UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA PROVA DO ANTÍGENO ACIDIFICADO TAMPONADO E REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE NO DIAGNÓSTICO DA BRUCELOSE BOVINA EM ANIMAIS ABATIDOS EM FRIGORÍFICO NO MUNICÍPIO DE COLÍDER/MT Manuel Pedro Figueiró d’Ornellas Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Sinop, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Zootecnia. Área de concentração: Zootecnia. Sinop – Mato grosso Maio de 2014 9 MANUEL PEDRO FIGUEIRÓ D’ORNELLAS PROVA DO ANTÍGENO ACIDIFICADO TAMPONADO E REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE NO DIAGNÓSTICO DA BRUCELOSE BOVINA EM ANIMAIS ABATIDOS EM FRIGORÍFICO NO MUNICÍPIO DE COLÍDER/MT Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Sinop, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Zootecnia. Área de concentração: Zootecnia. Orientador: Dr. Luciano Bastos Lopes Sinop – Mato Grosso Maio de 2014 10 11 12 Agradecimentos Primeiramente a Deus, que ilumina todos os dias de minha vida. A minha família, em especial a um novo ser que esta pra nascer em abril, que me dará o gosto de ser papai. Seja bem-vinda Ana Clara. Agradeço a minha mulher pela compreensão e dedicação para que eu pudesse me dedicar ao mestrado. A minha Mãe, irmãos e meu pai Pedro (in memorian), que são meu alicerce nessa minha caminhada. À UFMT, a todos os professores que contribuíram para minha formação, à Embrapa Agrossilvipastoril em nome do Orientador e Pesquisador Dr. Luciano Bastos Lopes, e o Coorientador Prof. Artur Kanadani Campos. Ao Prof. João Paulo Amaral Haddad e ao Dr. Luciano Shiratsuchi pelo apoio na confecção dos mapas. A todos os auxiliares de inspeção que contribuíram na pesquisa, e ao Chefe do Sipoa Leandro Machado que autorizou a pesquisa no Frigorífico, e ao Superintende do MAPA Sr. Francisco Moraes Chico Costa. A Dra. Valéria Mustacas que contribui na execução das técnicas da Biologia Molecular e a todos estagiários, em especial a Camila Eicksten. 13 Biografia Manuel Pedro Figueiró d’Ornellas, filho de Pedro Martins d’Ornellas Neto (in memorian) e Kátia Regina Figueiró d’Ornellas, nasceu em Cuiabá/MT em 24 de outubro de 1981. Em 2000, ingressou como discente na Universidade de Cuiabá no curso de Medicina Veterinária; em 2005, concluiu seus créditos, obtendo o título de bacharel em Medicina Veterinária. Em 2005, desenvolveu atividades como Médico Veterinário na Agropecuária Marambaia, Petrópolis/RJ. Entre os anos de 2006 a 2013, desenvolveu atividades relacionadas à Inspeção Sanitária em frigoríficos, sendo encarregado do Serviço de Inspeção Federal 2601 e 4268 nas indústrias Quatro Marcos, Independência, Guaporé Carne e JBS-FRIBOI. Em 2012, iniciou o curso de mestrado no programa de pós-graduação em Zootecnia, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus Universitário de Sinop, concentrando seus estudos em Medicina Veterinária Preventiva, com foco no controle de zoonoses. Atualmente, desenvolve atividades como Gerente Industrial no frigorífico Frigobom em Sinop, MT. 14 Lista de Tabelas Tabela 01 Índice de interpretação do teste de Kappa Tabela 02 Comparação de resultados entre as duas provas (AAT x PCR). Pg Pg 20 21 Lista de Figuras Figura 01 Figura 02 Figura 03 Figura 04 Figura 05 Figura 06 Figura 07 Figura 08 Figura 09 Figura 10 Figura 11 Municípios de MT incluídos no estudo Município do Pará incluído no estudo para a avaliação pelo teste de Kappa Pg 35 Pg 35 Reações do teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) Bovino com lesão extensa de bursite cervical Coleta de linfonodos pelo SIF na linha de abate Identificação das amostras de linfonodos das linhas D, H e I. Reações positivas e negativas para Brucella abortus pela técnica de PCR Mapa com a identificação de propriedades consideradas foco e livres da brucelose pelo INDEA com base nas GTA´s. Mapa com a identificação de propriedades consideradas foco e livres da brucelose de acordo com os resultados do teste do AAT. Mapa representando a dispersão dos casos de brucelose com base no teste do AAT entre os municípios avaliados. Mapa representando a dispersão dos casos de brucelose com base no teste do PCR entre os municípios avaliados. Pg 36 Pg Pg Pg 36 37 37 Pg 38 Pg 39 Pg 39 Pg 40 Pg 40 15 Lista de Abreviaturas µL DNA et al. MAPA mL PCR PNCEBT Taq AAT INDEA OIE SIF Embrapa UFMT Lanagro dATP dCTP dGTP dNTP dTTP EDTA LPS MgCl² PH Pb TE PK RPM TRIS °C V % Microlitro Ácido desoxirribonucleico e colaboradores Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Mililitro Reação em cadeia da polimerase Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Thermus aquaticus Antígeno Acidificado Tamponado Instituto de Defesa Agropecuária do Mato Grosso Organização Internacional de Epizootias Serviço de Inspeção Federal Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Universidade Federal de Mato Grosso Laboratório Nacional Agropecuário Desoxi-adenosina trifosfato Desoxi-citosina trifosfato Desoxi-guanidina trifosfato Base nitrogenada (A,C,G ou T) Desoxi-timidina trifosfato Ácido etileno diamino tetracético Lipopolissacarídeos Cloreto de magnésio Potencial hidrogênionico Pares de bases Tampão TRIS-EDTA Proteinase K Rotações por minuto Tris(hidroximetil) amino metano Grau Celsius Volts Porcentagem 16 D’ORNELLAS, Manuel Pedro Figueiró. Dissertação de Mestrado (Zootecnia), Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Sinop, Março de 2014, 54 f. Prova do Antígeno Acidificado Tamponado e Reação em Cadeia da Polimerase no diagnóstico da brucelose bovina em animais abatidos em frigorífico no município de Colíder/MT. Orientador: Prof. Dr. Luciano Bastos Lopes. Coorientador: Prof. Dr. Artur Kanadani Campos Resumo: A brucelose é uma enfermidade infectocontagiosa zoonótica de caráter crônico, causadas por bactérias do gênero Brucella, que acometem os animais e o homem. A doença apresenta-se endêmica no Brasil, resultando em prejuízos econômicos tanto sob o ponto de vista de produção bovina quanto de saúde pública. O objetivo do presente estudo foi demonstrar a frequência de animais reagentes com base no teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), e comparar os resultados com a ocorrência das lesões macroscópicas no pós-abate com a presença do DNA bacteriano pela técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Foram obtidas amostras de sangue imediatamente após a insensibilização dos animais e linfonodos nas linhas de abate D, H e I. Associada a coleta de material para o diagnóstico laboratorial, foi feita a inspeção em busca de lesões macroscópicas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) do frigorífico localizado no município de Colíder/MT. Os resultados demonstraram uma frequência de 14,3% segundo o teste do AAT. O teste de Kappa demonstrou haver uma baixa concordância ente os testes do AAT e PCR. De acordo com o teste de McNemar, a frequência dos resultados é significativamente diferente entre os dois testes. Palavras chave: Brucelose, epidemiologia, bovinos. 17 D’ORNELLAS, Manuel Pedro Figueiró. Master Thesis (Animal Science), Federal University of Mato Grosso, Sinop, March 2014, 54 s. Card Test and Polymerase Chain Reaction for the diagnosis of bovine brucellosis in culled animals in a slaughterhouse at Colíder/Mato Grosso. Adviser: Orientador: Prof. Dr. Luciano Bastos Lopes. Co-adviser: Prof. Dr. Artur Kanadani Campos Abstract: Brucellosis is a zoonotic chronic infectious disease caused by bacteria of the genus Brucella affecting animals and potentially humans. The disease presents itself endemic in Brazil, resulting in economic losses both from the standpoint of beef production and public health. The present study aimed to demonstrate the frequency of positive animals based on card test (CT), comparing the results with the occurrence of macroscopic lesions at post-slaughter and identification of bacterial DNA by the technique of polymerase chain reaction (PCR). Blood samples were obtained immediately after the animals stunning and the lymph nodes in slaughter lines D, H and I in one slaughterhouse located in the municipality of Colíder/MT. Associated to material collected for laboratory diagnosis, inspections were made in search of macroscopic lesions by the Federal Inspection Service (SIF). The results showed a frequency of 14.3 % according to the test of CT. According to the Kappa test, there is a poor correlation among tests the CT and PCR. In accordance with the McNemar test, the frequency is significantly different between results of the two tests. Keywords: Brucellosis, epidemiology, cattle. 18 1 - Introdução A bovinocultura é um dos grandes pilares da produção agropecuária brasileira com cerca de 211.279 milhões de cabeças, em destaque o estado de Mato Grosso com mais de 29 milhões segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2012). Localizado na Região Centro-Oeste do Brasil, o estado é o terceiro em dimensão territorial, compreendendo 903.357,9 km2, distribuídos em 141 municípios, representando 10,6% do território nacional. Mato Grosso responde por aproximadamente 17,5% do total de bovinos abatidos no Brasil (IBGE, 2012). Segundo o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), a expectativa é que até 2020 a produção animal de carnes pelo Mato Grosso represente 44,5% da produção brasileira, demonstrando o grande potencial da região. Pelo tamanho do rebanho e a importância econômica da pecuária para o estado, justifica-se o desenvolvimento de pesquisas abordando as questões relacionadas à saúde pública, perdas diretas e indiretas ocasionadas pela ocorrência de doenças infecciosas, prevalência das principais zoonoses, entre outros assuntos ligados à saúde animal. A brucelose é uma doença infectocontagiosa provocada por bactérias do gênero Brucella de distribuição mundial, acarretando frequentemente problemas sanitários e prejuízos econômicos para pecuária nacional. Considerada endêmica em várias partes do mundo; sua incidência varia consideravelmente entre os rebanhos, entre as áreas destinadas a bovinocultura e entre países. No Brasil, o prejuízo total estimado foi de aproximadamente R$ 892 milhões, sendo que a cada 1% de variação na prevalência, estimou-se a variação de 155 milhões de reais no custo da brucelose bovina no país (SANTOS et al., 2013). As principais manifestações nos animais são a ocorrência de abortamentos, nascimentos prematuros, esterilidade e baixa produção de leite. Além do comprometimento dos índices reprodutivos, queda na produção e da questão de saúde pública por ser uma zoonose, a doença tem um caráter econômico importante, representando um impacto significativo no comércio de subprodutos de origem animal (PAULIN E FERREIRA NETO, 2003). A presença da doença nos rebanhos torna a pecuária vulnerável às barreiras sanitárias, diminuindo a competitividade brasileira no cenário internacional. Barreiras não tarifárias têm sido empregadas por alguns países dificultando ou mesmo restringindo o comércio de animais e carne, comprometendo a viabilidade econômica de alguns setores. A posição de destaque do agronegócio brasileiro no mercado mundial aumenta sua exposição a problemas técnicos e de interesse comercial. Em 2001, foi lançado pelo MAPA o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT). O programa tem como objetivo diminuir a prevalência e a incidência dessas enfermidades, prescrevendo um conjunto de medidas sanitárias para diminuição do número de focos, oferecendo assim produtos que atendam às expectativas do mercado consumidor com baixo risco à saúde pública. Na tentativa de se fornecer subsídios para a melhor implantação e gestão do PNCEBT, Negreiros et al (2009) avaliaram a prevalência de focos e de animais soropositivos além de identificar os fatores de risco para brucelose, verificando uma alta prevalência de brucelose em rebanhos do Mato Grosso. A região que contempla o circuito pecuário 4 inclui o município de Colíder, ponto focal deste estudo, com um rebanho estimado em 378.264 cabeças/ano base 2011 (IBGE, 2012). Foram incluídos nesse circuito os municípios com predominância para o sistema de cria. A macrorregião contempla outras 15 cidades, totalizando um rebanho com 5.186.642 de 19 cabeças de bovinos, em que foi encontrada uma prevalência de rebanho de 50,3% e 15,3% de animais positivos segundo esses autores. No Brasil não existem muitos inquéritos epidemiológicos ou estudos envolvendo os prejuízos econômicos ocasionados pela brucelose bovina ou bubalina. Da mesma forma, há na literatura poucos trabalhos avaliando a presença do agente e seus impactos nos rebanhos do estado de Mato Grosso. O presente estudo tem o objetivo de demonstrar a ocorrência de animais negativos e de reagentes com base no teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), comparando-os com a ocorrência das lesões macroscópicas no pós-abate e resultados obtidos pela técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). 2 - Revisão de Literatura 2.1 – Etiologia As bactérias do gênero Brucella são intracelulares facultativos, Gram-negativos, pleomórficos, imóveis, não capsulados, não esporulam e variam de 0,4 e 0,8 µm de largura e 0,5 a 0,7 µm de comprimento (POESTER, 1997). A temperatura de crescimento dessas bactérias é de 20 a 40°C, sendo 37°C a temperatura ideal para o isolamento inicial e, o pH ideal é de 6,6 a 7,4; são aeróbias e microaerófilas, necessitando de 5 a 10% de CO2 (OIE, 2010). Possuem uma ampla capacidade de sobrevivência em ambientes que apresentam condições de umidade, abrigo de luz solar direta, pH neutro, temperatura e matéria orgânica, podendo resistir em pastagens, fetos abortados, anexos fetais e fezes úmidas por longos períodos (PAULIN e FERREIRA NETO, 2003; BRASIL, 2006; OIE, 2010). A espécie Brucella abortus pode permanecer nas pastagens por seis meses ou mais em resíduos de abortos ou partos, mas assim como outras espécies, sensíveis à pasteurização (RUSSEL et al., 1984). Segundo MARTINS (1994), na carne contaminada a Brucella abortus pode se manter viável durante meses por ser pouco afetada pela acidificação muscular, sobretudo quando as carcaças ou cortes são conservados à temperatura de refrigeração ou congelamento, sobrevivendo igualmente à salmoura e a salga. Classicamente, as bactérias do gênero Brucella podem ser divididas em dois grupos antigenicamente distintos, denominadas lisas ou rugosas, com base nas características de multiplicação em meios de cultura no cultivo primário e na constituição química da parede celular – presença ou ausência da cadeia O – um dos componentes da membrana lipopolissacáride (LPS) localizado na superfície externa, apresentando uma relação com a virulência de algumas espécies (CARDOSO et al., 2006). 2.2 – Epidemiologia A brucelose bovina é uma das principais zoonoses de interesse econômico, sendo amplamente distribuída em vários continentes pelo mundo. Embora erradicada em alguns países da Europa, Austrália e Nova Zelândia, continua emergente e se apresenta como um grave problema sanitário e econômico, principalmente em países da América do Sul (PAULIN e FERREIRA NETO, 2003). Em humanos, a incidência estimada é de mais de 500 mil casos por ano (PAPPAS et al, 2006), embora a prevalência real possa ser 25 vezes maior devido a fragilidade das informações e notificações em alguns países (MANTUR et al, 2007). A brucelose é classificada como uma enfermidade ocupacional de trabalhadores como açougueiros, magarefes e Médicos Veterinários 20 (SOUZA et al., 1977). Coelho et al. (1995) detectaram um coeficiente de prevalência de 2,17% em trabalhadores de matadouro industrial, comprovando a sua importância em grupos ocupacionais. No Brasil, a brucelose bovina ocorre endemicamente em todo o território nacional, entretanto no Sul do Paraná, Norte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina a prevalência é muito baixa (POSTER et al., 2009). A doença pode ser diagnosticada em qualquer rebanho, independente da forma ou sistema de produção e/ou criação e exploração econômica na qual seja submetido (BRASIL, 1991). Por outro lado, a compra de animais pode ser um fator de risco para ocorrência da doença em rebanhos como demonstrado por Dias (2004). A doença foi detectada no Brasil em 1913 por Gonçalves Carneiro, desde então tem sido relatada em rebanhos por meio de vários estudos epidemiológicos em diversas regiões do país (GARCIA-CARRILLO, 1987). O primeiro estudo epidemiológico no Brasil descreveu um surto de brucelose no município de São Carlos/SP em 1922. Brucella abortus é a espécie mais prevalente no Brasil. Garcia-Carrílio (1987) relatou a disseminação da doença por todo o país apontando uma prevalência de 10 a 20%, sendo os índices mais altos encontrados nos estados do RS, SP, RJ e MG. Em 1975, foi realizado o primeiro levantamento epidemiológico nacional sobre a situação da brucelose bovina, e a prevalência de animais soropositivos foi de 6,25% em Mato Grosso (Brasil, 2001). Naquela ocasião, o estado não havia sido dividido e os resultados dessa análise compreendiam uma amostra para toda a área que hoje corresponde aos dois estados. Recentemente, a situação epidemiológica em Mato Grosso e em alguns estados brasileiros foi reavalia em uma série de estudos seccionais. Negreiros et al (2009) verificaram a situação epidemiológica da doença em Mato Grosso em 4 circuitos produtores. A prevalência geral de focos e de animais infectados foi: 41,2% e 10,2%, respectivamente. Com base nos circuitos, a prevalência estimada em animais apresentou a seguinte ordem crescente: 4,1% para o circuito pecuário 2; 7,9% para o circuito pecuário 1; 8,1% para o circuito pecuário 3 e 15,3% no circuito pecuário 4. Já as prevalências de focos encontradas, em ordem crescente, foram as seguintes: 27,2% para o circuito 2; 36,9% para o circuito 1; 40,4% para o circuito 3 e 50,3% para o circuito 4. Os fatores de risco (odds ratio, OR) associados à condição de foco no Estado foram: exploração de gado de corte (OR= 1,8), exploração mista (OR=1,8), número de fêmeas no rebanho de 11 a 50 (OR=4,8), número de fêmeas no rebanho acima de 51 (OR=6,8) e ocorrência de aborto (OR=1,7). Segundo Silva Junior (2008), a utilização de testes diagnósticos em rebanhos ou em frigoríficos fornece dados sobre a situação epidemiológica, permitindo assim a detecção de focos de doenças e a adoção de medidas de controle. Conhecendo-se a procedência dos animais de abate, torna-se possível o acionamento e a integração dos órgãos responsáveis para que as decisões sejam tomadas, por isso, a integração do serviço de fiscalização e monitoramento da Defesa Sanitária com o Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal, pode ser considerada ponto chave para o sucesso das atividades propostas pelo PNCEBT, visto a sua atuação tanto na proteção do consumidor quanto na vigilância epidemiológica. Em um levantamento realizado pelo SIF 4268 (dados não publicados), entre os anos de 2009 e 2013 foram encontrados 117 casos de bursite cervical e outros 52 de artrite no exame postmortem. Entre 2011 e 2012, foram coletadas amostras de sangue e tecidos de 40 animais dos 21 que apresentaram lesões macroscópicas na inspeção post-mortem. As amostras de tecido e soro foram enviadas para o Laboratório Nacional Agropecuário de Minas Gerais (LANAGRO/MG) para realização dos exames bacteriológicos e sorológicos, respectivamente. Os resultados obtidos demonstraram a ocorrência de 36 animais reagentes na sorologia, sendo que 21 obtiveram confirmação pelo teste bacteriológico, revelando a presença da B. abortus biovar 1 em quatorze das amostras; uma amostra com a presença do biovar 2; uma do biovar 4 e outras cinco com o biovar 3. As lesões enviadas ao laboratório oficial foram principalmente relacionadas à bursite cervical e artrite. Entre os anos de 2012 e 2013, foram coletadas 48 amostras de animais com lesões suspeitas enviadas à Universidade Federal de Goiás para análise de PCR em Tempo Real, sendo então confirmadas 9 amostras positivas. 2.3 - Patogenia e sinais clínicos A patogenicidade das bactérias do gênero Brucella está intimamente relacionada com os mecanismos que permitem sua invasão, sobrevivência e multiplicação intracelular nas células do hospedeiro, mantendo-as protegidas da ação do sistema imune (NIELSEN et al., 2004; XAVIER et al., 2009). O aborto, principal característica da brucelose, ocorre devido à grande replicação das bactérias no trofoblasto placentário, resultando em morte e expulsão fetal entre o sexto e o oitavo mês de gestação e, a persistência da bactéria nos macrófagos leva às infecções crônicas (ROOP et al., 2009). A infecção natural se inicia principalmente pela mucosa oral, nasofaríngea, conjuntival ou por solução de continuidade da pele, sendo que a porta de entrada principal da B. abortus em bovinos é a mucosa orofaringeana (BISHOP et al., 1994; GORVEL MORENO, 2002; CAMPANA et al., 2003; RIBEIRO, 2008). Após a penetração na mucosa, as bactérias são fagocitadas principalmente por macrófagos, sendo carreadas até os linfonodos regionais, onde se multiplicam e podem permanecer por semanas a meses, levando a hiperplasia e linfadenite (LAGE et al., 2008). A partir dos linfonodos regionais, os microrganismos podem disseminar livremente ou no interior de macrófagos, pela via hemática e linfática atingindo outros linfonodos, principalmente os supramamários, e em órgãos como baço, fígado, e outros tecidos ricos em células mononucleares (CAMPANA et al., 2003; LAGE et al., 2008; LIRA, 2008; XAVIER et al., 2009). Durante a fase de multiplicação celular, estas bactérias podem provocar alterações inflamatórias e anatomopatológicas caracterizadas por granulomas difusos, levando à hiperplasia linfoide, esplenomegalia e até hepatomegalia (LAGE et al., 2008). Porém, de acordo com Corrêa (1992), nem todos os órgãos e tecidos invadidos por microrganismos de gênero Brucella apresentam alterações evidentes e áreas de necrose. Os órgãos de predileção são aqueles que oferecem elementos necessários para seu metabolismo, como o eritritol presente no útero gravídico, tecidos mamários, ósseo a articulares, e todo o aparelho reprodutivo de fêmeas (FREITAS OLIVEIRA, 2005). Nos machos pode ocorrer aumento do volume dos testículos de forma uni ou bilateral, além dos epidídimos, ampolas e vesículas seminais. Devido à reação inflamatória do tipo necrosante, pode haver atrofia do órgão afetado, levando a quadros de subfertilidade, infertilidade ou esterilidade (PAULIN e FERREIRA NETO, 2003; LAGE et al., 2008; NOZAKI, 2008). No aparelho locomotor, os microrganismos do gênero Brucella, principalmente a B. abortus localiza-se na bursa, tendões, músculos e articulações, causando artrites, principalmente nas articulações carpianas e tarsianas; espondilites e bursites, especialmente nas vértebras torácicas 22 e lombares, podendo atingir a medula óssea e bainha dos tendões, sendo o achado clinico clássico, o abscesso fistulado ou não na região da cernelha, lesão conhecida como “mal da cernelha” ou “mal das cruzes” (PAULIN e FERREIRA NETO, 2003). Os inchaços nas articulações dos joelhos e jarretes, conhecidos como higromas, também apresentam evidencias de brucelose (RADOSTITIS et al., 2007; LAGE et al., 2008). Alguns autores associam a presença de bursite à infecção brucélica, visto a frequência do isolamento e detecção do agente em muitos casos (PARDI et al., 1956; VIANA et al., 2010). Na inspeção sanitária realizada em matadouros-frigoríficos, os inspetores veterinários realizam o julgamento de carcaças e vísceras de bovinos suspeitos de brucelose, mediante a observação macroscópica de lesões sugestivas da enfermidade, não dispondo de meios de diagnóstico específicos que possam associar diretamente as alterações observadas no exame sanitário com a infecção brucélica (FREITAS e OLIVEIRA, 2005). 2.4 – Diagnóstico Antes do desenvolvimento dos testes laboratoriais, o histórico clínico e o exame físico dos animais doentes eram as únicas fontes de informação para o diagnóstico das doenças infecciosas. Além do caráter subjetivo inerente ao examinador, a avaliação limitava-se apenas aos sinais clínicos das doenças, sendo estes sinais, muitas vezes, comuns para uma diversidade de doenças infecciosas. O desenvolvimento da microbiologia na virada do século XX possibilitou a amplificação e precisão dos métodos de diagnóstico. Mais recentemente, com o refinamento e sofisticação das técnicas de biologia molecular, os testes diagnóstico têm se tornado uma ferramenta muito importante na detecção e controle de agentes infecciosos. Os métodos diagnósticos quando utilizados e interpretados de maneira correta, podem fornecer informações importantes na tomada de decisões pelos médicos veterinários. Neste sentido, o conhecimento do estado sanitário do indivíduo e da população suscetível possibilita o desenvolvimento de estratégias de tratamento e monitoramento da sanidade animal. Além disso, a mensuração da frequência de determinado agente etiológico em uma população animal permite o delineamento epidemiológico das principais doenças, possibilitando o desenvolvimento de programas de controle e erradicação. É no exame post-mortem, o diagnóstico macroscópico realizado nos frigoríficos por inspetores do Serviço de Inspeção Federal, Estadual e Municipal, que as bursites podem ser diagnosticadas mediante exames macroscópicos (ALMEIDA et al., 2000). Em matadouros-frigoríficos, os inspetores associam as lesões inflamatórias à ocorrência de brucelose, caracterizadas como inflamações da bursite cervical localizadas na região da cruz, adjacentes a porção funicular do ligamento cervical e apófises espinhosas cervicais (SOLA, 2011). Entretanto, nem sempre há presença deste tipo de lesão nas carcaças em animais infectados ou essas lesões são identificadas pelo serviço de inspeção. As bursites da cernelha de bovinos são de difícil visualização à inspeção ante-mortem, sendo de pouco valor a tentativa de separar os animais suspeitos (LANGENEGGER et al., 1975). Em um estudo realizado por Viana et al (2010), foram avaliados 845 soros provenientes do estado do Pará e Tocantins, a prevalência encontrada foi de 16,6% e 17,2% no AAT respectivamente, sendo que nenhum dos animais apresentou sinais sugestivos de brucelose no exame ante e post-mortem. O estudo aponta que o diagnóstico clínico da brucelose em 23 matadouro tem reduzida eficácia no controle do risco que a doença pode representar para os trabalhadores e que também não é critério seguro para julgamento sanitário por permitir a liberação, para consumo direto, de um grande número de animais que, por técnicas laboratoriais, podem ser considerados infectados. Para o melhor conhecimento da epidemiologia de uma enfermidade, é necessário o conhecimento do melhor método de diagnóstico da doença, permitindo assim estudar a ocorrência, distribuição e caracterização do agente em questão (MINHARRO et al., 2009). Segundo Jacobson (1998), os testes sorológicos empregados no diagnóstico de doenças infecciosas devem ser constantemente avaliados quanto ao seu desempenho mesmo depois de validados. O teste kappa é uma alternativa para essa avaliação através da comparação entre testes sem levar em consideração os valores de suas respectivas especificidades e sensibilidades, além de não necessitar de padrões-ouro para ser realizado (MCKENNA e DOHOO, 2006). O teste é baseado no número de respostas concordantes, ou seja, no número de casos cujo resultado é o mesmo. Esta medida de concordância tem como valor máximo o 1, onde este valor 1 representa total concordância e os valores próximos e até abaixo de 0, indicam nenhuma concordância, ou a concordância foi exatamente a esperada pelo acaso (LANDIS E KOCH, 1977). Al-Garadia et al (2011) ressaltaram que a combinação de testes sorológicos com testes moleculares, especialmente o PCR, é a melhor forma de controlar e erradicar a brucelose em propriedades e diagnosticar corretamente animais infectados. A importância de métodos eficientes de diagnóstico da brucelose em Mato Grosso é evidente devido aos dados atuais de prevalência como já citado anteriormente. 2.4.1 - Métodos indiretos Um dos pilares nos quais se baseiam as campanhas sanitárias destinadas à erradicação ou diminuição de taxas de ocorrências da brucelose, consiste na disponibilidade de métodos diagnósticos que sejam ao mesmo tempo confiáveis e de execução relativamente simples (MATHIAS e MACMILLAN, 1995). Devido às limitações dos procedimentos laboratoriais que se apoiam nos cultivos, os métodos sorológicos têm sido os mais utilizados para o diagnóstico da brucelose (SUTHERLAND, 1980; MOLNAR et al., 1997). Vários testes sorológicos têm sido projetados para atender esses requisitos, a maioria desses testes é baseada na aglutinação de antígenos por anticorpos específicos presentes no sangue de animais infectados (BRICKER, 2002). Os testes de aglutinação mensuram a concentração de imunoglobulinas (Ig) séricas e são sensíveis a diferentes isotipos de anticorpos (MITTAL e TIZARD, 1983). Fosgate et al. (2002) recomendaram o AAT como prova de triagem para o controle da brucelose em bovinos e bubalinos, devido a maior sensibilidade em comparação com outros testes. A prova do AAT consiste em uma soroaglutinação em placa, em que o antígeno, na concentração de 8% de volume celular, é tamponado em pH baixo (3,65) e corado com rosa de Bengala. No entanto, esses testes não apresentam sensibilidade absoluta, incluindo o AAT, devendo-se normalmente associar várias técnicas para aumentar o número de animais detectados. Animais recentemente infectados ou com a infecção crônica podem não ser detectados pelas técnicas sorológicas (COSTA, 2001). Visto que a sensibilidade é crucial na triagem, a ocorrência de algumas amostras falso-positivas deve ser tolerada (BRICKER, 2002). Como recomendação, 24 provas confirmatórias de maior especificidade podem ser realizadas para evitar o sacrifício de animais não infectados, porém geralmente elas são mais caras e laboriosas (NIELSEN, 2002). O PNCEBT definiu como oficiais os testes do AAT e o teste de Anel em Leite (TAL), como provas de triagem. Para testes confirmatórios, o programa estabeleceu o teste do 2Mercaptoetanol (2-ME) e a reação de Fixação do Complemento (FC) para detecção de antígenos pelo emprego de anticorpos específicos com o objetivo de detectar uma exposição prévia do animal ao agente (BRASIL, 2006). Meirelles-Bartoli et al (2010) estudaram os testes adotados pelo PNCEBT para o diagnóstico sorológico da brucelose em bovinos e concluíram que o teste do AAT apresentou elevada sensibilidade relativa, como se espera de um teste de triagem. Segundo Samartino et al (1999) e Van Aert et al (1984), a sensibilidade e a especificidade do AAT variam de 21 a 98,3% e 68,8 a 100%, respectivamente. Pesquisa realizada por Filho et al (2011), que faz a comparação entre as provas de 2mercaptoetanol e de fixação do complemento para o diagnóstico sorológico da brucelose bovina em bovinos com diferentes históricos vacinais, sugere-se a criação de um banco de soros de referência, o qual poderia ser utilizado não só para a validação dos testes já existentes, como de novos testes que desejam implementar no país. 2.4.2 - Métodos Diretos Os métodos diretos de diagnóstico para brucelose incluem o isolamento e a identificação do agente, a imunohistoquímica e os métodos de detecção de ácidos nucleicos pela técnica da PCR. A bacteriologia envolve o isolamento e cultura do agente e é considerado o teste padrão-ouro, tem como vantagem sua alta especificidade e capacidade de identificar diferentes espécies e biovares do agente (LAGE et al., 2008). Porém, como a bacteriologia da Brucella spp. é complexa devido as exigências nutricionais e de atmosfera enriquecida com CO2, pelo lento crescimento, pela baixa sensibilidade e pela necessidade de trabalho em contenção em laboratório de biossegurança de nível 3, os métodos moleculares vêm se destacando. A detecção do DNA do agente bacteriano pela PCR apresenta enorme rapidez e sensibilidade, além da grande vantagem de detectar pequenas quantidades de microrganismos em materiais como abortos, sangue e sêmen, sem a necessidade de estarem viáveis como na cultura bacteriológica (JÚNIOR, F.F.S, 2008). Considerando a acurácia e a rapidez de execução que a PCR apresenta quando comparada ao cultivo bacteriológico, esta técnica tem se mostrado eficiente no diagnóstico direto de microrganismos, atuando como ferramenta epidemiológica na detecção de Brucella spp (SOLA, 2011; LEYLA et al, 2002). Segundo Paulin e Ferreira Neto (2003), devem ser coletados das carcaças de bovinos no momento do abate, os linfonodos retrofaríngeos, mandibulares, parotídeos, pré-escapulares e ilíacos, mas principalmente os supramamários, onde o agente é isolado em quase 90% dos animais infectados. Entretanto, devido ao processo de replicação difusão através da corrente sanguínea e vasos linfáticos, há disseminação destes agentes por todo organismo, sendo possível sua identificação no fígado, baço, pulmões e rins, além dos linfonodos e trato genital (CAMPANA et al., 2003; LIRA, 2008). Leary et al (2006), avaliaram a viabilidade do uso do PCR convencional e em tempo real para diagnóstico da brucelose, analisando amostras de sangue, leite, e linfonodos das vacas sorologicamente positivas. Os autores concluíram que os linfonodos são o melhor material para o diagnóstico pelo método molecular. Não houve diferença entre PCR e o método 25 bacteriológico, entretanto, segundo os autores é improvável que os métodos de PCR substituam os métodos sorológicos para a detecção de B. abortus em amostras clínicas. 3 - Material e Métodos 3.1 - Coletas de amostras Foram coletadas 622 amostras de sangue e linfonodos em fêmeas bovinas com idade superior a 24 meses em matadouro-frigorífico sob Serviço de Inspeção Federal. O estabelecimento encontra-se localizado no município de Colíder, estado de Mato Grosso. Os animais, bem como as propriedades que participaram do experimento foram escolhidos aleatoriamente, entre propriedades foco e não foco, contanto que houvesse abate de fêmeas. Os animais não demonstraram alterações clínicas na inspeção ante-mortem. Todos os bovinos tinham histórico de vacinação conforme declarado na Guia de Trânsito Animal (GTA). As amostras de sangue foram coletadas na canaleta de sangria após insensibilização em tubos estéril com ativador de coágulo, resfriadas e encaminhadas para Embrapa Agrossilvipastoril em Sinop/MT. No laboratório de sanidade animal foram realizados os testes do AAT em todas as amostras de soro. Foram coletadas as amostras de sangue e linfonodos até a obtenção de 80 amostras positivas pelo AAT, interrompendo-se então as coletas de ambos os materiais. Na linha de abate foram coletadas as amostras de linfonodos das linhas D, H e I (ilíacos, isquiático, retro mamário, pré-peitoral, mesentéricos). As amostras foram identificadas no que se refere à linha de inspeção e número de identificação individual dos animais. As amostras foram então congeladas à -20°C no túnel de congelamento e enviadas posteriormente para Embrapa Agrossilvipastoril. No laboratório, as amostras foram aliquotadas, incluindo a parte cortical e medular dos linfonodos, armazenadas em microtubos para posterior extração do DNA e realização do PCR. Associada à coleta de material para o diagnóstico laboratorial foi feita a inspeção em busca de lesões macroscópicas, seguindo a rotina do Serviço de Inspeção Federal (SIF) do frigorífico. A inspeção incluiu toda a carcaça com ênfase nas articulações carpianas e tarsianas e nas vértebras torácicas e lombares na região da cernelha. 3.2- Testes laboratoriais O teste do AAT foi realizado em todas as 622 amostras e interpretado de acordo com as normas descritas no PNCEBT. Utilizou-se 30 µL de soro e 30 µL do antígeno para realização do teste, sendo considerado positivo quando houvesse formação de grumos. O antígeno utilizado foi fornecido pelo Lanagro/MG (Partida: 001/2012, Fab: 08/2012). Para realização do PCR, a extração do DNA das amostras de linfonodo foi realizada de acordo com o método descrito por Leal-Klevezas et al. (1995). No laboratório foi realizado o toalete nos linfonodos e retiradas alíquotas, cerca de 1g por amostra. O material foi macerado e suspendido. Desse material, foram aliquotados 500 µl de cada amostra para extração de DNA. Durante a extração, foram adicionados 800 µL de TE (Tris-EDTA) pH 8,0 em cada amostra, sendo então homogeneizadas e posteriormente centrifugadas a 13.000 rpm por 5 minutos. Após a centrifugação, o sobrenadante foi descartado e este processo repetido por mais duas vezes. Após a primeira etapa, as amostras foram ressuspendidas com 350 µL por amostra da solução A (5µL Tris-HCl 1M pH 8; 25 µL EDTA 0,5M pH 8;10 µL NaCl 5M; 400 µL água MiliQ autoclavada) e, posteriormente, homogeneizadas para acondicionamento em microtubos a 80°C 26 por 10 minutos. No passo seguinte, foram adicionados 50 µL por amostra da solução B (50µL SDS 10%, 10µL Proteinase K). Neste ponto, o microtubo foi mantido a 37°C por 24 horas. Em seguida, foram adicionados 500 µL de fenol equilibrado, sendo então o material homogeneizado e centrifugado a 13000 RPM por 5 minutos. Foram transferidos 400 µL da fase aquosa para um novo microtubo de 1,5 mL e adicionado igual volume de fenol-clorofórmio. Após nova centrifugação, foram transferidos 300 µL da fase aquosa para um microtubo DNAse/RNAse free de 1,5 mL com adição de 300 µL de álcool isopropílico puro, sendo então as amostras homogeneizadas e mantidas por 18 horas a -20°C para nova centrifugação a 13000 rpm por mais 30 minutos, descartando o sobrenadante. Foi adicionado nesta etapa 1 mL de etanol 70% em cada amostra para posterior centrifugação a 13000 rpm por 20 minutos. O sobrenadante foi descartado novamente e o sedimento mantido em termobloco a 56°C por 10 minutos. Finalizando o processo, foram adicionados 30 µL TE pH 8,0 e as amostras incubadas em termobloco por 30 minutos a 56°C. As amostras foram armazenadas a -20°C até o momento da reação. Após a extração do DNA, cada amostra foi submetida à leitura espectrofotométrica em Nanodrop (Thermo Scienific) nos comprimentos de onda de 260 e 280 nm a fim de avaliar a integridade e a determinação da concentração do DNA, relação entre ácidos nucleicos e proteínas. Para a amplificação dos fragmentos alvo, foram utilizados os seguintes componentes: 10,5 µL de água Mili-Q esterilizada; 0,5 µL de Taq; 1 µL de cada iniciador (primer B4 e B5), 4 µL DNTP; 2 µL tampão e 2 µL da amostra de DNA. Foi utilizado o primer 5’TGGCTCGGTTGCCAATATCAA3’ e 3’CGCGCTTGCCTTTCAGGTCTG5’ (Sigma – 001/8 de 2013) descrito por Baily et al. (1992), com peso molecular 223pb. A temperatura utilizada para o anelamento foi de 64°C, sendo a melhor temperatura entre os testes de 60, 62, 64°C. Como controle positivo nas reações, utilizou-se DNA extraído da cepa de referência 2308 de Brucella abortus e água livre de nucleases como controle. Assim como os antígenos do AAT, o DNA também foi fornecido pelo LANAGRO/MG. As análises dos produtos amplificados foram realizadas por eletroforese em gel de agarose 1,8% (bcps31 e AMOS) e 3% (BruAb_0168), corados com brometo de etídeo e visualizados em transluminador ultravioleta. 3.3 - Mapas Os mapas foram gerados com o auxílio do programa de informação geográfica QGis 2.0 (Open Source Geospatial Foundation (OSGeo) - licença pública). 3.4- Estatística Após a obtenção de todos os resultados foi utilizado o teste Kappa para avaliar a concordância ente as provas do AAT e PCR de acordo com Trusfield (1986) e o resultado interpretado conforme tabela 1. Para verificar se houve independência entre o resultado das duas provas, utilizou-se o teste qui-quadrado de McNemar, considerando os resultados como reagentes e não reagentes adotando-se o nível de significância de 5% (JEKEL et al, 1999). 27 Tabela 1: Índice de interpretação do teste de Kappa. Kappa <0,0 0,00-0,20 0,21-040 0,41-0,60 0,61-0,80 0,81-0,99 1,00 Concordância Nenhuma Insignificante Mediano Moderado Substancial Ótima Perfeita 4 – Resultados e Discussão O diagnóstico é parte essencial de um programa sanitário. A brucelose é diagnosticada por diferentes métodos que se complementam: o diagnóstico clínico baseia-se nos sinais sugestivos da doença; o epidemiológico, no histórico do rebanho da propriedade e das propriedades vizinhas; e o laboratorial, em exames complementares diretos e indiretos (PAULIN & FERREIRA, 2003). O sucesso de um programa de controle da brucelose depende muito da escolha dos testes que serão utilizados para o diagnóstico. Os critérios adotados para a escolha de tais testes são: custo, praticidade, repetibilidade, sensibilidade e especificidade, além da situação epidemiológica da doença (CHAPPEL, 1989). Entre as hipóteses previamente levantadas, havendo boa concordância entre o AAT e o PCR, os frigoríficos poderiam utilizar o teste de triagem para destinação de suas carcaças independentemente da avaliação no post-mortem, visto que o PCR tem sido utilizado como teste confirmatório nos casos onde ocorrem lesões visíveis durante a inspeção na linha de abate. Das 622 amostras, apenas 142 matrizes eram provenientes de propriedades consideradas foco pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (INDEA) com base nas Guias de Transporte Animal (GTA), 23% do total. Dos 89 animais reagentes ao AAT, 75 eram oriundos de propriedades consideradas como não foco com base na GTA das propriedades, apenas 14 matrizes eram provenientes de propriedades foco (figura 8). Com base nos resultados do teste do AAT, foi encontrada uma frequência de 14,3% de animais reagentes. A distribuição espacial dos focos nos municípios pode ser visualizada no mapa da figura 10. De acordo com a avaliação categórica representada por diferentes cores, os municípios de Nova Canaã do Norte e Alta Floresta apresentam o maior número de casos da doença. O município de Novo Progresso/PA e Carlinda/MT vêm em seguida, com a segunda maior ocorrência de casos com base apenas no teste do AAT. Com base apenas nas 169 amostras avaliadas pelos dois testes, a ocorrência de casos cai em alguns municípios com base nos resultados do PCR, mas em Nova Canaã do Norte, a ocorrência continua sendo a mais elevada, apresentando uma ocorrência entre 19 a 24 casos (figura 11). Do total de animais analisados, apenas em dois foram encontradas lesões macroscópicas sugestivas de brucelose, como demonstrado na figura 2, ambos de propriedades negativas segundo as informações da GTA, representando 0,3% do total. Com base apenas no resultado das amostras das quais o DNA foi extraído, independentemente do resultado do AAT, segundo o teste de PCR a ocorrência de animais positivos seria de 36%. 28 Quando somados os resultados sorológico e molecular em uma estratégia de associação de testes em paralelo, a ocorrência de animais reagentes sobe de 14,3% para 18%, mesmo não tendo sido realizada a extração de DNA de todas as amostras para realização do PCR. Do total de amostras coletadas, 169 foram analisadas por ambos os testes, sendo 34 consideradas positivas e 60 negativas tanto pelo método de PCR quanto pela sorologia. Todos os resultados estão descritos na tabela 2, os resultados do AAT e PCR estão representados pelas figuras 3 e 4. Das 22 propriedades incluídas no estudo, em apenas duas não foram encontrados animais reagentes com base no AAT, sendo uma delas considerada foco pelo INDEA (Figura 9). No entanto, nas duas propriedades foram encontrados animais reagentes com base nos resultados de PCR. Nota-se que na representação das propriedades na figura 9, apenas uma das propriedades negativas foi identificada por um ponto no mapa, pois não havia disponibilidade da coordenada geográfica da segunda. Tabela 2. Comparação de resultados entre as duas provas (AAT x PCR). TESTES AAT positivo AAT negativo Total PCR positivo 34 27 61 PCR negativo 48 60 108 Total 82 87 169 De acordo com os resultados, observou-se uma acurácia de 55,62% entre as provas, sendo kappa igual a 0,1051 (p<0,05), com intervalo de confiança variando de -0,081 a 0,291. Pelo teste de qui-quadrado de McNemar, a diferença entre os dois testes apresentou-se significativa (p=0,0203), com χ2 igual a 5,88. Sendo assim, há evidência suficiente para se recusar a hipótese nula, sendo então as proporções dos resultados significativamente diferentes umas das outras. Os resultados indicam haver uma alta prevalência de animais positivos para brucelose oriundos de municípios localizados no norte de Mato Grosso, mesmo em propriedades consideradas livres da doença. Apesar de o diagnóstico sorológico ter identificado 14,3% de animais positivos, apenas 2 apresentaram sinais de lesão macroscópica caracterizando um quadro de bursite, embora seja este o critério para definir o destino das carcaças de acordo com as exigências do mercado externo como a Rússia por exemplo (figura 4). Embora seja o exame post-mortem a base para o diagnóstico macroscópico realizado por inspetores, estes associam as lesões inflamatórias à ocorrência de brucelose, caracterizadas como inflamações da bursite cervical localizadas na região da cruz e adjacências (Sola, 2011), os resultados encontrados no presente trabalho sugerem ser este tipo de exame insuficiente para o embasamento dos agentes do serviço de inspeção. A frequência de lesões encontradas (0,3%) reforça o resultado encontrado por Viana et al (2010), onde dos 845 animais avaliados, com uma prevalência de 16,6% e 17,2% nos estados do Pará e Tocantins, nenhum dos animais apresentou sinais sugestivos de brucelose no exame ante e post-mortem. Com base nos 2 animais com diagnóstico macroscópico positivo, o presente trabalho aponta que o diagnóstico clínico da brucelose em matadouro tem reduzida eficácia para o critério seguro para julgamento sanitário por permitir a liberação para consumo direto ou exportação, embora ambos os animais foram considerados positivos pela técnica de AAT e PCR. 29 No Brasil, a brucelose bovina ocorre endemicamente em todo o território nacional, independente do sistema de produção e/ou criação e exploração econômica. Segundo Negreiros et al (2009), no MT a prevalência geral de focos e de animais infectados foi de 41,2% e 10,2%, respectivamente. Com relação ao circuito pecuário 4, no qual se localiza o município de Colíder, foco deste estudo, a prevalência animal foi de 15,3% e de rebanho de 50,3%. Os fatores de risco encontrados demonstram haver uma Odds Ratio de 6,8% quando se tem um número de fêmeas no rebanho acima de 51 animais. Embora o presente trabalho não tenha estudado a prevalência dos rebanhos devido ao número amostral, a ocorrência de animais positivos está de acordo com a prevalência encontrada por Negreiros et al (2009). Foram encontrados 14,3% de animais reagentes com base no AAT, muito próximo do resultado de 15,3% de prevalência animal descrita pelos autores. Já com relação às propriedades, em 91% foi encontrado pelo menos 1 animal positivo com base no teste do AAT ou no teste PCR. Ainda em relação ao trabalho de Negreiros et al (2009), a presença de fêmeas no rebanho como fator de risco parece ser um importante fator para ocorrência da doença, já que a maior parte das fazendas estudadas têm o sistema de cria como uma das atividades da pecuária bovina, condizendo com o alto número de rebanhos positivos e animais reagentes. Devido às dificuldades encontradas pelo segmento, somente no ano de 2013; 2 milhões de fêmeas foram abatidas no estado até o mês de agosto, um crescimento de 73% quando comparado ao total do exercício de 2010 (ACRIMAT, 2013). De acordo com a pesquisa realizada pela associação dos criadores de Mato Grosso, 84% dos produtores do estado estão envolvidos com a atividade de cria, seja ela como a única atividade ou quando é realizado o ciclo completo. Como citado por Dias (2004), a compra e o trânsito de animais destinados à reprodução é um dos fatores de risco para introdução da brucelose nos rebanhos. A implementação e manutenção de um sistema de vigilância das doenças infecciosas, bem como a rastreabilidade da informação nas cadeias produtivas demandam o uso de sistemas para o seu desenvolvimento, sem os quais não é possível a construção de formas de rastreabilidade eficazes e úteis para atender as regulamentações cada vez mais exigentes (MURAKAMI e SARAIVA, 2005). Fica clara a importância da busca ativa de casos como política de saúde animal em um sistema de vigilância epidemiológica de agravos transmissíveis, incluindo zoonoses importantes como a brucelose. No entanto, como já discutido anteriormente, apenas a identificação de lesões sugestivas não é suficiente para o sistema de vigilância no estado. É inegável que os testes sorológicos constituem a base do diagnóstico em um programa sanitário para controle ou erradicação da brucelose animal, sendo a principal alternativa para viabilizar o teste em um grande número de amostras. No entanto, deve ser considerado que o diagnóstico sorológico está sujeito a erros. A associação de testes é uma alternativa em alguns casos para incrementar a sensibilidade ou especificidade dos testes, havendo estratégias para cada necessidade. Os resultados com base nas análises estatísticas demonstram que há concordância de resultados acima do que é devido ao acaso (>0) entre os testes AAT e PCR, porém o valor de Kappa foi considerado baixo (Kappa=0,1051). O mesmo ocorreu com o trabalho de Costa e colaboradores (2012), onde a concordância foi baixa entre os testes de PCR e imunodifusão (IDGA). Entretanto, a técnica de PCR pode ser uma alternativa interessante para ser aplicada em paralelo a sorologia, aumentando a identificação de animais falsos negativos nos rebanhos, reduzindo assim, a contaminação entre animais. 30 Estes resultados indicam que nem a sorologia nem o PCR são métodos de diagnósticos completamente confiáveis para identificação de indivíduos positivos. Para contornar esse problema, o PNCEBT prevê a repetição periódica dos testes até o completo saneamento do rebanho (BRASIL, 2004a). Ilhan et al. (2008) enfatizaram a importância de utilizar mais de uma técnica laboratorial para detecção de animais positivos para brucelose, especialmente quando há um propósito epidemiológico em questão. A maior parte dos testes baseados na formação de complexo antígeno-anticorpo é sensível à temperatura e diferentes condições de trabalho, podendo afetar a interpretação dos resultados (DOOHO et al, 2003). Além disso, testes sorológicos têm sua especificidade reduzida em regiões onde a doença é endêmica (MORATA et al, 2003), sendo esta a realidade brasileira como já discutido anteriormente. Outra observação diz respeito à característica deste estudo, no qual foram incluídos animais naturalmente infectados. Dessa forma, foram avaliados animais em diferentes estágios da infecção (latente, incubação e forma crônica), além de variação de idade, estado reprodutivo e status imune. O método de PCR, apesar da alta sensibilidade e especificidade, também pode apresentar resultados falsos positivos (BAILY et al., 1992) ou falsos negativos. O protocolo de extração de DNA, o tipo de amostra clinica, e limites de detecção para cada um dos protocolos, são fatores que podem influenciar a eficácia da técnica (MORATA et al, 2003; NAVARRO et al, 2004; MITKA et al, 2007). Foram utilizados os linfonodos das linhas D ou H, dependendo da disponibilidade de material para extração. Não foi realizado um pool das amostras, pois em alguns casos, as identificações nos sacos plásticos utilizados para coleta foram perdidas durante o armazenamento. Sendo assim, apenas um dos linfonodos foi incluído no processo de aliquotagem e processamento. 5 – Conclusão O presente trabalho aponta que o diagnóstico clínico da brucelose em matadouro tem reduzida eficácia para o critério seguro para julgamento sanitário por permitir a liberação para consumo direto ou exportação. A vigilância epidemiológica da Brucelose no estado de Mato Grosso é baseada na busca passiva de casos, restringindo a abertura de focos à notificação de animais reagentes pelos veterinários credenciados pelo PNCEBT. A busca ativa de focos pelos órgãos de defesa a saúde animal é essencial para identificação de propriedades onde a doença ocorre no estado. Como demonstrado nos mapas, à ocorrência da brucelose é alta no norte de MT e Sul do PA. Novos estudos envolvendo o estudo epidemiológico da brucelose bovina devem ser realizados na região. A concordância entre os testes do AAT e PCR não se dá ao acaso, porém é baixa de acordo com o teste de Kappa. Os testes podem ser associados em paralelo para identificação de animais reagentes em programas onde está previsto o controle e a erradicação da doença, sendo uma estratégia interessante em regiões onde a doença é endêmica. 31 6 - Referências Bibliográficas ACRIMAT. Criadores de mato Grosso denunciam baixa rentabilidade do segmento da cria. 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Figura 02- Município do Pará incluído no estudo para a avaliação pelo teste de Kappa. 39 Figura 3. Reações do teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT). Figura 04. Bovino com lesão extensa de bursite cervical. 40 Figura 05. Coleta de linfonodos pelo SIF na linha de abate. Figura 06. Identificação das amostras de linfonodos das linhas D, H e I. 41 Figura 7. Reações positivas e negativas para Brucella abortus pela técnica de PCR. 42 Figura 8. Mapa com a identificação de propriedades consideradas foco e livres da brucelose pelo INDEA com base nas GTA´s. Figura 9. Mapa com a identificação de propriedades consideradas foco e livres da brucelose de acordo com os resultados do teste do AAT. 43 Figura 10. Mapa representando a dispersão dos casos de brucelose com base no teste do AAT entre os municípios avaliados. Figura 11. Mapa representando a dispersão dos casos de brucelose com base no teste do PCR entre os municípios avaliados. 44