www.arvoredoleite.org Esta é uma cópia digital de um documento que foi preservado para inúmeras gerações nas prateleiras da biblioteca Otto Frensel do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), antes de ter sido cuidadosamente digitalizada pela Arvoredoleite.org como parte de um projeto de parceria entre a Arvoredoleite.org e a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes para tornarem seus exemplares online. A Revista do ILCT é uma publicação técnico-científica criada em 1946, originalmente com o nome FELCTIANO. Em setembro de 1958, o seu nome foi alterado para o atual. Este exemplar sobreviveu e é um dos nossos portais para o passado, o que representa uma riqueza de história, cultura e conhecimento. Marcas e anotações no volume original aparecerão neste arquivo, um lembrete da longa jornada desta REVISTA, desde a sua publicação, permanecendo por um longo tempo na biblioteca, e finalmente chegando até você. Diretrizes de uso A Arvoredoleite.org se orgulha da parceria com a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes da EPAMIG para digitalizar estes materiais e torná-los amplamente acessíveis. No entanto, este trabalho é dispendioso, por isso, a fim de continuar a oferecer este recurso, tomamos medidas para evitar o abuso por partes comerciais. Também pedimos que você: ● Faça uso não comercial dos arquivos. Projetamos a digitalização para uso por indivíduos e ou instituições e solicitamos que você use estes arquivos para fins profissionais e não comerciais. ● Mantenha a atribuição Arvoredoleite.org como marca d'água e a identificação do ILCT/EPAMIG. Esta atitude é essencial para informar as pessoas sobre este projeto e ajudá-las a encontrar materiais adicionais no site. Não removê-las. ● Mantenha-o legal. Seja qual for o seu uso, lembre-se que você é responsável por garantir que o que você está fazendo é legal. O fato do documento estar disponível eletronicamente sem restrições, não significa que pode ser usado de qualquer forma e/ou em qualquer lugar. Reiteramos que as penalidades sobre violação de propriedade intelectual podem ser bastante graves. Sobre a Arvoredoleite.org A missão da Arvoredoleite.org é organizar as informações técnicas e torná-las acessíveis e úteis. Você pode pesquisar outros assuntos correlatos através da web em http://arvoredoleite.org. o (l n��TInlH1DlIT@ [ID{� ��ITO�«�nillJ � �rn� [ID � [Q] (ID Lr @J�lf[� � - jjÂIRY MAGAZINE . . PUBLlSHED BIMONTHLY BY iHE DAIRYINSTITUTE CÂ"DIDO TOSTES CORTESIA DE 1�(LOt O DESINFETANTE NATURAL NOBRE, IDEAL E MODERNO Governo do Estado de M inas Gerais Sistema Operacional da Agricultura Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais . ' Centro de Pesquisa. e Ensino Instituto de Laticínios "Cândido Toste,s" digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 1 Rev. In st . Lat i c . Când ido Tostes , 41 (244): 1 -52, 1 986 REVISTA DO INSTITUTO DE LATiCíNIOS CÂNDIDO TOSTES DAIRY JOURNAL BIMONTHLY PUBlISHED BY THE DAIRY INSTITUTE CÂNDIDO TOSTES CONTENT íNnlCE 1 . Determ i n ação do valor li m iar para contagem eletrôn ica de célu las som át i cas em leite de cabra. - Threshold Determination in the Elet-ronic Somatic Cell Count System for Goat's Milk. Steh lln g, R . N . & Var gas , O . V. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2. Ác i dos graxos livres n o leite de p lataform a. - Free Fatty Acids in Platform Milk. Wo lfschoon-P, A. F . ; 3 8 3. E n saio sobre a prod ução ex peri mental de catalase para uti lização no tratam ento d o leite c o m peróxido de h i d ro gên i o . - Experimental Assay o n Catalase Production for the Milk Treatment with Hydrogen Peroxide. F u rtado, M . M . ; M. & Carvalh o , F . A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ". . . . . . . . 1 5 . . . . · · 4 . Qualidade m icrobiológica de leite cru . - Microbial Quality of Raw Milk. L . A . F . & O liveira, J . S . de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Antu n es , · · · · · . · · · 20 5. Inf luência do aç úcar de cana na ferm entação láctica d u rante a prod ução de i o gu rte. Effect of Cane Sugar in the Lactic Fermentation for Yogurt Production. G ran d i , J . G . & Suazo , C . A . T . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 . 6. A estatística em lat i cí n ios. - Stathiltics in Dairy. . . . . . R o gi c k, F . A . . . . . . . . . . . . . . . . 35 . 7. M ercado: i n formaç ões d iversas . - Market: General lnformations. . . Cene lat . . . . . . . 38 . 8. Pad ro n ização do leite de vaca no Estado de Pernam buco , B rasi l. - Cow's Milk Standardization in the State of Pernambuco, Brazil. Lo pes, N . E . ; G u smão F . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 9. Homenagens ao Dr. Hobbes A lbuq uerq ue. - Homage Paymento to Dr. Hobbes Albuquerque: 08/1 0/1 91 5 1 0/03/1 986 . * . . . ............. ...... eieLfót'E'C'Â' .. CADA ' /lVlICRO Rev. Inst. Latic. Cândido Tostes - Juiz de Fora - Vol. 41 (244):1-52 - Mar./Abr. de 1986 EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MINAS GERAIS Centro de Pesquisa e Ensino "Instituto de Laticínios Cândido Tostes" Revista Bi m estral Assinatura anual: Cz$ 40,00 E n dere ço : Rev i s ta do In stituto de Laticín ios Cân d i d o Tostes Tel. : 212-2655 - DDD - 032 E n dere ço Te le gráfico: ESTELAT C x. Pos tal 183 - 36100 J u iz de Fora - M i nas G erais - B ras i l digitalizado por arvoredoleite.org tr'AMIG • CEPE • 'LO" .'18LIOTECI'- P ág. EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MINAS GERAIS - EPAMIG- 2 Rev. InsL L?tic. Cândido Tostes, 41 (244):3-6� 1986 DETERMINAÇÃO DO VALOR LIMIAR PARA CONTAGEM ELETRÔNICA DE CÉLULAS SOMÁTICAS EM LEITE DE CABRAC�) DIRETORIA EXECUTIVA Pres id ente Miguel José Afonso Neto Diretor de Operações Técnicas Alberto: Duque Portugal Diretor de Administraçlo e Finanças Asdrubal Teixeira de Souza Threshold Determination in the Eletronic Somatic Cell Counting System for Goat's Milk ORGAOS COLEGIADOS CONSELHO DE ADMINtSTRAÇAO - COA0 EFETIVOS Arnaldo Rosa Prata Miguel José Afonso Neto Afrânio de Aveltar Marques Ferreira Mário Ramos Vilela Geraldo Gonçalves Carneiro Egladson J oão Cam pos Jonas Carlos Campo. Pereira Em(llo Cllas Mouchereck Filho Paulo Piau'Nogueira SUPLENTES Laura de Sanctls Viana AntOnlo'Stockler Barbosa Chefe do CEPE/llCT Ricardo Novais Stehling(**) Otacílio Lopes Vargas(**) Maria Inês Leio Dalton Collares de Araújo Moreira José Jésus de Abreu Francisco Rafael Ottono Teatlnl Mário José Fernandes Roberto Abramo CONSELHO FISCAL EFETIVOS Ernane Fernt(ra Villela Jairo Rorián da Silva Ewaldo' Damas da Costa SUPLENTES Mário Gomes Carneiro E rnanl Torres Cordeiro Helo'(sio Ângelo Domlnltlni Chefe Adjunto do CEPE/llCT Edson Clemente dos Santos Geraldo Gomes Pimenta Area de Divulgação Luiza Carvalhaes de Albuquerque Coordenação Editorial Otac ílio Lo pes Vargas COMISSÃO DE REDAÇAo Alan F.Wolfschoon-Pombo Alberto Valentim Munck Edson Clemente'dos Santos Múcio Mansur Furtado Otacílio Lopes Vargas Ronaldo F igueiredo Ventura Sérgio Casadini Villela Valter Esteves J unior Antônio Fellcio Filho José Mauro de Moraes Revisor Lingüístico Neuza de Rezende A lmada Marq ues EMPRESA DE PESQUISA AQROPECuARIA DE MINAS GERAIS - EPAMjG- Revista do Instituto de .laticínios "Cândido Tostes", n.1 - 1946 Juiz de Fora. Instituto de Latic(n ios "Câncl ido Tostes", 1946. ilust. v. 23 em. _ n.1-19 (1946-48), 27 cm, com o nome de Felctiano.n. 20-73 (1948-57 ) 23 em, com o nome de Felctiano. A partir de setembro de 1958, com o nome de Revista do Instituto de '-:atic(nios "Cândido Tostes". 1. Zootecnia - Brasil - Periódicos. 2. �aticínios - Brasil - Periódicos. I. Empresa de Pesquisa Agropecuár.ia de Minas Gerais, Juiz de Fora, MG, ed. COU 636/637(81)(05) R ESUM O Determinou-se o valor limiar para con tagem eletrônica de células somáticas em leite de cabra. Para realização do trabalho empregou-se um contador hematológico HA-5 modelo 2550 seguindo metodologia adap tada para contagem de células somati cas em leite de vaca. Utilizou-se quatro amos tras de leite de cabras mestiças da re gião. As amos tras foram submetidas ao "California Mastit Test" imediatamente antes da primeira ordenha e selecionadas de acordo com o escore de CMT. A análise crítica dos dados revelou, para as variáveis estudadas; CM T (- ); CM T (1); CMT (2) e CMT (3), diferencas de con taqens de células somáticas altamente significativas (P � 0,(1). I N TRODUÇÃO As cél u l as somáticas do leite são de d ife rentes ti pos, estão presentes em núm ero variá vel . e constituem um i m portante recurso para o conhecimento do estado san itário do úbere e da h i g iene do lei te. Ass im, a con tagem de cé l u las somáticas i n d ica o estado san itário de um ani mai o u de u m rebanho. Em alg uns países, Estados Unidos por exe m p l o, a contagem de cél u las somáticas é u t i l izada como critério de aceitação do le ite na in dústria. Contu do, m u i to pouco tem sido pu bl icado sobre a presença de cél u las somáticas em leite de cabra. Tendo em vi sta as po ucas i nformações d i s pon íveis sobre contagem de cél u l as somáticas em le ite de cabra no Bras il, este trabalho foi ded icado à uti l ização de um contador hemato lóg ico HA-5 m odelo 2550 da Becton Di cki n son & Com pany (Pars i p pany, N.I.-07054), seg undo a metod olog ia adaptada por Vargas (1 985), para contagem de cél u l as somáticas em leite de vaca. O trabal ho teve como objet ivo a determ i na ção do valor l i m iar, nas cond ições operacionais d i spon íveis, para contagem de cél u l as somáti 'cas em leite de cabra da região. Esse' valor e defi n ido como o ponto de d iferença máx ima entre u m leite mamít ico e um leite norm a l . M ATFRIAI E M ÉTO DOS O trabal ho foi co nd uzido em J u iz de Fora M G J no mês de agosto de 1 985, u t i l izando-se quatro amostras de leite de cabras mestiças Tog gen burg x co m u m da região. As amostras foram s u b metidas ao "Cal ifor nia Mastitis Test" (Sch alm & N oorlander, 1 957), im ed iatam ente antes da primeira ordenha, e se leci onadas de acordo com o escore de C M T ( - ) ; C M T (1 ) ; C M T ( 2 ) e C M T (3). Diante d o s resu l tados, co l h iam-se em t u bos de ensaio l i m pos, secos e ident ificados ± 20 ml de leite dos tetos reag entes ---,. posit ivo. Em seg u i da, estas amos tras eram acond icio nadas em caixa de material isotérm ico ("isopor"), contendo cubos de gelo, sendo a seg u i r tran sportadas para o laborató rio onde, após devidamente preparadas, foram anal isadas uti l i zando-se o anal isador hematoló g i co de acordo com a seg u i nte técn ica: 1. Calibragem do aparelho: (1) 1 .1 . I.Igar o aparelho no bota0 "power": 1 .2. chave de cal i bração do apare l h o em po sição de cal i bracão; 1 .3. com o aparelho a seco (ar no sistema). aperte o botão "Count" e leia na escala WBC ' (W h ite B l ood Cel l s); 1 d ( m m3) 1 9.3, caso con trário,/ajuste; 1 .4. após a calibração, vire a chave de cal i bração para a pos ição normal, antes de fazer a leitura com a amostra' 1 .5. Aj u ste l i m iar: as leituras das amostras foram feitas com os ajustes de 0,2 em 0,2 u n idades,)no i n tervalo de O a 1 0; 1 .6. t i rar o ar do si stema e fazer a contagem de fundo do d i l uente ( m éd i a de ± 10 leituras) na escala WBC. Essa contagem não deve u ltrapas sar de 0,2; caso u ltrapasse, o d i l uente deve ser adequadamente fi ltrado antes do uso. (*) Trabalho realizado no CEPEIILCT-EPAMIG em 1985. (**) Professores e pesquisadores do CEPEII LCT-EPAMIG Rua Tenente Freitas, 116 - 36045 - Juiz de Fora - MG. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. Când i do Tostes , 41(244) : 3-6, 1 986 2. Preparo do diluente: 2 . 1 . Sol us:ão fisiológ ica: 9 g de N aCI (Art . M erck, 9 : 8343)(2) em 1 . 000 m l de água bides t i lada em desti lador de v i d ro. 2.2. Solução secu ndária (1 .000 m l ) ; Col ocar em u m becker l i m po e seco 2 0 g d e Triton X-1 QO (Art . M erck, 9:7350) j u ntar 200 m l da solução fisio lóg ica e aquecer e m ban h o-ma ria a 55°C por 5 a 1 0 m i no para d i sso lver o Trito n , tendo-se o c u idado de n ã o fazer esp u ma. Após j u ntar 400 ml de sol ução fisio lóg ica e j u ntar com 1 20 m l de álcool etí l ico an i d ro, com p letar o vo l u me final para 1 . 000 m l com o vo l u m e. de sol ução fisiológ ica su plementar. Fazer a filtra gem em filtro previamente lavado com água bidestilada. Levar a sol ução final para o dosado r e colo car 7,8 m l em tu bos de ensaio com tam pa. O d i l uente p ronto para uso deve apresentar as seg u i ntes características físicas: 2 . 2. 1 . Líquido esp u m oso sem t u rvação com aspecto cristal i no; 2 . 2 . 2 . A cond utividade elétrica, sob con d i ções pad rão ( p H de 6 , 1 8 ± 0,03; Eh de 41 3,5 ±. 9,4 mV; co ncentração de cloreto de sód io de 8 , 72 ± 0 , 46 g 11) deve ser de 78.000 o h m s para elet rodos de 33 , 2 m m 2 em su perfície de p lat ina, contra u m eletrodo de referência de calomelano ( H g C I )· 2 2 2 . 2 . 3 . Presença de partícu las com pletamen te rem ovidas por filtração em filtro do t i po ou modelo "Jena Schottocin" n. ° 20 para 1 . 000 m l d e capac i dad 'e filtrante: o d i l u ente, n u m a con tagem de f u n d o , não deve u ltrapassar a marca de 0 , 20 na escala em WBC. 3. Preparo da amostra: 3 . 1 . Em t u bo de ensaio com tampa, l i m po e seco, colocar 1 0 m l da amostra de leite e 0,08 m l d e SOl ução formo l-eos ina. Homogeneiza r e co locar em ban h o-maria por 55 m i n utos. Resfriar para 25 °C. 3.2. Co m u m a p i peta sorológ ica para teste de brucelose, tomar 0,1 6 ml da amostra anterior e colocar em tudo de ensaio com tampa j u nto a 7,8 m l de d i l uente. Co locar em ban h o-maria a 80°C ± 1 por 1 0 m i n utos. Resfriar em ág ua a 25°C. 3.3. Pegar a amostra anterior, transp' o rtar para o t u bo p lást ico do aparelho e fazer a leitura (anotando a média de 3 leituras) , mas antes, deve-se e l i m i nar a primeira leitura. Descontar a leitura de fundo ou adotar m étodos estatísticos d e correção para as variações o ri u ndas do d i l u ente; (o d i l uente preparado só pode ser u t i l i zado d u rante um período m áx i m o de 24 h o ras a 5°C�, Pág. 4 R ESULTADOS E D ISCUSSÃO Os res u ltados da leitura d i g ital para as amostras em estudo, tom adas em fu nção do valor l i m iar u t i l izado, são apresentados na Ta bela 1 . Esses são apresentados a part i r do valor l i m iar, cujo i ntervalo de leitura, não u ltrapassa ram o l i m i te 30, tendo em vi sta que, a part i r deste ponto, ocorre u m a d i storção. (Adams O m n itro l , Red i-Lance, Vacutainer, 1 977) . No m odelo de regressão l i n ear m ú lt i p l o uti l izado, as variáveis dependentes est udadas CMT ( - ) , CMT (1 ), CMT (2); CMT (3) foram altamente s i g n ificativas (P = 0 , 01 ) . Calculo u-se o modelo matemático pelas equações de regressão Yn = 1 40,683 - 97,6422 (V. L . ) + 21 , 6439 (V. L . )2 - 1 , 53067 (V. L . ) 3 onde Yn = l e i t u ra d ig ital para a amostra de leite com escore de CMT (-) e V . L. = valor l i m iar e Y, = 1 24 , 41 6 - 54 ,71 59 (V. L.) + 8, 25392 (V. L . )R- _ 0, 46621 7 ( V . L . )3 onde y3 = leitura d i g ital para a amostra de lei te com escore de CMT (3) e V . L. = valor l i m iar. O valor- l i m iar óti m o foi calculado com o o ponto de d i ferença máxima entre o leite normal e leite mamítico. Pode-se estabelecer a equação d iferencial YD = -1 6 , 267 + 42,9263 ( V . L . ) 2. - 1 3 , 38998 (V . L. ) + 1 , 1 24453 (V. L. )3 onde YD = leitura d ig ital da d iferença entre Y3 - Yn e V. L. = valor l i m iar, cujo ponto de d i ferença máxima corresponde ao valor l i m iar fixo, res u l tou ser i g ual a 2, 2285 ( G ráfico 1). CON CLUSÕES A aná l i se crítica dos dados da Tabela 1 per mite concl u i r que o sistema eletrôn ico de análi ses, dentro das variáveis est udadas C M T ( _ ); C M T (1 ) ; C M T (2) e C M T (3) perm i te a obtenção de d i ferenças altamente sign ificativas para d i fe rentes amostras com d iferentes n íveis de célu las som áticas ( P� 0,01 ) . Os dados apresentados demonstram que, para leite de cabra, o aj uste l i m iar que corres ponde à maior sens i b i l idade do i n stru m ento pode ser def i n i d o como o ponto de máx i m a na expressão res u ltante d a derivada seg u n d a da fu nção que relaciona leitura d i g ital e aj uste l i m iarJ de acordo com o G ráfico 1 . A Expressão Y3 = 1 24 , 41 6 - 54,71 59 ( V . L . ) a define a + 8, 25392 (V. L . )2. - 0, 46621 7 ( V . L . ) 'resposta d ig i tal do i n st ru m ento quando varia mos o aj u ste l i m i ar no i ntervalo de 0,2 a 1 0, para um leite com escore de C M T (3). A expressão YlI. = 1 40,683 - 97,6422 ( V . L. )' j define a + 21 , 6439 (V. L.>" - 1 ,53067 ( V . L . ) resposta d i g ital do i n st ru m en to quando varia mos o aj u ste l i m iar no i n tervalo de 0,2 a 1 0, para um leite com escore de C M T ( - ) . O traba l h o demonst ro u q u e , para leite d e cabra (cabras m estiças Toggen b u rg x com u m ) , (1) O aparelho deve ser ligadO em rede d e 1 1 0 ± 1 volts, com a intermediação a e u m filtro d e onda d o tipo Bausch & Lomb, ou equivalente para um mínimo de 0,3 AMPs e, o equipamento deve ser ligado pelo menos 1 hora antes do uso. (2) Éncyclopedia of chemical e drugs, Merck & Co. , Inc. ; Rahway, USA; Art. corresponde ao número da l istagem de especificação do reagente no "The Merck Index" 9 ed; Merck Sharp & Dohme Limited . . P �g. 5 Rev . In st . Lat ic . Când ido Tostes , 4 1 (244):3-6 , 1 986 o ponto de aj uste l i m iar deve ser fixo em 2.2. A leitura obtida no i n strum ento deve ser expressa em cél u las somáti caslm l (W BC), atra . vés de determ i nações paralelas entre u m meto do de referência e o método eletrôn ico, pelo processo de regressão l i near. SUM MARY The work eomprised the development of a standard teehnie for the determination of the threshold value for goat's milk to be used in an eletronie somatie ee/l eounting sys tem. The teehnie was applied to a hematology eounter model HA-5 n. o 2550 proviously applied to so matie ee/l eount of eow's milk. Four samples of the milk were seleeted based on CMT seore; eMT ( - ), eMT (1), eMT (2); eM T (3). The eríti- cal analysis of t:7e results has shown the adqua ey of the somatie ee/l eounting system em ployed. B I B L I O G RAFIA ADAM S, O M N ITROL, R E DI-LAN CE, VACUTAI N E R & B ECTO N D I C K I NSON and Com pany. Operators Manual; Clay Adam s , Pars i ppany, 1 977:1 -39 M E RCK & C O M PANY, I n c . The Merek Index, An encycloped ia of chem icals and d ru g s . ged . Merck & Com pany, I n c . Rahway, p. 0-1 31 3, O N R-98, M ISC-1 - M I SC-1 1 5 , R EG-1 - R EG-40, F I-1 -F I-87, C I-1 -CI-281 , APP-1 -APP-3, 1 976. Scha l m , O . W . & N oorlander, 0.0. Ex peri ments and o bservat ions lead i n g to developmen t of the Cal iforn ia M astitis Test. J. Am . Veto Med. Res. , 130(5):1 99-204.1 957 . TAB ELA 1 - Resu ltados da leitura d i g ital das amostras de leite, com d iferen � es escores de CMT.em fu nção do valor l i m iar aj ustado no i ntervalo escalar com preend ido entre 0-10. Amostras Ajuste Limiar 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0 6,2 6,4 6,6 6,8 7,0 7,2 7,4 7,6 7,8' �,O ,2 8,4 8,6 8,8 9,0 9,2 9,4 9,6 9,8 10,0 CMT (-) 23,9 15,0 11,0 9,0 7,4 6,1 6,1 5,3 4,4 4,4 3,3 2,8 2,4 2,4 1,8 1,6 1,5 1,2 1,1 1,0 .1,1 0,9 0,9 0,8 0,6 0,6 0,5 0,5 3,6 3,6 3,0 2,9 3,0 3,0 (*) (*) (*) (*) (*) (*) (*) (*) (*) (* ) CMT (1) 29,8 16,3 13,8 11,1 9,0 8,0 7,7 6,5 5,5 4,8 4,5 3,7 3,4 3,1 3,3 2,9 2,6 2,4 2,2 1,9 1,7 1,7 1,4 1,3 1,2 1,1 0,9 1,0 0,8 0,8 0,7 0,6 0,6 0,6 0,6 0,5 0,4 0,4 0:3 0,4 0,5 0,5 0,5 ( * ) Leituras não aproveitadas. digitalizado por CMT (2) 30,0 21,7 17,3 15,5 12,9 12,1 10,6 10,0 9,0 8,3 7,5 7,3 6,8 6,6 5,9 5,5 5,0 4,7 4,6 4,2 4,1 3,7 3,6 3,2 2,9 2,9 2,7 2,5 2,5 2,3 2,3 2,2 2,1 2,0 1,8 1,8 1,7 1,6 1,5 1,7 1,6 1,5 1,6 1,6 CMT (3) 28,3 24,8 23,2 22,5 20,6 19,2 18,2 17,4 16,3 14,9 15,3 15,0 13,3 12,0 11,1 10,3 9,1 8,8 8,4 7,2 6,6 5,7 5,7 5,2 4,9 4,5 4,1 4,1 4,0 3,7 '3,0 2,7 2,5 3,5 2,9 2,6 2,5 2,5 1,5 2,8 arvoredoleite.org Rev. I n st . Latic. Când i do Tostes ,. 41 (244) : 3-6 , 1 986 o m > I... Q.) .j..J C o c:t'.I CI Lf\ L.!"'. N o c .Q.) .j..J (j) ::J I... o v cu .j..J c o 0 I... o E ::J 'U cu .j..J (j) o a.. (j) Q) I... cu (j) I... .j..J c (j) C In:: U1 cu (j) o:::. o u l.L. Ic::( o::: G (X) 0'1 0'1 (X) r') o .j..J n:; E Q) L C v cu .j..J o '"O cu 0'\ ,. .J � cc I... cu O- (j) =.. .f"!-.. c. 'o cu cu .j..J � 10 <;t <;t N o 0 o o .J L.f\ I c:! :r. E: m > ,. � -o o E I... cc Pág . 6. r') ,. .J r') I.D N 0'1 cJ <;t + l"I.D N cu I... cu Q.. !!f 11 Q � o (j) .., :; ...... "' .J :> .J I"- N l"I.D o r') LO I.D I.D <;t "'.-. � I .J > 0'1 r') <;t I.D é\i -+ .J :> C\I N <;t tO ,.: 0'1 I r') (X) I.D Ô <;t 11 o I .J :> N 0'1 r') LO N .. (X) � ... ,. .J 0'1 LO .,; I"- co 10 I I.D .,; � .q t- .., 11 )! ., >- CJ (j) I... .j..J C Q) 10 - Porque aumenta 10 a 30% a sua produção de queijo tipo frescal, prato ou outros. - Porque você não joga fora o soro, um resíduo poluente. - Porque o permeado da Ultrafiltração é rico em lactose, que pode ser aproveitada através da Osmose Reversa Reginox. o '"O -o c Q) Q) I... D.. E o 0 .., .. 11) N N - Porque você conta com a qualidade de nossos equipamentos e a tecnologia Tri-Clover / B�. / Reginox. N I... cu cu , 0 (j) (j) .. . o CII ai ao ' •.11810 � o CII Yltn.113' N N o li) ..,.. o t- .,. 11) o til o t- o 11) OI) oD o .,. ;;; N � ! N .. .. ..,.,. COMPROVE OS RESULTADOS, SOLICITANDO UM TESTE COM A NOSSA UNIDADE PILOTO. CONSULTE-NOS. PEÇA CATÁLOGOS. . . c;' li! � O � ;' l �7J ([@�Dcru@}X I N DÚST R IA MECÂN ICA LTDA. © Rua Hum, 690 - çentro SP - B. Bonsucesso - Brasil - Telefone pabx tronco chave: (011) 912-1400 - Telegramas: reginox - Telex: (011 ) 33924 RIML BR digitalizado por Sob licença de LADlSH CO. TRI·ClOVER OIVISION arvoredoleite.org Rev. I n st . Latic. Cândido Tostes , 41 (244) : 8-1 2, 1 986 Pág . 8 ÃCIDOS GRAXOS LIVRES NO LEITE DE PLATAFORMA Free fatty acids in platform milk Woltschoon-Pombo, A . F. ( * ) Carvalho, F . A. de(* * ) Fischer, R. ( * * ) RESUMO Leites de plataforma de 163 fornecedoresJrepresentando onze linhas de forneci mento de leite do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, foram analisados para quantificar os teores de ácidos graxos livres (A GL). Como m édia geral, foi determina do um teor de 0, 744 m eq A G L /I com um desvio padrão de 0, 1 92 e coeficiente de variação de 25, 8 % . Noventa e três e nove décimos porcentos das amostras se encon tram na faixa de 0,396 - 1 , 007 meqll. Não foram detectadas diferenças significativas (p::::O ,05) entre os teores de A G L do leite das diferentes linhas. Discutem-se os resul tados em função dos tipos de lipólise (espon tânea, microbiana e induzida) conheci das. I NTRODUÇÃO Dos l í p i des do l eite cru , fresco, recém or denhado, aproximadamente 98% são formados de ácidos graxos esterificados ao g l icerol na forma de trigl icérides, sendo os restantes 2% formados por d ii:Jlicérides, m onoal icérides, fos fol í p ides, esteróis, carotemóides, vitam i nas l i posol úveis ( A , O , E , K ) e traços de ácidos graxos l ivres ( M abbit, 1 981 ). A gord u ra do l eite encontra-se na forma de pequenos g l ób u l os, cujo d i âm etro varia normalmente entre 0 , 1 e 1 0i\'\ e envoltos pela chamada mem brana do g lóbulo de gord u ra ( M c Pherson & K itchen , 1 983) , que atua com o em u l s ificante nat u ral e perm ite a d ispersão e estabil ização da gord u ra ( Darl i n g , 1 982: M c Pherson & K itchen , 1 983). Um modelo recente dessa mem brana a esquematiza como u m a camada com posta de fosfo l í p i des, este res de co lesterol e tri g l icérides, que rodeiam um centro gord u roso, coberto por u m a envol tura de tri g l icérides de alto ponto de fusão, seg u i da de po l i peptídeos h id rofóbicos, enzi mas e g l icoproteí nas; estas ú l t i m a com ter m i nais orie ntados para a fase aqu osa ( M c Pherson & Kitchen , 1 983). Entretanto essa membrana é su sceptível a interações, das quais pode res u l tar, entre outras.la h id ró l i se d a gord u ra ( I i pó l i se) e, conseqü entement e, acú m u l o d e ácidos g raxos l ivres (AG L) , o q u e s e manifesta como u ma rancid ez ( rancidez h i d ro lít ica) no "flavor" do p roduto ( Downey, 1 980; S u h ren, 1 981 ) . Os pri n c i pé:!.is ácidos g raxos envolvidos no flavor d o l eite l i po l isado são os de cadeia c u rta (butírico , capróico, caprí l ico, cáprico) en quanto que os mono e d i g l icérides origi nados partici pam dos com postos de"flavor"ama rgo do leite. Várias causas têm sido apontadas para a l i pó l i se do leite, e três ti pos de l i pó l ise são atu a l m ente aceitos: l i pólise espontânea , indu zida e m icrob iana (Ch i l l iard , 1 982; Downey, 1 980; S u h ren, 1 981 ; K i rst, 1 980). Sob con d ições práti cas, interessa con hecer o somatório de to das as m udanças l i po l íticas do l eite, as quais podem ser quantificad as através d a determ ina ção dos ácidos g raxos l ivres. Dos vários méto dos existentes para a determ i n ação dos danos feitos à gord u ra ( por exem p l o , Halter et al i i , 1 978 ; Patterson, 1 963; Thomasow , 1 981 ; Sel selet-Attou , 1 984; Mahieu, 1 983) a t i t u l ação dos AGL p ro posta por M ah ieu (1 983) foi esco l h ida para real izar o presente trabalho, no qual foram anal i sadas amostras do l eite recebido na p lata forma do I n stituto de Laticínios Cân d ido Tostes. MATE RIAL E M ÉTODOS 1. Material Foram anal isadas 1 63 amostras de leite de C EPE / l LCT-EPA M I G , que representavam 1 63 latões, recebidos na p l ataforma de recepcão do fornecedo res das seg u i ntes l i n has de l eite: A B C O E F G H I J K Linha Piau R io Pom ba S. Bárbara B. B raga S. Antôn io Chácara Chapéu d'Uvas C. Pacheco Formoso Go ianá M. Verde % fornecedore s anal i sados 51 .85 52.08 60.61 64.28 1 00.00 66.67 48.78 75.00 53.85 62.50 59.46 ( * ) Pesquisador, Lab. Pesquisas Físico-química s de Leite E1 Derivados - CEPE/ l LCT-EPAMIG - Rua Ten. Freitas, 116,36100 J u iz de Fora, MG. ( * * ) Estagiários no Laboratório. Pág . 9 Hev. I n st . Latic. Cândido Tostes, 41(244):8-1 2, 1 986 vertendo-os 1 5 vezes, deixar decantar'5 m i n utos e pipetar 8 ml do sobrenadal7lte em t u bo de en sai o , j u n tar 4 m l do l icor de lavag ? m , tam par e ag itar ( por i n versão) 5 vezes, deixar decantar al g u n s seg u ndos e titu l ar 4 ml do sobrenadante (em t u bo de ensaio) com 0, 002N KOH na pre sença .de 5 gotas d o i n d icador ( a v i ragem do i n d icador é de verme l h o vio leta para amarelo e finalm ente azu l ). Fazer um branco u t i l izan do 5 m l de água no l ugar do leite. A amostra de l eite de cada fornecedo r re presentava a popu lação total do fornecedor, isto é, a amostra (250 m l ) era coletada no tanque d � . balança após pesagem de todo o leite fornecI do por ele em latões. O n ú m ero total de for necedores n a época da pesqu isa era d e 293. A . . pesq u i sa foi realizada nos m eses de abril maIO ! e j u n ho de 1 984. As amostras foram an al � sadas . lmo 2 imediatamente após a co leta ( n o m ax horas após). 2. Método Cálculo O método de Dole seg undo M ah ieu (1 983) foi u t i l izado para a dosagem dos AG L e é descrito a seg u i r: AG L ( m eq / l ) 2.1 . Reagen tes: • • • • • Reagente de extração ( L1PO R ) : I sopropanol 441 ,0 m l ; Éter de petróleo 447,15 1 1 ,.25 m l ; Ácido su lfúrico 4N 1 00,0 m l : B utan o l-2 I n d icador: 0,1 25g de azu l de ti m oi em.200 m l de.buta no l-2 (X - B) x 0 , 825 2.3. A nálise estatística Os res u ltados d as determ i n ações de AG L foram s u b m etidas a anál i se de variância, para verificar a poss i b i l i dade de d iferenças estatísti cas no teor de AG L do l eite das d iferentes l i n has. A análise estatística foi realizada na EPA M I G com a colaboração do Prof. A. Bon i l la. Licor de lavagem : • = onde X = ml de 0 , 002N KOH gastos na titu lação da am ostra; B = m l de so l ução alcal ina gastos n a t i t u lação d o branco e 0, 825 u m fator que consid era a normal i dade da sol ução alcal i na (0,002 N ) e o vo l u m e do sobrenadante, e i r:!l p l ica tam bém no uso de u m fator de correçao para a normal idade. (O resu ltado equ ivalente tam bém a expressão " m i l i m o l de AGL / l itro" o u m m o l / l ). Ac ido s u l f ú rico a 0,05% ( v / v) ; Sol ução de dosagem : H id róx ido de potássio al coól ico 0, 002N ( p re para a sol ução part i ndo de 0 , 1 N KOH e padron izar i m ed iatamente antes do uso; pa; ra a preparação, d i l u i r 1 m l de 0,1 N KOH ate 50 ml com etan o l ). R E SULTADOS E D ISCUSSÃO A Tabel a 1 mostra os resu ltados das deter m i nações de AG L no l eite de cada l i nha e de todas as l i n has, apontan do também o coeficien te de variação e o n ú mero de fornecedores pesqu i sados. 2.2. Determinação Pi petar 5 ml da amostra de leite em um tubo com tam pa e ad icionar (na ordem) 1 6 m I do L1PO R , 4 m l de água, fechar e ag itar os t u bos i n-· TAB E LA 1 . Teor de Ácidos Graxos Livres (meq li) LI N HA A B C O E F G H � J K TODAS M É DIA DESVI O PADRÃO CO E F I C I ENTE DE VAR IAÇÃO n 0 , 766 0 , 753 0,853 0,679 0,676 0 , 766 0,682 0, 71 8 0,781 0,709 0,684 0,1 63 0 , 1 53 0 , 292 0 , 1 27 0,049 0 , 21 3 0 , 1 42 0 , 1 62 0 , 220 0,1 1 6 0,1 60 21 , 3 20 ,4 34, 3 1 8 ,8 7,3 27,8 20,8 22,5 28 , 2 1 6 ,4 23,3 28 25 20 9 3 8 20 9 14 5 22 0 , 744 0 , 1 92 25 ,8 1 63 Na Tabela 1 , ovserva-se que as méd ias indi vid uais variaram de 0, 676 a 0, 853 m �q / l e que os coefic ientes de variação i n d ivid ual� foram de 7,3 a 34, 3 % . A anál ise de variâncla demo ns- digitalizado por trou que as d i ferenças entrt:: as fllédias d as l i n has n ão eram s ign ificativas a n ível de 5 % (Tabela 2). arvoredoleite.org I Rev. I n st. Lat ic. Cândido Tos!��, 41.(244) :�-1 2 1 98!) J P.ág. 1 0 . cn lIJ cn cn c:t ..J u � CT Q) E :? � CT Q) E C\I 0'1 Ô +1 o C\I 0'1 Õ IX lIJ o lIJ .!::: lIJ ..J o o ,... 10 Õ C\I cn o o o 'c:r l)- '3 .!!! a:: � cn � o o Q 'õ 1 � o o <:t S'iJ!l1.l'iJ13� :l i·' i . � o o C\I S'iJI� N3n03�.:l .... � o o FONTE D E VARIAÇÃO SOMA DOS QUADRADOS G RAUS DE LI B E R DA D E QUADRADO M ÉDIO Lin has Resíd u o Total 0, 4967 5, 5046 6 , 001 3 10 1 52 1 62 0 , 0497 0 , 0362 TESTE F 1 , 37 n s P < 0,05 ..J (!) c:r Õ Pág. 1 . TAB E LA 2: Análise de Variância lO <:t <:t ,... .Rel{. IflSt . L?tic. Cân d i d. o Tostes , 41 (244):8-1 ?,.1 986 A m éd i a geral determ i nada (Tabela 1 ) i g ual a 0,744 m eq / l com um desvio padrão de 0 , 1 92 e, correspon dentemente, u m coeficiente de varia ção de 25 , 8 % é m u ito próx i m a das m éd i as descritas na l i teratu ra. Por exem p l o , S u h ren (1 981 ) , na Alemanha Ocidental , aponta valores m éd i os de 0,71 0 ± 0,61 meq/ l e 0 ,860 ± 0 , 65 meq 1 I para l eite obtido com ordenhadei ras me cân icas com t u b u l ação d u p l a e s i m ples , respec t ivamente. Thomasow (1 981 ) , tam bém da Repú b l ica Federal d a Aleman ha, encont ro u 0 , 95 + 0 , 38 m m o l / l para 40 amostras de l eite cru . N a I rlanda, Downey (1 980) apresenta dados sobre leite g uardado 2 d ias a 4 1 5 ° C , em relação ao teo r em AG L: variação de 0 , 5 meqll até 1 , 5-2, 0 m eqll . A fig u ra 1 mostra u m h istog rama de freqü ênc ias relativas para os d ados so bre o teor de AG L do leite recebido na p l ataforma do I LCT; os l i m ites d as classes foram = 0 , 396-0,483 (classe 1 ) até 1 , 61 8-1 , 705 meq / l (classe 1 5). 74 , 8 % dos leites anal i sados cont i n h am entre 0 , 396 e 0 , 832 m eq AG L / 1 ; essa percentagem au menta para 85 , 3 % quando o l i m ite su perior é 0, 920 (classe 6 ) , para 93 , 9 % quando o l i m ite é 1 , 007 m eq / l (classe 7) e é 97 , 5 % até 1 ,1 81 meq/ 1 ; somente 2 , 5 % dos leites apresentaram teores entre 1 , 1 81 e 1 , 705 m eq 1 1. O erro de am ostragem da pesq u i sa realizada fo i de 1 , 87 % . Su rpreendentemente, não exi st i ram d i feren sas s i g n ificativas entre o teor de AG L do leite das d i ferentes l i n has (Tabela 2); os valores de term i nados (Tabela 1 ) provavel m ente refl etem o g rau de ag itação ao qual o l eite foi exposto tanto em cond ições adequadas como i nadeqúa das de manuseio e tran sporte. Em outras pa lavras, trata-se principa l m ente da som atória de eventos l i polít icos·que i n cl uem em menor pro po rç"ão a l i pó l i se espontânea e m icrobiana e em maior g rau ª_ l i pólise i nd uzida. A l i pó l ise es pontânea reú n e uma série de cond ições, am p l a mente d iscutidas por Ch i l l iard (1 982) , que pre d is põe o leite de um an i mal a mostrar m u dan ças l i políticas , sem i n tervenção de i n f l u ências mecân icas. Dentro desses fatores, o estág io d a lactação, a quantidade e qual idade da ração e a prod ução láctea parecem ser de fundamental i m portância, porém o ciclo sexual dos an i m ai s , teo r em cél u las somáticas ( m ast itis) b e m como co m ponen tes d o sangue têm tam bém um papel na at ividade l i po l ít ica espontânea. Apontamos em menor p ro porção a contri b u ição d a l i pó l i se m i crobiana nos teores de AG L determ i nados neste trabal h o , vi sto que ela se man iJesta prin- digitalizado por ci palmente no l eite resfriado com o res u ltado do crescimento de m i crorgan ismos psicotróficos (especialm ente Pseudomonas) a n íveis de 6 1 0 1 m l , que p roduzem l i pases e fosfo l i pases capazes de atacar ( associadas à l i pase natural do l eite) e h id ro l izar os com p l exos l i po p rotéicos da mem brana do g lóbu l o de gord u ra ( M abbit, 1 981 ) ; dos fornecedores de leite pesq u i sados, uma percentagem m í n i m a resfriava o leite após a ordenha, sendo que a m aiori a deles fornecia leite à tem peratura am biente. Seg u nd o S u h ren (1 981 ) , quanto maiores fo rem as i nfl uências mecân icas sobre o leite e mais alta a tem peratura (até 40°C) , mais forte será a l i pól i se i n d u zida. As infl uênciM mecâ n i cas abrangem tanto o sistema de ordenha mecân ico , como fenômenos que prod u zam tur b u lência no leite como ag itação, bombeio, ho mogeneização , etc. ( S u h ren , 1 981 ; K i rst, 1 980). K i rst ( 1 980) res u m e os eventos que ocorrem com a gord u ra seg u n d o d iag ramado na F iQura 2. Entre as l i pól i ses i n d uzida e espontânea existem i nterações ( S u h ren , 1 981 ) e os l i m ites entre am bas não são bem defin idos ( Ch i l l iard , 1 982). Am bas formas são devidas à l i pase na t u ral do leite. Para que a l i pól ise possa desen-. vo lver-se, deve se i n iciar u m a deterioração mí nima da mem brana do g lóbulo de gord u ra, que pode ocorrer pelo seu contacto com g l ó b u l os de ar o u d i retamente por forças m ecân icas provo cadas por ag itação, ou bem pelo resfriamento d o leite que leva consigo uma cristal ização dos t ri g l icerí d i o s ; todas essas alterações co nd uzem à formação da gord u ra " l ivre" e se refl etem na aparição de novas partícu l as de gord u ra , cober- . tas por soro p roteínas , que não protegem eficaz mente a gord u ra contra a ação d as l i pases (Ch i l l iard , 1 982). Seg u n d o K i rst (1 980) no leite obtido nas i n stalações modernas entre 1 0 e 25% da gord u ra total é gord u ra l i vre. As l i pases na t u rais encontram-se pri n c i palmente na m icel a de caseí na, preferencia l m ente l igadas à kappa -caseí na, e n as caseínas sol úvei6. É óbvio que nas con d ições de m an u seio e t ransporte do leite entreg u e na p l ataforma, l i pól i se i n d u zida vai ocorrer, como resu ltado d a ag itação con stante a que o leite é s u bmet i d o nos l atões, que dan i fica o g ló b u l o e fac i l ita a ação d as l i pases nat u rais. A parentemente, as con d ições de ma n u seio do leite e as influências m ecân i cas a que ele é su bmet ido nas fazendas da região são m u ito s i m i l ares, seg u n d o se depreende da aná l i se estatística realizada. arvoredoleite.org .Rev. I n st . Latic. Când ido Tostes, 41 (244) : 8-1 2, 1 986 GL6BULO r-------� DE Pág . 1 2 GORDURA ./" iNFLUtN.ciAS / MECANICAS � � .----______� EFEiTOS CATALÍT i cos ou EN Z i M ÁT i c os O X i DATi v os ATAQU E LipoLÍTico FiGURA 2-EFEiTOS S OBRE A GORD U R A DO LEiTE SUM M ARY One hundred and sixty three platform milk samples representing the same number of milk deliveries from eleven supply areas of the "Ins tituto de La ticínios Cândido Tostes" were analy zed for free fatty acids FFA by an extraction-ti tration procedure. The overal/ value was 0, 744 meq/l with a standard deviation of 0. 1 92 and a variation coefficient of 25. 8 % . Ninety three and nine tenthes porcent of samples showed FFA leveIs between 0.396 and 1 . 007 meq/l. There were no significant differences (p 0,05) among individual mean FFA values in milk from the different supply areas. These Results were dis cussed in relationship with the known types of lipolysis (spontaneous, microbial and induced). B I B LIOG RAFIA C H I LLlAR D , Y . Variat ions physiolog iques des act ivités l i pasiques et de la l i po lyse spon tanée dans les laits de vache, de chevre et de fem me: revue bibl iograph ique. Le Lait 62: 1 -31 e 1 26-54,1 982. DARLl N G , D. Recent advances i n the destab i l ization of dairy em u lsions. J. Dairy Res. 49:695-71 2,1 982. enedito Rocha. Pedreiro. DOW N EY , W . K. Review of the prog ress of Dairy Seience: flavou r i m pairment from pre and post-man ufaeture l i polys i s in m i lk and dairy prod uets. J. Dairy Res. 4 7:237-52,1 980. HALT E R , N . ; PUH A N , Z. & SC H M UTZ, M. A s i m pie and fast method for determ i n i n g fat N UI o u z « li: (KiRST, 1980) damage in m i lk and eream . Molk. Zeitschr. 44(7):1 90-4,1 978. Nordeurop. KI RST, E. Lipo lytisehe Vorgange in M i leh u n d M i leh p rod ukten . Die Molk. Ztg. Welt der Milch. 34(30):1 002-6,1 980. H A B B IT, L.A. M etabolie aetivity of baeteria i n raw m i lk. Kieler Milch w. Forsch. Ber. 33(4): 273-80,1 981 . Me P H E RSO N , A. & KITC H E N , B . J . Review of lhe p rogress of Dairy Seienee : The bovine m i lk fat g l obule membrane - its formation , eo m position, struet u re and behaviour in m i lk and dairy prod uets. J. Dairy Res. 50:1 07-33, 1 983. MAH I EU, H. M éthode rapide de dosage des aei des g ras l i bres dans le l at . La Techn. Lai tiere (978) : 21 -5,1 983. PATT E RSO N , D . S .P. Some observations on the esti mation of non-esterified fatty aei d eoneentrat ions i n e o w and sheep p lasma. Suado, sob sol inclemente, Benedito está lá, pendurado no andaime. Mais uma vez.. Tijolo por tijolo, parede por parede, ele :vai levantando o edifício. Mais um. "Tem mais de 30 anos que eu vivo assim, com a vida balançando nessa corda. Mas eu gosto. E tenho orgulho do que faço." Benedito aponta um arranha céu mais adiante. "Está vendo aquele lá? Fui eu que fIz. Não sozinho, é claro. Mas tem muita parede ali que eu levantei." Paciente, Benedito vai .ensinando o ofício a um servente. Mostra como preparar a massa, como assentar o tijolo, chama a atenção para a jmportância do fio de prumo. "E preciso ensinar a essa gente moça. Fazer ver a responsabilidade do serviço. Mostrar como a profIssão é importante." Mais de trinta anos construindo casa para os outros, casa em que ele nunca vai morar, Benedito �nda paga aluguel. Mas não perdeu a esperança. "Eu tô pagando um lote que comprei. Qualquer fIm, de semana desses eu começo a fazer os alicerces. O material está caró, mas pelo menos a mão-de-obra eu não vou gastar." E encontra mais um motivo para se alegrar. "Ainda aproveito e vou ensinando o trabalho para os meninos." Gente. o maior valor da vida. Res. Veto Sei. 4:230-7,1 963. SELS E LET -ATTO N , G . ; C H I LLlARD, Y . ; BAS, P. & M O RAN D-FE H R , P. Com paraison de deux m ét hodes de dosage des aei des g ras l i bres totaux du lait de ehevre. Le Lait 64:72- 84,1 984. SUH R E N , G . Freie Fettsauren :.- Ursache u n d Bedeutung für d i e Q ual itat v o n M i leh p ro d u kten . Die Molk. Ztg. Welt der Milch 35(29): 933-6,1 981 . T H O M ASOW, J . Best i m m ung der freien Fett sau ren in flüssigen M i leh prod ukten naeh der B L M-PEDIA - M ethode. Deutsche Molk. Z TG . 102(28):906-9,1 981 . Companhia Industrial e Comercial Brasileira de Produtos Alimentares digitalizado por arvoredoleite.org PRODUTO NATURAL!: ANTIOXIDANTE PRODUTO NATURAL NÃO TÓXICO PREVENTIVO NATURAL D,E AMPLO ESPECTRO DAS DOE)'JÇAS PRODUZIDAS POR ® BACTERIAS, FUNGOS, ESPOROS E VIRUS. - PRODUTO DE ORIGEM NATURAL, seu composto ativo é o DF-lOO "EXTRATO DE SEMENTE DE GRAPEFRUIT" estabilizado fisic�mente. integrado por pequenos elementos traço químicos naturais de: Ac. ASCÓRBICO (Vit. C). Ac. DEHYDRO-ASCORBICO (Vit. C). Ac. Palmítico. Glicéridos. Família do TOCOFEROL (Vit. E). Aminoácidos. Grandes Grupos de Amônia afins. e não identificado Grupo Metil·Hidroxi. QUALIDADE ESPECIAIS DO "KILOL-I.!' 01 - PRODUTO COM PODEROSO E A!YlPLO ESPECTRO GERMICIDA, eliminando microrganismos ainda em altas diJuiçôes. Ação eficaz contra BACTERIAS GRAM-POSITIVAS e GRAM-NEGATIVAS FUNGOS, ESPOROS e ' . APLICAÇÕES DO "KILOL-I.!t Na Avicultura. Na Suinocultura. Na Cunicultura. Na Equinocultura. Nos Zoológicos. - Nos Laticínios. Na Bovinocultura. Na Caprinocultura_ Na Ovinocultura Nos Laboratórios: - Nos Frigoríficos. - Nos Matadouros/Abatedouros. - Nas Fab. de Rações e Pre-Mix .. - Nas Fab. Farinhas Animais. - Nos Hospitais e CI ínicas. 2951284 em 18/12/84. SDSA (MA) sob o n? 1655 em 10/03/83 ® Produto Registrado na �IPA (MA) sob o N? ® Produto licenciado na r5 chemie brasileira indo e com. Itd�. Depto. de Assistência Técnica P!:"ça AI�xandre Magno, 165 - Jardim Orientai - Caixa Postal, 474 - CEP 12200 - Tel.: (0123) 31-4455 - TELEX: 11-39436 CHEB BR Sao Jose dos Campos - SP - �R.!"SIL � )"' Múcio Mansur Furtado( * ) João Pedro de Magalhães L. Neto( * * ) Fernando A lmeida Carvalho( * * ) RESU M O O conhecimento adquirido nesse trabalho mostrou a viabilidade da aplicação de um método simples para a extração da catalase de fígado de porco. Na indústria de laticínios, a aplicação mais. importante para os concentrados de catalase, é no con trole do crescimento de organismos formadores de esporos durante o processo de fabricação e cura de queijos de massa dura. No Brasil, o estufamento tardio está mais freqOentemente associado com os queijos Parmesão e Emmenthal. A aplicação local de concen trados enzimáticos deve considerar os possíveis defeitos que podem ocorrer em função da atividade enzimática colateral. ' 02 - PRODUTO ATÓXICO, não sô para!? HOMEM como também para 'os ANIMAIS. 03 - PRODUTO COM P9D�ROSA AÇAO RESIDUAL. 04 - PRODUTO QUE TEM OTIMA ESTABILIDADE, INCLUSIVE NA PRESENÇA DE MATÉRIA ORGÂNICA . 05 - PRODUTO COM EXCELENTE HOMOGENEI�ADE, com relação a sua composição química natural. 06 - PRODUTO COM SOLUBILIDADE TOTAL EM AGUA, em todas as proporçôes. 07 - PRODUTO COM EXCELENTE PODER qERMICIDA EM ÁGUAS DURAS. . 08 - PRODUTO TqrALMENTE BIODEGRADAVEL, não contaminando o MEIO AMBIENTE. 09 - PRODUTO N�O COR�OSIVO, não atacando materiais metálicos. nem tingindo ou desbotando outros materiais. 10 - PRODUTO NAO METALlCO. 11 - PRODUTO NÃO VOLÁTIL. 12 - PRODUTO NÃO IRRITANTE À PELE OU OLHOS DO HOMEM OU ANIMAIS. 13 - PRODUTO COM EXC�ELENTE 14 - PR��UTO �<?M ALTISSIMO PODER "ANTIOXIDANTE", atuando eficazmente sobre sujidades. graxas. gorduras e I m � m o� n � 15 - PRODUTO QUE É §ELETIVO, atuando só sobre microrganismos patogênicos por natureza. 16 - PRODUTO QUE N�O AFETA A FLORA INTESTINAL DOS ANIMAIS. 17 - PRODUTO QUE �AO CAUS!\ O APARECIMENTO DE CEPAS RESISTENTES, à sua ação germicida. . 18 - PRODUTO C9M OTIMA AÇAO DESODORIZANTE, e ainda com olor agradável. 19 - PRODUTO FACIL �D 20 - PRODUTO QUE E MOITO ESTA...VEL A LUZ, temperaturas até 160°C e mudanças bruscas ambientais. 21 - PRODUTO ALTAM;NTE ECONOMICO, já que trabalha eficazmente em altas diluições. 22 - PRODUTO QUE NAO TEM CONTRA-INDICAÇÕES, nem precisa de equipamentos especiais para seu manuseio. - Experimental assay on catalase production for the milk treatment with hydrogen peroxide o DESINFETANTE NOBRE, IDEAL E MODERNO VIRUS. Pág . 1 5 ENSAIO SOBRE A PRODUÇÃO EXPERIMENTAL DE CATALASE PARA UTILIZAÇAO NO TRATAMENTO DO LEITE COM PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO DESINFETANTE I�LOt(§) L Rev. I nst. Latic. Cândido Tostes , 41 (244) : 1 5-1 8, 1 986 I NTRO DUÇÃO jos. Além disso, não está d isponível em todos os países , sendo com u m ente i m portada de paí ses i n d u strializados , como os EUA. Peróxido de h id rogênio (H20z) tem s ido, uti l izado como um tratam ento com p l ementar à N este trabalho, pretende-se descrever u m pasteurização do leite com a fi nal idade primor m étodo s i m p les para a extração d a catalase d ial de e l i m i nar bac i los anaeróbios do gênero u t i l izando-se, fígado de porco. ° o bjetivo prin Clostridia ( CI. butyricum, tyrobutiricum e spo ci pal é demonstrar a viabi l idade d a extração e a rogenes) que são causadores do estufamento obtenção eventual da enzi m a em p roporção e tard i o em queijos. O m étodo tem s i d o larga qual idade tecn icamente viáveis, para obter a re m ente estu dado ( N I E LSE N , 1 985; G O NTEZA et dução do Peróx ido de h i d rogênio em leite tra alii, 1 973; M AG U I B , 1 972; ROSELL, 1 963; KOSI tado. de acordo com a técn ica recomendada por KOWS K I , 1 977) e é comprovadamente eficiente PODER PENETRAÇÃO, e eficaz. KPSI KOWS K I DE (1 977). N ão serão rápida abordados as n a destru ição de esporos de Clostridium, con pectos da p u rificação do extrato ou q uant ifi forme observado por ROU N DY (1 958) e de bac cação das enzi mas presentes, o q u e será even térias do grupo col iforme, de acordo com dados tualmente d i scutido em um trabalho su bse citados por M O RTEN S E N (1 980). qüente. O processo com u m ente adotado é basica mente s i m i lar ao descrito por KOS I KOWSKI (1 977) e aprovado pela FDA am ericana n a fabri menos avisadas. M ATEpara RIALpessoas E M ÉTODOS cação de q ueijos de longa maturação. Neste E DOSIFIC�R, m�smo processo, é essencial a u t i l ização d a enzi m a 1 . Extração da catalase catalase para a e l i m i n ação de resíduos de Pe róx ido de h id rogên i o após o tratamento do Para a extração, 200 g de fígado de porco leite. A catalase é u m a das mais efetivas en foram ad icionados para 500 ml d e ág ua desti l a z i m as existentes e cal cu la-se que 1 molécula da da na q ual se d i ssolveram previamente 3 g d e 222.000) pode decom por enzima (PM timol. A m istu ra f o i l iq uefeita p o r 2-3 m i n utos 2.600.000 m o lécu las de H2 °2, a 0° C , em 1 em um l iq u id ificador e transferida para um er m i n uto . A força da enzima é expressa em u n i len m eyer e deixada em repouso à tem peratura d a'd es KEIL, defin ida como a q uantidade de ca am biente por 24 horas. Ao f i nal deste período, talase para deco m por 1 g rama de Hz O,t em 1 0 com p letou-se o vol u m e para 1 .000 ml com ág u a m i n utos, a 25° C , em atmosfera i nerte de N,2. ou dest i lada e a m i st u ra f o i f i ltrada e m gaze e o C0.e ( ROU N DY , 1 958) . filtrado s u b m etido a centrifugação a 1 0. 000 rpm A catalase é geralmente preparada a partir d a por 5 m i n utos, à tem peratura a m biente. U m lí extração em fígado bovi n o ou s u i n o , caracteri q u ido sobrenadante. tran s l úcido, d e coloração Zé:iUU� pur altas concentrações de enzi ma. O âm bar foi obtido, separado e conservado em u m processo de p u rificação é com plexo e por i sto a frasco da m esma c o r sob refrigeração," para enzi ma é oferecida no mercado a preços eleva eventual uso. dos, o que o nera o cu sto de fabricação de quei- (*) Professor e Ex-Pesquisador do I LCTI EPAMIG - Hoje encontra-se cursando pôs-graduaçào na Universidade de Michigan State; Técnico em Laticínios - (ILCT/1970 ). (* * ) Professores da EPAMIG-CEPE/lLCT Rua Tenente Freitas, 1 1 6 - 36045 - Juiz de Fora - MG. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. I n st . Latic. Cân d i do Tostes , 41 (244) : 1 5-1 8, 1 986 2. Tratamento do leite I Estes experi m entos foram realizados uti l i zando-se leite pasteurizado i n teg ral . Para o t ra tamento do le ite, e m p regou-se H,2 OL ( Peróxido de h id rogên io ,) 30-35% (em torno de 1 1 0 vo l u mes). Co m o referênciaJ para aval iar a eficácia d a catalase experi mental , u t i l izou-se u m a catalase com ercial ( H an sen , USA) à base de 0 , 0'1 ml por l itro de leite. A catalase experi m ental foi em pregada à base de 0 , 04 ml por l itro de l eite. Para o teste de fermentação, posterior ao tratamento das amostras de l ei te com Hz..D2, e catalase, o lei te era inocu lado com 1 0 % de ferm ento l át i co de at ivi dade normal (Streptococcus lactis e Streptococcus cremoris). O seg u i nte esquema foi observado no trata 'mento do leite: 1 . aquecimento do l eite a 52°Cj 2. ad ição de Peróxido de h id rogên io (0,8 m l / l itro de l ei te); 3. manutenção por 35 m i nutos; 4. resfriamento do l ei te a 31 ° C; 5. ad ição das catalases (com ercial ou experi mental ) ;6. manutenção por 30 m i n utosj 7. reaqueci mento a 35 ° C; 8. i nocu lação de 1 0 % de fermento láticoj 9. i nocu lação a 35° C , por 4 h o rasj 1 0. dosagem da aci dez, expressa em g raus Dorn i c , uti l izando-se sol ução de NaOH N / 9 . Para determ i n ação qualitat iva da presença de resíduo de H.a 02. no l eite após o tratamento com catalase, u t i l izou-se o teste de lodeto d e potáss i o : 2 m l de K1 1 0 % eram ad icionados a 2 m l de l ei te em um t u bo de ensaio; a formação de u m a co loração am arelada i n d icava presença de H 02, ( posit iva) . 2 Quatro (4) d iferentes tratamentos foram con d uzi dos) tendo sido realizados nove (9) ensaios para cada u m : - Experim ento 1 - (Testem u n h a 1 ) l eite pasteurizado sem sofrer adição de H.a 0-e. ou ca talase, i nocu lado com ferm ento lático. - Experimento 2 - (Testem u n h a 2) leite pasteu rizad o , ad i c i onado de H2 O2 , porém sem adição subseqüente de catalase, e i nocu lado com fermento lático. - Experim ento 3 - leite pasteurizado, tra tado com H2 0,2 e catalase comercial, seg u ido de ad ição de fermento lático. - Experi mento 4 - leite pasteurizado, t ra tado com Hz O2 e catalase experimental , seg u i do de ad ição de ferm ento lático . Os resu l tados obtidos foram submet i d os à aná l i se de variância, sendo d éterm i n adas as m é d ias e desvio padrão para cada experim en to , além do coeficiente de variação. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os res u ltados obtidos estão res u m i dos no Quadro 1 e graficamente representados n a Fi g u ra 1 . Como se pode observar, os experi men tos 1 , 3 e 4 apresentaram m éd ias s i m i lares com relação à fermentação láti ca, não tendo sido observada nen h u m a d iferença estat i st icamente s i g n ificativa entrE'! as referidas m éd ias (P� Pág . 1 6 0,05 ) . Uti l izado como teste d e referência, o Ex peri m en to 1 apresentou uma média de 67 ° 0 , i n d i can do atividade l ática norm al no l eite, como era esperado . N os demais experi m entos, o t ra tam ento com Ha O2 foi o denom i n ador com u m , com variações no tratamento su bseqüente com catalase. N o caso do Experi m ento 2, a presença de H202 , persistente mesmo após 4 horas (Tes te K I positivo) i n i b i u s i g n ificat ivamente o desen volvi m ento da flora l át ica, n ão tendo s i do o bser vada el evação considerável da aci dez titu láve l . Com parando-se os resu l tados d o s Experi mentos 3 e 4, onde a ac i dez titu lável m éd ia observada foi 66,9 e 65 ,8° 0 respectivamente, co ncl u i-se que a- catalase experi m ental apresen tou o m esmo efeito red utor da catalase comer ciai u sada com o referência. Sabe-se que a enzi ma catalase catal iza a seg u i nte reação: 2 H2 02 -7 2 H,g O + O2 , Sendo esta u m a reação de primeira ordem , a quantidade de Peróx ido decom posta é d i reta mente proporcional à concentração do substra to ( H2 O2 ) e à concentração da enzi ma. Aparen temente, a enzi ma experi m ental m ente obtida apresentou uma at ividade 4 vezes menor que a enzi ma comercial , já . que para obtenção do mes m o efeito d esta ú lt i ma, e m p regou-se 'a pri meira em quantidade 4 vezes su perior. Su põe-se que i sto seja devido à concentração de enz i m a no extrato e a o s e u g rau de pureza. Estes res u l tados evi denciam que o m étodo de extração e m p regad o , não obstante ser rela t ivam ente empírico, perm ite a extração da ca talase do fígado de porco e a obtenção de u m extrato c o m concent ração suficiente para el i m i nar resíd uos de H2 02 no l eite. A título de obser vação, o extrato obtido foi mantido a 6 ° C por 3 meses e, quando su bmetido a testes em l eite tratado com H2 O2 , apresentou a m esma capa cid ade de redução anteriorm ente verificada. Rev. I nst . Lat i c . Când ido Tostes , 41 (244) : 1 5-1 8 , 1 986 C O ill o s t " d t ,1 fl1 l ' l l t o S d l ' S l, ,' i t o s . 70 A 60 c d SO e z 40 O o . 3O n c. 20 1 0 CON CLUSÃO Os res u l tados perm item afi rmar que a extra ção da catalase é viável e o prod uto o bt i do apresenta um excelente poten cial na el i m i nação de resíduos de H.z O" no l eite. Até a presente data, o em prego de H2 O2 como com pl em ento à pasteurização de l eite para queijos não está reg u larizado no B ras i l . Considerando que o es tufamento tard io de queijos de longa maturação como Parmesão, e princi pal m ent� queijos t i po Em menthal , representam um p roblem a bastante com u m nas i n d ústrias do país, seria i nteressan te que autoridades governamentais d a área con siderassem a necessi dade de se reg u l amentar o · tratamento"peroxi-catalase" para aqueles casos. N esta eventualidade, os resu ltados aqu i o b t i d os poderiam r�presentar um fator de i nde pendência em relação à i m portação da catalase e, ao m esmo tem po , aj udar a m i n i m izar os custos d e fabricação dos queijos. Entretanto , mais pesqu isas serão necessárias para se ava l iar eventuais efeitos da catalase experimental m ente obtida nas características organo l épticas do queijo e, se necessário , para i nt roduzir m é todos perm itindo a p u rificação da enz i m a em n íveis tecnolog icamente aceitáveis. Pág . 1 7 Te'it. 1 Te'it . 2 T r at a m e rrt o s I de ll t i f i c . dos C at o C o m. a p l i c. a d o s ao Cato E x p. le i t e E x p e r i m e ll t o s T e s t e m u rr h a I ( a p e na s T e stemunha 2 ( l e i t e + P e r o .x i d o + F e r m e n t o ) Le i t e + F e r m e n t o ) L e i t e + P e r o x i d o + C a t a l a s e C o m e r c i a l + F e r m e nt o L e i te + P e r o x i d o + Cata l a s e E x p e r i rn e n t a t' + F e r me nto digitalizado por eP Il\M JG arvoredoleite.org �.S L!O TS; C tA - C E P' !: - I l. C l Rev. I nst . Latic. Când ido Tostes , 41 (244) : 1 5-1 8 , 1 986 QUADRO 1 : Resultados do teste de iodeto de potássio a da fermentação lática em diferentes tra tamento Média Experi m ento Experim ento Experim ento Experi m ento TESTE K I (2) ACI D EZ D O R N I C TRATA M ENTO 1 2 3 4 Desvio Padrão 67 . 0 24.6 66.9 65 . 8 + + + + 10 5 12 15 Coeficiente de Variação 1 4. 93 20 . 33 1 7 .94 22.80 + ( 1 ) Médias de 9 ensaios (2) Resultados observados em cada ensaio SU M M A RY B I B LI O G RAFIA The experiente gainned has shown that a very simple extraction procedures can be applied to obtain catalase concentrates from pig tiver for industrial use. One of these industrial apptica tions is the control of growth of spore forming organims in the process of long ripenning chee se production. In Brazil the putting out pro blems are more frequently associated with tho se hard cheeses such as "Parmesão" and "Emmental" tipes. The industrial aplication of local obtained enzyme concen trates must take into account possible flavor defect from side eftect enzyme activity. G O N TZEA, 1. ; TO MA, C. ; BAR DUTA, Z. ; M O L DOVA N , E . ; CA L l N ESCU , S. & MAU ROMA T I , E. Le Lait, 53:40 1 973. KOSI KOWS K I , F.V. Milk and Fermented Milk Foods. 2. a ed . , A n n Arbor, M I , USA , 1 977. M O RTENSE N , E . Lecheria Latinoamericana, 1 6:41 , 1 980. N AG U I B , K. The A us tralian J. of Dairy Techno logy, 2 7 (3) :56, 1 972. N I E LS E N , V . H . American Dairy Review, 39 (7) : 42 , 1 973. ROSELL, J . M . Revista Espaflola de Lecheria, 4 7:3, 1 963. Journal of Dairy Science, ROU N DY, Z . D . 41 :1 460, 1 958. Fo i l ançad o pela E PA M I G / C E PE I I LCT , o l ivro "QU E I J OS N O B RASI L" , q ue descreve a tecno l og i a , característ i cas e con s i derações so bre os 60 t i pos de q ue i j os fabri cados no paí s , além da tecno l og i a d o s pri n c i pai s q ueijos d e fabri cação casei ra , recei tas c u l i nárias e u m art i go sobre o q ue i j os e a n utrição h u mana. O l ivro traz com o ed i tor, L u i za Carval haes de A l bu q uerq ue, e conta com a co l aboração dos Professores Otacíli o Lopes Vargas , L u i z C l áu d i o G o mes de Fre itas e A l berto Valent i m M u nck, e d o s al u nos Carlos Henrique Fonseca, A n d rea M art i n s Leal e Christ i na Mara Corrêa de Cast i l ho . Conta ai nda com a i ntrod ução do Prof . Eo l o A l b i no de Souza e a apresentação d o Prof. Edson Clemente dos Santos . 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FONE: {OIIJ :S.9.Q866 � TELEX: {OII1 23938 BHEI BR RIO DE JANEffiO • RI • FONE: (021) 2&6-&U7 • RS • FONE: l05tlJ 22-7890 PORTO ALEGRE BELO HORIZONTE · MG • FONE: (03t) 331.oJ21 • TELEX: (031) 3144 FILIAIS FORTALEZA • CE • FONE: 1(85) 223.5357 . TELEX: (08!!) 1178 MANAUS • AM • FONE: 10921232-1739 REClFE - PE - rONE:I08112Z4.tt92 I digitalizado por arvoredoleite.org Rev. I n st . Latic. Când i do Tostes , 41 (244 ) : 20-24, 1 986 Pág . 20 QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE LEITE CRU Microbial Quality Qf Raw Milk Lúcio A lberto Forti A n tunes(* ) José Satiro de Oliveira(* * ) R ES U M O N o presente trabalho, estudou-se a qualidade m icrobiológica d e 5 0 amostras de leite cru dos tipos B e C, colet'àdas na plataforma de recepção de uma indústria de beneficia:n.ento de leite, em fazendas e pon tos de espera para o transporte até a usina . de benefIcIamento . Determmaram-s e as contagens de m esófilos totais coliformes to �ais � estreptococo� fecais, cujos resultados médios foram, respectiv�m en te, para leIte tIpO B: 6,03x10 ; 2, 70x1 0 " e 3,2 7x10 'f ufc/mL Para o leite tipo C' 1 ' 73x10'" 1 .29x10 6 e 1 ,45x1 O Y ufc/ m L. Somente 35% das amos tras de leite tipo B ap�esentara � contagem dentro dos padrões legais, o que indica um elevado nível de contaminação para esse tipo de leite. / I N TRO DUÇÃO A q u al idade do leite está associada, de u m a forma geral, c o m a carga m icrob iana presente no prod uto . Seg undo H U H N et al i i(7) , no Bras i l , o leite " i n natura" apresenta baixa q ualid ade, sen do q u e esse fator está relacionado com a i nfl u ência das estações do ano, as práticas de produção e manuseio a n ível de fazenda, loca l ização geográfica, tem peratura prevalente do leite e a d istância de tran sporte entre a fazenda e a plataforma de recepção da i n d ústria, q u e contribuem para o desenvolvi mento de m icror ganismos conta m i nantes do leite. Fatores como a q uali dade bacteriológ ica das águas, qual idade do ar dos estábu los, san ida de dos orden hadores e dos an imais e, princi pal mente, utensíl ios n ão perfeitamente h i g ien iza dos tam bém contribuem J de modo decis ivo/ no estado m icrobiológ ico do leite(4 , 7 , 8 ) . COVA R R U B IAS e HAVERB ECK(4) observa ram q ue, de u m a forma geral , exi ste um baixo nível san itário no m o m ento da o rdenha,(já q u e encontraram resu l tados de contagens totais da ordem de 10 ufc / m l ) o q u e fez com que, no m o mento da recepção i n d ustrial , as contagens do leite estivessem por volta de 1 0" ufc l m l . H U H N et al i i(7) co m p rovaram q u e o empre go de ordenha mecân ica nem sem pre d i m i n u i a carga m icrob iana do leite cru. Esses autores o bservaram que, com orden h a manual, a carga total méd i a de m icrorgan ismos, a n ível de fa zenda, foi de 1 , 48. 1 oS" u fc l m l , e a n ível de plataforma de 1 , 55. 1 0 6 ufcl l11 l . J á através d e orden ha mecân ica, a carga m icro biana f o i de 3,80 . 1 0$ ufcl m l a n ível de fazenda 8 , 51 . 1 OS ufc l m l a nível d e plataforma de recepção. COS TA et ali i(3) tam bém o bservaram elevadas con tagens em leites obtidos por ordenha mecân ica, sendo que, nesse estu do, as contagens de col i formes sem pre suplantaram aquelas de leite or den hado m an ual m ente. n u m a clara al usão a u m a possível falta de c u id ados h ig iênico-sanitá rios com o eq u i pamento de ordenha. Resu lta dos semel hantes de contagens de leite cru foram obtidos por M U I R et al i i ( 1 2) q ue verifica ram , em leites d esti n ados ao beneficiam ento, uma variaçã0 n a contagem total de m esófi los sentre 1 , 00. 1 0 e 4,99 . 1 0$ ufcl m l , e para basto netes G ram negat ivos, entre 1 , 00 . 1 0 e 4,95 . 1 0 ufc l m l . E m trabalhos realizados n a região d e Cam p i nas São Pau lo(1 0 , 1 7 ) , foi o bservado q ue a popu lação m icrobi �n a total de leite cru mostrou-se entre 1 06 e 1 0 ufc / m l . J essou ro u m , citada por BAR ROS et ali i(1 ) observou em leite cru i n d us trial, n a cidade de São Pau l o , variações de 1 , 4 . 1 09 e 3,0 . 1 0 8 ufc/ m l para contagem total e de 1 , 5 . 1 0 ' a 1 , 1 . 1 0 b ufc / m l para as contagens de coliformes totai s. BAR ROS et a l i i ( 1 ) , anal isando leite cru des t i n ado à pasteurização em São Pau l o , S . P . , obtiveram resu ltados entre 2 , 0. 1 06 e 6 , 9 . 1 0r ufc l ml para contagens de m i cr� rgan ismos me sóf i l os totais e 3 , 6. 1 06 e 1 , 1 . 1 0 ufc / m l para os co l iform es totais. KA R I N e KACH A N I (9 ) estu dando a flora de leite cru , verificaram q ue a maioria das am os tras an íâl isadas m ostrou contagens totai s entre 5 , 1 0 . 1 0 e 3,00 . 1 0� ufc / m l e que predom i navam bastonetes esporu l ados, m icrococos e col ifor mes sobre a flora aci d ificante. Por outro l ad o , G A H LOT e t al i i (5) con stataram q u e 6 2 , 3 5 % d a m i croflora de leite c r u era con stituída p o r m i crorganismos formadores de ácido e 8 , 27 % por proteo líticos, e essa relação permanêncía 1"1 0 prod uto, mesmo após ser pasteurizado. Com o l eite cru apresentando contagens tão elevadas, fica fác i l de se prever q ue a q ual i da de do produto pasteurizado oferecido ao con su m idos seja i g ualm ente prej ud icada, e é o q u e rea l m ente t e m aconteci d o . OLlVEI RA(1 3 ) , e m 1 973, o bservou q u e os n íveis totais de m i c ror g an i s m o s em leites pasteurizados comercial iza- ( * ) Departamento de TecnoloQ ia de Alimentos e Medicamentos, Fundação Universidade Estadual de Londrina. Caixa Postal 6001, 86.100 Londnna - PR. ( * * ) Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, Universidade EstaClual de Campinas, Campinas - SP. Rev . I n st . Lat i c . Când i do Tostes . _�1 (244 ) : 20_-24 , J 986 dos na cidade de Cam p i nas, SP estavam na faixa de 1 0 .3 - 1 0 6 ufcl m l . Em trabalhos pos teriores, M A C H A DO(1 0), OLIVEIRA e B O R G ES(1 4) e VI LLAFà N E(1 7) obtiveram resu ltados sem elhantes, para a m esma reg i ão, sendo q u e os valores méd ios se elevaram para a faixa d e 1 0 � - 1 06 ufc/ m l . G q.L DON et ali i(6) conseg u i ram resu Itados de 1 0 - 1 0 u fc I m I para con tagens totais e 1 03 - 1 05" ufcl ml para col ifor mes totais, em leite pasteurizado e comercial i zado na cidade de Botucat u , S P . B rum e M u sso l i , citados por G O L DO N I el al i i(6) , obtiveram , na reg ião extremo s u l do Bras i l , resultados i dên t icos para contagem total , porém os col iformes totais apresentaram resu ltados menores q u e 1 0 ufc / m l , e m 79 , 9 % das amostras anal i sadas . J á em S ã o Pau lo, BA RROS e t al i i ( 1 ) relatam q u e a contagem total do leite pasteurizado esteve entre 1 0 e 1 0 Y ufc / m l e os co l iformes totais est iveram sem pre abaixo de 1 0 ufc / m l . Esses dados vêm corroborar a afirmação d e q u e é d ifíc i l melh orar s i g n i ficativamente a q u a l i dade e a conservação do leite e seus deriva dos, part i ndo-se de um leite q ue, em estado cru , apresenta carga m icrobiana m u ito elevada(4;6 ) . Em vi sta do exposto, objetivou-se, n o pre sente trabalho, estu dar três dos mais i m por tantes g ru pos m icro bianos presentes no leite cru ( m esófi l os totai s , co l i formes totias e ente rococos) q uando recebido na plataforma de re cepção de i n d ú stria de beneficiam ento ou a ela desti nado. � MATERIAL E M ÉTODOS A mostras As amostras u t i l izadas neste trabalho foram de leite bovino cru dos t i pos B e C, d a baci a leiteira de Cam p i nas, SP. Parte d a s amostras foi coletada na plataforma de recepção de u m a u s i n a de processamento de leite, na cid ade de Cam p i nas, S P , e o restante, em fazendas e pontos de espera para o transporte do leite até a u s i n a de beneficiamento. As amostras foram co letadas em frascos de vidro estéreis com tam pas rosqueáveis e .trans portadas ao laboratório em reci p i entes com gelo, asseg urand o , assi m, refrigeração às amostras. Diluições As d i l u ições dec i m ai s foram preparadas em frascos conten do 99 ,0 ml de ág ua peptonada, uti l izando-se a técn ica de transferência d e 1 , 0 ml da amostra, como recom en dado pelo Stan dard M ethods for the Exam i nation of Dairy Prod ucts(1 1 ) . Contagem total A contagem total dos m icrorganismos aeró bios m esóf i l os presentes foi realizada) u t i l izan do-se Ágar Padrão ( P l ate Count Agar, D i fco) como me'io de cult ura, semead u ra por profu n d i dade a 32° C / 48 horas, com o cond ições de i ncu bacão(1 1 ) . Pág . . 2l Contagem de coliformes totais A pesq u i sa de co l iformes totais foi levada a efeito em Ágar Cristão Vermelho Neutro B i le ( M erck), através de semead u ra por profu n d ida de e i ncu bação d u rante 24 horas a 32 ° C , tal co mo recomendad o pela l iteratura(1 1 ) . Contagem de enterococos Os m icrorgan ismos pertencentes ao Gru po dos enterococos (estreptococos do g ru po fecal) foram pesq u isados em meio s ó l ido e i nocu lação por profu n d i dade, seg u n d o as recomendações de S P ECK(1 6 ) , u t i l izando-se Ágar KF Strepto coccus ( D ifco) i n cubado a 32° C por 48 horas. Leituras das contagens As contagens dos d iversos gru pos m icro bianos foram real izadas em um contador de co lôn ias H E LLl G E ( H e l l ige, Garden City, N ew York ) . RESU LTADOS E D I SCUSSÃO Os resu ltados das contagens total , de coli formes e de enterococos (estreptococos fecaiS) em amostras d e leite cru são apresentados nos Q u ad ros 1 e 2. A anál i se desses dados revela q ue o leite recebido para beneficiamento i n d u strial o u a ele desti nad o , m ostrou elevadas contagens m icro bianas. Nota-se que, como esperad o , o leite t i po C (Q uadro 2) apresentou uma carga m icro biana média total e de col iformes superio r a do leite t i po B (Quadro 1 ) , porém a pop u l ação de enterococos do leite t i po B esteve 2 , 26 vezes aci m a da do leite t i po C. I sto permite afirmar q ue, em bora os cu idados h i g iênicos com os an i m ai s , ordenhas, etc. , para o leite t i po B , sejam maiores, a presença .desses m icrorganis m os leva a a l g u m as possíveis h i póteses: ou esses m icrorganismos, por const i t u i rem uma flora mais res i stente, estão adaptados a con d i ções de s u b l i m peza em q u e se usa algum tra tamento térm ico , ou exi ste ocorrência de mami te no reban h o , ou i n d ica contato com material de origem fecal . Como conseqüência, tem-se que ter em m ente que os estreptococos fecais apresentam uma s i g n i ficativa term oexi stência, podend o , portanto, so breviverem à pasteu riza ção e estarem presentes no prod uto d esti nado ao consum idor. Os elevados dados médios de contagem total do leite tipo B (6,03 . 1 06 ufc / m l ) decorrem, provavel mente, da m u lt i p l icação de m icrorga n i smos contam i n antes q u e são favorecidos por co ndições i nadeq uadas de h i g iene, de armaze nam ento e 'man useio do produto. Os d ados de co l iform es totais, pri n C i palmente para o leite t i po B , são pouco preocu pantes, não só porq ue sua presença não se deu de modo maciço, mas tam bém porq ue BAR ROS et a l i i ( 1 ) demonstra ram q ue esses m icrorganismos são d estruídos, d u rante a pasteurização, n a faixa de 99 , 9 % . digitalizado por arvoredoleite.org Pág . 22 Hev. I nst . Lat i c � Când ido Tostes , 41 (244) : 20-24, 1 986 QUA DRO 1 - Res u l tados m éd ios e am p l itude de variação, em u n id ad es formado ras de col ô n ias por m i l i l itro ( ufc / m l ), das contagem total , de col i formes e d e enterococos (estreptococos fecais) , de 20 amostras de l eite t i po B cru . Contagem total Variação 6 , 03 x 1 0 6 2 . 70 x 1 0 I.. 1 0-40, 75x1 as � 3 , 27X1 0 � Res u l tados m éd ios e a m p l i t u de de variação, em u n idades de co l ôn ias por m i l i l itro ( ufc l m l) , das contagens tota l , de col iform es e de enterococos (estreptococos fecais) ' de 30 amostras de l eite C cru . r 2 1 ,00x1 0 - 3 , 35x1 O <,1 .,. 1 ,50x1 0 - 9, 75x1 O M éd i a 1 , 73X1 0 Enterococos Coliformes Contagem total Variação Enterococos 2 S 1 , 20x1 0 - 1 ,65x1 O "1 3 5,00X1 0 - 7 , 00x1 0 Méd i a QUADRO 2 Coliformes 1 1 , 29x1 0 Nos q u ad ros 3 e 4, são mostradas as faixas de variações, freq üências e porcentagens de apareci mento das contagens m icrobianas dos leites t i po B e C. A verificação d esses dados, princi pal m ente se confrontados com aq ueles preconizados pela legislação bras i l e i ra em vi gor(2) de no máximo 4, Ox1 0$' u fc I m I para rece bi m ento de l eite tipo B cru , evidencia o fato de q u e somente 35% das amostras desse tipo de l eite estariam dentro dos padrões perm itidos, sendo que o maior n ú mero de amostras (40 % ) apresentou contagens n u m l i m ite 1 0 vezes su perior (1 ,1 x1 06 a 5, Ox1 0 6 ufc / m l ) . N a com para ção desses dados co m aq ueles ori undos das anál i ses de leite tipo C (Quad ro 4), o bserva-se Que 30 % das amostras deste t i po ,de leite mos traram contagens i n feriores a 5,1 . 1 05" ufc / m l , sendo Q u e a faixa de até 5,Ox1 0 6 ufcl m l é que apresentou a maior i ncidência n u m érica de 6 . < 5' 1 - 44x1 0 1 , 45 X 1 0 7' amostras (27 % ) . Além d isso , nota-se q u e 33% delas estiveram aci m a d esse l i m ite de conta gem . Constata-se, então, que as amostras de l eite t i po B apresentaram u m a baixa q u a l id ad e m icro bio lóg ica, tanto em termos de contagem total q uanto de co l iformes totais, onde am bos apresentaram porcentagens m u ito próxi m as, especialmente para aq uelas faixas m enores que 5,Ox1 0 S' ufc / m l . O s resu ltados o btidos para o l eite tipo C , se por u m lado são semelhantes aos o bt i d os re centemente por PRATA(1 5), são i nferiores aos que BA RROS et al i i(1 ) encontraram em leite cru na c idade de São Pau l o , SP, e i nferiores àq ue les obtidos em estudos anteriores na mesma região ora em est udo por M AC H A DO(1 0), OLl _ V E I RA(1 3) e VI LLAFA N E(1 7), o que demonstra, apesar de tudo, uma m e l h oria nas con d i ções h i g i ên icas e de manuseio do l eite nessa reg ião. QUADRO 3 - Faixas de variações, freq ü ên ci as e porcentagens de d i stribu ição das contagen s m icrobianas total , de col iform es e de estreptococos fecais, em amostras de l eite t i po B cru . Fa ixa de variação ( ufc/m/) menor que 1 0 g 1 , 1 . 1 0 a 5,0 . 1 0 3 '3 a 1 , 0 . 1 O'{ 5,1 .1 0 '1 1 , 1 . 1 0 a 5,0. 1 0'" 5 , 1 . 1 0'" a 1 ,0 . 1 <1" :1" 1 , 1 . 1 0 a 5 , 0 . 1 05" f 5 , 1 .1 ( a 1 , 0.1 0 6 6 1 , 1 . 1 0 a 5, 0 . 1 0 o 6 5 , 1 . 1 0 a 1 , 0. 1 0 1 1 1 . 1 .1 0 a 5,0. 1 01 7 5 , 1 . 1 0 a 1 , 0. 1 0 8 TOTAL Con tagem total FreqOências % O 1 O 3 O 3 2 8 O 5 O 15 O 15 10 40 5 5 5 20 1 00 Estreptócocos fecais Coliformes freqOências % freqOências % 4 6 14 6 O 2 O 1 O O O 20 30 5 30 O 10 O 5 O O O 1 O O O O 70 5 5 5 10 5 O O O O O 20 1 00 20 1 00 2 PáQ . 23 Rev. I n st . .Lat i c . Când ido Tostes , 41 (244 ) : 20-24, 1 986 QUADRO 4 - Faixas de variações, freq ü ências e porcentagem de d i stri b u i ção das contagens m icro b ianas total , de col i formes totais e de estreptococos fecais, em amostras de l eite t i po C cru . Faixa total variação ( ufc/m/) Con tagem total freqOências m enor que 1 0 3 S 1 ,1 . 1 0 a 5 , 0 . 1 <T 5 , 1 ,1 0 � a 1 ,0.1 0'1 '/ 1 ,1 .1 O 5 , 0. 1 0� S' 5 , 1 . 1 0 � a 1 ,0.1 0 S" 1 , 1 . 1 0 a 5 , 0. 1 OS" 5 , 1 . 1 0$ a 1 ,0.1 0 6 6 1 , 1 . 1 06 a 5 , 0. 1 0 5 , 1 . 1 0 6 a 1 , 0 . 1 01 1 1 , 1 . 1 07 a 5 , 0. 1 0 1 5 , 1 . 1 0 a 1 ,0 . 1 08 TOTAL freqOências '% % % freqOências 8 5 2 9 2 2 O 1 O 1 O 26,7 1 6, 7 6,7 30, 0 6,7 6,7 O 3,3 O 3,3 O 17 5 1 5 1 8 O 9 2 4 5 O O O 3 3 24 O 27 6 12 15 1 O O O O O 57 17 3 17 3 3 O O O O O 30 1 00 30 1 00 30 1 00 O O O � Estreptococos Fecais Coliformes Das anál i ses do l eite tipo B , concl u i-se que os resu ltados são m u ito semel hantes aos de COVA R R U B IAS & H AV E R B ECK(4), KA R I M & KAC H A.N I(9), PRATA(1 5), M AC H A DO(1 0) e V I L LAF  N E(1 7), colocand o-o em cond ições se m e l hantes aos dos leites de países do terceiro m u ndo. Por outro l ado, m ostram m e l hores re s u ltados para co l iformes totai s, porém piores q u e os de COSTA et al i i (3) tanto para l eite o bti do por ordenha manual com o m ecân ica. Os dados de ambos os t i pos de leite, de uma forma geral , quando confrontados, somam-se às observações de V I LLAF à N E(1 7) de q u e n ao ex i ste, praticamente, d i ferença entre eles q uan do entregues n a plataforma de recepção d a i n d ú stria. I sto demonstra que, a par de todas as exigências feitas ao p rodutor, ou a fiscali zaç ão tem se mostrado inoperante para abaixar o n ível m icrobio lóg ico de l eite cru , ou real m ente tem-se que ir ao encontro d as propostas de OLIV E I RA & B O R G ES(1 4), já reforçadas por PRATA(1 5), de que as norm as de l eg i s lação para o l eite cru, e de modo espec ial para o l eite tipo B, devem ser u m tanto mais realistas e corresponderem às cond ições bras i leiras, sem que haja uma s i m p l es transferência dos padrões de países mais ad i antados, onde a real idade l at i c i n i sta é com p letamente d iferente d aq uela encontrada no B ras i l . S U M M A RY The microbial quality of raw milk has been studied for the types B and C at a co/lection plattorm of a pasteurization plant and produ cing farmers. A total of 50 samples were co/lec ted for the m icrobial analysis. The results showed the fo/lowing counts(cfu/m/): 6.03x106 , 2. 70x1 0 � and 3.27/ 1 0 '1 for total mesophiles. to- tal coliforms and fecal strep tqpocci, respecti vely, for type B and 1 . 73x1 0 , 1 . 20x1 0 6 and 1 . 45x1 O�, respectively for type C. Only 35 "'/0 of the samples of the type B were within the limits of the Brazilians legis/ation of raw milk stan dards. B I L B I O G RAFIA 1 . B A R ROS, V . R . M . ; PAN ETTA, J . C . & PER CES, E . M . C . Eficiência do sistema de pasteurização u t i l izado em us inas d e be neficiamento de l eite na capital de São Pau lo, B ras i l . Higiene Alimentar,. 3: 1 99207, 1 984. 2. B RASIL, M I N ISTÉRIO DA AGRICULTURA. Reg u l am ento da I n s peção I nd ustrial e Sa n itária de Produtos de Origem A n i m al . 1 962. 3. COSTA, L.C . G . ; CARVA L H O , E . P . & CARVA L H O , A . S . Qual idade m icrobiológ ica do leite cru obtido por ordenha manual e me cân ica, n a fonte de p rod ução. Rev. I. L. C. T. , 39:3-6, 1 984. 4 . 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I N TERN ATIONAL CO M M ISSION O N M IC RO B I O LO G I C A L S P E C I F I C A T I O N S F O R FOODS. M icrobial Ecology o f Foods. Vo l . I e 11. Academ ic Press, N ew York, 997 , 1 980. 9. KA R I M , .G . e KACHA N I , G h . Flore bacté rienne du lait cru de la rég ion de Théhéran . Le Lait, 58: 1 79-1 84 , 1 978 . 1 0 . M ACHADO, E . S . V . Flora dominante de lei te cru e pasteurizado. Cam p i nas, 39p . Te se ( M estrado) Fac. E n g . A l i m . Agric . , U N ICA M P , 1 975. 1 1 . M A RTH , E . H . •(ed . ) . Standard Methods for the examination of dairy products. A meri can P u b l i c Health Associat i o n . Was h i ng ton, D . C . , 41 6 p . , 1 978. 1 2. M U I R , 0.0.; K ELLY, M . E . ; P H I LLlPS , J . D. & W I LSO N , G . The qual ity of blen ded raw Pág . 24 m i l k in c ream i eries i n $outh-west Sco tlan d . J. Soc. Dairy Techonol. , 31 : 1 371 44, 1 978 . �KlI 1.. -- 1 3 . OLIVEIRA, J . S . Q ual i d ad e m icrobiológ ica do leite. Ind. 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K L E N ZAD E 55 ANOS DE EXPERIÊNCIA A K l enzad e , destacando-se entre o s l íd eres e m p rocessos de l i m peza e san i t i zação para as i nd ú strias de l at i cí n i o s ; c om p l eta este an o , 55 an os . F u ndada em 1 931 , em u ma peq uena i n stalação , nos f u n dos de u m a barbearia n o W i sconsi n-USA , i n i c i o u s u as at i v i d ad es p rod uzi n d o , q uase q ue domest i camente, u m deterg ente e u m p ro d u t o c l o rado , q u e eram vend i d os às Fábri cas l ocai s d e Q u e i j os . Deste esta época, até h oje, vei o somando experi ê n c i a e tec n o l og ia, benef i c i ada i n cl u s ive com s u a fusão , em 1 961 , c o m a Eco n o m i cs Laboratory I n c . , de M i n nesota, q ue d e u o i m p u l so d ef i n it ivo às s u as at ividad es no m u n d o tod o . N o B ras i l , a K l enzade atende, a l é m dos l at i cí n i os , tam bém as i n d ú strias de p rocessamento de al i mentos , beb i d as e fazendas . Divi são da M AG N U S-SOI LAX q ue p resta serviços às i nd ústrias de al i m entos . Seus p rogramas são espec i f i camente projetados para cada d i feren te seg mento, envo l vendo servi ços , eq u i pam entos e prod utos al ca l i nos , ác idos e san i t i zantes . Seu pessoal Téc n i co é const i t uí d o por e l ementos am p l amente trei nados, nas áreas especí f i cas de at u ação , capac i tando-os 'a so l uc i o n ar p ro b lemas de l i m peza e san i t i zação , j u nto às i n d ú strias de l at i cí n i o s e fazendas ( p rod utores ) . Co m dosado res espec i a l mente projetados , podemos oferecer eco n o m i a e p rec i são na u t i l ização de n ossos p rod uto s . Consute-nos ! MAG N US-SO I LAX: Rio de Janeiro - Av. Treze de Maio, 33 - 35 . o Andar CEP 21 031 - Fone: (021 ) 21 0-21 33 MAGN US-S O I LAX: São Pau l o - Av. Ped ro B ueno, 1 501 / 1 507 .- Parq ue J abaq uara CEP 04342 - Fone: (01 1 ) 542-2566 MAG N US-SO I LAX: J u iz de Fora - MG - Rua Moraes de Castro, 778 - B. São Mateus CEP 361 00 - Fone: (032) 21 1 -341 7 A M ag n us-So i lax , d a q u al a Kl enzade é u ma d iv i são , t raba l h a n o B ras i l , também nas áreas I n st i t u c i o nal , I nd u strial , M arít i ma e d e Con s u m o . KLE NZA D E - Trabal hando p l u ma al i mentação m e l h or. digitalizado por arvoredoleite.org Pág . 27 eco 2/4 9000 l/h INFL_UÊNCIA DO AÇÚCAR DE CAN� NA FERMENTAÇÃO LACTICA DURANTE A PRODUÇAO DE 10GURTE(*) Effect of cane sugar in the lactic fermentation for the yogurt production. a a rte de emba lar líquidos a I i menta res a utomatica mente 11 I 1 . ! •re rPQ c José Glauco Grandi( * * ) Cláudio A . Torres SuazoC * * * ) RESU M O Estudou-se a influência de 9 açúcares de cana de várias procedências, nas concentrações de 3, 6, 9, 12 e 1 5 % em peso, sobre o tempo de fermentação do leite, durante a produção de iogurte. A companhou-se a fermentação por titulação do ácido láctico, em períodos de trinta em trinta minutos, durante 6 horas, Observou-se igual dade de influências dos sete açúcares não refinados, nas m esmas proporções, durante as fermentações e o aparecimento de coloração amarelada quando açúcares não refinados foram utilizados . I N TRODUÇÃO d o I"cu ml máquln al automátlcal de embala gem Itda ll d f avo octa es marcon es erreira, ·338 . jurubatuba . santo amaro · são pau lo · telex (01 1 ) 32499 f ! oi br endereço tel egráficoi ' plasticfoi l ' . cep 04696 . c . g.c. 62 . 846. 928/0001·49 inscr. estadua l 108. 355.801 . te l e fone pabx • . 246·2044 PRO UTOS MAG N U S S O I LAX I N D Ú STRIA E CO MÉRCIO LTDA. Divi são K l enzade N ova l i n h a especial izada n a l i m peza e san itização de l at i c í n i o s . Para u s o em pasteu rizadores , tan q ues de estocag em ' garrafas e eq u i pamentos em g eral . Ass istência Técn ica G rat u ita Av. Treze de Maio, 33 - 35 . 0 an d o C E N T R O - Fone: 21 0-21 33 Telex: (021 ) 21 277 - R i o de J an e i ro RJ Rua Morais e Castro , 778 - São M ateus - Fon e : 21 1 -341 7 - J u iz de Fora, M G O i og u rte (31 , 1 8, 1 0 , 1 1 , 21 ) é o p ro d uto derivado do leite q ue, nos ú ltimos anos, teve o m aior aumento de produção. Entre os fatores responsáveis por i sso, pode-se citar: q ualid ades organo l épticas, adição d e açúcar e frutas, d is pon i b i l i dade de em balagens p l ásticas , possí veis q ual i dades terapêuticas, etc. (24, 34, 1 2, 1 3) . Olitro fator q u e tem contribuído para esse aum ento de p rod ução é o apareci m ento de novos p rodutos: iogurte congelado d u ro , iogur te sem i-congelado (soft-serve) , iogurte fluido e outras variedades (22) . As estatísticas m ostram, contudo, que o iogurte com frutas é o respon sável pelo rápido cresc i m ento das vendas (32, 20 , 8, 1 2) . O iogurte c o m frutas é fabricado i n d u strial mente (30, 1 8 , 6 , 1 3, 31 , 1 7 , 26) ad icionando-se sacarose ao leite, antes da pasteurização. Esta m istu ra pasteurizada é i nocu lad a com u m a cul tura m i sta d e Streptococcus thermophilus e Lactobacillus bUlgáricus, na p roporção de 1 :1 , (33, 9 ) . Depois de incu bada até ati n g i r a acidez desejada, ad iciona-se a polpa d e fruta. A concentração, o t i po (ref i nado ou cristal) e a procedência do açúcar de cana util izado po dem infl uenciar no tem po de fermentação do leite para pro d ução do iogurte, bem como em algu mas de suas características , tais como: viscosidade, cor e acidez. As bactérias d o iogurte, Streptococcus ther mophilus, Lactobacillus bulgaricus, crescendo s i m bi oticamente são responsáveis pela fermen tação d o leite dando com o resu ltado a prod ução de áci d o láct ico e compostos aro m át icos além d a formação do coág u l o . O com portamento destes m icro rgan ismos d u rante a fermentação do iog u rte tem sido estu d ad o por m u itos auto res ( 27 , 1 , 5, 25, 35, 4, 1 6) . N o B ras i l , constuma-se usar aç:úcar de cana refi n ad o , na fabricação de iog u rte com frutas . Acred ita-se q ue, pelo fato de ser o açúcar re finado, se tenh a melhor garantia q uanto à con tam inação m icrobiana e q u í m ica, pois am bas podem afetar o processo fermentativo. Se os m icrorgan ismos, n a sua maioria, são e l i m ina dos d u rante o tratamento térm ico d a m istura leite-açúcar, o mesmo não acontece com as s u bstâncias q u í m icas q u e sofrem poucas alte rações. Os açúcares comerciais, procedentes de vá rias usi nas ou reg iões, podem conter d i feren tes teores de i m p u rezas em decorrência das variações dos processos de fabricação. Na reali dade, o açúcar refinado sofre um tratamento fís ico-q uím ico mais i ntenso q ue o n ão refinado e, portanto, as i m pu rezas q u í m icas são d iferen tes em am bos os casos , Nesta pri m e i ra parte, procurou-se estudar a i nfl uência da procedência e do tipo ( refinado ou cristal) de alg u n s açúcares de cana do Estado de São Pau l o . M ATERIAL E M ÉTO DOS Util izou-se, em todos os ensaios, leite re constituído (com 1 2, 5 % de sól idos totais), a part i r de leite em pó i ntegral fabricado pela Cia. Vigor de São Pau lo. O i nóculo foi obtido através d a at ivação de uma cultura m i sta l iofil izada, de Streptococcus thermophilus e Lactovacillus bulgaricus, na pro porção de 1 : 1 , de cód igo CH-1) fabricado pela CHR H A N S E N 'S LABO RATO R I U M , da Dina marca. LJtil izou-se açúcar refinado U n ião e Pérola; açúcar cri stal S u perior e Standard produzi dos'pel.a$ empresas:(.;om pan hia Açucareira Co rona S . A " U s i n a Açucareira de Jabuticabal S . A . e U s i n a S ã o M arti n h o S . A . Açúcar e Álcoo l , sen do tam bém desta ú l t i m a o açúcar cristal espe cial util izado . Cada açúcar foi identificado alea toriamente por uma letra de A a I . (* ) Parte d a Dissertação d e Mestradu e m Engenharia d e A l i mentos apresentada à EPUSP: (**) Coordenador de pós-graduação em Engenharia de A l imentos da EPUSP, ( **) Mestre em Engenharia de A l imentos pt::Í a EPUSP. digitalizado por arvoredoleite.org . _Rev. I n st . . L�itic.. Când i d� Tos�e s,. 41J24.4 ): 2?-33, 1 986 Pá9: 28 0:: <t: u :J L)o <t: 0:: <t: u :J u<t: ::::E ::::E O uJ U (J'l 1\ , 1' II " I" Rev. I n st . Lat i c . Cândido Tost.es , 41 (244) : �7-33 1 986 .• Para determ i n ação de aci dez. ut i l izou-se: sol ução N / 9 d e hi d róxido de sód io ; sol ução alcoól ica de fenolftal i n a a 1 % em peso como i n d i cador, e uma m i stura d e sol ução alcoól ica de rosan i l ina (0,01 % em peso) e leite como pa d rão (3). E m cada ensaio , fizeram-se s i m u ltaneamen te d uas fermentações; uma com açúcar (na con centração desejada) e outra sem açúcar que servia como prova em branco . I n i c iava-se o ensaio com a d i sso l ução do l eite em pó (1 62,5g) em ág ua dest i l ada (1 1 37 ,5G) previamente aquecida a 60°C. U m a parte deste l eite era m istu rada com o açúcar em estudo. Os leites com e sem açúcar eram aquecidos em autoclave (20m i n , vapor fl uente) , resfriado a (45-46°C), inocu lados com 2 , 5 % de fermento. O leite inocu lado era colocado em f u n i l de sepa ração, para d i stribu ição nos 45 tubos de en sai o , que eram i ncubados em banho termostá tico a (42,5 + 0 , 5 ° C) . Com i ntervalos de 30 m i n utos, retiravam-se 3 tubos de ensaio, n o s quais se determ i n ava a acidez por titu lação . O resu ltado era expresso em porcentagem de áci d o l ático. Esta seq Oência está representada na F i g u ra 1 . redor de 1 0 % , podemos d izer' q u e é desprezível a d i ferença de i nfl uências entre açúcares "cris tal" e "refi nado" . Pode-se então calcular as m éd ias ( P ) dos • c val ores m éd ios das porcentagens ( P ) de ácido c l áctico determ i nados para cada concentração de todos os t i pos de açúcar de cana. Por observação visual da cor, notou-se que a ad ição 1 2 % e 1 5 % de açúcar cristal conferi u u m a tonal i dade amarelada ao iogurte. Q uando se ad icionou açúcar refi nado não se o bservou m udanças na cor do iog u rte. CONCLUSÕ ES • • R ES U LTA DOS E D ISCUSSÃO II I " . /\ vv O acom panhamento d a evol ução das fer m entações foi feito por titulação do ácido lác tico e os cálculos de sua concentração foram feitos pela Equação 1 , obtida a part i r d a relação de eq u i valência áci do-base. P onde: P K V M t <t: :J (!) ' <t: ::::E uJ uJ 'o � o... uJ ...J = K V M • • . f Eq uação 1 porcentagem de ácido láct ico , em %; em g / m l ; vo l u m e de sol ução de h id róxido de sód io N / q , em m l ; fator de solução de h i d róxido d e só d io ; massa de leite, em g . O s resultados apresentados (Tabela 1 a 5) são m éd ias obtidas das determ inações experi m entais, após a e l i m i nação dos valores, a um n ível de 90% de confiança pela ap l icação do "teste de valores extremos" (1 4), que n ão per tenc iam a população em estudo. O teste ' foi aplicado nos casos em que u m dos três valores d a porcentagem de ác ido l áctico observados d iferia dos outros, n u m a grandeza igual ou maior ao erro experi mental ( ± 4 % ) . D a anál i se d o s resu ltados, verifica-se que, até 3,5 h de fermentação, não h á d i ferença s ig n ificativa entre os vários t i pos de açúcar. Das 3,5 horas até a sexta hora de fermentação, para a concentração de 1 5 %} há u m a d i ferença cres cente, entre as fermentações com açúcar de cana cri stal e aç úcar de cana ref inado, at i n g i ndo 5 , % na sexta hora. Com o na fermentação para prod ução de iogurte, raram ente se at i nge 1 % de ácido lácti co e a porcentagem de açúcar ad icionado é ao A causa d a m enor produção de ácido l áct ico, quando d a ad ição de 1 5 % em peso d e açúca res não-ref i n ado em relação a açúcares refina dos, a part i r das 3,5 horas de fermentação, pode ser a presença de maior quant i d ade de su bstâncias i n i bidoras existentes n aq ueles açúcares. A ig ualdade de i n f l uência na produção de áci do láct ico , q uando se usou os sete aç úcares não-refi nados nas m esmas proporções, até 1 5 % em peso, leva a crer q ue não há d i feren ças s i g n i ficativas , no q u e se refere às su bs tâncias i n i b idoras ou est i m u l antes da fermen tação, n a com posição dos açúcares. A m esma concl usão pode ser tirada no caso de ig ualdad e de com portamento dos dois açúcares refi nados. O apareci m ento da cor amarelada no iog u rte, q uando se ut i l izam açúcares não refi nadM não deve ser considerada, podendo ela será mascarada pela ad ição de frutas, q uando não tratar-se de iog u rte natura l . S U M M A RY This work comprised a study of (he eftects of nine sugar cane from difterent factories, with 3, 6, 9, 12 and 1 5 % by weight of sugar additions to the fermenting milk during yogurt production. The fermentation was accompanied by acid lactic titrations each thirty minutes during six hours. The results have shown there was no sig nificant difterence among sugars as far as inhi biting and enhancing propertiés in promoting lactic acid production is considered. The use of unrefined sugar has resulted in a yellow desco loration of the final yogurt, but this problem is casily solved through the use of fruit colors and flavors. B I B LIOGRAFIA 1 . BAUTISTA , E . S . ; DAH IYA, R . S . ; S P ECK, M . L. - Identificat i on of com po u n d s cau s i n g s i m biotic g rowth of Streptococcus thermiphilus and Lactobacillus bulgaricus in m i l k . J. Dairy Res. , 33:200-307, 1 966. 2. BAUTISTA J . , I . J . - Contribuição ao estudo digitalizado por da influência de "açúcares de cana " no de senvolVimento do Streptococcus thermo philus e Lactobacillus bulgaricus durante a fermentação láctica para produção de arvoredoleite.org Pág . 30 Rev . I n st . Lat i c . Când ido Tostes, 41 (244 ) : 27-33, 1 986 iogurte. Tese de mestrado. 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TA B E LA 1 - Resu ltados das fermentaçõ es com 3% dos vários t i pos de Médias da concentração de ácido láctlco (Pc. ), % Tempo de A çúcar de cana fermentação (h) 0,0 0,5 1 ,0 1 ,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 Pc A B C D E F G H 0, 1 7 0 , 20 0 , 25 0 , 24 0 , 61 0,79 0 , 90 0 , 99 1 ,'07 1 ,1 1 1 ,1 7 1 ,1 9 1 , 20 0,1 7 0, 1 9 0 , 27 0 , 42 0,63 0,76 0, 88 0, 95 1 ,00 1 , 02 1 , 07 1 ,05 1 ,1 3 0, 1 6 0,1 8 0,26 0,43 0,62 0, 75 0 ,87 1 ,00 1 , 05 1 , 06 1 ,08 1 ,1 1 1 ,1 2 0,1 7 0,1 8 0 , 29 0 , 46 0 , 66 0,78 ' 0 ,90 1 , 00 1 , 05 1 ,1 2 1 ,1 7 1 , 20 1 , 24 0,1 6 0 , 20 0 , 25 0 , 43 0,61 0 , 81 0 , 88 0 , 98 1 , 03 1 , 08 1 ,1 0 1 ,1 3 1 ,1 4 0,1 6 0,1 9 0 , 24 0 , 43 0 , 62 0 , 71 0,81 0,89 0, 96 1 ,01 1 , 07 1 ,1 ° 1 ,1 2 0,1 5 0,1 8 0 , 26 0 , 41 0 , 63 0,78 0 , 89 0 , 95 1 , 00 1 , 04 1 ,1 2 1 , 09 1 ,1 1 0,1 6 0, 1 8 0 , 27 0 , 42 0 , 64 0,75 0,88 0 , 94 1 , 00 1 , 03 1 , 04 1 , 08 1 .1 1 0, 1 5 0,1 8 0 , 26 0,40 0,61 0,76 0 , 86 0,92 0,99 1 , 02 1 , 06 1 ,07 1 .1 0 0,1 6 0,1 9 0,26 0,42 0,63 0,77 0,88 0,96 1 , 01 1 , 05 1 , 09 1 ,1 2 1 ,1 4 Pc : média d e P para cada tempo d e fermentaç ão, em % c A, B : aç úcar refi nado de d iferentes proced ênc ias C , D , E , F , G , H , I : açúcar cristal d e d iferentes t i pos e p rocedênc ias d e açúcar ut i l izados. TA B ELA 2 : Resu ltados d as fermenta ções com 6 % dos vários ti pos Médias da concen tração de ácido láctivo ( Pc )' % Tempo ae (h) 0,0 0,5 1 ,0 1 ,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 fic A çúcar de cana fermen tação A B 0,1 6 0,19 0 , 24 0 , 36 0 , 58 0 , 72 0 , 86 0 , 93 1 , 04 1 , 03 1 ,05 1 , 08 1 ,1 1 0,1 6 0,1 8 0 , 24 0,38 0,58 0,74 0 , 84 0,92 1 ,00 1 ,03 1 ,07 1 ,09 1 ,1 2 C 0,1 6 0,1 8 0, 23 0,34 0,54 0,72 0,83 0,90 0, 94 0,98 1 , 02 1 ,05 1 , 07 D 0,1 5 0,1 8 0, 21 0 , 29 0 , 48 0 , 64 0 , 83 0 , 87 0 , 96 1 ,01 1 , 03 1 ,1 0 1 ,1 0 E 0, 1 6 0,1 9 0 , 26 0 , 44 0 , 62 0 , 79 0,90 0 , 98 1 , 00 1 , 06 1 ,1 1 1 ,1 2 1 ,1 4 F G H 0,1 6 0, 1 8 0 , 25 0,40 0,59 0,74 0 , 86 0,93 0 , 98 1 ,03 1 , 04 1 ,09 1 , 08 0,1 5 0,1 6 0 , 20 0 , 34 0 , 53 0 , 69 0, 83 0 , 85 0 , 97 1 , 02 1 , 07 1 ,08 1 ,1 2 0,1 6 0,1 9 0 , 24 0 , 36 0 ,58 0,72 0 , 86 0,93 1 ,03 1 ,03 1 , 05 1 ,08 1 ,1 1 0, 1 5 0, 1 8 0 , 25 0 , 42 0,60 0,76 0 , 87 0,96 1 , 01 1 ,04 1 , 07 1 , 09 1 ,1 1 0,1 6 0,1 8 0,24 0,38 0,57 0,73 0,86 0,93 1 , 00 1 ,03 1 , 06 1 , 09 1 ,1 1 P : méd i a de j5 para cada tempo de ferment ação, em % c c A, B : açúcar ref i nado de d iferentes procedênc ias C. D, E, F, G, H, I: açúcar cristal de d iferentes t i pos e procedênc ias digitalizado por arvoredoleite.org ' Rev. I n st. Latic. Cân d i d o Tostes , 41 (244 ) : 27-33, 1 986 Pág . 32 Rev. I n st. Latic. Când ido Tostes, 41 (244): 27-33, 1 986 TA B ELA 3 : Res u l tados d a s fermentações c o m 9 % dos vários t i pos de açúcar uti l izados Média da concentração de ácido láctico ( Pc)' % Tempo de fermentação (h) .11· li,. , 0,0 0,5 1 ,0 1 ,5 2,0 2,5 3,0. 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 A B C D E F G H 0,1 7 0 , 21 0 , 32 0,50 0 , 68 0,81 0 , 88 0,96 1 ,00 1 , 03 1 ,04 1 , 08 0, 1 7 0,1 9 0,26 0,36 0 , 54 0,80 0,89 0,97 1 ,07 1 ,1 4 1 ,1 6 1 ,1 9 1 , 22 0,1 6 0,1 8 0 , 22 0,32 0,53 0 ,70 0,79 0,87 0, 93 0, 99 1 , 02 1 ,06 1 ,08 0,1 5 0,1 8 0 , 24 0 , 37 0,58 0 , 73 0 , 84 0,1 7 0,1 9 0 , 25 0,39 0 , 57 0,72 0 , 83 0,89 0 , 96 0,99 1 ,02 1 , 04 1 ,07 0,1 6 0,1 8 0 , 25 0 , 39 0 , 60 0,76 0 , 84 0 , 92 1 ,01 1 , 01 1 ,06 1 , 08 1 ,1 1 0,1 5 0,17 0 , 20 0,33 0 , 52 0,73 0 , 80 0,91 0 , 96 1 , 02 1 ,03 1 , 09 1 ,1 0 0,1 6 0, 1 9 0 , 24 0 , 40 0 , 60 0,75 0 , 87 0,92 0 , 98 1 , 01 1 ,04 1 , 07 1 , 08 0 , 99 1 , 01 1 , 05 1 , 08 1 , 08 TAB ELA 5 : Res u l tados d a s fermentações c o m 1 5 % d o s vários t i pos de aç úcar u t i l izados. Pé Açúcar de cana 0,1 6 0, 1 8 0 , 23 0 , 36 0 , 56 0,73 0 , 83 0 , 91 0 , 98 1 , 02 1 ,05 1 ,08 1 ,1 0 j5c : méd ia d e j5c para cada tempo d e fermentação, e m % Médias da concentração de ácido láctico (Pc) ' % Tempo de fermentação (h) 0, 1 5 0,1 8 0 , 23 0 , 38 0,57 0 , 71 0 , 85 0 , 92 0 , 97 1 , 00 1 ,04 1 , 07 1 , 09 Pág . 33 0,0 0,5 1 ,0 1 ,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 P c A çúcar de cana A 0,1 4 0, 1 7 0;1 ? 0 , 27 0, 39 0 , 56 0 , 70 0 , 81 0 , 89 0,96 1 , 01 . 1 ,06 1 , 09 B C D E F G H 0,1 5 0,1 5 0 , 20 0,27 0,41 0,60 0,74 0 , 83 0,91 0,95 0,99 1 ,01 1 ,04 0,1 7 0,1 8 0 , 20 0 , 25 0,34 0 , 51 0 , 65 0 , 77 0 , 85 0,88 0 , 95 0 , 96 .0,99 0,1 5 0, 1 7 0 , 21 0 , 29 0 , 42 0 , 60 0,72 0 , 83 0,90 0,1 6 0,1 7 0 , 21 0, 32 0 , 46 0 ,62 0 , 76 0 ,84 0 , 91 0 , 94 0,98 1 , 00 1 .02 0, 1 7 0,1 8 0 , 21 0 , 28 0 , 39 0 , 58 0 , 71 0 , 85 0 , 94 1 ,00 1 , 04 1 , 06 1 , 08 0,1 5 0,1 9 0 , 23 0, 25 0 , 35 0 , 53 0,67 0 , 80 0 , 86 0 , 92 0 , 93 0 , 98 1 ,00 0, 1 6 0,1 6 0,1 9 0 , 24 0,32 0 , 47 0,63 0 , 75 0,83 0 , 87 0 , 93 0 , 97 0,98 0 , 98 1 ,02 1 , 03 0,15 0,1 7 0 , 21 0 , 29 0 , 46 0 , 62 0 , 74 0 , 84 0 , 91 0 , 95 0 , 97 1 , 01 1 , 02 0,1 6 0, 1 7 0 , 21 0 , 27 0 , 39 0 , 57 0 , 71 0 , 81 0 , 89 0 , 93 0 , 98 1 ,01 1 , 03 P : m éd ia de P para cada tem po de.termentação, em % c c A, B : aç úcar refi nado de d iferentes procedências A, B : açúcar refi n ado de d i ferentes procedências C , O, E , F , G, H, I: açúcar cristal de d iferentes t i pos e procedências C , O. E , F, G, H , I: açúcar cri stal de d iferentes t i pos e procedências TA B ELA 4 : Resu ltados d a s fermentações com 1 2 % dos vários ti pos de açúcar ut i l izados. 0,0 0,5 1 ,0 1 ,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 �c : P c A çúcar de cana fermentação (h) Q,u eij o F un·d ido Médias da concen tração de ácido láctico ( Pc), % Tempo de A B C D E F 0,1 6 0,17 0,21 0,38 0,56 0,64 0 , 84 0,93 0,97 1 , 00 1 , 02 1 , 05 1 , 09 0,1 6 0,1 8 0 , 24 0,39 0,59 0,74 0,86 0,92 0,99 1 , 03 1 , 06 1 , 09 1 ,1 1 0,1 6 0,1 9 0,22 0,1 6 0, 1 8 0 , 24 0 , 35 0 , 53 0,69 0 , 81 0,88 0 , 95 0,98 1 , 00 1 , 04 1 , 06 0,1 6 0, 1 8 0 , 21 0 , 30 0,43 0 , 58 0,75 0 , 86 0 , 92 0,94 0 , 99 1 , 05 1 , 05 0,1 6 0, 1 9 0 , 22 0,52 0, 67 0,79 0,87 0, 94 0,98 1 , 00 1 ,02 1 , 05 0 , 50 0 , 69 0,79 0 , 88 0 , 94 0 , 96 1 ,00 1 , 02 1 ,06 G 0,1 7 0, 1 7 0 , 23 0 , 32 0 , 47 · 0 , 67 0,80 0 , 90 0 , 96 1 ,02 1 , 04 1 , 08 1 ,1 3 méd ia de P c para cada tempo de fermentação, em % A, B : aç úcar ref i n ado de diferentes proced ências C, O, E, F, G , H , I : açúcar cristal de d iferentes ti pos e procedências H 0,17 0 , 20 0 , 24 0,39 0, 58 0 , 75 0,88 0 , 96 1 , 01 1 ,05 1 , 09 1 ,1 1 1 ,1 1 0, 1 5 0, 1 8 0 , 24 0 , 37 0 , 56 0,72 0 , 83 0,92 0 , 99 1 , 02 1 ,06 1 , 07 1 ,08 0,1 6 0, 1 8 0 , 23 0 , 35 0 , 53 0 , 69 0 , 82 0 , 90 0,96 1 ,00 1 , 03 1 ,06 1 , 08 OU R eq u eij ã o ? Seja dono da tecnologia que você usa. CITRATO DE SÓDIO DEIXE SEU é o sal fundente ROBLEM A CO Ferm enta Pro dutos Químic os Amáli a S.A. o sc o Rua Joly, 273 - Bras - São Paulo - SP - 030 1 6 Tel: ( 0 1 1 )292-5655 ex Postal 1 0705 Teléx(01 1 ) 2365 1 digitalizado por arvoredoleite.org Rev . I n st. Lat i c . Cân d i do Tostes . 41 (244):35-37, 1 986 Pág. 35 A ESTATíSTICA EM LATiCíN IOS Statistics in Dairy VII F. A maral Rogick( * ) . R ESU M O O estudo e m foco discorre Sobre a s medidas de assimetria e d e curtose. Embora não sejam tais medidas muito empregadas na estatística aplicada aos laticínios, uma ligeira noção delas é necessária, para que assuntos posteriores sejam compreendi dos. Os exemplos citados fazem parte de trabalhos anteriores. ·it· Il i 11 ' Bo m b a s c e ntrífuga s s a nit ária s Ino xil. Tec no lo ia fe ita de a ç o . As bom bas cer l t rífuga s I nox i l são m a i s u ma ' p rova de q u e com p ra r q u a l i dade é o m e l hor i nves t i mento q u e ex iste. Fabr i cadas tota l mente e m aço i nox idáve l , são do t i po monoblo'co, sem m a n ca i s e d is p.e n s a m m a n u t e nção. E por serem da I nox i l , t razem a t rás de s i u ma assistência téc n i ca formada por en gen h e i ros da m a i s a l ta ca paçi tação p rof i ssiona l . E n t re e m contato com u m deles. . Você va i e n tender m e l hór como a I nox l l consegu i u se t ra n sformar naq u i lo q u e ela é hÓJ e . (021 ) 265-1 31 0 e 245-645E de Janeiro / Espírito Santo - Sr. Patrick - Tel . : (021 ) 221 -9744 Grande do S",I I Santa Catarina - Sr. Luiz E rnesto Mazzonl - Tel . : (051 2) 42-0400 REPRESENTANTES : Nortel Nordeste - S r . Carva l ho - Tel s . : Rio Rio Uma empresa com ·a força do aço. INDÚSTRIA MECANICA INOXI L LTDA. Rua Ara ry Leite. 6 1 5 V i la M a ria - C . P . 1 4 . 308 - C E P 0 2 1 2 3 Tel . : ( P B X ) (0 1 1 ) 29 1 - 9644 - E n d . Telegr. I N OX I LA - Telex 1 1 - 23988 - I M L- B R SAO PAU LO - B RAS I L - XXV - M E D I DAS DE ASS I M ETRIA 2 - D E F I N iÇÃO 1 - CO NCE ITO Curva simétrica é aq uela que representa a d i stri bu ição normal de freq ü ência. Curva assimétrica é aq uela que representa a d i stri b u ição de freqüência, que se afasta da normal idade. As d i stri b u ições de freq üência, res u ltantes das variáveis contín uas, têm a fac u l dade de as s u m i r conf i g u rações diversas que podem ser g raf icamente i l u stradas por meio de curvas . A maioria delas apresenta forma cam pa n u lar, com d uas i nfléxões típicas, lem brand o o contorno de um s i n o : é a fig u ra da curva norm al ou gauss iana, já estudada, ( R O G I C K , 1 984) . Tal curva é chamada, tam bém . s i m étrica. Outras cu rvas fogem , u m pouco, dessa si metria, m ostran do em u m de seus lados u m a l o n g a cauda que avança, sem tocar a abscissa x , até o i nfin ito, em am bos os sentidos. Essas cu rvas são denom i nadas ass i m ét ricas . A assi metria pode ser posit iva o u negat iva, seg u n d o a cau da estar à d i reita, no sentido positivo, ou à esq uerda, no sentido negat ivo . A ass i m et ria, desse modo. pode ser medida. 3 - DIVISÃO As curvas se d ividem em : curva s i m étrica e curva ass i m étrica. A curva ass i m étrica pode ser curva ass i m étrica posit iva e curva ass i m étrica negat iva. 4 - CARACTER IZAÇÃO A curva s i m ét rica, g raf icamente representa da pela curva gaussiana, caracteriza-se pela i g ual dade e posição da média, da med iana e da moda, e pelo í n d ice de ass i m etria ig ual a zero, ( S P I EGEL, 1 977; KAZM I E R , 1 982; M A RTI NS e DO N A I R E , 1 984; ROG ICK, 1 984 . ) O coef iciente de PEARSO N 3 (� - M d ) I s , co ns iderando a méd ia e a mediana, mede o afastamento da s i metria. x M d = Mo l a = (5( - M o ) / s = OIs = O la = 3 (x - M d ) / s = O I s = O A curva ass i m ét rica posit iva, g raficamente representada pela curva que se alonga, em cauda, para a d i reita, caracteriza-se pela des i g u al dade e pos ições da média da mediana e da moda, e pelo í n d ice de ass i m et ria maior que zero. M o .( M d " x ; 45,28 � 45 , 71 .(.. 45,81 45,51 la = (x - M o) / s = (45,81 - 45 , 28) / 1 0,50 = 0 , 05 o u l a 0 , 03 se M o = 3 (x - M d ) / s = 3 (45,81 - 45 , 71 ) / 1 0,50 = 0 , 03 la ROGICK (1 985 ) , A curva ass i m étrica negativa, g raf icamente representada pela curva q u e s e alonga, e m cauda, para a esq uerda, caracteriza-se pela desig ualdade e pos ições da m éd ia, da m ed iana e da moda, e pelo í nd ice de ass i m etria menor que zero. x � M d <. M o ; 45 ,75< 46,00 '::: 46,50 0 , 07 la = (x - M o ) / s = (45,75 - 46,50) / 1 0 , 50 = la = 3 (x - M d ) / s = 3 (45,75 - 46 ,00 1 1 0,50 = - 0 , 07 ROGICK ( 1 985) " I oc. cit". Nesses trabal h os são m ostrados, esq uemat icamente, a d isposição das cu rvas estudadas. (*) Pesquisador Científico, Seco Agr., São Paulo; D.V. M . , M.S. digitalizado por arvoredoleite.org Pág . 36 Rev. I n st . Latic. Cândido Tostes, 41 (244 ) : 35-37 , 1 986 XXVI - M E D I DAS DE C U RTOSE apresentar maior ou menor achatamento, em relação à curva gaussiana. 1 - CONCE ITO 3 As c u rvas de d i stri bu ições de freq üência nem sem p re se apresentam em forma de s i n o ; a o contrário , à s vezes, aparecem altas ou bai xas , no sentido d a ordenada y; largas ou es treitas no sent ido da abscissa x. Há, pois, u m alongamento ou u m achatamento do g ráfi co. N o p ri m e i ro caso, exi ste maior concentração de valores em torno da m éd ia x; no seg u n d o , maior d ispersão d a s variáveis em torno da mé d ia x. A essa d i spos ição da curva, em relação à altura e à larg u ra, dá-se o nome de c u rtose. Q uanto à curtose, a curva é platicúrtica, leptocú rtica e m esocú rtica. 4 - CARACTER IZAÇÃO A p ri m e i ra é, relativamente, mais baixa (no sentido y) e mais larga (no sent ido x); a seg un da é, rel ativamente, mais alta (no sentido y) e mais estreita ( n o sentido x); a m esoc ú rtica ocupa posição i nterm ed i ária entre as d uas pri m e i ras, e aproxi m a-se da d i stribu ição normal . A curtose pode ser m ed ida, m ostrando o coeficiente k o g rau de achatamento da curva cOf"lsiderada. 2 - D E F I N iÇÃO Curtose é a propriedade de uma curva em li, DIVISÃO I"" Pág . 37 Rev. I nst. Lat i c . Când ido Tostes ,. 41 (244) : 35-37. 1 986 B I B LI O G RAFIA Kasm ier, L. Esta tística Aplicada à Economia e Administração. Trad . de C . A . Crusius e rev. de J . M . Fachel . Ed. Mc G raw-H i l l . São Pau lo. 1 982. M art i n s , G . A. & Donaire, D. Princípios de Esta tística. 2. a Ed ição. 3. a tiragem . Ed . Atlas SI A. São Pau lo, 1 984. Pearso n , K. Dicionário biográfico universal. Três Livros Fascícu los Ltda. São Pau lo. 1 983( * * ) Rogick, F . A . A Estatística e m Laticí n i o s , IV. Revista do ILCr, 39 (234):41 -44. J u iz de Fo ra, 1 984. __ A Estatística em Laticín ios, V. Revista do ILCr, 40 (238): 21 -23, J u iz de Fora - M G , 1 986 . S p iegel, M . R . Estatística, trad . de P. Consen tino e Rev. de C.J . P . Lucena. Ed. Mc G raw H i l l . São Pau l o , 1 977 . FRI IA L KINGMA & e lA. LTOA. 51 ANOS DE TRADIÇ.lO - QUALIDADE - APERFEiÇOAMENTO HA 58 ANOS FOI I M P LANTA DA NO BRAS I L, E M MANT I Q U E I RA, SANTOS D U M ONT, A 1 .a FAB R I CA DE COA L H O (RE N I NA PU RA) D O B RAS I L E DA A rlf t: R I CA D O S U L . 11" '111: , 'li! I ,11 y y PORTANTO, COALHO F R I S IA, EM líQ U I D O E EM pó, NÃO É M A I S U M A EXP E R I �NCIA E S I M UMA REALI DAD E . y COALHO FRISIA � UM PRODUTO PURO (RENI NA) E POR ESTA RAZÃO � PREFERIDO PARA O FABRICO DE QUEIJOS DE ALTA QUALIDADE . X < Md < Mo X X Mo X Mo < Md·<X COALHO FRISIA � O COALHO DE TODO D I A . Md KtiNGMA &: elA. LTOA. - CAIXA POSTAL, 2 6 - SANTOS OUMONT - M G X a ss i mé t r i ca negat i v a s i m ét ri c.á Ia < O Ia = COALHO FRISIA � ENCONTRADO A VENDA EM TODO PArS . s i mét r i c.a O pos i t i va Telefone : 251'� 1 680 ( 0 0 0 032) Ia > O C E N T RO D E O R G A N I ZA ÇÃO E ASS I S T ÊN C I A L A T I C I N I S T A L T DA . y CONSUL TOR I A E ASS I S T ÊN C I A TÉCNICA y x Le pt o c úrt i ca í\ m es o cú r t i ca Tel . ( 03 2 ) 2 1 2 2 655 Rua Tenente x 3 6 . 04 5 x F re i tas , Telex - 116 03 2 2 1 0 1 J u i z d e F o r a - M i n as G e r a i s p l a t i cúrt i ca ( * * ) Pearson, K . - 1 857-1936 - Inglaterra. Antropologista, estatístico e eugenista; teve grande i nfl uência na esta tística teórica, na biometria e na genética. Com Galton, F . , 1 822-1 91 1 , estudou profundamente a regressão. digitalizado por arvoredoleite.org Pág . 38 Rev. I nst. Latic. Când i do Tostes , 41 (244) : 38 , 1 986 I N F O R MA ÇO E S D I V E R S A S MERCADO PREÇO D O LEITE ANALISE D E MERCADO A C&uara e o Senado acabam de aprovar o anunci ado subsíd io de 30% p ara o produtor de l e i t e . A regu l amentação p a r a a sua aplicação deverá s a i r nos próximos d i as , i s to ê , logo após ser sancionado pelo Presidente Sarney . O per íodo do subs idio ê de 1 de j unho a 3 1 de dezembro , por tanto , com efeito r e croa t ivo . o recente anúncio da criação de subsídio para os produtores fornecedores de l e i t e para o consumo , na forma f luída ou em pó , gerou uma tremenda confusão no s e tor O de derivados , prin c ipamente no s e tor de queij os , uma vez que se afirmava que as empresas produtoras des tes produ tos , teriam que , com recursos próprios , pagarem 307. a mais no 'preço do l e i te , recebido de seu s fornecedores , desde o dia 19 próximo pass ado . As empresas que ainda não paral i zaram a f abri cação dos produtos , es tão tentando negociar novos . preços com os e s t abelecimentos vareji� me� tas , seguindo orientaç ão e suj es tão de bros da Comissão Intermini s terial de po l í t ica do l e i t e . A paral i zação e a d i f icu ldade nas negociações têem prej udicado o abas tecimento dos centros consumidores . a curto Não vemos perspectivas de me.lhor ia prazo , s alvo s e o governo passar a d is tribuir uma quantidade d e cotas de leite em pó impor hoj e tado bem maior do que a que d i s tribui para as u s inas reidratarem. PRoouçAO DO LEITE Con t inua c r í t i ca a produção d e l e i t e nas diver s as regiões produtoras . Em abril des te ano , o municlpio de são Pau lo recebeu 1 9 . 200 . 420 l i tros de l e i t e "�" e 27 . 084 . 49 7 l i tros de especia l , contr� 1 2 . 54 1 . 4 7 2 l i tros d e l e i te " B " e 42 . 09 2 . 478 d e espe c i a l oferecidos em abr i l de 1 9 85 , segundo o De partamento d e Pesquisas da SUNAB (jornal O E� tado de SP edição d� 3 1 . 05 . 86) • I SUNAB - CIP As d i f i culdades nas negoc iações dos preços dos produ tos tabelados entre os atacad i s tas e vare j i s tas tem o b rigado a SUNAB a interv i r , prom� cendo , a t é mesmo , tabelar as margens de comer cia l i zação dos a tacad is tas ou dos varej i s tas . '" . ... '" <li " ... !j o .. '0 .0 �� w o � � o 15 :E: :� �� I N :�Oj� �--�--��--��--'---'--'---r--r--r-- --r ..T7e,�=l7 e,���-1 ...... �"! cL ' o � ; 10 � ' .. � ctl o . c: o � . r-o toGO ttl a.. � 4.J "tl p... .. � o u ...e u ..... o v. � 5iij ;> ;::l t) :E: � � .0 ;:: � ,...+, o: ...I--i <t: 1--+ "' < .0 < "" .�� 8O" UJ ,,. : � � E.g � � o� �� ,� �.g � � � � ; 8� 8 � � : � L:..J::...'0 2. .:Q).lJ I .� �,-+U "' :.N..j..JIi:l: ;> ..,.:.3_ .j..: �-I-_ ""-l--.--l--l__+_+--t__-t_ .... + <-t_ <-t...;., .. g-'3 FALENCIA E CONCORDATA Rio de Janei r o : Falênci! Requ erida : 1) FRIBOX Supermercados de N i terói L td a j 2) PAN Com. D i s tr . Abas t . Produ tos Alimentí - IMPORTAÇAo E EXPORTAÇAo cios L tda . 1) O Mini s t ro Funaro anúnciou a isenção de im pos tos de importação para a l guns produtos alT men t í cios , entre e l es o l e i t e em p ó , a mantei ga ou o óleo de manteiga . são Pau lo : Fa lência a j u i zados : 1) 2) 3) 4) 5) 2) Seis empresas par t i ciparam da l i c i tação so bre a impor t a ção de 43 m i l toneladas de l e i te em pô e 2 . 500 toneladas de manteiga f e i t a pela COBAL . * * * * * * * * * * TOSCONE Indús tria A l imentícia Pani f i c adora JOANERI Ltda ; Pani f i c adora TIC TAC Ltda; Res taurante PORT MARTINIQUE Ltda j pães e Doces ESTRELA DA BRIGADEIRO Ltda . * * * * * B O L S A D E MAQ U I N A S E E Q U I P A M E N T O S * - * USADOS C o n s u l t e n e s t e d e p a r t am e n t o a n o s s a r e l a ç ã o d e O F E R T A S e E q u i p am e n t o s . Páq . 39 Rev. I n st. Latic. Când ido Tostes , 41 (244) : 39, 1 986 e P R O C UR A S d e M á q u i na s - USADOS * * * * * * * * * * * * * * * * * IN FORMATIVO DA BOLSA DE LATICINIOS : D i s tr ibuição gratu i t a às Empresas , Associações , Entidades Púb l icas e P ar t i culare s . Ed i tado sob d i reção e respons abi l idade d e P A U L O S I L V E S T R I N I . digitalizado por arvoredoleite.org Rev. I n st . Lat i c . Cândido Tostes , 41 (244) : 40-43, 1 986 Pág . 40 PADRON IZAÇÃO DO LEITE DE VACA NO ESTADO D E PERNAM BUCO, B RASI L Cow "Milk' Standardization in the State bt Pernambuco, Brazil Natanael Emery Lopes(* ) A ntônio Emery Lopes(* * ) Fernando G usmão( * * * ) R ESU M O O RISPOA - Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitátía de Produto de Origem Animal, aprovado pelo Decreto n. o 30.691, de 29.03. 52 e alterado pelo Decreto n . " 1 . 255, de 25.06. 62 - bíblia, inconteste, de todos nós, Inspetores de Produtos de Origem A ni"! al - !nfelizme� te ainda de�atualizado em alguns assuntos (artigos), , traz, em suas páginas, os índices para en. tre os mU/tol� eXlstent?,s, Incontestavels, lelt:, ci.e vaca In natura , para todo o Brasil; gerando, m uitas vezes, dúvidas e polemlcas quando em comparação com resultados ora encontrados no Sul, no Norte, no Nordeste ou, até mesmo, em regiões distintas num mesmo Estado. Citaria ta"! bém, cO ",- o fonte de controvérsia, as Normas para Produção e Beneficiamento de Leite Pasteunzado - Gordura 3, 2 % . Por essas razões, e por não ser do nosso conhe cimento a existência de algum trabalho, no Brasil, que dirimisse tais controvérsias fomos levados ao árduo, porém gratifican te trabalho de visitar 605 propriedade� rurais, em sub-regiões distintas, no Estado de Pernambuco, com o objetivo de tentar estabelecer uma padronização racional de leite, em caráter geral, com a finalidade de est�belecermos padrões regionais condizentes com a nossa realidade, esclarecendo assim alguns pon tos obscuros. A avaliação dos trabalhos desenvolvidos, bem como o � re�l�ltados a �feridos, serviriam como subs{dios I?ara a formulação de padrões de leite In natura que, postenormente, podenam ajudar-nos e, até m esmo' serem oficializa{Jos através de atos próprios. I NTRODUÇÃO Para o leite "in natura" foi previsto u m levan tamento de seus í n d ices, a part i r do p rod utor e da anál i se da matéria-pri ma na U s i na, pelos técnicos da I nspeção. Para a seleção dos estabelecim entos, o bser vou-se am ostragem desenvolvida por técn icos em estatística. consideração os seg u i ntes d ados: 34% entre os mai ores p rod utores; 33% entre os produtores m éd ios e 33% entre os menores prod utores. uma Procu rou-se vis itar p ropriedades d m e s m a região em épocas ch uvosas e secas. Com parados os resu ltados, verificou-se q u e p o u c a ou n e n h u m a alteração merece u m estudo mais aprofu ndad o no momento. e Á R EAS PESQU ISADAS M ATERIAL E M ÉTODOS • Co nsignou-se como i n d ispensável a presen ça do m éd ico veteri nário que assistia à ordenha, cu idando apenas de verificar se os rec i pientes estavam em bom estado de l i m peza. Efetuou-se a col heita d a amostra correspondente a u m l itro q u e foi conservado em gelo até as anál ises so I n speção Federa l . b Resu ltados com parados a o s d a amostra: o s frascos desti nados à col heita d a s am ostras fo ram previamente esteri l izados; confecc ionou-se um q uest ionário do qual constava a raça pre d o m i nante, tipo criação, além da a l i m entação dada. Foram selecionadas 603 entre as 2.01 8 pro priedades rurais de Pernambuco, levando-se em �:) ! �! • • • • M ata Ú m ida: R i bei rão Agreste M eridional: Bom Conselho, Ca n hotinho e Garan h u n s A g reste Setentrional : L i m oeiro e S u ru b i m Reg i ão d e Arcoverde: Venturosa e Ág uas Belas Vale do I pojuca: San haro e Pesq ueira. R ES U LTA DOS E D ISCUSSÃO A . O l eite tem um papel i m portante na d ieta h u m ana. Q u i m icamente, def i n i d o com o uma m istu ra balanceada de proteínas, carboi d rato , sais m i n erai s e ág ua, coexisti ndo como s o l u ções verdadeiras, s uspensões coloidais, e em u l sões. A variação da com pos ição d o leite é tão Veter n r o, do SERPAI DFA/ PE, Cais de Santa Rita, sl n - 4. 0 andar - 50.000 Recife _ Brasil ( ) Vetennarro, Chefe do SERPAI DFJV PE..-Cais de Santa Rita sI n - 4. o andar Recife _ Bra SI· 1 • Telefone: (082) 224-3288 e 224.3025. ' (* * *) Engenheiro Mecânico, da Secretaria de Agricultura - PRo Diretor Presidente da CILPE Cais José Mariano sI n " , Telefone: (082) 231-3198 e 221-0969. l n�s� 3� 4� 4� 1 9�8�6� , � 4)�:� 40�-� 1 (�2� 4� ,� s� s t�e� T� o� L a�t�ic�.�C�â�n�d�id�o� t .�� .� v� �R�e� g rande que se costuma d izer não exist i r a enti dade den o m i nada leite, mas sim leites. Essa d iversificação é devida a fatores de ordem fis io lógica, hered itária e eco lóg i ca, de g rande i m por tância para a i n d ú stria de l aticínios, q u e deverá considerá- Ia q uando aa ím p lantação de novas fábricas , princi palm ente de q ueijos e leite em po. B . Em região de reban ho ainda não def i n i do, o bserva-se u m a variação bastante acentua d a na com pos ição do leite. De g rande valor prático para o p rodutor, a i n d ústria e o Serviço de I nspeção. O p rodutor deverá selecionar as reses vi sando o maior teor de gord u ra. A i n d ústria de leite em pó e de q u eijos, ao receber m atéria-pri ma mais concentrada, au menta os seus ren d i m entos pela redução do vol u me da ág u a a evaporar e pelo aumento do ren d i mento do p roduto. Con hecendo-se os valores méd ios dos com ponentes do leite, torna-se mais fác i l co i b i r os abusos praticados . Resu ltados obtidos: a densidade medida no leite é u m dado o btido em relação à densidade d a ág ua, razão por que deve den o m i nar-se cor retamente g ravi dade específica. É necessário especificar a tem peratura em que a densidade é determ i nada, visto sua relação i nversa com a tem peratura. A gravidade específica do leite de vaca varia entre 1 . 028 e 1 . 033. u i sa O valor m éd io determ i nado nesta pesq ' foi de 1 . 031 , 7 . A cidez Após a orden ha, o leite tem u m a reação um pouco ácida. E m geral, o leite q u e provém de raças altamente prod utoras de gord u ra terá aci dez maior por seu elevado conteúdo de s ó l i dos não g raxos. A acidez tende, portanto, a aumentar, à medida que o leite vai envelhecend o , i n fl u i ndo consideravel m ente para i sso a tem peratura e a h ig iene empregada nas d i versas m an i pu l ações. Gordura I nd ustri a l mente, o g rande valor reside na c i r c u n stância de a gord u ra ser o principal consti t u i nte da m anteiga e de m u itos ti pos d e queijos. O teor de gord ura m éd io é susceptível de variações, em fu nção da raça d o animal, períodO de lactação, a l i mentação con s u m ida, etc. Observou-se que a média obtida atende às N ormas para Produção e beneficiamento de Leite Pasteurizado - Gord u ra 3 , 2 % . Os resul tados m í n i m os foram con s i derados como con seq ü ências de p roblemas de ordem fisiológ ica e al i m entar de alguns animais. Estrato seco total e desengordurado A média obtida foi considerada satisfatória; apenas 0 , 3 5 % , 0 ,34% e 1 , 47 ( EST) dos resulta dos obtidos estavam abaixo do m í n i m o exi g i do pelo R I IS POA. digitalizado por ' . 41 P a� q � �__ ________________ Ponto de congelamento É a menos variável das p ropriedades do leite. As concentrações de lactose e cloretos são respon sáveis por 75% d as variações do ponto de congelação; uma tende a com pensar a outra. I nvest igações têm demonstrado que os valores do ponto de congelam ento variam com a estação do an o. De u m modo geral , as ci nco su b-regiões apresentadas apontam resu ltados m í n i mos i dênticos. Com base nos resu ltados concordo com os autores q uando d izem q u e vários são os fatores. q u e interferem na com posição do l eite, citando entre eles as estações d o ano, a tem peratura am biente e as cond ições c l i m áticas, os ali men tos concentrados, o pastoreio, o acesso fácil da vaca à ág ua, os conteúdos de carboid ratos e sua ração, a raça d o gado, a hora de ordenha (manhã ou tarde) e o i ntervalo, a a l i mentação e a orde n ha. É i m portante notar que m u itos desses fa tores estão rel acionados entre s i . No caso espe cífico cerca de 2% apenas das amostras foram co letadas na segunda ordenha. Redutase Fundam entada na q uantidade de bactérias red utoras presentes, responsáveis pela descolo ração d o azu l de m eti leno ad icionado ao leite, a desco loração é resultante da respi ração bacte riana, que consome o oxigên io presente, l i be rando o h id rogên io, o q ual reage com o azu l de metileno, red uzindo-o. A D I LEI / S I PA elaboro u as norm as para pro dução e controle do leite t i po C e l ou desti nado à i n d u strialização. Pernam b uco não teve ainda cond ições de atender às s u p ra-citadas N O R M A S , fato que nos trazia resu ltados benéficos. A correlação entre o tempo de reaução do azu l de metl leno e a contagem bacteriana total do leite obedece a u m a certa constância. Contagem geral O leite se contam i n a ao passar pelos canais galactóforos e cisterna d o ú bere. Encontramos na i n d ú stria de laticín ios u m cam po, perfeito onde, bactérias, m ofos, levedu ras, vírus e, algu mas vezes, riq uets ias são de g rande i m portância na determ i n ação d a quali dade dos p rodutos finais. E sen d o o leite ót i m o para a a l i m entação, tam bém o é para os m i c rorgan ismos, q ue aí encon tram um ót i m o meio para viverem e se m u lt i p l icare m . Torna-se m i ster melhorar a s cond ições de estocagem desse leite. Sub-região Agreste Meridion al: • apenas 1 4 , 3 % do gado é estabu lado arvoredoleite.org · Rev. I n st � L�tic_. Când ido Tostes , 41 (24:4): 40-43, 1 986 .. 56 , 2 % d as propriedades não d is põem de reti ro ; .. 48% das propriedades que possuem ret i ro , d is põem de cu rral de espera; .. 75 % dos currai s de espera são pav i m entados; .. apenas 1 , 7 % dos reti ros d is põem de local apropriado para a ordenha; .. apenas 3,4% dos locais onde é feita a orde nha são cobertos; .. 21 , 5 % dos Tocais onêiê são feitas as ordenhas são pavi m entados; .. apenas 1 0 % das propriedades d is põem de ág ua corrente para l i m peza; .. apenas 0 , 9 % do pessoal que trabalha na orde nha têm h ábitos h igiênicos; 48 , 8 % dos vasi l hames são mantidos em boas • cond ições; 2,4% das propriedades resfriam o leite antes D de m an dá-lo ao Posto de Resfriam ento o u Fá brica; .. 38 , 2 % d as propriedades m antêm o vas i l h am e proteg ido e espera do veícu l o coletor; .. 22 ,8% das propriedades rurais fazem a 2. a ordenha; .. 63 ,5% dos que fazem a 2. a ordenha, man dam o leite no mesmo d ia ; .. 8 5 % d a s prop riedades que entregam o leite no d ia seg u i nte, resfriam-no Sub-região Vale do If)oiuca: .. apenas 3% do gado é estabu l ad o ; .. 9 4 % d a s pro priedades visitadas possuem re t i ro; .. 62 % dos retiros existentes possuem cu rral de espera; .. apenas 3% dos cu rrais de espera são pavi m entados; .. nen h u m a propriedade rural , das visitadas . , d ispõe de local próprio para a ordenha; .. todo trabalho de ordenha é real izado em área totalm ente descoberta, sem exceção; .. nen h u m a propriedade, das visitadas , d is põe de área pavimentada onde se realize a orde nha; .. nen h u m a propriedade d i spõe de ág ua corren te para l i m peza de utensíl ios; .. apenas 6 % do pessoal que trabalha na orde nha têm h áb itos h ig iên icos; .. apenas 21 % das propriedades visitadas man têm o vas i l hame em boas cond ições; .. apenas 3% dos produtores resfriam o leite na propriedade antes de enviá-lo ao Posto o u Fá brica; .. 76% das prop riedades ru rais protegem os la tões dos raios solares e das chuvas; .. 76 , 5 % das p ropriedades rurais fazem a se g u n da ordenha; .. 86 , 5 % das p ropriedades ru rais q u e fazem a seg u n d a ordenha, remetem o leite no m esmo dia; .. nen h u m a d a s p ropriedades ru rais q u e m an dam o leite no dia seg u i nte, resfria-o. Sub-região Agreste Setentrional: .. 71 % do gado é estabu lado ; .. Q 1 % d a s p ropriedades rurais possuem retiro; Pág . 42 .. dos retiros ex i stentes , 64 % d i spõem d e �u rral de espera; .. apenas 20% dos cu rrais de espera existentes são pav i m entados; .. apenas 10% d os ret i ros d i spõem d e l ocal apropriado para a ordenha; .. 91 % das ordenhas são realizadas em l ocais totalm ente descobertos; .. 86 % dos locais onde se realizam as ordenhas não são pavimentados; .. apenas 22% das propriedades rurais do Agreste Setetrional d i spõem de ág ua corrente para a h i g iene do retireiro , dos utensí l i os, ani mai, etc . ; .. apenas 9 % d o pessoal que trabalha n a orde nha têm h ábitos h ig iênicos; .. 52 % das pro priedades ru rais mantêm os vasi l hames em boas cond ições; .. apenas 4,8% dos produtores resfriam o l eite na propriedade; .. em 36 % das propriedades rurai s, o vas i l hame fica ag uardando o veícu lo de col heta proteg i do dos raios solares e da chuva; .. 38 ,5% fazem a seg u n d a o rdenha; .. 47, 5 % dos que fazem a seg u n d a ordenha mandam o leite no mesmo d ia para o Posto o u Fábrica; .. apenas 1 4, 5 % d as propriedades ru rais que enviam o leite no d i a seg u i nte, mantem-no sob refrigeração. Sub-região A rcoverde: .. 62% do gado é estab u l ado; .. 61 , 5 % d as propriedades ru rais d ispõem de retiro. .. 56 % dos retirol) existentes d i spõem de cu rral de espera; .. apenas 6% dos currais de espera são pavi m entados; .. 45% dos retiros d i spõem de local apropriado para a o rdenha; .. apenas 3 % das propriedades realizam a orde n ha n u m a área coberta; .. apenas 6 , 2 % das propriedades têm ág ua cor rente para a l i m peza dos utensí l ios, an i mais, orden hador, etc . ; .. apenas 3 % d o pessoal q u e faz a ordenha têm h ábitos h ig iên icos; .. 31 , 5 % d as p ropriedades mantêm os vas i l h a mes em boas cond ições; .. apenas 4 , 5 % dos prod u tores resfriam o leite; .. 82% dos vas i l h am es ficam ag uardando o veí culo coletor devidamente proteg idos dos raios solares e das chuvas; .. 41 % das p ro priedades ru rais fazem a seg u n d a ordenha; .. 71 % dos que fazem a seg u nda o rdenha en viam o leite no mesmo d ia; .. 29% dos que fazem a seg u n da o rdenha e o enviam no d ia seg u i nte, o resfriam na proprieda de. Sub-região Mata-Úmida: .. todas as propriedades ru rais possuem ret i ro ; .. todos os retiros d i spõem de cu rral de espera; Pág . 43 Rev. I n st. Latic. Cândido Tostes , 41 (244) : 40-43, 1 986 .. todos os cu rrais de espera são pavim entados; .. todos d i s põem de local apropriado para a or d en h a; .. m etade dos locais onde são realizados as or denha são cobertos; .. m etade dos locais onde são realizadas as or den h as são pav i m entados; .. todas as propriedades d is põem de ág u a cor rente para l i m peza de materiais, utensí l ios u sados na ordenha, h i g iene d o an i m a l , d o re t i reiro e ordenhad or; .. metade do pessoal tem h ábitos h ig iên icos ; .. metade dos vasi l hames são mantidos em boas cond ições; .. m etad e das propriedades resfriam o leite; .. todas as p ropriedades ru rais m antêm os vasi l hames a espera do veícu l o coletor, resg uar dados dos raios solares e das ch uvas ; .. todas as propriedades ru rais realizam a se g u nda ordenha; .. metade das p ropriedades que realizam a se g u nda ordenha enviam o leite no mesmo d ia; .. os 50% restantes que enviam o leite no d ia seg u i nte, m antém-no sob refrigeração. AGRADECI M E NTOS São devidos à Com pan h i a de I n d u strializa ção de Leite de Pernambuco pelo fornec i m ento de m aterial de laboratório e de outras fac i l ida des envolvidas, ao Serviço de I n speção de Pro d uto A n i mal , na pessoa do Dr. Antôn io Em ery Lopes, pelo fornecimento de m aterial e de o u tras fac i l i dades envo lvidas , aos Doutores Rober to Travassos Pereira e Flávio Al buq uerq ue, Mé d icos Veteri nários, Dra. Ana M aria Cam elo Tra vassos de Arruda, B i ó loga e Sen h o res Ney Bezerra Rodrigues, Ivan M ontei ro de A l encar, Fernando de Agu iar, M anoel Marcos Leite Ra mal ho, Franci sco N o ron ha, Djalma de A l meida P i m entel , G u i l herme Farei Cardoso G u e i ros e J osé Carlos da S i lva, Auxil iares de Ins peção de Produto A n i mal e ao Dr. J osé Pi nto da Rocha, M éd i co Veteri nário ex-Diretor do Departamento de I n s peção de Leitel Serviço de I nformação da Prod ução Agrícola (SIPA I DILEI ! B R ) . B I B LIOGRAFIA CONCLUSÃO O leite de vaca no Estado de Pern am b uco es tá conforme padrões estabelec idos no R I ISPOA, art. 476 - Decreto 30. 691 / 52 e Decreto 1 . 255 1 62 . O p rod utor carece m e l h o r orientação com relação a manejo, o u melhor, controle san itário . Com parados os resu l tados obtidos pelas anál i ses das amostras I e l i , conc l u í m o s q ue: .. O índ ice crioscópico varia em função do 'aumento da acidez .. As variações na ac idez são con s i deradas norm ais .. O tem po de redutase apresentou d i feren ças mais acentuadas em fu nção d a falta de cui dados h i g iên ico-san itários. Recomendações Deveria ser feita u m a cam pan ha, ensi nando melhores técn icas de manejo do gado leiteiro , para s e obter u m a maior e m e l h o r p rod ução de leite. Recomendamos o leite prod uzido n a su b-re g ião do Agreste M eri d ional para a fabricação de Q u eijos e Leite em PÓ . Que o í n d ice m icroscópico para o Estado de Pernam buco seja de 0,54°C - 0,56°C. Tabelas aux i l iares para laboratório q uí m ico. Edi tora Darmstadt. Alemanha 445pp. * * * Normas A nalíticas do Instituto A dolfo Lutz. São Pau lo, 1 34-1 42 p p . 1 967, capítu l o 1 0 , Editora Secretária da Saúde P ú b l ica. * * * C i m iano, P. C. & B lanco, C. Métodos Instrumentales para el A nalisis de la Leche. M ad ri d , 1 978 , 236 p p . , Pedro Casado & Carm em B lanco. * * * Behm er, M . L. A . Tecnolo gia do Leite. Livraria N obel , São Pau l o , 1 975, 302 p p . * * * Wolfschoon- Pombo, A . F . & F u rta d o , M . M . Fabri cação do Q ueijo Chabichou parte 11. Revista do ILCT 34 (201 ) : 3-9 , 1 978. * * * Hosken , F . S . & F u rtado , M . M . Tecnologia da ' Fabricação de Queijos. CEP E / l LCT/ E PA M IG , 1 0-230 p p . J u iz de Fora. 1 975 * * * Farmacopéia dos Estados. Unidos do Brasil Ed ito ra G ráfica S i q ueira, São Paulo, 608 p p . , 1 959 * * * Ferreira, C . L. L . F . Elementos Com posicionais e As pectos N utrit ivos do leite e iog u rte. Revista do ILCT 31 (1 3-1 8 ) , J u iz de Fora, 1 978. * * * B ras i l , M i n i sté rio da Agric u l t u ra, Métodos Analíticos Oficiais para Con trole de Produtos de Origem A nimal e seus Ingredientes. Brasí l ia, Distrito Federal , 1 981 . * * * H e n n i ngson, R.W. The vari ab i l ity-QÍ.. lthe freezing point os fresh m i l k . Journa/õf the association of oficial agriculture. 46 (1 036-1 042), 1 963, Was h i ngton, D.C. E R R AT A S 1 - N o n . ° 243 do vo l u me 41 , na pag i n a 3 ( E D ITO RIAL) , onde se lê "i soterapia" deve-se ler "isotropi a" . .. 20 m g . - .... PELE", 2 - No mesmo n ú m ero , na pág i na 4 (desen ho) onde se lê " R51 0 m o . deve-se entender: 111 20 m g . PELE 8640 m g . RINS � U RINA 851 0 m g . digitalizado por arvoredoleite.org ����O�_Mm." PRODUTO NATURAL!!! "AL IMENTOS COM MAIS SAÚDE" CO E RVANTE ANTIOXIDANTE DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS A SOlUÇÃO NATURAL PARA PREVENIR AS DOENÇAS IN FECTO·CONTAGIOSAS E INTOXICAÇÕES NOS ANIMAIS. PODEROSO INIBI DOR NATURAL DA PRODUÇÃO DE AFlATOXINAS E OCHRATOXINAS. O ADITIVO NATURAL aUE VALORIZA OS ALIMENTOS PROTEGEN DO·OS DA CONTArvtINAÇÃO, E aUEDA DO NíVEL PROTEíNICO PELA OXIDAÇÃO. I�LO'''' Max " O ADITIVO DOS ALIMENTOS E PROFILÁTICO DOS ANIMAIS PRODUTO DE ORIGEM NATU RAL, seu composto ativo é o DF-I00 "EXTRATO DE �EMENTE DE GRAPEFROIT" estabillzado fisicamente, integrado por pequenos elementos traço químicos naturais de: Ac. ASCORBICO (Vit. C), Ac. DEHYDRO-ASCORB!CO (Vit. C). Ac. Pal m í tico, G licéridos, Família do TOCOFEROL (Vit. E), Aminoácidos, Grandes Grupos de Amônias afins, e não identificado G rupo Metil·Hidroxi. CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS QUE APRESENTAM OS ANIMAIS ALIMENTADOS COM RAÇÕES TRATADAS COM KILOL MIX-pó. 01 . Animais com menor freqüência de doenças INFECTO-CONTAG IOSAS e INTOXICAÇÕES. 02 . Animais com menor consumo de quimioterápicos c9rretivos ou curatiyos. 03 . ANIMAIS COM EXCELENTE GANHO DE PESO, E OTIMA CONVERSA0 ALIMENTAR. 04 . Animais com menor freqüência do "STRESS", ocasionado por: alimentação contaminada, mudanças bruscas a m bientais, transporte etc. 05 . Animais com disPQsição e aparência mais saudável, refletindo-se no excelente empenamento (aves), coloração da pele homogênea, e melhor atividade sexual. 06 . Nas aves, temos, suas carnes e ovos de coloração e aparência mais atrativa ao olho humano, sendo isto um excelente ponto de 07 08 marketing para o Granjei ro. . . Lotes de animais mais homogêneos, tanto em tamanho como em peso (especialmente aves e suínos), sendo também esta qua lidade um excelente ponto de mªrketing para os G ranjeiros. . Animais com EXCELENTE RESISTENCIA contra o "STRESS DO CALOR", e sua conseqüente queda de produtividade, especialmente: galinhas poedeiras, frangos de corte e suínos em engorda. APLICAÇÕES DO "KILOL-MIX-pó" _ Nas RAÇOES para: Aves, Suínos, Bovinos (leite e corte), Eqüinos, Caprinos, Ovinos, Coelhos, Peixes, Animais selvagens em confinamento, etc. - Nos CONCENTRADOS e PRE-MIX. _ Nas FARINHAS ANIMAIS: Carne, Peixe, Sangue, Vísceras/ Penas, Ossos, etc. _ Nos FARELOS: Amendoim, Milho, Soja, Sorgo, etc. - No FENO e ALFAFA. - Nos PASTONES. _ Nas ENSILAGENS DE CAPIM E OUTRAS F ORRAGENS. ® Produto registrado na DIFISA (MA) sob o n? 9726 chemie brasileira indo e com. Itda. Depto. de Assistência Técnica ��;� �I:�a�d� �����' ��5 - J�;"� � Oriental - Caixa Postal, 474 CEP 1 2200 - Tel.: (0123) 31-4455 - TELEX: 1 1 -39436 CHEB BR o s a _B I - digitalizado por arvoredoleite.org Rev. I n st. Lat i c . Cândido Tostes , 41 (244) :47-50, 1 986 Pág � 47 HOBBES ALBUQUERQU E M u i bem viveu , Q uem , em brancas n u vens N ão s'envo lveu. Ho bbes nasceu em Capela, na n o rdest i n a A lagoas, e acl i m o u-se em J u iz de Fora, M G , onde co nstitu i u fam í l ia eJ por longo tempo, viveu. Cidadão ju iz-forano , foi u m exem p l o frisante e edi ficante para os demais j u iz-forenses: soube honrar, venerar, enobrecer e i l ustrar a bela e p ra zerosa ci dade m i neira. Formado em M ed icina Veteri nária e em D i reito, perl ustro u , com o Pro fessor, o I n stituto de Laticín ios Cân d ido Tostes e a Facu ldade de D i reito, sem pre com acerto, dedicação, zelo e bondade. Durante q uarenta anos, atuou co m o Editor-Secretário d a Revista do I n stituto . Essa revista espel h a a sua vida prof issional e esta i n stitu ição é a sua seg u n d a fam í l ia. fervoroso e grande entus iasmo por u m magazi ne, prestes a nascer ( Felctian o , J u iz d e Fora, M G , 1 946 ) ; era o 2 . 0 deg rau. F i nalmente, veio a l u m e a pujante Revista do I n stituto de Laticí n ios Cân d i d o Tostes . E i s a h i stória: U m S u p lemento da Revi sta Marí l ia (J uiz de Fora, MG, 1 946) foi o germe e o e m b ri ão da at ual Revi sta, d igamos o 1 . o degrau . J ovem ain da, n o verdor d a m ocidade, Hobbes começou a mostrar um caloroso e i n u s itado i nteresse, u m Hobbes viveu sete d écadas, todas com n ota dez. Con heci-o há anos , fui e cont i n uo a ser seu magno e i n co n d icional ad m i rador. Seja pela am izade, seja pela ad m i ração, seja por pieg u i ce. N ão posso deixar de, aq u i , lavrar o meu i n tenso e emotivo Adeus. Bon ita, n ascida m e n i na, a REVI LCT transfor m o u-se em m oça catita e, hoje, é sen hora res peitosa e con hecida m u nd ial m ente: d uzentos e quarenta e três n ú m eros . de 1 946 a 1 986 . Aí está, em ráp idas e fugazes p i n celadas a biografia de Hobbes A l buq uerque: a Revista do I n stituto. M on u mento grand ioso, marco i n delé vel , peça fu l g u rante e bas i l ar da l iteratu ra lati cin ista, bras i l e i ra e m u nd ial , ela é tam t>ém a n ossa Revista. "Me vivo", H o bbes, serás, sem p re, meu g rande A m igo. São Pau l o , 10 de março de 1 986 F. Amaral Rogick HOB B ES ALB U Q U ERQ U E *" t 08-1 0-1 91 5 1 0-03-1 986 Foto documento d o arquivo da REVILCT (em 1 959) digitalizado por arvoredoleite.org Pág Rev. I n st . Lat ic. Cândido Tostes, 41.(244) :_47-.5 0,. 1�86 . . . �� o SOSSEGO DO H O B B ES José Furtado Pereira* Em j u l h o de 1 957, s o l icitou-me o H o b bes escrevesse uma pág i na para a Revista do I LCT, de que era D i retor-Redator-Chefe, sobre o pas samento recente do Dr. Sebastião de A n d rade, ocorrido em 1 3 d aquele m ês . Foi-me penosa a m issão , eis que o G rande Fel ctiano fal ecido era n ão apenas Di retor do I LCT, mas um pai-amigo -i rmão da gente. Agora pedem-me os responsáveis pela m es ma revista que eu tam bém escreva o q u e jamais sonharia fazê- l o : d izer algo sobre o H o b bes, i n tem pest ivam ente falecido em 1 0 de março de 1 986. A marga i n c u m bência que m e faz interrom per, a cada i n stante, o teclar d a m áq u i na, n a vã tentativa de sustar a opressão que me ang us tia o peito. Parece-me, a i nda, u m son h o mau o fato i nexorável de sabê-lo , o "homem-dínamo", uma vital i dade person ificada, uma i nexaurível capac idade de trabalho , no inescrutável s i lêncio da Etern i dade. O H o b bes ( s u primo, aq u i , o "Do utor" da titulação com a q ual sem p re o tratamos em vida, para dar relevo à i nt i m id ad e de nossas a l m as) foi , i n d i scutivel mente, um notável exem p l o de '-ferreii-fia dedicação ao labor. ' Médico-vetérinário' e bacharel em D i reito def i n i u-se, porém , a part i r de 1 . o d e agosto de 1 943, c o m o Professor da Fábrica-Escola de Laticí n ios Cândido Tostes, lecionando a d isci p l ina "Tecnologia Espec ial", na qual t ive, nos idos de 1 950, o privi lég io de ser seu al u n o . Form o u , com o Dr. Sebastião de' A n d rade , a gen u í na d u p l a d e "Felctianos" que i m p u n h a respeito e adm i ração não apenas no ambiente aconchegante da antiga "Cand i n ha", mas em todo o país. Desde seu i n g resso na Când id o Tostes , e até a aposentadoria, em 1 966, chefiou o Serviço de Ensino , onde se marcaria seu i ntenso am or ao trabalho. N i n g uém jamais o encontrou na repartição sem que estivesse fazendo, e apressadamente, m as com m étodo e extremo rigor d e organ ização, algum serviço de i m portância. Costumávamos d es ig ná-lo "des i nsofrido", tam an ha sua com petência para a ação . Encargos que lhe eram dados (e foram m u itos ! ) resolviam-se com i ncrível rapi dez e correção; se possíve l , resolveria "ontem" a incum bên cia de "hoje". O "Felctiano", h oje "Revi sta do I LCT", foi -lhe a m e n i n a dos o l h os . Lem bro-me de tê-lo ouvido d izer, numa solen i d ad e de format u ra de Técn icos em Laticín ios, em .referi ndo-se a si, que "amar é . . . ded icar-se, de corpo, a l m a e crença, à causa da Revista do I LCT, desde sua fundação". E i sto o Hobbes fez, por 43 anos ! Con t i n uou no I LCT como contratado pela E PA M I G , após sua aposentadoria; era o orga n izador das d ivulgações , das p u b l icações de anuários dos Congressos de Laticin ios, prepa rados com esmero e i rrepreensível arte g ráfica, e o responsável pela ed ição de sua bem-amada Revista. Teve o privi lég i o d e ser o decano dos "Felctianos", pois permaneceu na Escol a q u e am ava por i nvejáveis q uarenta e três anos . De u m a versat i l i dade i ntelectual respeitável , além d e exercer o mag istério n a A ssociação Cultural B ras i l-Estados U n idos, a part i r de 1 956 , e na Fac u l dade de D i reito ( 1 951 -1 954), afora o do I LCT, teve i ncursões de relevo e eficiência em vários setores: n o I n stit uto H istórico e Geo g ráfico d e J u i z de Fora, onde éramos confrades, exerceu as fu nções de D i retor, Tesoureiro e B íó l i otecárío (esta, permanentemente, ã partir' de 1 975) ; no C l ube J u iz de Fora, com o D i retor Social e Cu l t u ral ; na Academia J u iz-forana d e Letras, d a q ual era m em bro. P u b l i cou mais d e uma centena d e trabal h os em revistas, especial m ente na d o I LCT, além de cerca de o itenta traduções do i n glês , ital iano e espan h o l , sobre matéria técn ica d e l aticí n i os . Com extraord i n á ria vocação para as l ides l iterárias, p u b.l icou i n ú m eras c rôn icas e poemas, organ izou coletâ neas e, co m sucesso , esbanjou talento na feitu-, ra de trovas q u e lhe f l u íam , gostosas e i n sp i-! radas, em torrentes, do i n vejável estro, em! memoráveis com eti mentos sociais . A m u n ic i pa-! I id ade recon heceu-lhe o g rande serviço prestado! no en s i n o , m áx i m e no da "mais brasileira dáS: i n d ú strias", outo rgando-lhe o tít u l o de "cidadão honorário" de J u iz de Fora - uma j usta home nagem ao bravo alagoano de Capela. E m 21 d e d ezem bro p . p . , em G uaran i , q uan do m e vis itara n o sítio "Shan g ri la" , n a comemo ração de m eu "d ia" (que era, tam bém , o de sua falecida mãe) d isse-me o Hobbes q u e i ria deixar a Când i d o Tostes, pois com p letara em 8 de ou tubro os setenta, e pretend i a "sossegar" . Sem pre foi i m possível i mag i ná-lo em "dôlce - far' n iente" : sua l úcida vital idade, seu agradabil ís s i m o "papo" n as rodas e festi nh as das m em orá vei s e nostál g i cas noites das Semanas do La- , ticinista, em meios a i n contáveis amigos ex-a l u nos, n ão teria cab i m ento desaparecer. Deixar de' vê-lo na azáfama d i uturna, n aq u ele corre-corre p rodutivo, n aq uela d isposição i ncontida para o trabalho, era i m possível . Disse-lhe, na ocasião , que o sossego não assentaria nele. A margam ente, m e enganei . - DADOS DE I DE N TI FICAÇÃO 1 . 1 - Pessoais: a) N ome: H O B B ES A L B U Q U E R Q U E b) Data d o nasci mento: 8 de outu bro de 1 91 5 . ( * ) Professor do I nstituto de Laticín ios Cândido Tostes até 1 980 e ex-coordenador de ensino no final do mesmo período. Rev. I n st . Lat i c . Când i do Tostes , 41 (244):47-50, 1 986 c) N at u ral i d ad e : Capela, Estado de A l agoas. Com o desdobramento d o m u n icípio, o local de nasc i m ento faz parte, h oje, do M u n icípio de Cajueiro , antigo d i strito de Capela. d ) N acionalidade: B ras i l e i ro . e) F i l iação : Dionísio J erôn i m o d e A l b u q uerq ue e Lu iza de A l m e i da A l bu q u erq ue. f) Estado Civi l : Casado. g ) Cônj uge: N euza Carvalhaes de A l bu q u erq ue. h) F i l hos : Lu iza Carvalhaes de A l bu q u erq ue, Roberto Luiz Carvalhaes de A l b u q u erq ue, S í l via Carvalhaes de A l buq uerque e Cláudia Ma ria Carvalhaes de A l buq uerq u e. 2 - FORMAÇÃO P R I M Á R I A , SECU N DÁ R I A , ACA DÊM ICA E PROFISS I O N A L 2 . 1 - C u rso p ri m ário: G ru po Esco lar Torquato Cabral . Capela, AL. 2 . 2 - Cu rso secun dário: .Liceu A lagoano . Maceió, AL. 2 . 3 - Cursos de formação u n iversitária: a) Veteri n ário - Escola N acional de Veteri n ária. . Rio de Janeiro , D . F , 1 938 . b) D i reito, com o g rau de Bachare l . Fac ú l dade de D i reito de J u iz de Fora. J u iz de Fora, M G . 1 950. 2.4 - C u rsos de Curta D u ração: a) C u rso Avulso de Aperfeiçoam ento de I n spe ção San itária e I n d ústria de Laticín ios. 4 m e ses. Realizado na FELCT, em convên i o com a U n ivers i dade R u ral do Brasi l e a D I POA. 1 943. b) Short Course i n MILK PRO DUCTI O N ' A N D PROCESS I N G , n a U n iversidade. do M isso u ri , . U . S . A . 1 9.54 2.5 - Outros: a) i... o wer Cert i ficate i n Engl ish of The U n ivers ity of Cam bridge - Eng land . J u iz de Fora, 1 955. b) Basic E n g l ish Lang uage Cou rse, ' Associ ação C u l t u ral Brasi l-Estados U n idos. J u iz de Fora, . . 1 961 . c) Assoc iação de Cultura Franco-B rasileira. A p rovado no Curso Adiqntado, · com a m en ção " B I E N " . 1 944. d ) Assoc iação de Cu ltura Franco-Bras i leira. Aprovado no C u rso . I nterm ed iário, com a menção "TRÊS B I E N " , no exame escrito e "EXCELL E N T", no exame ora l . 1 945. e) A m erican Lang uage Center - U n iversidade A m ericana. Was h i ngton , D . e : (CursO' i ntensi vo de ing lês, com d u ração de 30 d ias) . 2 . 6 - Estág ios Práticos Real izad o s : a ) I n sti t uto de B io l og ia An imal . Leite e Derivados. 1 939 . b) M atad o u ro-Frigorífico de Tubarão. Tubari4o , Santa Catari na. 1 939 . c) U n ivers i dade do Wiscon s i n . M adson , W is consin- U . S . A . 1 954. d ) O regon State Col lege. Corval l is, Oregon USA. 1 954. e) Cal iforn i a State Pol ytechnic Co.l lege. San Luiz O b isDO , Cal iforn ia-USA . 1 954. Pág . 49 3 -' ATI V I DA DES D E MAG ISTÉRIO 3 . 1 - E n s i n o S u perior Professor de Ciência das F i n anças, d a Facul dade de D i reito de J u iz d e Fora. 1 951 a 1 954. 3.2 - E n s i n o Técn ico a) Professor d a Cad e i ra de Tecnologia Geral do Leite, n a Fábrica-Esco la de Laticí n i os "Cân d ido Tostes"-FELCT a partir de 1 . o de agosto de 1 943. b) Professor d e Tecnolog i a Especial, n a FELCT. c) Professor de Tecnologia Espec ial nos C u rsos de Aperfeiçoamento e Especial ização d a U n i versidade R u ral do B ras i l , na FE LCT. d) Professor de M icrobiologia do Leite e Deriva dos nO c u rso m en ci on ad o no ítem C. e) Professor de Tecnologia Especial nos Cursos e Estág ios m antidos pela D I POA, n o ILCT. 3.3 - C u rsos EspeCiais Professor de i n g lês n a Associação C u lt u ral B ras i l-Esta,dos U n idos, ' a part i r de 1 956. 4 - ATIVIPADES PROFISSIONAIS 4.1 - M i n istério da Agricu l t u ra a) Ins petor de 3. a Classe da D I POA - 1 939 - Sta. Catarina. b) I n spetor Veterinário referências IV e V da DI POA . SC. c) Veteri nário Chefe d o Serviço de Veterinária d o M atad o u ro M u n ic i pal de Maceió, A L . d) Secretário da Divi são E n s i no; da Fabrica-Es cola de Laticí n i os "Cân d i d o Tostes". 1 944. e) Chefe do Serviço de Ensino, a part i r de 1 946, da FE LCT. f) Orientador dos Cursos e Estág ios do M in is tério' da A g ricultura, a partir de 7 .de março de . 1 967. g) Respon sável pela B ibl ioteca d a . FELCT e, de. ' pois...;. do I LCT. h) I nstrutor das d isci p l i na� Tecnologia Geral do Leite e. Tecnologia Especial, no. C u rso ' Técn ico do I LCT. 1 944. i) Mem bro das Com issões Organ izadoras d e todas a s Sema,nas d o Laticin i sta, até sua . aposentado risem 1 966, exceto.em 1 954, por se encontrar n o exterior, em viagem de astu. . . . . . . . . . . �os. j ) Váriás vezes desig nado para substit !J i r o Di retar da FE LCT ná ad m i n i stração Sebastião Sena Ferreira de A n d rade. ' k) Váriâs vezes designado ' para su bstitu i r o Di retor d ó I LCT na adm i n istra:ção Carlos. A l berto Lott . · I) Várias vezes desig nado para s u bstit u i r. o D i� retor do ILCT na adm i n istr�ção Vicen t i n o de Freitas' M as i n i . . :. m) Várias vezes designado para substi�úi r o O i retor do I LCT na ad m i n istração Hom ero Du arte Corrêa B arbosa. n ) D i retor su bstituto do I LCT, com exercício aprovado pelo Governado r d o Estado , n a au sência do D i retor Homero Duarte Correa Bar bosa, em viagem de estudos aos Estados U n idos. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. I nst . Lat i c . Când ido Tost es , 41 (244): 47-50, 1 986 5 - ATIVI DA DES C I E N TI FICAS E CULTU RAIS a) Redator-Chefe d a Revista F E LCTI A N O - De 1 946 a 1 956. b) D i reto r d a Revista F ElCTIA N O - De 1 956 a 1 957. c) Diretor .da Revista d o I nstituto d e Laticín ios "Când i d o Tostes" - De 1 957 a 1 969. d) Redator-Técn ico d a Revista do I LCT. De 1 969 a 1 971 . e) Ed itor-Secretário da Revista do I LCT e Reda tor Téc n i co . A partir de 1 972. f) Membro da O rdem dos Advogados d o Brasi l OAB- M G . g ) Mem bro d o Consel h o Reg ional de Medicina Veteri n ária. M G . h ) D i retor C u l t u ral d a Associação C i v i l C l u b J u iz d e Fora. i ) D i retor d o I n stit uto H i stórico e G eográfico d e Juiz d e Fora. De 1 972 a 1 974, D i retor Te soure i ro ; de 1 975 em d iante, D i retor B ib l iote cári o . j) Conselheiro d o Sport C l u b J u iz d e Fora. k ) Mem bro d a Associação C u l t u ral Brasi l- Esta dos Unidos. I ) Membro d a A ssociação dos D ip l o m ados da Escola S u perior de G uerra - A DESG. m) D i retor Social e C u ltural d o C l ube J u iz de Fora. 6 - REALIZAÇÕES PROFISSIONAIS 6 .1 - Apost i l as a) Tecnalogia Geral do Leite - 1 944. (Com p i la ção ) . b) Tecno l o g i a Especial (Derivados d o Leite)' 1945. (Co m p i l ação) c) Tradução para. o português do Livro de Jul io L M u tvany; "LA IN DUSTRIA DE LA MA NTE GA) . Ed ição d a Revista do IlCT. 1 970� 7 ":""' OUTROS a) Certificado de Habil itação em Concurso d e Tit u l os para p rovim ento em Cargos d a Car reira de Veterinário do Ministério da A gricul tura ( DASP). b)"Aprovado em Concurso para Escriturário d o Banco d o B ras i l . R i o d e Janeiro , Distrito Fe deral. 1 939. c) Matricu lado na Escola de M ed icina e C irur g ia do R i o de J aneiro . Matrícu l a trancada n o 1 . o a n o . 1 935. d) Matricu lado n a Escol a N acional d e Agrono m ia. Rio de Janeiro . Matrícula trancada no 1 . o ano. e ) Mem bro d a Com issão criada pelo Governa;. dor M agal hães P i nto, do Estado de M inas Gerais , para estudar a i m p l antação de u m C u rso S u perior de Lat i c í n ios, n o I LCT. f) Mem bro do D i retório Estudanti l do Liceu A lagoano. 1 934. Pág . 50 g ) D i reto r B i bl i otecário do D i retório A cadêm ico da Fac u l dade de D i reito d e J u iz de Fora. 1 949 . h} Des i gnado para, e m c o m pan h ia d o D r. Vi cen t i n o d e F reitas M a s i n i e d o Dr. J on as Pe reira B omtem p o , estu da r a poss i b i l idade d e s e r feita i n stalação i n d u strial para coa l h ad. a na F ELCT. i) Des i g nado para res p o n der pela d isci p l i n a in terna d o I nternato d a F E LCT. j ) Mem b ro de Com issão para estu d a r as con di ções d e habi l i tação de cand i d atos a p rêm ios escolares n a F E LCT. k) Mem bro d e C o m i ssão para red i g i r o A n te -Projeto do R eg i mento I n terno da F ELCT. I ) Mem bro de C o m i ssão para a p resentar esbo ço d e Reg u lamentaç ão de estu d o n o t u rn o n a F ELCT. m) Pres idente da C o m i s são Permanente para j u lgar os casos de j ustificação de faltas. n ) Mem bro d e Comissão para est u d ar o e n q ua d ramento do I LCT na Lei O rgân ica do E n s i n o Sec u ndário. o) Mem bro d e Com issão para red i g ir o Ante -Projeto do Reg u la mento do Conselho d e Ensina d o I LCT. p) Secretário do C o n s e l h o d e E n si n o do I LCT. q ) Mem bro do Conselho d e E ns i n o e do C o nse l h o Téc n i co-Adm inistrativo do I LCT . . r) Relator d e trabal h o a p resentado n o Seminá rio da FAO sobre P ro b l emas de Leite e Lati cínios, e m S. Pau l o . s) Convidado para a p resentar Trabalho Pre l i m i nar, no Sem i n ário d a FAO, em S. Paul o . t ) Mem bro da Equ i pe Lat i c i ni sta da ABCAR (pró-labore}, c o laborand o n a secretaria e as- . sessoramerito de redação, n o s projetos d e i m plantação e a m p liação d e fábricas de l ati cín i o s (CCOP. A g ro pecuária "Vale d o Rio Doce Ltda., Cooperativa d e laticínios de Teóf i l o Oton i Ltd a . , Cooperativa Agropecuâ ria de O l iveira Ltda . , Cooperati va Centra l d e LatiCí n iosda Bah ia Resp-. Ltda. , Coop . A g ro pecuâria M i xta d e L i n hares ltda . , Coop . d e Laticínios d e Maringá Ltda. , Cooperativa Agropecuária Regional d e M o ntes C laros Ltda. , Coop. Mista A g ro pecuária Conq u is tense Resp. Ltda . , Coop . dos Pro d . de Leite d e C u iabá Ltda. , C o m p an h i a Jndust rializado ra d o Leite de Alagoas., Coop. A g ropec uária d e B rasí l ia Ltda. , Kamby S . A . I n d ú stria de Pro d utos A l im en tícios, Coo p . Serg i pense de Laticínios. etc . . u ) Assistência Téc n ica a o " M o i n h o J u iz d e Fo ra", na Seção d e Rações. v) Membro Honorário d a A ssociação dos Ex -Al u n o s do I LCT. w) Cidadão Honorário de J ui z d e Fora, M G . x) Mem bro d a Acad e m i a J U lz-Forana d e Letras. Pág . 5i Rev. I n st . Latic. Cândido Tostes , 41 (244 ) : 1 986 QUEIJO "MI NAS M E IA CURA" (*) Nota Prévia ( * * ) Ronaldo Figueiredo Ventura( * * ) Kenio Palha Montes(* * * ) . Valter Belarmino Giaro/la( * * * ) Célio Cezário Xavier( * * * ) I NTRODUÇÃO N os ú lt i m os anos, os concursos de q uali d ade de q ueijos promovidos pela EMATER, na região sul de M i nas Gerais, revelaram exist i rem d ific u ldades na caracterização dos q ueijos que se apresentam n a m odalidade " M i nas Padrão". Observou-se q ue alg uns p rodutos submetidos a ju lgamento na referida categoria eram denom i nados d e q ueijos " M i nas Meia C u ra" o u q ueijos " M eia C u ra" e suas características eram total mente d isti ntas das d o queijo M i nas Padrão. Tinham como pontos de semel hança apenas a coloração de s ua casca branco-amarelada e sua deno m inação "Queijo M i nas". Para so l ucionar dificuldades do coricu rso d e queijos, resolveu-se ag rupar os pro dutos seme l h antes e j u tgá-Ios em função principa l mente do sabor. Isso originou um p lano de avaliação pormenodzadamente desse prod uto, principal m ente após saber que o p roduto tem um m er cado consu m idor m u ito g rande na Região Me tropol itana d e São Pau l o e no interior do Estado de São Pau lo. Atualmente·, h á pouca referência sobre-a q uantidade real de produção e de expor tação do produtó para os estados vizinhos. Ba,. seado nessa problemática monfou-se um p lano cfe avaliação d o p ro d uto. beleci m entos i n d ustriais d e laticínios na região sul de M i nas, entre o período de abri l a agosto de 1 985, perm itiu-nos con c l u i r q ue existe uma notável concentração de fabricantes d e queijo " M i nas Meia C u ra" local izada n a região d e Pou so A l eg re, onde 80% dos estabelec i m entos visitados p rod uziam o referido queijo. Con c l u iu -se, tam bém , que para a fabricação do queijo util izavam predom inantemente o sistema de pasteurização pelo ejetor de vapor. Várias foram as normas tecnológ icas observadas, entre as q uais, dez podem ser consideradas como prin c i pais. Com provou-se q u e o q ueijo " M i nas M eia Cura" nada tem em com u m com o s queijos M i nas Padrão. Pode-se afi rmar que o queijo " M i nas Meia Cura" é um p ro duto d a fam í l ia dos q ueijos de m assa sem i-cozida da qual. part ici pam os queijos t i po Prato, Lanche, Edam, Rei no, Gouda, T i / sit e o utros. Uma característica com u m a todas as tecno logias usadas é o em prego de leite integral na s ua fabricação, e o não uso d e corante que dá ao p rod uto, quando recém fabricado, coloração branca revem ente amarelada e, q uando c.urado por vi nte dias, coloração a marelo-palha, aspec to esse m u ito semelhante ao queijo M in as Pa drão. MATERIAL E M t:TOD O Sob a denominação de levantamento Técni co e Econômico das Pequenas e Médias I n d ús trias de Queijo "Minas Meia Cura" - monto u-se u m plano d e documentação da fabricação de queijos " M i nas Meia Cura" na Reg ião Sul de M i nas. Para tanto contou-se com o apoi o dos téc nicos em l aticínios e d a infra-estrutura dos escritórios regionais da E MATE R- M G , local iza• dos em Lavras , Pouso A legre e Alfenas. e Para a documentação u t i l izaram-se grava-· ções em fitas magnéticas e fotografias de todas as cond ições industriais observadas, tais como, fabricação de queijos, condições dos equipa mentos, meios de transporte, condições de i n s talações e todos os outros fatores que poder-ão enriquecer a caracterização do queijo " M i nas Meia C u ra". y) Mem bro do I n stituto H i stórico e Geográfico de J uiz de Fora. RESULTADOS E DlSCUSSÃO A visita realizada em noventa e sete esta- (*) (**) (***) Características- do queijo Minas "Meia Cura" t: p roduto o btido de leite integral , pasteuri zad o , de m assa sem i cozida, prensado mecani camente, salgado e maturado n o m í n i m o por . o ito d ias . FOR MATO - C i l in drico baixo faces p lanas, bor dos de âng u los arredondados. PESO - 800 a 1 .300 g. CROSTA - Lisa, fina, de cor amarelada com for mação de casca ( matu ração sem em balagem). CON SISTI:N CIA - Macia, com pacta, pouco elástica, tendendo a cremo sa. TEXTU RA - Fechada, pOdendo apresentar pou cos o l hos redondos o u ovalares. COR - A marelo-pal h a-claro homogên i o (queijo . sem uso d e corante). ODOR E SABOR - Suave, suaveménte ácido. Pesquisa financiada pelo CNPq sob n. Q 40.5277/84. Pesquisador e Professor da EPAMIG - CEPE/lLCT. Técnicos em Laticínios da EMATER - MG. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. I nst . Latic. Cân d i d o Tostes, 41 (244) 1 986 Queijo "Minas Meia Cura " - Característica externa Pág . 52 15.00 0 S/HORA RONIZACÃO LITROS/HORA DE DESNATE QueijO "Minas Meia Cura " - Características interna desnatadeira MSB 130 da a Separator é fa bricada com s moderna tecnologia do do. O que faz dela a mais nçada do Brasil. Por isso esta esnatadeira vale por duas. Sistema "softstream": proporciona o mais alto grau de desnate Não tem gaxetas nem selos mecânicos no tambor digitalizado por • Acoplamento h id rául ico Voith Motor elétrico comu m • Limpeza C I P, q u e d ispensa desmontagem e montagem d i ária • Total mente revestida em aço inoxidável. Se você qu iser saber mais sobre a eficiência da desnatadeira MSB 1 30, é só procurar a Westfa l i a Separator. • arvoredoleite.org Rodovia C a m p i nas " Monte M or, km 1 2 " Fon e: 42. 1 5 5 5 " S u m aré " S P A Brasholanda oferece a mais atualizada linha de máquinas' dosadoras e envasadoras de produtos alimentícios líquidos, em pacotes plásticos de polietileno COm sistema de ' . . . fechamento por ·termosoldageI1l!" Çapacidad�J?ªra, . . 2000, 4900 ,e tiQQO . pac:ot��lhºra... . . , . . digitalizado por arvoredoleite.org