Biobibliografia DACOSTA, Luísa Luísa Dacosta nasce em Vila Real em 1927. Em 1944, inicia a licenciatura em Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1968, começa a dar aulas no ensino oficial, na Escola Preparatória Ramalho Ortigão, no Porto. Aqui realiza o estágio e torna-se professora efectiva, apresentando, como trabalho de tese, O Valor Pedagógico da Sessão de Leitura, que virá a ser publicado em 1974. Em 1955, publica o volume de contos Província e, em 1959, publica o ensaio Aspectos do Burguesismo Literário, separata da Gazeta Musical e de todas as Artes. Publica mais tarde Notas de Leitura (1960), Vovó Ana, bisavó Filomena e eu (1969) e a antologia De mãos dadas, estrada fora…I e O Príncipe que guardava ovelhas (ambos em 1970). Em 1972, participa na experiência “Veiga Simão”para o lançamento dos 7.º e 8.º anos de escolaridade. Em 1973, publica a antologia De mãos dadas, estrada fora…II e, em 1974, O elefante cor-de-rosa. Em 1975, cumpre um mandato no Conselho de Imprensa, em representação da opinião pública. Por solicitação do Governo da Província Ultramarina de Timor, parte para aquele território em 5 de Agosto para prestar serviço na comissão eventualmente encarregada de fazer a reestruturação dos programas de ensino naquela região. O trabalho de preparação foi realizado, mas o programa não chegou a ser implementando devido à invasão de Timor pela Indonésia, que precipitou a partida dos que se ocupavam daquela reforma. Em 1976, começa a leccionar na Escola Francisco Torrinha, no Porto. Um ano depois, torna-se bolseira do Instituto Nacional de Investigação Científica para realizar o trabalho de pesquisa e preparação do último volume da antologia De mãos dadas, estrada fora… Em 1978, publica A Menina Coração de Pássaro e, em 1980, A-Ver-o-Mar e o terceiro volume da antologia De mãos dadas, estrada fora… Um ano mais tarde, cumpre um segundo mandato no Conselho de Imprensa, em representação da opinião pública e publica Nos jardins do mar. Em 1985, filma, para a RTP, o colóquio sobre o livro A Menina Coração de Pássaro, integrado na série Clube de Leitura. No mesmo ano, é levada à cena a peça Teatrinho do Romão pelo TAI – Teatro Amador de Intervenção e publicado Corpo recusado. Em 1986, a convite da Fundação Calouste Gulbenkian, participa na “Semana da Literatura para Crianças” com uma comunicação sobre O Livro de Marianinha de Aquilino Ribeiro. No mesmo ano, publica História com recadinho. Em 1990, publica Morrer a Ocidente: crónicas e Sonhos na palma da mão. A sua obra é objecto de análise nos encontros internacionais “Terceiro Congresso da Associação Internacional de Lusitanistas”, onde Catherine Dumas apresenta a comunicação A Crónica: contribuição para a definição de um género a partir de textos de Irene Lisboa, Maria Ondina Braga e Luísa Dacosta; e “Representation of the Iberian Peninsula”, onde Paula Morão apresenta a comunicação Luísa Dacosta: o eu, ser de memória e de tempo. Em 1992, integra o grupo de escritores e críticos portugueses que participa na Expolangue, em Paris. No âmbito do ensino, dirige acções de formação para professores. Publica ainda Na água do tempo: diário, livro com o qual obtém o Prémio Máxima de Literatura. Em 1993, participa num vídeo sobre Irene Lisboa. Participa também nos colóquios “Literatura Infanto-Juvenil e o Ensino”, “Escritores nas Escolas” e “Leitura e Humanização”. Publica Lá vai uma…lá vão duas…, trabalho com o qual obtém, no ano seguinte, o Prémio Gulbenkian do Melhor Texto para Crianças no biénio 1992-1993. Em 1994, dinamiza acções de formação em diversas escolas do país e publica Aleluia, na manhã. Em 1995, publica Robertices. No ano de 1997, reforma-se e é homenageada pela Escola C+S Francisco Torrinha. Recebe um louvor do Secretário de Estado da Administração Educativa, Oliveira Martins, e a Medalha de Mérito da Cidade do Porto, grau prata. Prossegue a sua carreira dinamizando palestras e colóquios e, em 2000, publica O Planeta desconhecido e Romance da que fui antes de mim. Em 2001, publica A rapariga e o sonho e Sargaços e a Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil propõe o seu nome para o Prémio Hans Christian Andersen. Neste ano, participa também em alguns colóquios e no Congresso de Literatura Infantil organizado pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro com a comunicação Leitura e Pedagogia do Deslumbramento. Em 2002, as Edições Asa iniciam a publicação de Obras Completas de Luísa Dacosta. Recebe o Prémio “Uma vida uma obra” da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto e vê o seu livro A Batalha de Aljubarrota tornar-se um dos 15 seleccionados para as Olimpíadas da Leitura organizadas pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas. Presta colaboração regular em periódicos como A Capital, Colóquio de Letras, Comércio do Porto, Diário Popular, Gazeta Musical e de Todas as Artes, Jornal de Notícias, O Primeiro de Janeiro, Raiz e Utopia, Seara Nova, Vértice e Vida Mundial. Continua a colaborar em várias sessões ligadas às Letras em escolas e bibliotecas. Obras: Vovó Ana, bisavó Filomena e eu, 1983; História com recadinho, 1986; "Epopeia dos humildes" (para a história trágico-marítima dos poveiros), 1982; Teatrinho do Romão, 1977; Província, 1955; De mãos dadas estrada fora..., 1970; Corpo recusado, 1985; Os magos que não chegaram a Belém, 1989; Sonhos na palma da mão, 1990; Morrer a Ocidente: crónicas, 1990; O elefante cor-de-rosa, 1974; O príncipe que guardava ovelhas, 1971; Na água do tempo: diário, 1992; Lá vai uma... lá vão duas..., 1993; Robertices, 1995; Marés de mar, 1997; Nos jardins do mar, 1981; Aver-o-mar: crónicas, 1980; O planeta desconhecido e romance da que fui antes de mim, 2000; A rapariga e o sonho, 2001; Infância e palavra, 2001; Natal com aleluia, 2002; A maresia e o sargaço dos dias, 2002; A menina coração de pássaro; 2002; Meu amigo Joaquim, 1998; O perfume do sonho, na tarde, 2004.