Dia do Hidrógrafo 28 de Setembro MEDALHA PRÍNCIPE ALBERT I XVIII Conferência Hidrográfica Internacional, realizada em Monte Carlo - Mônaco, a Capitão-de-Fragata (T) Izabel King Jeck e o Capitão-de-Corveta Aluízio Maciel de Oliveira foram agraciados com a Medalha Príncipe Albert I de Mônaco. pág 06 Editorial com grande satisfação que a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) apresenta a 1ª Edição do periódico “Informativo da DHN”. A proposta desse veículo é capilarizar a divulgação das atividades desenvolvidas no âmbito desta Diretoria junto ao público interno, às diversas entidades de pesquisas, instituições acadêmicas, ao setor privado e à toda Comunidade Marítima, potencialmente parceiras e colaboradoras em projetos. Vislumbra-se, assim, a consolidação de ações cooperativas, no presente, entre os diversos órgãos, e a construção de um futuro científico, que continue a afiançar o padrão de excelência e o estado da arte nos projetos desenvolvidos no país, afetos à Hidrografia, Meteorologia, Navegação, Cartografia, Oceanografia e Sinalização Náutica. O lançamento do Informativo, que terá periodicidade quadrimestral, coincide ainda com as comemorações alusivas ao Dia do Hidrógrafo, 28 de setembro, É data na qual reverenci- elevado padrão de respeitabiliam-se os feitos do dade e de reconhecimento junto Capitão-de-Fragata aos organismos internacionais e à Manoel Vital de Oliveira comunidade marítima. – Patrono da Hidrogra- Além disso, mostramos a Comisfia Brasileira, de outros são “Oceano Leste III”, realizada ilustres hidrógrafos do pelo Navio Oceanográfico passado que também Antares, de 29 de maio a 20 de contribuíram com a julho, na qual concluiu, com formação do Serviço sucesso, inúmeras atividades Hidrográfico Brasileiro, bem como afetas à Hidroceanografia e à de homens e mulheres, que Meteorologia; a biografia de um labutam no presente, a fim de ilustre Hidrógrafo, o Almirante-dehonrarem e dignificarem o Esquadra Maximiano Eduardo da esforço, o legado e os exemplos Silva Fonseca, com suas principais de desprendimento, profissiona- contribuíções para a Hidrografia; lismo, dedicação ao serviço e a “Hidrografia do Amanhã”, com amor à Pátria deixados por esses informações sobre o Serviço de Hidrógrafos precursores. Tráfego de Embarcações; um A matéria de capa faz referência “flash” do cotidiano do Compleao “Dia do Hidrógrafo”, à sua xo Naval da Ponta da Armação, importância e aos desafios, local onde localiza-se a DHN; e as perspectivas e responsabidades atividades da Confraria do “Bode a serem experimentadas por Verde”. todos nós nos anos vindouros. Por fim, crendo que este periódiO periódico apresenta, ainda, a co irá robustecer o espírito participação de representantes cooperativo entre as diversas da MB em eventos e no colegia- instituições dessa área do conhedo de organismos internacionais, cimento e a Marinha do Brasil, com destaques à premiação de parabenizo aqueles que colabodois oficiais do Centro de Hidro- raram com a concretização grafia da Marinha durante a desse projeto e desejo a todos cerimônia de abertura da XVIII uma leitura agradável e elucidaConferência Hidrogáfica Interna- tiva. cional, em Monte Carlo – Môna“Restará sempre muito o que co, e à eleição de um oficial da fazer!” DHN como Perito para a Comissão de Limites da Plataforma Marcos Nunes de Miranda Continental das Organizações Vice-Almirante das Nações Unidas, fatos que Diretor de Hidrografia e Navegação demonstram, de forma notória, o “O farol da Ilha Rasa, Faróis do Brasil inaugurado em 31 de Julho de 1829 no litoral da cidade do Rio de Janeiro - RJ, sempre foi uma questão prioritária. Hoje, além do farol, Ilha Rasa 2 funciona uma estação meteorológica da Marinha do Brasil.” Hidrografia do Amanhã Serviço de Tráfego de Embarcações (VTS) S erviço de Tráfego de Embarcações (VTS) é um auxílio eletrônico à navegação, com capacidade de prover monitorização ativa do tráfego aquaviário, cujo propósito é ampliar a segurança da vida humana no mar, a segurança da navegação e a proteção ao meio ambiente nas áreas em que haja intensa movimentação de embarcações ou risco de acidente de grandes proporções. O serviço é composto normalmente de Automatic Identification System (AIS), conjunto de radares, comunicação em VHF, circuito fechado de TV e de um sistema que integra e disponibiliza as informações necessárias ao operador de VTS em um centro de operações, de onde são monitoradas as condições de navegabilidade na área do porto e deslocamento das embarcações. Informativo da DHN O VTS surgiu após a Segunda Guerra Mundial, em função do aumento do comércio marítimo entre as nações e a consequente ampliação do movimento nos portos e terminais, quando se percebeu que os auxílios à navegação audiovisuais de curto alcance não eram suficientes para permitir a total utilização das facilidades dos portos, sob todas as condições de visibilidade e densidade de tráfego. Os atrasos gerados pelas condições ambientais adversas e os congestionamentos no tráfego de navios representavam sérios problemas às operações dos portos e terminais com consequências em outros modais de transporte. Nesse sentido, iniciou-se na Europa a instalação de um sistema radar com fins exclusivos de controle do tráfego (VTS), que foi rapidamente adota- do por diversos portos e terminais daquele continente. A esse sistema básico foram acrescidos outros módulos e, fruto dessa evolução tecnológica, surgiram os conceitos de “Sistema de Gerenciamento do T r á f e g o d e Embarcações” (VTMS) e “Sistema de Gerenciamento e Informação do Tráfego de Embarcações” (VTMIS), de forma a prover alguma diferenciação entre os antigos VTS e os modernos sistemas com base informatizada. Atualmente, passado o período de modernização, tal diferenciação não é mais necessária e os conceitos se confundem, como nos modelos a serem adotados nos VTS que serão implantados futuramente no Brasil, chamados de VTMIS e com recursos que “O VTS surgiu após a Segunda Guerra Mundial.” permitirão o compartilhamento das informações com agências interessadas na operação do porto (Autoridades Portuárias, Polícia Federal, Receita Federal etc). A adoção do serviço depende unicamente das Autoridades Portuárias e Operadores Portuários de Terminal, devendo ser implementada em função ANO 1 • Nº 1 • Edição Quadrimestral 3 Hidrografia do Amanhã do movimento de embarcações nos portos e terminais. Algumas Autoridades Portuárias tiveram a iniciativa de usar isoladamente sensores e recursos para atenderem as suas necessidades de monitoramento e controle. Tais iniciativas, embora positivas, passaram a ser erradamente chamadas de VTS, uma vez que não atendem às normas que regem internacionalmente o sistema, mas que podem ser considerados como embriões do serviço no Brasil. A International Association of Marine Aids to Navigation and Lighthouse Authorities (IALA), organização internacional vinculada à International Maritime Organization (IMO), é a responsável técnica pelo provimento dos requisitos de funcionamento do serviço. No Brasil, cabe à Marinha do Brasil, através do Centro de Sinalização Náutica Almirante Moraes Rego (CAMR), subordinado à Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), a responsabilidade técnica em autorizar, licenciar e inspecionar a operação dos VTS. Para isso foi publicado em 2009 um conjunto de regras, que constituem as “Normas da Autoridade Marítima para o Serviço de Tráfego de Embarcações” (NORMAM-26). Para a implantação de um VTS é necessário que a Autoridade Portuária proponente envie um projeto para aprovação do CAMR, solicitando a licença para implantar o serviço. Após análise e concessão da autorização para implantação, o proponente adotará as providências necessárias para aquisição dos equipamentos e contratação de pessoal qualificado para operação do serviço, contactando a Marinha quando as instalações e sistemas estiverem prontos para entrar em funcionamento. Nessa fase, a Marinha realizará vistoria e testes visando aferir a eficiência dos serviços que serão prestados ao navegante e emitirá a consequente licença para operação. Até a presente data, a Marinha do Brasil recebeu e analisou os projetos para implantação do VTS nos portos de Santos e Rio Grande, sendo que apenas Santos possui a autorização para implantação do VTS. No caso do projeto do porto de Rio Grande, este foi aprovado com algumas pendências que deverão ser solucionadas por aquela Autoridade Portuária Visite o Complexo Naval Ponta da Armação O Espaço da Memória Histórica da Diretoria de Hidrografia e Navegação, localizado em Niterói, no Rio de Janeiro, pertence a um patrimônio arquitetônico construído entre os anos de 1644 e 1666, em pleno período do Brasil Colônia. É neste Espaço que se guardam registros referentes à saga histórica da Hidrografia brasileira, como: maquetes, fotos, documentos, entre outros, compreendendo a evolução da Cartografia Náutica, da Oceanografia, da Meteorologia, da Segurança da Navegação, da Sinalização Náutica e da Pesquisa Científica na Antártica. O Espaço da Memória Histórica da DHN é aberto a visitações públicas gratuitas, que deverão ser agendadas pelo telefone (21) 2189-3387 ou pelo e-mail [email protected] 4 Capa H á 183 anos, mais exatamente no dia 28 de setembro, nascia, no Recife, o Patrono da Hidrografia brasileira, o Capitão-de-Fragata Manuel Antonio Vital de Oliveira, um dos nomes mais significativos de nossa História Naval. É tradição de todas as Marinhas lembrar daqueles que se notabilizaram por ações meritórias e virtudes cívicomilitares. Por isso, o Comandante Vital de Oliveira, hidrógrafo dedicado, é merecedor de uma justa homenagem, pois se destacou desde quando ingressou na Marinha em 1843. Nos anos de 1857 a 1862 realizou o primeiro levantamento hidrográfico brasileiro entre a Foz do Rio São Francisco e a Foz do Rio Mossoró. No comando do Iate “Paraibano”, explorou o litoral do Nordeste desde o Rio Grande do Norte até Alagoas, numa extensão de mais de 400 milhas, que resultou na confecção de cartas náuticas, consideradas um dos mais perfeitos trabalhos de Hidrografia. O ilustre hidrógrafo se engajou, com patriotismo, nas operações de guerra e, dentro da mais genuína tradição de honra militar, tombou mortalmente ferido em combate, no comando do Couraçado Silvado, durante o bombardeio à Fortaleza de Curupaiti, em 2 de fevereiro de 1867. É definitivamente marcante, nos dias de hoje, a integração dos trabalhos de hidrografia às atividades da Marinha do Brasil. Os levantamentos realizados por nossos oficiais, naquela época, especialmente na segunda metade do século XIX, constituem a estrutura básica das realizações hidrográficas que atingem o presente e projetam-se Informativo da DHN DIA DO HIDRÓGRAFO 28 de Setembro para o futuro Em 1933, foi inaugurado o primeiro curso de Hidrografia. A partir daí, a Hidrografia passava a ser executada por oficiais formados na área técnica, permitindo uma ação coordenada e constante no sentido de favorecer o País de um moderno sistema de cartas náuticas. Com o empenho das várias gerações de hidrógrafos, resultou o que é hoje, a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), localizada na Ponta da Armação, em Niterói (RJ), que dispõe de modernos equipamentos e presta serviços principalmente nas áreas de Meteorologia, Cartografia, Sinalização Náutica, Oceanografia, Hidrografia e Navegação. Criada pelo Decreto Imperial n. 6113, de 02 de fevereiro de 1876, sob a denominação de Repartição Hidrográfica e sob a direção do Capitão-deFragata Antonio Luiz Von Hoonholtz, Barão de Teffé, iniciou-se a gloriosa trajetória de contribuições da atual DHN para o desenvolvimento da Marinha e do País. Este resumo histórico da Hidrografia Brasileira ressalta a importância do HOMEM nas realizações das tarefas desenvolvidas por esta Organização Militar. São militares e servidores civis, que executam os serviços como coleta de dados oceanográficos, previsões meteorológicas, cartas náuticas das áreas sob sua jurisdição, avisos meteorológicos e sinalização náutica. Coordenam e desenvolvem pesquisas hidroceanográficas e meteorológicas de maneira autônoma ou em parceria com instituições públicas e privadas. Ao exemplo do passado, o hidrógrafo de hoje busca o estado da arte no contínuo aperfeiçoamento técnicoprofissional, sabendo entender claramente o significado do nosso lema “Restará sempre muito o que fazer...” Sendo assim, a Hidrografia, voltada para o apoio às Operações Navais e contribuindo para o desenvolvimento nacional, tem sempre presente, no cumprimento de sua missão, o exemplo de entusiasmo, de abnegação e heroísmo de seu patrono Vital de Oliveira que personificou integralmente o espírito hidrográfico que comemoramos no dia 28 de setembro ANO 1 • Nº 1 • Edição Quadrimestral 5 Artigos OFICIAIS DA DIRETORIA DE HIDROGRAFIA E NAVEGAÇÃO SÃO AGRACIADOS COM A MEDALHA PRÍNCIPE ALBERT I DE MÔNACO E m 23 de abril, na cerimônia de abertura da XVIII Conferência Hidrográfica Internacional, realizada em Monte Carlo - Mônaco, a Capitãode-Fragata (T) Izabel King Jeck e o Capitão-de- Corveta Aluízio Maciel de Oliveira, foram agraciados com a Medalha Príncipe Albert I de Mônaco, pela publicação do artigo "Multibeam Processing for Nautical Charts". O artigo, publicado em 2009 na Revista Hidrográfica Internacional, foi escolhido pelos estados membros da Organização Hidrográfica Internacional (OHI) como o melhor artigo publicado naquela revista, no período de 5 anos, compreendido entre 2007 e 2011. As medalhas foram entregues pelo Príncipe Albert II e o artigo está disponível na página: http://www.iho-ohi.net/mtg_docs/IHReview/2009/November/Article5.pdf OFICIAL DA DHN É ELEITO PERITO PARA A COMISSÃO DE LIMITES DA PLATAFORMA CONTINENTAL DA ONU N o dia 16 de junho de 2012, o ContraAlmirante (RM1) Jair Alberto Ribas Marques, Assessor para o Levantamento da Plataforma Continental (LEPLAC) da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), foi eleito como Perito da Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) da ONU, por um período de 5 anos, tomando posse no dia 30 de julho de 2012. A Eleição ocorreu na XXII Reunião dos Estados Unidos Partes, da 6 Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), realizada na Cidade de Nova Iorque. O Almirante Ribas obteve 155 votos dos 158 votantes, sendo a primeira vez que o País alcançou o 1º lugar dentro do Grupo da América Latina e do Caribe - GRULAC. Foram eleitos 20 peritos dos diversos grupos regionais, faltando somente a elei- ção de um perito do Leste Europeu, que não apresentou candidatos. Recortes da História Maximiano Eduardo da Silva Fonseca Almirante-de-Esquadra N asceu em São José das Tabuas, Estado do Rio de Janeiro, em 06 de novembro de 1919 e faleceu, no Rio de Janeiro, em 03 de abril de 1998. Tendo cursado a Escola Naval entre 1937 e 1941, durante o curso mostrou especial entusiasmo pelas matérias ligadas a navegação, instrumentos náuticos e hidrografia. Dessa forma foi natural a escolha da sua especialidade: a Hidrografia. Em 1952, na Amazônia, ainda sem dispor de equipamentos eletrônicos de posicionamento, o então Capitão-Tenente Maximiano realizou admiráveis trabalhos como Comandante do Navio Hidrográfico Rio Branco, chefiando a comissão que executou o levantamento hidrográfico e produziu as Cartas Náuticas que permitiram a abertura do Canal Norte do Amazonas a navios de grande porte. Posteriormente teve decisiva participação na escolha no equipamento de posicionamento Raydist, o qual, a partir de 1955, acelerou substancialmente a execução do Plano Cartográfico Brasileiro. Recebeu, em 1958, como Imediato, o Navio Hidrográfico Sírius, construído no Japão. Informativo da DHN Em setembro do mesmo ano, assumiu o Comando do Navio, no qual voltou a realizar levantamento na Barra Norte do Rio Amazonas. No Comando do Navio Hidrográfico Canopus (1963) completou o levantamento da costa sul do Brasil e iniciou o dos Abrolhos. Como Comandante do Centro de Sinalização Náutica Almirante Moraes Rego, elaborou o planejamento para recuperação e melhoramento para a Sinalização Náutica no Brasil que consubstanciouse como o primeiro plano de longo prazo para a atividade, servindo de base para a elaboração da parte do Plano Diretor da Marinha pertencente à Sinalização Náutica. Em 1979, o então Almirante-de-Esquadra Maximiano, assumiu a pasta da Marinha. Na área da Hidrografia, além da incorporação dos novos meios flutuantes, foram adquiridos novos equipamentos, notadamente o Sistema de Automação Cartográfica que veio colocar a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) no mesmo nível dos melhores serviços hidrográficos do mundo. Sua ação culminou com a transferência da DHN para a Ponta da Armação, o que vem per- mitindo, hoje, a contínua expansão da Diretoria e de suas organizações militares subordinadas. A Sinalização Náutica foi outro setor para o qual o ministro deu permanente atenção; ao deixar a pasta, contávamos com 414 faróis e faroletes, destes, nada menos que 116 haviam sido apresentados na sua gestão. Dentre os destacados serviços que o Almirante Maximiano prestou a Marinha, à Hidrografia brasileira e suas pesquisas, cabe ainda lembrar seu entusiasmo e apoio às Operações Antárticas, desde a aquisição do navio polar Tahla Dan (Barão de Teffé 1982), seguida pela Primeira Expedição a Antártica, até a Instalação de nossa base na Ilha Rei George, por ocasião da Segunda Expedição ANO 1 • Nº 1 • Edição Quadrimestral 7 Aconteceu COMISSÃO OCEANO LESTE III Navio Oceanográfico “Antares” Navio Oceanográfico Antares N o dia 29 de maio de 2012 o Navio Oceanográfico “Antares” desatracou do píer Almirante “Paulo Irineu Roxo de Freitas” (PIRF) com a missão de realizar a Comissão Oceano Leste III, tendo como tarefas contribuir para a execução do Plano de Coleta de Dados Oceanográficos da DHN e apoiar a produção de informações ambientais necessárias ao planejamento e condução das operações navais na área compreendida entre os estados do Espírito Santo e Alagoas. Entre as atividades realizadas encontram-se: coletas de dados físico-químicos da água do mar através do conjunto CTD-Rossete, correntometria com ADCP de casco, observações batitermográficas, sondagem GEBCO, coleta de 8 dados meteorológicos, geomorfológicos, inspeção na estação maregráfica do Porto de Maceió, trabalhos de topografia e geodésica, além dos lançamentos de boias de deriva em apoio ao programa PNBOIA (Programa Nacional de náuticos. Cabe ressaltar que no trecho Vitória x Salvador o Navio efetuou, com sucesso, testes com o equipamento L-ADCP acoplado ao conjunto CTDRossete. Lançamento do CTD-Rossete com L-ADCP acoplado CTD-Rossete com L-ADCP acoplado Boias). Em termos quantitativos foram realizadas 103 estações oceanográficas, 44 observações batitermográficas, 13 coletas de amostras de fundo, 23 lançamentos de bóias de deriva e 9 rastreios de sinais No dia 6 de junho de 2012, durante a primeira Pernada da Comissão, o Navio realizou cerimônia alusiva ao seu 24º Aniversário de Incorporação. No dia 20 de julho de 2012, o Navio atracou na Base Naval do Rio de Janeiro, perfazendo um total de 34,5 Dias de Mar e 52 Dias de Comissão A pós sediar a 51ª Sessão do Conselho da IALA – International Association of Marine Aids to Navigation and Lighthouse Authorities no Rio de Janeiro, em junho de 2011, o Brasil participou das últimas duas Sessões, a 52ª, na sede da Associação, em Saint Germain em Laye, França, em dezembro, e a 53ª, em Istambul, Turquia, em junho passado. Esse importante fórum da indústria marítima mundial, no qual o País tem assento desde 1998, representado pelo Centro de Sinalização Náutica “ALMIRANTE MORAES REGO”, é integrado por 24 países e pelo Secretariado daquele organismo internacional e se reúne duas vezes por ano, a fim de deliberar sobre assuntos referentes à evolução e ao uso de equipamentos, sistemas e métodos voltados aos auxílios à navegação, de forma a contribuir para a segurança e a eficiência do tráfego marítimo, bem como para a proteção do meio ambiente. Desses assuntos, dentre outros diversos, destacam-se os avanços no desenvolvimento do projeto de eNavigation, do VTS - Vessel Traffic Service e do AIS - Automatic Identification Sistem em suas múltiplas e amplas aplicações no universo da segurança e controle da navegação. Participaram dessas sessões, além da representação brasileira, delegados da África do Sul, Alemanha, Austrália, Canadá, Chile, China, Coréia do Sul, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França, Finlândia, Holanda, Índia, Irlanda, Japão, Malásia, Noruega, Reino Unido, Rússia, Senegal, Suécia e Turquia, países que compõem o Conselho daquela Associação no quadriênio que se encerra em 2014, quando terá lugar a XVIII Conferência da IALA, a ser realizada em La Corunã, Espanha. Ainda que breves, em função das sessões de trabalho programadas para a 53ª Reunião do Conselho, merecem destaques as visitas ao Centro de VTS de Istambul, local de onde se coordena o intenso tráfego marítimo no Estreito de Bósforo, e ao LutfKirdasr International Istambul Convention and Exhibition Centre, local onde será realizado o 12th IALA International Symposium on Vessel Traffic Services-Beyond the limits... ao qual o Centro de Sinalização Náutica Almirante Moraes Rego enviará representante, em especial por esse serviço estar por ser implantado em diversos portos brasileiros nos próximos anos. No primeiro semestre de 2012 houve também a participação brasileira nos Comitês Técnicos de VTS, ANM Aconteceu Participação do Brasil na IALA –Aids to Navigation Management e EEP – Engineering/Environ-ment/Preservation; A contínua participação do Brasil no Conselho da IALA, bem como em sessões de seus comitês técnicos, atesta a importância que Diretoria de Hidrografia e navegação e a Marinha atribuem à segurança da navegação, coerentemente com as responsabilidades do Brasil em sua extensa área marítima, o mar brasileiro – nossa Amazônia Azul Informativo da DHN ANO 1 • Nº 1 • Edição Quadrimestral 9 Aconteceu REFLORESTAMENTO DO MORRO DA ARMAÇÃO E stá sendo executado o reflorestamento do Morro da Armação pela Empresa Horto Pendotiba, sem ônus para a MB. Na fase atual, está sendo replantada uma parcela da área total, destruída pelos sucessivos incêndios dos últimos anos. É importante esclarecer que a contribuição desse trabalho trará melhorias significativas como: - proteção ao talude do morro, de modo a evitar escorregamento de camada de solo, como o ocorrido em abril de 2010; e - diminuição das ocorrências de incêndios, haja vista a possibilidade de erradicação do capim colonião (panicum maximum), elemento mais agressivo ao solo do morro. A programação de execução é de uma área de 3,2 hectares (32.000 m²) com o plantio estimado de 8.500 mudas de Mata Atlântica. A atividade teve início em 18JUL2012 e deve perdurar até final de outubro, dependendo das condições do tempo 9ª Gincana de Pintura do CNPA A conteceu no dia 22 de Setembro de 2012, a 9ª Gincana de Pintura do Complexo Naval da Ponta da Armação, que teve como tema suas instalações e logradouros, particularmente a retratação dos aspectos históricos e tradicionais da sua arquitetura, compreendendo todas as organizações navais ali sediadas, a saber: a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), o Centro de Sinalização Náutica Almirante Moraes Rego (CAMR), o Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), a Base de Hidrografia da Marinha em Niterói (BHMN) e o Grupamento de Navios Hidroceanográficos (GNHo) WORKSHOP Normas da Autoridade Marítima para Levantamentos Hidrográficos N os dias 4 e 5 de outubro, a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) realizará um Workshop sobre as Normas da Autoridade Marítima para Levantamentos Hidrográficos (NORMAM-25) e para Auxílios à Navegação (NORMAM-17), que contará com a participação de Representantes da Autoridade Marítima, das Autori- 10 dades Portuárias e das Entidades Executantes de Levantamentos Hidrográficos. Este workshop, coordenado pelos Centros de Hidrografia da Marinha (CHM) e de Sinalização Náutica Almirante Moraes Rego (CAMR), visa aprimorar os procedimentos relacionados à execução de Levantamentos Hidrográficos e às propostas de alte- ração de balizamento, apresentando aspectos referentes à legislação e as inconsistências técnicas mais usuais. O evento ocorrerá no Auditório da Diretoria de Hidrografia e Navegação, sito na Rua Barão de Jaceguai, s/nº - CEP: 24048-900 – Centro – Niterói/RJ. As atividades começarão às 09h00 e terminarão às 17h00 O Bode Verde P ejorativa na origem, "bode verde"era expressão que só se ouvia em referências jocosas. Nascida por extensão da alcunha "bode preto", que se dava antigamente ao velho corpo de maquinistas navais, por comparação com a maçonaria, que os opositores ferreteavam com tal comparação ao diabo. Por volta de 1933 começou-se a designar-se como "bode da hidrografia" ao grupo de oficiais que formavam as primeiras turmas da especialidade, só então reconhecida oficialmente. Era uma expressão maldosa, pois atribuía uma intenção de exclusividade, de quadro fechado, aos oficiais de então, que, ao “Hidrografia só se faz a contrário disso, pretendiam continuar na carreira, no Corpo da Armada, como seus golpes de aríete.” colegas de outras especialidades, ou era Capitão-de-Corveta Alves Câmara apenas uma brincadeira, ironizando o "espírito de corpo" que se formava. Verde, por quê? Porque já se chamava "bode azul"ao grupo de oficiais - radiotelegrafistas, e porque as publicações da Diretoria passaram a ser, desde o primeiro número dos "Anais", em 1933, de capa em cartolina verde, o que foi apenas acaso. Foi somente depois de 1940 que a figura de um bode, na cor verde, começou a aparecer, à guisa de heráldica humorística. Tornara-se moda, nos caça-submarinos, ostentar símbolos jocosos, e as lanchas hidrográficas, primeiro, e depois os pequenos navios hidrográficos, vez por outra, exibiam no costado essa figura de um "bode verde". Evidentemente, isto nunca foi oficial, e mesmo continuou reprovada por muitos oficiais antigos, como atentado contra a circunspeção de um navio de guerra. Adotaram-na, porém, as novas gerações de hidrógrafos, como um desafio à tentativa inicial de ridículo, para exprimir o ímpeto na ação que tinha caracterizado e continuava a caracterizar a atividade hidrográfica, desde o ressurgimento de 1931. Um antigo hidrógrafo, o então Capitão-de-Corveta Alves Câmara, costumava dizer ---- "hidrografia só se faz a golpes de aríete", mas talvez seja uma simples coincidência a representação do bode rampante que os jovens da época lançaram CONFRARIA DO BODE VERDE C onforme a p r o g r amação de eventos para a Confraria do Bode Verde para o ano de 2012, foram realizados três almoços de confraternização, os de 102° ao 104°, em 08 de março, 05 de maio e 26 de julho, contando-se, respectivamente, com a presença de 41, 54 e 50 participantes, destacando-se a presença do Oficial Decano da Hidrografia, Almirante Hélio Leôncio nesses três Informativo da DHN eventos. Tiveram lugar essas confraternizações no Salão dos Conselheiros, que domina o quarto andar da venusta Sede Social do Clube Naval, no Centro do Rio de Janeiro. Incumbiu-se desses três almoços o restaurante “O Navegador”. No dia 03 de julho, em ambiente anexo ao Restaurante “O Navegador”, reuniu-se pela oitava vez, a Comissão Organizadora da Confraria do Bode Verde, contando com as presenças do seu Grão-Mestre - Almirante Adrião, e Comandan- tes: Gauthier - Chanceler e Arauto; Lucimar; Ney Dantas Escrivão e Secretário; Gabriel – Editor-Chefe; Luiz Carlos – Ouvidor; e Piovesana - Almoxarife e Provedor. Foram também convidados a essa reunião, com o propósito aumentar e renovar os Membros dessa Comissão, o Almirante Lawrence e os Comandantes: Fernando, Nunes Guimarães e Márcia. Não participou da reunião, mas também aceitou fazer parte da Comissão, o Comandante Magaldi ANO 1 • Nº 1 • Edição Quadrimestral 11 Agenda - 19 de Setembro de 2012 Almoço da Confraria do Bode Verde; - 27 de Setembro de 2012 Almoço dos Ex-Diretores; - 28 de Setembro de 2012 Dia do Hidrógrafo; - 04 e 05 de Outubro de 2012 Workshop - Normas da Autoridade Marítima para Levantamento Hidrográficos; - 12 de Novembro de 2012 Almoço da Confraria do Bode Verde; - 13 a 16 de Novembro de 2012 V Congresso Brasileiro de Oceanografia. Expediente Informativo da Diretoria de Hidrografia e Navegação Publicação do Centro de Sinalização Náutica Almirante Moraes Rego(CAMR) Edição Quadrimestral Ano 1 • Número 1 • Setembro de 2012 Comandante da Marinha Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto Diretor-Geral de Navegação Almirante-de-Esquadra Gilberto Max Roffé Hirschfeld Diretor de Hidrografia e Navegação Vice-Almirante Marcos Nunes de Miranda Colaboradores Comandante do Grupamento de Navios Hidroceanográficos (GNHo) Capitão-de-Mar-e-Guerra Newton de Almeida Costa Neto Diretor do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) Capitão-de-Mar-e-Guerra Edson Carlos Furtado Magno Comandante da Base de Hidrografia da Marinha em Niterói (BHMN) Capitão-de-Mar-e-Guerra Jailton Pedro Teixeira de Souza Diretor do Centro de Sinalização Náutica Almirante Moraes Rego (CAMR) Capitão-de-Mar-e-Guerra Ezio Demarco Junior Tiragem: 3.000 Impressão: Base de Hidrografia da Marinha em Niterói Projeto Gráfico e Editoração: CF Giucemar Tabosa Cardoso CC Gizo Sampaio Machado 1ºTen (RM2-T) Jaqueline do Amparo Alves SC Flávia Maria da Silva Gonçalves 3ºSG-FR Anderson Fidelis Couto CB-FR Allan Wesley Duarte Almeida Sites: www.mar.mil.br e www.dhn.mar.mil.br Contato: Assessoria de Comunicação Social - DHN (21) 2189-3387 e (21) 9669-2068 [email protected]