PEREIRA, Baltasar de Albuquerque Martins *dep. fed. PE 1912-1920. Baltasar de Albuquerque Martins Pereira nasceu em Recife no dia 6 de janeiro de 1862, filho de Guilhermino de Albuquerque Martins Pereira e de Teodolina Jacome Martins Pereira. Fez os estudos secundários em Recife e depois ingressou na Faculdade de Direito, mas abandonou o curso após dois anos para ingressar no Exército. Ainda estudante, foi auxiliar de redação do jornal A Província e fundou, em 1887, a revista literária A Alvorada. Como tenente do Exército atuou na Força Pública de Pernambuco em 1890. Abandou em seguida a vida militar para se dedicar às atividades literárias e jornalísticas e à vida política. De 1891 a 1911 foi redator de A Província e em 1894 foi diretor geral da Secretaria do Conselho Municipal de Recife. Por suas atividades literárias fundou em Recife, em 1906, o Grêmio Literário Baltasar Pereira, do qual faziam parte Mendes Martins, Manuel Duarte, Oscar Brandão, Afonso Saldanha, Adelmar Tavares, Silva Lobo, Samuel Lins, Silveira Carvalho, Horácio Saldanha, Uriel de Holanda e outros. Em 1912 escreveu no jornal O Norte e posteriormente no A Ordem. Também escreveu nos periódicos pernambucanos Jornal Pequeno, O Tempo e Revista Pernambucana. Ainda em 1912 foi eleito deputado federal por Pernambuco. Assumiu em maio sua cadeira na Câmara dos Deputados, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, e em 1914 representou seu estado no I Congresso Nacional de História, realizado na capital do país. Em 1915 foi reeleito deputado federal e no ano seguinte representou Pernambuco em um congresso realizado na Paraíba que discutiu o fim dos impostos entre os dois estados. Em 1918 teve o mandato renovado até dezembro de 1920. Durante esses anos, foi líder da bancada de seu estado e membro da Comissão de Finanças. No Rio de Janeiro, colaborou com a Revista da Semana e Careta. Faleceu nessa cidade em 4 de agosto de 1928. Publicou Vida alheia (1892), Cousas simples (1894), Traves e Argueiros (1900), Furos (1900), Cousas de ontem (1903), Fábulas em prosa (1906) e Livro de fábulas (1925). Raimundo Helio Lopes FONTES: ABRANCHES, J. Governos; CÂM. DEP. Deputados brasileiros; VELHO SOBRINHO, J. Dicionário.