REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ADOLESCENTES SOBRE AS BEBIDAS
ALCOÓLICAS
Lucialba Maria Silva dos Santos1; Vander Monteiro da Conceição2; Jeferson Santos Araújo3;
Silvio Éder Dias da Silva4; Mary Elizabeth de Santana5
RESUMO
Introdução: O alcoolismo constitui um problema de saúde pública no mundo todo (1) e atinge
um importante ciclo da vida, a adolescência. Pesquisas indicam que o álcool é a droga mais
comum entre os adolescentes, sendo seu uso iniciado cedo, com o grupo de amigos ou mesmo
no ambiente familiar(1). Objetivo: Identificar as representações sociais dos adolescentes sobre
as bebidas alcoólicas a partir de suas histórias de vida e analisar as implicações dessas
representações sociais para o relacionamento familiar. Metodologia: Pesquisa descritiva
qualitativa, com aporte teórico da teoria das representações sociais. Participaram 40
adolescentes na faixa etária entre 12 e 20 anos de idade, cadastrados no projeto social Tribos
Urbanas da Fundação Papa João XXIII. A coleta de dados foi realizada por meio de
entrevistas semi-estruturada. Utilizou-se a técnica de análise de conteúdo temático de Bardin.
Resultados: Emergiram três categorias: Criação pela mãe e pai; a instituição família foi
representada pela figura do pai, mãe e filhos, sendo a criação pelo pai e mãe considerada
ideal, fato que persistiu durante a infância desses jovens, porém, na adolescência ocorreu a
separação dos pais ficando o adolescente, na maioria dos casos, com a mãe. Liberdade
controlada e liberdade permitida durante a infância; o controle da liberdade da criança foi
associado a bom ou ruim e perdura até a adolescência, sendo fundamental para o
relacionamento do adolescente no seu meio social. Relação boa e conflituosa com os pais; os
entrevistados associaram suas representações à relação boa a deixar sair, ter liberdade de
conversar, dar dinheiro e ao cuidar. Já a relação conflituosa foi associada a discussões, brigas,
uso de álcool, maus tratos pela mãe, separação dos pais e envolvimento em roubos.
Conclusão: As bebidas alcoólicas representaram para os adolescentes a busca por novas
experiências, independência, vício, conflitos familiares, brigas e separações. Dessa forma, a
prevenção do álcool e demais drogas na adolescência precisa envolver a participação ativa da
família, dos profissionais de saúde, e do restante da sociedade, para que seja eficaz e possa
contribuir para um bom relacionamento familiar e conseqüentemente, melhor qualidade de
vida dos adolescentes.
Palavras-chave: Enfermagem. Adolescente. Bebidas alcoólicas.
REFERENCIA
1. Galduróz JCF, Caetano R. Epidemiologia do uso de álcool no Brasil. Rev Bras Psiq. 2004;
26(1):3-6.
ÁREA TEMÁTIMA
- Políticas e Práticas em Saúde e Enfermagem
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1
Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pela FAENF/UFPA. E-mail: [email protected]
Enfermeiro. Mestrando em Enfermagem Fundamental pela EERP/USP.
3
Enfermeiro. Doutorando em Enfermagem fundamental pela EERP/USP.
4
Enfermeiro. Doutor em Enfermagem pela UFSC. Docente da FAENF/UFPA.
5
Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela EERP/USP. Docente titular da EEMB/UEPA e FAENF/UFPA.
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