Novembro/Dezembro 2008atitude
Novembro/Dezembro2008
Revista de Sustentabilidade da Philips América Latina
Iluminados e
sustentáveis
Embelezamento com tecnologia
de ponta combinado à educação
ambiental é a receita da Philips
para seus projetos de eficiência
energética na América Latina
Basílica de
Guanajuato,
no México:
compromisso
com a
sustentabilidade
atitude
atitude
Novembro/Dezembro2008
Sumário
2
Entidades, associações
parceiras
e reconhecimentos:
Instituto ETHOS de Empresas
e Responsabilidade Social
11 ENCARTE
A crise e o
futuro do planeta
Saiba como a
turbulência financeira
global pode ajudar o
meio ambiente.
6 REPORTAGEM DE CAPA
Iluminados e sustentáveis
A Philips combina sua tecnologia de iluminação
com iniciativas de educação para disseminar os
conceitos de eficiência energética pela América
Latina. A cidade mexicana de Guanajuato, com seus
túneis (foto acima), serve de exemplo para a
estratégia, também em execução em San Pedro de
Atacama, no Chile, e Purmamarca, na Argentina. No
Brasil, o projeto Aprendendo Com a Natureza leva a
mensagem da sustentabilidade às escolas.
15 ÉTICA
Pelo livre mercado
Luiz Mosquera
detalha novo
capítulo sobre
antitruste nas
Diretrizes dos
PGN.
18 ARTIGO
A consultora Flávia
Moraes fala sobre a
importância do trabalho
de formação de líderes
para a sustentabilidade.
19
16 Panorama
Memória registrada
Relatório de
Sustentabilidade 2007-2008
da Philips LatAm registra
ações e aponta soluções
para o futuro.
BOM EXEMPLO
A confecção Sanny, de
Fortaleza, faz lingerie
com mensagens sobre
câncer de
mama e
doenças
sexualmente
transmissíveis.
SEÇÕES
Mais Simples
4
0 Em Ação
2
22Funcionário Cidadão
23 Pequenas Atitudes
Atitude é uma publicação da área de Sustentabilidade da Philips América Latina. É permitida a reprodução de todo
o material desta edição, agradecendo-se a citação da fonte - JORNALISTA RESPONSÁVEL Fernanda de Carvalho
(Mtb. 17.056) COORDENAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE Renata Macedo COORDENAÇÃO EDITORIAL
Ricardo Vicalvi e Elaine Martins COLABORAÇÃO Brasil: Marcus Nakagawa e representantes do Comitê
de Sustentabilidade Argentina: Maria Soledad Barrera e Maria Alejandra Grignani Chile: Christianne Rocha,
Natalia Gibernau e Adriana Guajardo México: Félix Ramirez North LatAm: Arturo Echeverri ENDEREÇO
PARA CORRESPONDÊNCIA Rua Verbo Divino, 1400, 1º andar, CEP 04719-002, Chácara Santo Antônio, São Paulo,
SP [email protected] ENDEREÇO NA INTERNET www.sustentabilidade.philips.com.br REDAÇÃO
Barravento Editorial ([email protected]) ARTE E PRODUÇÃO LPCVisual ([email protected])
www.akatu.org.br
Editorial
atitude
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3
Iniciativa e
responsabilidade
A
s cidades de San Pedro de Atacama,
no Chile, Purmamarca, na Argentina, e
Guanajuato, no México, têm algo a mais
em comum, além de ser pontos históricos de
valor reconhecido no mundo todo: elas são
marcos de experiências de embelezamento urbano baseado na eficiência energética, às quais
se costumam conjugar iniciativas educacionais
patrocinadas pela Philips na América Latina. Em
linhas gerais, os projetos desenvolvidos nesses
locais dão início a um círculo virtuoso com
inúmeras repercussões positivas.
O primeiro e mais evidente benefício é a valorização do patrimônio histórico desses lugares,
recuperando-os para a atividade turística, com a
instalação de novos e modernos equipamentos
de iluminação. Como conseqüência, as pessoas
que vivem nas localidades beneficiadas sentem-se
prestigiadas e passam a valorizar mais suas raízes
e sua história – além, é claro, de poder voltar a
freqüentar em segurança locais que antes permaneciam às escuras durante a noite.
Os projetos da Philips, no entanto, vão muito
além da preocupação com a iluminação, como
você lerá na reportagem de capa desta revista. De
uma forma ou de outra, eles mobilizam as comunidades locais em torno da questão da eficiência
energética. Os equipamentos urbanos iluminados
com tecnologias que consomem energia de maneira mais racional passam a servir de referência
para uma nova postura dos habitantes.
Os estudantes e professores cumprem um
papel fundamental nesse processo, ao servir como
catalisadores e multiplicadores de uma nova atitude perante o consumo de energia e do respeito
ao meio ambiente como um todo, como mostra
a ação pioneira no Brasil do projeto Aprendendo
Com a Natureza, também retratado na reportagem.
San Pedro, Purmamarca e Guanajuato, juntas,
possuem pouco mais de 160 mil habitantes. São
cidadãos chilenos, argentinos e mexicanos que, a
partir de agora, compartilham um sonho e uma responsabilidade com a Philips. O sonho é levar essa
experiência a dezenas de milhões de habitantes da
América Latina. A responsabilidade, da qual a Philips
se orgulha de carregar desde o princípio dos anos
1970, é justamente tornar realidade o sonho de um
mundo sustentável.
Aproveito para desejar a todos um 2009 repleto
de saúde e qualidade de vida.
Daurio Speranzini Jr.
Vice-Presidente de Cuidados com a Saúde e
Sustentabilidade da Philips na América Latina
atitude
atitude
Novembro/Dezembro2008
Mais Simples
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Prêmio às boas práticas
Philips é mais uma vez incluída entre as 20 empresas-modelo do Guia Exame
A
disseminação das boas
práticas em sua cadeia de
fornecedores foi um dos
trunfos que garantiram à Philips do
Brasil a inclusão no seleto grupo das
20 empresas-modelo do Guia Exame
de Sustentabilidade 2008. Produzido
pela Exame, uma das mais influentes
revistas brasileiras de negócios, o
Guia é considerado uma referência
na área de responsabilidade social
corporativa no país. Da edição deste
ano participaram 177 empresas de
médio e grande porte, reunindo
nomes como Basf, Wal-Mart, AES e
Natura, entre outros.
Na reportagem dedicada à Philips,
o Guia Exame destacou o projeto de
auditoria de sustentabilidade promovido pela companhia entre seus principais fornecedores. Iniciado em 2003
pela matriz, na Holanda, o programa
já envolveu mais de 70 fornecedores das diferentes áreas de negócios
da Philips brasileira (veja a capa da
edição de Setembro/Outubro de 2008
Equipe de responsabilidade: Monique Balestro, Renata Macedo, Marisol Urcisichi,
Marcus Nakagawa, Flávia Moraes, Daurio Speranzini Jr., Claudia Santiago, Wilson
Monteiro e Albert Holzhacker, após cerimônia de premiação
da Atitude para conhecer melhor o
programa).
“O objetivo é estabelecer um
alinhamento com os fornecedores,
de modo que todos tenham a mesma
estratégia em relação à sustentabilidade”, declarou ao Guia Daurio
Speranzini Jr., vice-presidente do
setor de Cuidados com a Saúde e de
Sustentabilidade da Philips LatAm, que
representou a Philips na cerimônia de
premiação, realizada no Teatro Alfa, em
São Paulo, no dia 29 de outubro.
Trata-se da quarta vez que a
companhia alcança o feito: antes disso, já fora agraciada em 2003, 2005 e
2007. “A isenção, o rigor e a credibilidade do Guia Exame valorizam esse
prêmio, que é um reconhecimento
de que tratamos a sustentabilidade
como uma questão estratégica”,
afirma Speranzini. n
Qualidade consistente
E
m 2003, a Associação Brasileira
de Qualidade de Vida premiou
o programa Mais Vida, da
Philips do Brasil. Cinco anos depois,
o programa foi novamente lembrado pela entidade, durante a cerimônia de premiação do XIII Prêmio
Nacional de Qualidade de Vida, no
início de dezembro, em São Paulo.
A Philips e mais três empresas
– Avon, Hospital Albert Einstein e
Natura, além do Tribunal Regional
Federal de Brasília – receberam uma
homenagem especial por ter dado
continuidade aos seus programas
internos de estímulo à qualidade de
vida, todos reconhecidos em 2003 e
mantidos em pleno funcionamento.
Renato Barreiros, responsável pelo
departamento de Saúde, Segurança
do Trabalho e Qualidade de Vida, representou a companhia na premiação.
A Philips também foi reconhecida
pela Agência Brasil de Segurança com
o prêmio “Top em gestão de Segurança e Saúde do Trabalho - Categoria
Ouro” e com o título de “Mérito em
Segurança e Saúde no Trabalho”. n
Barreiros: visão de longo prazo
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Angola contra a Aids
R
epresentantes do Ministério
da Administração Pública,
Emprego e Segurança Social
de Angola passaram um dia na sede
da Philips LatAm para conhecer o
Programa de Tratamento e Prevenção das Doenças Sexualmente
Transmissíveis/Aids e o projeto de
responsabilidade social Doe Vida.
A visita foi intermediada pelo
Ministério da Saúde do Brasil, que
está ajudando a nação africana a
controlar a propagação do HIV.
Além da Philips, as autoridades angolanas visitaram empresas como o
Banco Itaú e a construtora Odebrecht, em busca de experiências bemsucedidas de ações de prevenção
no local de trabalho.
Angola possui 17 milhões de
habitantes, dos quais cerca de 1,2
milhão contaminado pelo HIV. Para
entender como o país chegou a
esse ponto, é preciso retornar a
1975, ano em que Angola se tornou
independente de Portugal e passou
a viver um violento conflito político
interno. Em 2002, quando a guerra
civil finalmente terminou, as infraestruturas de saúde, educação e
saneamento básico do país estavam
destruídas.
A responsável pela área de Emprego do ministério angolano, Ra-
Cenaids:
10 anos
O
quel Pinto, disse que a experiência
brasileira no combate à doença será
de grande utilidade para seu país.
"Viemos aqui para aprender", afirmou Raquel. O gerente de Saúde,
Segurança do Trabalho e Qualidade
de Vida da Philips, Renato Barreiros,
disse que a visita foi positiva para
todos. “Pudemos tomar contato
com a realidade angolana e dar
nossa contribuição para o futuro do
país”, afirmou. n
Doe Vida em destaque
A
Philips do Brasil recebeu Menção Honrosa
do Prêmio von Martius de Sustentabilidade
2008, organizado pela Câmara de Comércio e
Indústria Brasil-Alemanha. O reconhecimento
deu-se em função do projeto de responsabilidade social Doe Vida, que leva informação
sobre doenças sexualmente transmissíveis e
gravidez não-planejada a jovens estudantes da
rede pública. A cerimônia de premiação ocorreu
em Curitiba, no início de novembro. n
Conselho Empresarial Nacional para
Prevenção ao HIV e Aids
(Cenaids) completou dez
anos de existência no início
de outubro.A organização reúne 17 empresas e
instituições atuantes no
combate à Aids no Brasil –
Philips incluída.
A data foi marcada
com a realização do VIII
Congresso Brasileiro de
Qualidade de Vida e pelo
V Simpósio de Educação
Continuada. A Philips participou dos eventos com a
palestra “Responsabilidade
Social, Sustentabilidade e
Competitividade nas Organizações”, proferida pela
coordenadora de Sustentabilidade na América Latina,
Renata Macedo.
Também ocorreu a
distribuição do Prêmio
Nacional Cenaids no
Mundo do Trabalho. As
vencedoras foram a
Riclan, indústria do interior paulista; a paraibana
Sanny Confecções (veja
reportagem na página
19); e o Conselho Regional de Administração do
Distrito Federal. n
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Capa
6
Iluminados
e sustentáveis
A Philips combina embelezamento e educação ambiental em
seus projetos de eficiência energética na América Latina
L
A segunda etapa do “Guanajuato, Cidade Luz” será enocalizada a 400 quilômetros da capital mexicana,
tregue em fevereiro de 2009. Prevê a iluminação das galerias
Guanajuato, hoje com cerca de 160 mil habitantes, é
subterrâneas por onde escoam 80% do trânsito veicular
considerada o berço da Independência do país.Ali, em
urbano de Guanajuato, que na superfície é recortada por
16 de setembro de 1810, um exército liderado pelo
vielas estreitas. Esse sistema peculiar, único no mundo, tem
padre Miguel Hidalgo enfrentou as tropas da Coroa Espanhoorigem nos antigos túneis de mineração da prata. Restaurala, dando início a um processo de lutas intensas, só concluído
dos, foram transformados em vias expressas.
onze anos depois. As ruelas ladeadas por casas pintadas de
Finalmente, a terceira etapa, que deverá ser iniciada em
cores vivas dão a Guanajuato uma luminosidade sem igual.
abril do próximo ano, contempla a iluminação dos vilarejos
Importante centro minerador de prata, a cidade mostrou sua
centenários que cercam a cidade. “Guanajuato é uma luz
riqueza edificando formosas mansões coloniais, monumentos
que mostra o caminho da sustentabilidade na iluminação
históricos e parques, como a Basílica de Nossa Senhora de
urbana”, afirma Paulo Simas, presidente da
Guanajuato, a Praça da Paz e o Jardim da
Philips no México. Isso implica soluções que
União, entre dezenas de exemplos.
Reduzir
em
20%
são melhores para o meio ambiente e, ao
Em 1998, Guanajuato ganhou status de
mesmo tempo, satisfaçam as necessidades de
Patrimônio Histórico da Humanidade pela
o consumo de
uma cidade moderna. O projeto executado
Unesco.Agora, se depender da Philips do
energia evita
pela Philips terá um triplo papel: embelezar o
México, vai poder reivindicar um novo
patrimônio histórico, favorecendo o incrementítulo: o de um dos berços da eficiência
a emissão de
to do turismo; aumentar o bem-estar e a seguenergética na América Latina. Explica-se:
15 milhões de
rança da população e dos visitantes; e reduzir
a empresa está implantando em parceria
toneladas
de
CO
os gastos com energia. Guanajuato terá uma
com a prefeitura local e com o governo do
2
economia energética anual de 30%, segundo as
Estado de Guanajuato um ambicioso plano
primeiras estimativas.
diretor de iluminação da cidade, batizado
A experiência de Guanajuato é um marco do compromisso
de “Guanajuato, Cidade Luz”. O plano diretor é semelhanda Philips com a sustentabilidade e mostra o quanto a emprete ao de cidades históricas européias e não tem similar na
sa pode contribuir para a causa da eficiência energética com
região. Focado na eficiência energética, com o emprego da
seus produtos e práticas. Líder mundial na área de sistemas
mais moderna tecnologia de iluminação da Philips, o projeto
de iluminação, a companhia sabe do que está falando quando
está sendo executado em três etapas.
o assunto é a questão ambiental. Aos números: 19% de toda a
A primeira fase, já concluída, constou da iluminação do
energia gerada no mundo é consumida com iluminação. Para
centro histórico da cidade, coincidindo com a realização
complicar, sabe-se que 70% da luz gerada está baseada em
do Festival Internacional Cervantino (FIC), um dos maiores
tecnologias menos eficientes, algumas datadas da década de
eventos culturais do planeta, realizado entre os dias 8 e 26
1950. Calcula-se, numa visão conservadora, que a economia
de outubro. A 36ª edição do FIC reuniu mais de 400 mil
de 20% em iluminação em todos os países da América Latina
pessoas com shows de música, teatro, dança, sessões de
permitiria a poupança anual de 6 bilhões de euros. Isso equicinema e exposições de artes plásticas.
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Centro
histórico de
Guanajuato,
no México:
Patrimônio da
Humanidade
como símbolo
da eficiência
energética;
túneis (acima)
ganharão nova
iluminação
vale à produção anual de energia de 30 usinas termelétricas
de porte médio. Ao mesmo tempo, as repercussões sobre o
meio ambiente seriam fantásticas, ao propiciar uma redução na
emissão de 15 milhões de toneladas de carbono na atmosfera.
Daí a importância da adoção das novas tecnologias, como as
que estão sendo empregadas pela Philips não só em Guanajuato, mas em outras partes da América Latina, combinada com
ações de educação ambiental.
Chile dá o exemplo
Tome-se o exemplo pioneiro do Chile. Em outubro de
2006, a Philips inaugurou o projeto “Ilha de Páscoa Fica Iluminada”, tocado em conjunto com a Fundação Casa da Paz. O
aspecto mais vistoso do projeto foi, sem dúvida, a iluminação
dos Moai, as milenares esculturas gigantes de pedra que fizeram a Ilha também ser declarada Patrimônio Cultural da Humanidade, em 1995. Porém, ali foi feito mais do que a adoção
da tecnologia de ponta na iluminação dos Moai.Voluntários
Philips e da Casa da Paz, com o apoio de estudantes, percorreram as residências, substituindo lâmpadas incandescentes
por outras mais eficientes. O projeto contou, ainda, com a
distribuição nas escolas de livretos informativos.
Aquela experiência fez escola. Neste ano, a Philips do
Chile escolheu a pequena San Pedro de Atacama, plantada
no Deserto de Atacama, o mais árido do mundo, a 1.670
quilômetros ao norte de Santiago, a capital do país, para
replicar o modelo em parceria com a Casa de la Paz. Das
três etapas previstas, duas foram cumpridas até agora: a
da educação ambiental, com o objetivo de sensibilização
dos 2.500 habitantes de San Pedro, e a realização de um
concurso para a escolha do cartaz e do slogan do projeto.
“Cuidemos da nossa eletricidade como cuidamos da cultura” foi a frase escolhida e estampada sobre um desenho
estilizado da Torre de Toconao, um dos dois monumentos
históricos a serem iluminados.
O trabalho de conscientização da comunidade, que envolveu a distribuição de cartilhas com dicas sobre economia de energia e a troca de lâmpadas residenciais, contou
com a ajuda do Team Verde, composto por voluntários
Philips, da Casa da Paz, funcionários da prefeitura de San
Pedro e estudantes, que visitaram casa por casa, sob o sol
escaldante da região de deserto.
“Esse projeto é fundamental, pois gera um impacto real
na vida da comunidade”, diz Marcelo Padovani, presidente
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Torre de
Toconao,
no Chile:
luz nova
em janeiro;
Team Verde
distribui
lâmpadas e
folhetos à
população de
San Pedro de
Atacama
da Philips do Chile. “Além disso, estamos semeando um
futuro melhor para as futuras gerações.”
A terceira e última fase, a de iluminação de marcos
históricos, está em andamento, com inauguração prevista
para o começo de 2009. Um deles é a Igreja de San Pedro,
construída no começo do século XVII pelos colonizadores
espanhóis. O segundo é justamente a Torre de Toconao, erguida em 1750, principal atração turística do vizinho vilarejo
de Toconao. “Essa iniciativa da Philips permitirá a criação
de uma cultura de economia e de uso eficiente da energia
entre nós”, afirma Sandra Berna, prefeita de San Pedro.
Experiência inesquecível
Outra ação da política de sustentabilidade voltada para a
eficiência energética na América Latina acabou de ser protagonizada pela Philips Argentina. Sua origem foi o concurso Philips
Vida de 2007, que teve como tema propostas alternativas e
ações para o uso racional de energia elétrica. Saiu vencedor
o projeto “Luz nova para minha cidade”, apresentado pela
Associação Purmamarca e pela Biblioteca Popular Vitilpolco,
de Purmamarca, cidadezinha de mil habitantes da província de
Jujuy, no noroeste da Argentina. “O projeto resultou de uma
ampla mobilização de todos os setores da sociedade local,
das autoridades municipais aos empresários e moradores”,
afirma Maria Alejandra Grignani, gerente de Comunicação
Corporativa e de Sustentabilidade da Philips da Argentina.
Graças ao concurso Philips Vida, Purmamarca passou a
contar com um moderno e eficiente sistema de iluminação
Philips em alguns de seus mais importantes monumentos históricos e edificações públicas. Figuram na lista o Cabildo (Câmara de Vereadores), a Igreja de Santa Rosa de Lima, a Praça 9
de Julho, os prédios da Biblioteca, da Prefeitura e do Registro
Civil, além do Algarrobo, a figueira centenária que serviu de
abrigo para os soldados do general Manuel Belgrano, herói
da independência argentina.
A luz que deu nova vida para Purmamarca impactou
positivamente seus moradores, que agora poderão desfrutar
da beleza noturna de seus marcos históricos.“Um dos nossos
sonhos se tornou realidade”, diz Lucy Vilte, responsável pela
Biblioteca Vitilpolco.“Conseguimos iluminar o coração do
povoado, reduzindo o consumo e aumentando a duração da
luz.” A empolgação de Lucy contagiou os funcionários da Philips
Argentina que estiveram em Purmamarca. Isso pode ser sentido no relato de Soledad Barrera, da equipe de comunicação
da Philips, que participou da inauguração do projeto, no início
Conscientização precoce
Aprendendo Com a Natureza leva
a sustentabilidade à sala de aula
D
esde 2002, cerca de 80 mil alunos de escolas
públicas do ensino fundamental já participaram
do projeto Aprendendo Com a Natureza, realizado
pela Philips do Brasil. O projeto está integrado aos
currículos de 80 estabelecimentos das cidades de São
Paulo (SP), Mauá (SP), Varginha (MG), Recife (PE) e
Manaus (AM). Seu objetivo é despertar a consciência
ambiental nas crianças, chamando sua atenção para
o tema da sustentabilidade do planeta, com ênfase
especial na eficiência energética.
O projeto conta com a consultoria da La Fabbrica,
uma empresa especializada em projetos culturais e
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Igreja de Santa
Rosa e Base de
Marambio: a
Philips presente
em Purmamarca e
na Antártida
A estratégia de combinar iluminação de qualidade,
embelezamento e eficiência energética ganhou corpo e se
espalhou nos últimos anos pela Philips LatAm. Na própria
Argentina já foi empregada na iluminação da Base de
Marambio, posto avançado da Força Aérea do país na
Antártida. Na base, postes equipados com potentes refleto-
res LEDs garantem a segurança da guarnição de 54 soldados
e oficiais em seus deslocamentos noturnos sob as mais
rigorosas condições climáticas – no inverno, por causa dos
ventos, a sensação térmica pode chegar a 60 graus Celsius
negativos. Na Colômbia, a tecnologia Philips está presente,
por exemplo, na iluminação do Castelo São Felipe de Barajas, tido como o mais importante complexo defensivo edificado pela engenharia militar espanhola na América Latina.
No Brasil, o trabalho começou pela recuperação, em
dezembro de 2006, da Praça Casa Forte, em Recife, um importante ponto turístico da capital de Pernambuco, iluminada
com o sistema Cosmopolis, que garantiu uma economia de
educacionais de cunho social. O conteúdo do material didático produzido para divulgar as mensagens do
Aprendendo Com a Natureza é levado aos estudantes
(17 mil inscritos em 2008), todos eles na faixa etária
de 6 a 9 anos, por um contingente de 600 professores
associados ao projeto e 150 voluntários Philips.
Em seus seis anos de existência, o Aprendendo
Com a Natureza exibe um saldo mais do que positivo.
Segundo Renata Macedo, coordenadora de Sustentabilidade da Philips LatAm, em 2005, uma avaliação que
envolveu 6.500 alunos e mais de 2.000 pais, definiu-o
como um projeto de alto impacto educacional. “Os
entrevistados destacaram a influência significativa do
projeto tanto na formação de valores ambientais entre
os alunos quanto no estímulo à sua responsabilidade
cidadã”, afirma Renata.
Outra forma de reconhecimento ao projeto veio
em 2008, com a decisão da Prefeitura de Varginha de
transformar o Aprendendo Com a Natureza em política pública, integrando as atividades do projeto ao
currículo básico de 19 escolas do município.
Embora ainda seja um projeto restrito ao Brasil na
modelagem atual, a influência do Aprendendo Com
a Natureza começou a se estender pela região. Em
agosto deste ano, a Philips Argentina lançou um programa educativo próprio, batizado de “Cuidemos do
meio ambiente economizando energia”.
Tendo como meta a conscientização para o uso
eficiente e para o consumo responsável de energia, a
iniciativa envolve 100 escolas, públicas e privadas, da
Grande Buenos Aires. O mesmo material também foi
fornecido a 17 escolas da Terra do Fogo, província
onde está situada uma das fábricas de televisores da
Philips LatAm. n
de novembro: “Foi uma experiência incrível. Conhecer as pessoas da cidade, ouvi-las e entender por que esse projeto era
realmente importante para elas foi uma experiência pessoal
que jamais esquecerei”.
LEDs na Antártida
atitude
atitude
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Capa
10
Castelo de São Felipe de Barajas, em Cartagena, na Colômbia,
e ponte Octávio Frias de Oliveira, em São Paulo: estratégia
de combinar iluminação de qualidade, embelezamento e
eficiência energética
65% de energia em relação aos métodos convencionais.
Mais recentemente, ganharam grande repercussão dois
projetos executados em São Paulo. Um deles, no início
do ano, foi a modernização da Sala São Paulo, considerada a melhor sala de concertos da América Latina, com a
substituição de 2.400 luminárias internas e 200 conjuntos
de lâmpadas externas. A mesma tecnologia utilizada na
Sala São Paulo foi aplicada na iluminação da ponte estaiada
Octávio Frias de Oliveira, o mais novo cartão-postal de
São Paulo, inaugurada em maio passado.
Projeto Escola
Além da produção de sistemas de iluminação tecnologicamente avançados, um dos pilares da atuação da companhia é a educação e conscientização para a eficiência
energética e defesa do meio ambiente.
Nesse campo, um dos trabalhos mais consistentes e
duradouros é, sem dúvida, o projeto Aprendendo Com a
Natureza (ACN), em curso desde 2002 na Philips brasileira.
Orientado para levar a mensagem da sustentabilidade a
crianças do ensino fundamental, o ACN já atingiu mais de
80 mil estudantes em seus seis anos de existência (veja o
quadro à página 8).
Sua atuação chamou a atenção da diretoria mundial
de mudança climática da Philips. A diretoria incluiu um
dos estabelecimentos de ensino integrados ao ACN, a
Escola Estadual Josepha Dogo Damo, do Jardim Camila,
em Mauá, no chamado Projeto Escola, que visa mostrar
a estudantes de algumas cidades o impacto do consumo
energético e a importância dos créditos de carbono. Também participam da iniciativa escolas das cidades de Chicago
(Estados Unidos), Hamburgo (Alemanha), Johannesburgo
(África do Sul) e Pequim (China).
Com 400 estudantes, a escola de Mauá atende uma
população de poucos recursos. A parte pedagógica do
Projeto Escola é suprida pelos professores do ACN e pelos
voluntários Philips que lá atuam (a fábrica de Capuava fica
no município). A novidade trazida pelo projeto da matriz
é a substituição total do sistema de iluminação atualmente
existente por lâmpadas fluorescentes e reatores eletrônicos
de última geração. “Vamos garantir aos alunos uma iluminação de alto rendimento, mostrando ao mesmo tempo a suas
famílias como é possível melhorar a qualidade de vida de
seus filhos”, diz Lamaro Parreira, gerente de Marketing do
setor de Iluminação da Philips Brasil. Segundo ele, o projeto
estará concluído no início do ano letivo de 2009. n
Destaque
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Um desafio do tamanho
do planeta
E
m setembro, os jornais começaram a noticiar uma crise
financeira global. Gerada nos
Estados Unidos, a maior economia do mundo, ela rapidamente se
espalhou por outros países, levando
bancos à quebra, investidores ao
desespero, empresas produtivas a
mergulhar em dificuldades e trabalhadores ao desemprego. Se você
não entendeu exatamente o que
aconteceu, não se preocupe. Causas
de fenômenos desse tipo são extremamente complexas e desafiam até
os especialistas.
A crise do setor imobiliário
dos Estados Unidos, um problema
aparentemente local, gerou uma
reação em cadeia sem precedentes no mercado financeiro global. A
incapacidade dos americanos honrar
as dívidas contraídas em operações
de financiamento e de refinanciamento de seus imóveis, possibilitadas
por um ambiente de crédito farto e
expansão econômica, levou tradicionais bancos e entidades habitacionais
à falência – eles só não deixaram de
funcionar graças à ajuda do governo
americano.
Como o mercado financeiro trabalha interligado, a crise generalizouse rapidamente pelo mundo. Tomar
dinheiro emprestado ficou mais caro
e mais difícil – tanto para empresas
de grande porte quanto para o consumidor final.
Essa escassez de dinheiro no mercado levou as principais economias
do mundo a parar de crescer (ou
até mesmo a diminuir de tamanho)
e ameaça interromper o ciclo de
prosperidade das chamadas econo-
mias emergentes (grupo de países do
qual fazem parte as nações latinoamericanas).
A situação é grave, mas não existem motivos para pânico. O mundo
não vai acabar, ao contrário do que
parecem sugerir algumas manchetes
sobre a crise. Mas o fato é que a
dimensão dos problemas exige uma
resposta contundente. Para muitos
especialistas, a crise atual é um sintoma de esgotamento do atual sistema
econômico.
O planeta é um sistema fechado,
finito, e anda dando sinais claros de
que não suportará por muito mais
tempo, sem conseqüências drásticas,
um sistema que privilegia o consumo
sem consciência. Se, de fato, a crise
vai provocar mudanças econômicas
profundas, só o tempo dirá. Mas não
há dúvidas que os modelos alternativos, baseados em princípios sustentáveis, passarão a ser vistos com
outros olhos e considerados.
A crise representa, portanto,
uma ótima oportunidade para
que métodos de produção menos
agressivos e práticas de consumo
responsável ganhem espaço na
sociedade.
Nas próximas páginas, você
vai ver o que há de errado com
a forma como o mundo produz e
consome hoje. E, principalmente, vai
descobrir que há alternativas mais
inteligentes...
As informações desse encarte foram
extraídas de uma série de fontes, mas
baseadas principalmente no trabalho
dos economistas brasileiros Hugo Penteado, do Banco Real, Mario Monzoni, da
Fundação Getúlio Vargas, e do site Story
of Stuff (www.storyofstuff.com).
r
a
n
o
i
c
le
o
c
a
r
a
P
7
atitude
atitude
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Destaque
O que há de errado co
Saiba quais são os problemas mais comuns em cada uma das etap
A economia se
organiza em cinco
etapas principais:
extração dos recursos
naturais; transformação
da matéria-prima em
produtos; distribuição
dessas mercadorias;
consumo; e reciclagem
dos objetos obsoletos.
Quanto mais rápido esse
ciclo é percorrido, mais
rapidamente são geradas
e distribuídas as riquezas,
segundo a teoria
econômica tradicional.
De fato, esse
ciclo é capaz de
sustentar empregos,
gerar renda para as
pessoas e alimentar o
desenvolvimento. Nas
últimas décadas, porém,
o homem percebeu que
as coisas não são tão
simples assim. Há custos
indiretos embutidos nesse
processo que estão se
tornando mais evidentes e,
no limite, põem em risco
a manutenção da vida na
Terra.
EXTRAÇÃO
Desde que o homem dominou a
produção de bens em grande escala
e passou a se concentrar em grandes
cidades, em meados do século XIX,
o meio ambiente sofreu grandes modificações. Cursos de rios foram alterados e poluídos, florestas inteiras
foram eliminadas para gerar energia
e abrir espaço para a agricultura, o
mar recebeu toneladas e toneladas
de dejetos e a atmosfera foi infectada com os mais diversos tipos de
gases. A conseqüência? A ameaça real
de tornar o mundo inabitável em algumas décadas, se algo não for feito.
A principal fonte de energia do
homem é o petróleo, um combustível que fica armazenado em grandes
reservas sob a crosta terrestre.
Quando ele é queimado, para movimentar veículos e indústrias, uma
série de substâncias é lançada ao ar.
O problema é que a natureza não
previa essa subversão de papéis e
não consegue regenerar essas substâncias, que vão se acumulando e são
consideradas a principal causa do
aquecimento global.
PRODUÇÃO
Sabe aquele inofensivo produtinho
que você comprou do camelô por um
preço inacreditavelmente baixo? Pois
bem: você pagou baratinho por ele e,
mesmo que quebre em dois dias, não
há problema. Basta comprar outro,
de tão barato que é. Só que, antes de
fazer isso, veja se vale a pena.
Você pode ter desembolsado bem
pouco, mas o custo indireto desse
produto pode ser enorme. Os danos
começam já na extração da matériaprima: será que uma empresa que
produz algo tão barato segue boas
práticas ambientais? É muito provável que não. Os problemas continuam na hora da transformação.
Será que ele não foi manufaturado
por crianças? Ou por adultos que
cumprem jornadas de trabalho desumanas, em locais insalubres? Além
disso, antes de chegar às suas mãos,
o produto pode ter percorrido uma
longa distância. Já que estamos falando de transporte, vamos direto ao
próximo item...
Destaque
atitude
Novembro/Dezembro2008
13
om o mundo?
pas do atual sistema econômico-produtivo
DISTRIBUIÇÃO
A economia globalizada exige a
operação em grandes escalas e a busca
incessante por reduções de custos.
Esse comportamento, paradoxalmente, acaba gerando um enorme custo
ambiental. Nas últimas duas décadas, a
Ásia firmou-se como a principal região
de manufatura do planeta. Todos os
dias, navios e aviões lotados de mercadorias dos mais diversos tipos – de
carros de luxo a brinquedos – partem
do continente para as mais diferentes
regiões do mundo.
Quanto mais quilômetros esses
produtos percorrem, mais nocivos
eles se tornam ao meio ambiente.
Muitas empresas e indivíduos acabam adotando a prática da neutralização de carbono para compensar
os gases tóxicos emitidos nesse processo – eles plantam árvores capazes
de absorver a mesma quantidade de
poluição gerada. A atitude é digna
de elogios, mas insuficiente. Alguns
cálculos mostram que não haveria
espaço na superfície terrestre para
plantar todas as árvores necessárias
para que o carbono fosse completamente neutralizado.
CONSUMO
Um cálculo recente estima que
o homem já utiliza 30% a mais de
recursos do que o planeta consegue
oferecer. E o ritmo de consumo
cresce rapidamente, sobretudo nos
países desenvolvidos. O padrão de
consumo de uma família de classe
média dobrou em 50 anos nos Estados Unidos. O efeito desse processo
é perverso: quanto mais se consome,
mais perto ficamos do esgotamento
da própria fonte de toda a riqueza:
os recursos naturais.
Evidentemente, as pessoas não
deixarão de consumir – se algo assim
acontecesse, a crise global ficaria
ainda mais grave. Por isso, o advento
de novas técnicas de produção, de
materiais inovadores e de modelos
alternativos de distribuição são tão
importantes para a preservação do
meio ambiente.
O consumidor, por sua vez, precisa
adquirir consciência e responsabilidade sobre seus atos. Nunca na história
o ato de comprar produtos e serviços
teve uma dimensão tão importante
quanto hoje. O que se decide em cada
compra, afinal, é o futuro do planeta.
RECICLAGEM
Você já parou para pensar na
quantidade de coisas que compra e
acabam no lixo? Não? Um economista
inglês não só parou para pensar como
fez o cálculo e chegou à assombrosa
conclusão de que 99% do que consumimos encontra o caminho do lixo
em seis meses.
Sim, apenas 1% de tudo aquilo que
colocamos dentro de casa permanece por mais tempo com a gente.
Muitas pessoas já despertaram para
a necessidade de reciclar o lixo, de
estender a vida útil dos produtos
ao máximo e de utilizar materiais
regeneráveis.
Mas, novamente, tais nobres atitudes não resolvem o problema. A
quantidade de produtos que escapam aos esquemas de reciclagem é
enorme. Os aterros sanitários das
grandes cidades são cada vez maiores e mais difíceis de administrar.
Para piorar, quando se queima o lixo,
o que é feito em larga escala em
várias partes do mundo, uma infinidade de substâncias tóxicas ganha a
atmosfera.
atitude
atitude
Novembro/Dezembro2008
Destaque
14
O planeta que queremos
Produzir e gerar riqueza são atos
primordiais para o desenvolvimento
humano. O crescimento da economia permite que mais pessoas
sejam incluídas na sociedade.
Esse ciclo virtuoso, porém, deixa
um rastro alarmante de destruição
ambiental e injustiça social.
EXTRAÇÃO
O planeta dá sinais inequívocos de
que não suporta mais a exploração
desenfreada de recursos naturais. Por
outro lado, a humanidade precisa deles para continuar viva. A solução? Não
existe uma fórmula mágica. A princípio, é preciso adotar matérias-primas
recicláveis e recursos renováveis em
grande escala. A produção de papel
e celulose certificados com o uso de
árvores que são depois replantadas é
um bom exemplo dessa prática.
PRODUÇÃO
No mundo desenvolvido, as
fábricas são locais limpos e
arejados, que recebem cidadãos
adultos para jornadas de trabalho
com duração máxima determinada por lei. Em vários países
pobres, porém, a realidade é a
oposta, o que provoca danos
físicos e psíquicos irreparáveis a
crianças, jovens e adultos. Além
de combater essas circunstâncias
inadmissíveis, é preciso apostar na
eficiência. Fazer mais com menos
gasto de matéria-prima e energia.
Preservar o meio ambiente e
criar boas condições de vida para
todos requer mudanças na forma
como a economia se organiza.
As boas práticas ambientais e
sociais devem ser encaradas como
prioritárias pelas empresas, governos e instituições. Se essa postura
DISTRIBUIÇÃO
Várias entidades e indivíduos
preocupados com os danos causados pelas longas distâncias percorridas entre os locais de fabricação
e os mercados consumidores estão
sugerindo a adoção de ciclos econômicos locais. Ou seja: privilegiar
produtos e serviços feitos em
sua própria comunidade. O efeito
colateral benéfico dessa medida é o
fortalecimento da economia local e
a diminuição das desigualdades.
não for adotada em larga escala,
as próximas gerações chegarão a
um planeta exaurido e com poucas
condições de oferecer qualidade de
vida. A boa notícia é que, a cada dia,
surgem modelos de produção alternativos aos tradicionais. Conheça
alguns deles:
CONSUMO
A solução é consumir de maneira
racional, assumindo a responsabilidade
e tendo noção das conseqüências das
suas decisões de compra. O consumidor tem um papel fundamental nesse
processo de mudanças, pois pode
rejeitar produtos ou serviços feitos
sem respeito ao meio ambiente e às
pessoas. Saber a origem e conhecer as
práticas dos fabricantes e prestadores
de serviços é, portanto, o primeiro
passo para se tornar um consumidor
consciente. Quanto mais gente adotar
essa postura, mais empresas passarão a
considerar as boas práticas.
RECICLAGEM
Recicle, recicle e recicle. Mas não
basta separar o papel, o plástico, o vidro e os metais do lixo orgânico. Antes
de jogar qualquer coisa fora, pense
bem se ela ainda não tem alguma utilidade para você. Ou se não pode ter
alguma serventia para algum conhecido
seu. Procure entidades beneficentes e
cooperativas de catadores, que muitas
vezes se dispõem inclusive a custear o
transporte do material descartado. Um
pouco de criatividade pode poupar o
planeta de alguns dejetos que, se não
forem reaproveitados, ficarão décadas
e décadas poluindo o ambiente.
Ética
atitude
Novembro/Dezembro2008
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Defesa da livre
concorrência
reforçada
A Philips inclui capítulo sobre
antitruste nas Diretrizes dos PGN
A
caba de sair do forno a nova edição das Diretrizes
dos Princípios Gerais de Negócios (PGN) da Philips.
O documento, que foi distribuído aos funcionários e
também está disponível na intranet, atualiza a forma como
são postas em prática no dia-a-dia dos negócios as normas
que regulam a atuação da empresa e de seus empregados
em todos os países, ditadas conceitualmente pelos PGN.
A grande novidade é a introdução de um capítulo
especialmente dedicado a disciplinar a postura da empresa diante da legislação antitruste. “A Philips sempre
defendeu e promoveu o princípio da livre concorrência”,
afirma Luis Felipe Mosquera, diretor jurídico da Philips
do Brasil. “Daí a preocupação em evitar que seus funcionários e prestadores de serviço participem de situações
que violem esse princípio.”
Mosquera lembra que é crescente a preocupação dos
governos em todo o mundo em combater as mais diferentes formas de práticas anticoncorrenciais, como acertos de
preços, condições de pagamento, cotas e divisão territorial
Sinal vermelho
O capítulo Antitruste das Diretrizes determina que é expressamente vedada qualquer forma de discussão, troca de
informações ou acordo entre a Philips e seus concorrentes
a respeito dos tópicos abaixo:
l Preço, faixas de preço, reajustes de preço, estimativas de
preço ou tendência de preço;
l descontos, margens, sobretaxas ou outros componentes
de preço;
l termos e condições de uma proposta da Philips em
resposta a uma concorrência (pública ou privada);
l intenção da Philips de participar ou não de uma
concorrência;
l distribuição de clientes;
Mosquera:
Philips sempre
discutiu o tema
internamente
entre competidores. “A Philips sempre tratou do assunto
internamente”, diz Mosquera. “A novidade é que agora
colocou suas posições num documento específico.”
O desrespeito à legislação antitruste costuma custar
caro. “As penalizações podem ir de pesadas multas até
a prisão dos infratores, sem contar a publicidade adversa e o desgaste da imagem da Philips”, afirma Mosquera.
Segundo ele, as áreas da Philips do Brasil que estão mais
expostas ao contato com o mercado – vendas, comercial,
finanças e os líderes de negócios – receberão um treinamento especial sobre o capítulo Antitruste ainda no
primeiro trimestre de 2009. n
lidentidade
de clientes;
de mercado ou áreas
geográficas onde a Philips ou qualquer um
de seus concorrentes estejam ou não em
atividade ou expansão;
l divisão de mercado (por exemplo: regras de
conduta, pactos de não-agressão, cessar fogo,
proteção do status quo);
l boicote coletivo;
l capacidade de produção e fornecimento;
l troca de informações confidenciais sobre
inteligência de mercado, termos e condições oferecidas
aos clientes ou faturamento por cliente.
lsegmentos
atitude
atitude
Novembro/Dezembro2008
Panorama
16
O futuro em construção
Relatório de Sustentabilidade
2007-2008 projeta o amanhã
O
Relatório de Sustentabilidade América Latina
2007-2008 – o único produzido por uma região da
companhia, independentemente da Philips mundial,
foi lançado em novembro numa edição bilíngüe (português
e espanhol). Disponível na intranet e na internet, cobre
as ações da companhia entre o início de 2007 e o final do
primeiro semestre de 2008. O título escolhido – Um futuro
todo dia – sintetiza o que se vê registrado nas 160 páginas
do Relatório.
Cada uma das diversas ações de sustentabilidade
relatadas tem duas dimensões: lidam com o cotidiano e
resolvem uma questão atual, contemporânea. Ao mesmo
tempo, porém, mostram que é possível apontar caminhos
para um futuro melhor e que a resolução para os grandes
problemas da humanidade passa pela sustentabilidade.
“A inovação sempre foi um atributo da Philips e é um
componente essencial para enfrentarmos os atuais desafios
globais”, diz Daurio Speranzini Jr., vice-presidente de
Cuidados com a Saúde e Sustentabilidade da Philips para a
América Latina, em texto publicado no Relatório.
Inovar significa encontrar um jeito diferente, mais
eficiente e menos agressivo ao meio ambiente de fazer
as coisas. E, a julgar pela abrangência do Relatório 20072008, a tarefa não é das mais fáceis. Embora a questão
ambiental salte aos olhos à primeira vista, por conta de
sua importância para um planeta que se vê gravemente
ameaçado pelas mudanças climáticas, a sustentabilidade
engloba muito mais aspectos: da gestão financeira
responsável ao contato com as comunidades vizinhas
às unidades da Philips; do bem-estar e segurança dos
funcionários e seus familiares ao relacionamento sadio
com os fornecedores; do auxílio a demandas sociais, como
o preenchimento de lacunas educacionais e de saúde, à
valorização das minorias no local de trabalho.
“O Relatório mostra como estamos lidando com
esses e com outros muitos desafios”, diz Renata Macedo,
coordenadora de Sustentabilidade da Philips LatAm e
da publicação. “O que nos move é a certeza de que o
mundo todo, um dia, vai despertar para a importância
das ações sustentáveis para a preservação do planeta
e da sociedade.” O leque de ações de responsabilidade
corporativa é mesmo enorme. As luzes instaladas pela
Philips Argentina na estação de Marambio, na Antártida,
figuram em destaque no Relatório, assim como os projetos
de voluntariado da Philips do Brasil e o desenvolvimento
de produtos verdes, que até 2010 deverão representar 30%
das vendas totais da companhia.
Para dar conta de tantos assuntos, as 160 páginas da
publicação foram divididas em quatro áreas principais:
Responsabilidade Individual, Responsabilidade Ambiental,
Responsabilidade Econômica e Responsabilidade Social.
Além disso, o Relatório dedica espaços exclusivos à
apresentação da estratégia de sustentabilidade global
da Philips, às ações de eficiência energética, à área de
Cuidados com a Saúde e ao diálogo com os vários públicos
e instituições interessados na atuação da empresa (os
chamados stakeholders).
E, já que estamos falando de um jeito inovador
e responsável de lidar com as coisas, a produção do
Relatório não poderia fugir à regra. A publicação não
apenas segue as diretrizes da Global Reporting Initiative
(GRI), uma entidade que estabelece padrões mundiais para
Panorama
atitude
Novembro/Dezembro2008
17
a produção de relatórios de sustentabilidade, como passou
por um processo de auditoria antes de ser publicado. O
parecer da BSD Consulting, publicado na última página,
atesta que a Philips LatAm atingiu o nível B da terceira
versão do manual da GRI, numa escala que vai de A+ até
C e define a abrangência e a qualidade das informações
prestadas. “Esta edição representa um avanço tanto no
conteúdo quanto na forma”, diz Renata. “As práticas
sustentáveis estão sendo incorporadas a um número cada
vez maior de instâncias da Philips, o que exigiu a produção
de um Relatório mais completo e abrangente.”
Para facilitar a leitura e aumentar o grau de
transparência no fornecimento das informações, a Philips
incluiu ícones nas páginas da publicação. Eles indicam quais
itens da GRI estão sendo atendidos por aquelas determinadas
informações. Outros símbolos incluídos mostram a relação
das ações com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
(conjunto de metas socioeconômicas estipuladas pela
Organização das Nações Unidas para os países atingirem
até 2015), com os Dez Princípios do Pacto Global (também
definidos pela ONU, com foco na comunidade empresarial)
e com as áreas consideradas sensíveis pelo Instituto Ethos
de Responsabilidade Social, entidade brasileira formada por
empresários e executivos.
Para quem vive o dia-a-dia da Philips, ler o Relatório
poderia parecer, em princípio, um exercício repetitivo.
No entanto, atravessar suas 160 páginas é, talvez, a
melhor forma de perceber como as ações sustentáveis
se combinam, se interligam e ganham corpo dentro da
companhia. Em outras palavras: é um maneira gratificante
de ver o futuro em construção. n
atitude
atitude
Novembro/Dezembro2008
Artigo
18
Liderança para a
sustentabilidade
Executivos responsáveis sabem reconhecer e utilizar a favor
a força das empresas na construção de uma nova lógica
Flávia Moraes (*)
O
tempo em que vivemos pode, de certo ponto de
vista, ser encarado como uma época de grandes
avanços. A população mundial tem maior expectativa de vida e mais acesso à educação e à saúde do que
em qualquer outra era, embora essas condições não sejam
equilibradas e ainda existam regiões sem nenhum acesso a
bens e serviços. Olhando por outro ângulo, antigas questões
como a fome, a violência e a má distribuição de riqueza,
junto ao esgotamento dos recursos ambientais, ainda nos
mantêm em desequilíbrio social e apresentam risco à nossa
própria sobrevivência e à do planeta.
Se por um lado reconhecemos os progressos alcançados
pela tecnologia da informação, pela medicina e por outros setores, ainda enfrentamos conflitos que levam a guerras, causados por disputas econômicas, religiosas, étnicas e políticas. Da
mesma forma, antigas doenças permanecem fazendo inúmeras
vítimas no mundo.
E o que as empresas têm a ver com isso?
Nas últimas décadas, grandes avanços foram proporcionados à humanidade pelas tecnologias desenvolvidas dentro
de laboratórios de empresas. A intermediação das relações
entre seres humanos muitas vezes é feita por organizações
empresariais. Cada vez mais, as questões relacionadas ao
nosso futuro estão integradas ao cotidiano das relações
entre as empresas e a sociedade.
O poder econômico, tão facilmente visível, tem se deslocado e se concentrado nas organizações com fins lucrativos.
Ou seja: nas empresas. Das cem maiores entidades econômicas no mundo, 51 são empresas e 49 são países. As 200
maiores corporações mundiais são responsáveis por um
quarto da atividade econômica global, enquanto empregam
menos de 1% de sua força de trabalho.
E que papel cabe aos líderes dessas empresas?
O que fica muito evidente nesse contexto é a responsabilidade individual de cada líder na construção da responsabilidade corporativa. Responsabilidade está inexoravelmente associada ao poder e ao livre-arbítrio. Maior o poder de
decisão e liberdade de escolha que um indivíduo dentro da
organização tem para realizar algo, maior a responsabilidade
associada a essa decisão ou ação.
Não podemos perder a perspectiva de que todos os
dias, dentro da empresa, estamos tomando decisões que
afetam a vida das pessoas, seja por impactar o meio ambiente, seja por provocar maior desigualdade ou, ainda, por
limitar e excluir setores de nossa sociedade.
A responsabilidade individual é inerente à condição
humana de refletir, planejar, escolher e interferir em seu
meio. Não há como jogar a culpa sobre o sistema, o governo, o clima etc.
Os líderes responsáveis têm a percepção da interdependência entre os fenômenos sociais, ambientais e econômicos. São conscientes de que o poder concentrado nas
grandes empresas globalizadas pode ser usado a serviço
da construção de uma nova lógica que venha a atender aos
grandes desafios impostos pelo nosso tempo: escassez de
recursos ambientais, envelhecimento da população e falta
de acesso a bens e serviços em muitas regiões.
Esses líderes levarão suas companhias a gerir os negócios
buscando a sustentabilidade empresarial, pois entendem que o
futuro está reservado para as instituições capazes de agregar
valor à sociedade, de oferecer soluções para os desafios
impostos e de inovarem sua gestão, incluindo o meio
ambiente e os interesses de todos os públicos interessados
(stakeholders) em suas decisões – o que inclui funcionários
(em primeiro lugar), comunidade, clientes e governo.
A Philips está iniciando um programa de Educação de Lideranças para a Sustentabilidade em parceria com a Fundação
Dom Cabral. O maior desafio desse programa é mostrar que,
embora a responsabilidade socioambiental e econômica da
empresa seja uma questão coletiva, a empresa só será sustentável se cada líder da Philips assumir para si a sua responsabilidade individual na construção dessa nova realidade. n
* Flávia Moraes atuou por 24 anos na área de sustentabilidade da
Philips. Foi gerente-geral do setor até agosto de 2008. Atualmente, é
consultora, no comando da FCM Consultoria em Sustentabilidade.
Bom Exemplo
atitude
Novembro/Dezembro2008
19
Uma questão de etiqueta
Fabricante de lingerie inclui mensagens sobre a saúde da mulher em seus produtos
Tereza Joça, da Sanny (à
esq.): iniciativa reconhecida
nacionalmente
A
Sanny Underwear é uma fabricante de lingerie de
Fortaleza, no Ceará. A empresa, fundada em 1968
e com capacidade para produzir 150 mil peças de
calcinhas e sutiãs por ano, seria apenas mais uma das muitas
confecções instaladas no nordeste brasileiro não fosse por
uma etiqueta de pano pregada em cada peça: no caso dos
sutiãs, a etiqueta reproduz uma frase de incentivo ao autoexame do câncer de mama; as calcinhas trazem um lembrete recomendando o uso da camisinha.
Criada pela diretora de produtos e sócia da Sanny,Tereza Helena de Paula Joça, a idéia das mensagens na lingerie
acabou de ser consagrada nacionalmente com a conquista
de dois importantes prêmios. Formada em sociologia,Tereza
havia recém-assumido, no ano 2000, junto com uma irmã, a
empresa da família, quando resolveu incluir a etiqueta com
a frase “Se toque” nos sutiãs da Sanny. “É uma mensagem
óbvia”, diz Tereza. “Até hoje fico surpresa com a boa repercussão que ela provoca.”
No ano seguinte, foi a vez da frase “Use camisinha” passar
a vir escrita em uma etiqueta nas calcinhas da marca.“Nessa
época, estava crescendo muito a incidência de Aids entre as
mulheres que não participavam dos grupos de risco”, afirma
Tereza.“Foi uma forma de ajudar a alertar nossas consumidoras para a necessidade da prevenção.” De lá para cá, apenas um
revendedor da marca reclamou do conteúdo da mensagem,
por motivos religiosos.“Mas é um caso isolado”, diz.“As pessoas costumam achar a iniciativa muito positiva.”
Adicionar uma etiqueta a mais às peças tem, é claro,
um custo financeiro para a Sanny. “Mas é um custo que
fazemos questão de manter, seja qual for a circunstância”,
diz Tereza. Na verdade, a empresária planeja aumentar seus
gastos com mensagens dirigidas às mulheres. Em 2009, os
produtos da empresa virão com uma etiqueta de papel
com informações sobre violência contra a mulher e a
importância da denúncia de abusos.
Neste ano, Tereza resolveu inscrever a Sanny no
prêmio do Conselho Empresarial Nacional para Prevenção ao HIV e Aids (Cenaids). Suas etiquetas informativas,
aliadas a um intenso trabalho de educação de seu público
interno, saíram vitoriosas na categoria Médias Empresas.
A conquista da premiação do Cenaids levou a um convite
da Associação Brasileira da Qualidade de Vida (ABQV)
para que a Sanny concorresse ao seu prêmio. A empresa
venceu na categoria Inovação. “O mais importante desses
prêmios é a divulgação da idéia”, diz Tereza, que até hoje
não viu seu exemplo ser seguido por nenhum fabricante
de lingerie. “Não ia achar nada ruim que nos copiassem.
Ao contrário, ficaria muito feliz.” n
atitude
atitude
Novembro/Dezembro2008
Em Ação
20
Saúde no coração
Semana previne contra riscos cardiovasculares
Batendo mais forte: participação dos
funcionários foi intensa em São Paulo
P
elo segundo ano consecutivo,
a Philips do Brasil realizou a
Semana do Coração, com o
objetivo de conscientizar os funcionários sobre os riscos das doenças
cardiovasculares e da importância
dos hábitos saudáveis para a preservação da saúde.
Os funcionários do Philips Business
Center, em São Paulo, tiveram uma
semana repleta de atividades, como
um café-da-manhã com sucos especiais, uma aula de culinária saudável,
a realização de exames de saúde e o
treinamento de técnicas de ressuscitamento cardiopulmonar.
Nas fábricas, houve uma intensa
campanha de comunicação sobre o
assunto. O evento foi criado para
coincidir com o Dia Mundial do
Coração, comemorado sempre no
último domingo de setembro.
A Semana do Coração surgiu no
ano passado como forma de divulgação do projeto Falando de Coração,
patrocinado pela Philips e realizado
em escolas públicas de São Paulo.
“A necessidade inicial era divulgar
esse projeto para o público interno,
mas percebemos que havia uma série
de oportunidades para trabalhar
conceitos de qualidade de vida com
os funcionários”, diz Marcus Nakagawa,
assessor de Sustentabilidade da Philips
na América Latina.
Também participaram da organização do evento os departamentos
de Saúde, Segurança do Trabalho e
Qualidade de Vida, Cuidados com
a Saúde e Produtos de Consumo/
Estilo de Vida. “Foi um verdadeiro
trabalho no estilo One Philips”, diz
Nakagawa.
Além de realizar exames e disseminar práticas saudáveis entre os
funcionários, a Semana serviu para
que todos pudessem conhecer (e
ver em funcionamento) os equipamentos da recém-constituída Philips
Dixtal. “O apoio do pessoal de Cuidados com a Saúde foi fundamental
para o sucesso da Semana”, diz
Nakagawa. Os aparelhos da Philips
Walita, por sua vez, propiciaram o
café-da-manhã saudável, realizado
no My Space. n
O papel do
Green IT
O Green IT é o principal
projeto interno de eficiência
energética lançado pela Philips em
2008. Seu escopo abrange desde a
adoção de políticas de terceirização dos equipamentos e redes, já
realizada nos anos anteriores, até a
padronização de monitores, redesenho da política de compras, uso
mais eficiente de computadores
e descarte e reciclagem de materiais, como DVDs, CDs, cartuchos,
toners e papel. A idéia é motivar os
funcionários para assumir sua responsabilidade ambiental individual.
A primeira onda do projeto no
país teve como tema a reciclagem
de papel A4 das impressoras e copiadoras do Philips Business Center (PBC), em São Paulo. Cartazes
sobre a campanha, estimulando os
funcionários a separar o papel em
caixas coletoras, foram espalhados pelos andares.
A julgar pelos primeiros
resultados, o Green IT “pegou”:
entre agosto e outubro, foram
recolhidos 384 quilos de papel,
posteriormente encaminhados à
reciclagem, pela Gráfica Bandeirantes, parceira da Philips. Mais
tarde, o mesmo ator que havia
visitado a empresa no início do
projeto para estimular a colaboração dos funcionários, voltou ao
PBC trazendo o papel reciclado.
Fim do ciclo: ator exibe papel reciclado
Em Ação
atitude
Novembro/Dezembro2008
21
Eficiência energética
com humor e diversão
Almanaque mostra a criatividade
dos estudantes que passaram pelo
Aprendendo Com a Natureza
O
Na sala de aula:
Almanaque
é utilizado
como apoio ao
aprendizado
Almanaque da Eficiência Energética
páginas em branco para que os estudantes exercitem a
criatividade.
“A idéia é fazer com que os novos alunos desempenhem o papel de leitores-escritores”, diz Renata.“O Almanaque pode servir como fonte de consulta ou como
ponto de partida para suas próprias obras.”
O trabalho conta também com um texto de apresentação de Yoon Y. Kim, vice-presidente de Iluminação da
Philips do Brasil. “Esperamos que esta publicação possa
representar um incentivo à criação de propostas alternativas para trabalhar o tema da educação ambiental e
da eficiência energética”, escreve Kim. Nessa empreitada, a Philips contou com o apoio do Instituto Akatu pelo
Consumo Consciente. “Este é tipicamente um trabalho
de consumo consciente, e da melhor qualidade”, registrou Hélio Mattar, presidente do Instituto Akatu. n
RESPOSTAS: 1) A eletricidade; 2) a lâmpada
que é o que é? Que chega velozmente, mas não
tem pernas? O que é o que é? Que traz luz, mas
não é o sol?
Se você não souber as respostas a essas duas perguntas, vai encontrá-las no pé desta página. Elas fazem parte
das atrações publicadas pelo Almanaque da Eficiência
Energética, elaborado pelo projeto Aprendendo Com a
Natureza (ACN) da Philips do Brasil.
Lançado no começo do segundo semestre, o Almanaque traz em suas 56 páginas contribuições individuais
e coletivas de estudantes das terceiras e quartas séries
do ensino fundamental das escolas públicas integradas
ao projeto em 2007. Ao todo, o ACN reuniu naquele ano
24 mil alunos de 80 escolas de localidades onde a Philips
atua, como Capuava, São Paulo, Varginha, Recife e Manaus,
envolvendo a participação de um exército de 600 professores e 180 voluntários funcionários da companhia.
A decisão de editar um almanaque, encarado como
produto final do ano letivo das turmas do ACN, coincide
com a eleição pela Philips da eficiência energética como
um dos focos de sua atuação na área de sustentabilidade.
“Até então, o projeto tinha como escopo a biodiversidade”, diz Renata Macedo, coordenadora de Sustentabilidade da Philips na América Latina.
Segundo ela, foi uma tarefa árdua selecionar entre os
mais de 7.000 trabalhos recebidos os que acabaram sendo reproduzidos no Almanaque. “É uma grande motivação para as crianças ver o que produziram ser publicado
no ano seguinte.”
O repertório do Almanaque, ilustrado com desenhos
dos próprios estudantes, é variado. Vai de perguntas e
adivinhações jogos dos sete erros, caça-palavras, cartas
enigmáticas e passo-a-passo para a confecção de brinquedos, como um catavento, até dicas para economizar
energia.
Com tiragem de 20 mil exemplares confeccionados em papel reciclado, o Almanaque reserva ainda 20
atitude
atitude
Novembro/Dezembro2008
Funcionário Cidadão
22
Renata Cesário é
assistente de comunicação corporativa na sede
da Philips em São Paulo.
Trabalha na empresa há
dois anos e começou a
atuar como voluntária
do projeto Doe Vida em
junho de 2008.
Por que você decidiu
ser voluntária do projeto Doe Vida?
Acho o tema do projeto
muito importante. Acredito que posso ajudar
os alunos a pensar um
pouco na carreira e a
planejar o futuro.
O que mais a satisfaz
como voluntária?
Sair da ação sabendo que
Geraldo F. Silva (Viva e
Deixe Viver – Capuava)
“Conheci o projeto por
intermédio de um colega
do RH da Philips em São
Paulo. Ele já era voluntário
do Viva e Deixe Viver e me
relatou sobre o mundo
que se escondia por trás
daquele avental colorido
que os Contadores de
passei o recado desejado.
Sinto que cumpri minha
missão quando recebo um
agradecimento dos alunos
após a aula.
Qual é a recompensa
com esse trabalho?
Saio da aula muito mais
leve e me sentindo bem
comigo mesma. Sei que
estou colaborando com
a sociedade de alguma
forma.
O que você diria aos
colegas que gostariam
de ser voluntários?
Que doar um pouquinho
do seu tempo vale muito
a pena. Colaborem para
melhorarmos a qualidade
de vida de todos nós.
n
História usam. Foi aí que
tive a certeza de que esse
era o tipo de voluntariado
que eu gostaria de fazer.
É impossível descrever
a recompensa que nós,
voluntários, temos quando
terminamos nossa atuação.
Poder levar momentos de
descontração e alegria para
as crianças e conseguir
desconectá-las, por alguns
minutos que seja, daquele
ambiente um tanto frio
que é o hospital, e ainda
ganhar um sorriso, é mais
do que uma recompensa, é
a certeza de que estamos
fazendo a coisa certa.” n
Rosângela de Oliveira
Spinelli (Aprendendo
Com a Natureza –
Recife) “Achei o projeto
muito interessante por
atuar diretamente com
crianças e abordar questões ambientais. A educação atual é carente desses
assuntos, que devem ser
tratados o quanto antes,
para que as gerações futuras sejam mais conscientes.
Saber que estou fazendo
parte desse processo de
conscientização, ajudando
na formação dos alunos, é
muito gratificante. Quando estou na sala de aula e
os alunos participam das
atividades e respondem às
perguntas, sei que plantei
uma sementinha, contribuindo para a educação das
crianças que serão o futuro
do nosso país.” n
Pequenas Atitudes
atitude
Novembro/Dezembro2008
23
Férias divertidas... e responsáveis
– Oba! Oba! Estou de férias! – disse o Dudu.
– Eu também! Eu também!– comemorou a Carmelinha.
– Que bom, meus amiguinhos. Vocês cumpriram suas
obrigações e agora têm todo o direito de se divertir –
observou o Philipinho. – Vocês vão fazer o que nas férias?
A pequena Carmela nem titubeou para responder:
– O papai e a mamãe vão me levar à praia.
O Dudu também já tinha planos definidos. – Vou passar
esse tempo na casa dos meus avós, que moram aqui na
cidade. A casa deles é enorme, com um jardim grandão.
– Que legal! – disse o Philipinho. – Tenho certeza que
vocês serão muito felizes nestas férias. Mas saibam que
podem tomar algumas atitudes muito importantes sem
perder um minuto de diversão.
– Como assim? – perguntou Carmelinha.
– É fácil – afirmou Philipinho. – Basta que vocês pensem nas conseqüências dos seus atos. Por exemplo: embora chova bastante nesta época do ano, é muito comum
faltar água no litoral. Isso porque as cidades mais procuradas pelos turistas muitas vezes não estão preparadas para
receber tanta gente durante o verão.
– Mas o que eu devo fazer quando estiver na praia?
Devo deixar de beber água? – indagou Carmelinha.
– Não, você deve tomar bastante água para não se de-
sidratar com o calor – respondeu Philipinho. – Mas você
e sua família devem se preocupar ao máximo em tomar
banhos rápidos e não gastar água à toa.
– Vovô adora brincar com a água da mangueira... –
revelou Dudu.
– Essa brincadeira é uma delícia, mas diga para o
seu avô que não podemos desperdiçar água – disse
Philipinho.
– Vou dizer sim.
– Tem muita coisa legal pra fazer no lugar do banho
de mangueira, lembrou o Philipinho. – Peça ao seu avô
para levá-lo a um teatro ou a um parque. De preferência,
faça esses programas a pé, pois assim vocês não gastam
combustível e conhecem melhor a cidade.
– Mas eu conheço a cidade... – retrucou o menino.
– É claro que conhece – admitiu Philipinho. – Mas tenho
certeza que se você e seu avô saírem a pé ou de ônibus,
vão conhecer lugares que nem sabiam que existiam.
– Poxa, é verdade – concordou a Carmelinha. – A mamãe sempre me convida para caminhar com ela na praia,
mas nunca vou. Acho que vou dar uma chance a ela...
– Dêem uma chance a vocês mesmos e ao planeta –
concluiu Philipinho. – E suas férias serão ainda melhores.
Divirtam-se! E até o ano que vem amiguinhos.
atitude
atitude
Novembro/Dezembro2008
Pequenas Atitudes
24
Agora que você já sabe como
é fácil ser responsável com o meio ambiente
durante as férias, quero que você faça um desenho bem
bonito.Tente colocar no papel as coisas mais legais que você
pretende fazer (ou já fez) para ajudar na preservação do
planeta nessas férias. Capriche.
Beijos e abraços a todos,
Philipinho.
Você pode mandar via correio ou, se o seu pai/mãe trabalha na
Philips, pode enviar por malote até 28 de fevereiro de 2009.
Nome: .....................................................................................................................Idade:...........................................................................
Endereço: ......................................................................................................................................................................................................
Cidade/Estado: ..........................................................................................................................CEP:..........................................................
Nome do pai/mãe: ............................................................................Unidade ou empresa:...................................................................
Envie para:
Philips – Departamento de Sustentabilidade
A/C Renata Macedo
Rua Verbo Divino, 1400 – 1º andar
Chácara Santo Antônio
04719-002 São Paulo (SP)
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Revista Atitude: Novembro/ Dezembro 2008