Se calhar, poucos miúdos o devem
alguma vez ter feito e, à medida que íamos passando por árvores o Sr. Carlos ia dizendo o
nome das mesmas. Por volta das 13h fomos almoçar no refeitório da Câmara Municipal de
Vinhais, almoçámos juntamente com os funcionários do município, e pedimos à D. Ju, que era
a cozinheira, para nos guardar uns sacos com uns 8 quilos de cerejas. Almoçámos arroz com
filetes peixe-gato riscado e para bebemos Coca-Cola à discrição. No fim do almoço os
monitores Ana e Emerson pediram à D. Ju para levar sumo e o pão para o lanche, já que o
lanche seria por nossa conta.
Por volta das 14h fomos para ao pé do tribunal e de um repuxo, onde alguns decidiram
refrescar-se; os outros estiveram a ouvir musica e a jogar às cartas. E assim esperámos pelo Sr.
Carlos para nos levar ao Parque biológico de Vinhais onde fomos ter uma pequena reunião
com a diretora do parque, que nos explicou um pouco da história do parque. A seguir fomos
visitar o parque. Ficamos a saber que existem bungalows e também se pode acampar, que
existe uma piscina natural, com flores verdadeiras e mostraram-nos os bichos no seu habitat,
por exemplo mochos, javalis, porcos, burros, patos, galinhas, explicando a história de todos os
animais. Fomos ainda ver o centro dos cogumelos e, de seguida, fomos lanchar pão com queijo,
fiambre e beber Coca-Cola que a D. Ju, muito prestável, nos deixou trazer. Enquanto
esperávamos pelo jantar os miúdos dançaram, jogaram bola e cartas, andaram de bicicleta.
Por volta das 20h fomos jantar na esplanada do café mesmo lá no parque e comemos
esparguete à bolonhesa com sumo de laranja e gelatina para sobremesa. Lá por volta das 21h
fomos para uma sala ter com a bióloga Sara para falarmos um pouco dos pássaros que íamos
ouvir na nossa saída noturna no campo. Em virtude de estar um pouco de vento, levámos
casacos e, por não estar muito escuro, não deu para ouvir muito bem as corujas, mas como
alguns levavam lanternas, ainda deu para ver rãs. Por voltas das 23h30 o Sr. Carlos veio-nos
buscar. Na hospedaria alguns viram televisão, outros foram para o salão jogos.
4ª Feira – 26 Junho
À hora do costume lá nos levantámos para ir tomar o pequeno-almoço e fazer tempo para as
10h pois íamos à vila em Vinhais visitar o centro de interpretação, que era um antigo castelo e
foi comprado pelo Tenente Horácio de Assis Gonçalves, Secretário do Chefe de Estado, no
tempo de Salazar. Por cima das antigas muralhas fez outras muralhas e tinha uma torre onde o
tenente tinha pombos correio e aqui existia uma exposição de cogumelos. Um funcionário do
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centro fez uma horta biológica e também tinham um enorme loureiro, havendo jovens que até
levaram umas folhas para mostrar aos pais.
Pelas 13h fomos ao refeitório e o almoço foi frango no forno com batatas fritas com salada e
fruta e, como a D. Ju era muito simpática, ainda nos deixou trazer o resto do frango, para o
lanche. Como de costume, à hora marcada e no mesmo lugar o Sr. Carlos lá nos foi buscar para
irmos ver o museu escola em Vila Verde, uma escola que já está desactivada mas que manteve
o material todo desde mesas, figuras geométricas, carimbos com figuras, aquecedor a petróleo
a fotografia do Salazar e ainda fizemos uma representação de como seria uma turma
antigamente. De seguida, partimos para Bragança onde fomos visitar o castelo, no qual o
monitor Emerson teve que ir falar com o diretor da exposição, no sentido de poderemos visitar
o museu militar. Ele compreendeu que vínhamos de muito longe e deixou-nos visitar o museu
militar que tinha exposto armas antigas, fatos, capacetes, galhardetes, porque antigamente o
castelo era o antigo quartel do exército. No fim da visita subimos até ao topo do castelo, no
qual tínhamos que subir umas escadas de madeira que abanavam por todos os lados e eram
bem altas. No fim desta subida e descida viemos cá para fora para a parte exterior lanchar,
comer gelados e jogar às cartas. Por volta das 18h fomos embora, e andámos a visitar Bragança
de autocarro. Antes de irmos para a hospedaria ainda fomos à aldeia de Lagarelhos visitar o
maior castanheiro da Europa onde, para abraçar a árvore, são precisas +/- 16 pessoas e onde
alguns miúdos se meteram dentro do tronco da árvore.
Quando chegámos à hospedaria o monitor Emerson foi ao café onde tínhamos ido na 2ºfeira,
para falar com a senhora, para ela depois do jantar nos ir mostrar os bezerros e as vacas dela. O
jantar foi alheira com ovo estrelado e batatas fritas, mas acho que os miúdos não gostaram lá
muito da alheira, porque deixaram-na quase toda; logo a seguir, como era noite livre, lá fomos
conhecer a aldeia e os animais e ainda alguns jovens foram dar de comer aos bezerros. Quando
chegámos à hospedaria alguns foram ver televisão e outros foram para o salão jogos e jogar
bola.
5º Feira – 27 Junho
Foi a rotina normal, mas já com novas senhoras para nos fazer a comida. Saímos para o parque
biológico para irmos fazer a lida diária do parque. Primeiro fomos ao estábulo buscar comida,
para alimentar as cabras, feno para os burros, as escovas e os produtos para desparasitar os
burros e os estribos para amarrar os burros, ajudando os jovens a levar as coisas.
Alguns jovens entraram dentro da cerca das cabras e tiveram a dar de comer à mão. A seguir
fomos para o estábulo dos burros, deram de comer e a bióloga Sara esteve a explicar a história
dos burros Mirandeses, dizendo que eles tinham vindo do parque biológico de Gaia, explicou3
nos, ainda, a posição das orelhas, o que querem dizer e como podíamos dar-lhes um abraço
(por a cabeça deles no nosso ombro e com as nossas unhas das mãos raspar com toda força no
pelo deles, que eles adoram). Também nos explicou que não podemos estar atrás dos burros,
porque eles podem assustar-se e dar-nos com as patas. Depois a veterinária Agata teve a
explicar-nos como os desparasitamos: escovamos o pelo todo na parte do corpo e, de seguida,
pulveriza-lo todo com produto; depois com luvas espalhamos o produto e, enquanto uns
escovavam, outros pulverizam e espalha e outros davam abraços aos burros.
Por volta das 13h fomos almoçar na cantina e comemos costeletas com esparguete, salada,
bebemos Coca-Cola e fruta. No fim do almoço trouxemos algumas costeletas e o pão e à hora
habitual lá voltámos ao parque biológico para mais uma tarde de actividades, mas desta vez
fomos fazer doce de cereja com caroço e sem caroço e limonada de hortelã. A Sara (bióloga)
esteve a explicar como se pode plantar cogumelos comestíveis: pega-se num rolo de papel
higiénico e ensopa-se com água a ferver; de seguida pega-se numas sementes e, rapidamente,
envolve-se num saco preto e isola-se com fita-cola; tem que ser tudo muito rapidamente
porque as sementes não podem ficar ao ar. No fim fomos todos lanchar o doce e as limonadas
que eles tinham feito e estava tudo ótimo. Enquanto esperávamos pelo jantar uns andaram de
bicicleta e outros dançaram e jogavam às cartas, ouvindo-se, também, musica.
Por volta das 19h começámos a jantar na esplanada lá no parque biológico e comemos
carbonara e gelatina. A cozinheira ainda cozinhou cogumelos biológicos com um pouco de
azeite…estava de comer e chorar por mais! Logo a seguir fomos ver um filme que durou +/1h30; era um filme que só tinha imagens e sons, mas como era muito monótono, ninguém
prestou atenção ao filme, alguns até dormiram. Depois fomos para a hospedaria jogar à bola,
ver televisão e alguns foram jogar para o salão de jogos. Antes de se deitarem reunimo-nos
todos na sala para saber o que queriam comer no sábado, o dia da partida, para no dia
seguinte as monitoras irem comprar a comida (ice tea, bolachas, batatas fritas).
6º Feira – 28 Junho
A mesma rotina dos dias anteriores. Saímos, e desta vez fomos a Moimenta da beira, andámos
pelo meio, vimos um forno a lenha, mas que era comunitário (toda gente da aldeia pode lá ir
usá-lo). De seguida, fomos ver os moinhos de água onde antigamente se moía o milho, centeio
e ainda fomos conhecer a igreja. Como estávamos a 4km de Espanha, fomos lá só atravessar a
fronteira. Logo ali havia um supermercado e comprámos chocolates.
Por volta das 13h fomos comer um strogonoff com arroz e salada e, logo ali, nos despedimos
da D. Ju, a cozinheira do refeitório, e agradecemos por ter sido tão prestável connosco Depois
do almoço seguimos para o parque biológico para irmos fazer um passeio pedestre à barragem
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de Prada, mas estivemos 5km a andar debaixo de calor e, quando chegámos estávamos
cansadíssimos. Lanchámos e fomos fazer uma das últimas atividades, peddy paper lá no parque.
De seguida, enquanto o monitor Emerson ia com os miudos para o campo de mini golf, para
irem fazer a ultima atividade, não estava lá ninguém para nos receber e decidiram ir para o
campo de futebol relvado. As monitoras foram comprar o almoço de todos para sábado, mas
teve de haver uma alteração: de hambúrgueres passou a pizzas.
Depois duma tarde cansativa, lá chegámos à hospedaria, reunimo-nos todos na cozinha para
ver as coisas que se tinham comprado para o almoço do dia seguinte e ver quem dividia as
pizzas com quem. Foi quando reparámos que faltava uma pizza e a monitora Ana teve que ir
ainda à vila comprar. A sorte foi que lá estava Sr. Vasco, que é um funcionário do parque levoua lá.
Depois de tanta azáfama lá fomos jantar frango de churrasco com batatas fritas e sumo. Depois
do jantar os jovens e o monitor Emerson combinaram com as senhoras que nos tinham lá ido
fazer jantar, levá-los para a vila para irem à festa de São Pedro, porque estávamos nas vésperas
de São Pedro (29 Junho). Acabámos por ir todos mas, como a carrinha só tinha 9 lugares
tivemos que ir por 2 vezes. Na festa dançámos e quase que eramos só nós que dançávamos, as
pessoas só olhavam para nós. Por volta das 11h30 houve o saltar da fogueira de São Pedro,
onde numa fogueira a arder as pessoas saltavam e alguns de nós ainda saltaram.
De seguida percorremos o caminho de regresso todo a pé +/- 3,4 km, mas os monitores
levavam os coletes refletores. Era uma estrada quase sem movimento e quando chegámos à
hospedaria tínhamos à nossa espera o Sr. Carlos, com queijo, presunto e pão tradicional, tudo
para provarmos. Depois fomos todos arrumar as malas, tomar banho, e alguns ainda foram
beber leite, comer sandes de carne e a seguir é que fomos fazer a avaliação da nossa estadia, o
que gostámos mais e menos, o que acharam dos monitores. No fim ainda foram jogar para o
salão e, com isto tudo já passava das 2h.
Sábado - 29 de Junho
No dia de regresso a casa e como todos se tinham deitado mais tarde, os monitores foram os
primeiros a levantarem-se para fazer as pizzas e arrumar as coisas. Devíamos ter começado a
tomar pequeno-almoço por volta das 9h, porque o Sr.º Lima e Sr.º Orlando, os nossos
motoristas, quando nós lhes telefonámos para saber +/- quando é que eles tinham ideia de
chegar lá, disseram que talvez pudéssemos sair por volta das 9h45/ 10h. Mas enganamo-nos,
esperámos e desesperámo-nos, alguns até dormiram no chão do hall e só acabamos por sair
por volta 10h45.
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Na viagem nem se ouvia ninguém, tudo a dormir. Por volta das 14h parámos em Pombal no
restaurante Solar do Marquês à beira da Estrada Nacional, para todos comermos, quase na
única sombra que havia e foi ai que nos deparamos com o calor infernal que tinha estado cá
para baixo e nós, lá em cima, sem calor nenhum. A paragem seguinte foi só em Santarém para
mudarem de motorista. Depois lá seguimos viagem e só parámos em Carnaxide em 1º lugar
por volta das 18h e tal, logo de seguida Algés e, por último, às 19h lá chegámos a Oeiras.
E assim se passaram uns magníficos dias em Vinhais e todos adoraram…e que venha a próxima.
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