Conferência Nacional Preparatória de Comunicações Políticas de Comunicação: presente e futuro Brasília, 18 de setembro de 2007 Entidade Associação Brasileira de Concessionárias de Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) Reúne cinco concessionárias Cobertura em 100% do território brasileiro de telefonia fixa: - Presença em 34.186 localidades - Atendem a 95% da população - R$100 bi investidos desde 1998 - Possuem 31,8 mil empregos no setor de telefonia fixa e 116,8 mil nas empresas de “call center” As missões da Abrafix: - Recolhimento de R$ 21,3 bi de ICMS sobre Serviços de Comunicações em 2006 Zelar pelos interesses comuns de suas associadas perante as demais entidades públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras. Promover a defesa da livre concorrência e dos princípios da ordem econômica no setor de telecomunicações. * Fontes: Telebrasil/Teleco 1 Convergência tecnológica 2 Convergência tecnológica A separação entre os serviços tem sido progressivamente suprimida, dando origem ao modelo de negócios baseado na oferta de “pacotes”. Antigo modelo de negócio Modelo de negócio convergente Radiodifusão Telecomunicações Pacotes de serviços Comunicação + Entretenimento TV Paga Entretenimento 3 Comunicação Convergência tecnológica A convergência torna o conteúdo independente da rede de distribuição. Conteúdo Cenário original Distribuição Dispositivo Serviço/produto Voz Rede fixa comutada Telefonia fixa Dados Rede fixa ADSL Banda larga Vídeo Rede de cabo HFC TV por assinatura Consumo • Só acessa o conteúdo quem tem o serviço específico. Voz • Consumo Cenário convergente Dados Vídeo 4 Rede convergente Pacotes de serviços do conteúdo em qualquer aparelho. Convergência tecnológica A oferta convergente já é realidade mundial: estudo divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)* mostra que 56% das operadoras ofereciam pacotes triple play (3 serviços: voz, dados e TV por assinatura) já em 2005. 5 (*) Pesquisa realizada com 87 operadoras nos 30 países da OCDE em 2005. Fonte: Relatório OCDE abr/06– “Multiple Play: Pricing and Policy Trends”. Convergência tecnológica • A convergência tem ampliado a competição nos mercados Cenário original – competição restrita (um contra um) Tipo de rede Voz Dados Vídeo Cenário convergente – competição entre plataformas (todos contra todos) Voz Dados Vídeo Telefonia fixa IPTV Telefonia móvel 2,5/3G TV a cabo VoIP TV terrestre ? TV Digital Barreiras tecnológicas Serviços fragmentados Serviços completos 8 6 Convergência tecnológica Consumidores e a sociedade podem ser beneficiados com a convergência tecnológica. • Expansão da oferta de triple play para os municípios não atendidos com o serviço de TV por assinatura. • Aceleração da universalização da banda larga, propiciando a inclusão social de forma mais ágil. CONSUMIDOR • Maior competição em todos os serviços possibilita o repasse dos ganhos de eficiência para os usuários. 7 • Estímulo a novos investimentos em expansão e modernização das plataformas de telecomunicações. Mercado de TV por assinatura: uma expansão possível 8 Mercado de TV por Assinatura: uma expansão possível O ambiente regulatório das comunicações brasileiras – telecomunicações, radiodifusão e televisão por assinatura – é caracterizado por defasagens e assimetrias que precisam ser sanadas, de modo a que a sociedade brasileira como um todo se beneficie da gama de serviços e atividades que esse ambiente pode lhe proporcionar. 9 Mercado de TV por Assinatura: uma expansão possível Capilaridade das redes de Banda Larga e TV a Cabo em 2006 (municípios atendidos) ~2 mil Sem competição, não haverá incentivo para que ganhos de eficiência sejam repassados ao consumidor. 159 ~ 500 TV a Cabo TV por Assinatura Banda Larga ADSL O setor apresenta densidade baixa, de 2,5 por 100 habitantes, e apenas 4,6 milhões de assinantes em 12 anos, desde a introdução plena desses serviços. A TV a cabo tem 62% dos assinantes de TV por assinatura. 10 Mercado de TV por Assinatura: uma expansão possível Restrições ao triple play ajudam a explicar baixa penetração de TV por assinatura no Brasil. Penetração de TV Paga* Penetração de Telefonia** PIB per capita*** Argentina 54% 84% US$ 4.727 Chile 25% 75% US$ 7.072 México 23% 76% US$ 7.454 Venezuela 19% 60% US$ 5.274 8% 78% US$ 4.270 Brasil Na comparação com países em desenvolvimento com condições sócio-econômicas semelhantes, o Brasil apresenta uma grande defasagem na penetração dos serviços de TV paga. 11 * 2006 – Fonte: Teleco; site agências ** Penetração de telefonia fixa por domicílios 2005 *** US$ (2005) corrente – Fonte: World Bank Indicators Mercado de TV por Assinatura: uma expansão possível Enquanto no mundo quase não há mais restrições regulatórias para a oferta de triple play pelas concessionárias de telefonia fixa... Concessionária de telefonia fixa pode prestar TV por assinatura? Observação EUA Sim DESDE 1996 França Sim Espanha Sim Itália Sim Alemanha Sim Reino Unido Sim Bélgica Sim Áustria Sim Chile Sim País 12 Argentina Futuramente sim Coréia do Sul Futuramente sim Índia Futuramente sim México Futuramente sim DESDE 2005 Regulamentação está sendo alterada para permitir que teles prestem TV por assinatura. Mercado de TV por Assinatura: uma expansão possível ... no Brasil as restrições têm sido mantidas há mais de 10 anos. Ano Barreiras para concessionárias de telefonia fixa 1995 Lei do Cabo, Art. 15 – concessionárias só podem adquirir autorização no caso de manifesto desinteresse. 1995 Lei do Cabo, Art. 7 – restrição ao capital estrangeiro (51% do capital social com direito a voto deve ser nacional). 2005 Contrato de concessão, Cláusula 14.1., parágrafo primeiro - as concessionárias do STFC na modalidade local e suas coligadas, controladas ou controladora não podem obter concessão ou autorização de Serviço de TV a Cabo na mesma região. 13 Hoje, as operadoras de TV a Cabo são as únicas que podem oferecer triple play. Mercado de TV por Assinatura: uma expansão possível Ao contrário do que historicamente ocorreu com a radiodifusão, e, mais recentemente, com as telecomunicações, o mercado de televisão por assinatura não consegue se expandir. Uma atividade da qual se esperava, uma década depois de sua implantação, algo como 12 milhões de assinantes, mal chega hoje a um terço desse número. A perspectiva da entrada das concessionárias de telefonia fixa nesse mercado, hoje restrito quase que exclusivamente a um único grupo empresarial, poderá representar a possibilidade imediata da expansão da base de assinantes, inclusive pela redução dos preços dos pacotes. 14 Mercado de TV por Assinatura: uma expansão possível A expansão do mercado de TV por assinatura poderá resultar: Na redução de preços de assinaturas, pelo aumento da competição. Na difusão dos serviços entre classes menos favorecidas, acelerando a universalização da banda larga. 15 No estímulo à criação de mais programações, em especial por produtoras nacionais independentes. Na propagação dos serviços através da maior capilaridade da rede. Uma nova legislação para a Televisão por assinatura 16 Uma nova legislação para a televisão por assinatura É prioritário para as nossas associadas a atualização e harmonização da legislação da TV por assinatura na forma de uma legislação setorial unificada e convergente. O PL 29/2007, do deputado Paulo Bornhausen (DEM/SC), ao qual se apensaram os PL 70/07, do deputado Nelson Marquezelli (PTB/SP), o PL 332/07, dos deputados Paulo Teixeira (PT/SP) e Walter Pinheiro (PT/BA), e o PL 1.908/07, do deputado João Maia (PR/RN), oferecem a oportunidade, para reordenar o marco regulatório da televisão por assinatura no Brasil. Com isso, o país passaria a contar com dois marcos regulatórios recentes e estáveis: o das telecomunicações e o da televisão por assinatura, a qual passaríamos a chamar de comunicação eletrônica de acesso condicionado, na esteira da feliz definição do PL 332/07. 17 Uma nova legislação para a televisão por assinatura Um eventual substitutivo para os projetos de lei deve contemplar: O fim da regulamentação da televisão por assinatura por tecnologia. O equacionamento do mecanismo do must carry, de modo a respeitar os direitos dos radiodifusores. 18 A revogação da Lei de TV a Cabo, respeitados os canais de acesso público, os canais de filmes brasileiros, e outros dispositivos sociais importantes proporcionados por aquela lei. A possibilidade de se assegurar maior representação de conteúdos nacionais nas grades de programações, inclusive com estabelecimento de cotas. Uma nova legislação para a televisão por assinatura As associadas das Abrafix, querem continuar a oferecer o serviço de voz e de banda larga, além de poder distribuir conteúdo audiovisual. As concessionárias de STFC não podem ficar de fora do segmento de televisão por assinatura, pois isso lhes causará, a médio e longo prazo, considerável perda de mercados e receitas. Os consumidores cada vez mais querem ter oferta conjunta de serviços – voz, internet e audiovisual -, e os principais concorrentes nessa área – as TVs por assinatura –, já podem oferecer esse pacote integrado de serviços. 19 Uma nova legislação para a televisão por assinatura Em conclusão, um novo marco regulatório deve ser suportado por uma regulamentação convergente, com neutralidade tecnológica e sem restrições aos modelos de negócios, proporcionando... Mais competição Novos investimentos Mais benefícios para a sociedade 20 FIM 21