Novembro/Dezembro 2008atitude Novembro/Dezembro2008 Revista de Sustentabilidade da Philips América Latina Iluminados e sustentáveis Embelezamento com tecnologia de ponta combinado à educação ambiental é a receita da Philips para seus projetos de eficiência energética na América Latina Basílica de Guanajuato, no México: compromisso com a sustentabilidade atitude atitude Novembro/Dezembro2008 Sumário 2 Entidades, associações parceiras e reconhecimentos: Instituto ETHOS de Empresas e Responsabilidade Social 11 ENCARTE A crise e o futuro do planeta Saiba como a turbulência financeira global pode ajudar o meio ambiente. 6 REPORTAGEM DE CAPA Iluminados e sustentáveis A Philips combina sua tecnologia de iluminação com iniciativas de educação para disseminar os conceitos de eficiência energética pela América Latina. A cidade mexicana de Guanajuato, com seus túneis (foto acima), serve de exemplo para a estratégia, também em execução em San Pedro de Atacama, no Chile, e Purmamarca, na Argentina. No Brasil, o projeto Aprendendo Com a Natureza leva a mensagem da sustentabilidade às escolas. 15 ÉTICA Pelo livre mercado Luiz Mosquera detalha novo capítulo sobre antitruste nas Diretrizes dos PGN. 18 ARTIGO A consultora Flávia Moraes fala sobre a importância do trabalho de formação de líderes para a sustentabilidade. 19 16 Panorama Memória registrada Relatório de Sustentabilidade 2007-2008 da Philips LatAm registra ações e aponta soluções para o futuro. BOM EXEMPLO A confecção Sanny, de Fortaleza, faz lingerie com mensagens sobre câncer de mama e doenças sexualmente transmissíveis. SEÇÕES Mais Simples 4 0 Em Ação 2 22Funcionário Cidadão 23 Pequenas Atitudes Atitude é uma publicação da área de Sustentabilidade da Philips América Latina. É permitida a reprodução de todo o material desta edição, agradecendo-se a citação da fonte - JORNALISTA RESPONSÁVEL Fernanda de Carvalho (Mtb. 17.056) COORDENAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE Renata Macedo COORDENAÇÃO EDITORIAL Ricardo Vicalvi e Elaine Martins COLABORAÇÃO Brasil: Marcus Nakagawa e representantes do Comitê de Sustentabilidade Argentina: Maria Soledad Barrera e Maria Alejandra Grignani Chile: Christianne Rocha, Natalia Gibernau e Adriana Guajardo México: Félix Ramirez North LatAm: Arturo Echeverri ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA Rua Verbo Divino, 1400, 1º andar, CEP 04719-002, Chácara Santo Antônio, São Paulo, SP [email protected] ENDEREÇO NA INTERNET www.sustentabilidade.philips.com.br REDAÇÃO Barravento Editorial ([email protected]) ARTE E PRODUÇÃO LPCVisual ([email protected]) www.akatu.org.br Editorial atitude Novembro/Dezembro2008 3 Iniciativa e responsabilidade A s cidades de San Pedro de Atacama, no Chile, Purmamarca, na Argentina, e Guanajuato, no México, têm algo a mais em comum, além de ser pontos históricos de valor reconhecido no mundo todo: elas são marcos de experiências de embelezamento urbano baseado na eficiência energética, às quais se costumam conjugar iniciativas educacionais patrocinadas pela Philips na América Latina. Em linhas gerais, os projetos desenvolvidos nesses locais dão início a um círculo virtuoso com inúmeras repercussões positivas. O primeiro e mais evidente benefício é a valorização do patrimônio histórico desses lugares, recuperando-os para a atividade turística, com a instalação de novos e modernos equipamentos de iluminação. Como conseqüência, as pessoas que vivem nas localidades beneficiadas sentem-se prestigiadas e passam a valorizar mais suas raízes e sua história – além, é claro, de poder voltar a freqüentar em segurança locais que antes permaneciam às escuras durante a noite. Os projetos da Philips, no entanto, vão muito além da preocupação com a iluminação, como você lerá na reportagem de capa desta revista. De uma forma ou de outra, eles mobilizam as comunidades locais em torno da questão da eficiência energética. Os equipamentos urbanos iluminados com tecnologias que consomem energia de maneira mais racional passam a servir de referência para uma nova postura dos habitantes. Os estudantes e professores cumprem um papel fundamental nesse processo, ao servir como catalisadores e multiplicadores de uma nova atitude perante o consumo de energia e do respeito ao meio ambiente como um todo, como mostra a ação pioneira no Brasil do projeto Aprendendo Com a Natureza, também retratado na reportagem. San Pedro, Purmamarca e Guanajuato, juntas, possuem pouco mais de 160 mil habitantes. São cidadãos chilenos, argentinos e mexicanos que, a partir de agora, compartilham um sonho e uma responsabilidade com a Philips. O sonho é levar essa experiência a dezenas de milhões de habitantes da América Latina. A responsabilidade, da qual a Philips se orgulha de carregar desde o princípio dos anos 1970, é justamente tornar realidade o sonho de um mundo sustentável. Aproveito para desejar a todos um 2009 repleto de saúde e qualidade de vida. Daurio Speranzini Jr. Vice-Presidente de Cuidados com a Saúde e Sustentabilidade da Philips na América Latina atitude atitude Novembro/Dezembro2008 Mais Simples 4 Prêmio às boas práticas Philips é mais uma vez incluída entre as 20 empresas-modelo do Guia Exame A disseminação das boas práticas em sua cadeia de fornecedores foi um dos trunfos que garantiram à Philips do Brasil a inclusão no seleto grupo das 20 empresas-modelo do Guia Exame de Sustentabilidade 2008. Produzido pela Exame, uma das mais influentes revistas brasileiras de negócios, o Guia é considerado uma referência na área de responsabilidade social corporativa no país. Da edição deste ano participaram 177 empresas de médio e grande porte, reunindo nomes como Basf, Wal-Mart, AES e Natura, entre outros. Na reportagem dedicada à Philips, o Guia Exame destacou o projeto de auditoria de sustentabilidade promovido pela companhia entre seus principais fornecedores. Iniciado em 2003 pela matriz, na Holanda, o programa já envolveu mais de 70 fornecedores das diferentes áreas de negócios da Philips brasileira (veja a capa da edição de Setembro/Outubro de 2008 Equipe de responsabilidade: Monique Balestro, Renata Macedo, Marisol Urcisichi, Marcus Nakagawa, Flávia Moraes, Daurio Speranzini Jr., Claudia Santiago, Wilson Monteiro e Albert Holzhacker, após cerimônia de premiação da Atitude para conhecer melhor o programa). “O objetivo é estabelecer um alinhamento com os fornecedores, de modo que todos tenham a mesma estratégia em relação à sustentabilidade”, declarou ao Guia Daurio Speranzini Jr., vice-presidente do setor de Cuidados com a Saúde e de Sustentabilidade da Philips LatAm, que representou a Philips na cerimônia de premiação, realizada no Teatro Alfa, em São Paulo, no dia 29 de outubro. Trata-se da quarta vez que a companhia alcança o feito: antes disso, já fora agraciada em 2003, 2005 e 2007. “A isenção, o rigor e a credibilidade do Guia Exame valorizam esse prêmio, que é um reconhecimento de que tratamos a sustentabilidade como uma questão estratégica”, afirma Speranzini. n Qualidade consistente E m 2003, a Associação Brasileira de Qualidade de Vida premiou o programa Mais Vida, da Philips do Brasil. Cinco anos depois, o programa foi novamente lembrado pela entidade, durante a cerimônia de premiação do XIII Prêmio Nacional de Qualidade de Vida, no início de dezembro, em São Paulo. A Philips e mais três empresas – Avon, Hospital Albert Einstein e Natura, além do Tribunal Regional Federal de Brasília – receberam uma homenagem especial por ter dado continuidade aos seus programas internos de estímulo à qualidade de vida, todos reconhecidos em 2003 e mantidos em pleno funcionamento. Renato Barreiros, responsável pelo departamento de Saúde, Segurança do Trabalho e Qualidade de Vida, representou a companhia na premiação. A Philips também foi reconhecida pela Agência Brasil de Segurança com o prêmio “Top em gestão de Segurança e Saúde do Trabalho - Categoria Ouro” e com o título de “Mérito em Segurança e Saúde no Trabalho”. n Barreiros: visão de longo prazo Mais Simples atitude Novembro/Dezembro2008 5 Angola contra a Aids R epresentantes do Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social de Angola passaram um dia na sede da Philips LatAm para conhecer o Programa de Tratamento e Prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis/Aids e o projeto de responsabilidade social Doe Vida. A visita foi intermediada pelo Ministério da Saúde do Brasil, que está ajudando a nação africana a controlar a propagação do HIV. Além da Philips, as autoridades angolanas visitaram empresas como o Banco Itaú e a construtora Odebrecht, em busca de experiências bemsucedidas de ações de prevenção no local de trabalho. Angola possui 17 milhões de habitantes, dos quais cerca de 1,2 milhão contaminado pelo HIV. Para entender como o país chegou a esse ponto, é preciso retornar a 1975, ano em que Angola se tornou independente de Portugal e passou a viver um violento conflito político interno. Em 2002, quando a guerra civil finalmente terminou, as infraestruturas de saúde, educação e saneamento básico do país estavam destruídas. A responsável pela área de Emprego do ministério angolano, Ra- Cenaids: 10 anos O quel Pinto, disse que a experiência brasileira no combate à doença será de grande utilidade para seu país. "Viemos aqui para aprender", afirmou Raquel. O gerente de Saúde, Segurança do Trabalho e Qualidade de Vida da Philips, Renato Barreiros, disse que a visita foi positiva para todos. “Pudemos tomar contato com a realidade angolana e dar nossa contribuição para o futuro do país”, afirmou. n Doe Vida em destaque A Philips do Brasil recebeu Menção Honrosa do Prêmio von Martius de Sustentabilidade 2008, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha. O reconhecimento deu-se em função do projeto de responsabilidade social Doe Vida, que leva informação sobre doenças sexualmente transmissíveis e gravidez não-planejada a jovens estudantes da rede pública. A cerimônia de premiação ocorreu em Curitiba, no início de novembro. n Conselho Empresarial Nacional para Prevenção ao HIV e Aids (Cenaids) completou dez anos de existência no início de outubro.A organização reúne 17 empresas e instituições atuantes no combate à Aids no Brasil – Philips incluída. A data foi marcada com a realização do VIII Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida e pelo V Simpósio de Educação Continuada. A Philips participou dos eventos com a palestra “Responsabilidade Social, Sustentabilidade e Competitividade nas Organizações”, proferida pela coordenadora de Sustentabilidade na América Latina, Renata Macedo. Também ocorreu a distribuição do Prêmio Nacional Cenaids no Mundo do Trabalho. As vencedoras foram a Riclan, indústria do interior paulista; a paraibana Sanny Confecções (veja reportagem na página 19); e o Conselho Regional de Administração do Distrito Federal. n atitude atitude Novembro/Dezembro2008 Capa 6 Iluminados e sustentáveis A Philips combina embelezamento e educação ambiental em seus projetos de eficiência energética na América Latina L A segunda etapa do “Guanajuato, Cidade Luz” será enocalizada a 400 quilômetros da capital mexicana, tregue em fevereiro de 2009. Prevê a iluminação das galerias Guanajuato, hoje com cerca de 160 mil habitantes, é subterrâneas por onde escoam 80% do trânsito veicular considerada o berço da Independência do país.Ali, em urbano de Guanajuato, que na superfície é recortada por 16 de setembro de 1810, um exército liderado pelo vielas estreitas. Esse sistema peculiar, único no mundo, tem padre Miguel Hidalgo enfrentou as tropas da Coroa Espanhoorigem nos antigos túneis de mineração da prata. Restaurala, dando início a um processo de lutas intensas, só concluído dos, foram transformados em vias expressas. onze anos depois. As ruelas ladeadas por casas pintadas de Finalmente, a terceira etapa, que deverá ser iniciada em cores vivas dão a Guanajuato uma luminosidade sem igual. abril do próximo ano, contempla a iluminação dos vilarejos Importante centro minerador de prata, a cidade mostrou sua centenários que cercam a cidade. “Guanajuato é uma luz riqueza edificando formosas mansões coloniais, monumentos que mostra o caminho da sustentabilidade na iluminação históricos e parques, como a Basílica de Nossa Senhora de urbana”, afirma Paulo Simas, presidente da Guanajuato, a Praça da Paz e o Jardim da Philips no México. Isso implica soluções que União, entre dezenas de exemplos. Reduzir em 20% são melhores para o meio ambiente e, ao Em 1998, Guanajuato ganhou status de mesmo tempo, satisfaçam as necessidades de Patrimônio Histórico da Humanidade pela o consumo de uma cidade moderna. O projeto executado Unesco.Agora, se depender da Philips do energia evita pela Philips terá um triplo papel: embelezar o México, vai poder reivindicar um novo patrimônio histórico, favorecendo o incrementítulo: o de um dos berços da eficiência a emissão de to do turismo; aumentar o bem-estar e a seguenergética na América Latina. Explica-se: 15 milhões de rança da população e dos visitantes; e reduzir a empresa está implantando em parceria toneladas de CO os gastos com energia. Guanajuato terá uma com a prefeitura local e com o governo do 2 economia energética anual de 30%, segundo as Estado de Guanajuato um ambicioso plano primeiras estimativas. diretor de iluminação da cidade, batizado A experiência de Guanajuato é um marco do compromisso de “Guanajuato, Cidade Luz”. O plano diretor é semelhanda Philips com a sustentabilidade e mostra o quanto a emprete ao de cidades históricas européias e não tem similar na sa pode contribuir para a causa da eficiência energética com região. Focado na eficiência energética, com o emprego da seus produtos e práticas. Líder mundial na área de sistemas mais moderna tecnologia de iluminação da Philips, o projeto de iluminação, a companhia sabe do que está falando quando está sendo executado em três etapas. o assunto é a questão ambiental. Aos números: 19% de toda a A primeira fase, já concluída, constou da iluminação do energia gerada no mundo é consumida com iluminação. Para centro histórico da cidade, coincidindo com a realização complicar, sabe-se que 70% da luz gerada está baseada em do Festival Internacional Cervantino (FIC), um dos maiores tecnologias menos eficientes, algumas datadas da década de eventos culturais do planeta, realizado entre os dias 8 e 26 1950. Calcula-se, numa visão conservadora, que a economia de outubro. A 36ª edição do FIC reuniu mais de 400 mil de 20% em iluminação em todos os países da América Latina pessoas com shows de música, teatro, dança, sessões de permitiria a poupança anual de 6 bilhões de euros. Isso equicinema e exposições de artes plásticas. Capa atitude Novembro/Dezembro2008 7 Centro histórico de Guanajuato, no México: Patrimônio da Humanidade como símbolo da eficiência energética; túneis (acima) ganharão nova iluminação vale à produção anual de energia de 30 usinas termelétricas de porte médio. Ao mesmo tempo, as repercussões sobre o meio ambiente seriam fantásticas, ao propiciar uma redução na emissão de 15 milhões de toneladas de carbono na atmosfera. Daí a importância da adoção das novas tecnologias, como as que estão sendo empregadas pela Philips não só em Guanajuato, mas em outras partes da América Latina, combinada com ações de educação ambiental. Chile dá o exemplo Tome-se o exemplo pioneiro do Chile. Em outubro de 2006, a Philips inaugurou o projeto “Ilha de Páscoa Fica Iluminada”, tocado em conjunto com a Fundação Casa da Paz. O aspecto mais vistoso do projeto foi, sem dúvida, a iluminação dos Moai, as milenares esculturas gigantes de pedra que fizeram a Ilha também ser declarada Patrimônio Cultural da Humanidade, em 1995. Porém, ali foi feito mais do que a adoção da tecnologia de ponta na iluminação dos Moai.Voluntários Philips e da Casa da Paz, com o apoio de estudantes, percorreram as residências, substituindo lâmpadas incandescentes por outras mais eficientes. O projeto contou, ainda, com a distribuição nas escolas de livretos informativos. Aquela experiência fez escola. Neste ano, a Philips do Chile escolheu a pequena San Pedro de Atacama, plantada no Deserto de Atacama, o mais árido do mundo, a 1.670 quilômetros ao norte de Santiago, a capital do país, para replicar o modelo em parceria com a Casa de la Paz. Das três etapas previstas, duas foram cumpridas até agora: a da educação ambiental, com o objetivo de sensibilização dos 2.500 habitantes de San Pedro, e a realização de um concurso para a escolha do cartaz e do slogan do projeto. “Cuidemos da nossa eletricidade como cuidamos da cultura” foi a frase escolhida e estampada sobre um desenho estilizado da Torre de Toconao, um dos dois monumentos históricos a serem iluminados. O trabalho de conscientização da comunidade, que envolveu a distribuição de cartilhas com dicas sobre economia de energia e a troca de lâmpadas residenciais, contou com a ajuda do Team Verde, composto por voluntários Philips, da Casa da Paz, funcionários da prefeitura de San Pedro e estudantes, que visitaram casa por casa, sob o sol escaldante da região de deserto. “Esse projeto é fundamental, pois gera um impacto real na vida da comunidade”, diz Marcelo Padovani, presidente atitude atitude Novembro/Dezembro2008 Capa 8 Torre de Toconao, no Chile: luz nova em janeiro; Team Verde distribui lâmpadas e folhetos à população de San Pedro de Atacama da Philips do Chile. “Além disso, estamos semeando um futuro melhor para as futuras gerações.” A terceira e última fase, a de iluminação de marcos históricos, está em andamento, com inauguração prevista para o começo de 2009. Um deles é a Igreja de San Pedro, construída no começo do século XVII pelos colonizadores espanhóis. O segundo é justamente a Torre de Toconao, erguida em 1750, principal atração turística do vizinho vilarejo de Toconao. “Essa iniciativa da Philips permitirá a criação de uma cultura de economia e de uso eficiente da energia entre nós”, afirma Sandra Berna, prefeita de San Pedro. Experiência inesquecível Outra ação da política de sustentabilidade voltada para a eficiência energética na América Latina acabou de ser protagonizada pela Philips Argentina. Sua origem foi o concurso Philips Vida de 2007, que teve como tema propostas alternativas e ações para o uso racional de energia elétrica. Saiu vencedor o projeto “Luz nova para minha cidade”, apresentado pela Associação Purmamarca e pela Biblioteca Popular Vitilpolco, de Purmamarca, cidadezinha de mil habitantes da província de Jujuy, no noroeste da Argentina. “O projeto resultou de uma ampla mobilização de todos os setores da sociedade local, das autoridades municipais aos empresários e moradores”, afirma Maria Alejandra Grignani, gerente de Comunicação Corporativa e de Sustentabilidade da Philips da Argentina. Graças ao concurso Philips Vida, Purmamarca passou a contar com um moderno e eficiente sistema de iluminação Philips em alguns de seus mais importantes monumentos históricos e edificações públicas. Figuram na lista o Cabildo (Câmara de Vereadores), a Igreja de Santa Rosa de Lima, a Praça 9 de Julho, os prédios da Biblioteca, da Prefeitura e do Registro Civil, além do Algarrobo, a figueira centenária que serviu de abrigo para os soldados do general Manuel Belgrano, herói da independência argentina. A luz que deu nova vida para Purmamarca impactou positivamente seus moradores, que agora poderão desfrutar da beleza noturna de seus marcos históricos.“Um dos nossos sonhos se tornou realidade”, diz Lucy Vilte, responsável pela Biblioteca Vitilpolco.“Conseguimos iluminar o coração do povoado, reduzindo o consumo e aumentando a duração da luz.” A empolgação de Lucy contagiou os funcionários da Philips Argentina que estiveram em Purmamarca. Isso pode ser sentido no relato de Soledad Barrera, da equipe de comunicação da Philips, que participou da inauguração do projeto, no início Conscientização precoce Aprendendo Com a Natureza leva a sustentabilidade à sala de aula D esde 2002, cerca de 80 mil alunos de escolas públicas do ensino fundamental já participaram do projeto Aprendendo Com a Natureza, realizado pela Philips do Brasil. O projeto está integrado aos currículos de 80 estabelecimentos das cidades de São Paulo (SP), Mauá (SP), Varginha (MG), Recife (PE) e Manaus (AM). Seu objetivo é despertar a consciência ambiental nas crianças, chamando sua atenção para o tema da sustentabilidade do planeta, com ênfase especial na eficiência energética. O projeto conta com a consultoria da La Fabbrica, uma empresa especializada em projetos culturais e atitude Novembro/Dezembro2008 Capa 9 Igreja de Santa Rosa e Base de Marambio: a Philips presente em Purmamarca e na Antártida A estratégia de combinar iluminação de qualidade, embelezamento e eficiência energética ganhou corpo e se espalhou nos últimos anos pela Philips LatAm. Na própria Argentina já foi empregada na iluminação da Base de Marambio, posto avançado da Força Aérea do país na Antártida. Na base, postes equipados com potentes refleto- res LEDs garantem a segurança da guarnição de 54 soldados e oficiais em seus deslocamentos noturnos sob as mais rigorosas condições climáticas – no inverno, por causa dos ventos, a sensação térmica pode chegar a 60 graus Celsius negativos. Na Colômbia, a tecnologia Philips está presente, por exemplo, na iluminação do Castelo São Felipe de Barajas, tido como o mais importante complexo defensivo edificado pela engenharia militar espanhola na América Latina. No Brasil, o trabalho começou pela recuperação, em dezembro de 2006, da Praça Casa Forte, em Recife, um importante ponto turístico da capital de Pernambuco, iluminada com o sistema Cosmopolis, que garantiu uma economia de educacionais de cunho social. O conteúdo do material didático produzido para divulgar as mensagens do Aprendendo Com a Natureza é levado aos estudantes (17 mil inscritos em 2008), todos eles na faixa etária de 6 a 9 anos, por um contingente de 600 professores associados ao projeto e 150 voluntários Philips. Em seus seis anos de existência, o Aprendendo Com a Natureza exibe um saldo mais do que positivo. Segundo Renata Macedo, coordenadora de Sustentabilidade da Philips LatAm, em 2005, uma avaliação que envolveu 6.500 alunos e mais de 2.000 pais, definiu-o como um projeto de alto impacto educacional. “Os entrevistados destacaram a influência significativa do projeto tanto na formação de valores ambientais entre os alunos quanto no estímulo à sua responsabilidade cidadã”, afirma Renata. Outra forma de reconhecimento ao projeto veio em 2008, com a decisão da Prefeitura de Varginha de transformar o Aprendendo Com a Natureza em política pública, integrando as atividades do projeto ao currículo básico de 19 escolas do município. Embora ainda seja um projeto restrito ao Brasil na modelagem atual, a influência do Aprendendo Com a Natureza começou a se estender pela região. Em agosto deste ano, a Philips Argentina lançou um programa educativo próprio, batizado de “Cuidemos do meio ambiente economizando energia”. Tendo como meta a conscientização para o uso eficiente e para o consumo responsável de energia, a iniciativa envolve 100 escolas, públicas e privadas, da Grande Buenos Aires. O mesmo material também foi fornecido a 17 escolas da Terra do Fogo, província onde está situada uma das fábricas de televisores da Philips LatAm. n de novembro: “Foi uma experiência incrível. Conhecer as pessoas da cidade, ouvi-las e entender por que esse projeto era realmente importante para elas foi uma experiência pessoal que jamais esquecerei”. LEDs na Antártida atitude atitude Novembro/Dezembro2008 Capa 10 Castelo de São Felipe de Barajas, em Cartagena, na Colômbia, e ponte Octávio Frias de Oliveira, em São Paulo: estratégia de combinar iluminação de qualidade, embelezamento e eficiência energética 65% de energia em relação aos métodos convencionais. Mais recentemente, ganharam grande repercussão dois projetos executados em São Paulo. Um deles, no início do ano, foi a modernização da Sala São Paulo, considerada a melhor sala de concertos da América Latina, com a substituição de 2.400 luminárias internas e 200 conjuntos de lâmpadas externas. A mesma tecnologia utilizada na Sala São Paulo foi aplicada na iluminação da ponte estaiada Octávio Frias de Oliveira, o mais novo cartão-postal de São Paulo, inaugurada em maio passado. Projeto Escola Além da produção de sistemas de iluminação tecnologicamente avançados, um dos pilares da atuação da companhia é a educação e conscientização para a eficiência energética e defesa do meio ambiente. Nesse campo, um dos trabalhos mais consistentes e duradouros é, sem dúvida, o projeto Aprendendo Com a Natureza (ACN), em curso desde 2002 na Philips brasileira. Orientado para levar a mensagem da sustentabilidade a crianças do ensino fundamental, o ACN já atingiu mais de 80 mil estudantes em seus seis anos de existência (veja o quadro à página 8). Sua atuação chamou a atenção da diretoria mundial de mudança climática da Philips. A diretoria incluiu um dos estabelecimentos de ensino integrados ao ACN, a Escola Estadual Josepha Dogo Damo, do Jardim Camila, em Mauá, no chamado Projeto Escola, que visa mostrar a estudantes de algumas cidades o impacto do consumo energético e a importância dos créditos de carbono. Também participam da iniciativa escolas das cidades de Chicago (Estados Unidos), Hamburgo (Alemanha), Johannesburgo (África do Sul) e Pequim (China). Com 400 estudantes, a escola de Mauá atende uma população de poucos recursos. A parte pedagógica do Projeto Escola é suprida pelos professores do ACN e pelos voluntários Philips que lá atuam (a fábrica de Capuava fica no município). A novidade trazida pelo projeto da matriz é a substituição total do sistema de iluminação atualmente existente por lâmpadas fluorescentes e reatores eletrônicos de última geração. “Vamos garantir aos alunos uma iluminação de alto rendimento, mostrando ao mesmo tempo a suas famílias como é possível melhorar a qualidade de vida de seus filhos”, diz Lamaro Parreira, gerente de Marketing do setor de Iluminação da Philips Brasil. Segundo ele, o projeto estará concluído no início do ano letivo de 2009. n Destaque atitude Novembro/Dezembro2008 11 Um desafio do tamanho do planeta E m setembro, os jornais começaram a noticiar uma crise financeira global. Gerada nos Estados Unidos, a maior economia do mundo, ela rapidamente se espalhou por outros países, levando bancos à quebra, investidores ao desespero, empresas produtivas a mergulhar em dificuldades e trabalhadores ao desemprego. Se você não entendeu exatamente o que aconteceu, não se preocupe. Causas de fenômenos desse tipo são extremamente complexas e desafiam até os especialistas. A crise do setor imobiliário dos Estados Unidos, um problema aparentemente local, gerou uma reação em cadeia sem precedentes no mercado financeiro global. A incapacidade dos americanos honrar as dívidas contraídas em operações de financiamento e de refinanciamento de seus imóveis, possibilitadas por um ambiente de crédito farto e expansão econômica, levou tradicionais bancos e entidades habitacionais à falência – eles só não deixaram de funcionar graças à ajuda do governo americano. Como o mercado financeiro trabalha interligado, a crise generalizouse rapidamente pelo mundo. Tomar dinheiro emprestado ficou mais caro e mais difícil – tanto para empresas de grande porte quanto para o consumidor final. Essa escassez de dinheiro no mercado levou as principais economias do mundo a parar de crescer (ou até mesmo a diminuir de tamanho) e ameaça interromper o ciclo de prosperidade das chamadas econo- mias emergentes (grupo de países do qual fazem parte as nações latinoamericanas). A situação é grave, mas não existem motivos para pânico. O mundo não vai acabar, ao contrário do que parecem sugerir algumas manchetes sobre a crise. Mas o fato é que a dimensão dos problemas exige uma resposta contundente. Para muitos especialistas, a crise atual é um sintoma de esgotamento do atual sistema econômico. O planeta é um sistema fechado, finito, e anda dando sinais claros de que não suportará por muito mais tempo, sem conseqüências drásticas, um sistema que privilegia o consumo sem consciência. Se, de fato, a crise vai provocar mudanças econômicas profundas, só o tempo dirá. Mas não há dúvidas que os modelos alternativos, baseados em princípios sustentáveis, passarão a ser vistos com outros olhos e considerados. A crise representa, portanto, uma ótima oportunidade para que métodos de produção menos agressivos e práticas de consumo responsável ganhem espaço na sociedade. Nas próximas páginas, você vai ver o que há de errado com a forma como o mundo produz e consome hoje. E, principalmente, vai descobrir que há alternativas mais inteligentes... As informações desse encarte foram extraídas de uma série de fontes, mas baseadas principalmente no trabalho dos economistas brasileiros Hugo Penteado, do Banco Real, Mario Monzoni, da Fundação Getúlio Vargas, e do site Story of Stuff (www.storyofstuff.com). r a n o i c le o c a r a P 7 atitude atitude Novembro/Dezembro2008 12 Destaque O que há de errado co Saiba quais são os problemas mais comuns em cada uma das etap A economia se organiza em cinco etapas principais: extração dos recursos naturais; transformação da matéria-prima em produtos; distribuição dessas mercadorias; consumo; e reciclagem dos objetos obsoletos. Quanto mais rápido esse ciclo é percorrido, mais rapidamente são geradas e distribuídas as riquezas, segundo a teoria econômica tradicional. De fato, esse ciclo é capaz de sustentar empregos, gerar renda para as pessoas e alimentar o desenvolvimento. Nas últimas décadas, porém, o homem percebeu que as coisas não são tão simples assim. Há custos indiretos embutidos nesse processo que estão se tornando mais evidentes e, no limite, põem em risco a manutenção da vida na Terra. EXTRAÇÃO Desde que o homem dominou a produção de bens em grande escala e passou a se concentrar em grandes cidades, em meados do século XIX, o meio ambiente sofreu grandes modificações. Cursos de rios foram alterados e poluídos, florestas inteiras foram eliminadas para gerar energia e abrir espaço para a agricultura, o mar recebeu toneladas e toneladas de dejetos e a atmosfera foi infectada com os mais diversos tipos de gases. A conseqüência? A ameaça real de tornar o mundo inabitável em algumas décadas, se algo não for feito. A principal fonte de energia do homem é o petróleo, um combustível que fica armazenado em grandes reservas sob a crosta terrestre. Quando ele é queimado, para movimentar veículos e indústrias, uma série de substâncias é lançada ao ar. O problema é que a natureza não previa essa subversão de papéis e não consegue regenerar essas substâncias, que vão se acumulando e são consideradas a principal causa do aquecimento global. PRODUÇÃO Sabe aquele inofensivo produtinho que você comprou do camelô por um preço inacreditavelmente baixo? Pois bem: você pagou baratinho por ele e, mesmo que quebre em dois dias, não há problema. Basta comprar outro, de tão barato que é. Só que, antes de fazer isso, veja se vale a pena. Você pode ter desembolsado bem pouco, mas o custo indireto desse produto pode ser enorme. Os danos começam já na extração da matériaprima: será que uma empresa que produz algo tão barato segue boas práticas ambientais? É muito provável que não. Os problemas continuam na hora da transformação. Será que ele não foi manufaturado por crianças? Ou por adultos que cumprem jornadas de trabalho desumanas, em locais insalubres? Além disso, antes de chegar às suas mãos, o produto pode ter percorrido uma longa distância. Já que estamos falando de transporte, vamos direto ao próximo item... Destaque atitude Novembro/Dezembro2008 13 om o mundo? pas do atual sistema econômico-produtivo DISTRIBUIÇÃO A economia globalizada exige a operação em grandes escalas e a busca incessante por reduções de custos. Esse comportamento, paradoxalmente, acaba gerando um enorme custo ambiental. Nas últimas duas décadas, a Ásia firmou-se como a principal região de manufatura do planeta. Todos os dias, navios e aviões lotados de mercadorias dos mais diversos tipos – de carros de luxo a brinquedos – partem do continente para as mais diferentes regiões do mundo. Quanto mais quilômetros esses produtos percorrem, mais nocivos eles se tornam ao meio ambiente. Muitas empresas e indivíduos acabam adotando a prática da neutralização de carbono para compensar os gases tóxicos emitidos nesse processo – eles plantam árvores capazes de absorver a mesma quantidade de poluição gerada. A atitude é digna de elogios, mas insuficiente. Alguns cálculos mostram que não haveria espaço na superfície terrestre para plantar todas as árvores necessárias para que o carbono fosse completamente neutralizado. CONSUMO Um cálculo recente estima que o homem já utiliza 30% a mais de recursos do que o planeta consegue oferecer. E o ritmo de consumo cresce rapidamente, sobretudo nos países desenvolvidos. O padrão de consumo de uma família de classe média dobrou em 50 anos nos Estados Unidos. O efeito desse processo é perverso: quanto mais se consome, mais perto ficamos do esgotamento da própria fonte de toda a riqueza: os recursos naturais. Evidentemente, as pessoas não deixarão de consumir – se algo assim acontecesse, a crise global ficaria ainda mais grave. Por isso, o advento de novas técnicas de produção, de materiais inovadores e de modelos alternativos de distribuição são tão importantes para a preservação do meio ambiente. O consumidor, por sua vez, precisa adquirir consciência e responsabilidade sobre seus atos. Nunca na história o ato de comprar produtos e serviços teve uma dimensão tão importante quanto hoje. O que se decide em cada compra, afinal, é o futuro do planeta. RECICLAGEM Você já parou para pensar na quantidade de coisas que compra e acabam no lixo? Não? Um economista inglês não só parou para pensar como fez o cálculo e chegou à assombrosa conclusão de que 99% do que consumimos encontra o caminho do lixo em seis meses. Sim, apenas 1% de tudo aquilo que colocamos dentro de casa permanece por mais tempo com a gente. Muitas pessoas já despertaram para a necessidade de reciclar o lixo, de estender a vida útil dos produtos ao máximo e de utilizar materiais regeneráveis. Mas, novamente, tais nobres atitudes não resolvem o problema. A quantidade de produtos que escapam aos esquemas de reciclagem é enorme. Os aterros sanitários das grandes cidades são cada vez maiores e mais difíceis de administrar. Para piorar, quando se queima o lixo, o que é feito em larga escala em várias partes do mundo, uma infinidade de substâncias tóxicas ganha a atmosfera. atitude atitude Novembro/Dezembro2008 Destaque 14 O planeta que queremos Produzir e gerar riqueza são atos primordiais para o desenvolvimento humano. O crescimento da economia permite que mais pessoas sejam incluídas na sociedade. Esse ciclo virtuoso, porém, deixa um rastro alarmante de destruição ambiental e injustiça social. EXTRAÇÃO O planeta dá sinais inequívocos de que não suporta mais a exploração desenfreada de recursos naturais. Por outro lado, a humanidade precisa deles para continuar viva. A solução? Não existe uma fórmula mágica. A princípio, é preciso adotar matérias-primas recicláveis e recursos renováveis em grande escala. A produção de papel e celulose certificados com o uso de árvores que são depois replantadas é um bom exemplo dessa prática. PRODUÇÃO No mundo desenvolvido, as fábricas são locais limpos e arejados, que recebem cidadãos adultos para jornadas de trabalho com duração máxima determinada por lei. Em vários países pobres, porém, a realidade é a oposta, o que provoca danos físicos e psíquicos irreparáveis a crianças, jovens e adultos. Além de combater essas circunstâncias inadmissíveis, é preciso apostar na eficiência. Fazer mais com menos gasto de matéria-prima e energia. Preservar o meio ambiente e criar boas condições de vida para todos requer mudanças na forma como a economia se organiza. As boas práticas ambientais e sociais devem ser encaradas como prioritárias pelas empresas, governos e instituições. Se essa postura DISTRIBUIÇÃO Várias entidades e indivíduos preocupados com os danos causados pelas longas distâncias percorridas entre os locais de fabricação e os mercados consumidores estão sugerindo a adoção de ciclos econômicos locais. Ou seja: privilegiar produtos e serviços feitos em sua própria comunidade. O efeito colateral benéfico dessa medida é o fortalecimento da economia local e a diminuição das desigualdades. não for adotada em larga escala, as próximas gerações chegarão a um planeta exaurido e com poucas condições de oferecer qualidade de vida. A boa notícia é que, a cada dia, surgem modelos de produção alternativos aos tradicionais. Conheça alguns deles: CONSUMO A solução é consumir de maneira racional, assumindo a responsabilidade e tendo noção das conseqüências das suas decisões de compra. O consumidor tem um papel fundamental nesse processo de mudanças, pois pode rejeitar produtos ou serviços feitos sem respeito ao meio ambiente e às pessoas. Saber a origem e conhecer as práticas dos fabricantes e prestadores de serviços é, portanto, o primeiro passo para se tornar um consumidor consciente. Quanto mais gente adotar essa postura, mais empresas passarão a considerar as boas práticas. RECICLAGEM Recicle, recicle e recicle. Mas não basta separar o papel, o plástico, o vidro e os metais do lixo orgânico. Antes de jogar qualquer coisa fora, pense bem se ela ainda não tem alguma utilidade para você. Ou se não pode ter alguma serventia para algum conhecido seu. Procure entidades beneficentes e cooperativas de catadores, que muitas vezes se dispõem inclusive a custear o transporte do material descartado. Um pouco de criatividade pode poupar o planeta de alguns dejetos que, se não forem reaproveitados, ficarão décadas e décadas poluindo o ambiente. Ética atitude Novembro/Dezembro2008 15 Defesa da livre concorrência reforçada A Philips inclui capítulo sobre antitruste nas Diretrizes dos PGN A caba de sair do forno a nova edição das Diretrizes dos Princípios Gerais de Negócios (PGN) da Philips. O documento, que foi distribuído aos funcionários e também está disponível na intranet, atualiza a forma como são postas em prática no dia-a-dia dos negócios as normas que regulam a atuação da empresa e de seus empregados em todos os países, ditadas conceitualmente pelos PGN. A grande novidade é a introdução de um capítulo especialmente dedicado a disciplinar a postura da empresa diante da legislação antitruste. “A Philips sempre defendeu e promoveu o princípio da livre concorrência”, afirma Luis Felipe Mosquera, diretor jurídico da Philips do Brasil. “Daí a preocupação em evitar que seus funcionários e prestadores de serviço participem de situações que violem esse princípio.” Mosquera lembra que é crescente a preocupação dos governos em todo o mundo em combater as mais diferentes formas de práticas anticoncorrenciais, como acertos de preços, condições de pagamento, cotas e divisão territorial Sinal vermelho O capítulo Antitruste das Diretrizes determina que é expressamente vedada qualquer forma de discussão, troca de informações ou acordo entre a Philips e seus concorrentes a respeito dos tópicos abaixo: l Preço, faixas de preço, reajustes de preço, estimativas de preço ou tendência de preço; l descontos, margens, sobretaxas ou outros componentes de preço; l termos e condições de uma proposta da Philips em resposta a uma concorrência (pública ou privada); l intenção da Philips de participar ou não de uma concorrência; l distribuição de clientes; Mosquera: Philips sempre discutiu o tema internamente entre competidores. “A Philips sempre tratou do assunto internamente”, diz Mosquera. “A novidade é que agora colocou suas posições num documento específico.” O desrespeito à legislação antitruste costuma custar caro. “As penalizações podem ir de pesadas multas até a prisão dos infratores, sem contar a publicidade adversa e o desgaste da imagem da Philips”, afirma Mosquera. Segundo ele, as áreas da Philips do Brasil que estão mais expostas ao contato com o mercado – vendas, comercial, finanças e os líderes de negócios – receberão um treinamento especial sobre o capítulo Antitruste ainda no primeiro trimestre de 2009. n lidentidade de clientes; de mercado ou áreas geográficas onde a Philips ou qualquer um de seus concorrentes estejam ou não em atividade ou expansão; l divisão de mercado (por exemplo: regras de conduta, pactos de não-agressão, cessar fogo, proteção do status quo); l boicote coletivo; l capacidade de produção e fornecimento; l troca de informações confidenciais sobre inteligência de mercado, termos e condições oferecidas aos clientes ou faturamento por cliente. lsegmentos atitude atitude Novembro/Dezembro2008 Panorama 16 O futuro em construção Relatório de Sustentabilidade 2007-2008 projeta o amanhã O Relatório de Sustentabilidade América Latina 2007-2008 – o único produzido por uma região da companhia, independentemente da Philips mundial, foi lançado em novembro numa edição bilíngüe (português e espanhol). Disponível na intranet e na internet, cobre as ações da companhia entre o início de 2007 e o final do primeiro semestre de 2008. O título escolhido – Um futuro todo dia – sintetiza o que se vê registrado nas 160 páginas do Relatório. Cada uma das diversas ações de sustentabilidade relatadas tem duas dimensões: lidam com o cotidiano e resolvem uma questão atual, contemporânea. Ao mesmo tempo, porém, mostram que é possível apontar caminhos para um futuro melhor e que a resolução para os grandes problemas da humanidade passa pela sustentabilidade. “A inovação sempre foi um atributo da Philips e é um componente essencial para enfrentarmos os atuais desafios globais”, diz Daurio Speranzini Jr., vice-presidente de Cuidados com a Saúde e Sustentabilidade da Philips para a América Latina, em texto publicado no Relatório. Inovar significa encontrar um jeito diferente, mais eficiente e menos agressivo ao meio ambiente de fazer as coisas. E, a julgar pela abrangência do Relatório 20072008, a tarefa não é das mais fáceis. Embora a questão ambiental salte aos olhos à primeira vista, por conta de sua importância para um planeta que se vê gravemente ameaçado pelas mudanças climáticas, a sustentabilidade engloba muito mais aspectos: da gestão financeira responsável ao contato com as comunidades vizinhas às unidades da Philips; do bem-estar e segurança dos funcionários e seus familiares ao relacionamento sadio com os fornecedores; do auxílio a demandas sociais, como o preenchimento de lacunas educacionais e de saúde, à valorização das minorias no local de trabalho. “O Relatório mostra como estamos lidando com esses e com outros muitos desafios”, diz Renata Macedo, coordenadora de Sustentabilidade da Philips LatAm e da publicação. “O que nos move é a certeza de que o mundo todo, um dia, vai despertar para a importância das ações sustentáveis para a preservação do planeta e da sociedade.” O leque de ações de responsabilidade corporativa é mesmo enorme. As luzes instaladas pela Philips Argentina na estação de Marambio, na Antártida, figuram em destaque no Relatório, assim como os projetos de voluntariado da Philips do Brasil e o desenvolvimento de produtos verdes, que até 2010 deverão representar 30% das vendas totais da companhia. Para dar conta de tantos assuntos, as 160 páginas da publicação foram divididas em quatro áreas principais: Responsabilidade Individual, Responsabilidade Ambiental, Responsabilidade Econômica e Responsabilidade Social. Além disso, o Relatório dedica espaços exclusivos à apresentação da estratégia de sustentabilidade global da Philips, às ações de eficiência energética, à área de Cuidados com a Saúde e ao diálogo com os vários públicos e instituições interessados na atuação da empresa (os chamados stakeholders). E, já que estamos falando de um jeito inovador e responsável de lidar com as coisas, a produção do Relatório não poderia fugir à regra. A publicação não apenas segue as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), uma entidade que estabelece padrões mundiais para Panorama atitude Novembro/Dezembro2008 17 a produção de relatórios de sustentabilidade, como passou por um processo de auditoria antes de ser publicado. O parecer da BSD Consulting, publicado na última página, atesta que a Philips LatAm atingiu o nível B da terceira versão do manual da GRI, numa escala que vai de A+ até C e define a abrangência e a qualidade das informações prestadas. “Esta edição representa um avanço tanto no conteúdo quanto na forma”, diz Renata. “As práticas sustentáveis estão sendo incorporadas a um número cada vez maior de instâncias da Philips, o que exigiu a produção de um Relatório mais completo e abrangente.” Para facilitar a leitura e aumentar o grau de transparência no fornecimento das informações, a Philips incluiu ícones nas páginas da publicação. Eles indicam quais itens da GRI estão sendo atendidos por aquelas determinadas informações. Outros símbolos incluídos mostram a relação das ações com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (conjunto de metas socioeconômicas estipuladas pela Organização das Nações Unidas para os países atingirem até 2015), com os Dez Princípios do Pacto Global (também definidos pela ONU, com foco na comunidade empresarial) e com as áreas consideradas sensíveis pelo Instituto Ethos de Responsabilidade Social, entidade brasileira formada por empresários e executivos. Para quem vive o dia-a-dia da Philips, ler o Relatório poderia parecer, em princípio, um exercício repetitivo. No entanto, atravessar suas 160 páginas é, talvez, a melhor forma de perceber como as ações sustentáveis se combinam, se interligam e ganham corpo dentro da companhia. Em outras palavras: é um maneira gratificante de ver o futuro em construção. n atitude atitude Novembro/Dezembro2008 Artigo 18 Liderança para a sustentabilidade Executivos responsáveis sabem reconhecer e utilizar a favor a força das empresas na construção de uma nova lógica Flávia Moraes (*) O tempo em que vivemos pode, de certo ponto de vista, ser encarado como uma época de grandes avanços. A população mundial tem maior expectativa de vida e mais acesso à educação e à saúde do que em qualquer outra era, embora essas condições não sejam equilibradas e ainda existam regiões sem nenhum acesso a bens e serviços. Olhando por outro ângulo, antigas questões como a fome, a violência e a má distribuição de riqueza, junto ao esgotamento dos recursos ambientais, ainda nos mantêm em desequilíbrio social e apresentam risco à nossa própria sobrevivência e à do planeta. Se por um lado reconhecemos os progressos alcançados pela tecnologia da informação, pela medicina e por outros setores, ainda enfrentamos conflitos que levam a guerras, causados por disputas econômicas, religiosas, étnicas e políticas. Da mesma forma, antigas doenças permanecem fazendo inúmeras vítimas no mundo. E o que as empresas têm a ver com isso? Nas últimas décadas, grandes avanços foram proporcionados à humanidade pelas tecnologias desenvolvidas dentro de laboratórios de empresas. A intermediação das relações entre seres humanos muitas vezes é feita por organizações empresariais. Cada vez mais, as questões relacionadas ao nosso futuro estão integradas ao cotidiano das relações entre as empresas e a sociedade. O poder econômico, tão facilmente visível, tem se deslocado e se concentrado nas organizações com fins lucrativos. Ou seja: nas empresas. Das cem maiores entidades econômicas no mundo, 51 são empresas e 49 são países. As 200 maiores corporações mundiais são responsáveis por um quarto da atividade econômica global, enquanto empregam menos de 1% de sua força de trabalho. E que papel cabe aos líderes dessas empresas? O que fica muito evidente nesse contexto é a responsabilidade individual de cada líder na construção da responsabilidade corporativa. Responsabilidade está inexoravelmente associada ao poder e ao livre-arbítrio. Maior o poder de decisão e liberdade de escolha que um indivíduo dentro da organização tem para realizar algo, maior a responsabilidade associada a essa decisão ou ação. Não podemos perder a perspectiva de que todos os dias, dentro da empresa, estamos tomando decisões que afetam a vida das pessoas, seja por impactar o meio ambiente, seja por provocar maior desigualdade ou, ainda, por limitar e excluir setores de nossa sociedade. A responsabilidade individual é inerente à condição humana de refletir, planejar, escolher e interferir em seu meio. Não há como jogar a culpa sobre o sistema, o governo, o clima etc. Os líderes responsáveis têm a percepção da interdependência entre os fenômenos sociais, ambientais e econômicos. São conscientes de que o poder concentrado nas grandes empresas globalizadas pode ser usado a serviço da construção de uma nova lógica que venha a atender aos grandes desafios impostos pelo nosso tempo: escassez de recursos ambientais, envelhecimento da população e falta de acesso a bens e serviços em muitas regiões. Esses líderes levarão suas companhias a gerir os negócios buscando a sustentabilidade empresarial, pois entendem que o futuro está reservado para as instituições capazes de agregar valor à sociedade, de oferecer soluções para os desafios impostos e de inovarem sua gestão, incluindo o meio ambiente e os interesses de todos os públicos interessados (stakeholders) em suas decisões – o que inclui funcionários (em primeiro lugar), comunidade, clientes e governo. A Philips está iniciando um programa de Educação de Lideranças para a Sustentabilidade em parceria com a Fundação Dom Cabral. O maior desafio desse programa é mostrar que, embora a responsabilidade socioambiental e econômica da empresa seja uma questão coletiva, a empresa só será sustentável se cada líder da Philips assumir para si a sua responsabilidade individual na construção dessa nova realidade. n * Flávia Moraes atuou por 24 anos na área de sustentabilidade da Philips. Foi gerente-geral do setor até agosto de 2008. Atualmente, é consultora, no comando da FCM Consultoria em Sustentabilidade. Bom Exemplo atitude Novembro/Dezembro2008 19 Uma questão de etiqueta Fabricante de lingerie inclui mensagens sobre a saúde da mulher em seus produtos Tereza Joça, da Sanny (à esq.): iniciativa reconhecida nacionalmente A Sanny Underwear é uma fabricante de lingerie de Fortaleza, no Ceará. A empresa, fundada em 1968 e com capacidade para produzir 150 mil peças de calcinhas e sutiãs por ano, seria apenas mais uma das muitas confecções instaladas no nordeste brasileiro não fosse por uma etiqueta de pano pregada em cada peça: no caso dos sutiãs, a etiqueta reproduz uma frase de incentivo ao autoexame do câncer de mama; as calcinhas trazem um lembrete recomendando o uso da camisinha. Criada pela diretora de produtos e sócia da Sanny,Tereza Helena de Paula Joça, a idéia das mensagens na lingerie acabou de ser consagrada nacionalmente com a conquista de dois importantes prêmios. Formada em sociologia,Tereza havia recém-assumido, no ano 2000, junto com uma irmã, a empresa da família, quando resolveu incluir a etiqueta com a frase “Se toque” nos sutiãs da Sanny. “É uma mensagem óbvia”, diz Tereza. “Até hoje fico surpresa com a boa repercussão que ela provoca.” No ano seguinte, foi a vez da frase “Use camisinha” passar a vir escrita em uma etiqueta nas calcinhas da marca.“Nessa época, estava crescendo muito a incidência de Aids entre as mulheres que não participavam dos grupos de risco”, afirma Tereza.“Foi uma forma de ajudar a alertar nossas consumidoras para a necessidade da prevenção.” De lá para cá, apenas um revendedor da marca reclamou do conteúdo da mensagem, por motivos religiosos.“Mas é um caso isolado”, diz.“As pessoas costumam achar a iniciativa muito positiva.” Adicionar uma etiqueta a mais às peças tem, é claro, um custo financeiro para a Sanny. “Mas é um custo que fazemos questão de manter, seja qual for a circunstância”, diz Tereza. Na verdade, a empresária planeja aumentar seus gastos com mensagens dirigidas às mulheres. Em 2009, os produtos da empresa virão com uma etiqueta de papel com informações sobre violência contra a mulher e a importância da denúncia de abusos. Neste ano, Tereza resolveu inscrever a Sanny no prêmio do Conselho Empresarial Nacional para Prevenção ao HIV e Aids (Cenaids). Suas etiquetas informativas, aliadas a um intenso trabalho de educação de seu público interno, saíram vitoriosas na categoria Médias Empresas. A conquista da premiação do Cenaids levou a um convite da Associação Brasileira da Qualidade de Vida (ABQV) para que a Sanny concorresse ao seu prêmio. A empresa venceu na categoria Inovação. “O mais importante desses prêmios é a divulgação da idéia”, diz Tereza, que até hoje não viu seu exemplo ser seguido por nenhum fabricante de lingerie. “Não ia achar nada ruim que nos copiassem. Ao contrário, ficaria muito feliz.” n atitude atitude Novembro/Dezembro2008 Em Ação 20 Saúde no coração Semana previne contra riscos cardiovasculares Batendo mais forte: participação dos funcionários foi intensa em São Paulo P elo segundo ano consecutivo, a Philips do Brasil realizou a Semana do Coração, com o objetivo de conscientizar os funcionários sobre os riscos das doenças cardiovasculares e da importância dos hábitos saudáveis para a preservação da saúde. Os funcionários do Philips Business Center, em São Paulo, tiveram uma semana repleta de atividades, como um café-da-manhã com sucos especiais, uma aula de culinária saudável, a realização de exames de saúde e o treinamento de técnicas de ressuscitamento cardiopulmonar. Nas fábricas, houve uma intensa campanha de comunicação sobre o assunto. O evento foi criado para coincidir com o Dia Mundial do Coração, comemorado sempre no último domingo de setembro. A Semana do Coração surgiu no ano passado como forma de divulgação do projeto Falando de Coração, patrocinado pela Philips e realizado em escolas públicas de São Paulo. “A necessidade inicial era divulgar esse projeto para o público interno, mas percebemos que havia uma série de oportunidades para trabalhar conceitos de qualidade de vida com os funcionários”, diz Marcus Nakagawa, assessor de Sustentabilidade da Philips na América Latina. Também participaram da organização do evento os departamentos de Saúde, Segurança do Trabalho e Qualidade de Vida, Cuidados com a Saúde e Produtos de Consumo/ Estilo de Vida. “Foi um verdadeiro trabalho no estilo One Philips”, diz Nakagawa. Além de realizar exames e disseminar práticas saudáveis entre os funcionários, a Semana serviu para que todos pudessem conhecer (e ver em funcionamento) os equipamentos da recém-constituída Philips Dixtal. “O apoio do pessoal de Cuidados com a Saúde foi fundamental para o sucesso da Semana”, diz Nakagawa. Os aparelhos da Philips Walita, por sua vez, propiciaram o café-da-manhã saudável, realizado no My Space. n O papel do Green IT O Green IT é o principal projeto interno de eficiência energética lançado pela Philips em 2008. Seu escopo abrange desde a adoção de políticas de terceirização dos equipamentos e redes, já realizada nos anos anteriores, até a padronização de monitores, redesenho da política de compras, uso mais eficiente de computadores e descarte e reciclagem de materiais, como DVDs, CDs, cartuchos, toners e papel. A idéia é motivar os funcionários para assumir sua responsabilidade ambiental individual. A primeira onda do projeto no país teve como tema a reciclagem de papel A4 das impressoras e copiadoras do Philips Business Center (PBC), em São Paulo. Cartazes sobre a campanha, estimulando os funcionários a separar o papel em caixas coletoras, foram espalhados pelos andares. A julgar pelos primeiros resultados, o Green IT “pegou”: entre agosto e outubro, foram recolhidos 384 quilos de papel, posteriormente encaminhados à reciclagem, pela Gráfica Bandeirantes, parceira da Philips. Mais tarde, o mesmo ator que havia visitado a empresa no início do projeto para estimular a colaboração dos funcionários, voltou ao PBC trazendo o papel reciclado. Fim do ciclo: ator exibe papel reciclado Em Ação atitude Novembro/Dezembro2008 21 Eficiência energética com humor e diversão Almanaque mostra a criatividade dos estudantes que passaram pelo Aprendendo Com a Natureza O Na sala de aula: Almanaque é utilizado como apoio ao aprendizado Almanaque da Eficiência Energética páginas em branco para que os estudantes exercitem a criatividade. “A idéia é fazer com que os novos alunos desempenhem o papel de leitores-escritores”, diz Renata.“O Almanaque pode servir como fonte de consulta ou como ponto de partida para suas próprias obras.” O trabalho conta também com um texto de apresentação de Yoon Y. Kim, vice-presidente de Iluminação da Philips do Brasil. “Esperamos que esta publicação possa representar um incentivo à criação de propostas alternativas para trabalhar o tema da educação ambiental e da eficiência energética”, escreve Kim. Nessa empreitada, a Philips contou com o apoio do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. “Este é tipicamente um trabalho de consumo consciente, e da melhor qualidade”, registrou Hélio Mattar, presidente do Instituto Akatu. n RESPOSTAS: 1) A eletricidade; 2) a lâmpada que é o que é? Que chega velozmente, mas não tem pernas? O que é o que é? Que traz luz, mas não é o sol? Se você não souber as respostas a essas duas perguntas, vai encontrá-las no pé desta página. Elas fazem parte das atrações publicadas pelo Almanaque da Eficiência Energética, elaborado pelo projeto Aprendendo Com a Natureza (ACN) da Philips do Brasil. Lançado no começo do segundo semestre, o Almanaque traz em suas 56 páginas contribuições individuais e coletivas de estudantes das terceiras e quartas séries do ensino fundamental das escolas públicas integradas ao projeto em 2007. Ao todo, o ACN reuniu naquele ano 24 mil alunos de 80 escolas de localidades onde a Philips atua, como Capuava, São Paulo, Varginha, Recife e Manaus, envolvendo a participação de um exército de 600 professores e 180 voluntários funcionários da companhia. A decisão de editar um almanaque, encarado como produto final do ano letivo das turmas do ACN, coincide com a eleição pela Philips da eficiência energética como um dos focos de sua atuação na área de sustentabilidade. “Até então, o projeto tinha como escopo a biodiversidade”, diz Renata Macedo, coordenadora de Sustentabilidade da Philips na América Latina. Segundo ela, foi uma tarefa árdua selecionar entre os mais de 7.000 trabalhos recebidos os que acabaram sendo reproduzidos no Almanaque. “É uma grande motivação para as crianças ver o que produziram ser publicado no ano seguinte.” O repertório do Almanaque, ilustrado com desenhos dos próprios estudantes, é variado. Vai de perguntas e adivinhações jogos dos sete erros, caça-palavras, cartas enigmáticas e passo-a-passo para a confecção de brinquedos, como um catavento, até dicas para economizar energia. Com tiragem de 20 mil exemplares confeccionados em papel reciclado, o Almanaque reserva ainda 20 atitude atitude Novembro/Dezembro2008 Funcionário Cidadão 22 Renata Cesário é assistente de comunicação corporativa na sede da Philips em São Paulo. Trabalha na empresa há dois anos e começou a atuar como voluntária do projeto Doe Vida em junho de 2008. Por que você decidiu ser voluntária do projeto Doe Vida? Acho o tema do projeto muito importante. Acredito que posso ajudar os alunos a pensar um pouco na carreira e a planejar o futuro. O que mais a satisfaz como voluntária? Sair da ação sabendo que Geraldo F. Silva (Viva e Deixe Viver – Capuava) “Conheci o projeto por intermédio de um colega do RH da Philips em São Paulo. Ele já era voluntário do Viva e Deixe Viver e me relatou sobre o mundo que se escondia por trás daquele avental colorido que os Contadores de passei o recado desejado. Sinto que cumpri minha missão quando recebo um agradecimento dos alunos após a aula. Qual é a recompensa com esse trabalho? Saio da aula muito mais leve e me sentindo bem comigo mesma. Sei que estou colaborando com a sociedade de alguma forma. O que você diria aos colegas que gostariam de ser voluntários? Que doar um pouquinho do seu tempo vale muito a pena. Colaborem para melhorarmos a qualidade de vida de todos nós. n História usam. Foi aí que tive a certeza de que esse era o tipo de voluntariado que eu gostaria de fazer. É impossível descrever a recompensa que nós, voluntários, temos quando terminamos nossa atuação. Poder levar momentos de descontração e alegria para as crianças e conseguir desconectá-las, por alguns minutos que seja, daquele ambiente um tanto frio que é o hospital, e ainda ganhar um sorriso, é mais do que uma recompensa, é a certeza de que estamos fazendo a coisa certa.” n Rosângela de Oliveira Spinelli (Aprendendo Com a Natureza – Recife) “Achei o projeto muito interessante por atuar diretamente com crianças e abordar questões ambientais. A educação atual é carente desses assuntos, que devem ser tratados o quanto antes, para que as gerações futuras sejam mais conscientes. Saber que estou fazendo parte desse processo de conscientização, ajudando na formação dos alunos, é muito gratificante. Quando estou na sala de aula e os alunos participam das atividades e respondem às perguntas, sei que plantei uma sementinha, contribuindo para a educação das crianças que serão o futuro do nosso país.” n Pequenas Atitudes atitude Novembro/Dezembro2008 23 Férias divertidas... e responsáveis – Oba! Oba! Estou de férias! – disse o Dudu. – Eu também! Eu também!– comemorou a Carmelinha. – Que bom, meus amiguinhos. Vocês cumpriram suas obrigações e agora têm todo o direito de se divertir – observou o Philipinho. – Vocês vão fazer o que nas férias? A pequena Carmela nem titubeou para responder: – O papai e a mamãe vão me levar à praia. O Dudu também já tinha planos definidos. – Vou passar esse tempo na casa dos meus avós, que moram aqui na cidade. A casa deles é enorme, com um jardim grandão. – Que legal! – disse o Philipinho. – Tenho certeza que vocês serão muito felizes nestas férias. Mas saibam que podem tomar algumas atitudes muito importantes sem perder um minuto de diversão. – Como assim? – perguntou Carmelinha. – É fácil – afirmou Philipinho. – Basta que vocês pensem nas conseqüências dos seus atos. Por exemplo: embora chova bastante nesta época do ano, é muito comum faltar água no litoral. Isso porque as cidades mais procuradas pelos turistas muitas vezes não estão preparadas para receber tanta gente durante o verão. – Mas o que eu devo fazer quando estiver na praia? Devo deixar de beber água? – indagou Carmelinha. – Não, você deve tomar bastante água para não se de- sidratar com o calor – respondeu Philipinho. – Mas você e sua família devem se preocupar ao máximo em tomar banhos rápidos e não gastar água à toa. – Vovô adora brincar com a água da mangueira... – revelou Dudu. – Essa brincadeira é uma delícia, mas diga para o seu avô que não podemos desperdiçar água – disse Philipinho. – Vou dizer sim. – Tem muita coisa legal pra fazer no lugar do banho de mangueira, lembrou o Philipinho. – Peça ao seu avô para levá-lo a um teatro ou a um parque. De preferência, faça esses programas a pé, pois assim vocês não gastam combustível e conhecem melhor a cidade. – Mas eu conheço a cidade... – retrucou o menino. – É claro que conhece – admitiu Philipinho. – Mas tenho certeza que se você e seu avô saírem a pé ou de ônibus, vão conhecer lugares que nem sabiam que existiam. – Poxa, é verdade – concordou a Carmelinha. – A mamãe sempre me convida para caminhar com ela na praia, mas nunca vou. Acho que vou dar uma chance a ela... – Dêem uma chance a vocês mesmos e ao planeta – concluiu Philipinho. – E suas férias serão ainda melhores. Divirtam-se! E até o ano que vem amiguinhos. atitude atitude Novembro/Dezembro2008 Pequenas Atitudes 24 Agora que você já sabe como é fácil ser responsável com o meio ambiente durante as férias, quero que você faça um desenho bem bonito.Tente colocar no papel as coisas mais legais que você pretende fazer (ou já fez) para ajudar na preservação do planeta nessas férias. Capriche. Beijos e abraços a todos, Philipinho. Você pode mandar via correio ou, se o seu pai/mãe trabalha na Philips, pode enviar por malote até 28 de fevereiro de 2009. Nome: .....................................................................................................................Idade:........................................................................... Endereço: ...................................................................................................................................................................................................... Cidade/Estado: ..........................................................................................................................CEP:.......................................................... Nome do pai/mãe: ............................................................................Unidade ou empresa:................................................................... Envie para: Philips – Departamento de Sustentabilidade A/C Renata Macedo Rua Verbo Divino, 1400 – 1º andar Chácara Santo Antônio 04719-002 São Paulo (SP)