Semana de Oração de Jovens
Título para esta secção/página: “Acerca do Autor”
O AUTOR DESTA SEMANA DE ORAÇÃO
Eike Mueller cresceu em lares multiculturais da Alemanha e dos Estados Unidos da América.
Estudou Teologia na Universidade Adventista do Sul e na Universidade Andrews. Ainda um jovem
pastor, exerceu a sua profissão em Greeley, no Colorado, e em Heilbronn, na Alemanha. Ele aprecia
bastante os jovens que lideram a Igreja nos dias de hoje. No seu tempo livre, gosta de andar de
bicicleta e jogar jogos de tabuleiro. Foi ao exercer o seu minstério que conheceu a sua esposa, Lubi,
com quem está casado há quatro anos. Actualmente vivem em Berrien Springs, no Michigan, onde
Eike está a estudar para aprender como formar melhor os líderes da próxima geração.
Título para esta secção/página: “Lê isto primeiro”
Ficaremos surpreendidos se muitas igrejas estiverem ainda a planear a sua Semana de Oração a uma
ou duas semanas do início das reuniões. Retirar destas meditações tudo aquilo que elas têm para nos
dizer irá requerer muita oração, muito planeamento e trabalho de equipa. Mas é possível de ser
feito. Aqui ficam algumas dicas para o auxiliar no seu planeamento.
Planeia com tempo. Começa já o teu plano.
Elabora o teu plano, desenvolve os teus objectivos e reúne a tua equipa, assegurando-te de que o
pastor da igreja também faz parte dela.
Usa o hino tema.
Envolve o coro juvenil. Se a tua igreja não tem um coro, este é o momento indicado para o formar.
A música pode marcar a diferença e ajudar a dar um tom mais solene aos serviços realizados na
igreja. Escolhe um hino que os jovens apreciarão cantar todas as noites.
Cria um “Diário de Oração”.
Não há nada melhor para o teu crescimento espiritual pessoal do que passar tempo em oração. O teu
grupo de jovens irá crescer como tu tens crescido. O Diário de Oração irá ajudar-te a encontrar
Deus de formas novas e entusiasmantes. Assim, serás capaz de trilhar o teu caminho com Deus, ao
recuar no tempo e tomar consciência das orações respondidas no passado, conseguirás também ver
como Ele, cada dia, te tem guiado, passo a passo. Ideias novas e revigorantes surgir-te-ão à medida
que passas tempo na Sua presença. Podes obter muitas ideias online para iniciar e dar continuidade
a este projecto. Vai a http://www.google.com e digita as palavras: “Começar um Diário de Oração”
ou “Start a Prayer Journal”.
Forma uma equipa de desenvolvimento/revisão da semana de oração.
Dependendo do número de membros da tua igreja, este grupo deve ser integrado por quatro a oito
pessoas que te deverão acompanhar na programação de todas as leituras. Inclui nesta equipa
somente jovens adultos que se mostrem interessados e que se comprometam e os Departamentais
dos ministérios jovens (Escola Sabatina, Desbravadores, Pastor, etc.). Isto é importante uma vez que
assim permite-se que todo o grupo lidere, e não apenas o responsável pelos jovens e os seus
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
assistentes. Pede ao grupo que se comprometa a reunir-se durante pelo menos cinco vezes – uma
vez para cada duas meditações e uma vez extra para rever os conteúdos. Certifica-te,
preferencialmente na primeira reunião, de que se identifica o objectivo e a direcção a seguir e se
escolhe um jovem para falar cada dia.
Encontra um Mentor.
Este ano, o Ano da Liderança, queremos encorajar-te a fazer algo que talvez nunca tenhas feito
antes – encontrar um mentor. Procure um líder de jovens experiente, em quem possas confiar e que
seja sincero. Escolhe alguém que tenha a coragem de te dizer o que precisas de mudar, o que
necessitas de continuar a fazer ou o que precisas de erradicar por completo do teu ministério.
Certifica-te de que o teu mentor é também alguém que te possa orientar espiritualmente, alguém a
quem possas recorrer em busca de orientação espiritual, alguém que te faça aquelas perguntas
difíceis e que te ajude a resolver os teus problemas. Para além disto, este mentor deve ser alguém
que te ajude a manter Cristo no centro dos teus planos e que te chame à responsabilidade.
Envolver os pais.
Houve um ano em que fui líder de jovens numa igreja onde o Pastor nos desafiou a fazer algo de
diferente durante a Semana de Oração de Jovens. O Conselho decidiu incluir peças e mímicas na
sua Semana de Oração. Todas as noites era realizada uma apresentação antes de os sermões terem
lugar. Todos se asseguravam de que chegavam cedo; os jovens não queriam perder nada, nem
também os seus pais, que, depois de os levarem aos ensaios, queriam ver como iria ser no grande
dia. Desta forma, o pastor envolveu os pais no seu planeamento, e os jovens envolveram-nos ao
serem levados por eles aos ensaios. Logo, os pais podem tornar-se os seus maiores apoiantes e
alargar a sua capacidade para alcançar mais pessoas.
Muitas vezes, os adultos voluntários não se apercebem do quanto a juventude os observa. Assim, se
envolver os pais, que já conhecem a maioria dos jovens, eles sentir-se-ão mais do que desejosos em
prestar auxílio, uma vez que já estabeleceram laços com alguns dos jovens do grupo. Experimenta e
encontra pelo menos cinco adultos que a maioria dos jovens tenha como referência e, de seguida,
incita-os a solicitar a esses adultos que sirvam como voluntários. Inclui alguns deles na tua equipa
de desenvolvimento/revisão.
Vais precisar de rastrear os teus voluntários. Sim, talvez não gostemos de o admitir, mas a Igreja
não é um lugar perfeito. Temos de escolher os voluntários. Desenvolve o teu próprio método de
selecção, faz perguntas complexas.
Realiza uma Santa Ceia/Festa Ágape.
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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Organiza um Programa de Reencontro.
Usa o último Sábado para lançar o desafio de um Programa Anual de Reencontro, com a duração de
três meses, que culmine, num Sábado, com uma festa de boas-vindas. Inicia um plano de oração por
cada um dos jovens inactivos.
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Realiza um inquérito.
Procura saber quem são os jovens pelos quais és responsável. Escolhe, de entre todos os jovens da
tua igreja, um grupo central, mesmo que não estejam a frequentar as reuniões. Partilhs com eles os
teus planos e objectivos para a Semana de Oração. Começa lentamente, aos poucos, mas começa
cedo.
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
Realizar um serviço de comunhão, numa Sexta-feira à noite, ou num Sábado de manhã, depois de
terminadas as reuniões, é uma excelente ideia. Há muitas formas de tal ser feito de forma a tornar o
momento inesquecível para o teu grupo. Para mais ideias sobre o planeamento de uma Festa Ágape,
visita www.gcyouthministries.org.
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Título para a Semana de Oração 2010: APRENDER! AGIR! ENSINAR!
Tema: LIDERANÇA
Tese: Ser um líder não é o fim. É o princípio. Liderar requer sempre aprender mais, viver de acordo
com o que se aprende e ensiná-lo aos outros.
Primeiro Sábado: O Chamado
Texto Bíblico: Marcos 1:16-18
Mateus 28:16-20
Domingo: A Paixão
Texto Bíblico: I Coríntios 13
Romanos 12
Leitura: Testemunhos para a Igreja, Vol. 6, Página 173
Segunda-feira: O Especialista
Texto Bíblico: Salmo 119:11-12
Lucas 10:38-42
Leitura: Parábolas de Jesus, Páginas 333, 334
Terça-feira: Os Dons
Texto Bíblico: João 14:5-14
Lucas 24:9-12
I Coríntios 12:12-27
Leitura: Lucas 24
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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Texto Bíblico: Mateus 26:31-75
Provérbios 28:1
Mateus 16:16
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Quarta-feira: Permanecendo em Primeiro Plano
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
João 18:15
Actos 4:13
Leitura: The Youth Instructor, 5 de Junho, 1902
Quinta-feira: Permanecendo em Segundo Plano
Texto Bíblico: Êxodo 2:4, 7-9
II Reis 4:8, 10-11
Lucas 10:38, 39
Mateus 25:34-46
Leitura: Review and Herald, 14 de Novembro, 1899
Sexta-feira: A Tocha
Texto Bíblico: Êxodo 18: 13-27
Lucas 9
Lucas 10
Leitura: O Desejado de Todas as Nações, Página 297
Segundo Sábado: Capacitado pelo Espírito
Texto Bíblico: João 14:1-5
João 14:16-17, 26-27
Leitura: The Home Missionary, 1 de Julho, 1897
Título para esta secção/página: RECUPERAR
Para informação mais detalhada, visite:
http://gcyouthministries.org/Ministries/GlobalYouth/StrategicPlanningEmphases/tabid/122/Default.
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Tema Estratégico #3 – RECUPERAR
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O Departamento de Jovens da Conferência Geral acredita firmemente na necessidade de enfrentar o
desafio de procurar e reclamar os perdidos. Desde sempre que estamos atentos e nos preocupamos
com os jovens que nascem em famílias que frequentam a Igreja; mas eles estão a abandonar a Igreja
como água que nos escorre por entre os dedos. O evangelho de Lucas, no capítulo 15, mostra-nos
como Cristo, o Bom Pastor, procura a Sua ovelha perdida até a encontrar, deixando as restantes 99
num local seguro. Como pastores e dirigentes de jovens, devemos imitar este exemplo.
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
Ênfase 1
Criar uma lista extensiva de todos os jovens inscritos no Departamento de Jovens local, a fim de
saber quem frequenta a Igreja e quem não o faz. Se não for possível obter uma lista completa, usa
aquela de que dispões e pede aos restantes jovens da tua igreja os nomes e as moradas dos seus
amigos, aqueles que costumavam ir à igreja e que agora já não vão. Encarrega alguém de continuar
a visitar os membros afastados quando estes forem contactados.
Ênfase 2
Realiza um Programa Anual de Reencontro, durante três meses, que culmine, num Sábado, com
uma festa de boas-vindas. Inicia um plano de oração por cada um dos jovens inactivos.
Ênfase 3
Convida estes jovens a participarem em actividades sociais. Dá-lhes tempo para decidirem. Se os
tiveres convidado uma, duas ou até três vezes sem obter uma resposta da parte deles, não desanimes
e tenta novamente.
Ênfase 4
Inicia visitas de grupo. Se possível, realiza estes encontros nas casas dos jovens dispersos. Tanto o
pastor como os teus amigos desempenham um papel muito importante na tarefa de os trazer de
novo para a igreja. Convida alguns amigos para te acompanhar nestas visitas.
Ênfase 5
Reserva um Sábado de boas-vindas em que todo o programa seja especificamente direccionado para
os jovens que regressam à igreja. Todas as igrejas deverão realizar este programa na mesma data.
Ênfase 6
Organiza um programa de aconselhamento juvenil. Cada jovem regressado deverá estar ao cuidado
de um conselheiro crente que o possa encorajar. Prepara um Manual de Aconselhamento.
Ênfase 7
Ensina os membros da igreja a serem amáveis e agradáveis para com os jovens que agora voltam
para a igreja. Permite que estes jovens cresçam dentro da igreja e desenvolvam a sua experiência
cristã.
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Ênfase 8
Ajuda estes jovens a envolverem-se na vida da igreja. E, se possível, integra-os em pequenos
grupos de jovens.
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
Sábado
O Chamado
Qual seria a tua resposta se o Director de uma empresa extremamente bem sucedida te telefonasse e
dissesse: “Olá! Tenho ouvido coisas muito boas a teu respeito. Quero contratar-te como vicepresidente para liderares a minha empresa a nível mundial.”? Como reagirias? O que dirias? Talvez
respondesses: “Oh, sim, isso é o que eu sempre quis fazer. Dê-me carta branca!” Ou talvez a tua
resposta fosse: “Bom, não tenho bem a certeza. Não acho que seja talhado para isso. Mas obrigado
pela oferta.” Certamente a tua resposta é influenciada, pelo menos parcialmente, pelo teu carácter.
Algumas pessoas possuem caracteres sociáveis. Dão vida a qualquer festa e sentem-se
perfeitamente à vontade quando estão em cima de um palco com um microfone na mão. Outras,
pelo contrário, são tímidas e acanhadas e preferem ocupar os bastidores.
Mas, e se Jesus te chamasse para seres um líder?
Jesus encontra Pedro, André, Tiago e João à beira do lago. No evangelho de João ficamos a saber
que eles já se tinham encontrado antes, mas ainda não se tinham prontificado a segui-l'O. Então,
Jesus procura-os na sua hora de trabalho. “E, andando junto do mar da Galileia, viu Simão, e André,
seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. E Jesus lhes disse: Vinde após mim,
e eu farei que sejais pescadores de homens. E, deixando logo as suas redes, o seguiram. (Marcos
1:16-18) Não achas que é estranho que Jesus não tenha dito somente: “Segue-Me”? Ele acrescenta
uma frase que nós pensamos ser uma grande ironia, mas na qual não pensamos muito: “Eu farei que
sejais pescadores de homens.” Como é que pescamos homens? Com uma minhoca, um anzol e uma
cana de pesca?
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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Mas Jesus não concluiu ali a Sua frase. “Eu farei que sejais pescadores de homens.” Que afirmação
pouco usual. E ainda assim ela mostra que Jesus já tinha planeado isto para eles. Serem (Seus)
seguidores e tornarem-se pescadores de homens. A metáfora de um “pescador de pessoas” baseia-se
na profissão de Pedro e André. Todos os dias e todas as noites eles abandonavam a segurança da
cidade, metiam-se num barco e navegavam num lago demasiado inconstante. Arriscando a sua vida,
eles lançavam habilidosamente as suas redes para apanharem e levarem o peixe para a margem.
Agora, vão aprender a fazer com as pessoas aquilo que aprenderam a fazer com as suas redes. Eles
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Para descodificar o significado precisamos primeiramente de saber o que Jesus quer dizer quando
fala em “seguir”. Literalmente, Jesus disse-lhes: “Venham atrás de mim.” Recordo-me de, em
criança, com dez anos, caminhar pelos Alpes cobertos de neve, na Áustria. O meu irmão e eu
usávamos pesados fatos de neve e botas que, hoje em dia, estão realmente ultrapassadas. O nosso
trilho levou-nos abruptamente para uma ala da floresta tapada com uma imensa camada de neve.
No princípio achámos que aquilo era divertido, mas só até tentarmos andar na neve. Era muito
profunda para nós e, depois de três passadas exaustivas, ficámos presos. Então, o meu pai avançou,
cavou através da neve e construiu literalmente um caminho e nós só tínhamos de ir atrás dele. Era
isto que Jesus queria dizer quando convidou os Seus irmãos a segui-l'O: Caminhem sobre as minhas
pisadas. Isso é o discipulado. No que diz respeito aos pescadores tal poderia ser traduzido por: Jesus
é o Pescador que escolhe e chama os Seus seguidores. Jesus é o Pescador e Pedro e André são o
peixe.
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
estão prestes a deixar para trás o seu espaço confortável, a interagir sabiamente com as pessoas e a
juntá-las nas margens do reino de Deus. Em poucas palavras: Conduzir as pessoas a Cristo.
Jesus torna bastante claro desde o início que segui-l'O não é suficiente. Isso não é o ponto de
chegada; pelo contrário, é o ponto de partida. Desde logo, Jesus anuncia que o seguidor está ali com
um propósito, nomeadamente para se tornar um líder. Os doze discípulos iniciaram uma viagem
com Jesus, não só como seguidores, mas também como aprendizes. Eles estão num campo de treino
para serem pescadores de homens. E formam-se não apenas como seguidores, mas também como
líderes. Portanto, não é de todo surpreendente que o termo predominante para apelidar os doze
durante o ministério de Jesus seja discípulos... mas, mais tarde, são sobretudo chamados apóstolos,
o que significa “os enviados”. Eles estão a realizar a missão para a qual Jesus os chamou: Conduzir
as pessoas a Cristo.
Podes perguntar-te: “Se todos são líderes, então quem são os seguidores?” É de facto peculiar que
Jesus tenha dito inicialmente a Pedro e a André: “Sigam-Me.” Pedro era um líder por natureza.
Talvez ele tivesse respondido ao Director: “Levou tanto tempo para me perguntar isso. Claro que eu
aceito. Você precisa de mim.” Mas, André é muito diferente. Ele tem um tom de voz suave e gentil,
está sempre em segundo plano e nunca se aborrece por isso. Os seus talentos são muito diferentes
dos do impulsivo Pedro.
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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Então, porque é que Jesus nos manda fazer isto? Porque é que Ele parece complicar a nossa vida ao
chamar-nos para liderar? Esta é uma boa pergunta e tudo o que eu posso dar é uma resposta parcial.
E o oposto é de facto verdade. É mais difícil salvarmo-nos se não formos pescadores de homens. Se
não estamos a levar pessoas a Cristo, torna-se mais difícil sermos salvos. Certa vez, uma jovem do
meu grupo perguntou-me: “Nunca senti Deus e não sei se Ele existe ou se Se preocupa comigo. O
que devo fazer?” Orámos, mas não aconteceu nada; lemos a Bíblia e nada aconteceu; eu dei-lhe
todas as respostas “adequadas” e ainda assim não aconteceu nada. E eu não sabia o que dizer ou
fazer. Hoje eu dir-lhe-ia aquilo que gostava de ter sabido na altura: Não te preocupes tanto com
todas as doutrinas correctas; não te preocupes em decorar todos os textos que provam as nossas
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Ao longo do Novo Testamento, encontramos evidências de que a liderança não se reduz ao
chamado feito aos primeiros doze discípulos, mas aplica-se também a nós. Precisamente antes de
ascender ao Céu Jesus fala claramente: “Portanto, ide, ensinai todas as nações...” (Mateus 28:19) O
livro de Actos testifica como os apóstolos levaram a cabo a sua missão. Este livro está repleto de
pessoas que primeiramente se tornaram crentes e depois líderes nos locais onde viviam. Existem
mulheres como Lídia, Priscila e Júnia. Existem homens como Apolo, Paulo, Barnabé e Áquila. E
existem jovens como Timóteo e João Marcos. Cada um deles, desde o evangelista até ao tímido
jovem, difere do outro na forma de liderar. Então, Paulo escreve duas cartas ao jovem pregador
Timóteo, servindo elas como um manual de treino, no que diz respeito ao ser-se um líder na Igreja.
“Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.” (I Timóteo 3:1) E,
por fim, Pedro apresenta-nos uma afirmação vigorosa: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio
real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz.” (I Pedro 2:9) Que tipo de realeza somos nós, se não lideramos o
nosso país? Que tipo de pregador somos nós, se não dirigimos para louvar? Todos nós somos
chamados a realizar esta tarefa, cada um com os seus dons espirituais. Nem todos são chamados
para pregar, ou ensinar, mas toda a gente é chamada para guiar pessoas a Jesus.
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
doutrinas; apenas vai e espalha o pouco amor que tens e fala às pessoas o pouco que sabes sobre
Jesus. Sabes quando é que os discípulos se mostravam mais entusiasmados com a sua fé? Quando
Jesus não se encontrava por perto. Ele enviou-os para ajudar um pouco, para curar um pouco e para
proclamar o pouco daquilo que sabiam. E eles “voltaram com alegria!” (Lucas 10:17) Coloca os
teus talentos ao serviço. Involve-te na vida dos outros. Não esperes que o trovão ressoe. Em vez
disso, sai lá para fora. Serve a tua comunidade, auxilia os necessitados, visita os que se lamentam e
encoraja aqueles que se sentem oprimidos. Aí, tu próprio vais experienciar Deus. Deixa que os teus
dons espirituais sejam usados. Se não os usares, perdê-los-ás. Já alguma vez te perguntaste porque é
que a igreja por vezes está tão morna? Isso deve-se a uma atrofia espiritual. Se não exercitarmos os
nossos músculos espirituais, iremos perder aquilo que alcançámos até então. Se não guiarmos
outros, nós mesmos esqueceremos o caminho. Já por muitas vezes me encontrei estável ao longo da
minha caminhada espiritual. E por demasiadas vezes, como Igreja, temos resvalado no engano de
meramente seguirmos, esquecendo-nos de guiar. Agora é a tua vez.
Jesus quer que sejas mais do que um simples seguidor. Ele está a chamar-te. Não sigas por atalhos
na tua caminhada com Jesus. Aceita o risco. Torna-te um pescador de homens.
“... Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei...” (Mateus 25:21)
Perguntas para discussão:
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a. Como descreverias a tua caminhada espiritual com Deus?
b. Lê o chamado de Moisés e de Isaías para o serviço (Êxodo 3-4; Isaías 6). Em que sentido são
semelhantes ou diferentes?
c. Em que é que estes chamados diferem do chamado feito aos discípulos?
d. Para que é que Jesus te poderia chamar?
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
Domingo
A Paixão
Gosto muito de jogar jogos estratégicos numa tarde nevosa de Inverno, ou num serão quente de
Verão. Não aprecio muito jogos de consola ou jogos de grupo enfadonhos, mas ter os amigos
reunidos à volta de uma mesa e a arquitectarem qual será o seu próximo movimento – isso, sim, é
excitante. Se calhar pensas que sou doido, mas eu aprecio esta emoção. Na verdade, quando a
minha mulher e eu nos casámos, fizemos um registo num estabelecimento comercial (por sorte com
uma secção de jogos espectacular). Deram-nos um carrinho de compras no qual poderíamos colocar
todos os itens que constassem do nosso registo e, dali, os amigos e a família poderiam comprar-nos
um presente. A minha mulher começou a procurar presentes que fossem úteis, como potes e panelas
e aquelas prendas lindas, como vasos. Eu, por outro lado, fiz uma trajectória em linha recta até à
secção dos jogos de tabuleiro. Para nossa surpresa, quando desembrulhámos os presentes,
constatámos que muitos tinham optado pelos jogos. Que bons amigos! Pelo menos para mim!
Desculpem-me mas sou mesmo emotivo!
Sentes paixão por alguma coisa? Os apóstolos tinham claramente uma paixão e obviamente não era
por jogos triviais. A paixão deles era genuína, real, superior, dirigida correctamente. Eles sentiam
paixão pelas pessoas. Paulo é um exemplo de uma vida incrível de paixão. Ele suportou violência,
agressões físicas, viagens árduas e uma vida de pobreza, tudo porque ele sentia paixão por pessoas
que nunca conheceu. E, por fim, morreu como um mártir, provando a toda a gente que, de facto, a
sua paixão pelas pessoas era maior do que a própria vida. Em Romanos 9:2-3 ele fala do fundo do
seu coração: “Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Porque, eu mesmo poderia
desejar ser separado de Cristo, por amor dos meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne.”
Traz isto vergonha à nossa vida? E quando olhamos para os restantes apóstolos percebemos que eles
eram igualmente devotos na sua missão. Eles pregaram em Jerusalém, na Judeia e em Samaria. Eles
quebraram as barreiras da raça, da etnia e do género, para trazer pessoas a Jesus e todos, com
excepção de João, deram a sua vida como mártires em prol desta mensagem.
Tenho trabalhado com líderes “irrepreensíveis” – são justos, politicamente correctos, educados e
possuem todas as respostas certas – mas não têm paixão pelas pessoas. Eles cumprem somente um
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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Mas lembra-te, os díscipulos nem sempre se sentiram atraídos pelas pessoas. Foram eles que
mandaram as crianças embora, que pediram que descesse fogo do Céu sobre alguns descrentes e
que criticaram a mulher que lavou os pés de Jesus com um perfume caro. Paulo até torturou e
prendeu os primeiros Cristãos. Mas, quando permitiram que Jesus os transformasse, a paixão por
Cristo e pela missão tornou-se ardente. Também tu podes permitir que Jesus te transforme
completamente e, assim, ver esta paixão apoderar-se de ti. Uma coisa é certa: Jesus tinha uma
paixão ávida pelas pessoas. A Sua missão era encontrar as ovelhas perdidas e trazê-las de volta. E,
se isso significasse percorrer muitos quilómetros em estradas poeirentas, num deserto extremamente
quente, lado a lado com ladrões, apenas para jantar com Zaqueu e ouvir o pedido de cura de
Bartimeu, Jesus fá-lo-ia. Ou se isso significasse caminhar no hostil território de Samaria, ao meiodia, para Se encontrar com a mulher junto ao poço, Jesus fazia-o. Se vês este Jesus que procura as
ovelhas perdidas e não sentes paixão pelas pessoas, então és somente um observador e não um
seguidor. Não podes ser um discípulo de Jesus e mostrar-te indiferente para com as pessoas.
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
dever. Trata-se de uma obrigação e de um trabalho penoso; e fazem-no porque Jesus assim o
ordenou. No entanto, tenho trabalhado também com homens e mulheres grosseiros, com uma
carapaça dura, que se irritam com facilidade e que, por vezes, são insensíveis, mas que têm um
coração do tamanho de um Oceano. Eles apaixonam-se pelas pessoas que vão conhecendo. Tornamse amigos dos sem-abrigo, dos punks e dos desprezados da sociedade, porque se preocupam com as
pessoas. Não tens de ser um indivíduo perfeito. As pessoas irão olhar para lá das tuas faltas se se
aperceberem de que te preocupas e de que as amas verdadeiramente. “Ainda que eu falasse as
línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa, ou como o sino que
tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda
que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E,
ainda que distribuísse toda a minha fortuna, para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu
corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. (I Coríntios 13:1-3) Acima
de tudo, sê uma pessoa apaixonada. Sê amistoso! Deixa que o Espírito Santo avive a tua paixão
pelos outros! Permite que Jesus transforme o teu coração a fim de que ele arda por aqueles que
procuram o Pastor e ainda se encontram a vaguear pelo deserto.
Já alguma vez jogaste ao “O que vês?” É um jogo muito simples. Deitas-te num campo de erva
verdejante, acompanhado por um amigo. Depois, ambos olham para cima, para os desenhos
formados pelas nuvens, e perguntam um ao outro: “O que vês?” Puxando um pouco pela
imaginação conseguem ver animais exóticos e caras engraçadas. E com certeza vais aperceber-te de
que diversas pessoas poderão olhar para a mesma nuvem e ver coisas diferentes. E a mesma coisa se
passa com as pessoas.
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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Quando fui pastor no Colorado, ouvi dizer que existia ali um clube alemão organizado, que a
Universidade local estava a hostilizar. Senti o desejo de entrar em contacto com os filhos de Deus
que ainda não conheciam Jesus. Os encontros tinham lugar numa sala de um bar local. Eles eram
bem simpáticos e não se importavam que eu bebesse limonada enquanto eles bebiam quase de uma
golada uma caneca de cerveja. Comecei a relacionar-me com alguns estudantes universitários e
passámos a encontrar-nos com mais frequência. Durante os meses que se seguiram, esquiámos e
jogámos juntos. Quando o carro deles se avariou, eu levei-os ao trabalho e quando precisei de ajuda
para as mudanças, eles chegavam bem cedo de manhã. Algum tempo depois, quiseram saber quais
as funções de um jovem pastor e, assim, aos Sábados, passaram a juntar-se ao nosso grupo de
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Muitas vezes tratamos as pessoas que não pertencem à nossa comunidade adventista como se elas
fossem portadoras de uma doença infecciosa. Não nos atrevemos a misturar-nos com elas com
medo de sermos contagiados. Elas, por sua vez, sentem-se rejeitadas pelos nossos julgamentos ou,
pelo menos, vêem os Cristãos como sendo arrogantes. Ambas as situações são devastadoras. Mas
esta nunca foi a forma de agir de Jesus. “Cristo não Se recusava a associar-Se aos outros em
amistoso intercâmbio. Quando convidado a uma festa por um fariseu ou publicano, aceitava o
convite. … Assim ensinava Cristo a Seus discípulos a maneira de se conduzirem quando em
companhia dos não religiosos, e também de se comportar diante dos religiosos.” (Testemunhos para
a Igreja, Vol. 6, página 173) O que é que eu vejo? Vejo filhos de Deus procurando Deus em todos os
sítios errados. Vejo homens que ainda não encontraram o caminho para a felicidade eterna. Vejo
mulheres que têm uma ideia errada acerca de Quem é Deus, porque ninguém lhes disse o contrário
daquilo que pensam. Uma vez que elas, tal como tu, são filhas de Deus, não sejas apenas
paternalista; sê, sim, carinhoso.
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
jovens. Começámos a falar sobre religião e eles até foram à igreja algumas vezes. Na altura em que
tive de partir já nos tinhamos tornado amigos e mantivémo-nos em contacto durante os cinco anos
seguintes. Não há forma melhor de se ser um pescador de homens do que ser-se um amigo
contagiante e extremoso. Irás deparar-te com situações comprometedoras e terás de te manter firme
naquilo que a Bíblia diz. Lidera através do exemplo e sê um guia para uma vida melhor, pois Jesus
não te chamou para seres um polícia. Ele chamou-te para seres um pescador de homens dedicado.
A súplica de Mary Booth por paixão é também a nossa oração:
“Oh! Quem me dera um coração sensível!
Dominado pelo desejo de orar;
Oh! Quem me dera um espírito despertado;
Diariamente cheio do poder divino.
Oh! Quem me dera um coração como o do meu Salvador,
Que, mesmo em agonia, orou.
Dá-me, Senhor, tal amor pelos outros.
Que haja peso de oração em meu coração.
Meu Pai, anseio ter esse fervor,
De derramar a alma em oração pelos perdidos.
De entregar a minha vida para que outros sejam salvos.
Orar, seja qual for o preço.
Senhor, ensina-me, revela-me esse segredo.
Estou ansiosa para aprender essa lição,
Para ter essa grande paixão pelas almas,
Anseio por isso, bendito Jesus.
Pai, tenho um forte desejo de aprender essa lição contigo.
Oh! Que o teu Espírito a revele a mim.”
Perguntas para discussão:
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a. Quais são as coisas pelas quais sentes paixão?
b. Como é que os Cristãos podem entusiasmar-se tanto com jogos, vídeos, músicas ou desportos,
mas no que toca à sua fé mostram-se tão apáticos?
c. Lê Romanos 12:10-11. O que é que é importante para Paulo nesta passagem?
d. De que forma é que passamos do dever à paixão?
e. Como é que podes sentir essa paixão de ir ao encontro das pessoas, tornando-te um pescador de
homens?
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
Segunda-feira
O Especialista
Eu devo estar louco. São cinco horas da manhã e, em vez de estar a dormir numa cama confortável,
estou a arrastar os meus pés na subida de uma encosta perigosa de uma montanha. Está realmente
escuro aqui fora. Mal consigo vislumbrar os contornos dos penedos que me rodeiam enquanto sigo
atrás de uma figura indistinta, desbravando um caminho ao longo da morena. Quando iniciámos a
viagem estávamos rodeados por árvores verdes viçosas e seguíamos por um trilho largo. Agora não
existe nenhum trilho, nenhum caminho, e sem um guia eu estaria totalmente perdido. Estamos a
subir Longs Peak, uma montanha no Colorado com 4346 metros de altitude, e, depois de cinco
horas de escalada, ainda só completámos um terço da jornada de hoje. Mas no que é que eu me
meti? Devia ter treinado mais antes de tentar alcançar este feito e devia claramente ter-me habituado
ao ar mais rarefeito a esta elevação/altitude. O meu guia é trinta anos mais velho do que eu e está a
envergonhar a minha energia jovem. Aqui na montanha, o fundamental não é a força, mas sim a
experiência. E nisto eu posso descansar. Ele já aqui esteve centenas de vezes e conhece este
território árido como a palma da sua mão. Sabe quando rebentam as tempestades de fim de tarde,
sabe o que fazer em caso de emergência, e conseguiria encontrar o seu caminho mesmo que
estivesse vendado.
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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Como é que te tornas um pescador de homens? Maria descobriu como iniciar este processo: Ouvir e
aprender. A Bíblia não relata o que é que Maria devia estar a fazer. Tudo o que sabemos é que Marta
não estava contente com Maria. Imagino Jesus sentado à sombra de uma árvore, em frente da casa
de Marta, Maria e Lázaro, em Betânia. Os discípulos e Lázaro sentam-se em semi-círculo, à volta
de Jesus, enquanto Lhe fazem perguntas e ouvem as Suas respostas. Alguns estão encostados à
frondosa árvore, outros reclinam-se sobre as pedras. Todos esticam os pés cansados e empoeirados
pelo longo dia de viagem. Entretanto, Marta apressa-se na cozinha. Treze visitas acabaram de
aparecer sem avisar e estes não são uns visitantes quaisquer. Marta sabe que este Jesus é o Messias.
Não irias preparar a mais requintada refeição se o tão aguardado Messias batesse à tua porta? Servir
apenas uma taça de pipocas e a travessa das restantes batatas do dia anterior seria um pouco
corriqueiro. Então, Marta chama Maria. “Maria, pega no cântaro de barro e vai depressa ao poço.
Preciso de água.” Maria sai rapidamente a fim de cumprir a sua tarefa. Mas quando passa junto ao
grupo que se encontra debaixo da árvore, ela abranda o passo e escuta a conversa dos homens. De
repente, lembra-se da água e apressa-se. Na viagem de regresso, ela volta a afrouxar e até pára
durante alguns momentos. “Maria, o que é que aconteceu à água? O cântaro está a meio.” “Acho
que precisamos de um jarro novo, Marta. Este tem bastantes buracos.” “É essa a tua desculpa? Para
perderes assim tanta água terias de rastejar mais devagar do que uma tartaruga!” Depois, Marta
manda Maria a casa dos vizinhos para pedir um pouco de trigo. Desta vez, ela demora ainda mais
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É fácil seguir um guia. Tudo o que precisas de fazer é mexer os pés. É uma viagem passiva e
dependente. O verdadeiro desafio é alguém tornar-se um guia. Os primeiros discípulos foram
chamados para se tornarem pescadores de homens, ou guias. E, hoje, Jesus está chamar-nos a ti e a
mim. É o maior chamado que Jesus nos faz. É o chamado que estimulou os discípulos no
Pentecostes. O seu desejo de conduzir pessoas a Jesus levou-os de Jerusalém para todo o mundo
(conhecido na altura). Este chamado transformou-se na sua paixão – na sua vida. Trata-se de um
fardo para ti? Ou sentes o desejo de ser um guia para os caminhantes perdidos?
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
tempo! Mas o que Maria ouve da boca de Jesus é tão intrigante e reconfortante! É genuíno e
sincero. As Suas palavras são duras e desafiantes e, ao mesmo tempo, cheias de amor e graça. Ela
tem de ouvir mais! Quando Marta lhe pede para ordenhar a cabra, ela tira o animal do curral até
uma distância em que possa ouvir os homens a falar. A princípio, as suas mãos massajam as
glândulas do animal, mas, por fim, ela esquece-se de mexer as mãos. Ela vai trazendo o seu banco
cada vez para mais perto da captiva audiência de Jesus, até fazer parte daquele grupo que aprende
com Ele. E, sentada ali a ouvir Jesus, Maria esquece-se de tudo ao seu redor. Maria esquece-se da
cabra, do leite, da comida, da sua irmã, das regras da sociedade, dos visitantes esfomeados, e apenas
quer absorver as palavras de Jesus. Tudo o que importa é sentar-se aos pés de Jesus. Ela quer saber
tudo aquilo que há para saber. Ela tinha fome de conhecimento.
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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Mas há ainda um outro tipo de aprendizagem que é essencial para se ser um pescador de homens:
Para seres um bom pescador, tens de conhecer o peixe. Um bom pescador profissional usa 1400
iscos diferentes para apanhar peixe, dependendo do tipo de peixe e do tipo de água em que está a
pescar. Também existem técnicas de pesca diferentes: pesca no gelo, pesca com arpão, pesca com
lança, e isto para nomear apenas algumas. E ainda nem mencionámos quaisquer técnicas relativas a
redes nem iniciámos a lista de iscos. E pensavas tu que pescar era simples! As pessoas que vivem da
pesca explicam que cada peixe é único. Precisas de conhecer o peixe se queres ser um pescador
qualificado. Ouço frequentemente os jovens dizerem: “Porque é que preciso de estudar Matemática,
Física e História? Nunca irão ser necessárias!” É verdade que vais esquecer-te de algumas coisas
que aprendeste, mas ficaste a saber um pouco mais acerca do peixe. Cada disciplina que estudas e
cada lição aprendida farão de ti um pescador mais eficiente. Podes sair com uma minhoca, um anzol
e uma cana de pesca e talvez apanhes um peixe. Mas que embaraço seria ver o que poderias ter
apanhado se dispusesses do equipamento de pesca adequado.
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Maria estava certa: Para seres um pescador de homens, primeiro precisas de ouvir e aprender.
Acima de tudo, isto significa ouvir Jesus. Hoje em dia não podemos sentar-nos literalmente aos pés
de Jesus, mas podemos ouvir as Suas palavras, escritas na Bíblia, e aprender com as experiências de
grandes homens e mulheres de Deus. Se nos esquecermos de tudo o que se passa à nossa volta,
como fez Maria, e ouvirmos atentamente Deus a falar-nos através das páginas da Bíblia, iremos
viajar pelas poeirentas estradas da Palestina e sentar-nos à sombra de uma árvore, em animada
discussão, como fizeram os discípulos. E ali poderemos exclamar com o salmista: “Escondi a tua
palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti. Bendito és tu, ó Senhor; ensina-me os teus
estatutos.” (Salmo 119:11-12). No meu escritório, junto aos meus livros, possuo uma colecção de
cerca de 300 carros Hot Wheel – reportam-se às minhas mais antigas memórias de infância. Alguns
são muito raros e outros recordam-me de pessoas e momentos especiais. Quando fiz oito anos, o
meu irmão mais novo arrombou o seu porco-mealheiro e pediu um empréstimo aos meus pais para
me comprar aquele VW GTI vermelho-brilhante que eu queria há já tanto tempo. E quando me
casei, a minha cunhada decorou um BMW Isetta com os mais pequenos enfeites metálicos e, no
vidro de trás, trabalhado com filigrana, escreveu: “Casados de fresco!” Obviamente que trato muito
bem destes carros! Estão dispostos num armário de vidro e nenhum deles tem qualquer risco. Isto é
o que o salmista pretende dizer quando fala em “esconder” a palavra de Deus. Diante dos seus olhos
está uma arca do tesouro cheia de moedas de ouro. Elas são tão valiosas que não queres perder nem
riscar uma única peça de ouro. É desta forma que deveríamos estimar aqueles momentos divinos.
Queres absorver cada gota daquele copo a transbordar e não deixar cair nem uma gota.
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
“Se for submetido à direcção do Espírito, quanto mais perfeitamente cultivado o intelecto, tanto
mais eficazmente poderá ser usado no serviço do Senhor. O homem iletrado que é consagrado a
Deus e aspira a abençoar outros, pode ser e é utilizado pelo Senhor em Seu serviço. Mas os que,
com o mesmo espírito de consagração, tiveram o benefício de uma instrução completa, podem fazer
obra muito mais extensa para Cristo. … Não devemos perder oportunidade alguma de nos
prepararmos intelectualmente para a obra de Deus. (Parábolas de Jesus, Páginas 333 e 334)
Ao longo da minha caminhada pela montanha de Longs Peak, pude confiar completamente no meu
guia. Ele tinha consultado os mapas centenas de vezes antes de colocar um pé que fosse no trilho.
Ele realmente conhecia o caminho. Mas também sabia tudo acerca da experiência de escalar – desde
os sapatos adequados até ao tempo imprevisível e quanta água e comida seriam necessárias. Mais
do que tudo, ele sabia como motivar um jovem nauseado e exausto a chegar ao cume. Esta é a
experiência de um verdadeiro guia.
Este é o teu desafio: Torna-te um guia eficiente – sê um estudante da Bíblia diligente e aprende tudo
o que puderes acerca das pessoas que estás a guiar.
Perguntas para discussão:
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a. Se pudesses sentar-te aos pés de Jesus, como fez Maria, o que é que Lhe perguntarias?
b. Lê Provérbios 8:10; 9:10; 18:15; 23:15. O que é que Salomão está a tentar expressar?
c. Usa uma Concordância para procurar cognatos (palavras que têm uma origem comum) de
conhecimento e sabedoria na Bíblia. O que é que a Bíblia diz acerca disso?
d. Como lidas com problemas existentes na Bíblia e que não consegues resolver?
e. Como é que adquiriste um entendimento mais profundo acerca de Deus?
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
Terça-feira
Os Dons
Já alguma vez te perguntaste porque é que Jesus tinha doze discípulos? Porquê doze? Três bons
amigos não eram suficientes? Se Jesus me questionasse antes de escolher os discípulos, eu ter-Lheia dito: Escolhe três: Pedro, Tiago e João. Foi uma boa ideia Jesus orar – ter uma conversa profunda
com o Pai – antes de eleger os doze discípulos. Mas então, porque é que Ele escolheu doze?
Acredito que Jesus escolheu cada um deles porque precisava deles. Precisava deles? Sim, precisava
deles.
Como é possível que não saibamos quase nada acerca dos discípulos, para além dos três mais
célebres? Tenho a certeza de que também já te deparaste com esta questão. O que é que sabes acerca
de Tadeu, Bartolomeu, Filipe e Natanael?
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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O papel de André entre os discípulos era o de auxiliador. Ele é usualmente referido como sendo
irmão de Pedro, como se precisasse de uma apresentação. Na verdade, André foi quem veio ter com
Jesus em primeiro lugar. Ele tinha sido um seguidor de João Baptista, mas, quando João apresentou
Jesus como o Salvador do Mundo, André seguiu-O imediatamente (João 1:40). André levou, então,
Pedro até Jesus, dizendo-lhe: “Achámos o Messias” (João 1:41). E André continuou a trazer pessoas
a Jesus. É o caso do rapaz com os pães e os peixes (João 6:8, 9) e do grupo de Judeus Gregos que
anseavam falar com Jesus (João 12: 20-23). Quem é que Pedro levou a Jesus? Não deveria ser ao
contrário: André, o discípulo importante, e Pedro, o homem no nível inferior? Mas André não se
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Tomé, o Gémeo. Chamamos-lhe o “Tomé, o incrédulo”. Contudo, esta é, na verdade, uma
designação errónea. Ele seria melhor apelidado com os termos “ponderado e corajoso”. Na
realidade, o seu nome significava “gémeo”, mas nós não sabemos nada acerca do seu irmão gémeo.
O que sabemos é que Tomé fazia as perguntas difíceis. Quando Jesus falou aos discípulos sobre as
mansões que iria construir no Céu, Tomé coloca-Lhe todas as questões importantes: “Como
podemos saber o caminho?” (João 14:5). Todos os discípulos estavam a pensar nesta pergunta. Para
onde é que Jesus vai? E como é que podemos segui-l'O? Mas apenas Tomé teve a coragem para a
verbalizar, e Jesus responde-lhe com uma das Suas frases mais famosas: Eu sou o caminho, a
verdade e a vida. Que pergunta! Que resposta! Depois da morte de Jesus, os discípulos estavam com
tanto receio de que também eles pudessem ser executados pela multidão furiosa que se esconderam
e se certificaram de que tinham aferrolhado a porta. Apenas Tomé não se encontrava lá. Talvez ele
necessitasse de se lamuriar sozinho. Talvez tivesse voltado ao Gétsemani para orar. Não sabemos.
Mas, quando ele se encontra de novo com os discípulos, estes dizem-lhe que Jesus apareceu junto
deles. Um homem que morrera estava vivo? Tu também não terias acreditado. Nem os discípulos
acreditaram no grupo de mulheres que regressava do túmulo e encontrou os anjos (Lucas 24:11) e
que ficou a saber das boas-novas. E quando Jesus apareceu aos dez discípulos (Judas Iscariotes
tinha-se enforcado e Tomé estava ausente) naquela divisão trancada, eles pensaram que se tratava de
um espírito (Lucas 24:37). A princípio, nem eles acreditaram em Jesus! Só depois de Jesus lhes
dizer para tocarem nas Suas feridas é que eles acreditaram n'Ele (Lucas 24:39). Tomé e os outros
discípulos debatiam-se com a mesma questão, mas somente Tomé era suficientemente corajoso para
fazer essa pergunta. Era esta a tendência de Tomé: remar contra a multidão e fazer as perguntas
complexas. Jesus também precisa de jovens assim nos dias que correm!
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
queixa. Ele permanece humilde e usa os seus dons de trazer pessoas a Jesus. Estares em segundo
plano não significa que és de segunda categoria. Com certeza que alguns de vós não são os
primeiros a levantar a mão para desempenhar o papel principal numa peça da escola e preferem
ficar nos bastidores. Jesus precisa tanto dos servos modestos como dos desinibidos.
As histórias dos outros discípulos são igualmente interessantes. Existe o tímido Filipe. Não o
teríamos como a pessoa com o mais rápido raciocínio. No conjunto encontramos ainda o misterioso
Bartolomeu que, provavelmente, se dava pelo nome de Natanael. Ele era directo, um pouco irónico,
honesto e não muito diplomático. Temos também Judas, o filho de Tiago. Para um Judeu, Judas era
um nome popular e admirável, isto em memória de um herói judeu chamado Judas Macabeu. Mas,
depois de Judas Iscariotes ter traído Jesus, nenhum Cristão voltou a adoptar tal nome. Tiago –
quando passamos em revista este grupo quase que não damos pela sua presença. Não falo de Tiago,
irmão de João, mas de Tiago cujo pai era Alfeu. Ele é tão discreto que se torna uma boa
representação dos muitos Cristãos que nunca recebem um louvor, mas que fazem um imenso bem
às pessoas que os rodeiam.
Jesus também convidou dois políticos para integrarem o Seu círculo de amigos: Simão, o terrorista,
e Mateus, o apoiante do Império Romano. Simão tinha feito parte de uma organização terrorista que
matava soldados Romanos em guerras de guerrilhas. Podemos estar certos de que ele sabia como
manusear uma espada! Mateus encontrava-se no lado oposto. Ele vendia-se aos Romanos em troca
de grandes somas de dinheiro. Enquanto cobrador de impostos, Mateus cobrava às pessoas elevadas
quantias de dinheiro, com o objectivo de enriquecer. Mas este dinheiro tinha um preço: A família, os
amigos e a instituição religiosa consideravam-no um traidor. Não sabemos se Simão e Mateus
tinham debates acesos, mas sabemos que Jesus chamou-os a ambos para o Seu grupo de discípulos.
Ele precisava de ambos. Eles mostram-nos que nós, enquanto pessoas, podemos ter perspectivas
diferentes, mas, quando Jesus nos chama, despojamo-nos da espada e da bolsa. Agora servimos a
Sua causa, não a nossa.
Jesus não elegeu um grupo uniforme. Ele não escolheu apenas homens que fossem atléticos,
práticos, líderes ou académicos. Ele escolheu cada discípulo por quem eles eram. Os seus
caracteres, os seus dons e os seus talentos revelavam-se únicos e cada um deles mostrava-se
necessário. Tal como naquela altura, também hoje em dia Jesus precisa de cada homem e de cada
mulher. Podes ser tímido ou extrovertido, mais ou menos esperto, prudente ou despreocupado, mas
dás uma contribuição única ao Seu círculo de seguidores.
Deus escolheu-te. Independentemente da parte do corpo que ocupas, Deus escolhe-te. Se és
um líder como Pedro, tem cuidado com o teu exemplo. Se és um auxiliador como André ou
Tiago, não percas a esperança. Deus tem um PMI (Propósito Muito Importante) para ti, onde
quer que estejas.
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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
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Paulo comparou a Comunidade Cristã com o corpo humano (I Coríntios 12:12-27). Imagina que te
levantas da cama e te apercebes de que os teus pés decidiram metamorfosear-se num par extra de
olhos! Ou que o teu nariz se sentiu inútil e se transformou numa segunda boca! Impensável! “Mas,
agora, Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.” (I Coríntios 12:18). Paulo
usa a imagem do corpo para explicar tudo aquilo que disse até agora acerca dos dons espirituais.
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
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Deus abençoou-te e dotou-te abundantemente. Tu possuis dons espirituais! Tudo aquilo que
usares para honrar Deus é o teu dom espiritual. A tua personalidade pode ser o teu dom.
Uma capacidade especial pode ser o teu dom. E Deus dotou-te com alguns destes dons. Eles
surgem-te naturalmente. Outros há para os quais Deus te concedeu perserverança, alegria e
um talento e tu exercita-los harduamente. Não importa quão grande ou quão pequeno pensas
que seja o teu dom, há outros que dependem dele. Por vezes, aquilo que visto do exterior
parece ínfimo é, de facto, essencial.
Deus incumbe-te de fazeres uso do teu dom. Cada parte do corpo é importante. Se faltar uma
parte que seja, o corpo inteiro está mutilado. Se já tiveste uma dor de dentes, então sabes
que aquele pequenino dente pode fazer-te sentir tanta dor que afecta todo o corpo. Da
mesma forma, sem a tua participação, a Igreja fica desfalcada.
Deus coloca-te onde és necessário. Se observares um jogador de xadrez, vais verificar que
ele dispõe as suas peças ao longo de todo o tabuleiro. Elas estão naquele sítio por uma razão
que apenas o jogador conhece. Mas aquele é o melhor local. Confia em Deus para que Ele te
coloque onde mais precisam de ti.
Mas, afinal, como é que podes ser conhecedor do teu espaço, dos teus dons e dos teus talentos?
1. Sê honesto. Consegues imaginar o jogador de basquetebol Shaquille O'Neal como um
dançarino de ballet? Claro que não. Não há nada de errado em ter sonhos e em empenhareste por os realizar, mas será possível que Deus te tenha concedido dons diferentes daqueles
que gostarias de ter?
2. Anseia por aprender. Está aberto a correr riscos. Às vezes, a melhor forma de tentares
descobrir os teus dons é tentares envolver-te em áreas variadas. Pergunta ao teu pastor ou ao
teu líder de jovens como é que podes ajudá-los e vai em frente. Sai do teu canto confortável.
Deus vai abençoar-te ao longo do caminho e tu descobrirás quais são os teus dons.
3. Sê corajoso. As pessoas preguiçosas nunca chegam muito longe. Podemos ter traços de
personalidade diferentes, mas cada discípulo teve de escolher seguir Jesus e embarcar
naquela viagem. Então, sai dessa zona onde estás estagnado, abandona o clube (dos
preguiçosos) e tem coragem.
4. Sê humilde. Até as histórias dos discípulos mais notáveis está impregnada com falhas e
erros. Tu és jovem e cheio de energia e o “corpo” da tua igreja precisa de ti. O “corpo” não é
perfeito, e tu também não. Ouve os sábios homens e as sábias mulheres de Deus, sê
benévolo para com os erros das outras pessoas, aprende com eles e permanece humilde.
5. Por fim, e acima de tudo, deixa-te ser usado pelo Espírito Santo.
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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Não precisas de te comparar com aqueles que julgas serem melhores nisto ou naquilo, porque Deus
concedeu-te um conjunto único de dons espirituais e um propósito que só tu poderás cumprir.
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Quando tinha dezasseis anos, pediram-me para ser o organista da igreja. Fiquei chocado porque
existiam outras pessoas com mais experiência e talento do que eu. Porque é que me escolheram a
mim? Certamente que não foi apenas pelo meu domínio do teclado. Em vez disso, a combinação de
dons, o trabalho com afinco, a fiabilidade, a flexibilidade, compensavam a minha lacuna no talento
musical.
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
Perguntas para discussão:
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a. Partilha com o teu vizinho aquilo que julgas ser um dom espiritual que ele possui.
b. Lê I Coríntios 12 (todo o capítulo). Porque é que Paulo usa todo o capítulo para falar deste tema?
Qual é o seu objectivo?
c. Através de passagens paralelas, apercebemo-nos de que não existe uma lista exclusiva de dons
espirituais. Paulo menciona representativamente algumas das grandes categorias de dons. Se
tivesses que fazer uma lista hoje, que dom espiritual achas que deveria ser incluído?
d. Como é que podes fazer uso dos teus dons?
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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Quarta-feira
Permanecendo em Primeiro Plano
Não sei se o mesmo se passou contigo, mas eu, quando era criança, queria ser famoso. Eu sonhava
ser o melhor guarda-redes de futebol do mundo. Jogar pelo meu país no Campeonato do Mundo,
com milhares de pessoas a olharem enquanto eu corria para a bola, para fazer a derradeira e decisiva
defesa. Nos meus sonhos, eu via este acontecimento decorrer em câmara lenta e ouvia os
espectadores a aplaudirem. Achas que este é um sonho infantil demasiado exagerado e idiota?
Absolutamente. Mas não penso que fosse a única criança a sonhar com a fama. O meu irmão queria
ser um Paganini dos tempos modernos e outros disseram-me que queriam ser presidentes, cientistas
conceituados, actrizes bonitas e autores publicados. Todos nós queremos ser famosos, mesmo que
só um pouco. Apenas para aparecermos na televisão por uns instantes ou vermos os nossos nomes
nos jornais. Gostamos de atenção e do reconhecimento que ela traz consigo.
Mesmo na Bíblia existem personagens que ocupam um lugar de destaque. Eles estão no centro da
cena e por vezes parecemos papparazzi que seguem a sua vida. Abraão, Moisés e David são apenas
alguns dos exemplos, e, com certeza, Pedro encontra-se entre eles. Estou certo de que o pequeno
Pedro também tinha sonhos. Se fosse minimamente parecido com a maioria dos rapazes da
Palestina, ele teria querido ser um Rabi ou um respeitado membro do Sinédrio. Mas, quaisquer que
fossem os seus sonhos, o pequeno Pedro acabou a trabalhar no negócio da família. E aqueles não
foram os piores tempos para os pescadores. A sua cidade – Betsaida – era a capital da pesca daquela
região e o pai de Pedro, Jonas, tinha sociedade com Zebedeu, o pai de Tiago e João (Lucas 5:10). O
negócio estava a correr bem e o trabalho era suficiente para que tivessem de contratar trabalhadores
extra para os ajudar a responder aos pedidos (Marcos 1:20).
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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Sê destemido! Já o livro de Provérbios declara que o justo está “confiado, como o filho do leão”
(Provérbios 28:1). E, para o bem e para o mal, se há algo acerca de Pedro que salta à vista é a sua
audácia. Pedro reage imediatamente à afirmação de Jesus de que os discípulos vão abandoná-l'O,
dizendo: “Eu nunca...!” (Mateus 26:33). E dois versículos mais à frente ele é ainda mais enfático:
“Prefiro morrer!” (Versículo 35). Estas não eram palavras desprovidas de significado. Pedro tinha
intenção de as cumprir. Ele estava disposto a morrer com Jesus quando puxou pela sua espada para
lutar com todo um exército de guardas do templo e de soldados Romanos. E Pedro não foi o único a
fazer esta promessa, já que todos os outros discípulos se juntaram logo a ele (Versículo 35). Mas
Pedro foi o primeiro. Pedro foi o primeiro a anunciar Jesus como Filho de Deus, o primeiro a
criticá-l'O, e o único, para além do próprio Jesus, que alguma vez caminhou sobre a água. Ele fazia
a Jesus as perguntas difíceis que mais ninguém se atrevia e, por vezes, até sugeria o que deveriam
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Contudo, não importa se o negócio era bom ou rentável. A pesca era uma profissão com má
reputação. Cícero, um historiador romano, escreveu: “E as ocupações mais indignas são aquelas que
suprem os nossos prazeres sensuais: vendedores de peixe, açougueiros, cozinheiros, criadores de
aves e pescadores.” (Cícero, Dos Deveres). Ainda assim, Jesus chama este insignificante Pedro para
ser um líder, um pescador de homens. Pedro caminha para um sonho que é maior do que aquilo que
ele podia alguma vez ter imaginado e, através do seu exemplo, podemos aprender o que é
necessário para nos tornarmos líderes no centro da acção. Em Mateus 26:31-75 ficamos a conhecer
as características de Pedro.
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
estar a fazer. Uma coisa é bem clara: Pedro não apenas falava destemidamente como também punha
as suas palavras em prática. Ele andou realmente por cima da água e não se intimidou quando
tentaram prender Jesus. Ele desembainhou a sua espada perante uma legião romana. Depois da
ascensão de Jesus, a coragem de Pedro torna-se ainda mais evidente para os líderes religiosos
Judeus. Isto porque nenhuma ameaça conseguia deter Pedro de pregar acerca do Jesus ressuscitado
(Actos 4:13). Sê forte por Jesus, não apenas com as tuas palavras, mas também com as tuas acções.
Isso é sempre inspirador.
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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Sê humilde! Chegou a hora mais sombria de Pedro. Ele negou Jesus três vezes e apercebeu-se
agora de que as palavras de Jesus, proferidas apenas algumas horas antes, tinham-se tornado uma
realidade. A queda deste líder é tão notória que os quatro evangelhos relatam pormenorizadamente
todos os detalhes desagradáveis da negação de Pedro. Nunca mais na História da humanidade irá
Pedro vivenciar estas horas tão dolorosas. Não há forma de ocultar o seu acto, de o encobrir ou de o
fazer desaparecer. Está ali à vista de todos. Mas Pedro não está sozinho. Ele tem a companhia de
outros líderes ao longo da Bíblia. Abraão referiu-se repetidamente à sua mulher como sendo sua
irmã. David envolveu-se com Batseba e depois matou o seu marido. E até Moisés, o homem mais
humilde à face da Terra (Números 12:3), desobedeceu a Deus quando bateu na rocha, e foi
impedido de entrar na Terra Prometida. Sim, os líderes também são humanos. Eles pecam como
todas as outras pessoas. Por isso: sê humilde! Pedro aprendeu esta lição da forma mais dura. Antes
do famoso cantar do galo, ele estava bem ciente da posição especial que ocupava. Durante a
cerimónia do lava-pés, em vez de incluir os discípulos, Pedro toma uma posição independente. E,
mais tarde, quando proclama que não se irá escandalizar enquanto todos os outros o farão, ele
promete ser ainda mais leal. O orgulho de Pedro conduziu-o à sua queda. Em The Youth's Instructor,
de 5 de Junho de 1902, faz-se uma observação acerca da negação de Cristo por Pedro durante o Seu
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Sê corajoso! “E Pedro o seguiu de longe, até ao pátio do sumo sacerdote e, entrando, assentou-se
entre os criados, para ver o fim.” (Mateus 26:58). Em poucos segundos Pedro vai negar Jesus no
pátio. Mas mesmo aqui Pedro demonstrou possuir uma coragem notável. Ele está confuso acerca de
Jesus. Em vez de lutar contra os que O prendem, Jesus simplesmente segue acompanhando o
traidor. Em vez de realizar um milagre que O salve a Si e aos discípulos, Jesus cura a orelha do
servo. E, para culminar, Jesus repreende Pedro pelo seu valente esforço em defendê-l'O. Pedro não
compreende o que se está a passar nem aquilo que Jesus pretende ou espera dele. Os seus métodos
não parecem estar em sintonia com os métodos de Jesus. O que é que ele deveria fazer agora? E
Pedro tinha prometido: “Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei.”
(Mateus 26:33). No momento em que Jesus foi preso, quase todos os discípulos se dispersaram na
noite escura e apenas dois seguiram Jesus: Pedro e João. João dar-nos-á um testemunho em primeira
mão do julgamento perante o Sinédrio (João 18:15), mas Pedro apenas consegue ter acesso ao pátio.
Aqui, os guardas do templo que prenderam Jesus aguardam novas ordens. Sabemos que a coragem
de Pedro vai desaparecer em poucos minutos devido a três simples questões. Mas ainda assim Pedro
mostrou uma coragem incrível. Ele caminhou precisamente na direcção das chefias daqueles que
tinha acabado de atacar e estou certo de que, ao longo do caminho, ele recitou as palavras que Deus
proferira a Josué, o recentemente declarado líder de Israel: “Esforça-te, e tem bom ânimo; não
pasmes, nem te espantes: porque o Senhor, teu Deus, é contigo, por onde quer que andares.” (Josué
1:9). Seguir Jesus, não somente nos tempos fáceis, mas também nos tempos difíceis, isto é que é
coragem! E isso mostra que Pedro era um líder corajoso.
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
julgamento: “O mesmo mal que levou Pedro à queda, torna-se hoje a ruína de milhares. Nada é tão
ofensivo a Deus nem tão perigoso para o espírito humano como o orgulho e a presunção.”
Durante a semana da paixão, Jesus já tinha resolvido uma atitude semelhante entre Tiago e João.
Eles pediram a Jesus para ocuparem os mais altos lugares no Seu reino. E Jesus dirige-se a todos os
Seus discípulos para lhes ensinar o que significa ser-se um líder: “Bem sabeis que pelos príncipes
dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim
entre vós; mas, todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande, seja vosso serviçal; E, qualquer
que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; Bem como o Filho do homem não veio para
ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” (Mateus 20:25-28)
Liderança redefinida. Jesus redefine radicalmente o conceito de liderança. Na nossa cultura, as
pessoas empenham-se por serem líderes a troco de fama, riqueza, honra ou reconhecimento. Mas
Jesus esclarece: A liderança é um serviço. Não se trata daquilo que podes obter, mas sim do que
podes dar. É um serviço em submissão. Um líder Cristão não exerce poder mas serviço e molda a
sua vida de acordo com o modelo que Jesus estabeleceu. A verdadeira liderança não se encontra na
presunção e no orgulho existentes num pátio repleto de soldados e num galo que canta, mas sim na
humildade em desempenhar a tarefa de um servo, numa sala superior, com uma vasilha e uma
toalha.
A verdadeira liderança não está relacionada com moedas de ouro aqui, mas ruas de ouro lá; não tem
a ver com vida aqui, mas vida eterna lá; não busca a glória aqui, mas coroas de glória lá.
Então, coloca de parte o teu sonho pessoal e completa o sonho de Deus para ti! Deus chama-te a
seres um líder.
Mais acerca da verdadeira liderança... estilo de Jesus.
Restauração de Pedro – ainda um líder.
É o pensador superficial que se julga a si mesmo sábio. Os homens de sólido valor e de
conhecimentos elevados estão, por norma, mais preparados para admitir a fraqueza da sua própria
compreensão. A humildade é a assistente constante da verdadeira sabedoria. (The Youth Instructor, 5
de Junho de 1902)
Ele foi corajoso para proclamar Jesus como sendo o Filho de Deus quando todas as outras pessoas
não tinham bem a certeza acerca de quem era Jesus (Mateus 16:16).
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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a. Que qualidades esperas de um líder que está no centro da acção?
b. Já alguma vez te cruzaste com um líder que admiras?
c. Lê João 10:11-15. Compara esta passagem com Isaías 40:10-11 e Ezequiel 34:1-15. O que é que
estes textos nos dizem acerca do estilo de liderança de Jesus?
d. O que é que estas passagens nos dizem acerca de como deveríamos ou não liderar?
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Perguntas para discussão:
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
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e. De que elemento de liderança o teu grupo de jovens necessita mais? De que forma podes
trabalhar isto?
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
Quinta-feira
Permanecendo em Segundo Plano
A minha namorada tinha terminado comigo. Namorámos durante quase três anos e, um dia, ela
surpreendeu-me: Adeus, ficamos por aqui! Com uma frase apenas, os meus sonhos de um futuro
feliz desfizeram-se em pedaços. O que é que eu faço agora? Como é que vou seguir em frente?
Percebi que precisamos de duas coisas para reconstruirmos a nossa vida: Tempo com Deus e tempo
com bons amigos.
Neste momento difícil, um casal de amigos marcou a diferença na minha vida. Eles possuem o dom
da hospitalidade. Eu era constantemente convidado para ir à sua casa. Na verdade, considerariam
rude da minha parte não os visitar pelo menos duas ou três vezes por semana para jantar ou cear
com eles, sem precisar de os avisar e sempre que precisasse de companhia. No seu pequeno
apartamento, eu tinha a possibilidade de pôr cá para fora todas as inquietudes do meu coração e eles
ouvir-me-iam sem me aconselhar ou culpar. Nada tinha mudado quando eu saía, mas eu sentia
sempre que me tinha libertado de um pesado fardo quando me dirigia para casa. E, claro, no dia em
que me casei, eles lá estavam para partilharem comigo a minha alegria, com a sua filhinha a
percorrer o caminho do altar, espalhando flores como desejos cor-de-rosa.
O seguidor por trás do pano
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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Ele escolhe-te!
No nosso grupo existe um jovem que é especialmente privilegiado: ele é oriundo de uma família
abastada e já viveu vários meses em quase todos os continentes; tem um porte atlético e uma face
cinzelada; terminou o ensino secundário com distinção e já começou a frequentar o curso de
medicina; a nível musical é incrivelmente dotado, tanto como cantor, como pianista e guitarrista; e,
tem uma personalidade divertida e agradável. Não é de admirar que onde quer que vá seja seguido
por uma multidão de raparigas. Mas todos somos diferentes. Deus fez-nos únicos e com os nossos
próprios dons e talentos especiais. Só porque não és o Sr. Perfeito ou a Sra. Beleza, isso não
significa que não sejas necessário ou que não tens valor. Não concedas um segundo pensamento a
essa tentação! Das milhares de possibilidades genéticas de que Deus dispunha, Ele criou-te a ti! Das
milhares de possibilidades que Jesus tinha para desfrutar da eternidade, Ele veio à Terra e morreu
por ti! E das milhares de pessoas a quem Ele podia ter atribuído um propósito único, Ele escolheu-
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Encontramo-nos tão influenciados pela nossa cultura desportiva que consideramos os jogadores no
banco dos suplentes como participantes de segunda classe. Porém, o mesmo não se passa na Igreja
de Cristo. Na realidade, há muitos mais seguidores de bastidores do que discípulos que sobressaem.
Em toda a cena do nascimento de Jesus existem pastores anónimos e homens sábios desconhecidos
que adoram o bebé Messias e que tornam o Seu nascimento conhecido às pessoas do campo e nas
cortes reais. Durante o ministério de Jesus surgiram homens como Zaqueu, Bartimeu, o
endemoninhado genesareno, um grupo de 72 seguidores que anunciaram Jesus de cidade em cidade,
e inúmeros outros que seguiam Jesus, e, tal como estes, até a maioria dos doze discípulos são
obscuros. Mesmo na cruz e junto à tumba ouvimos falar de Salomé, Maria Madalena e Maria, mãe
de Tiago. Todas estas são pessoas que saem das sombras para nos conceder um breve vislumbre dos
acontecimentos e que, logo de seguida, regressam à invisibilidade. E todas elas são heróis da fé.
Então, como é que o conseguiram ser e como é que podes ser um líder nos bastidores?
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
te a ti! Sim, tu tens um propósito especial no plano de Deus e a tua combinação de talentos, dons e
traços de carácter não podem ser comparados ou substituídos pelos de outra pessoa. Em vez de te
lamentares focando-te naquilo que não consegues fazer, volta-te para aquilo com que Deus te dotou
e para as coisas grandiosas que Ele planeou para a tua vida. Não precisas de estar nas luzes da
ribalta. Deus tem um propósito para ti nos bastidores!
Usa o teu dom individual!
Cada talento que colocas ao serviço de Deus é um dom espiritual. Ao longo das páginas das
Escrituras encontramos uma grande variedade de dons não convencionais que nos dão uma visão
rápida acerca da quantidade de dons espirituais que o Espírito Santo outorga. Não pensarias em
tomar conta de crianças como sendo um deles, mas Miriam (Êxodo 2:4, 7-9) contribuiu para o
cumprimento do plano de Deus para Moisés. Depois temos duas costureiras: Ana (I Samuel 2:19) e
Tabita que “estava cheia de boas obras e esmolas que fazia” (Actos 9:36). No momento da sua
morte, um grupo de viúvas testifica do seu cuidado e do seu ministério da fabricação de roupas. A
hospitalidade é ainda hoje uma norma na cultura do Médio Oriente. No entanto, duas mulheres vão
além dos hábitos daquele tempo. A mulher sunamita não só alimenta o profeta Eliseu
constantemente como ainda constrói um anexo na sua casa para que ele pudesse passar ali a noite
confortavelmente sempre que viajasse por aquela parte do país (II Reis 4:8, 10-11). Também no
Novo Testamento, Marta alimenta Jesus e os Seus doze discípulos, um feito incrível se tivermos em
conta que ela não dispunha de água corrente, electricidade ou electrodomésticos (Lucas 10:38-39).
José de Arimateia (Mateus 27:57-60) e Nicodemos (João 19:39) entregaram a sua riqueza; Simão
Cireneu (Marcos 15:21) deu a sua força; os amigos de Daniel tornaram-se seus companheiros de
oração (Daniel 2:17-18) e Rute e a menina escrava de Naamã demonstraram uma fé enorme nas
mais difíceis circunstâncias (Rute 1:16-17, II Reis 5:3). E, depois, Jesus menciona que os que
alimentam os famintos, hospedam os estrangeiros, vestem os nus e visitam os doentes ou os que se
encontram na prisão são verdadeiros exemplos de discípulos (Mateus 25:36-46).
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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Sê intencional.
Quando frequentava o clube de Desbravadores, realizámos vários acampamentos de sobrevivência e
aprendemos a acender uma fogueira sem um fósforo. A forma mais fácil de o fazer era usando um
vidro de aumento ou o fundo curvo de uma garrada de vidro e concentrar os raios solares num
material inflamável, como erva seca ou galhos. Os raios solares por si só são demasiado difusos,
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Se a Bíblia já realça numerosas formas de se servir Deus permanecendo-se nos bastidores, quanto
mais nitidamente podemos fazer evidência disso nos dias de hoje. Deus também te concedeu um
conjunto de dons! Com o aparecimento dos computadores, da Internet e dos Media, e em adição a
todas as outras, surgiram centenas de novas oportunidades para servir. Tenho visto jovens a criarem
blogs, a interagirem com indíviduos que procuram Deus nos foruns da web, a compilarem vídeos
para reflexão ou a envolverem-se em projectos mais tradicionais. Uma das minhas igrejas possuía
um grupo de acolchoamento que preparava colchas para os bebés recém-nascidos na igreja ou para
as pessoas que estavam a enfrentar tempos difíceis. Noutra igreja, três senhoras desenvolviam, uma
vez por semana, um programa extra-escolar para as crianças provenientes de outros países. Há um
sem fim de possibilidades para colocar os dons concedidos por Deus em acção. Ora sobre este
assunto e com certeza que Deus vai abrir portas. Se possível, junta-te a alguém que partilhe contigo
a tua visão. É sempre mais fácil fazer as coisas em conjunto. Então vai e cumpre o propósito de
Deus para a tua vida!
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
mas se os confluirmos conseguiremos atear um fogo. O mesmo acontece com a tua liderança
espiritual. Serás mais eficiente ao acender uma fogueira por Jesus se focares a tua energia. Jesus
criou o modelo ao escolher doze discípulos em vez de cem ou mil. E, destes doze discípulos, Ele
seleccionou três discípulos-chave, fazendo convergir a Sua energia ainda mais especificamente. Ao
fazê-lo, Jesus não menosprezou as pessoas que se encontravam fora do Seu círculo interior; pelo
contrário, Ele incitou os Seus discípulos a prosseguirem com a missão de guiar pessoas a Jesus.
Jesus não era arbitrário, casual ou acidental, mas sim muito intencional e premeditado nas Suas
aproximações.
Seja qual for o teu dom, sê intencional. Não fiques simplesmente à espera que aconteça algo. Faz as
coisas acontecerem. Restringe, aumenta, e foca-te num propósito realista e exequível. De outra
forma, irás substituir o vidro de aumento por uma peneira. Muito provavelmente não vais
solucionar o problema da fome no mundo, mas podes fazer uma grande diferença entre os semabrigo da tua cidade. Estabelece um objectivo para ti próprio, algo como: Tenho o dom da
hospitalidade, então, de vez em quando, vou convidar alguém para jantar, para que essa pessoa
possa ver Jesus através de mim. Ou, tenho o dom da visita, então visitarei aqueles membros que
nunca mais foram à igreja e ouvi-los tal como Jesus faria.
Guiar pessoas a Jesus não é uma questão de quantidade. Não precisas de quebrar o recorde de
quantos folhetos consegues entregar num dia. Em vez disso, foca o teu dom. Não procures o quadro
mais alargado, mas sê intencional na tua liderança. Acende uma luz por Jesus!
Na minha zona, uma igreja com quinze membros, e maioritariamente constituída por crentes idosos,
quis acender uma chama na sua cidade. Estes membros decidiram, então, juntar os seus dons e
concordaram em envolver-se no projecto do refúgio local para os sem-abrigo. No início levaram
bolos enfeitados para o refúgio e preocuparam-se em conhecer as pessoas. Mais tarde convidaram
os sem-abrigo para passeios ocasionais pela Natureza. Encorajados pelo cuidado dos membros da
igreja, alguns deles tentaram reconstruir a sua vida. A igreja arranjou-lhes empregos, restaurou
casas, ajudou a decorá-las e até pagou parte das rendas. Vários indivíduos eram condenados por
crimes passados, mas a igreja não os julgava. Pelo contrário, os membros da igreja iam
semanalmente à prisão visitá-los, escreviam-lhes cartas e enviavam-lhes estudos bíblicos. Surgiram
muitas dificuldades ao longo do caminho, mas, o que começou como actos intencionais de
hospitalidade, tornou-se numa igreja em desenvolvimento. Cada Sábado o número de convidados
era superior ao número de membros. Este acto de hospitalidade intencional inflamou não apenas
uma pequena chama mas uma fogueira em toda a comunidade.
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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“Somos mordomos de Deus e está na nossa mão dizer quanto é que o Senhor pode confiar-nos.
Temos um depósito santo e sagrado. Ser-nos-á concedida tanta responsabilidade quanta
conseguirmos suportar de forma inteligente e de todo o nosso coração. Sobre nós brilhou a luz da
verdade presente, e cada homem, mulher e criança que conhece a verdade deve procurar ser
santificado pela verdade. Cada dom espiritual, cada talento devem ser usados para o avanço do
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Agora é a tua vez. Vais mergulhar na auto-comiseração por causa do que os outros são e tu não és?
Ou estás pronto para cumprir o propósito de Deus para a tua vida? Então, coloca os teus dons em
acção de uma forma intencional. Inflama a tua comunidade para Jesus!
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
trabalho de Deus. O egoísmo não deve ser permitido. Assim seremos canais de luz.” (Review and
Herald, 14 de Novembro de 1899).
Perguntas para discussão:
a. Dá uma nova vista de olhos às profissões de “segundo plano” mencionadas ao longo da leitura.
Porque é que a Bíblia faz menção destas pessoas?
b. Lê Hebreus 13:1-3, 16. Estes versículos são uma explicação do que significa “oferecer a Deus um
louvor agradável” (Hebreus 12:28). De que forma é que a ideia do serviço influencia a nossa
compreensão do louvor a Deus?
c. Se tivesses que escrever uma lista de dons espirituais, que dons acrescentarias à lista de Paulo em
I Coríntios 12?
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d. Que dons é que o teu grupo de jovens possui? Pensa em maneiras de como seres intencional ao
usá-los.
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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Sexta-feira
A Tocha
Cada quatro anos, o maior evento desportivo do mundo tem início com a passagem da tocha
Olímpica por todos os cantos do mundo. A chama acende-se em Olímpia, na Grécia, e, depois, viaja
à volta do mundo a fim de promover a harmonia antes de chegar ao seu destino – a cerimónia de
abertura dos próximos Jogos Olímpicos. Em 2008, a tocha percorreu mais de 137 mil quilómetros
através de todos os continentes, em apenas 129 dias. Sob o lema “Acender a Paixão e Transmitir o
Sonho”, cada um dos 21 880 corredores levou a tocha um pouco para mais perto da impressionante
cerimónia de acendimento da pira que anunciava o início dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008.
Imagina-te a teres de correr 137 mil quilómetros. Isso é mais de três voltas ao redor do mundo! É
absolutamente impossível! Mas 21 880 corredores juntos correm apenas seis quilómetros cada um –
passando a tocha.
Tenho a certeza de que a maioria de nós estaria desejoso de passar a tocha ao corredor seguinte ao
fim de seis quilómetros. Alguns maratonistas são capazes de correr 42 quilómetros, mas até isso
parece pouco quando comparado com os 137 mil quilómetros percorridos pela tocha Olímpica. Não
é difícil percebermos por que razão precisamos de passar a tocha Olímpica.
Infelizmente, nós não vemos as coisas assim tão claramente na nossa vida. E passar um testemunho
de uma mão para a outra é significantemente mais fácil do que transmitir a liderança. Ainda assim,
imagina o que poderíamos fazer se multiplicássemos os nossos esforços, não através de um trabalho
mais intenso, mas através de um maior envolvimento!
A Bíblia está repleta de exemplos de pessoas que passaram a tocha. O sogro de Moisés aconselha-o
a delegar as responsabilidades da liderança sobre homens com competência para tal (Êxodo 18:1327). Mais tarde, Moisés encarrega Josué de assumir a liderança. Elias segue as ordens de Deus e
elege Eliseu como seu sucessor. David intencionalmente escolhe Salomão como herdeiro do reino
em vez dos seus filhos mais velhos, que se encontravam na linha directa de sucessão. No Novo
Testamento, Paulo deposita a sua total confiança em Timóteo, para que ele prossiga com a tarefa de
proclamar as boas-novas. E, claro, ainda temos o exemplo de Jesus. Por duas vezes Jesus envia
pessoas para que anunciem que o reino de Deus chegou. Lucas refere que, primeiramente, Jesus
enviou os doze discípulos para proclamarem e curarem (Lucas 9), apenas para enviar depois um
outro grupo composto por setenta e duas pessoas (Lucas 10). Setenta e duas testemunhas são mais
eficientes do que somente uma a espalhar o evangelho. E até o próprio Deus delega autoridade
sobre outras pessoas.
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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1. Escolher, em espírito de oração, uma pessoa ou um grupo. Lucas relata a noite passada por
Jesus em oração antes de eleger os discípulos (Lucas 6:12). Ele faz questão de mencionar que Jesus
orou em cada momento decisivo da Sua vida e do Seu ministério. O facto de Jesus ter orado toda a
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Jesus sabia que esta experiência seria o campo de treino dos doze discípulos para os preparar para a
proclamação do evangelho após a Sua ascensão. O modelo de delegação de Jesus ainda é relevante
nos dias de hoje. Podemos imitar o Seu modelo efectuando os seguintes passos:
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
noite antes de escolher os doze discípulos enfatiza ainda mais a Sua atitude. Quando procurava um
sucessor, Moisés também orou: “O Senhor, Deus dos espíritos de toda a carne, ponha um homem
sobre esta congregação, que saia diante deles, e que entre diante deles, e que os faça sair, e que os
faça entrar; para que a congregação do Senhor não seja como ovelhas que não têm pastor.”
(Números 27:16-17). Em resposta a esta oração, Deus disse a Moisés: “ Toma para ti a Josué, filho
de Nun, homem em quem há o espírito, e põe a tua mão sobre ele.” (Números 27:18). Deus vai
também guiar-te para que encontres a pessoa certa que prossiga com a tarefa de carregar a tocha.
2. Transmite o que sabes. Jesus ensinava as pessoas onde quer que fosse. Ele fê-lo na Sinagoga,
nas montanhas, nos campos, nas praças das cidades, nas casas e até junto a um poço. Mas, muito
especialmente, Ele dispendia tempo a instruir os Seus seguidores mais próximos. Ao caminharem
pelos campos, Jesus dar-lhes-ia um pequeno vislumbre do Céu. E era tudo isto que eles estavam
comissionados a proclamar nas suas viagens missionárias. Jesus chega mesmo a dar-lhes uma
instrução específica quando se dirigem às vilas e cidades para ensinar as pessoas: “de graça
recebestes, de graça dai.” (Mateus 10:8). Não somos detentores dos direitos de autor da Bíblia, e já
que Deus é o autor de toda a sabedoria (Provérbios 1:7), Ele detém até os direitos dos nossos
pensamentos. Ele quer que tu partilhes com os outros a luz que te concedeu a ti. Não permitas que
os outros te passem à frente; pelo contrário, acende as velas das outras pessoas com a tua chama.
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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Cresci numa igreja que levava a sério a ideia de passar a tocha. Não creio que alguma vez o meu
avô tenha lido um livro sobre liderança, mas ele sabia como fazer os outros envolverem-se. Como
primeiro ancião de uma grande igreja, o meu avô escolheu um jovem responsável como seu
assistente e, durante os vários anos que se seguiram, ele conferiu cada vez mais responsabilidade a
este jovem líder. E quando ele se aposentou, a igreja tinha já ao seu dispor um líder muito bem
treinado. Este, por sua vez, seguiu o mesmo método e preparou vários jovens e cada um deles,
agora treinado, preparado e enriquecido pela experiência, abriu novas igrejas na área.
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3. Delega uma tarefa importante. Não haverá muitas pessoas a ver como seu o ministério que
estão a executar e nem se desenvolverão se lhes entregares tarefas insignificantes. Jesus sabe disto.
Ele envia os discípulos com a mais grandiosa mensagem e o mais impressionante emblema de
“poder e autoridade” para actuarem sobretudo sobre os demónios e os enfermos (Lucas 9:1). O
nosso objectivo deverá ser treinar outros líderes e não secretários. Alguns líderes esquecem-se do
seu propósito e contentam-se com escravos ou robôs, mas não é isso que significa verdadeiramente
o processo da multiplicação. Já deves ter reparado que tropeças nos desafios à medida que eles
surgem. O mesmo acontece com as pessoas que pretendes liderar. Estabelece uma missão que vá ao
encontro da variedade de dons que o indivíduo ou o grupo possui. Inicia o processo demonstrando
de que forma irias realizar essa tarefa. Depois completem-na juntos. À terceira vez a pessoa já terá
ganho experiência e confiança. Deixa-os avançar e apoia-os sempre que necessitarem da tua ajuda.
Por fim, delega a responsabilidade total do projecto sobre eles. Agora já estão aptos a prosseguir
sozinhos. Como deves ter-te apercebido, este processo requere um compromisso por parte de todas
as pessoas envolvidas. Por vezes, ele surge automaticamente; outras vezes, porém, é preciso um
esforço mais consciencioso para se acompanharem os novos recrutas. Moisés dá o exemplo ao
preparar Josué para as mais grandiosas missões de todos os tempos, incumbindo-o de algumas
tarefas de importância significativa antes de depositar toda a responsabilidade sobre ele (Números
27:19-21). E os apóstolos seguem o modelo, pois escolhem sete diáconos para que se ocupem das
necessidades físicas da comunidade. Entre eles encontram-se Estêvão e Filipe (Actos 6:1-5).
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4. Avalia e Regozija-te. “E, regressando os apóstolos, contaram-lhe tudo o que tinham feito. E,
tomando-os consigo, retirou-se para um lugar deserto de uma cidade chamada Betsaida.” (Lucas
9:10). Jesus reservava tempo para estar sozinho com os discípulos. Com certeza que Jesus podia ter
dispendido o Seu tempo com muitas outras tarefas importantes, mas retirar-se com os Seus
discípulos para Se inteirar das suas experiências era uma prioridade máxima. “A sua intimidade
com Ele animava-os a expor-Lhe as experiências favoráveis e desfavoráveis, a sua alegria ao ver os
resultados do seu trabalho, e a sua tristeza face aos fracassos, faltas e fraquezas as sua parte.” (O
Desejado de Todas as Nações, página 297, Pservir). Tira um fim-de-semana e junta-te com os teus
líderes. Reservem tempo para criarem uma harmonia, para se encorajarem e para se ouvirem uns
aos outros. É essencial que se faça uma avaliação honesta neste processo de aprendizagem. Tal
permite que vejamos os nossos erros e que, com o auxílio de uns e outros, encontremos formas de
os solucionar.
5. Deixa-os ir. Se cumpriste todos estes passos fielmente, então afastaste-te gradualmente e levaste
outros a assumir a tua função. Começaste por fazer tudo por ti próprio e pouco a pouco delegaste as
tuas funções a novos líderes. Este é o momento certo para os deixares ir e seguires em frente.
Correste os teus seis quilómetros e agora passaste a tocha que tens vindo a carregar a um corredor
novo. Confia nos líderes que escolheste e na forma como os preparaste e acredita que Deus está a
guiá-los, tal como fez contigo. Agora estás livre para te envolveres noutra missão. Retiraste-te de
um projecto ao passar a tocha e trabalhaste no sentido de expandir o Evangelho. Nem sempre é fácil
fazê-lo e passar do respeitado líder para a figura nas sombras, mas é uma atitude necessária à
evolução dos novos líderes e permite que te multipliques numa outra área.
É quase como a corrida de estafetas dos 4x100 metros, uma modalidade Olímpica que parece criada
para os atletas dos Estados Unidos da América. Esta modalidade foi adicionada ao programa
Olímpico nos Jogos de 1912. Desde então, a Equipa Norte-Americana venceu todas as corridas
eliminatórias que a colocava nas finais, à excepção de uma, e ganhou quinze medalhas de ouro, uma
de prata e uma de bronze. Nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, este recorde imaculado foi
quebrado. Tudo estava a correr como o previsto para o primeiro, o segundo e o terceiro corredores.
A equipa estava bem à frente de todos os outros participantes e preparava-se para vencer a corrida.
Contudo, a passagem do testemunho entre Tyson Gay e Darvis Patton correu mal. Patton entregou o
testemunho e Tyson Gay tocou-o, mas, quando fechou a mão, apenas apertou o vazio. A corrida
acabou quando o testemunho caiu no chão.
Na nossa corrida Cristã, permitamo-nos correr a boa corrida e passar a tocha!
Perguntas para discussão:
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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b. Em todas as igrejas, as transicções/mudanças na liderança efectuam-se de acordo com uma base
regular. Partilha o que pensas sobre o que correu bem ou menos bem nas mudanças ocorridas na tua
igreja.
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a. Já alguma vez foste incumbido de realizar uma tarefa na tua família, igreja ou grupo de jovens?
Como é que isso te faz sentir?
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c. Lê Números 27:15-23 e Êxodo 18:13-27. O que é que Moisés nos diz acerca do acto de delegar?
d. De que forma está Deus envolvido no processo de delegação?
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e. Como é que podes tornar-te um factor de expansão/multiplicação na zona onde vives?
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
Segundo Sábado
Capacitado pelo Espírito
Por natureza, eu não me arrisco. Eu sou mais o tipo de pessoa que esconde todas as suas poucas
economias numa meia debaixo do colchão. Por isso, quando um amigo me pediu para saltar de uma
prancha com 10 metros de altura na piscina local, eu rejeitei delicadamente. Tal envolvia
demasiados riscos e eu sabia muito bem o quanto doía cair de chapa de uma prancha com apenas
um metro. E os seus comentários sobre ser um pieguinhas não me importavam assim tanto.
Contudo, a proposta que me fez pareceu-me interessante: “Simplesmente olha lá para baixo. Não
tens de saltar.” Assim, subi à torre, até à altura vertiginosa de um edifíco com três andares. Tive
receio de que ele me empurrasse, por isso deixei-o saltar primeiro. Depois, avancei até à ponta da
prancha e avistei a profundidade. A agitação provocada pelo seu salto tinha amainado e a água
estava tão calma que olhei directamente através dela para o fundo da piscina – mais sete metros!
Isso era quase o mesmo que um prédio de seis andares! Instantaneamente, decidi pôr-me em
segurança, descendo as escadas. Infelizmente, e sem o meu conhecimento, o nadador-salvador tinha
interdito o acesso às escadas logo após termos subido. Só havia agora uma forma de descer – a
forma assustadora. Eu avancei em bicos dos pés, e já com eles a balançar na beira da prancha, dei
mais um passo.
Ao longo desta semana de oração vimos como Deus quer conduzir-te até ao próximo nível da tua
viagem espiritual. Logo no início da sua caminhada juntos, Jesus incita os Seus discípulos a serem
mais do que simples seguidores. Este é um chamado à liderança. Trata-se de uma missão, tanto para
os discípulos que se encontram nos bastidores, como para os que estão sob as luzes da ribalta. A
liderança que Jesus reclama é uma que conduza as pessoas ao Reino de Deus. Foi com este
propósito que Ele te dotou com a tua personalidade, as tuas capacidades naturais e com talentos e
todos podem transformar-se em dons espirituais se os colocarmos ao serviço de Deus. O ideal de
Deus é que os nossos esforços se multipliquem. Os bons líderes delegam as tarefas por que eram
responsáveis sobre outros, levando-os a liderar. Aprender. Agir. Ensinar!
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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No evangelho de João, ficamos a conhecer as instruções finais concedidas por Jesus aos discípulos,
antes de um grupo de guardas e soldados enfurecidos O levarem perante o Sinédrio, para, por fim,
ser morto. Neste discurso melancólico, Jesus encoraja os discípulos para o futuro. Ele conforta-os
com a esperança da vida eterna (João 14:1-5). Reafirma que nas horas que estão para vir o Pai não
O vai abandonar, embora os discípulos o façam (João 16:31-33). Mas, mais importante ainda, Jesus
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Se já alguma vez existiu uma tarefa intimidante, esta é essa tarefa. Deus deposita aos nossos pés um
desafio enorme: colaborar com Ele na salvação daqueles que nos rodeiam e que necessitam de um
Salvador. Estás disposto a isso? Os discípulos após a ressurreição tinham razão. Eles tentaram
esconder-se num compartimento trancado e até regressaram às suas antigas profissões. É uma tarefa
demasiado grandiosa para nós. “Ide, ensinai todas as nações” (Mateus 28:19) é uma ordem que
excede as qualificações que nós, seguidores pecadores, possuímos e a influência que alguma vez
poderíamos exercer sobre as pessoas. Na realidade, Deus não coloca diante de nós tarefas
exequíveis que conseguimos realizar simplesmente arregaçando as mangas e decidindo fazê-las.
Não, Deus coloca diante de nós tarefas extraordinárias que apenas podem ser cumpridas se formos
capacitados pelo Seu Espírito.
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
Tema: Liderança Título: Aprender! Agir! Ensinar! Autor: Eike Mueller
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Mas o Espírito Santo não se encontra activo apenas em nós: “cada um os (apóstolos) ouvia falar na
sua própria língua” (Actos 2:6). O dom do Espírito Santo durante o Pentecostes é tanto um milagre
a nível do discurso, como da audição. O que quer que as ondas aéreas tenham transmitido, o que os
ouvintes escutaram foi a sua língua materna. Muito embora não tenham caído chamas visíveis sobre
a audiência, o Espírito Santo está a trabalhar neles também. Ao assumir a forma humana, Jesus
limitou-Se a Si próprio a estar apenas num dos lados da conversa, enquanto que o Espírito Santo, de
uma forma milagrosa, interage com ambos os lados: o orador e o ouvinte, o líder e o seguidor. Isto
explica a razão por que Jesus considerava a sua partida como sendo uma benção para os Seus
seguidores. Para qualquer pescador de homens, o Espírito Santo é o Agente que trabalha no coração
do ouvinte. Agora, todas as palavras de Jesus fazem sentido. Por um lado, Jesus disse: “quando ele
vier, convencerá o mundo” (João 16:8), e, por outro lado, acrescentou que “aquele Espírito de
verdade, ele vos guiará em toda a verdade” (João 16:13). Não penses nem sequer por um momento
que estás sozinho no cumprimento da missão de Deus. Isto porque o Espírito Santo prepara e
convence a nossa audiência, comunica a mensagem de Deus através de nós diante dos tribunais
(Marcos 13:11) e até transforma as nossas orações antes de chegarem a Deus (Romanos 8:26). Se o
Espírito Santo nos guia e prepara os outros: O que temos a temer? Não precisamos de realizar o
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fala aos Seus discípulos sobre o Consolador que virá no Seu lugar (João 14:16, 17; 26, 27).
“Todavia, digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não
virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei” (João 16:7). Tenho a certeza de que os discípulos ficaram
confusos com esta afirmação. Consigo ouvi-los a argumentar com Jesus: Não, não é nada bom que
vás embora. E, mesmo hoje, a maioria sentir-se-ia feliz por ter Jesus entre nós fisicamente. Então,
de que forma é que a ausência de Jesus pode ser boa? Jesus parece antecipar esta pergunta e explica:
O Espírito Santo só poderá recair sobre os discípulos se Jesus Se ausentar. Embora se tenham
debatido com as implicações deste acontecimento, certamente que os discípulos compreenderam a
importância do trabalho do Espírito Santo no Pentecostes. A sua questão durante as suas reuniões
era a mesma que a nossa: Como pode uma mão cheia de seguidores cumprir a missão de ser Suas
“testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra”?
(Actos 1:8). A resposta da altura, que prevalece ainda hoje, é a capacitação através da acção do
Espírito Santo. Após a manifestação visível da presença do Espírito Santo, os apóstolos
“começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (Actos
2:4). O Espírito Santo realizou um milagre incrível na vida dos apóstolos e com certeza em muitos
outros aspectos que não somente o discurso. Os tímidos e receosos discípulos tornaram-se
evangelistas destemidos e corajosos quase que instantaneamente. O auto-consciente Pedro no pátio
dos doutores da lei dirige-se agora à tribuna e prega com toda a convicção. Este poder
transformador do Espírito Santo não é restrito aos onze discípulos de Jesus mas, de igual maneira,
está acessível também a nós. Claro que todos compreendemos que Deus usou uma manifestação
muito dramática, rara e visível do Seu Espírito aquando do nascimento da primeira igreja Cristã da
História. Isso, sem qualquer dúvida, serviu para mostrar a toda a gente em Jerusalém, que embora
Jesus tenha morrido, Ele não estava morto e que o Seu Espírito estava a guiar aquele grupo de
crentes. O poder transformador do Espírito Santo naquela altura, e agora, não transforma
necessariamente a nossa personalidade. Pedro era corajoso e destemido antes do derramamento do
Espírito Santo e continuou assim depois. De igual forma nós – independentemente de quem sejamos
e dos talentos de que somos detentores – seremos cheios pelo Espírito Santo a fim de usarmos os
nossos dons espirituais de uma forma eficiente e corajosa. E tudo isto com o objectivo de guiarmos
pessoas até Jesus.
Semana de Oração de Jovens Adventistas 2010
impossível; precisamos apenas de estar dispostos a avançar pela fé. Os actos dos apóstolos são, por
isso, os actos do Espírito Santo. A tarefa impossível é agora relativamente fácil, nunca devido à
nossa própria acção, mas sempre porque permitimos que o Espírito Santo dirija a nossa vida. Será
que isso significa que podemos recostar-nos, fazer uma pausa na “aprendizagem”, abortar a “acção”
e pôr de lado o “ensino” de que falámos anteriormente? Não! Deus está à procura de trabalhadores
na Sua colheita, não de preguiçosos. Pelo contrário, isso significa que procuramos estar
intimamente conectados com o Espírito Santo, de forma a que Ele possa usar-nos como pescadores
de homens eficientes e guias para o reino eterno.
Assim, todos nos encontramos no cimo daquela torre de dez metros, com receio de efectuar aquele
salto perigoso. Os nossos dedos dos pés contorcem-se no rebordo da prancha enquanto
consideramos outras opções. Não há outro caminho que não nos faça desistir de Deus. Ouvimos,
então, as vozes daqueles que saltaram antes de nós, incentivando-nos a confiar e a dar o passo
seguinte. Nós ganhamos coragem, antecipamos aquela descida íngreme e damos o passo. Estamos a
cair! Mas, depois, e apenas alguns metros após o início da nossa descida, a sensação impetuosa de
estarmos a cair abruptamente termina. Ali, invisível aos nossos olhos, a mão de Deus está estendida
para nos apanhar, para nos carregar, para seguir em frente juntamente connosco. Agora estamos
prontos. Prontos para ir a locais nunca imaginados e para falar com pessoas com quem nunca
pensámos falar. Agora estamos prontos para aprender, agir e ensinar!
“A influência do Espírito Santo é a vida de Cristo na alma. Agora não vemos Cristo, nem falamos
com Ele, mas o Seu Espírito está tão perto de nós seja em que lugar for. Ele opera naqueles e
através daqueles que recebem Cristo. Os que experimentam em si essa habitação do Espírito
revelam os frutos do Espírito – amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé.” “E
vós tendes a unção do Santo”, escreve João, “e sabeis tudo. … Não vos escrevi porque não soubésseis
a verdade, mas porque a sabeis e porque nenhuma mentira vem da verdade. … Portanto, o que desde o
princípio ouvistes, permaneça em vós. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também
permanecereis no Filho e no Pai” (I João 2: 20, 21, 24). (The Home Missionary, 1 de Julho, 1897).
Perguntas para discussão:
a. Até o homem mais destemido tem medo de algo. Do que é que tu tens medo?
b. Alguns medos são triviais, outros são inultrapassáveis. Como é que podemos estar seguros de que
Deus é maior que o nosso medo?
c. O livro de Actos está repleto de exemplos de pessoas sobre quem desceu o Espírito Santo. De que
forma está o Espírito Santo activo na tua vida?
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e. Como é que podes estar mais atento aos estímulos do Espírito Santo na tua vida?
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d. Faz uma pesquisa numa Concordância Bíblica e procura referências sobre o Espírito Santo. Que
palavras estão relacionadas com o trabalho do Espírito Santo?
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