DHEA como estratégia anticâncer
José de Felippe Junior
A dehidroepiandrosterona – DHEA – é produzida na cortical da glândula
suprarenal e sulfatada no fígado. Sua forma ativa é a sulfatada. O DHEA é o hormônio ou préhormônio esteroide em maior quantidade no organismo: 72%
DHEA – mecanismos de ação
a- Inibe a enzima 3-hidroxiesteroide dehidrogenase Tipo1 que converte o DHEA em
Estradiol. O DHEA provoca inibição seletiva da 3-hidroxiesteroide dehidrogenase Tipo1
humana o que se constitui em potencial tratamento do câncer de mama.
b- A 7 beta-hidroxi-epiandrosterona , metabolito do DHEA, exerce efeitos antiestrogênicos
no câncer de mama : efeito antiproliferativo
c- Inibe G6PD com diminuição da geração de NADPH (agente redutor) e assim inibe a
proliferação de vários tipos de neoplasias: mama, colo-retal e pulmonar no
camundongo
d- Aumenta a atividade da PDH – piruvato dehidrogenase – mais um mecanismo de ação
importante e pouco conhecido do DHEA no câncer
e- Diminui a proliferação e a migração e aumenta a morte das células do câncer de mama.
Isto se associa com a parada do ciclo celular na fase G1 e morte das células MCF-7. O
DHEA também suprime a migração de todas as linhagens de câncer de mama,
independentemente da presença de receptores de estrógeno.
f- In vitro o DHEA aumenta a proliferação de células do cancer prostático via androgênica
e estrogênica. Em clínica os efeitos do DHEA na função prostática é desconhecida
g- Inibe a atividade da 3-hidroxi-3-metilglutaril-CoA redutase e a sua expressão gênica em
nódulos hepáticos pré neoplásicos
h- DHEA baixo é fator que contribui para o aparecimento de síndrome metabólica e câncer
i- DHEA elevado diminui alguns efeitos colaterais de inibidores da aromatase sintéticos no
câncer de mama
j- Pode aumentar o risco de câncer de mama na mulher obesa em menopausa
k- Aumenta a atividade da PDH – piruvato dehidrogenase – nos linfócitos T. Outro
mecanismo de ação do DHEA no câncer.
l- Efeito antimutagênico e portanto possui seu papel na quimioprofilaxia do câncer
m- Aumenta drasticamente a expressão do gene adiponectina nos adipócitos do omento. A
adiponectina ativa a AMPK que inibe o mTOR: antiproliferação
n- Inibe o eixo Akt/GSK3-{beta}/NFAT axis.
o- Os efeitos do DHEA são mediados pela inibição do Akt e subsequente ativação da GSK3beta, o que provoca despolarização mitochondrial, aumento das espécies reativas de
oxigênio, ativação dos canais voltagem-dependentes do K+ redox-sensíveis de
membrana e diminuição do Ca++ intracelular.
Referências Bibliográficas
Site: www.medicinabiomolecular.com.br. Colocar no sistema de busca do site: DHEA
câncer , DHEA .
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