UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
CÂMPUS - JUSSARA
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
MARIA MARGARIDA GONÇALVES BARBOSA
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
OBRIGATÓRIO II
JUSSARA-GO
2015
1
MARIA MARGARIDA GONÇALVES BARBOSA
RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
OBRIGATÓRIO II
Trabalho apresentado para fins de avaliação final do
Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório II do 4º
ano do curso de Licenciatura em História da
Universidade Estadual de Goiás, Câmpus - Jussara, sob a
orientação da professora Simone Luz da Silva.
JUSSARA-GO
2015
2
Aprendi que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter
paciência. Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.
(Charles Chaplin)
3
Dedico este trabalho a todos os meus familiares, em especial ao meu marido Edgar
Pereira dos Santos e minha mãe Luzia Barbosa Tavera, pois foram eles que sempre me
incentivaram a estudar, para termos um futuro melhor. Inclusive essas duas pessoas
maravilhosas ajudaram-me a superar todas as barreiras e dificuldades encontradas no Estágio
Curricular Supervisionado Obrigatório II. Foram esses dois anjos que possibilitaram a
conclusão dessa nova etapa em minha vida. Chegar até aqui não foi fácil, requer sabedoria,
paciência e muita humildade. Dedico as minhas irmãs Ana Paula e Laís, que sempre acreditaram
em meu potencial, me incentivando a nunca desistir dos meus objetivos, e a minha tia Luzimeire
de Jesus que sempre ora por mim. Dedico este trabalho a todos os meus colegas da Universidade
que sempre me ajudaram a solucionar dúvidas.
4
ACRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus, por me proporcionar todos os dias saúde, forças
para continuar correndo atrás dos meus objetivos, por nunca me desamparar.
Agradeço às luzes da minha vida, meu esposo Edgar Pereira dos Santos e minha mãe
Luzia Barbosa Tavera, pois são os meus grandes companheiros de todas as horas, minhas
maiores alegrias e fonte de inspiração. Obrigada pelas puxadas de orelhas, companheirismo e
paciência no decorrer da construção das etapas compostas pelo Estágio Curricular
Supervisionado Obrigatório II. São eles quem tornam os meus dias mais felizes.
Agradeço a minha avó dona Margarida, e as minas irmãs Ana Paula e Laís, pelos
conselhos. Essas são as mulheres da minha vida. Em especial agradeço a minha tia Aparecida,
uma pessoa que sempre esperou mais de mim e sempre incentivou meu crescimento e que
infelizmente não está ao meu lado neste momento, mas que viverá para sempre em meu coração.
Aos meus colegas da Universidade que me alegraram, me ajudaram e muitas vezes me
irritaram de forma recíproca. Vocês preencheram a minha vida e me deixou feliz pelo simples
fato de terem cruzado o meu caminho. Em minha longa caminhada até a conclusão desta etapa,
conheci e convivi com várias pessoas, e algumas merecem ser lembradas e agradecidas por
tornar a minha vida acadêmica mais feliz, são elas: Késsia Aparecida, Dayana Santos, Tayana
Santos, Elizangela Marcelina, Nayrhainne Duarte, Paulo Ricardo, Juliana Vieira, Lucinda,
Maxy e Valéria Gonçalves, pessoas com as quais tive o prazer de conviver, brigar, beber,
chorar, viver. Grandes colegas vocês são dignos do meu reconhecimento e amizade.
Agradeço a minha professora do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório II,
Simone Luz da Silva pelos sábios conselhos, pois fizeram com que ampliasse o meu leque de
conhecimentos e habilidades dentro de minha formação acadêmica.
São poucas as pessoas que eu amo, mais meu amor por vocês é o maior do mundo.
Muito obrigada por fazerem parte da minha vida.
5
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
6
CAPÍTULO I: DIAGNÓSTICO ESCOLAR DO COLÉGIO ESTADUAL JANDIRA
PONCIANO DOS PASSOS
9
CAPÍTULO II: DOCÊNCIA PARTICIPATIVA
21
2.1. Docência Participativa – Observação, Acompanhamento e Auxílio do Professor Titular
na Escola-Campo
23
2.2. Laboratório da Docência Participativa – Micro aulas
28
2.3. Minha orientação e experiência na micro aula
35
CAPÍTULO III: REGÊNCIA
39
3.1. Escolha do tema e orientação de estágio
39
3.2. Após a orientação: correção do plano de aula e da atividade avaliativa
43
3.3. Aplicação da Regência
44
CAPÍTULO IV: PROJETO VII OEVE - OFICINA PARA O ENEM E VESTIBULAR
2015
49
4.1. Elaboração e Organização do Projeto
52
4.2. Execução da VII OEVE – Oficina para Enem e Vestibular
54
CONSIDERAÇÕES FINAIS
57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
59
ANEXOS
65
6
INTRODUÇÃO
O Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório II é uma importante etapa da formação
acadêmica do curso de Licenciatura em História, fornecido pela Universidade Estadual de
Goiás, Câmpus Jussara. Trata-se de um momento onde nos deparamos com a realidade das
escolas, visando colocar em prática aquilo que aprendemos na teoria. No geral, o mesmo
corresponde ao cumprimento de 200 horas anuais, sendo 20 horas destinadas a elaboração do
Diagnóstico Escolar, 60 horas para a realização da Docência Participativa, 10 horas para a
Regência, 50 horas para a realização do Projeto do VII OEVE, 40 horas para produção de
relatórios e outras atividades, e 20 horas de orientação.
A realização do relatório final vem com o intuito de concentrar todas as experiências
adquiridas durante o ano e, estabelecer a partir delas uma compreensão geral de todos os estudos
feitos também a partir da disciplina de Didática e Metodologia do Ensino de História II, onde
foram utilizados textos teóricos que contribuíram para a nossa formação acadêmica, dando
suporte para as práticas do Estágio C. S. Obrigatório II. Nesse trabalho apresentaremos uma
sequência didática dessas etapas mencionadas acima, para direcioná-los a todos os estudos e
atividades feitas.
O primeiro capítulo pautará no relatório do Diagnóstico Escolar. Corresponde às
atividades realizadas durante o 1º bimestre do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório
II, com base nas leituras feitas na disciplina de Didática e Metodologia do Ensino de História
II. Esta etapa foi capaz de proporcionar aos acadêmicos estagiários, o momento inicial de visita
à escola campo. A realização dessas atividades foi proveitosa porque proporcionou-me o
contado com o Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos, onde conheci alguns
profissionais da educação.
Nesse período os acadêmicos leram as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para
o Ensino Médio, analisaram também outros textos como o “Parafuso da Didática da História”
de Rafael Saddi, “Entre a Formação Básica e a Pesquisa Acadêmica” de Marcos Silva, o PPP,
o Regimento Escolar da escola campo, e também assistiram ao filme “Escola da Vida”, entre
outros, que proporcionaram o debate sobre a importância da pesquisa e formação continuada
para o professor. É o momento no qual os acadêmicos fizeram uma análise da escola campo em
que realizaram suas atividades práticas.
O segundo capítulo, relatório da Docência Participativa, está relatado a experiência que
obtive ao acompanhar e auxiliar a professora titular de história na escola-campo no 1º, 2º e 3º
7
ano do Ensino Médio, no período matutino. Além disso, também ministramos micro aulas para
nossos colegas de graduação. No meu caso, fiz duas micro aulas, e as mesmas estão relatadas
nesse trabalho. Foi um período que contribuiu muito para nossa formação porque tivemos a
experiência de pesquisar, analisar, montar slides, planejar, elaborar atividades e executar.
O tema da minha primeira e segunda micro aula foi: Primeira Guerra Mundial 1914 –
1918. Nessa etapa utilizei como suporte os textos: “O Imperialismo” de BRUIT, Héctor H., “A
pesquisa e a produção de conhecimentos em sala de aula” da Selva Guimarães Fonseca,
“Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio” e “Aprendizagens em História” de
Bittencourt, entre outros, que ajudaram-me a solucionar muitas dúvidas e a ampliar o meu leque
de conhecimentos. Todos esses textos estão teoricamente relacionados à docência participativa.
O terceiro capítulo pautará sobre relatório da Regência, descrevendo como foram feitas
as orientações com a professora de Estágio, no Câmpus de Jussara, a elaboração de todo o
material a ser utilizado na realização na regência – duas aulas prova na escola campo. Utilizei
como fontes de pesquisa e análise os textos Manuel Correia de Andrade “O Brasil e a África”,
Francisco José Pereira “Apartheid o horror branco na África Sul” e os documentos eletrônicos.
Além desses textos, debatemos outros na disciplina de Didática e Metodologia do Ensino de
História II que nos ajudaram a pensar como ensinar para os alunos de maneira prazerosa e
interessante.
Quarto e último capítulo é o relatório da elaboração do Projeto Oficina do ENEM e
Vestibular 2015 (VII OEVE). Foram dias de pesquisa, análise para que acontecesse a realização
da oficina. Discutimos a elaboração e distribuição dos eixos temáticos e após dias de intensas
pesquisas sobre os temas que mais aparecem nos vestibulares e provas do ENEM, elaboramos
um projeto de oficina e uma apostila com as questões de acordo com o conteúdo proposto para
cada grupo.
Como apoio teórico, para enriquecer o trabalho, discutimos os textos: “A aprendizagem
Histórica” de Cainelli e Schmidt, “Apertem os cintos, chegou o dia da prova. In: Conversas
com um jovem professor” de Leandro Karnal, “Tudo é História: o que ensinar no mundo
multicultural. In: Ensinar História no século XXI: em busca do tempo entendido” de Marcos
Silva. Também lemos o texto “Elaboração de instrumentos avaliativos” de Lúcia M. de Assis,
que muito contribuiu na minha formação porque aprendi que para cada tipo de conteúdo é
preciso procurar um instrumento de avaliação mais compatível. Essas foram as fontes que
analisamos para nos ajudar a pensar novas maneiras de ensinar a temática para os alunos do 3º
ano do Ensino Médio que viriam participar.
8
Além dos quatro relatórios elaborados, no final está anexado os materiais do estágio
usados durante o ano, como o questionário do diagnóstico escolar, as fichas do estágio
preenchidas, as atividades elaboradas para a micro aula, regência e oficina, além de slides, fotos.
Consta dizer que as discussões feitas nesse trabalho demonstraram a importância do professor
planejar suas aulas, sempre pesquisando para se manter atualizado. Além disso, também
possibilitou observar as práticas docentes em sala de aula, para que nós pudéssemos identificar
a necessidade de melhorar a qualidade da educação. Enfim, este trabalho contém o relatório
final de Estágio, abordando mais detalhadamente em cada capítulo adiante, as atividades
práticas e teóricas realizadas.
9
CAPÍTULO I: DIAGNÓSTICO ESCOLAR DO COLÉGIO ESTADUAL JANDIRA
PONCIANO DOS PASSOS
O Diagnóstico Escolar e Estágio Supervisionado Obrigatório II tem a função de analisar
reflexivamente os documentos escolares e contrastá-los com as fontes e produções teóricas
realizadas na universidade. Seu principal intuito é estabelecer uma compreensão entre a teoria
e a prática docente, constituindo assim, uma atividade preponderante para uma formação
docente de qualidade.
A disciplina de Didática e Metodologia do Ensino de História II é muito importante,
pois funciona como um suporte teórico e metodológico para o Estágio Curricular
Supervisionado Obrigatório II, principalmente nessa primeira etapa, constituída pela análise da
documentação escolar.
O Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório II, realizado no 4° ano de Licenciatura
em História é composto por etapas. A primeira etapa do trabalho consiste no: Diagnóstico
Escolar, que tem um total de 20 horas. O Diagnóstico Escolar é subdividido em duas etapas
respectivamente; a primeira com 18 horas, que servem para que o acadêmico compareça na
escola campo e faça pesquisa em material referente ao diagnóstico escolar, em específico (PPP)
Projeto Político Pedagógico da escola Estadual Jandira Ponciano dos Passos; e estudo em sala
de aula de livros para que sirvam de base, para que fundamentássemos nosso estudo de análise
do PPP.
Tais livros utilizados trouxeram muitos esclarecimentos e influenciaram bastante no
aprendizado, pois são compostos de conteúdo que se trata de matéria referente aos parâmetros
curriculares que o Brasil prevê em nossa educação. Às 02 horas restantes desta fase do
diagnóstico escolar foram destinadas à visita de reconhecimento da escola campo, visita que foi
utilizada primeiramente para reconhecimento do prédio escolar e o corpo docente. No primeiro
momento foram apresentadas as horas do Diagnóstico Escolar.
Seguindo a proposta da disciplina de Didática e Metodologia do Ensino de História II e
Estágio Supervisionado Obrigatório II, pontuaremos que a professora Andréia e as alunas do
Câmpus de São Luiz de Montes Belos apresentaram o Projeto de Extensão, nos passando o
filme “Escola da Vida”, para nós assistirmos. Esse filme foi assistido pelos acadêmicos do
terceiro e quarto ano do curso de licenciatura em história. Esse filme se identifica com a
realidade de algumas escolas. Percebemos cenas que mostram que ainda existem professores
que não se utilizam de métodos para despertar o interesse dos alunos na escola. E com a chegada
10
de um novo professor na escola conhecido como Senhor D, formado em Licenciatura em
História, conseguiu fazer com que todos os alunos participassem da aula, mas tinha um pequeno
detalhe, as aulas ministradas por ele eram bastante dinâmicas.
O senhor D tornou-se um professor popular na escola devido as suas técnicas de ensino,
e isso causou bastante inveja em outro professor, conhecido como Matt. A inveja surgiu devido
toda a atenção dos alunos e dos outros professores se voltaram para o senhor D. O professor
Matt, era aquele que não era nada criativo, nunca criava algo para atrair a atenção dos alunos e
assim, a aula ficava monótona. O professor D se utiliza de técnicas muito interessantes, os
alunos se incorporavam nos personagens da história que o professor utilizava para ministrar
suas aulas e assim os alunos o idolatravam.
Ao término do filme foi amplamente discutido com os acadêmicos do terceiro e quarto
ano de história, juntamente com a professora Andréia e as alunas de São Luiz de Montes Belos,
com as professoras Simone Luz da Silva e Sônia Nogueira. Este filme traz um conteúdo que
nos proporciona uma reflexão que demonstra a importância que o professor tem em criar uma
metodologia em sala de aula para que seus alunos gostem e aprenda o conteúdo de forma
diferente da tradicional. Dessa forma este trabalho nos proporcionou uma concepção
diferenciada, servindo como etapa primordial anterior a visita na escola para a análise do
diagnóstico escolar.
Prosseguindo na proposta curricular, no decorrer das aulas ministradas pela professora
Simone Luz da Silva, a qual apresentou em primeira ocasião a proposta do estágio curricular
supervisionado obrigatório II, para os acadêmicos do 4º ano de história, foram promovidas
várias discussões teóricas de vários textos, entre eles: “Educação não é missão” do autor Ademir
Luiz.
O autor inicialmente faz referência ao tratamento da substituição da palavra professor
por educador, trazendo explicação sobre o motivo da substituição. O professor é quem transmite
o conhecimento aos alunos, é o espelho do aluno, é através do professor que adquirimos
conhecimentos, esclarecemos nossas dúvidas. O professor exerce sua profissão, que também é
vista como sendo quase um sacerdócio.
Educação não vem mais de casa, deve ser adquirida na escola. Professor, que
em dias remotos foi chamado respeitosamente de mestre, tornou-se
“educador”. E o moderno educador deve ser ao mesmo tempo pai, mãe,
psicólogo, catequista, enfermeiro, monitor de computação, ideólogo, recreado
e agente social do corpo discente ao qual serve. Ensinar e cobrar o que se
ensinou tornou-se sinônimo de educação retrógrada (LUIZ, 2009, s/p).
11
Após a leitura do texto citado, percebe-se que o autor discute a realidade dos professores,
onde o mesmo acaba assumindo papeis que não são dele, como o de um psicólogo, educador,
enfermeiro, ideólogo, etc., entre outras coisas já mencionadas na citação. Ademir Luiz relata
que os professores trabalham com os alunos que antes iam para escola para aprender coisas
boas da cultura da sociedade, mas se deparam com uma escola que abriu suas portas e se
desvencilhou com coisas que não condizem com um ambiente propício para o aprendizado
saudável. Os alunos ouvem músicas compostas de letras machistas e violentas, participam de
danças eróticas. E o mais interessante é quando diz que a maneira de ensinar e cobrar o que foi
ensinado é um tipo de educação retrógrada. Educar é tratar o aluno como ser de luz e preparálo para viver em sociedade.
O objetivo dos professores é a busca de caminhos, que reestruturam o ensino e a
aprendizagem do aluno, através de metodologias dinâmicas que fazem com que os alunos se
interessem e aprendam com a utilização de outros meios como: músicas, filmes, assim a aula
contribui com o aprendizado dos alunos de todos os níveis e modalidades.
O segundo momento do Diagnostico Escolar, tratará sobre a visita de reconhecimento
da escola-campo. Esta proposta equivale a 02 horas, se tratando do primeiro encontro no
Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos, juntamente com a professora Simone Luz da
Silva e os demais colegas estagiários na escola campo. Foram apresentadas aos acadêmicos,
três professoras: Maria do Socorro Alves, Adenísia Alves e Luzia José da Silva. A professora
Socorro não pode participar das perguntas, pois ela estava acompanhando um aluno portador
de necessidades especiais.
Os acadêmicos do 4º ano de Licenciatura em História fizeram algumas perguntas para
professora Adenísia Alves, em relação ao seu trabalho. A mesma avalia tudo no modo crítico,
onde nunca está muito bom, e que sempre pode melhorar, principalmente quando existe um
estímulo relativo à questão de investimentos, informática, materiais didáticos, para que os
professores possam trabalhar. A professora opinou dizendo que quando a escola recebe mais
recursos financeiros, fica mais fácil de desenvolver suas atividades e assim com a
complementação de materiais os professores ampliam seu leque de métodos de ensino. No
desempenho do seu trabalho a professora consegue notar que os alunos aprendem a sua
disciplina, onde tal análise é observada nos resultados das atividades avaliativas.
A professora Adenísia Alves explicitou sobre a dificuldade dos alunos referente à
dificuldade na escrita, relatando que para a elaboração de um texto é necessário ter duas aulas
para que o aluno consiga elaborar o texto trabalhado em sala de aula e já outros alunos que
conseguem elaborar levam cerca de trinta minutos para concluir.
12
Segundo a professora Adenísia Alves, na escolha dos livros didáticos é observado se os
livros possuem questões do ENEM1, se possuem linguagem que facilita o aprendizado e
entendimento, pois já ocorreu caso de aquisição de livros na escola que possuíam linguagem de
difícil entendimento dos alunos, e tudo isso dificulta a aprendizagem dos alunos. Outro aspecto
que é analisado pelos professores na escolha dos livros é se eles possuem sugestões de filmes.
A professora relatou que o colégio encontra-se em déficit de livros fazendo com que os alunos
sentem em duplas para realizar suas atividades.
Sabe-se que para ter qualidade escolar é necessário que toda a escola esteja
comprometida com a Educação. Além disso, é preciso também ter ciência das ações de que fala
a citação abaixo.
Construir a qualidade social pressupõe conhecimento dos interesses sociais da
comunidade escolar para que seja possível educar e cuidar mediante interação
efetiva entre princípios e finalidades educacionais, objetivos, conhecimentos
e concepções curriculares. Isso abarca mais do que o exercício políticopedagógico que se viabiliza mediante atuação de todos os sujeitos da
comunidade educativa. Ou seja, efetiva-se não apenas mediante participação
de todos os sujeitos da escola – estudante, professor, técnico, funcionário,
coordenador – mas também, mediante aquisição e utilização adequada dos
objetos e espaços (...) vinculados às condições /disponibilidades mínimas para
se instaurar a primazia da aquisição e do desenvolvimento de hábitos
investigatórios para construção do conhecimento (DCN, 2013, p. 152).
Como foi dito pela professora Adenísia, a escola estava passando por um momento
complicado porque não tinha livros suficientes para os alunos lerem e praticarem a pesquisa. A
qualidade social de que fala a citação acima é construída por diversos fatores, como integração
do corpo docente. O que foi dito na entrevista é que os professores estão comprometidos para
tentarem sanar as dificuldades encontradas.
Também foi entrevistada a coordenadora Luzia José da Silva, onde nos esclareceu
muitas dúvidas. Segundo a coordenadora, os alunos que frequentam o colégio são de classe
social baixa e que a maioria mora na zona rural. Ela relatou que em sua escola a participação
dos pais nas reuniões é em quantidade boa, e que os pais sempre querem acompanhar como
estão as notas escolares de seus filhos na escola, todo mês tem trabalho coletivo que é referente
à discussão de assunto sobre situação escolar dos alunos em geral. A escola possui três turnos
1
Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem o objetivo de avaliar o desempenho do
estudante ao fim da escolaridade básica. Podem participar do exame alunos que estão concluindo ou que já
concluíram o ensino médio em anos anteriores.
O Enem é utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a uma bolsa no Programa
Universidade para Todos (ProUni). Além disso, cerca de 500 universidades já usam o resultado do exame como
critério de seleção para o ingresso no ensino superior, seja complementando ou substituindo o vestibular.
13
que compõe o seu funcionamento. Essa visita a escola-campo é referente ao Diagnóstico
Escolar, que tem um total de 20 horas que são subdivididas em duas fases, sendo esta a visita
dos acadêmicos do 4º ano de história, a escola-campo, equivalente a um total de 02 horas do
estágio supervisionado obrigatório II.
As outras 18 horas do diagnóstico escolar são destinadas a pesquisa do Projeto Político
Pedagógico. O PPP da escola campo foi elaborado diante da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Brasileira nº 9.394/96. A elaboração do PPP do Colégio Estadual Jandira Ponciano
dos Passos, é de responsabilidade dos profissionais da educação, ou seja, é um trabalho coletivo
de todos os professores da instituição escolar. Cada instituição fica responsável pela elaboração
do Projeto Político Pedagógico de sua escola, e que todos os anos há modificações.
O Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos tem o compromisso com todos os
jovens e adolescentes de qualquer classe social de promover a permanência dos alunos no
colégio oferecendo-lhe aprendizado, respeito ao próximo, o compromisso de formar cidadãos
capazes de agir dentro e fora do ambiente escolar. Isso está de acordo com as Diretrizes
Curriculares Nacionais que prevê uma educação de qualidade para o povo brasileiro.
No Brasil, nos últimos anos, houve uma ampliação do acesso dos adolescentes
e jovens ao Ensino Médio, a qual trouxe para as escolas públicas um novo
contingente de estudantes, de modo geral jovens filhos das classes
trabalhadoras. O sistema de ensino passa atender novos jovens com
características diferenciadas da escola tradicionalmente organizada. Situações
semelhantes acontecem com o aumento da demanda do Ensino Médio no
campo, cujo atendimento induz a novos procedimentos no sentido de
promover a permanência dos mesmos na escola, evitando a evasão e
diminuindo as taxas de reprovação (DCN, 2013, p. 146).
O texto da citação retirada das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio,
aborda que os adolescentes e jovens brasileiros do ensino médio precisam ser acolhidos em
escolas comprometidas com o ensino. É de suma importância discutir a citação, pois a mesma
evidencia que o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos
está no caminho certo, pois propõe para seus alunos um ensino de qualidade, no intuito de
atender alunos de diversas características, de classe baixa, portadores de necessidades especiais.
Como podemos observar na citação, e segundo análise do Projeto Político Pedagógico,
o colégio oferece um ensino de qualidade para todos os alunos, independentemente de suas
origens, com um objetivo primordial, formar cidadãos críticos, onde possam defender suas
opiniões e se posicionar diante de várias situações, sabendo questionar os seus valores na
sociedade. Na citação abaixo lemos uma das finalidades da educação:
14
Educar o cidadão prepara o aluno para a vida democrática, permitir que os
alunos possam progressivamente conhecer a realidade, o processo de
construção da história e o papel de cada um como cidadão no mundo
contemporâneo (FONSECA, 2010, p. 135).
Muitas pessoas não sabem o significado da palavra contemporâneo. O mundo
contemporâneo é os dias atuais em que estamos vivendo, e como Selva Guimarães nos mostra,
nesse tempo os professores são pessoas que colaboram com a formação das nossas crianças,
jovens e adolescentes, para que possam ser pessoas bem sucedidas. Todos tem direito a
educação. O aluno que frequenta a escola está se preparando para o exercício da cidadania e
ampliando o seu conhecimento para o trabalho.
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos, está
em acordo com o que a autora Selva Guimarães Fonseca aborda em seu texto, sobre o objetivo
de passar para seus alunos um ensino de qualidade e aprendizagem efetiva, essa é uma prática
pedagógica que faz com que seus alunos desenvolvam seus questionamentos e tenham uma
visão crítica.
O colégio encontra-se situado à Praça Goiás, Bairro Goiás, zona periférica, mas de fácil
acesso a comunidade de Jussara. O Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos, começou a
funcionar em 1971, na administração do prefeito municipal Waldemar Moreira, onde
homenageou uma senhora, após seu falecimento.
Segundo PPP (2014), Dona Jandira recebia todos que iriam a sua residência visitá-la
com muito carinho, e sempre tomavam o famoso cafezinho, os habitantes que residiam na
cidade de Jussara no ano de 1971 eram poucos. Dona Jandira mãe do primeiro médico que
residiu na cidade de Jussara no ano de 1961, conhecido como Dr. Aydes Ponciano Dias, que
ficou muito conhecido na cidade por ser um homem que nunca negou atendimento médico a
nenhuma pessoa, o médico também era conselheiro para qualquer assunto, nunca negou seus
serviços a ninguém.
Segundo PPP (2014), foi criada a escola pela Lei 8.408/78, no qual teve o
funcionamento autorizado pela Lei 909/73. A unidade escolar originalmente era composta por
dois pavilhões com três salas em cada um, onde recebeu ampliação de mais um pavilhão com
três salas, em 1994. A escola passa por reformas em 1996 e é autorizada a funcionar como
Colégio através da Lei 8.408/78, de 29 de dezembro de 1997.
O texto “Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio” relata que qualidade
de educação é uma questão de direitos humanos no aspecto que julga necessário uma educação
15
de qualidade que é direito fundamental, dessa forma o PPP do Colégio Estadual Jandira
Ponciano dos Passos possui a mesma meta, ou seja, o colégio busca garantir uma educação de
qualidade e assim demonstrando que a preocupação em garantir o que nossa Constituição
Brasileira prevê é de suma importância. O colégio aceita todos os níveis de classe social, tendo
como perspectiva uma ação inclusiva, sendo considerada uma referência neste aspecto.
Na citação abaixo tem-se uma orientação para as escolas.
As escolas, assim como outras instituições sociais, têm um papel fundamental
a desempenhar na garantia do respeito aos direitos humanos. Este respeito
constitui irrevogável princípio nacional, pois nossa Constituição, já no seu
preâmbulo, declara a instituição de um Estado Democrático, destinado a
assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a
segurança, o bem-estar, desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores
supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos (DCN,
2013, p. 164).
Partindo dessa premissa, que está fundamentada pelas Diretrizes Curriculares
Nacionais, é nítida sua importância na organização pedagógica e política da Escola campo em
questão. O Colégio Estadual Jandira Ponciano se pauta em todos os elementos descritos e
necessários para as DCNs, principalmente no tocante a educação democrática, justa e fraterna
que foi citada acima.
Segundo o autor Rafael Saddi, dando referência ao modo de ensinar em sala de aula, ele
diz que é importante o planejamento e a maneira que irá ser ministrada a aula de história,
baseando assim em tal estudo nota-se que o Projeto Político Pedagógico do Colégio-campo está
em conformidade com tal autor dando ênfase ao planejamento para que sejam alcançadas as
metas estipuladas em seu PPP, valorizando a meta de criar condições para uma prática
educacional, apontando que o corpo discente e docente tem a liberdade de expor suas opiniões
para alcançar um projeto próprio, baseado nas implicações em como melhorar o ensino das
disciplinas, qual método utilizar para que as aulas fiquem mais didáticas.
Pensando em um desenvolvimento qualitativo dos profissionais docentes que estão
concluindo sua formação, a didática da história necessariamente precisa ser evidenciada e
ganhar destaque em nossas discussões. Seu conceito é preponderante para analisar e construir
uma reflexão sobre o método e a postura adequada de ministrar aulas de história. Com base
nesse importante elemento, a didática da história foi um conceito amplamente discutido em
nossas aulas da disciplina de Didática e metodologia.
16
Um importante autor que foi analisado, e contribui significativamente para essa
discussão é Rafael Saddi, que propõe uma rica discussão teórica sobre a didática da história no
Brasil. Abaixo a própria definição de didática da história para Saddi:
A didática da história diz respeito, nessa perspectiva, à parte prática do ensino
de história, isso é a área que se preocupa com o modo como os professores
devem ensinar História na sala de aula. [...] O “método de trabalho em sala de
aula” torna-se geralmente, a tarefa principal dessa disciplina, e a
aprendizagem de técnicas (como elaboração de plano de aula, de plano de
ensino, a utilização de recursos didáticos etc.) [...] os procedimentos e métodos
para definir como ensinar História nas escolas (SADDI, 2012, p. 212).
Com base nas próprias palavras de Saddi, um importante elemento da didática da
história constitui-se como o trabalho docente realizado em sala de aula. Esse fator é muito
importante nas atividades do Estágio, uma vez que a preocupação com o planejamento e a
postura didática em sala são rigorosamente analisados e discutidos nas orientações. A formação
qualitativa do docente, necessariamente requer um domínio e apreciação pela didática da
história.
Apenas um cuidado deve ser tomado. Saddi vai alertar justamente sobre ele. Como a
definição de didática da História é recente e incipiente no Brasil, algumas reduções acabaram
ocorrendo. É justamente sobre essas reduções que o autor nos alerta. Um bom exemplo de
redução da didática proposta por Saddi é a concepção de que somente o trabalho docente
reduzido a sala de aula deve ser parte da didática. Essa concepção é reducionista, pois todas as
outras etapas do labor docente são muito importantes e devem ser consideradas pela didática.
Dessa forma, todas as etapas empreendidas pelo Diagnóstico Escolar desse bimestre
receberam atenção didática, contribuindo assim para a construção da consciência histórica que
Saddi propõe, eliminando, portanto as reduções e incorporando as reflexões didáticas em todas
as etapas do trabalho docente e até além dele.
O colégio é um espaço público que desenvolve o diálogo fundamentado nas reflexões
coletivas, com a participação dos educadores, pais, alunos e funcionários. O Colégio Estadual
Jandira Ponciano dos Passos, têm compromisso com o bem estar de todos os seus alunos,
proporcionando um ambiente prazeroso, através de respeito mútuo e diálogo para a comunidade
inclusa no processo educativo da escola.
O Projeto Político Pedagógico da escola-campo assume o compromisso e a
responsabilidade com o aprendizado dos alunos, a escola é composta por professores formados
em várias disciplinas, entre elas a disciplina de história proporciona intenção para que os alunos
17
pesquisem, analisem documentos, revistas, artigos entre outros, também faz com que o aluno
amplie o seu conhecimento e sejam cidadãos críticos, formadores de opiniões.
Segundo a análise do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Jandira Ponciano
dos Passos, a escola possui 46 (quarenta e seis) funcionários. O colégio tem a seguinte
composição de cargos e funções: Diretor, vice-diretor, secretários, coordenadores pedagógicos,
professor de recursos, auxiliar de secretaria, executores de serviços gerais, vigia noturno,
gerente de merenda, bibliotecário, professores efetivos e em contratos temporários, o grupo
gestor, coordenadores. Os professores efetivos são todos pós-graduados, e o gestor concluinte
do curso de mestrado em educação. Os professores ministram suas aulas de segunda à sextafeira.
Entre os princípios fundamentais do país, consagra o fundamento da dignidade
da pessoa humana; os objetivos de construir uma sociedade livre, justa e
solidária, de garantir o desenvolvimento nacional de erradicar a pobreza e a
marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais e de promover o
bem de todos, sem preconceitos de origem, etnia, sexo, raça, cor, idade e
quaisquer outras formas de descriminação; além de consagrar o princípio da
prevalência dos direitos humanos nas suas relações internacionais2 (DCN,
2013, p. 164).
Como podemos observar no texto “Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio”, aponta sobre os princípios e os objetivos fundamentais da nossa Constituição, onde o
Colégio campo também tem como objetivo construir uma mentalidade estudantil em seus
alunos e que sejam críticos, criativos, pensantes que saibam questionar, debata e que saibam
sua função para que exerçam seu papel em sociedade. Também podemos identificar no Projeto
Político Pedagógico que a escola reclama uma reforma em seu prédio, para melhorar seu
ambiente, com ampliações de salas de aula, para melhor atender seus alunos, principalmente
nos ambientes que promovem a escola Inclusiva, e assim melhorará o atendimento pedagógico.
O prédio do Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos, é composto por (07) sete
salas de aula, uma cantina, depósito, sala pedagógica, banheiro feminino, banheiro masculino,
biblioteca, sala dos professores, secretaria e diretoria. O Colégio possui corpo discente de 485
O texto “Diretrizes Curriculares Nacionais” nos faz pensar a respeito da nossa Constituição, onde inúmeros
cidadãos brasileiros não sabem quais são os objetivos e os princípios da nossa Constituição Brasileira, o texto
deixa bem claro que devemos construir uma sociedade livre, justa e garantir o desenvolvimento nacional, erradicar
a pobreza e a marginalização, reduzir as desigualdades sociais e regionais, promover o bem de todos, sem
preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de descriminação. O Colégio Estadual
Jandira Ponciano dos Passos trabalha com essa teoria de formar cidadãos que contribuam com o desenvolvimento
do nosso país, o Colégio atende e oferece um ensino de qualidade para jovens e adolescentes classificando para os
alunos que todos nós somos iguais, e todos tem o direito a educação.
2
18
alunos. O funcionamento do Colégio é composto por três turnos: matutino, vespertino e
noturno. Segundo a entrevista na etapa do EJA3/Ensino Médio, geralmente são frequentados
por pessoas com mais de 28 anos de idade. A escola se mostra aberta para a sociedade, tanto no
seu PPP como também na prática.
O projeto político pedagógico da escola traduz a proposta educativa construída
pela comunicação escolar no exercício de sua autonomia, com base no
diagnóstico dos estudantes e nos recursos humanos e materiais disponíveis,
sem perder de vista as orientações curriculares nacionais e as orientações dos
respectivos sistemas de ensino. É muito importante que haja uma ampla
participação dos profissionais da escola, da família, dos estudantes e da
comunidade local na definição das orientações imprimidas nos processos
educativos (DCN, 2013, p. 173).
A partir da análise da citação acima, é nítido mais uma vez que a construção do PPP da
escola campo em questão está condizente com o previsto pelas DCNs, uma vez que a
participação da comunidade é bastante efetiva e estimulada pela gestão do colégio. Essa
participação é observada no próprio PPP, bem como na interação observada durante a visita do
diagnóstico. Possuir o ensino para jovens e crianças o EJA, também se configura como uma
ferramenta que impulsiona e estimula a participação da comunidade na vida escolar.
Segundo análise feita no Projeto Político Pedagógico, observa-se que a participação dos
pais e alunos é muito importante no decorrer da vida acadêmica do aluno e que os mesmos são
peças fundamentais, os quais fazem parte da comunidade escolar. O Colégio campo dispõe de
vários mecanismos e eventos culturais que são abertos para a comunidade local. Um exemplo
desse elemento de incorporação comunitária na escola pode ser observado pelo objetivo
especifico número 6 do PPP da escola. “Promover ações visando à interação entre pais, escola
e comunidade” (PPP, 2015). Na citação abaixo identificamos que a inciativa para se ter uma
boa educação deve partir do professor.
É o professor que coordena todos os processos; é dele que brotam os estímulos
iniciais; é ele que orienta os alunos na busca de fontes, na escolha de métodos
e na seleção de informações relevantes; é ele que os ajuda a sistematizar os
dados e avaliar os resultados (VEIGA, 2012, p.125).
Como a autora Ilma Passos Alencar Veiga menciona, nós professores somos a referência
para nossos alunos. Diante análise do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Jandira
Ponciano dos Passos identifiquei vários projetos criados pela escola para que sirvam de ajuda
3
EJA- Educação de Jovens e Adultos.
19
ao aluno em seu desempenho escolar; como incentivar os alunos a pesquisar, como desenvolver
seus objetivos, desenvolver leitura, escrita; e que tais projetos que reforçam o aprendizado
podem ser encontrados no PPP e PDE do colégio campo, onde consta que o colégio sempre está
aberto à comunidade, desenvolvendo trabalho integrado com alunos que são beneficiados pelo
Programa Bolsa Universitária entre outros. Como podemos observar os jovens e adolescentes
dos dias atuais possuem vários estímulos para estudar.
O colégio recebe benefícios do Governo Estadual e federal, a escola é assistida pelo
programa do Governo Estadual “PROESCOLA4”. E como benefício do Governo Federal é
assistido pelo PDDE5, (Programa Dinheiro Direto na Escola). Em relação à merenda escolar o
benefício vem dos governos estaduais e federais, com parceria da Prefeitura Municipal, todos
objetivando o bem estar do aluno e proporcionando assim melhor o seu aprendizado. O Projeto
Político Pedagógico do colégio campo a todo tempo está explícito que a escola tem suas missões
e que buscam maneiras de solucionar o problema referente ao índice de reprovação e ampliar o
conhecimento dos docentes.
Em todo o PPP da escola fica evidente a preocupação com qualidade da educação, e por
isso busca meios de trabalhar com os alunos uma maneira mais didática e pedagógica,
facilitando o aprendizado dos estudantes. Neste aspecto, os professores ministram suas aulas
com recursos didáticos fornecidos pelo colégio campo. Os professores visam ampliar o
desenvolvimento intelectual dos alunos. O professor é um transmissor de conhecimento, onde
o principal objetivo é ampliar o aprendizado dos alunos.
O Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos, mantém uma organização extrema a
partir da limpeza do prédio, comida, organização das disciplinas e a postura dos professores
diante dos alunos, demonstrando que se preocupa com todos os seus integrantes. A escolacampo tem uma imensa preocupação com a formação de seus alunos, afirmando diversas vezes
o seu compromisso em ser a responsável pelo aprendizado dos tais, pois é na escola que se
4
Lei nº 13.666, de 27 de julho de 2000. Institui o Programa Estadual Dinheiro Direto na Escola - PROESCOLA
e dá outras providências. A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art.
1º Fica instituído, no âmbito da Secretaria de Estado da Educação, o Programa Estadual Dinheiro Direto na Escola
- PROESCOLA-, com o objetivo de prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas do
ensino fundamental, médio, especial e de jovens e adultos da rede estadual, às escolas qualificadas como entidades
filantrópicas ou por elas mantidas observando o art. 213 da Constituição Federal, e às escolas da rede municipal
que preencherem os requisitos desta Lei, atendidas as demais disposições legais pertinentes.
5
O PDDE consiste na assistência financeira às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais
e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantida por entidades sem fins lucrativos. O
objetivo desses recursos é a melhoria da infraestrutura física e pedagógica, o reforço da autogestão escolar e a
elevação dos índices de desempenho da educação básica. Os recursos do programa são transferidos de acordo com
o número de alunos, de acordo com o censo escolar do ano anterior ao do repasse.
20
estabelece uma qualidade do processo produtivo do indivíduo, e onde se constrói uma sociedade
mais crítica. Esta é a segunda fase do diagnóstico escolar que abrange um total de 18 horas.
Concluindo, pode-se dizer que a realização do Diagnóstico Escolar, foi positiva porque
deixa bem claro para os acadêmicos estagiários, quais são os possíveis objetivos a serem
estabelecidos, intenções e propostas para que ocorram as mudanças necessárias na educação.
Assim, com este trabalho foi possível conhecer algumas das propostas pedagógicas da escola
campo, e quais são os principais objetivos do colégio a ser alcançados. O diagnóstico escolar
auxiliou os estagiários a pensar a prática diária dos docentes de uma escola, e a refletir como a
mesma deve ser organizar internamente para alcançar seus objetivos.
A educação é fundamental na vida dos seres humanos, pois através do processo de
ensino aprendizagem, as pessoas mudam, melhoram e expandem seus pensamentos, ideologias,
suas maneiras de agir na sociedade.
21
CAPÍTULO II: DOCÊNCIA PARTICIPATIVA
Os estudos que tivemos nas aulas da disciplina de Didática e Metodologia do Ensino de
História II, e as leituras feitas, colaboram para a realização das atividades do Estágio Curricular
Supervisionado Obrigatório II. Nesse trabalho será relatado as experiências alcançadas com a
segunda etapa do trabalho bimestral, Docência Participativa, que possui uma carga horária de
um total de 60 horas, que são subdivididas em três fases.
O primeiro momento da Docência Participativa corresponde ao período que pude
acompanhar e auxiliar a professora titular Maria do Socorro no Colégio Estadual Jandira
Ponciano dos Passos. Na ocasião, observei, acompanhei e auxiliei a professora titular no 1º 2º
e 3º ano do Ensino Médio, no período matutino, com as seguintes disciplinas, história,
sociologia e filosofia.
Nesse momento, a Docência Participativa propõe para os estagiários que durante o
acompanhamento da professora titular, eles façam observações acerca do ambiente escolar, e
que participem na organização e execução de atividades, sendo elas: no preparo de material
didático a serem utilizados nas aulas, correção de atividades avaliativas, apoios pedagógicos
aos alunos. Esta primeira fase do presente trabalho equivale a um total de 10 horas.
Já na segunda fase da Docência Participativa, temos a realização das micro aulas,
equivalente a um total de 50 horas, que se divide em dois momentos, sendo assim distribuídas:
20 horas são para acompanhar, avaliar e relatar cada micro aula dos colegas. As avaliações são
feitas em fichas de habilidades a serem observadas durante a realização das micro aulas. Cada
acadêmico, e também a professora orientadora de Estágio II, preencheu uma dessas fichas.
Também são feitas avaliações verbais após o término das micro aulas para os colegas que
apresentaram em seus dias.
E as 30 horas restantes corresponde ao momento individual que cada estagiário teve
para pesquisar e elaborar seu material didático para ser aplicado na sua micro aula. Os
estagiários puderam contar nesse período com a orientação da professora de Estágio II Simone
Luz da Silva. Após as orientações foram marcadas as datas para que os estagiários apresentasse
para seus colegas de sala de aula e para a professora orientadora do Estágio Curricular
Supervisionado Obrigatório II, as suas micro aulas, com duração de aproximadamente 40
minutos em sala de aula. Se necessário a professora orientadora do estágio poderá convidar os
acadêmicos estagiários para refazerem outra micro aula, para concluir o processo avaliativo.
22
Esta atividade concedeu ao estagiário, uma experiência singular em que pode exercitar os
meandros da profissão docente na pesquisa e produção de materiais didáticos variados.
O objetivo desse segundo trabalho é decorrente da proposta do curso, gerando
profissionais da educação capacitados ao ato de ensinar e transmitir conhecimento. Essas três
fases: o acompanhamento do professor titular, a observação e avaliação das micro aulas dos
colegas e a realização de uma micro aula individual, que teve o acompanhamento e auxílio da
professora de Estágio, deixa bem claro para os acadêmicos estagiários o que é ensinar história.
Durante as aulas da disciplina de Didática e Metodologia do Ensino de História II,
discutimos vários textos, entre eles, o de André, que trabalha com a temática: “Ensinar a
pesquisar: como e para que?”. Pensando na formação dos acadêmicos estagiários, do 4º ano de
licenciatura em história, esse texto foi muito importante, pois demonstrou a importância da
pesquisa continuada para o professor. “Toma-se como ponto de partida o papel didático da
pesquisa na formação de professores, já que ela pode propiciar o desenvolvimento de sujeitos
autônomos, livre e emancipados” (ANDRÉ, 2012, p. 123).
Essa é a função do professor de história: para ensinar é preciso ler, analisar, refletir e
após a reflexão elaborar perguntas, para desenvolver o conteúdo em sala de aula, transmitindo
assim o conhecimento aos alunos. “É o professor que coordena todo o processo; e dele que
brotam os estímulos iniciais; é ele que orienta os alunos (...) a sistematizar os dados e avaliar
os resultados” (ANDRÉ, 2012, p. 125). Após as discussões em sala de aula cheguei à conclusão
que os argumentos de André, são muito válidos, pois o professor precisa estar preparado para
lecionar uma aula de história, com um olhar crítico expondo assim suas opiniões.
Ensinar a pesquisar é o que se propõe, ou seja, criar situações e atividades que
propiciem aos alunos aprender a observar, a formular uma questão de
pesquisa, a encontrar dados e instrumentais que lhes permitem elucidar tal
questão e os tornem capazes de expressar os seus achados e suas novas
dúvidas (ANDRÉ, 2006, p. 125).
De acordo com André, para que ensinar a pesquisar? É através das pesquisas que nos
acadêmicos estagiários podemos identificar o contexto histórico de um conteúdo, e como
acorreu tal fato. O professor de história é diferenciado, porque ele: observa, analisa, e após uma
série de estudos chega à conclusão. Nós historiadores fazemos uma viagem ao tempo, essa
viagem ocorre durante as análises de documentos, jornais, revistas, cartas, entre outros fontes
históricas. Segundo André, o professor é uma figura muito importante, pois quando ministra
seu conteúdo, consegue fazer com que os alunos analisem as figuras do livro didático e analisem
a história narrada nos livros, fazendo observações e questionamentos.
23
2.1. Docência Participativa – Observação, Acompanhamento e Auxílio do Professor Titular na
Escola-Campo
Pensando neste momento do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório II, que
equivalente a um total de 10 horas, que segue na observação ao acompanhamento e auxílio da
professora titular, Maria do Socorro, consegui identificar a realidade dos profissionais da
educação, ao se dedicarem ao trabalho de pesquisar, analisar, fazer leituras, ensinar aos alunos
a compreender histórias, pois esse é o dever primordial de um professor de história.
No dia 14 de maio de 2015, fui à escola-campo para agendar a visita de
acompanhamento, conversando então com a coordenadora Luzia José da Silva, que agendou a
visita para o dia 20 de maio de 2015, ás 08h00min. O primeiro acompanhamento realizado foi
em uma quarta feira no período matutino, no dia 20 de maio de 2015, onde tive o privilégio de
observar e analisar três aulas.
A primeira observação ao acompanhamento e auxílio da professora titular na escolacampo foi no segundo horário, onde à auxiliei no 1ª ano do ensino médio com a disciplina de
sociologia. Entramos6 na sala de aula juntas e professora titular me apresentou para a turma e
depois me posicionei em uma carteira no fundo da sala de aula, para que os alunos não se
dispersassem durante a explicação.
No primeiro horário os professores estavam fazendo a entrega do boletim dos alunos,
mas no segundo, a professora titular conversou com os alunos que estavam muito agitados.
Após a conversa ela passou uma atividade na lousa, sobre “Os principais aspectos da teoria
sociológica de Durkheim”.
No decorrer das aulas a professora titular demonstrou ter total domínio do conteúdo
ministrado, explicando o assunto para os alunos. Observando ela pude aprender como é possível
alcançar um bom domínio de sala, que também é muito importante andar por toda a classe,
interagindo e sendo atenciosa com os alunos. É interessante levantar que, quando um aluno
6
Antes de entrar na sala de aula falei com a professora Maria do Socorro Alves Candolini. Conversamos na sala
dos professores, onde me disponibilizei a ajudá-la, e ela disse que não teria problemas. Perguntei onde poderia me
sentar e a professora titular me respondeu que ficaria melhor se me localizasse em uma carteira no fundo da sala
de aula, para não chamar muito atenção dos alunos, pois qualquer pessoa nova que chega, os alunos querem
aparecer, e não prestam atenção ao conteúdo que está sendo ministrado.
24
chamava a professora ela iria a carteira desse aluno, respondendo a todas as perguntas dos
alunos.
A segunda aula assistida, acompanhando então a professora titular, foi no terceiro
horário ás 08h40min, com a disciplina de sociologia com a turma do 2º ano do ensino médio.
A professora titular apresentou a acadêmica estagiária para os alunos, e após isso, começou a
passar um texto na lousa sobre “Grupos e agrupamentos sociais”, só que os alunos estavam
conversando muito e então a professora decidiu ditar o texto ao invés de passar na lousa, e assim
todos os alunos participaram da aula, e logo chamaram alguns alunos para dançarem quadrilha
e rápido a aula terminou.
O terceiro e último acompanhamento e auxilio da professora titular, deste dia aconteceu
no 3º ano do ensino médio as 09h50min, com a disciplina de sociologia. A professora titular
apresentou a estagiária para a turma, e em seguida começou a ministrar a aula, com uma
pergunta “A pobreza gera violência?”, que gerou debates com todos os alunos e a estagiaria que
nesse momento também se posicionou. Após esse debate, os alunos pediram a professora para
que ela liberasse alguns minutos de sua aula para eles conversarem sobre a formatura, e assim
logo terminou a aula.
Continuando com o acompanhamento e auxílio da professora titular na escola-campo,
no dia 22 de maio de 2015, sexta feira, conversei com a professora titular Maria do Socorro,
que teve três aulas nesse dia.
A quarta aula assistida pela estagiária foi no 1º ano do ensino médio no período
matutino, no segundo horário às 08h00min, com a disciplina de história. Como a estagiária já
havia sido apresentada para a turma, a professora iniciou a aula pedindo para que os alunos
pegassem o livro didático de história abrindo-o na página 102, para que fizessem a leitura das
perguntas e colocassem as respostas no caderno. A atividade era sobre a “Grécia Antiga”. Após
apresentação da atividade a professora fez a chamada no diário, e depois os alunos começaram
a fazer perguntas sobre o conteúdo, que foram respondidas pela professora. Nesse 1º ano havia
muitas conversas paralelas, porque é uma sala de aula muito cheia.
A quinta aula assistida pela estagiária foi no 2º ano do ensino médio no quarto horário,
com a disciplina de história. Acompanhei a professora titular que pediu os alunos para que
pegassem o livro didático e abrissem na página 120, para copiarem as perguntas no caderno e
respondessem em casa. Essas questões tinham a temática “De Olho na Universidade/Enem”.
Na ocasião, os alunos começaram a copiar as perguntas, mas dois não queriam fazer a atividade.
A professora foi a carteira desses dois alunos, e conversando com carinho e eles começaram a
25
copiar a atividade. Foi possível observar que a professora tem total domínio de classe, do
conteúdo e não apela para os gritos para receber atenção.
Na sequência foram observadas duas aulas seguidas no 1º ano do ensino médio. Essa
foi à sexta aula assistida pela acadêmica estagiária. Na ocasião, a professa titular disse para os
alunos que guardassem o livro de história, e pegassem o caderno de filosofia, pois a aula que
seria ministrada no quarto horário seria de filosofia. Alguns alunos pediram a professora se
poderiam ir ao toalete, e ela autorizou a ida de um de cada vez.
Duas aulas seguidas pelo mesmo professor é muito cansativo, tanto para os alunos como
para a professora. Iniciando a outra aula a professora ditou um texto sobre “O Racionalismo
Cartesiano”. Percebi que algumas alunas ficaram perdidas, devido conversas paralelas que se
prolongou mesmo após a professora ter chamado a atenção delas.
Em outra semana, na segunda feira, dia 29 de maio de 2015, continuei com o
acompanhamento e auxílio da professora titular Maria do Socorro, na escola-campo. Neste dia
assisti quatro aulas.
Esta é a sétima aula assistida pela acadêmica estagiária. Na ocasião, entramos no 3º ano
do ensino médio, sendo o primeiro horário ás 07:30min, com a disciplina de história. A
professora trabalhou com os alunos a temática sobre “Pólis Cidade-Estado”, e pediu para que
eles fizessem a leitura dos textos que teriam produzido e assim cada aluno fez a leitura, sobre a
sua própria produção. Isso foi uma boa estratégia de ensino, pois proporcionou a leitura e a
produção de textos. Depois a professora questionou algumas produções de textos, e quando nós
menos esperávamos tocou o sinal finalizando então a aula de história no 3º ano do ensino médio.
A oitava observação foi no segundo horário ás 08h40min, com os alunos do 1º ano do
ensino médio, com a disciplina de sociologia. Ao entrarmos na sala de aula juntas, logo a
professora conversou com alunos, para que fizessem silêncio, pois como tem muitos alunos,
surge com frequência muita conversa paralela. Depois a professora passou na lousa um texto
sobre “O Fim dos privilégios do Feudalismo”. Inicialmente começou a passar o texto na lousa,
mas como havia muitas conversinhas, a professora decidiu ditar o texto, e assim os alunos
fizeram silêncio e começaram a copiar no caderno o conteúdo ditado. O sinal bateu sem que a
professora terminasse de ditar todo o texto, ficando então para a próxima aula.
Nesse mesmo dia acompanhei a professora no 2º ano do ensino médio, sendo o terceiro
horário as 08h40min, com a disciplina de sociologia. Inicialmente a professora titular comentou
com os alunos sobre as inúmeras faltas que alguns tinham, e que no futuro isso poderia causar
problemas na formação dos mesmos. Após esse comentário a professora fez a chamada, e
começou a ditar um texto sobre “A ideia de Deus”. Percebi que alguns alunos estavam fingindo
26
que estavam copiando o que a professora ditava, observei que duas alunas estavam discutindo
assuntos que não tinham nada a ver com o conteúdo ministrado. Depois de alguns minutos, o
diretor Claudio Barros foi à sala de aula e chamou duas alunas para dança quadrilha, e logo o
sinal tocou.
Após o sinal, nesse mesmo dia acompanhei a professora titular no 3º ano do ensino
médio, com a disciplina de sociologia. Essa foi à última aula assistida pela acadêmica estagiária.
Nessa ocasião, a professora havia passado um trabalho para os alunos apresentarem, sobre “O
nazismo”, por isso entrei e sentei ao lado da professora em uma carteira no fundo da sala de
aula. Os alunos se posicionaram no centro da sala, utilizando o datashow para apresentar o
conteúdo sobre o nazismo. Após o término da apresentação a professora e a estagiária
parabenizaram os alunos do 3º do ensino médio, pois até as alunas que são tímidas participaram
da apresentação.
Sendo está a última visita da estagiária a escola-campo, agradeci a atenção da professora
e o carinho dos alunos, dizendo que nos encontraríamos no mês de agosto novamente, pois a
turma escolhida pela estagiária para trabalhar o Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório
II, teria sido a turma do 3º ano do ensino médio.
E assim despedi dos outros professores na sala dos professores e mais uma vez agradeci
pelo carinho de todos. Fui recebida de braços abertos por todos os funcionários da escolacampo. Refletindo sobre o processo de acompanhamento e auxílio da professora titular, foi uma
ótima experiência, identificar a realidade dos profissionais da educação no dia-a-dia, depararme com pessoas diferentes, fiz novas amizades com os professores e alunos, conheci realmente
o que é uma sala de aula através da prática na escola-campo.
Acompanhei e auxiliei a professora titular na escola-campo no 1º, 2º e 3º ano do ensino
médio em três aulas de história, seis de sociologia, e uma de filosofia. Identifique nessa fase do
relatório sobre a realidade da nossa futura profissão. Nesse período do acompanhamento ao
professor titular que nos deparamos com a realidade, observando, analisando, auxiliando os
alunos nas atividades, reconhecendo que o dia-a-dia de um professor não e fácil, principalmente
se trabalhar nos três períodos pois cobra muita preparação, e por isso o professor precisa
realmente gostar da profissão.
A experiência foi maravilhosa, pois aprendi métodos de ensino com a profissional da
educação Maria do Socorro, e não esquecerei do carinho que recebi na escola-campo. Portanto,
o presente trabalho realmente fortaleceu a relação teoria e prática, demonstrando que os
princípios metodológicos, nesse tempo de aprendizado significativo, deve ser orientado por
uma busca constante de conhecimento, para facilitar a interação professor – aluno.
27
E essa preocupação com a educação, com a pesquisa é vista no Projeto Político
Pedagógico da escola-campo. Nesse documento elaborado coletivamente pela escola, fica
evidente a responsabilidade que o professor tem ao elaborar suas aulas, devendo estar com todos
os planos de aulas em dias, e ter compromisso com a profissão. É através da responsabilidade
dos educadores, que temos adolescentes qualificados no mercado de trabalho.
O (PPP) da escola-campo aponta sobre o que deve ter em um plano de aula, como os
objetivos. Através do planejamento é possível fazer a distribuição do conteúdo programado
para ser trabalhado durante o ano, o semestre, o trimestre, etc. É importante ressaltar que o
plano de aula deve ser encarado como uma necessidade e não como exigência ou obrigação
imposta pela coordenação do colégio.
Entende-se que a escola precisa organizar-se para os desafios, planejar as
ações e a relações de trabalho, além de dividir responsabilidades com todos os
envolvidos no processo educacional de firmação coletiva e participativa para
melhor atender ás exigências da escola pensando no sucesso do aluno a escola
trabalhará da seguinte maneira: o professor deverá fazer seus planos anuais e
semanais ou diários em seu caderno para acompanhamento pedagógico.
Deverá, ainda, apresentar uma cópia do plano anual para arquivar na escola
(PPP, 2015, p. 18 - 19).
Através do planejamento é possível vencer os desafios, e por isso é importante os
profissionais da educação elaborarem seus planos de aula com atenção. A aula deve ser
planejada com leituras sobre o tema escolhido. Ler, reler novamente, fazer perguntas para si
mesmo sobre o conteúdo, isso é planejar. Mas no texto da Fonseca, ela disse algo muito
importante sobre o processo.
Várias pesquisas já demonstraram a ineficácia de planejamentos tecnicistas,
para a prática real do professor. Eles servem muito mais como instrumentos
de controle burocrático do professor, como instrumentos de poder das
direções, supervisões e inspeções, do que como instrumentos pedagógicos
facilitadores e orientadores do trabalho (FONSECA, 2003, p. 121).
Identifiquei que os profissionais da escola-campo preocupam-se com o aprendizado dos
alunos e por isso se fundamentam no plano de aula, pois é através desse planejamento que o
professor ministrará uma boa aula.
Apesar de ser uma ferramenta que descreve detalhadamente os elementos necessários
para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, o professor não deve ficar escravo
do plano, ou seja, ele pode se afastar do plano de aula sempre que os alunos tiverem
necessidade. Aprendi isso com o estágio.
28
É importante lembrar que dentre os bens culturais que crianças têm o direito
a ter acesso está a linguagem verbal, que inclui a linguagem oral e a escrita,
instrumentos básicos de expressão de ideias, sentimentos e imaginação. A
aquisição da linguagem oral depende das possibilidades das crianças
observarem e participarem cotidianamente de situações comunicativas
diversas onde podem comunicar-se, conversar, ouvir histórias, narrar, contar
um fato, brincar com palavras, refletir e expressar seus próprios pontos de
vista, diferenciar conceitos, ver interconexões e descobrir novos caminhos de
entender o mundo. É um processo que precisa ser planejado e continuamente
trabalhado.
Também a linguagem escrita é objeto de interesse pelas crianças. Vivendo em
um mundo onde a língua escrita está cada vez mais presente, as crianças
começam a se interessar pela escrita muito antes que os professores a
apresentem formalmente. Contudo, há que se apontar que essa temática não
está sendo muitas vezes adequadamente compreendida e trabalhada na
Educação Infantil. O que se pode dizer é que o trabalho com a língua escrita
com crianças pequenas não pode decididamente ser uma prática mecânica
desprovida de sentido e centrada na decodificação do escrito. Sua apropriação
pela criança se faz no reconhecimento, compreensão e fruição da linguagem
que se usa para escrever, mediada pela professora e pelo professor, fazendose presente em atividades prazerosas de contato com diferentes gêneros
escritos, como a leitura diária de livros pelo professor, a possibilidade da
criança desde cedo manusear livros e revistas e produzir narrativas e “textos”,
mesmo sem saber ler e escrever (DCN, 2013, p. 96).
Isso é positivo, pois nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio o
planejamento também é incentivado. Ensinar é uma arte muito difícil. Tudo precisa ser feito
com cuidado para ajudar as crianças alcançar o conhecimento, a ler e escrever. Para isso o
professor deve estar preparado, com pesquisas diárias.
2.2. Laboratório da Docência Participativa – Micro aulas
A segunda fase do presente trabalho é composta pela docência participativa, que
corresponde ao momento de realização das micro aulas, equivalente a um total de 20 horas.
Essa experiência proporcionada pelo estágio amplia o significado da constituição de um
profissional da área da educação mais qualificado. As micro aulas foram realizadas na UEG,
no período noturno nas segundas e terças-feiras, sob a orientação da professora do estágio.
Todos os professores estagiários utilizaram para ministrarem as suas micro aulas os
seguintes materiais: livros didáticos, lousa, giz, apagador, data show e laser. As orientações de
estágio começaram desde o dia 27 de abril de 2015, e aqueles acadêmicos que já tinham sido
29
orientados começaram seus trabalhos desde o dia 05 de maio de 2015, ás 21h00min, em que já
tivemos duas micro aulas, com os seguintes temas “Egito Antigo” e “Neocolonialismo”.
A primeira micro aula foi ministrada pela professora estagiária no dia 05 de maio de
2015, tendo como tema: “Egito Antigo”. Nesse momento, a estagiária ministrou o conteúdo
sobre a centralização política, falando um pouco sobre o poder político religioso, economia
egípcia e a mumificação faraônica. Utilizou a lousa e o data show para trabalhar seu conteúdo.
Após o término das micro aulas, foram expostas as opiniões dos acadêmicos estagiários.
Inicialmente, falamos sobre a primeira micro aula com a temática do “Egito Antigo”. Verificouse que professora estagiária ministrou a aula usando muito texto nos slides, e também optou por
fazer análises de imagens, que foram pouco exploradas, e além disso, a linguagem utilizada por
ela foi muito infantil, não estando adequada ao nível da turma. Foi possível perceber que a
professora estagiária também ficou muito nervosa durante a aula, não conseguiu finalizar o
conteúdo proposto em seu plano de aula, e por isso foi convidada a refazer seu trabalho.
A refacção da estagiária ocorreu no dia 08/06/2015 com o mesmo tema: “Egito Antigo”.
Na ocasião, a estagiária permaneceu com o mesmo conteúdo, e pude observar que houve avanço
na professora estagiária, pois apesar do linguajar ainda estar num nível infantil, e seu
nervosismo ainda permanecer, a mesma ministrou seu conteúdo usando melhor os recursos do
data show, fazendo leitura de imagens com mais organização, e por isso recebeu aprovação
nessa etapa.
No segundo momento tivemos outra micro aula com o tema “Neocolonialismo”. A
estagiária apresentou em seu trabalho vários assuntos sobre o imperialismo, a conquista e
partilha do continente africano. Deixou bem claro para os alunos que no continente africano
havia muitas riquezas. Pontuou também sobre as principais potências que foram à Inglaterra,
Alemanha e França.
Depois, avaliando a micro aula da professora estagiária com o tema “Neocolonialismo”,
verificou-se que as letras utilizadas nos slides atrapalharam na leitura, pois estavam pequenas.
A professora estagiária também atrapalhou-se em alguns assuntos durante a sua aula. A
professora do estágio compartilhou com as opiniões dos demais colegas, fazendo alguns
levantamentos sobre a micro aula, convidando a estagiária a refazer a micro aula.
A refacção foi realizada no 08/06/2015. A acadêmica manteve o mesmo tema:
“Neocolonialismo”. Dessa vez, a professora estagiária teve total domínio do assunto
ministrado, utilizou esquemas nos slides, e ministrou o conteúdo usando mapas. A aula foi
ótima, pois ela fez perguntas claras, andou em toda a sala de aula, fez gestos com as mãos, e foi
aprovada pois se mostrou apta para a próxima etapa do estágio.
30
No dia 12 de maio de 2015, tivemos a micro aula da professora estagiária com tema
“África: das primeiras civilizações e o contato com os Europeus”. A professora estagiária
ministrou o conteúdo abordando alguns pontos do continente africano, como o deserto do Saara,
África subsaariana, os castigos que havia entre as tribos africanas, e a escravidão na África
antes da chegada dos europeus. A professora ministrou o conteúdo com tranquilidade, não ficou
nervosa durante a aula, teve boa comunicação, também fez análises de imagens que colocou
nos seus slides.
Após o término da aula todos os outros acadêmicos estagiários se posicionaram com
suas opiniões de pontos positivos. A professora do estágio compartilhou das opiniões dos
acadêmicos, fez algumas observações sobre o conteúdo, aprovando a aluna estagiária para a
próxima etapa do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório II.
Em outra semana no dia 19 de maio de 2015, tivemos a micro aula com tema: “Era
Vargas”. A professora estagiária apresentou o assuntos de maneira confusa, falando um pouco
sobre o Governo Provisório, Governo Constitucional, Estado Novo e a Revolução de 1930. A
estagiária passou o trecho de um vídeo para os alunos, sobre a Segunda Guerra Mundial, mas
esse vídeo não foi explicado para os alunos, não fez uma relação com o conteúdo.
Após o término da micro aula, os acadêmicos posicionaram com as suas opiniões,
abordando sobre os pontos negativos e positivos que teve na aula. Muitos disseram que a
estagiária não foi bem, apresentou se muito nervosa, ficou confusa durante a aula, não
relacionou o vídeo ao conteúdo.
A professora de estágio também compartilhou com as opiniões dos acadêmicos fazendo
algumas observações sobre a micro aula, convidando a estagiária para refazer, pois a mesma
não conseguiu atingir os objetivos propostos em seu plano de aula.
No dia 08 de junho de 2015, ela apresentou novamente sua micro aula com o mesmo
tema. A estagiária não colocou muito texto corrido em seus slides, usou apenas palavras chaves.
Sua maneira de dar aula mudou, pois ela falou mais devagar, e pediu alguns pra ler os slides,
demonstrando mais segurança, e nessa oportunidade conseguiu a aprovação para ir pra próxima
etapa.
No dia 19 de maio de 2015, tivemos a micro aula com o tema: “Revolução Francesa”.
A professora explicou para os alunos de maneira fácil de compreender, sobre quem era o alto
clero, baixo clero, segundo estado, nobreza cortesã quem era a grande burguesia. A professora
estagiária usou slides e entregou um texto sobre o conteúdo ministrado para todos os alunos.
Depois da realização dessa micro aula, todos os acadêmicos deram as suas opiniões,
parabenizando a professora estagiária pelo seu desempenho, dizendo que a aula foi ótima. A
31
professora do estágio fez algumas observações sobre a aula, aprovando a estagiária para a
próxima etapa, pois a mesma concluiu todos os objetivos propostos em seu plano de aula.
No dia 26 de maio de 2015, tivemos duas micro aulas. A primeira aula foi ministrada
por mim Maria Margarida Gonçalves Barbosa Santos. A minha vou falar no próximo tópico.
No mesmo dia, tivemos outra micro aula da professora estagiária que falou do tema:
“Revolução Industrial”. A estagiária ministrou a aula usando o data show para realizar análises
de imagens sobre os grandes avanços tecnológicos da ciência, os avanços nos meios de
transporte. Também mostrou imagens das principais invenções tecnológicas da Revolução
Industrial, utilizando pequenas frases no recurso.
Os colegas avaliaram e parabenizou à estagiária que ministrou o conteúdo da
“Revolução Industrial”. A aula foi ótima pois a professora utilizou tonalidade de voz adequada.
A professora do estágio também notou a boa forma que a estagiária deu sua aula, mas também
fez algumas observações, como a pronuncia errada de algumas palavras, palavras erradas no
slides, mas isso não prejudicou ela pois recebeu a notícia de que estava apta para a próxima
etapa do estágio.
No dia 02 de junho de 2015, tivemos o estagiário com o tema: “Reforma Religiosa
Europa-XVI, Calvinismo Suíço”. O professor estagiário pontuou sobre a Igreja Católica, a crise
do cristianismo, abordou sobre os interesses duplos e quais eram as reclamações. Usou vários
slides que tinha imagens e frases do conteúdo. Após o término da aula os acadêmicos fizeram
algumas observações sobre o conteúdo ministrado, parabenizando o professor estagiário pelo
ótimo desempenho, pela movimentação adequada, domínio de conteúdo. A professora do
estágio compartilhou com as ideias dos demais colegas, avaliando-o como profissional, estando
apto para a próxima etapa do estágio.
No dia 09 de junho de 2015, tivemos a micro aula sobre “A Expansão Marítima e
comercial no século XV – XVI”. A professora estagiária ministrou o conteúdo utilizando
tópicos no slide. Fez análises de mapas, imagens mostrando quais foram os fatores que levaram
a ocorrer à Expansão Marítima, como a escassez de materiais preciosos, hegemonia europeia
sobre o mundo, a revolução comercial, unificação dos mercados europeus, asiáticos, africanos
e americanos. Durante a aula a estagiária passou os slides muito rápido, dizendo que trabalharia
em outra aula. Isso a atrapalhou, pois deixou de falar de assuntos muito importantes, e por isso
precisou refazer seu trabalho.
No dia 15 de junho de 2015 tivemos a refacção do trabalho da estagiária com o tema:
“A expansão marítima comercial no século XV – XVI”. Nessa ocasião, a professora estagiária
ministrou o conteúdo com análises de imagens, pontuou sobre quais foram os fatores que
32
levaram a ocorrer a Expansão Marítima, a escassez de materiais preciosos, hegemonia europeia
sobre o mundo, a revolução comercial, unificação dos mercados, europeus, asiáticos, africanos
e americanos, entre outros assuntos.
Após o desenvolvimento do seu trabalho, os acadêmicos observaram que nessa aula a
estagiária foi bem mais confiante. Houve sim uma superação, maior domínio de conteúdo, pois
a estagiária conseguiu ministrar o conteúdo usando até mesmo os mapas. A professora de
estágio pontuou alguns assuntos como a repetição de palavras, mas viu que a estagiária estava
mais preparada e ela foi aprovada.
No dia 09 de junho de 2015 tivemos a micro aula do professor estagiário com tema:
“Segundo Reinado 1840-1889”. O professor trabalhou sobre as disputas políticas,
administração de D. Pedro II, política externa, conciliações. Durante a explicação o professor
estagiário se atrapalhou, usando muito conteúdo pra pouco tempo, a aula não foi produtiva.
Tanto os acadêmicos como a professora de estágio viu que o estagiário não foi bem, não
movimentou, não conseguiu explicar bem, e por isso precisou refazer.
No dia 15 de junho o professor estagiário teve a oportunidade de apresentar seu trabalho,
com o mesmo tema: “Segundo Reinado 1840-1889”. Dessa vez, o professor estagiário pontuou
sobre os conceitos das disputas políticas, pontuou sobre a administração de D. Pedro II. Se
atrapalhou de novo na explicação e não deixou claro o que foi a política externa e as
conciliações. Também falou muito baixo, e mais uma vez a aula não obteve êxito. Os
acadêmicos fizeram algumas observações sobre as falhas que ocorreu durante a aula como
escrever errado na lousa, e não corrigir, pouca interação. A professora do estágio também fez
observações convidando o estagiário para refazer outra micro aula.
No dia 22 de junho de 2015, o estagiário refez a sua micro aula sobre o tema: “Segundo
Reinado 1840-1889”. Inicialmente o professor passou um vídeo e não fez a relação com o
conteúdo. Ministrou o conteúdo usando imagens nos slides, mas errou na formatação delas.
Também não abordou os conceitos do segundo reinado, e se confundiu com a ordem de alguns
slides. Os acadêmicos disseram para o estagiário tomar cuidado com os erros de português nos
slides. A professora do estágio convidou o estagiário para refazer outra micro aula lhe dando
mais uma chance.
No dia 29 de junho de 1015, o professor estagiário fez a refacção da sua micro aula
apresentando para a banca, ministrou o conteúdo com o tema: “Segundo Reinado do Imperador
D. Pedro II”. A micro aula foi assistida por 4 professores da UEG. Após o término da micro
aula recebemos a notícia que o estagiário foi reprovado por não ter atingindo os objetivos
propostos.
33
Seguindo com as micro aulas, a professora estagiária ministrou o conteúdo com o tema:
“Ditadura Militar” no dia 15 de junho de 2015. A estagiária pontuou vários assuntos sobre o
Golpe Militar de 1964, Governo de Castelo Branco, Governo Costa e Silva, e outros. Nesse
momento a professora abordou os aspectos políticos, econômicos e sociais.
Após o término da micro/aula os acadêmicos estagiários fizeram algumas observações,
a estagiária ficou muito nervosa, repetiu muitas palavras durante toda a aula, não saiu do lugar,
as letras utilizada no recurso não ficou legal, pois os acadêmicos ficaram com dificuldade para
fazer a leitura. A professora do estágio também compartilha com as opiniões dos acadêmicos,
fez algumas observações e questionamentos sobre a aula, convidando a estagiária para refazer
outra micro aula. A estagiária aceitou refazer outra micro aula.
No dia 23 de junho de 2015, tivemos a refacção da micro aula com o tema: “Ditadura
Militar”. Dessa vez, a professora estagiária trabalhou com slides mais organizados, com fonte
mais grande que todos os acadêmicos conseguiram acompanhar as leituras, pois na primeira
micro aula os slides estavam ilegíveis, pois misturou com a cor branca da lousa. Sobre o
assunto, foi falado as censuras que ocorreu no período da ditadura. Houve um grande avanço
na estagiária, pois o nervosismo diminuiu e ela fez perguntas claras e diretas para os
acadêmicos. Nessa oportunidade foi aprovada pelo seu esforço, competência.
No dia 15 de junho de 2015, tivemos a micro aula do professor estagiário com o tema:
“Feudalismo”. Ele explicou o que era o feudalismo, trabalhou com análise de imagens nos
slides, mas utilizou grandes textos nos slides. A aula ficou cansativa. Após o término da aula
os acadêmicos estagiários fizeram observações sobre o conteúdo ministrado, como não ter tido
êxito, não foi produtiva. A professora do estágio fez algumas observações, sugeriu alguns
métodos mais didáticos para que a aula não ficasse cansativa, e convidou o professor estagiário
para refazer outra micro aula prevista para o dia 29 de junho de 2015, mas não veio mais nas
aulas e depois comunicou sua desistência.
No dia 16 de junho de 2015, tivemos a micro aula ministrada pela estagiária com o tema:
“A Transição do Período Monárquico para República Brasileira”. A estagiária utilizou um
material ótimo que foi um conto, e relacionou ele com o assunto da aula, falando sobre as
características da monarquia, e a transição do Brasil para República, independência política.
Nos seus slides também usou imagens e analisou elas com a turma.
Após essa micro aula, os acadêmicos estagiários parabenizaram a professora estagiária
pela ótima aula ministrada, pela bom tom de voz, mais baixo e pela sequência da explicação. A
professora do estágio também avaliou a estagiária como uma profissional, estando apta para as
próximas etapas do estágio.
34
No dia 16 de junho de 2015, a professora estagiária apresentou sua micro aula com o
tema: “A República Velha”. Ela pontuou sobre a Primeira República 1889-1930, que se divide
em quatro períodos. Usou cartazes na lousa com uma letra muito pequena e com texto confuso.
Após o término da aula os acadêmicos fizeram observações, como a fala muito baixa
que dificultou a interação, e o uso de duas imagens em duas folhas de papel A4, que ficaram
pequenas. Também ficou muito presa ao caderno, não utilizou slide, não conseguiu atingir os
40 minutos. A professora do estágio fez algumas observações convidando ela para refazer outra
micro aula.
A estagiária refez sua micro aula no dia 23 de junho de 2015. Dessa vez a trabalhou
alguns assuntos sobre a República Oligárquica, a produção do café, e outros. A estagiária
utilizou o datashow como recurso. Observei que houve um grande avanço na professora
estagiária porque não ficou muito nervosa, e tudo que ela falava todos os acadêmicos ouviam.
Nessa ocasião foi aprovada pela professora de estágio que viu a melhora da acadêmica.
No segundo horário do dia 22 de junho de 2015, tivemos a professora estagiária com o
tema: “Reforma Luterana”. Ela abordou assuntos importantes sobre quem foi Martim Lutero,
sobre as críticas feitas a Igreja Católica e explicou o que seriam as indulgências, a bula papal.
Sua aula começou bem mais depois ficou muito nervosa. Os acadêmicos notaram que a
estagiária ficou muito nervosa, e isso fez ela não conseguir atingir os 40 minutos. Sua aula foi
aproximadamente 18 minutos e a proposta é de 35 a 40 minutos. Os resultados foram ruins. A
professora do estágio compartilhou das ideias dos acadêmicos convidando-a para refazer outra
micro aula, pois a mesma não conseguiu atingir os objetivos propostos.
A professora estagiária com o tema: “Reforma Luterana”, refez sua micro aula no dia
29 de junho de 2015. Na ocasião, antes de ministrar o conteúdo a professora do estágio orientou
novamente a estagiária, e fez algumas observações em seus slides sugerindo outras
metodologias. Mesmo assim, a acadêmica se mostrou muito nervosa, não atingindo o tempo
mínimo. Passou os slides e falou muito depressa, tendo pouca interação. Foi convidada a fazer
de novo a micro aula.
Após a orientação de estágio, a professora do estágio marcou a micro aula que ocorreu
no dia 10 de agosto de 2015. A professora estagiária ministrou o mesmo conteúdo sobre “A
Reforma Religiosa”, pontuando sobre o que eram as indulgências, quem foi Martim Lutero,
abordou sobre as 95 teses. Mas não alcançou o tempo dado.
Após o término da aula os acadêmicos fizeram algumas observações, à professora
estagiária não atingiu os 40 minutos, também ficou muito nervosa. O nervosismo atrapalhou
muito, pois ela se confundiu durante a explicação quando foi falar do contexto histórico. A
35
professora do estágio compartilhou com as ideias dos acadêmicos, e ofereceu mais uma chance
á estagiária, para refazer outra micro aula, pois a mesma não atingiu os objetivos propostos.
Mas após apresentar para a banca examinadora no dia 26 de agosto de 2015, a mesma não foi
aprovada.
2.3. Minha orientação e experiência na micro aula
Pensando nessa segunda fase do trabalho que cumpre 30 horas, referente à minha micro
aula, a minha orientação foi no dia 04 de maio de 2015, na Universidade Estadual de Goiás
Câmpus - Jussara, e pude mostrar o material que havia escolhido, sendo apontado as falhas, que
depois foram corrigidas.
Fui orientada pela professora do estágio, e após estudos e pesquisas optei pelo tema “A
Primeira Guerra Mundial que iniciou em 1914 -1918”. Encontrei esse tema no livro didático
dos alunos do 3º ano do ensino médio, pois essa é a turma que escolhi para ministrar a regência.
De início coloquei no plano de aula o meu tema, todo o conteúdo programado que
ministraria em sala de aula, quais as expectativas de aprendizagem, as habilidades e a
metodologia de como correria a minha aula, preenchi todos os requisitos do plano de aula, sendo
essa fase do trabalho muito importante, devido a experiência de ensino-aprendizagem.
Pesquisei imagens da primeira guerra mundial em livros teóricos, comecei a criar um
slide com muitas imagens, e muitas escritas. No dia 04 de maio de 2015, depois de tudo pronto
segui rumo à orientação na Universidade Estadual de Goiás Câmpus-Jussara. Como já estava
combinado com a professora do estágio.
No primeiro momento mostrei meu plano de aula para professora, depois mostrei os
slides, onde ela analisou todo o meu trabalho, me orientando a utilizar somente tópicos no slide
e não texto corrido, pois da maneira que estava a aula ficaria cansativa. A professora fez
algumas correções em meu plano de aula, sobre conteúdo e após a análise da professora sobre
o material que seria utilizado, terminou a orientação.
Retornei para minha residência e refiz outros slides com muitas imagens, pesquisei,
analisei vários conteúdos relacionados ao tema da primeira guerra mundial. O conteúdo é muito
extenso, mas mesmo assim não mudei de ideia e continuei com o mesmo tema, estudando
bastante para ministrar à minha micro aula.
36
No dia 26 de maio de 2015, ás 21h00min, era o dia de ministrar minha micro aula. Fiquei
muito nervosa. Comecei a ministrar o conteúdo, mas o meu nervosismo não deixou. Tive que
me sentar durante a aula devido a isso. Mesmo assim comecei a fazer análises de imagens no
data show, fiz análises de imagens durante toda a minha aula.
Após o término da minha micro aula os acadêmicos me avaliaram dizendo que tive um
bom desenvolvimento na aula, no entanto, por causa do nervosismo, deixei de me movimentar
na sala e discutir alguns conceitos mais aprofundados. Disseram também que repeti muitas
palavras, faltaram abordar os conceitos políticos, econômicos, os conceitos da guerra em si.
Após o término das opiniões dos alunos a professora do estágio fez algumas observações onde
à estagiária Maria Margarida não obteve êxito previsto, não alcançou os objetivos propostos a
esta micro aula sendo convidada a refazê-la.
Antes de ministrar a aula houve a minha orientação com a professora do estágio, na
Universidade Estadual de Goiás Câmpus-Jussara. Foi na orientação que aprendi métodos para
ministrar o conteúdo. A professora de estágio ajudou-me a solucionar muitas dúvidas.
Retornei para minha casa, com o meu material, pesquisei livros teóricos na biblioteca
da UEG, sobre o tema e comecei a fazer esquemas com perguntas, e respondendo pra mim
mesma. Pequei o plano de aula e comecei a preencher os itens que existem nele como o
conteúdo, as expectativas de aprendizagem entre outras coisas. Foi a partir do plano que
realmente consegui aprender todo o conteúdo.
Após a orientação, foi marcada a data para realizar a minha micro aula, sendo no dia 08
de junho de 2015. Continuei com o mesmo tema: “A Primeira Guerra Mundial”. Ministrei o
conteúdo baseado no plano de aula. Pontuei sobre o estopim da primeira guerra mundial,
abordei sobre os conceitos econômicos, políticos, em forma de gráficos com imagens. Os alunos
participaram, e a aula foi ótima. Refazer a micro aula foi maravilhoso, a melhor experiência
que já tive em minha vida, obrigada professora de estágio por ter me convidado, pois foi através
do convite que percebi que sou capaz de correr atrás dos meus objetivos.
Após o terminar fui avaliada pelos colegas acadêmicos, e eles notaram um grande
avanço. Disse que não fiquei nervosa, e ministrei o conteúdo com boas análises de imagens, de
uma maneira mais didática. A professora do estágio também fez algumas observações sobre o
conteúdo ministrado, e disse que estava aprovada para a próxima etapa do estágio.
Enfim, essa segunda etapa do presente trabalho é uma das mais interessantes. Saímos
um pouco da teoria e passamos para a prática, para ter o prazer de ministrar uma, duas ou três
aulas. Como diz no texto “Ensinar a pesquisar: como e para que? Uma boa aula precisa ter
conteúdo e pesquisa.
37
Quanto mais refacção de micro aulas melhor. A cada refacção nós historiadores só
vamos ampliando os nossos conhecimentos, e se ensinarmos errado fazemos novamente até
ensinar corretamente o conteúdo. Para ensinarmos corretamente é necessário dias e noites de
pesquisas, essa é a vida de um historiador. Essa é a profissão que escolhi para a minha vida, e
não importa quantas vezes vou refazer minhas micro aulas, meus relatórios, pois sei que essa é
a vida de um historiador pesquisar, analisar e refazer tudo de novo se for necessário.
Toma-se como ponto de partida o papel didático da pesquisa na formação de
professores, já que ela pode propiciar o desenvolvimento de sujeitos
autônomos, livres e emancipados. A pesquisa pode tornar o sujeito professor
capaz de refletir sobre sua prática profissional e de buscar formas
(conhecimentos, habilidades, atitudes, relações) que ajudem a aperfeiçoar
cada vez mais seu trabalho docente, de modo que possa participar
efetivamente do processo de emancipação das pessoas (ANDRÉ, 2006, p.
123).
Pensando na concepção de André, o papel do professor de história é pesquisar para
aperfeiçoar. Assim faremos com que nossos alunos pesquisem, tornando cidadãos críticos que
saibam defender as suas opiniões perante a sociedade. É através de pesquisas que adquirimos
conhecimentos, e sabemos entrar e sair de qualquer situação, isso porque tivemos e temos um
currículo de várias disciplinas. Chegar até aqui não foi fácil e requer muitas habilidades e
atitudes. Foram através de habilidades e atitudes de vários professores que hoje estou aqui
relatando a minha docência participativa.
O texto “Ensino de história: fundamentos e métodos” de Bittencourt narra que a história
é um fato que já ocorreu e continua influenciando o presente. Isso é verdade, o que seriamos de
nós sem história? Bittencourt deixa bem claro que a história é algo que deve ser relembrado
pelas pessoas como um fato que ficou marcado, como exemplo: a ditadura militar. É de suma
importância mencionar esse contexto histórico para as nossas crianças, pois foi um fato que
ocorreu no Brasil, e que deixou uma marca negativa.
A história é sempre história de alguma coisa, de algo que está acontecendo,
que muda que possui movimento até mesmo quando se trata de período de
longa duração, que parece imutável, e os conceitos utilizados nessa
investigação estão ligados a determinado contexto, fazendo parte de determina
história (BITTENCOURT, 2004, p. 193).
A experiência de estudar história é muito satisfatória, pois ficamos atualizados sobre
diversos fatos que já ocorreram. O professor de história analisa, pesquisa tal fato ocorrido e
assim adquiri experiências, ampliando o seu conhecimento. A docência participativa nos
38
proporcionou várias experiências, como observar ao professor titular e o auxiliar durante as
aulas. Notei que essa profissão requer muita atenção, pois devemos fazer planos de aula para
ministrar o conteúdo. É nesse momento que analisamos e pesquisamos afundo sobre o conteúdo
que será ministrado.
A docência participativa referente à micro aula foi fundamental na nossa formação, pois
através dessa experiência, conseguimos adquirir conhecimento sobre o que é realmente ser
professor de história. Essa segunda etapa do trabalho mostra para nós o que enfrentaremos no
futuro, como ministrar aulas, participar do processo de ensino-aprendizagem.
39
CAPÍTULO III: REGÊNCIA
A regência é a terceira etapa do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório II, que
tem o objetivo de preparar o educador com os mais éticos padrões de qualidade da educação,
relacionando teoria e prática. A regência possui uma carga horária de 10 horas, em que cada
estagiário terá que preparar seu material e ministrar no mínimo, duas aulas individualmente. No
meu caso, ministrei duas aulas individualmente, no acompanhamento da professora de Estágio:
Simone, e a professora Titular de História do Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos.
Nesta etapa do trabalho será descrito todo o processo na elaboração da regência, desde
a pesquisa e preparação dos materiais didáticos ao dia que a Regência foi ministrada. Como
professores, devemos entender que a formação é continuada, e a realização deste trabalho nos
deu mais experiência em ensinar. Devemos desenvolver a competência profissional, e o estágio
foi muito importante porque é uma atividade diferente, em que os futuros professores podem
relacionar teoria e prática.
Sem a mediação da transposição didática, a aprendizagem e a aplicação de
estratégias e procedimentos de ensino tornam-se abstratas, dissociando teoria
e prática. Essa aprendizagem é imprescindível para que, no futuro, o professor
seja capaz tanto de selecionar conteúdos como de eleger as estratégias mais
adequadas para a aprendizagem dos alunos, considerando sua diversidade e as
diferentes faixas etárias (Parecer CNE/CP 9/2001, p. 20/21 apud Regimento
de Estágio da UEG: Câmpus de Jussara, 2014, p. 06-07).
O Estágio é o momento que podemos relacionar aquilo que foi aprendido na faculdade
com as vivências dos alunos. Não se separa teoria e prática. O professor que não estuda, não é
um bom profissional, e aquele que só estuda mais não sabe passar para o aluno o que sabe,
também não é um bom professor, porque ensinar é uma atividade esclarecedora, e sem as
metodologias e didáticas certas, o professor não conseguirá ministrar uma boa aula.
3.1. Escolha do tema e orientação de estágio
No dia 12 de agosto de 2015, fui até a Escola – Campo no período matutino e conversei
com a professora titular de história Maria do Socorro Alves Candolini. Perguntei sobre qual
40
conteúdo poderia ser ministrado para a turma do 3º ano do ensino médio, onde a mesma me
passou o tema do livro didático “A Independência no Continente Africano no século XIX XX”.
Retornei para minha residência e já comecei pesquisar textos e analisar mapas do
continente africano descolonizado a partir de 1951 – 1980, e comecei a montar os slides.
Pesquisei a divisão do continente africano feita por países europeus, que não respeitaram os
povos africanos e suas individualidades. Após alguns dias dedicando às leituras, também obtive
mais informações referente ao imperialismo, como quais foram os países imperialistas do
continente Europeu, e a realidade que o continente africano viveu no século XIX e XX.
Após alguns dias de pesquisa, fazendo leituras nos livros teóricos, analisando um livro
com outro para não ocorrer lacunas na regência, comecei a estudar porque o colonialismo foi
justificado por uma teoria racista, e porque o interesse de colonizar o continente africano.
Consegui obter todas as respostas através dos livros teóricos que consegui pegá-los na
biblioteca da Universidade Estadual de Goiás: Câmpus – Jussara. Esses livros me ajudaram a
solucionar muitas dúvidas, pois o livro didático é o resumo do resumo e não da base pra
pesquisa nem análise.
Segundo Selva Guimarães Fonseca, os professores precisam aprofundar seu
conhecimento. Para a autora, é muito importante a prática de pesquisa para o professor se
manter atualizado.
O real chega até nós, professores, pesquisadores, alunos, por meio de
evidências (incompletas parciais): registros, documentos, manifestações,
objetos, obras de arte, vestígios diversos etc. Do diálogo mediado pelo
professor entre as concepções teóricas, os outros saberes e as múltiplas
evidências, nasce o produto dessa operação: o conhecimento histórico –
provisório, incompleto, seletivo, limitado. O conhecimento histórico, afirma
Thompson (19887: p. 58), ajuda-nos a conhecer quem somos, por que estamos
aqui, que possibilidades humanas se manifestam, e tudo quanto podemos
saber a lógica e as formas de processo social. Assim a lógica fundante da
produção do saber histórico em sala de aula é a explicitação do real. Ora, se o
objetivo da disciplina é formar, educar, explicando, reconstituindo e buscando
compreender o real, podemos afirmar que a lógica da prática docente é,
fundamentalmente, construtiva. Isso implica uma busca permanente de
superação do mero reprodutivismo livresco que ainda predomina nas aulas de
história. O professor de história submisso ao reprodutivismo assume uma
concepção de conhecimento como verdade absoluta e imutável. Ao contrário
disso, assumir a proposição investigativa em sala de aula implica ousar e
construir uma atitude reflexiva e questionadora diante do conhecimento
historicamente produzido (FONSECA, 2003, p. 119).
41
Ficar preso ao livro didático nem pensar. É preciso pesquisar, e ir além para que o ensino
realmente aconteça. E por isso continuei com os meus estudos sobre o tema: Descolonização
no Continente Africano no Século XIX – XX para não ser submissa e ficar apenas reproduzindo.
Comecei a investigar quais são os países ricos e pobres do Continente Africano e, selecionei
alguns, pois o tempo não permitia trabalhar todos. Fui montando os slides direcionando setas
para os países pobres e ricos do continente a fim de propor um direcionamento reflexivo para a
minha Regência.
Consegui encontrar um mapa do continente africano que mostrava a ocupação e partilha
da África pelas potências Europeias sendo: Inglaterra, França, Portugal, Itália, Alemanha,
Espanha e Bélgica, que não consideraram as divergências étnicas existente no continente
africano, desde o século XIX – XX. Comecei também a analisar e problematizar o Apartheid,
oficializado em 1948 no país da África do Sul, que quer dizer “vidas separadas em africano”,
que foi um termo preconceituoso imposto por uma minoria branca que colonizou o país da
África do Sul, e a pesquisar um pouco da vida de Nelson Mandela.
Jaime Pinsky e Carla Bassanezi Pinsky (2008, p. 17), mostra em seu texto que as
“grandes mudanças políticas ocorridas no final do século XX causaram muita perplexidade
entre professores e estudantes de História em geral, criando, em certos círculos, atitudes de
ceticismo com relação ao próprio conhecimento histórico”. Mas nos debates em sala de aula,
aprendemos que os professores não podem perder a motivação ao ensinarem história, e que
também não podem deixar de lado abandonado o conhecimento histórico. No caso do estudo
sobre o continente africano, é muito importante conhecer e ensinar o contexto histórico daquele
povo, pois pouco sabemos sobre eles e aquilo que sabemos ainda possui preconceitos. É preciso
mostrar ao aluno que o conhecimento é importante, pois faz parte do presente. “Portanto, as
aulas de História serão muito melhores se conseguirem estabelecer um duplo compromisso:
com o passado e o presente” (PINSKY E PINSKY, 2008, p. 23).
Durante a pesquisa e elaboração do meu material, pensei nessas estratégias para ao
realizar minha regência, conseguisse criar maneiras de ensinar demonstrando para os alunos
que não existe uma única história. A intenção foi motivá-los a refletir sobre os usos indevidos
da história, que ao ser manipulada, acaba gerando os preconceitos raciais, sociais e políticos.
Os alunos também deveriam aprender a criticá-los após esse estudo, pois como diz a citação
abaixo, não basta reconhecer, é preciso agir depois.
Fazer com que os alunos não só reconheçam preconceitos, mas compreendam
seu desenvolvimento e mecanismos de atuação, para poder criticá-los com
42
bases e argumentos mais sólidos; demonstrar com clareza certos usos e abusos
da História, perpetrados por grupos políticos, nações e facções (...);
possibilitar a crítica a dogmatismos e “verdades” absolutas com base no
reconhecimento da historicidade de situações e formas de pensamento
(PINSKY E PINSKY, 2008, p. 26).
Pensei em demonstrar para os alunos que não existe uma única verdade na história.
Continuando com a pesquisa, estudei alguns fatos sobre a eleição em 1994, em que Nelson
Mandela conseguiu ser eleito o primeiro presidente negro do país da África do Sul. Nos slides
coloquei uma imagem deste momento marcante, onde um negro foi eleito, o mais bem votado
do país. Também coloquei uma imagem que chama muito a atenção sobre os dois conjuntos
geopolíticos do continente africano, que denomina o norte africano de África branca, e o sul
africano de África negra. Convivemos com essa noção ridícula até hoje nas universidades,
principalmente ao estudar mapas, de ficar denominando o norte do continente africano de África
branca e o sul de África negra, e isso precisa mudar. Esses preconceitos precisam ser
identificados e barrados. Não existe uma única história e pensei nisso durante a pesquisa do
meu tema.
Os autores Pinsky e Pinsky dizem que sem “estudar e saber a matéria não pode haver
ensino. É inadmissível um professor que quase não lê” (2008, p. 22). Também durante as aulas
foi dito que o professor precisa saber conteúdo para vender uma boa aula. Por isso, só após as
pesquisas, e que comecei a montar o plano de aula, preenchendo todos os seus itens. Elaborei
quatro questões referentes ao conteúdo que seria ministrado para os alunos do 3º ano do ensino
médio no Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos. Sabendo o conteúdo fica bem mais
fácil escolher a forma de ensinar ele.
Elaborar o plano de aula, a atividade, os slides é de suma importância para a formação
docente dos estagiários. Essa experiência foi maravilhosa, pois consegui obter mais
responsabilidades para com o trabalho de Estágio como também para com os alunos do 3º ano
do ensino médio, que prestarão vestibulares, ENEM.
Tive algumas dificuldades com palavras diferentes, mais ensaiei o conteúdo várias vezes
para não falar nenhuma palavra errada, porque se nós ensinarmos errado, os alunos aprenderam
errado. Então tive um certo cuidado com o meu linguajar, e consegui eliminar inúmeros vícios
de linguagens. Esta terceira etapa do trabalho também foi gratificante.
Todo o material que preparei, foi mostrado para a professora de Estágio Simone no dia
02 de setembro de 2015, ás 13h:00min. Ocorreu a orientação da regência na Universidade
Estadual de Goiás Câmpus – Jussara. Inicialmente mostrei o plano de aula para a professora de
estágio, e a mesma fez algumas modificações nas expectativas de aprendizagem, habilidades e
43
na metodologia. Também sugeriu novos conceitos como falar da biografia de Nelson Mandela,
porque não tem como ministrar o conteúdo da descolonização no continente africano e não
pontuar quem ele foi. Também sugeriu que fosse passado para os alunos um vídeo sobre o
filme: “Caminhando para a Liberdade”, pois conta toda a história de Nelson Mandela, sendo
baseado em fatos reais, mas que também contém ficção.
Finalizado a correção do plano de aula, passamos para a análise das imagens do slide.
A professora de estágio gostou dos slides, ainda mais quando expliquei que não coloquei
nenhuma imagem somente por colocar, pois todas as imagens utilizadas em minha regência
foram fundamentas teoricamente. Sobre a atividade avaliativa que elaborei, a professora fez
correções no cabeçalho e chegamos à conclusão de que somente duas questões ficaram do nível
dos alunos do 3º ano do ensino médio, sendo elas objetivas. Foi sugerido então que a atividade
deveria ter duas questões dissertativas e duas objetivas.
Neste mesmo dia reservei o data show da UEG, para que fosse utilizado na regência.
Após o término da orientação retornei para a minha residência. Encontrar com a professora de
estágio foi ótimo, consegui ficar tranquila, pois sou muito nervosa. Foi um momento que pude
trabalhar mais a minha formação técnica, elaborando o plano de aula, a atividade, os slides. A
fase da orientação é uma experiência única, em que identificamos as lacunas que praticamos e,
é nesse momento que a professora de estágio nos auxilia com novos conceitos, métodos a serem
utilizados no decorrer das atividades do Estágio.
3.2. Após a orientação: correção do plano de aula e da atividade avaliativa
Após a orientação de Estágio, comecei a fazer as correções. Organizei os itens do plano
de aula, coloquei a biografia de Nelson Mandela nos slides como havia combinado, mas não
consegui fazer o recorte do filme: Caminhando para a liberdade. Também Elaborei 05 cinco
questões, sendo 03 três objetivas e 02 duas dissertativas. Feitas todas as correções, reli tudo
novamente para que não corresse erros de português, nas atividades nem nos slides. Estudei
todo o conteúdo inúmeras vezes para me certificar de que estava tudo correto.
Em relação a elaboração de avaliações o autor Leandro Karnal (2014), escreve 10 pontos
importantes para orientar o professor nessa tarefa importante. Neles estão descritos alguns
cuidados, como grau de dificuldades, diversificação de modelos de provas, uso de questões
mais reflexivas, cobrando aquilo que realmente for dito em sala de aula. No item 09 ele diz,
44
Terminado o modelo de prova, releia várias vezes. Some para ver se os valores
estão corretos. Revise a numeração. Reveja o português e a digitação. Erros
em prova causam tumultos desnecessários. Se possível, ao terminar uma
prova, deixe para relê-la no dia seguinte (p. 81).
A prova não é um momento de revidar a raiva que a turma passa no professor. Ela é
apenas um dos meios de verificar a aprendizagem dos alunos. Também não pode ser repetitiva,
pois deve ser feita para que os alunos pensem antes de responder e não apenas copie de livros
a resposta pronta. Também só deve ser cobrado aquilo que for trabalhado em sala de aula. Não
pode ser injusto.
A experiência de corrigir todo o material é boa. Certificar de que não tem mais nada
errado e de que não está faltando nada é ótimo. Poder dormir tranquila é maravilhoso, pensando
que agora só está faltando chegar o dia para ministrar a regência. Do dia 03 três até o dia 08
oito foram dias tranquilos, pois já estava tudo pronto, fiquei por conta de analisar o conteúdo
até chegar o grande dia.
3.3. Aplicação da Regência
No dia 09 de setembro de 2015, ás 07:00 horas cheguei no Colégio Estadual Jandira
Ponciano dos Passos, e me direcionei até a sala dos professores. Apresentei-me como estagiária
da Universidade Estadual de Goiás: Câmpus – Jussara. Conversei com a coordenadora
pedagógica da escola campo, e procurei se já poderia ir arrumar o data show na sala de aula do
3º ano do ensino médio. Disseram que sim, então entrei na sala de aula junto com a professora
de estágio, onde a mesma montou o data show. Saímos da sala de aula, e esperamos a professora
titular chegar, e quando ela chegou, entramos todas juntas.
Comuniquei aos alunos que ministraria duas aulas sendo aquela no primeiro e a outra
no quarto horário. Disse também aos alunos que estava ali presente na sala de aula a minha
professora de estágio, e que o conteúdo a ser ministrado estava no roteiro do livro didático,
sendo o tema: A Descolonização do Continente Africano no Século XIX – XX.
Pinsky e Pinsky (2008) dizem que,
O problema, em termos do processo de ensino-aprendizagem, é que o
abandono da diacronia, da ideia de processo, pode transformar o
45
conhecimento histórico numa sabedoria de almanaque mal dirigida, em que
acontecimentos, instituições e movimentos ocorrem do nada para o nada (p.
35).
Por isso, mostrei para meus alunos o local do assunto que iria falar, e chamei a atenção
para o tempo para que eles vissem que a história muda com o processo evolutivo da vida
humana. A citação prevê que o contexto histórico deve ser valorizado no seu espaço e também
no seu tempo, e por isso procurei mostrar a sua importância para meus alunos. Além de falar,
também mostrei algumas imagens para ilustrar e completar o assunto que estava sendo
estudado.
No primeiro momento: Mostrei dois mapas do continente africano, para que os alunos
identificassem, onde estava localizado o deserto do Saara, e fiz uma breve introdução sobre o
Domínio Colonial. No segundo momento: Expliquei que antes da segunda guerra mundial,
quase todo o continente africano estava sobre o domínio colonial predominantemente da
Inglaterra e França, pois essas são as duas superpotências do continente europeu que o livro
didático trás. Só que através das outras leituras pude perceber que tivemos mais países europeus
envolvidos como: Alemanha, Rússia, Bélgica, Portugal, França e Itália.
A autora Selva Guimarães Fonseca (2003) fala da importância da pesquisa para o
professor. Desde a sua formação inicial, ele deve fazer pesquisas, procurar se atualizar. Deve
saber ir além do que o livro didático traz. Deve ser um professor pesquisador.
A autora Fonseca aborda que durante a formação inicial do professor a “teoria e prática,
sujeito e objeto localizam-se em pólos distintos. A prática constitui mero campo de aplicação
de teorias; logo, para ser professor é necessário dominar os conhecimentos específicos da
disciplina que vai ministrar” (2003, p. 69-70).
Mas isso a Universidade Estadual de Goiás, Câmpus de Jussara procurou melhorar.
Durante o estágio aprendemos que teoria e prática não se separa e que a pesquisa deve acontecer
durante toda a vida do professor. Sem pesquisar em outros livros, meu conhecimento sobre o
continente africano não seria o suficiente para ministrar minha regência.
Mostrei também o mapa mundi, para os alunos situarem onde está localizado o
continente europeu e o continente africano, e expliquei os termos: Colonialismo, Imperialismo.
Trabalhar conceitos com eles é uma tarefa muito importante para mostrar que a história é um
processo cheio de transformações, ainda mais se tratando de um tema tão complicado, político
como a partilha injusta do continente africano e a sua luta pela independência.
O autor Leandro Karnal (2014, p. 94), diz que sempre é “necessário repetir: uma boa
aula não precisa de tecnologia. A tecnologia é uma ferramenta privilegiada, jamais o objetivo
46
em sim”. Usei slides e analisei várias imagens durante a regência, mas sabia que o recurso não
iria falar por mim. O recurso é importante mais é o professor que faz o processo acontecer.
Continuando com a regência, expliquei que o colonialismo aconteceu porque as
potências do continente europeu colonizaram o continente africano, como já havia mencionado
acima Inglaterra, Alemanha etc. Esses países são imperialistas por que romperam fronteira do
continente africano para obter as riquezas do continente como: petróleo, pedras preciosas,
diamantes, café, cana de açúcar, algodão, e mão de obra barata.
Também procurei valorizar o que eles sabiam sobre o assunto da aula, como alguns
aspectos sobre o continente africano, Nelson Mandela e outros.
Dados comprovam que a aprendizagem melhora quando os professores dão
atenção ao conhecimento e às crenças trazidas pelos alunos para a sala de aula,
quando utilizam esse conhecimento como ponto de partida para a nova
instrução e quando monitoram as mudanças de concepção dos alunos à medida
que a instrução evolui (BRANSFORD, BROWN E COCKING, 2007, p. 29
apud SCHMIDT e CAINELLI, 2009, p. 66).
Identificando o que eles sabem é possível pensar em outras formas de acabar com o
preconceito e o racismo, trazendo as respostas certas para as questões da atualidade. Ao falar
sobre essas superpotências europeias, que escravizavam os habitantes negros do continente
africano, tendo forte interesse econômico e político, procurei mostrar o processo como isso se
organizou e como acabou. Teve um aluno que não tinha compreendido o que era imperialismo,
mas expliquei novamente o que era aquele termo.
Abordei com os alunos sobre a Conferência de Bandung de 1955, que reuniu 23 países
Asiáticos e 06 países do continente africano. Essa conferência tinha vários objetivos, entre eles
o de mapear o futuro de uma nova força política global a fim de acabar com o colonialismo.
Utilizei no recurso uma charge que questionava se o colonialismo tinha sido justificado por
uma teoria racista, porque segundo os colonizadores os povos do continente africano não
poderiam atingir sozinho o progresso, cabendo as potências colonizadoras de levar essa
possibilidade para a África.
Lendo as Diretrizes Curriculares Nacionais (2013), que é um documento que organiza
os princípios da educação em todo o Brasil, vi a seguinte orientação, que diz que a criança deve
ser preparada para entrar em contato com os diversos elementos plurais da sociedade, para saber
lidar com preconceitos, os valores culturais, os recursos naturais.
47
Desde muito pequenas, as crianças devem ser mediadas na construção de uma
visão de mundo e de conhecimento como elementos plurais, formar atitudes
de solidariedade e aprender a identificar e combater preconceitos que incidem
sobre as diferentes formas dos seres humanos se constituírem enquanto
pessoas. Poderão assim questionar e romper com formas de dominação etária,
socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional, linguística e religiosa,
existentes em nossa sociedade e recriadas na relação dos adultos com as
crianças e entre elas. Com isso elas podem e devem aprender sobre o valor de
cada pessoa e dos diferentes grupos culturais, adquirir valores como os da
inviolabilidade da vida humana, a liberdade e a integridade individuais, a
igualdade de direitos de todas as pessoas, a igualdade entre homens e
mulheres, assim como a solidariedade com grupos enfraquecidos e
vulneráveis política e economicamente. Essa valorização também se estende
à relação com a natureza e os espaços públicos, o respeito a todas as formas
de vida, o cuidado de seres vivos e a preservação dos recursos naturais (p. 87).
Por isso, falei alguns pontos da vida social dos africanos, em países ricos e pobres, e
esclareci dúvidas sobre algumas doenças que afetam alguns países da África, como a
tuberculose, malária, AIDS e o sarampo. Durante a explicação procurei fazer os alunos
refletirem sobre sua responsabilidade para com sua comunidade. E finalizei o primeiro horário
mostrando a tabela da divisão do continente.
Depois, entreguei uma tabela que identificava a independência dos países do continente
africano deste 1951 – 1980, e os alunos leram cada país descolonizado e especificou qual era a
potência que o havia colonizado.
Também procurei passar para os alunos que isso que aconteceu aos povos africanos foi
uma grande barbaridade. O Apartheid7, oficializado em 1948, foi um exemplo da desigualdade
racial imposta na África do Sul. É preciso refletir com críticas aquela forte segregação racial
que aconteceu nesse período para que não se repita, para que as pessoas sejam mais humanas,
receptivas, para que os alunos sejam menos preconceituosos e respeitosos com as diferenças.
Depois da explicação do conteúdo, entreguei a atividade avaliativa para os alunos do 3º
ano do Ensino Médio, no segundo horário. Somente alguns alunos conseguiram me entregar,
combinei com os alunos que na próxima quarta feira retornaria a escola e pegaria a atividade
avaliativa.
Ao recolher as atividades, a professora titular de história da sala disse que precisava das
notas o mais rápido o possível, então trouxe as atividades dos que haviam me entregado para
7
Foi um sistema político criado pelo Partido Nacional da República da África do Sul, e implantado principalmente
na África do Sul, que fazia a separação racial, política e também social, entre negros e brancos entre 1948 e 1994.
Era também uma política que queria a separação da diferentes “raças” humanas, e por isso qualquer tipo de
relacionamento entre branco e negro era proibido. O fim dessa política veio por meio de algumas pessoas que
passaram a fazer críticas e uma delas é Nelson Mandela. (Significado de Apartheid. Disponível em:
www.significados.com.br/apartheid/).
48
minha residência e fiz as correções. Coloquei as notas individuais dos alunos em uma folha que
eu estava fazendo o controle, e na própria atividade fiz algumas observações do que poderia ser
melhorado na resposta de alguns. Levei as atividades com as notas para a professora titular.
Adorei o desempenho dos alunos. Foi realmente gratificante corrigir a atividade que
apliquei para a turma, pois notei que as respostas foram boas. Avaliei também o comportamento
da turma durante a aplicação da atividade, que foi maravilhoso, não teve conversas paralelas,
não foi necessário chamar a atenção de nenhum dos alunos.
Finalmente consegui conclui mais uma etapa do Estágio Curricular Supervisionado
Obrigatório II. Isso é muito gratificante, pois identifiquei a realidade da vida de um profissional
da educação. Lidar com alunos não é uma tarefa muito fácil, ministrar aulas é mais difícil ainda
e, por isso o professor precisa estudar porque o saber muda diariamente. Também temos dúvidas
sobre alguns conteúdos, conceitos.
Avalio este processo de ensino do estágio como sendo uma etapa muito positiva, pois
ficou bem explicado durante as discussões em sala com a professora de Estágio Simone Luz, e
também pela vivência prática durante a Regência, que o professor não conta histórias. Professor
é aquela pessoa que ensina o conteúdo a partir das concepções dos autores. Ensinar “não é uma
profissão que se exerça horas por semana: é uma forma de partilhar o saber, um modo de relação
com os outros. Quanto à história, é um certo olhar sobre um mundo e um método de
conhecimento” (CHAUNU, 1987, p. 319 apud FONSECA, 2003, p. 83).
O professor é o transmissor de conhecimento, que também pode criá-lo desenvolvendo
pesquisas. Essa atividade do Estágio II foi um aprendizado não somente para nossa formação
enquanto profissionais, mas sim uma experiência para a vida toda, pois nos deparamos com a
realidade ao qual não havíamos experimentado com tanta intensidade.
De certa forma, todo o planejamento e em seguida a aplicação na sala de aula, favoreceu
para mim compreender que a base de toda a conquista parte inicialmente do bom professor, que
consegue desenvolver e aprimorar todo um conhecimento com seus alunos, os motivando.
Isso me fez ver o quanto uma aula pode transformar ideias e pensamentos, colaborando
e muito para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária. Por meio do Estágio,
consegui ver com outros olhos o papel do professor em sala de aula e percebi que quando se
dedica, algo acontece, e é isso que o estágio nos proporciona, aprimoramento, responsabilidade
com o futuro brasileiro.
49
CAPÍTULO IV: PROJETO VII OEVE - OFICINA PARA O ENEM E VESTIBULAR
2015
A elaboração do projeto de Oficina do ENEM e Vestibular 2015 (VII OEVE), constituise a quarta e última etapa do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório II, do 4° ano do
curso de Licenciatura em História. É um trabalho onde os estagiários escolhem alguns eixos
temáticos e aplicam na forma de uma oficina, para os alunos do Ensino Médio, a fim de preparálos para resolverem as questões que poderiam cair no ENEM e nos vestibulares.
É uma oportunidade muito importante concedida pela Universidade Estadual de Goiás:
Câmpus de Jussara, aos acadêmicos estagiários de poderem dialogar com os estudantes da
regional, das escolas que respondem a Subsecretaria de Educação de Jussara. Por meio dessa
iniciativa, a universidade está se mostrando aberta para a sociedade, para a população.
A realização deste trabalho é uma medida de ensino muito importante, pois abrange
diversos assuntos que fazem os jovens refletir sobre sua atuação na sociedade, a si verem
responsáveis por suas ações, estando conscientes de sua cidadania. Ao preparar a oficina, os
estagiários também pensaram em relacionar os conteúdos com as vivências presentes dos
alunos, para que eles pudessem si ver inseridos na história. Na citação abaixo vemos que o
ensino de história assumir diversos papeis, que devem ser trabalhados juntos com os alunos
para que eles consigam se relacionar com o diferente, com a heterogeneidade da sociedade,
tendo respeito.
Ao ensino de história cabe o papel educativo, formativo, cultural e político, e
sua relação com a construção da cidadania perpassa os diferentes períodos
políticos da história da sociedade brasileira. Desse modo, nos PCNs, fica
evidente a preocupação de localizar no campo da história questões que
remetem ao tempo que vivemos, como a identificação da heterogeneidade, a
distinção das particularidades da cidadania cultural, a política da convivência
e da tolerância em relação ao diferente (SILVA, 2007, p. 61).
Um dos objetivos dessa oficina foi justamente isso, demonstrar para o aluno que ele está
inserido na História e que ele pode mudá-la. “Isso pressupõe saber como dialogar com outras
pessoas de outras épocas e lugares, procurando conhecer como elas viveram, o que fizeram,
quais eram suas lutas e seus problemas, bem como ajudar a encontrar respostas” (SCHMIDT e
CAINELLI, 2009, p. 66-67). Todos os eixos temáticos escolhidos tem a finalidade de
50
proporcionar um ensino contextualizado para os alunos que virão participar desse momento de
debates.
É preciso criar momentos que possam levar os alunos concluintes do Ensino Médio a
refletirem sobre a história, sobre aquilo que ela nos traz. O ensino de história possibilita o
professor e o aluno a pensarem em diversos acontecimentos do passado que ainda influencia o
presente. A história orienta a vida, e por isso ela não é uma acumulação de informações mortas
e se sentido.
Neste relatório abordarei como se deu todo o processo de orientação de estágio, criação
do projeto de oficina do VII OEVE, aplicação e avaliação da mesma, que aconteceu na
Universidade Estadual de Goiás Campus – Jussara. No Estágio Curricular Supervisionado
Obrigatório II, o presente projeto, juntamente com todas as outras atividades equivalem a 50
horas.
No decorrer deste bimestre, tivemos estudos de textos teóricos, que possibilitaram
compreender a Didática da História junto com as funções inerentes da profissão docente. Nos
encontros de Estágio, a partir do dia 10 de agosto de 2015, a professora de estágio disse para os
acadêmicos já irem pensando em doze questões bem elaboradas, com bom enunciado, charge
etc., pois essas questões seriam trabalhadas com os alunos das cidades vizinhas da nossa região.
Nesse encontro do dia 10 de agosto, escolhemos alguns eixos de conteúdos como
“Movimentos Revolucionários Sociais”, que teve como temática a “Questão Racial no Brasil
no século XX”, estando na responsabilidade das acadêmicas Késsia Aparecida, Tayana Santos
e do acadêmico Paulo Ricardo, que deveriam elaborar as perguntas e ministrar o conteúdo deste
eixo. Outro tema de nome “Movimentos Operários e as suas Conquistas Legais no Brasil”
ficaram com as acadêmicas: Dayana Santos e Elizangela Marcelina. Além destes tinha outro
grupo que deveria falar sobre a temática dos “Movimentos Revolucionários Ambientais a partir
da década de 70 no Brasil”, que ficou na responsabilidade de Suelma de Jesus e Sheila
Aparecida.
O eixo temático “Grandes Guerras do Século XX” tinha como temas: “Primeira Guerra
Mundial 1914 – 1918”, que ficou com as acadêmicas Maria Margarida e Lucinda Oliveira8; e
“Segunda Guerra Mundial 1930 – 1945”, na responsabilidade das acadêmicas Maria Aparecida
e Juliana Vieira.
8
Até a presente data a acadêmica Lucinda Oliveira estava matriculada no Estágio Curricular Supervisionado
Obrigatório II, onde ajudou-me a elaborar a pergunta sobre a Primeira Guerra Mundial 1914 – 1918.
51
Já o eixo da Guerra Fria 1945 – 91, as estagiárias responsáveis para elaborar as perguntas
deste tema foram Jennifer Amaral e Nayrhainne Duarte. Neste dia construímos os três eixos
temáticos, e cada acadêmico ficou responsável por elaborar as duas perguntas que seriam
utilizada na Oficina do Enem e Vestibular 2015. Dentre os eixos temáticos tinha um com o
nome: “Teoria Periodização Histórica”, que foi escolhido, mas não foi possível manter, e por
isso decidimos que seria tirado.
No dia 24 de agosto de 2015 houve outra orientação de Estágio. Durante esse encontro,
teve-se um momento de discussão sobre os conteúdos mais cobrados no ENEM e vestibulares
dos anos anteriores, e na sequência, os acadêmicos pensaram em alguns temas específicos, que
foram organizados por eixos temáticos.
Na ocasião, a professora do Estágio Simone Luz da Silva conversou com todos os
acadêmicos sobre o andamento da pesquisa e viu ser necessário fazer modificações nos eixos
escolhidos, ficando oficialmente a II OEVE – Oficina Para Enem e Vestibular 2015 assim
organizada: I eixo temático - Movimentos Revolucionários Sociais, “Questão Racial no século
XX”; “Movimentos Revolucionários Ambientais a partir de 1970 e no Brasil 1990”. II segundo
eixo temático - As Grandes Guerras do século XX, “A Guerra Fria (1945 – 1991)”; “Primeira
e Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945)”. No caso, não mudou apenas as temáticas, mas os
grupos também, ou seja, alguns acadêmicos foram mudados de grupo. Sobre a temática da
“Primeira e Segunda Guerra Mundial”, as estagiárias responsáveis por este temas foram Maria
Margarida, Késsia Aparecida e Juliana Vieira.
Ao invés de trabalhar com três, montamos o projeto com dois eixos temáticos que são
os que estão acima, pois dessa forma ficou bem melhor. Antes tinha muito conteúdo e o tempo
que teríamos para ministrá-lo não iria dar tempo.
Ao elaborar a pergunta sobre a Primeira Guerra Mundial foi muito gratificante, tive o
apoio e a colaboração das minhas colegas, e após as trocas de colegas e as mudanças dos eixos
temáticos, é necessário dizer que continuei com a mesma temática.
As duas colegas elaboraram a segunda questão sobre a segunda guerra mundial, e
enviamos todas as duas perguntas para a professora de Estágio, onde foram feitas algumas
modificações na imagem. Após isso ficaram prontos as perguntas.
Foi muito interessante elaborar as perguntas, pois aos poucos estamos conseguindo
ampliar nosso leque de conhecimentos, e isso é maravilhoso, pois somando com o que Karnal
(2014) diz sobre a elaboração de avaliações, que deve ser feita com atenção, sendo as perguntas
bem elaboradas e com especificações, o professor tem mais segurança e conhecimento para o
exercício da sua profissão. Esta última etapa do Estágio, traz a proposta da Oficina do Enem e
52
Vestibular, que foi uma experiência única, pois trabalhamos em conjunto com os demais
colegas.
As questões utilizadas na Oficina foram bem teóricas, questões estas que já caíram em
outros Vestibulares e Enem de outros anos, e outras que foram por nós mesmos elaboradas.
Foram dias de pesquisas, em cadernos de prova de Enem anteriores, em sites na internet, em
livros etc. Mas ocorreu bem, na organização das questões da VII OEVE.
Esses momentos foram de intensas pesquisas para os estagiários, pois buscaram
aprofundamento teórico em livros, sites, e também mapearam as formas como os conteúdos dos
eixos vinham sendo utilizados nas provas avaliativas do Enem e Vestibulares, principais meios
de acesso ao ensino superior.
Logo, se concebemos a tarefa de formar como um modo de combater os
discursos etnocêntricos, conservadores e preconceituosos, implícitos e
explícitos nos discursos curriculares, nos meios de comunicação em massa e
nos materiais didáticos, devemos valorizar permanentemente, na ação
curricular, as vozes dos diferentes sujeitos, o diálogo, o respeito à diferença,
o combate à desigualdade e o exercício da cidadania (SILVA, 2007, p. 55)
Para ensinar é preciso ouvir as vozes dos sujeitos que estão diante do tempo presente.
Ouvindo elas, é possível identificar os preconceitos e discursos etnocêntricos. Fazendo isso, o
professor então já fica sabendo de onde ele pode partir da sua explicação. Por isso o professor
precisa estar ciente da importância da pesquisa para sempre se manter atualizado, ouvindo o
que os sujeitos do presente estão falando sobre o passado. Estando preparado, o professor que
tem embasamento teórico e prático, consegue levar seus alunos a refletir sobre as desigualdades
e sobre o respeito as diferenças.
Marcos Silva (2007) diz que ao fazermos escolhas sobre os conteúdos devemos ter
consciência de que o conhecimento não pode ser limitado. Aquilo não pode ser visto como
verdade absoluta. E por isso temos que respeitar as diferenças. Isso é um dos objetivos da
oficina, proporcionar aos alunos o contato com discussões que os mostrem como algo remoto
ainda reflete no presente.
4.1. Elaboração e Organização do Projeto
53
Como os responsáveis pela organização do eixo temático “Primeira e Segunda Guerra
Mundial”, moravam em cidades diferentes, organizamos a metodologia, justificativa e a
conclusão do projeto da oficina através do e-mail. Passamos noites acordados organizando estes
temas que compõe o projeto.
Como sabemos que a “pesquisa pode tornar o sujeito-professor capaz de refletir sobre
sua prática profissional e de buscar formas (conhecimentos, habilidades, atitudes, relações) que
o ajudem a aperfeiçoar cada vez mais seu trabalho docente” (ANDRÉ, 2012, p. 123), fizemos
diversas pesquisas para melhorarmos nossos saberes.
Pesquisamos conteúdos teóricos no livro: “A Primeira Guerra Mundial” do autor Luiz
César Bª Rodrigues. Conseguimos obter este livro na biblioteca da Universidade Estadual de
Goiás Câmpus – Jussara. O livro é composto por 5 capítulos referente ao fato ocorrido da Guerra
Global (Primeira Guerra Mundial), pois envolveu vários países, lembrando que essa guerra
iniciou–se em 1914 e foi até 1918, onde as superpotências do continente Europeu e Asiático
foram as principais nações imperialistas envolvidas na guerra.
Alemanha e a Inglaterra são os principais protagonistas do imperialismo, pois foram
eles que romperam a fronteira do continente africano, para obter as riquezas existente no
mesmo. Esses países imperialistas conseguiram formar alianças com outros países, oferecendo
riquezas que seriam conquistadas no continente africano.
Foram através destas alianças que começaram então as disputas dos países imperialistas,
e foi através do conceito imperialismo que conseguimos identificar o conteúdo de como seria a
questão da Oficina do Enem.
De certa maneira, estivemos ansiosos para realizar a oficina do Enem, para concluir
mais uma etapa do estágio. Depois das pesquisas feitas, finalmente as coisas estão fluindo
naturalmente, não estamos nervosos, pois temos domínio do conteúdo proposto. Aprendemos
no Estagio Curricular Supervisionado Obrigatório II, que o professor tem que saber conteúdo,
pois assim estará seguro para trabalhar na sala de aula. Tendo domínio de conteúdo, fazendo
pesquisas, “o professor se sentirá menos dependente do poder sociopolítico e econômico e mais
livre para tomar decisões próprias” (ANDRÉ, 2012, p. 123).
Nessa etapa do processo de ensino e aprendizagem, nos deparamos mais uma vez com
a realidade de um professor de história. Todo o material utilizado deve ser baseado em fontes e
livros teóricos. Está sendo um trabalho árduo, mas o qual se torna necessário para que a II
OEVE ocorra perfeitamente.
Essa oficina fez com que nos aproximássemos mais do nosso futuro local de trabalho.
Chegar até aqui requer força de vontade, humildade em primeiro lugar. Errar é humano. Saber
54
aprender é fundamental, saber ouvir as críticas e utilizá-las para o aprimoramento pessoal é
fundamental para o bom sucesso e também nos ajudar a crescer. Serei uma professora de
história qualificada e irei fazer a diferença, pois a minha professora do estágio é bastante
qualificada e me proporcionou melhoras profissionais.
As reuniões dos acadêmicos para a organização do projeto de oficina vinham
acontecendo desde o dia 29 de agosto e 1 de setembro, pois nesses dias nos reunimos para
decidir como seriam feitas as correções pois os projeto deveria ser entregue para a professora
no dia 14 de setembro, que também nesse dia nos fez vários esclarecimentos sobre esse trabalho
de oficina. Nos próximos encontros de estágios, do dia 21 de setembro, também tivemos as
últimas orientações para finalização do projeto, e recebemos avisos sobre a quantidade de
alunos que viriam participar da oficina.
Já os encontros do dia 28 de setembro e 05 de outubro foram momentos de fazer a
simulação da oficina, de expor os materiais didáticos preparados. Nesse momento a professora
de estágio ressaltou que a tecnologia ajuda o decorrer da aula. “Há dois aspectos a considerar
agora. Um foi a transformação do computador e da internet como recursos didáticos [...] O
outro [...] é a transformação na cabeça dos alunos e na maneira de aprender” (KARNAL, 2014,
p. 91). A professora alertou sobre o perigo da dependência desses recursos, pois os mesmos
apenas auxiliam, mas não substitui o professor, que deve ter autonomia profissional, saber
conteúdo e saber também usar a tecnologia a seu favor. Então com o projeto pronto, com as
pesquisas realizadas, orientações de estágio em ordem, esperávamos o dia x da oficina.
4.2. Execução da VII OEVE – Oficina para Enem e Vestibular
O grande dia chegou: 06 de outubro de 2015. Hora de executar a II Oficina do Enem e
Vestibular, e fomos orientados a chegar na Universidade Estadual de Goiás: Câmpus – Jussara,
ás 12h:00. Assim fizemos e começamos a montar os computadores e as caixas de som nas 4
salas de aulas utilizadas. A princípio, notei que algumas colegas estavam nervosas, mais isso é
normal, pois naquele momento utilizaríamos a teoria e a prática, e aplicaríamos aquilo que
sabíamos para os alunos do 3º ano do Ensino Médio.
Tínhamos a plena convicção de que deveríamos ser objetivos naquilo que deveríamos
falar para não gerar dúvidas. “O problema de simplesmente dizer não à forma de comunicação
dos alunos é que se cria um ambiente dividido: existe o mundo real, vibrante e comunicativo, e
55
existe a escola, que fala uma língua que ninguém mais usa” (KARNAL, 2014, p. 95). Por isso,
procuramos adequar as explicações conceituais ao ponto mais próximo do nível de
desenvolvimento do aluno, pois não adiantaria falar termos científicos e palavras difíceis se o
aluno não conseguisse compreender o real significado daquilo que estava aprendendo. Na
citação abaixo, Bittencourt também diz que o ensino deve ser aplicado nas escolas levando em
consideração a capacidade mental de aprender dos alunos.
A eficiência do ensino está comprometida com o nível de desenvolvimento do
aluno, sem esquecer o desenvolvimento operatório piagetiano, mas encontrase relacionada às estruturas de conhecimento adquiridas por uma série de
experiências e formas de convívio que incluem motivações e emoções. O
importante, na aprendizagem conceitual, é que sejam estabelecidas as relações
entre o que o aluno já sabe e o que é proposto externamente – no caso, por
interferência pedagógica, de maneira que se evitem formas arbitrárias e
apresentação de conceitos sem significados, os quais acabam sendo
mecanicamente repetidos pelos alunos, confundindo-se domínio conceitual
com definição de palavras (BITTENCOURT, 2004, p. 189-190. Grifos da
autora).
Ás 13h: 00 então, pensando em dar boas explicações para os alunos, relacionando o
conteúdo atualizado com o que eles já sabiam, iniciamos o trabalho, com as devidas
apresentações dos/as professores/as e dos eixos temáticos que seriam ministrados. Inicialmente
comunicamos que os alunos poderiam responder as duas questões sobre a “Primeira e Segunda
Guerra Mundial”, onde eles teriam 10 minutos para fazerem isso.
Após os 10 minutos, a acadêmica Maria Margarida explicou sobre as causas da Primeira
Guerra Mundial. Em seguida, a acadêmica Kessia abordou sobre as causas da Segunda Guerra
Mundial, e para finalizar, a acadêmica Juliana continuou com as explicações sobre a Segunda
Guerra Mundial, lembrado que as explicações foram embasadas nas perguntas da Oficina. Após
esse processo de contextualização histórica, passamos um trecho do filme: A LISTA DE
SCHINDLER, sobre a Primeira e Segunda Guerra Mundial.
Fechando o conteúdo, foi explicado sobre o porquê das questões erradas e qual era e
questão certa e por que ela estava correta, e assim aconteceu da mesma forma com a segunda
questão. No VII OEVE foram utilizadas somente questões objetivas, e na conclusão dos 45
minutos que cada grupo tinha em cada sala, agradecemos pela colaboração e atenção dos alunos.
No final, passamos uma ficha contendo um questionário para que os alunos nos
avaliassem e desse sugestões de melhoras. O objetivo para esta proposta si divide em dois
momentos simultâneos; primeiro, para os acadêmicos é um meio de obter um retorno específico
56
do nosso público alvo, e segundo, para os alunos do Ensino Médio foi um momento de
participarem de uma social, de serem ouvidos.
Após a realização da oficina fomos todos direcionados para o auditório da UEG:
Câmpus Jussara, para que pudéssemos ler as respostas dadas pelos alunos. No geral, as
avaliações foram positivas, pois tivemos muitos elogios e algumas sugestões de melhoras em
relação ao tempo do intervalo, que para eles deveria ser estendido mais. Alguns até pediram
que o tempo para cada grupo fosse aumentado também.
O processo de avaliação dessa etapa do estágio foi positivo. As orientações de estágio
foram esclarecedoras tirando as nossa dúvidas quanto aos conteúdos e as formas de aplicar a
oficina. Todos os estagiários também colaboraram nas pesquisas realizadas, e ajudaram a
elaborar o projeto. Tivemos algumas dificuldades para fazer as correções pois alguns colegas
trabalhavam no contra turno ou não morava em Jussara e por isso não era possível reunir a
turma sem ser no período noturno. No dia da oficina todos também conseguiram se adequar ao
tempo que tinham, não prejudicando o rodízio que foi realizado nas salas. Ninguém faltou e
isso foi muito bom pois não dificultou para ninguém a explicação do conteúdo.
Enfim, esta oficina foi muito boa, pois ajudou os alunos do Ensino Médio a se
prepararem para as provas dos vestibulares, ampliando seus conhecimentos e para os estagiários
foi mais uma etapa concluída do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório II, em que
aprenderam a importância do planejamento coletivo, refletindo sobre a necessidade de se ter
uma boa organização das metodologias e conteúdos. Também foi um momento de grandes
aprendizagens, pois pesquisamos muito, e estivemos empenhados no exercício da profissão.
57
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório II foi um momento
muito importante para os acadêmicos do 4º História. Durante as atividades realizadas, tendo
também o apoio da disciplina Didática e Metodologia do Ensino de História II, pudemos
aprender metodologias de ensino necessárias para melhorar a qualidade da educação.
Na parte teórica trabalhamos textos que nos ajudaram a refletir sobre a necessidade do
professor continuar estudando para aprimorar seus conhecimentos. Isso é necessário por que o
conhecimento passa por mudanças. O professor precisa então desenvolver pesquisas para
produzir conhecimentos, e deve estar motivado pela formação continuada, para que possa
conseguir atender as exigências do mercado de trabalho, que busca os mais capacitados.
Discutimos a própria didática da história, por meio de análises mais teóricas a respeito.
A sociedade está mudando. As pessoas estão muitos voltadas para as tecnologias, e durante a
realização do estágio foi possível reconhecer que as metodologias usadas para ensinar precisam
ser diversificadas. O professor deve usar a tecnologia como uma das metodologias a seu favor,
mais também não pode ser dependente dela.
O estágio nos mostrou que precisamos nos capacitar diariamente, fazendo pesquisas,
planejando as aulas para atendermos a esse público diversificado com respeito e qualidade. Não
se pode querer continuar ensinando da maneira como os professores faziam a 50, 40, 30 anos
atrás porque as pessoas estão vivendo o mundo de maneiras diferentes.
Todo esse processo que vivenciei e que estou me inserindo, foi muito importante para
minha formação. Foi um momento que praticamos á docência, que pesquisamos conteúdo,
pensamos metodologias, e colocamos em prática na universidade e também na escola campo
aquilo que tínhamos aprendido.
O contado que tive com o Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos, posso sem
dúvida alguma dizer que foi muito satisfatório, pois apesar das dificuldades enfrentadas, obtive
um ganho intelectual e prático muito positivo. Li alguns documentos da escola campo como
PPP e PDE e aprendi que a escola deve planejar bem suas ações para poder oferecer uma
educação de qualidade para seus alunos.
Consegui a partir dessa experiência, identificar que o professor é um agente construtor
e modificador da sociedade, que tem um papel importante em transmitir conhecimento. Sem
saber conteúdo e a forma como vai ensinar o professor não consegue ministrar uma boa aula.
58
Ele também tem a tarefa de preparar e capacitar alunos na arte de analisar, debater, criticar, e
exercer a cidadania.
Cada momento do Estágio II foi muito importante. Inicialmente pudemos refletir sobre
a necessidade que a escola tem de planejar suas ações e objetivos por meio do PPP e de seu
Regimento Interno, estando de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação
Básica. Depois tivemos um momento de auxílio a um professor que já estava trabalhando na
escola campo, onde também identificamos a realidade de uma sala de aula. Na sequência
também ministramos a Regência, colocando em prática os saberes que já estávamos
construindo. E por último aprendemos a planejar em grupo, escolhendo metas e discutindo
conteúdos, que foram ministrados durante uma oficina.
Todos os textos lidos na disciplina de Didática e Metodologia do Ensino de História II
colaborou muito para a realização do Estágio II, por meio de discussões que abordaram diversos
temas importantes dentro da graduação. Com essa preparação teórica e prática, pode-se esperar
então que os estagiários estejam preparados para o exercício da docência, reconhecendo a
importância da formação continuada para se ter uma educação de qualidade.
Concluindo, para se ter uma boa educação, deve-se pensar a escola como um lugar que
deve atender com qualidade as pessoas que a procura. Para isso é preciso ter professores
capacitados para essa função, pois são formadores de opiniões, que fazem a diferença na
sociedade. O estágio foi relevante porque mesmo antes de terminar a graduação, pude estar
dentro do meu futuro ambiente de trabalho, refletindo a teoria aprendida na universidade com
a prática da escola campo.
59
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Manuel Correia de. O Brasil e a África. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 1991.
ANDRÉ, Marli E. D. A. de. Ensinar a pesquisar: como e para quê? In: VEIGA, I. P. A (Org.).
Lições de Didática. 5° ed. Campinas, SP: Papirus, 2012. p. 123 – 134. (Coleção Magistério:
Formação e Trabalho Pedagógico).
ALVES, Alexandre. Conexão com a História.1ª Ed. São Paulo: Moderna, 2010.
BITTENCOURT, C. M. F. Aprendizagens em História. In: Ensino de História: fundamentos
e métodos. SP: Cortez, 2004. p. 183 – 221. (Coleção docência em formação. Série ensino
fundamental. Coord. Antônio J. Severino, Selma G. Pimenta).
BITTENCOURT, Circe Fernandes. Livros Didáticos de História: Práticas e Formação Docente.
In: SANTOS, Licínio de Castro Paixão (Org.). Convergências e Tensões no Campo da
Formação e do Trabalho Docente. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio. In: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Básica. Brasília: 2013. p. 144-193.
BRUIT, Héctor H. O Imperialismo. 12ª ed. São Paulo: Atual, 1994.
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil geral. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
FONSECA, S. G. A pesquisa e a produção de conhecimentos em sala de aula. In: Didática e
prática de ensino de história: experiências, reflexões e aprendizados. Campinas, SP:
Papirus, 2003. p. 117-134.
______. Como nos tornamos professores de História: a formação inicial e continuada. In:
______. Didática e prática de ensino de história: experiências, reflexões e aprendizados.
Campinas, SP: Papirus, 2003. p. 59-87. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho
Pedagógico).
FLORIANI, Dimas. Conhecimento, meio ambiente e globalização. Curitiba: Juruá, 2011.
FRANCO JUNIOR, Hilário. A Idade Média – Nascimento do Ocidente. 6ª ed. São Paulo:
Brasiliense, 1995. p. 11-24; 170-179.
GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo: UNESP, 1991.
GOIÁS. Currículo de Referência da Rede Estadual de Educação, Goiânia, Seduc, 2012.
HISSA, Carlos Eduardo Viana (org). Saberes ambientais: desafios para o conhecimento
disciplinar. Belo Horizonte: Editora UFMG. 2008.
HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Cia de
Letras, 1995, p. 223-228.
60
JACCOUD, Luciana. Racismo e República: O Debate Sobre O Branqueamento e a
Discriminação Racial no Brasil. In: THEODORO, Mário (org.). As políticas públicas e a
desigualdade racial no Brasil: 120 anos após a abolição. Brasília: Ipea, 2008. p. 45-64.
JANOTTI, Maria de Lurdes. A Primeira Grande Guerra: o confronto de imperialismo. 7ª ed.
São Paulo: Atual, 2000.
KARNAL, Leandro. Apertem os cintos, chegou o dia da prova. In: ______. Conversas com
um jovem professor. 1ª ed. São Paulo, Contexto, 2014. p. 76-89.
KARNAL, Leandro. Tecnologia em Sala de aula. In: ______. Conversas com um jovem
professor. 1ª ed. São Paulo, Contexto: 2014. p. 91-103.
KOSMINSKY, Eugênio Alexeiévitch. História da Idade Média. Rio de Janeiro: Vitória,
1960. p. 11-24.
MANDEL, Ernest. O Significado da Segunda Guerra Mundial. 1ª ed. São Paulo: Ática,
1989.
MARTINEZ, Paulo Henrique. História Ambiental no Brasil. São Paulo: Cortez, 2006.
MATOS, Alderi Souza de. In: 500 anos de João Calvino: pensamentos sobre sua vida e
contribuições. Revista Caminhando. v. 14, n. 2, p. 171-179, jul./dez. 2009.
PEREIRA, Francisco José. Apartheid o horror branco na África Sul. 5ª ed. São Paulo:
Brasiliense, 1989.
PINSKY, Carla Bassanezi e PINSKY Jaime. Por uma História prazerosa e consequente. In:
KARNAL, Leandro (org). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 5ª. ed. São
Paulo: Contexto, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos,
2015.
Regulamento de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório II. Universidade Estadual
de Goiás, Câmpus de Jussara. 2014. p. 01-14.
RODRIGO, Luiz César B. A Primeira Guerra Mundial. 4ª ed. São Paulo: Universidade
Estadual de Campinas, 2010.
SADDI, Rafael. O parafuso da didática da história: o objeto de pesquisa e o campo de
investigação de uma didática da história ampliada. 2012, p. 211 – 220. (Artigo disponível no
site: www. uem.br acta).
SCHMIDT e CAINELLI. A aprendizagem histórica. In: ______. Ensinar história. São Paulo,
Scipione, 2009.
61
SILVA, Marcos. Conclusões e Perspectivas. In: SILVA, Marcos e FONSECA, Selva
Guimarães. Ensinar História no século XXI: em busca do tempo entendido. Campinas, SP:
Papirus, 2007. p. 125-141.
______. Entre a formação básica e a pesquisa acadêmica. In: SILVA, Marcos e FONSECA,
Selva Guimarães. Ensinar História no século XXI: em busca do tempo entendido.
Campinas, SP: Papirus, 2007. p. 13-41.
______. Tudo é História: o que ensinar no mundo multicultural. In: SILVA, Marcos e
FONSECA, Selva Guimarães. Ensinar História no século XXI: em busca do tempo
entendido. Campinas, SP: Papirus, 2007. p. 43-64.
THOMAS, Keith. O homem e o mundo natural. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Lições de didática. 5º Ed. Campinas, SP: Papirus, 2012. p.
125.
WORSTER, Donald. Para fazer História Ambiental. Estudos Históricos, Rio de Janeiro,
\101. 4, n. 8. 1991, p. 198·215.
DOCUMENTOS ELETRÔNICOS
A
CONSTITUIÇÃO
E
O
SUPREMO.
Disponível
<http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigobd.asp?item=%201940>.
Acessado
22/09/2014.
em:
em
A
FORMAÇÃO
DOS
REINOS
BÁRBAROS.
Disponível
<http://www.historiadomundo.com.br/idade-media/povos-barbaros.htm>. Acessado
15/08/15.
em:
em:
ÁFRICA. Disponível em: <http://pobrezafrica.no.sapo.pt/africa.htm>. Acesso no dia 02/09/15.
A IMPLEMENTAÇÃO DA LDB ALTERADA PELA LEI 10.639/2003 NA EDUCAÇÃO
BÁSICA. Disponível em: <www.acaoeducativa.org.br/fdh/?p=1644>. Acessado dia
15/04/2014.
APARTHEID. Disponível em: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/apartheid.htm>. Acesso
no dia 25/08/15.
A
TEOLOGIA
DE
JOÃO
CALVINO.
Disponível
http://www.mackenzie.com.br/15914.html. Acessado no dia 10/05/2015.
em:
A
VISÃO
SOCIAL
DE
CALVINO.
Disponível
http://www.mackenzie.br/visao_social_calvino.html. Acessado no dia 09/05/2015.
em:
62
ANGLOS SAXÕES. Disponível em: <http://antiguidadetardia.blogspot.com.br/2008/02/osreinos-anglo-saxes.html>. Acessado no dia 20/08/2015.
BURGÚNDIOS.
Disponível
em:
germanicos/burgundios/>. Acessado no dia 20/08/2015.
<http://www.infoescola.com/povos-
CALVINO. Disponível em: http://www.sohistoria.com.br/biografias/calvino/. Acessado no
dia 05/05/2015.
CONTINENTE AFRICANO. Disponível em: <http://kiaunoticias.com/2013/09/africacontinente-guerra-conflitos-continente-africano/>. Acesso no dia 02/09/15.
ESCOLA
DE
JOVENS
E
ADULTOS.
Disponível
em:
<SITE:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=183&Itemi
d=415> Acessado em 07/06/2015.
EXERCÍCIOS
DE
HISTÓRIA.
Disponível
em:
<http://exercicios.mundoeducacao.com/exercicios-historia/exercicios-sobre-i-guerra-mundial1914-1918.htm>. Acessado no dia 25/05/15.
EXERCÍCIOS
SOBRE
O
APARTHEID.
Disponível
em:
<http://exercicios.brasilescola.uol.com/exercicios-geografia/exercicios-sobre-apartheid.htm>.
Acesso no dia 27/08/15.
GENEBRA IGNORA A ATUALIDADE DE CALVINO. 2009. Disponível em:
<http://www.swissinfo.ch/por/genebra-ignora-a-atualidade-de
calvino/867160?ns_mchannel=ps&ns_campaign=DSA&ns_source=adw&ns_linkname=_cat:
swissinfo.ch&gclid=CIuDlb-H5sUCFcITHwodt4YAxg>. Acessado no dia 29/05/2015.
HISTÓRIA DA FORMAÇÃO E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS. Disponível em:
<http://www.suapesquisa.com/povosbarbaros/reinos_barbaros.htm>. Acessado em: 15/08/15.
HUNOS. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/povosbarbaros/>. Acessado no dia
20/08/15.
JOÃO CALVINO. Disponível em: http://www.suapesquisa.com/biografias/joao_calvino.htm.
Acessado no dia 05/05/2015.
LEI Nº 10. 639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm>. Acessado em 20/09/2014.
LEI
Nº
11.
645,
DE
10
MARÇO
DE
2008.
Disponível
em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm>. Acessado em
22/09/2014.
Lei
nº
13.
666
de
27
de
julho
de
2000.
<Site:http://www.gabinetecivil.go.gov.br/pagina_leis.php?id=2579>
07/06/2015.
Disponível
Acessado
em:
em
63
LOMBARDOS.
Disponível
em:
<http://www.suapesquisa.com/povosbarbaros/lombardos.htm>. Acessado no dia 20/08/2015.
LUIZ, Ademir. Educação não é missão. Revista Bula, 2009. Disponível em
<htt://www.revistabula.com/posts/colunistas/educação-nao-e-missao->.
OSTROGODOS.
Disponível
em:
germanicos/ostrogodos/>. Acessado no dia 20/08/2015.
<http://www.infoescola.com/povos-
PRIMEIRA
GUERRA.
Disponível
<http://www.suapesquisa.com/primeiraguerra/fotos.htm>. Acessado no dia 30/05/15.
em:
PROGRAMA
DINHEIRO
DIRETO
NA
ESCOLA.
Disponível
em:
<Site:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12320&Ite
mid=259> Acessado em 07/06/2015.
QUESTÕES
DE
VESTIBULAR.
Disponível
em:
http://formulageo.blogspot.com.br/2012/04/questoes-de-vestibular-africa.html. Acesso no dia
02/09/15.
REFORMA
PROTESTANTE
E
CONTRARREFORMA.
http://www.suapesquisa.com/protestante/. Acessado no dia 28/05/2015.
Disponível
REFORMA
RELIGIOSA.
Disponível
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=918.
Acessado
28/05/2015.
no
em:
em:
dia
SANTOS, Jocéli Domanski Gomes dos. A Lei 10.639/03 e a Importância de sua
Implementação
na
Educação
Básica.
Disponível
em:
<http://www.nre.seed.pr.gov.br/uniaodavitoria/arquivos/File/Equipe/Disciplinas/Biologia/A_
LEI_10639_03_E_A_IMPORTANCIA_DE_SUA_IMPLEMENTACAO.pdf>. Acessado em
19/09/14.
SIGNIFICADO DE APARTHEID. Disponível em: www.significados.com.br/apartheid/.
Acesso realizado no dia 05 de setembro de 2015.
SUEVOS. Disponível em:
Acessado no dia 20/08/2015.
<http://www.infoescola.com/povos-germanicos/suevos/>.
THEODORO, Mário. Desigualdade Racial e políticas públicas no Brasil: Documento para
a Audiência Pública sobre as políticas de ação afirmativa de acesso ao ensino superiorSTF. Brasília: Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2010. Disponível em:
<http://sistemas.mre.gov.br/kitweb/datafiles/IRBr/pt-br/file/STF_-Ipea_-_mar%C3%A7o1.pdf>. Acessado no dia 23/06/2015.
TORRES, Paulo Magno da Costa. A Formação dos Reinos Bárbaros. Disponível em:
<http://www.coladaweb.com/historia/a-formacao-dos-reinos-barbaros>.
Acessado
em:
15/08/15.
64
VÂNDALOS. Disponível em: <http://www.infoescola.com/povos-germanicos/vandalos/>.
Acessado no dia 20/08/2015.
VISIGODOS. Disponível em: <http://www.infoescola.com/povos-germanicos/visigodos/>.
Acessado no dia 20/08/2015.
65
ANEXOS
66
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
CÂMPUS JUSSARA
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO
DIAGNÓSTICO ESCOLAR
1 – Dados Gerais
1.1 – Nome do estabelecimento:_________________________________________________
Endereço:___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
1.2 – A entidade mantenedora é: Municipal (
Convênio ( )
)
Estadual (
)
Fundação (
)
1.3 – As séries oferecidas no Ensino Fundamental - II fase e Ensino Médio
são:________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Atendendo
aproximadamente
por
série
o
número
de
alunos:_____________________________________________________________________
Sendo o período de funcionamento: matutino ( ) vespertino ( )
noturno ( )
1.4 – Relate o histórico de fundação da Escola:
1.5 – A escola possui recursos/salas que auxiliem no trabalho do Professor? Com que frequência
estes equipamentos são utilizados? A escola acredita que favorecem a aprendizagem?
1.6 – Comente sobre as características dos alunos atendidos pela escola? Há participação das
famílias na vida escolar dos alunos? Como são as reuniões de pais?
1.7 - Quais são as medidas empregadas na escola para envolver a participação da sociedade nas
atividades escolares?
1.8 – Comente sobre o processo disciplinar da escola?
1.9 – Quais as principais dificuldades encontradas quanto a aprendizagem? E quais estratégias
e,ou projetos adotados para a recuperação dos alunos com dificuldades de aprendizagem?
67
1.10 – Sabemos que o planejamento são as expressões daquilo que se esperam ou considera
importante para uma boa formação educacional de nossas crianças e jovens. Nos quais tem
como princípio criar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. A partir desta premissa as
reuniões pedagógicas são frequentes? Os professores participam? Há comprovação de
resultados quanto aos assuntos discutidos nelas? Como a escola comprova estes resultados?
Comente sobre isso.
1.11 - Como a escola avalia os Estágios Supervisionados da UEG, fundamentalmente no que
tange à História? Têm contribuído para o processo de ensino aprendizagem? No que poderiam
melhorar?
2 - Projeto Político Pedagógico (PPP) e Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE)
2.1 – O PPP se encontra: em construção ( ) pronto( ) em execução( ) inexistente( )
2.2 – O PDE se encontra: em construção ( ) pronto( ) em execução( ) inexistente( )
2.3 - Comente como a instituição elabora os documentos, visando atender as demandas de cada
disciplina, em especial a de História.
2.4 – Quais as metas constantes no PDE da escola para a disciplina de História?
2.5 – De que maneira a Reorientação Curricular do Estado de GO têm sido trabalhada? Como
as questões propostas dialogam ou não com o livro didático escolhido? Ainda, como a proposta
de História nesta escola, atende ao que o PCN, Currículo de Referência, Diretrizes Curriculares
propõem?
3 – Professor de História
3.1 - Você, professor de História, como avalia seu desempenho profissional diante seus alunos,
e como avalia o desempenho de seus alunos perante ao seu trabalho.
3.2 – Quais os critérios para a escolha dos livros didáticos de História? Os livros didáticos
selecionados atendem as expectativas pedagógicas?
3.3 – Quais são as estratégias empregadas durante as aulas de História para que haja uma boa
relação professor- aluno e o aprendizado aconteça?
3.4 – Como os estudos sobre a África tem sido efetivados? A partir de que material?
3.5 – Como a disciplina de História tem lidado com os alunos portadores de necessidades
especiais?
68
3.6 - Qual a maior dificuldade encontrada pelo professor no Ensino de História em um Curso
Profissionalizante?
3.7 - Em relação ao Ensino Médio Profissionalizante como que são divididas as disciplinas de
História?
69
70
PLANO DE AULA – PRIMEIRA MICRO AULA
Universidade Estadual de Goiás
Câmpus - Jussara
Série: 3ª ano.
Grau: Ensino Médio
Semestre: Primeiro Bimestre
Turno: Noturno
Disciplina: História
Tempo: 40 minutos
Data: 26/05/2015
Professora Titular: Simone Luz da Silva
Professor Estagiário: Maria Margarida Gonçalves Barbosa
Tema: A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
Conteúdo:

Imperialismo;

O estopim da Primeira Guerra Mundial;

Corrida Armamentista, política de alianças e a paz armada;

A Conjuntura do Conflito Bélico Mundial;

Bloco de países que Participaram da Primeira Guerra Mundial;

As Principais Fases da Primeira Guerra Mundial: consequências, destruições e
Mudanças da Primeira Guerra Mundial e fim do Conflito;

Mulheres no mercado de Trabalho.
Expectativas de Aprendizagem:

Apresentar o que motivou a Primeira Guerra Mundial;

Analisar quais os interesses que estavam por trás deste acontecimento;

Compreender todo o processo deste seu início até o fim da Guerra, analisando os pontos
negativos e positivos desse período;

Problematizar e analisar as imagens retratadas durante o conflito.
Habilidades:
71

Compreender o estopim da Primeira Guerra Mundial;

Entender o que é Imperialismo;

Identificar o que foi a Paz Armada e a Corrida Armamentista;

Entender qual o interesse dos países que participaram das tríplices;

Reconhecer as conquistas realizadas pelas mulheres nos anos de 1918 -1920.
Metodologia:
Primeiro Momento

Fazer uma breve introdução sobre o estopim da Primeira Guerra Mundial, abordar sobre
acorrida armamentista e política de alianças, explicar que essas disputas e rivalidades deram
origem à chamada paz armada. Compreender a conjuntura do conflito bélico mundial que
iniciou se em 28 de julho de 1914.
Segundo Momento

Identificar a sucessão de acontecimentos que ocorreu no ano de 1914 -1920, analisar os
países que participaram das Tríplices, apontar quais foram às destruições e mudanças que
ocorreram ao longo destes anos. Finalizando a aula abordarei sobre o fim do conflito, e a
conquista das mulheres no mercado de trabalho.
Recursos:

Humanos: (alunos/professor). Didáticos: computador, data - show (slides com imagens
teóricas e mapas), laser, lousa, giz, apagador e atividade.
Referências Bibliográficas
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil Geral. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
ALVES, Alexandre. Conexão com a História 1ª. Ed. São Paulo: Moderna, 2010.
RODRIGO, Luiz César B. A Primeira Guerra Mundial. 19ª ed. São Paulo: Atual, 1994.
JANOTTI, Maria de Loudes. A Primeira Grande Guerra: o confronto de imperialismo. 7ª ed.
São Paulo: Atual, 2000.
Documentos Eletrônicos:
Primeira Guerra. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/primeiraguerra/fotos.htm>.
Acessado no dia 20/05/215.
72
Conteúdo da primeira micro aula
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
(1914-1918)
• Maria Margarida Gonçalves Barbosa.
• Universidade Estadual de Goiás Campus
Jussara.
• Licenciatura em História.
–
ESTOPIM
•
Arquiduque é
um titulo dos
príncipes da
Antiga
Família
reinante da
ÁUSTRIA.
Estudante Gavrilo.
Organização
Secreta.
Sérvia.
73
COLÉGIO ESTADUAL JANDIRA PONCIANO DOS PASSOS
Disciplina: História
Valor: 2,0
Série: 3ª Ano
Nota:_____
Data: ____/______/______
Aluna (o): __________________________________________________________
Professora de Estágio: Simone Luz da Silva
Professora Estagiária: Maria Margarida Gonçalves Barbosa Santos
Atividade
1.Observe a foto destes soldados britânicos entrincheirados durante a Primeira Guerra Mundial.
Com base nessas informações, responda:
a) Identifique as duas fases que marcam os conflitos da Primeira Guerra Mundial.
b) Descreva as dificuldades experimentadas pelos soldados que lutaram nas trincheiras da
Primeira Guerra.
2. As fotos retratam o início da Primeira Grande Guerra em 1914. A observação atenta as
imagens reproduzidas e sua contextualização histórica permitem concluir, EXCETO:
74
a)
O estado de espírito no começo da guerra era de confiança e determinação, como
atestado a expressão de otimismo e tranquilidade dos soldados.
b)
O papel das mulheres foi de extrema importância durante todo o conflito, pois muitas
foram engajadas como combatentes nas tropas regulares.
c)
A maior parte da opinião pública em 1914 mostrava-se visivelmente favorável à guerra,
acreditando-se que o seu desfecho seria rápido.
d)
As populações dos países envolvidos no conflito foram tomadas por uma euforia
contagiante irresponsável, ignorância o real significado da guerra.
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
PLANO DE AULA – SEGUNDA MICRO AULA
Universidade Estadual de Goiás
Câmpus - Jussara
Série: 3ª ano
Grau: Ensino Médio
Semestre: Primeiro Bimestre
Turno: Noturno
Disciplina: História
Tempo: 40 minutos
Data: 08/06/2015
Professora Titular: Simone Luz da Silva
Professor Estagiário: Maria Margarida Gonçalves Barbosa
Tema: A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
Conteúdo:

Imperialismo;

O estopim da Primeira Guerra Mundial;

Corrida Armamentista, política de alianças e a paz armada;

A Conjuntura do Conflito Bélico Mundial;

Bloco de países que Participaram da Primeira Guerra Mundial;

As Principais Fases da Primeira Guerra Mundial;

Consequências, destruições e Mudanças da Primeira Guerra Mundial;

Fim do Conflito;

Mulheres no mercado de Trabalho.
Expectativas de Aprendizagem:

Apresentar o que motivou a Primeira Guerra Mundial;

Analisar quais os interesses que estavam por trás deste acontecimento;

Compreender todo o processo deste seu início até o fim da Guerra, analisando os pontos
negativos e positivos desse período;

Problematizar e analisar as imagens retratadas durante o conflito.
Habilidades:

Compreender o estopim da Primeira Guerra Mundial;
89

Entender o que é Imperialismo;

Identificar o que foi a Paz Armada e a Corrida Armamentista;

Entender qual o interesse dos países que participaram das tríplices;

Reconhecer as conquistas realizadas pelas mulheres nos anos de 1918 -1920.
Metodologia:
Primeiro Momento

Fazer uma breve introdução sobre o estopim da Primeira Guerra Mundial, abordar sobre
acorrida armamentista e política de alianças, explicar que essas disputas e rivalidades deram
origem à chamada paz armada. Compreender a conjuntura do conflito bélico mundial que
iniciou se em 28 de julho de 1914.
Segundo Momento

Identificar a sucessão de acontecimentos que ocorreu no ano de 1914 -1920, analisar os
países que participaram das Tríplices, apontar quais foram às destruições e mudanças que
ocorreram ao longo destes anos. Finalizando a aula abordarei sobre o fim do conflito, e a
conquista das mulheres no mercado de trabalho.
Recursos:
Humanos: (alunos/professor). Didáticos: computador, data - show (slides com imagens teóricas
e mapas), laser, lousa, giz, apagador e atividade.
Referências Bibliográficas
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil geral. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
ALVES, Alexandre. Conexão com a História.1ª Ed. São Paulo: Moderna, 2010.
RODRIGO, Luiz César B. A Primeira Guerra Mundial. 19ª ed. São Paulo: Atual, 1994.
JANOTTI, Maria de Lurdes. A Primeira Grande Guerra: o confronto de imperialismo. 7ª ed.
São Paulo: Atual, 2000.
Documentos Eletrônicos Disponíveis no Site:
Primeira Guerra. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/primeiraguerra/fotos.htm>.
Acessado no dia 30/05/15.
90
Exercícios de História. Disponível em: <http://exercicios.mundoeducacao.com/exercicioshistoria/exercicios-sobre-i-guerra-mundial-1914-1918.htm>. Acessado no dia 25/05/15.
91
Conteúdo da segunda micro aula
Iniciada a Primeira Guerra Mundial.
Estudante
Gavrilo.
Arquiduque.
ÁustriaHungria.
Sérvia.
POLÍTICA DE ALIANÇAS
Tríplice Aliança
(Potências Centrais )
25 de julho 1914.
Tríplice Entente
(Aliados)
•Império
Turco
Otomano.
•Alemanha;
•ÁustriaHungria;
•Itália.
•Inglaterra;
•Sérvia;
•Rússia;
•França.
02 de
agosto
1915.
Itália.
TRÍPLICE ALIANÇA
(POTÊNCIAS
CENTRAIS 1914 )
•Áustria-Hungria;
•Alemanha;
03-04 de agosto de
1915
•Império Turco
Otomano.
•Bulgária.
TRÍPLICE ENTENTE
(23 de julho de1914)
•Inglaterra;
• Sérvia;
•Rússia;
•França;
•Bélgica;
•Japão
02 de agosto de1915
•Itália.
03 de agosto de 1916
Romênia.
04 de agosto de 1917
• Brasil
•Grécia;
•Estados Unidos.
92
COLÉGIO ESTADUAL JANDIRA PONCIANO DOS PASSOS
Disciplina: História
Valor: 2,0
Série: 3ª Ano
Nota:_____
Data: ____/______/______
Aluna (o): __________________________________________________________
Professora de Estágio: Simone Luz da Silva
Professora Estagiária: Maria Margarida Gonçalves Barbosa Santos
Atividade
1. “A Grande Guerra de 1914 foi uma consequência da remobilização contemporânea dos
anciens regimes da Europa. Embora perdendo terreno para as forças do capitalismo industrial,
as forças da antiga ordem ainda estavam suficientemente dispostas e poderosas para resistir e
retardar o curso da história, se necessário recorrendo à violência. A Grande Guerra foi antes a
expressão da decadência e queda da antiga ordem, lutando para prolongar sua vida, que do
explosivo crescimento do capitalismo industrial, resolvido a impor a sua primazia. Por toda a
Europa, a partir de 1917, as pressões de uma guerra prolongada afinal abalaram e romperam os
alicerces da velha ordem entrincheirada, que havia sido sua incubadora. Mesmo assim, à
exceção da Rússia, onde se desmoronou o antigo regime mais obstinado e tradicional, após
1918 – 1919, as forças da permanência se recobraram o suficiente para agravar a crise geral da
Europa, promover o fascismo e contribuir para retomada da guerra total em 1939.” (MAYER,
A. A força da tradição: a persistência do Antigo Regime. São Paulo: Companhia das Letras,
1987. p. 13-14).
De acordo com o texto, é correto afirmar que a Primeira Guerra Mundial:
a) teria sido resultado dos conflitos entre as forças da antiga ordem feudal e as da nova ordem
socialista, especialmente depois do triunfo da Revolução Russa.
b) resultou do confronto entre as forças da permanência e as forças de mudança, isto é, do
escravismo decadente e do capitalismo em ascensão.
c) foi consequência do triunfo da indústria sobre a manufatura, o que provocou uma
concorrência em nível mundial, levando ao choque das potências capitalistas imperialistas.
93
d) foi produto de um momento histórico específico em que as mudanças se processavam mais
lentamente do que fazem crer os historiadores que tratam a guerra como resultado do
imperialismo.
e) engendrou o nazi fascismo, pois a burguesia europeia, tendo apoiado os comunistas russos,
criou o terreno propício ao surgimento e à expansão dos regimes totalitários do final do século.
2. Qual dos itens abaixo não está ligado à 1ª Guerra Mundial enquanto causas?
a) O Tratado de Frankfurt.
b) A crescente procura de mercados e matérias-primas.
c) A política agressiva de Bismarck.
d) A Crise Balcânica.
e) A disputa colonial.
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
PLANO DE AULA – REGÊNCIA
Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos
Série: 3ª ano Técnico Profissionalizante
Grau: Ensino Médio.
Semestre: Terceiro Semestre
Turno: Matutino
Disciplina: História
Tempo: 2h/aula
Data: 09/09/2015
Professora de Estagio: Simone Luz da Silva
Professora Titular: Maria do Socorro
Professor Estagiário: Maria Margarida Gonçalves Barbosa Santos
Tema: Independência do Continente Africano Século XIX - XX
Conteúdo:

Domínio Colonial;

O processo de Independência dos Países Africanos;

Colonialismo e o Imperialismo Africano;

Países Ricos;

Países Pobres;

África do Sul e Apartheid;

Nelson Mandela;

Eleições;

Continente Africano e a organização geopolítica.
Expectativas de Aprendizagem:

Problematizar e analisar o colonialismo e imperialismo;

Apresentar o que foi o domínio colonial;

Analisar qual foi o primeiro país do continente africano que conseguiu sua
independência, e como esse país conseguiu essa conquista, bem como o processo de
independência dos demais países africanos;

Refletir e analisar sobre a descolonização do continente africano;

Compreender quem foi Nelson Mandela e qual foi a sua influência no apartheid;

Relacionar os dois conjuntos geopolíticos do continente africano.
107
Habilidades:

Compreender o colonialismo e imperialismo e seus reflexos;

Entender o processo da primeira independência, que ocorreu no continente africano;

Situar o que são colônias britânicas;

Identificar o que é etnia;

Posicionar sobre as descolonizações;

Captar o que foi o apartheid no país da África do Sul;

Compreender Nelson Mandela;

Identificar o processo eleitoral no continente africano;

Entender os dois conjuntos geopolíticos do continente africano.
Metodologia:
Primeiro Momento

Fazer uma breve introdução sobre Domínio Colonial, analisar o mapa mundi.
Segundo Momento

Apontar sobre o primeiro país a ser independente no continente africano.

Explicar sobre a Conferência de Bandung1955.

Colonialismo e Imperialismo;

Etnia;

Analisar o mapa do continente africano dominado pelos colonizadores;

Identificar o mapa do continente africano descolonizado;

Observar os países ricos e pobres do continente africano.
Terceiro Momento

Perceber o Apartheid no país da África do Sul.

Mostrar a importância de Nelson Mandela no país da África do Sul;

Reconhecer as eleições;

Buscar entender dois conjuntos geopolíticos no continente africano.

Conclusão de todo o conteúdo ministrado.
Quinto Momento

Fazer uma retomada do conteúdo e aplicar a atividade avaliativa aos alunos.
108
Recursos:
Humanos: (alunos/professora). Didáticos: computador, data show (slides com imagens teóricas,
charge, mapas), laser, lousa, giz, apagador, tabelas e atividade avaliativa em folha A4.
Referência Bibliográfica
BRUIT, Héctor H. O Imperialismo. 12ª ed. São Paulo: Atual, 1994.
ANDRADE, Manuel Correia de. O Brasil e a África. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 1991.
PEREIRA, Francisco José. Apartheid o horror branco na África Sul. 5ª ed. São Paulo:
Brasiliense, 1989.
Documentos Eletrônicos:
Apartheid. Disponível em: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/apartheid.htm>. Acesso no
dia 25/08/15.
Exercícios
sobre
o
Apartheid.
Disponível
em:
<http://exercicios.brasilescola.uol.com/exercicios-geografia/exercicios-sobre-apartheid.htm>.
Acesso no dia 27/08/15.
Questões de vestibular. Disponível em: http://formulageo.blogspot.com.br/2012/04/questoesde-vestibular-africa.html. Acesso no dia 02/09/15.
África. Disponível em: <http://pobrezafrica.no.sapo.pt/africa.htm>. Acesso no dia 02/09/15.
Continente africano. Disponível em: <http://kiaunoticias.com/2013/09/africa-continenteguerra-conflitos-continente-africano/>. Acesso no dia 02/09/15.
109
Conteúdo da Regência
Universidade Estadual de Goiás
Câmpus- Jussara.
Acadêmica: Maria Margarida
Após
a
guerraprincipalmente
depois
da
conferência
de
Bandung (1955), os
países
africanos
foram conquistando
sua independência.
O que foi a
conferência
de Bandung
1955?
110
111
112
COLÉGIO ESTADUAL JANDIRA PONCIANO DOS PASSOS
Disciplina: História
Valor: 2,0
Série: 3ª ano.
Nota:_____
Data: ____/______/______.
Aluna (o):________________________________________________________________
Professora de Estágio: Simone Luz da Silva
Professora Titular: Maria do Socorro
Professora Estagiária: Maria Margarida Gonçalves Barbosa Santos
Atividade Avaliativa
1. "A Conferência está de acordo em declarar que o colonialismo, em todas as suas
manifestações, é um mal a que deve ser posto fim imediatamente."(DECLARAÇÃO DA
CONFERÊNCIA DE BANDUNG, abril de 1955). Após a Segunda Guerra Mundial, a
dominação no continente africano foi contestada por movimentos locais de confronto com as
nações imperialistas, em prol da independência e da autodeterminação dos povos desse
continente. Dentre os fatores que possibilitaram o processo de descolonização afro-asiático,
NÃO podemos apontar a (o):
a) influência da doutrina socialista, principalmente nas áreas coloniais que sofreram
transformações revolucionárias, tais como o Vietnã e Angola.
b) transferência para as áreas coloniais de uma ideologia humanista e antinacionalista, expressa
na organização doutrinária do Bloco dos Não-Alinhados.
c) deslocamento dos centros hegemônicos das decisões políticas internacionais da Europa para
os EUA e a U.R.S.S.
d) enfraquecimento das potências coloniais europeias provocado por sua participação na
Segunda Guerra Mundial.
e) fim do mito da inferioridade dos povos afro-asiáticos, em virtude das vitórias japonesas
contra os ocidentais na guerra do Pacífico.
2. O Apartheid (significa "vidas separadas" em africano). Era um regime segregacionista que
negava aos negros da África do Sul os direitos sociais, econômicos e políticos. Embora a
segregação existisse na África do Sul desde o século XIX, quando a região foi colonizada por
ingleses, o termo passou a ser usado legalmente em 1948. Após analisar a imagem abaixo,
discorra sobre quais foram às principais características da política racial (apartheid)
113
3. (Cesgranrio 94) "Em 1955, em Bandung, na Indonésia, reuniram-se 29 países que se
apresentavam como do Terceiro Mundo. Pronunciaram-se pelo socialismo e pelo neutralismo,
mas também contra o Ocidente e contra a União Soviética, e proclamaram o compromisso dos
povos liberados de ajudar a libertação dos povos dependentes"
A conferência a que o texto se refere é apontada como um:
a) indicador da crise do sistema colonial por representar os interesses dos países que estavam
sofrendo as consequências do processo de industrialização na Europa.
b) marco no movimento descolonizador da África e da Ásia que condenou o colonialismo, a
discriminação racial e a corrida armamentista.
c) indício do processo de globalização da economia mundial uma vez que suas propostas
defendiam o fim das restrições alfandegárias nos países periféricos.
d) sintoma de esgotamento do imperialismo americano no Oriente Médio, provocado pela
quebra do monopólio nuclear a favor dos árabes.
e) sinal de desenvolvimento da economia dos denominados "tigres asiáticos" que valorizou o
planejamento estratégico, a industrialização independente e a educação.
4. (UNIP) Os países do continente africano são ricos em petróleo, diamantes, ferro, cobre e
produtos tropicais, como café, a cana- de -açúcar etc. Qual é o maior país produtor de petróleo
da África, cuja exploração é feita no deserto do Saara:
a)
Marrocos
b)
RAU
c)
África do Sul
d)
Zaire
e)
Líbia
114
4. O colonialismo é uma forma de imposição de autoridade de uma cultura sobre outra. Ele
pode acontecer de forma forçada, com a utilização de poderio militar ou por outros meios, a
forma mais popular do colonialismo ocorre por interesses capitalistas, quando um país explora
os recursos naturais do outro para crescer economicamente. Observando o mapa e a gravura
abaixo, explique porque do ponto de vista ideológico o colonialismo foi justificado por uma
teoria racista.
115
116
117
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
CÂMPUS JUSSARA
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
OFICINA PARA ENEM E VESTIBULAR 2015
JUSSARA - GO
2015
118
Dayana de Souza Santos
Elizangela Marcelina de Araújo
Jeniffer A. de Oliveira
Juliana Vieira Marques
Késsia Aparecida Camelo
Maria Aparecida de Oliveira
Maria Margarida Gonçalvez Barbosa
Nayrhainne Sousa Duarte
Paulo Ricardo P. da Cruz
Sheila Aparecida Alcântara Barros
Suelma de Jesus Gonçalves
Tayana de Souza Santos Martins
OFICINA PARA ENEM E VESTIBULAR 2015
Trabalho elaborado para fins de avaliação parcial nas
atividades curriculares do Estágio Curricular
Supervisionado Obrigatório II, sob orientação da
professora Simone Luz da Silva.
Jussara – GO
2015
119
TEMA: (VII OEVE) OFICINA PARA O ENEM E VESTIBULAR 2015
JUSTIFICATIVA
A Oficina de Estágio do quarto ano estabelece que façamos um trabalho voltado para o
ENEM e Vestibular, com o tema: VII Oficina para ENEM e Vestibular 2015. Para a realização
desta oficina foram escolhidos alguns eixos temáticos e conteúdos para serem trabalhados
durante um dia na Universidade Estadual de Goiás, Câmpus Jussara. Na Ocasião, foram
escolhidos dois eixos temáticos, sendo o primeiro denominado: “Movimentos Revolucionários”
subdividido em dois conteúdos: Questão Racial no século XX; Movimentos Revolucionários
Ambientais a partir de 1970. O segundo eixo temático denominado “As Grandes Guerras do
Século XX”, foi subdividido em três conteúdos: Primeira Guerra Mundial; Segunda Guerra
Mundial; Guerra Fria. A intenção com esta oficina é complementar os conhecimentos dos
alunos concluintes de Ensino Médio e garantir que estes tenham o melhor desenvolvimento
possível em suas notas do ENEM e também dos vestibulares. Para os estagiários professores,
este trabalho representa uma importante etapa do seu processo de formação intelectual. Além
disso, é uma etapa do Estágio II, que visa cumprir 50 horas de carga horária.
Dentro do primeiro eixo “Movimentos Revolucionários”, tem-se dois temas. O primeiro
visa discutir as Questões Raciais no Brasil do século XX, que fazem referência ao problema
social da escravidão negra, seja física ou ideológica, e às necessidades de se criar um novo
sistema de proteção legal dessa parcela da população que mais cresce atualmente. Além disso,
espera-se que este trabalho possa demonstrar a necessidade da criação de políticas públicas e
afirmativas.
Na história do Brasil, percebe-se que foram criadas várias leis sobre a questão racial.
Dentre elas, a lei Feijó de 1831 que proibia o tráfico negreiro, a lei Eusébio de Queirós de 1850
que proibia o comércio de escravos destinado a abastecer o mercado brasileiro. Também existia
a lei do Ventre Livre de 1871 que concedia liberdade para os filhos de escravos nascidos no
Brasil; a lei dos Sexagenários de 1885, no qual propunha que os escravos acima de 60 anos de
idade fossem libertos. E por fim, a promulgação da lei Áurea de 1888 que desestruturou o
regime escravocrata empregado. Como pode-se perceber, o escravo era legalmente considerado
uma mercadoria. Até a Igreja Católica tinha suas dúvidas se os escravos possuíssem ou não
almas.
120
Isso não significa que a escravidão acabou, que não existe preconceito ou racismo. Os
negros que foram escravizados no período da colonização continuaram sofrendo restrições,
mesmo depois da criação dessas leis. Socialmente se tinha um grande problema social, visto
que os mesmos não eram aceitos de bom grado na sociedade brasileira, pelo simples fato de ser
negro era considerado preguiçoso, inferior, entre outros, dificultando arrumar empregos e a
interagir.
Percebe-se que a História e as Culturas Afro-brasileiras e africanas, precisam ser
protegidas e difundidas na sociedade, pois fazem parte da história do próprio Brasil. Uma
iniciativa em prol dessa questão veio no dia 09 de janeiro de 2003, quando foi publicada a lei
nº 10. 639/2003 que tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-brasileiras nas
escolas brasileiras. A mera existência de uma lei não significa que a mesma será cumprida.
Apesar de sua grande importância, o assunto vinha sendo procrastinado dentro das escolas, ora
por falta de preparo e especializações nessa área para professores, ou por falta de recursos e
materiais. Mas certamente implicará em uma atenção maior sobre a temática.
Até a Constituição Federal Brasileira de 1988, em seu artigo 215, se compromete na
missão de proteger e divulgar a História desses povos que foram responsáveis pela formação
inicial do Brasil.
Art.215 - O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e
acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a
difusão das manifestações culturais. [...]
§º1º - O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas
e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo
civilizatório nacional.
§ 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação
para os diferentes segmentos étnicos nacionais.
§ 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual,
visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder
público que conduzem à: (Acrescentado pela EC 48/2005).
I - defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro;(Incluído pela EC
48/2005)
II - produção, promoção e difusão de bens culturais; (Incluído pela EC
48/2005)
III - formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas
múltiplas dimensões; (Incluído pela EC 48/2005)
IV - democratização do acesso aos bens de cultura; (Incluído pela EC
48/2005)
V - valorização da diversidade étnica e regional. (Incluído pela EC 48/2005)
(Brasil.<http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigobd.asp?item=%20194
0>. Acessado em 22/09/2014.).
121
Essas leis dão amparo para educadores ensinarem a diversidade na sala de aula. Isso
colabora para criar uma sociedade mais humana e aberta às diferenças culturais. Seria também
um meio de proporcionar uma abertura para novas histórias, uma alternativa eficaz de combater
a discriminação, o preconceito e o racismo.
Sabe-se que a sociedade está imbricada com vários arquétipos europeus historicamente
construídos, no entanto, estes dois textos oficiais dá abertura aos professores para trabalharem
em suas aulas fatores que venham despertar nos alunos o conhecimento crítico, o respeito, além
de desconstruir esse preconceito racial doentio visto na sociedade contemporânea.
A segunda temática: “História Ambiental”, foi pensada para a oficina como uma forma
de colocar os alunos do Ensino Médio diante desta realidade que não é oferecida nas escolas,
mesmo sendo cobrados em Vestibulares e ENEM. Até pouco tempo as preocupações, os
debates e discussões sobre os aspectos ambientais do nosso planeta, eram assunto importante
somente para os cientistas naturais. Nas chamadas Ciências Humanas e principalmente na
História esse objeto de estudo parecia estar bem longe de seu interesse. Mas por volta da década
de 1960 a distância dos problemas naturais em relação às Ciências Humanas começou a
diminuir consideravelmente, até se fundirem formando um campo de estudo consolidado e em
crescimento, chamado de História Ambiental.
O polêmico poder destrutivo da ação humana despertou inúmeras reflexões e novas
conjecturas surgiram no cenário político, social, econômico e educacional do mundo. O
postulado de Marc Bloch nunca imaginaria ser acrescido de um novo elemento que se tornaria
importante para os historiadores – o ambiente. Assim, a História passa a estudar não apenas as
ações do homem no tempo, mas também sua interferência no espaço e/ou no ambiente. Refletir
sobre a emergência dessa nova forma do pensamento histórico, é importante e necessária para
melhor compreensão das pretensões da História Ambiental.
Para instigar o pensamento da importância da história ambiental na vida humana, e em
todos os outros aspectos citados acima, temos a pergunta de Donald Worster “Quantos seres
humanos a biosfera pode suportar sem entrar em colapso sob o impacto da poluição e do
consumismo?” (WORSTER, 1990, p. 24). Esse é sem dúvida o principal ponto de partida para
estabelecer análises.
Esse constante questionamento é preponderante na análise que está sendo empreendida.
Problematizar a ideia de colapso e destruição do planeta em que vivemos é uma ação cada vez
mais necessária e presente nas discussões realizadas em todo mundo. É inegável o fim da
humanidade decorrente dos problemas ambientais, o que implica na necessidade e importância
de investigação desse campo.
122
O segundo eixo “As grandes guerras do século XX”, possui duas temáticas: Primeira e
Segunda Guerra Mundial; Guerra Fria. A primeira temática “Primeira e Segunda Guerra
Mundial” visa discutir assuntos que podem ampliar a compreensão deste contexto histórico,
demonstrando que a história não pode ser entendida de outra forma a não ser como um processo
que acarreta consequências, mudanças e resignificações, que permeiam em nossa atualidade.
Na oficina mostraremos as principais causas da Primeira Guerra Mundial e que acabou
justificando o surgimento da segunda Guerra Mundial. Enfocaremos como principal causa para
o surgimento das grandes guerras a disputa imperialista entre as potências do continente
Europeu, ou seja, o conflito ocorreu em função do choque de interesses econômicos e políticos
entre os países do continente. As superpotências europeias formaram alianças com o objetivo
de unir forças para lutar em prol de interesses econômicos e políticos. Os países que
participaram das duas grandes guerras globais foram: Sérvia, Rússia, França, Bélgica,
Inglaterra, Itália, Romênia e Estados Unidos, esses países uniram forças formando a tríplice
Entente.
E do outro lado tivemos mais países poderosos e imperialistas sendo: Império ÁustriaHungria, Alemanha, Turquia e Bulgária esses países uniram forças para lutar nas duas grandes
Guerras Mundiais formando a Tríplice Aliança.
O estopim para o início da Guerra foi o chamado “crime de Sarajevo”, quando o
arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, e sua esposa foram
assassinados por um jovem nacionalista sérvio, dia 28 de junho de 1914. Este crime foi o
pretexto para que fosse acionada a política de alianças na Europa e, depois, outros países do
mundo entrassem em guerra.
A grande importância de se trabalhara temática de “Primeira e Segunda guerra mundial”
é principalmente de colocar os alunos diante de uma realidade muito importante que redefiniu
partes dos limites territoriais em escala mundial emergindo uma nova organização política.
Com a duração de cerca de seis anos (1914-1945) envolvendo vários países e com
algumas de suas causas originadas da primeira guerra mundial, a Segunda Guerra Mundial foi
um momento de grandes desastres com cerca de 55 milhões de mortes e prejuízos incalculáveis.
Os problemas aos quais estavam sendo impostos aos alemães pelo Tratado de Versalhes que se
originou na Primeira Guerra Mundial, a existência de Adolf Hitler visto como o salvador para
todos aqueles problemas econômicos e políticos da Alemanha após a primeira guerra mundial,
foram algumas das causas do surgimento da segunda Guerra. “Já em 1931, Trotsky havia
predito: se Hitler assumir o poder, desencadeará uma guerra contra a União Soviética”
(MANDEL, 1986, p. 22). Mandel em seu livro O Significado da Segunda Guerra Mundial
123
trabalha todos os fatores que levaram a esta guerra e mostra como descrito acima que o
primordial foi o fato de Hitler conseguir assumir o poder na Alemanha, principalmente por sua
forma de governar.
Como ponto fundamental os fatores que levaram com que as rivalidades de Hitler e os
outros países como a Alemanha, se tornaram em dimensão mundial serão elencados sendo que
todos engendram as proporções que esta guerra chegou enfocando a questão dos campos de
concentração criados por Adolf Hitler, como uma das principais consequências deste
acontecimento histórico, e que nos possibilita mostrar os desfechos da sociedade atual em torno
dos resultados desse grande acontecimento.
A segunda temática: “A Guerra Fria”, tem por objetivo levar aos alunos um breve
conhecimento do que foi a Guerra Fria, suas causas e consequências. Tendo seu início com o
fim da segunda guerra mundial e a divisão de dois blocos econômicos de um lado a URSS –
com o regime socialista e do outro o EUA – com regime capitalista, será trabalhada a corrida
armamentista, corrida espacial a divisão da Alemanha com muro de Berlim.
A guerra durou por cerca de 46 anos (1945 - 1991) tinha como objetivo a dominação da
economia, a conquista de novos territórios. O termo guerra fria não significa que não houve
confrontos assim como na primeira e segunda guerra mundial, pois dentro desse contexto
histórico houve vários confrontos armados causando mortes e destruição que refletem até os
dias atuais.
Serão elencados a rivalidade entre as duas potências e a proporção que findou esse
conflito acreditando ter contribuído para o aprendizado dos alunos que participarão do VII
OEVE- Oficinas para ENEM e Vestibular. E, por fim acredita-se que este tema ajudará bastante
nas avaliações dos alunos que farão as provas do ENEM e de Vestibulares para ingressar em
cursos superiores, sendo que serão trabalhados como já dito atividades abordando os pontos
mais importantes deste processo, fazendo assim com que eles já tenham uma experiência prática
na resolução dessas atividades em data anterior as avaliações.
OBJETIVOS
Por meio desta oficina, objetiva-se no geral, trabalhar alguns assuntos relevantes dentro
da História. Especificamente, espera-se:

Proporcionar ao aluno um momento de reflexão sobre as práticas racistas da sociedade
brasileira;
124

Compreender a persistência do racismo no Brasil como fenômeno historicamente ativo
na sociedade;

Refletir sobre a importância dos movimentos negros na luta pelo reconhecimento
cultural e valorização de sua identidade racial;

Problematizar a necessidade da criação das políticas de ações afirmativas;

Desenvolver capacidades críticas contrárias ao racismo e o preconceito.

Apresentar a importância da História Ambiental para compreensão da relação homem
X natureza.

Caracterizar a importância do campo de História ambiental para o enriquecimento das
discussões históricas contemporâneas.

Conceituar as contribuições que a História pode fornecer no tocante a solução dos
constantes problemas ambientais que emergem na sociedade atual.

Conscientizar os alunos sobre os impactos gerados pelo modo de produção capitalista
na natureza.

Promover uma análise sobre o processo de criação do Partido Verde no Brasil como um
importante movimento político que incorporou as preocupações ambientais a partir da
década de 1980.

Identificar as principais conferências ambientais que influenciaram os movimentos
ambientais no Brasil e no mundo.

Desenvolver uma consciência histórica ambiental, visando quebrar os paradigmas que
antagonizam homem e natureza.

Perceber a influência do imperialismo no contexto da Primeira Guerra Mundial (19141918).

Caracterizar os fatores que levaram ao início da Primeira Grande Guerra em 1914.

Explicar as principais consequências das duas grandes guerras.

Esclarecer o que foi o Imperialismo e qual foi à contribuição deste para “A Primeira e
Segunda Guerra Mundial”.

Discutir a existência dos campos de concentração e quais os estragos causados por estes
durante a Segunda Guerra Mundial.

Apresentar o tema, reforçando aspectos importantes para que o aluno compreenda como
ocorreu o processo histórico da guerra fria.

Conceituar a guerra fria entre as superpotências EUA e URSS.
125

Compreender os movimentos sociais que contribuíram para as mudanças em processos
de disputa pelo poder.

Explicar como se deu o processo da guerra fria em seu contexto ideológico.

Discutir o fim do conflito e suas consequências e as mudanças que ocorreram.
CONTEÚDOS

Movimentos Revolucionários Sociais.
o Questão Racial no Brasil no Século XX;
-Política de ações afirmativas.
-Frente Negra Brasileira.
-O resgate da identidade negra pela educação.
o Movimentos Revolucionários Ambientais a partir de 1970;
- As contribuições da História Ambiental para o alargamento das discussões
históricas contemporâneas.
- A criação do Partido Verde no Brasil na década de 1980 e seus impactos
políticos e sociais.
- A importância da conscientização histórico ambiental para a concepção
homem integrante da natureza.

As Grandes Guerras do século XX:
o Primeira e Segunda Guerra Mundial;
- Causas da Primeira Guerra Mundial;
- Práticas Imperialistas;
- Causas da Segunda Guerra Mundial;
- Consequências das duas grandes guerras;
-Campos de Concentração;
o Guerra Fria;
- Divisão da Alemanha;
- Criação da ONU;
- Corrida Armamentista;
126
- Corrida Espacial;
- Fim da Guerra;
METODOLOGIA
A metodologia proposta para a execução da oficina será diversificada e visará sempre
conseguir uma aprendizagem significativa e proficiente. Neste trabalho, os acadêmicos
estagiários terão uma grande responsabilidade, pois serão aplicadas oficinas do VII OEVE
(Oficina para Enem e Vestibular), para os alunos do Ensino Médio das escolas9 pertinente a
Subsecretaria Regional de Educação de Jussara. Estas oficinas serão de grande importância para
os alunos, pois através delas será realizado um estudo de assuntos históricos e atuais que podem
estar nas provas de vestibulares e do Enem do decorrente ano.
Desse modo, serão aplicadas questões que serão analisadas junto com os discentes. Cada
grupo de estagiários desenvolverá um eixo em particular, e neste caso específico, o grupo
composto por Jeniffer Amaral, Paulo Ricardo e Suelma de Jesus desenvolverá a temática:
Questão Racial no Brasil no Século XX. Para isso, o uso de imagens será um recurso didático
importante. A imagem é uma forma de representar e explicar através da visão elementos
históricos para os discentes atuais, que estão cada vez mais envolvidos nos recursos
tecnológicos e audiovisuais.
As questões serão contextualizadas de acordo com a temática proposta, problematizando
os movimentos negros na busca pelo reconhecimento de sua identidade racial e importância
cultural. Diante disso a pesquisa de Mário Theodoro nos diz:
Para enfrentar a desigualdade e a discriminação racial, as políticas universais
devem ser complementadas com outras de cunho mais específicos: as ações
afirmativas. As ações afirmativas constituem uma nova geração de políticas
sociais cujo objetivo é o enfrentamento de desigualdades causadas pelo
preconceito e pela discriminação (THEODORO, 2010, p. 17).
Colégio Estadual Alfredo Nasser (Britânia) – 10 vagas; Colégio Estadual Dom Bosco – 30 vagas; Colégio
Estadual Francisco Modesto da Silva – 15 vagas; Colégio Estadual Gabriel José de Moura – 15 vagaas; Colégio
Estadual Ilídia Maria Perillo Caiado – 15 vagas; Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos – 10 vagas; Colégio
Estadual Marechal Ribas Junior – 10 vagas; Colégio Estadual Marechal Rondon – 05 vagas; Colégio Estadual
Pedro Ludovico Teixeira – 30 vagas; Colégio Estadual Alfredo Nasser (Novo Brasil) – 25 vagas; Colégio Estadual
Bacilândia – 05 vagas; Colégio Estadual José Dilma – 05 vagas.
9
127
Por meio dessa citação vemos que as ações afirmativas são extremamente importantes
porque visam abrir um espaço necessário para uma população que durante o período de sua
trajetória de vida, seu acesso social foi impedido pelo preconceito e a discriminação racial.
Assim constitui o mecanismo de equalização de oportunidades em uma sociedade que viveu
marginalizada durante boa parte da história.
Outra questão importante de ser destacada é a desigualdade social que fica em evidencia.
É visto a discriminação em diversas áreas, mas principalmente quando nos referimos a área
educacional, os negros geralmente tem menos estudos do que os brancos. Nos dados do Ipea,
vemos que:
A população negra tem, em média, quase dois anos a menos de estudo que a
população branca (8,3 anos contra 6,6 anos); o percentual de analfabetismo
entre os negros é mais que o dobro do que entre os brancos (13,6% contra
6,2%) (THEODORO, 2010, s/p).
A partir disso vemos que a discriminação racial a cada dia alimenta a desigualdade de
classe no Brasil. Como podemos perceber, a população negra vive em desvantagem em relação
à população branca, isso em trabalhos, estudos e outros. Por exemplo, os jovens estudantes
sofrem com o racismo nas escolas, e por terem que trabalhar na maioria das vezes, eles não
conseguem elevar seus estudos.
Essa também é uma das propostas para os discentes durante o desenvolvimento da
oficina. Além disso, será proposta uma questão voltada para tais ações afirmativas. Vale à pena
ressaltar que no Brasil, um dos principais instrumentos da política de ações afirmativa é o
programa de cotas para estudantes negros, levando estes às universidades. Assim as costas
funcionam como um amplificador de oportunidade. Isso nos mostra que tais ações são
fundamentais para a sociedade. Dessa forma o principal objetivo é a socialização e integração,
com os discentes para que estes compreendam as questões ou movimentos raciais do século XX
que fizeram a diferença na sociedade. Para melhor compreensão organizacional da oficina,
determinaremos os seguintes momentos:

1° momento: Será feita a introdução da oficina, contendo a apresentação do tema e sua
relevância social. A introdução será seguida de uma discussão sobre o tema de questão
racial no século XX no qual este proporcionará o levantamento de conhecimento prévio
dos alunos, sobre o referido conteúdo. Dessa forma o recurso de imagens em slides será
explorado nessa parte da oficina, constituindo outra importante ferramenta pedagógica
e didática para a compreensão e a aprendizagem significativa.
128

2° momento: O segundo momento será aplicada as questões propostas aos alunos para
que estes iniciem suas reflexões sobre o tema abordado, e assim possam responder de
modo satisfatório, e para que teste seus conhecimentos de modo a prepará-los para as
questões do Enem e Vestibular.

3° momento: Será destinada à finalização das discussões, socializando as questões
respondidas pelos alunos. Este momento será muito importante porque retomará a
importância dos principais processos, leis e movimentos voltados a questões raciais e
de que forma isso foi visto e efetivado no século XX, colaborando para o
enfraquecimento do racismo.
Em consonância com o primeiro Eixo temático designado como: “Movimentos
Revolucionários sociais” faz-se necessário a abordagem dos conteúdos que apresentam a
incorporação dos assuntos ambientais no campo de pesquisa histórica. Essa abordagem
constitui-se como, embora recente, um importante campo da História contemporânea – A
História Ambiental. Dessa forma os movimentos revolucionários ambientais consolidados a
partir da década de 1970 serão contemplados nas discussões históricas empreendidas na
presente oficina, com o intuito de alargar e enriquecer os debates históricos da
contemporaneidade.
A importância da escolha e incorporação desse conteúdo na presente oficina é
facilmente justificada e compreendida se levarmos em consideração o caráter emergencial da
necessidade de conscientização ambiental que precisamos. Com a intensificação dos desastres
ambientais, e principalmente a desenfreada exploração capitalista dos recursos naturais do
planeta, a História não pode omitir-se dessa responsabilidade social.
É com esse objetivo que se pretende apresentar e analisar a emergência e consolidação
do recente campo de História Ambiental. Uma das principais características de seu surgimento
pode ser assim caracterizada: Mediante as efervescências e debates acalorados que envolveram
a temática ambiental ao nível mundial a partir da década de 1970, as “rotuladas” ciências
humanas, não puderam mais se omitir. Tornou-se inegável para as humanidades e
principalmente para a História analisar a delicada relação homem/natureza, uma vez que os
problemas ambientais assolaram de forma preocupante as estruturas do globo.
O polêmico poder destrutivo da ação humana despertou inúmeras reflexões e novas
conjecturas surgiram no cenário político, social, econômico e educacional do mundo. O
postulado de Marc Bloch nunca imaginaria ser acrescido de um novo elemento que se tornaria
importante para os historiadores – o ambiente. Assim, a História passa a estudar não apenas as
129
ações do homem no tempo, mas também sua interferência no espaço e/ou no ambiente. Refletir
sobre a emergência dessa nova forma do pensamento histórico é, portanto, de imprescindível
importância para a preparação dos jovens para o exercício da cidadania e da realização do Enem
e Vestibulares, uma vez que no seu atual formato incorpora todos os problemas contemporâneos
que vivenciamos.
Mediante essas características, a presente oficina, que será realizada pelas acadêmicas
Nayrhainne Souza Duarte, Sheila Aparecida Alcântara Barros e Maria Aparecida de Oliveira,
buscar-se-á analisar, refletir, problematizar e apresentar a importância da História ambiental
para as discussões históricas e os movimentos revolucionários sociais que abordaram as
questões ambientais a partir de 1970 no Brasil.
Um recorte necessário de abordagem dará ênfase para a criação do Partido Verde (43)
brasileiro na década de 1980. Criado por Fernando Gabeira e companhia, o Partido Verde é a
principal representação política oficial das questões ambientais em nossa conjuntura. Seu
processo de criação é um importante aspecto de análise, uma vez que interrelaciona inúmeros
debates políticos e sociais no Brasil.
Partindo dessas premissas a oficina que contemplara os Movimentos Revolucionários
Ambientais no Brasil a partir de 1970, ministrado pelas acadêmicas Nayrhainne Duarte, Sheila
Aparecida e Maria Aparecida será organizado em quatro momentos distintos, no intuído de
cumprir com eficiência os objetivos propostos. Utilizando uma metodologia diversificada,
todos os recursos serão amplamente destinados a eficaz aprendizagem dos discentes,
principalmente para a resolução das atividades propostas ao término da oficina. Dessa forma os
momentos ficarão assim dispostos:

1° momento: O primeiro momento, intitulado como: “As contribuições da História
Ambiental para o alargamento das discussões históricas contemporâneas”, será
destinado a introdução do conteúdo, bem como um breve levantamento do possível
conhecimento prévio que os discentes podem possuir. Essa etapa é fundamental para
que os discentes compreendam do que se tratará a oficina a ser ministrada e
principalmente incorporem os seus conhecimentos para a promoção de uma
aprendizagem significativa, contextualizada e que possua sentido para eles. Toda a
introdução será exposta com a preocupação de que os discentes compreendam ao certo
o que é História Ambiental e porque essa temática foi selecionada no lugar dos
tradicionais conteúdos históricos. Durante esse processo, que será ministrado pela
acadêmica Nayrhainne Duarte, será utilizada a projeção de slides, para que imagens e
fragmentos de textos sejam analisados com eficiência promovendo um instigante debate
130
sobre os polêmicos temas ambientais. Tempo previsto: 10 minutos

2° momento: O segundo momento, intitulado como: “A criação do Partido Verde no
Brasil na década de 1980 e seus impactos políticos e sociais”, constituíra-se pelo
aprofundamento e análise no recorte temático selecionado dos movimentos
revolucionários ambientais no Brasil. Para isso será analisado a criação do Partido
Verde brasileiro na década de 80, bem como quais eram as relações da política brasileira
desse período com as questões ambientais, como o povo brasileiro se organizava para
lutar em prol da conscientização ambiental e se é que existia esse interesse. Dentro dessa
perspectiva será empreendida uma breve discussão sobre como modo de produção
capitalista se relaciona com o contexto político para a criação desse partido e dos
movimentos ambientais desse período. Essa etapa, que será ministrada pela acadêmica
Maria Aparecida de Oliveira, também será efetuada através de slides, que contemplaram
os conceitos abordados. Tempo previsto: 10 minutos.

3° momento: O terceiro e penúltimo momento da presente oficina temática, intitulado
como: “A importância da conscientização histórico ambiental para a concepção homem
integrante da natureza”, se constituíra através da conclusão geral do conteúdo abordado,
enfatizando a atualidade desses movimentos ambientais e a importância da construção
de uma educação histórica que desperte uma conscientização ambiental para o
complemento da cidadania. Essa etapa será ministrada pela acadêmica Sheila Aparecida
e estimulará a efetiva participação dos discentes, visando o diagnóstico e a avaliação
oral do trabalho realizado. Essa etapa é preponderante para o processo de avaliação do
trabalho desempenhado pelas estagiárias e principalmente para o processo de reflexão
sobre a importância do ensino de história. Tempo previsto: 10 minutos.

4° momento: o quarto e último momento, após a conclusão empreendida anteriormente,
se pautará na leitura reflexiva e apresentação das duas questões objetivas que
contemplam o modelo do Enem e dos Vestibulares para que os discentes possam
responder. As questões serão refletidas e analisadas, visando o sucesso nas avaliações
externas e a aprendizagem dos discentes. Após a resolução das atividades será feita a
correção de ambas. Nessa etapa, por constituir-se como o fechamento do trabalho
proposto, tanto a apresentação das atividades elaboradas, quanto sua correção será
empreendida em conjunto pelas três acadêmicas responsáveis: Nayrhainne Duarte,
Sheila Alcântara e Maria Aparecida de Oliveira. Tempo previsto: 15 minutos, sendo 5
minutos para resolução e 10 minutos para a leitura e correção.
131
O conteúdo de Primeira e Segunda Guerra Mundial que será trabalhado em forma de
questões, com estruturas semelhantes às dos vestibulares e do ENEM visará dar um
entendimento da localização espacial e temporal deste acontecimento, assim como esclarecerlhes as causas, desenvolvimento e resultados das duas grandes guerras.
O motivo era que essa guerra, ao contrário das anteriores tipicamente travados
em torno de objetivos específicos e limitados, travava- se por metas ilimitadas.
Na era dos impérios a políticas e a economia se haviam fundido. A rivalidade
política internacional se modelava no crescimento e competição econômicos,
mas o traço característico disso era precisamente não ter limites
(HOBSBAWN, 1995, p. 37).
Consideradas como as maiores guerras ocorridas no mundo em um período que ocorre
de 1914 a 1945, o discentes irão abordar alguns pontos sobre a primeira e segunda guerra
mundial, sabemos que essas guerras se derivaram de alianças, nas quais a segunda guerra é
consequência da primeira iremos abordar assim o estopim da guerra, o desenvolvimento e as
consequências.
Pensando no conteúdo escolhido sobre a Primeira e Segunda Guerra Mundial de 19141945. Como são 45 minutos para ministrar o conteúdo referente ao tema escolhido pelas
acadêmicas estagiárias, pensamos na seguinte maneira. Trabalharemos com três momentos,
sendo:

1° momento: Iniciaremos apresentando as professoras estagiárias para os alunos, assim
como o tema que será trabalhado “Primeira e Segunda Guerra mundial”. Faremos a
introdução do conteúdo falando sobre a relevância deste tema na sociedade. E
abordaremos em aspectos gerais as causas e consequências da Primeira e Segunda
Guerra mundial.

2° momento: Faremos a discussão do conteúdo, neste momento utilizaremos slides,
imagens e um vídeo que abordarão os temas selecionados dentro da Primeira e Segunda
Guerra Mundial (1914- 1945). Abordaremos especificamente a questão do
Imperialismo, como uma das causas da Guerra e como uma das consequências os
campos de concentração. Esclareceremos o que foi o Imperialismo e qual foi à
contribuição do Imperialismo para “A Primeira e Segunda Guerra Mundial”. E
consequentemente o que eram os campos de concentração e quais os estragos causados
por estes durante a Segunda Guerra Mundial.

3° momento: Iniciaremos a leitura das duas questões abordadas, permitindo que os
alunos reflitam sobre a explicação do conteúdo apresentado durante a aula, os alunos
132
terão 10 minutos para responderem as duas questões, após o término às professoras
estagiárias farão a discussão das atividades com os alunos realizando assim a correção
das perguntas.
As acadêmicas estagiárias, Dayana, Elisangela e Tayana do 4° ano de Licenciatura em
história da UEG- Câmpus Jussara trabalharão a temática Guerra Fria na VII OEVE, tendo como
público alvo os alunos dos terceiros anos do ensino médio de Jussara e cidades vizinhas, com
o intuito de colaborar com a aprendizagem dos mesmos.
Tendo em vista o cenário após a Segunda Guerra Mundial com a decadência das grandes
potências europeias, o capitalismo mundial foi ocupado pelos EUA (Estados Unidos da
América), que financiou boa parte da recuperação econômica dos países europeus mantendoos assim sob seu domínio. Já a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) também
destruída economicamente pela guerra, rejeitou a ajuda financeira oferecida pelo governo dos
Estados Unidos, liderando assim o bloco dos países socialistas. E assim Estados Unidos e União
Soviética tornaram os grandes líderes mundiais do pós-guerra.
De acordo com Hobsbawm apesar da Guerra Fria não ter sido um fato só: “Os 45 anos
que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União Soviética não formam um
período homogêneo único na história do mundo” (HOBSBAWM, 1995, p.223). Desse modo,
se torna importante a compreensão das alianças formadas, dos conflitos na disputa por
hegemonia, dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças na disputa do poder e das
consequentes alterações que ocorreram para o fim do processo ideológico.
As estagiárias responsáveis por essa temática irão trabalhar da seguinte forma:

1°momento: A oficina se iniciará cumprimentando todos os alunos com Boa Tarde,
apresentando o tema que será trabalhado, onde será feita através de slides. Fazer uma
breve retomada das consequências deixadas pela segunda guerra mundial, para a partir
disso expor os objetivos propostos para a oficina.

2° momento: Situar os alunos no conteúdo, lembrando que eles terão como material de
apoio, uma apostila. Apresentar o conteúdo explicando a divisão da Alemanha, fazendo
análise de imagens, com a construção do muro de Berlim, o que foi o Plano Marshall,
como surgiu à criação da ONU e o que a mesma buscava.

3°momento: Explicar o que foi a corrida armamentista, e o que visava à corrida
espacial, logo após falar da guerra da Coréia, guerra do Vietnã entre outros conflitos
que também serão abordados, onde a guerra fria passava por um dos seus períodos mais
críticos, e como aconteceu o fim da guerra fria. E por fim fazer a retomada rápida de
133
todo o conteúdo explicado, aplicação das atividades da apostila em que nesse momento
os alunos terão oportunidades de esclarecer as dúvidas que surgirão durante as
explicações e conclusões finais.
RECURSOS

Humano:
o Professora de Estágio: Simone Luz da Silva;
o Professores Estagiários:


Dayana de Souza Santos;

Elizangela Marcelina de Araújo;

Jeniffer Amaral de Oliveira;

Juliana Vieira Marques;

Késsia Aparecida Camelo

Maria Aparecida de Oliveira;

Maria Margarida Gonçalvez Barbosa;

Nayrhainne Sousa Duarte;

Paulo Ricardo P. da Cruz;

Sheila Aparecida Alcântara Barros;

Suelma de Jesus Gonçalves;

Tayana de Souza Santos Martins;
Didáticos:
o Data show (slides, imagens, charges, cartografia), computador, laser, caixa de som.
PÚBLICO ALVO

Alunos 3° ano Ensino Médio da Subsecretaria Regional de Educação de Jussara;
134
CRONOGRAMA
DIAS
ATIVIDADES EXECUTADAS
10 de agosto
24 de agosto
29 de agosto
01 de setembro
14 de setembro
21 de setembro
28 de setembro
05 de outubro
06 de outubro
Atividades executadas – Total de 50 horas.
Orientação: 20 horas;
Planejamento e Correções: 25 horas;
Aplicação: 5 horas;
Realização das últimas oportunidades de refacção de micro aulas. Na
sequência, teve a primeira orientação sobre a organização das temáticas:
momento em que a professora de Estágio II, juntamente com os
acadêmicos, começaram a discutir as possíveis temáticas a serem
abordadas durante a realização do VII OEVE – 2015.
Era prevista a entrega do projeto, no entanto não foi possível, devido às
ideias trazidas pelos acadêmicos de extinguir alguns eixos temáticos para
melhor atender a demanda da oficina. Os grupos foram reorganizados em
trios. Continuação das discussões sobre os eixos temáticos e a escolha das
questões para a apostila. Também foram pedidos sugestões de capa para
a mesma. Foi adotada a opção de construção coletiva do projeto.
Reunião dos acadêmicos na unidade para elaboração e organização do
projeto. O qual seria entregue posteriormente para correções.
Reorganização dos eixos temáticos. Dos três eixos temáticos escolhidos,
apenas dois foram aceitos, levando em consideração o tempo proposto
para a realização da Oficina.
Entrega do projeto com as primeiras correções e sugestões de
melhoramentos. Orientações sobre a oficina e de como deveríamos
organizar o material a ser trabalhado no dia 06 de outubro de 2015.
Últimos apontamentos sobre a elaboração da apostila da oficina. Optamos
por fazer as correções enviando o projeto para o e-mail, para que cada
grupo pudesse fazer as suas correções específicas, que havia sido
apontadas pela professora de Estágio II.
Continuação da discussão sobre a correção do projeto. Avisos sobre a
quantidade de alunos que viriam e de quais cidades, e organização da capa
da apostila que será disponibilizada para os alunos no dia das atividades
da oficina. Consta dizer que desde o dia 14/08/15, a turma já estava
mobilizada para fazer as correções, ou seja, nesse período de tempo,
reuniam-se nos intervalos de aulas, e nas aulas vagas para discutirem as
correções, para que nas datas estipuladas fosse possível apresentar um
parecer sobre o estado de desenvolvimento do mesmo.
Simulação da oficina: momento em que os estagiários fizeram uma breve
exposição do conteúdo selecionado e apresentaram os slides preparados
para serem expostos no dia da aplicação da oficina.
Simulação da oficina: breve exposição do material final a ser aplicado na
oficina.
Execução da oficina.
CONCLUSÃO
Assim, está oficina, além ser uma atividade curricular do quarto bimestre desenvolvida
pelos acadêmicos do Estágio Supervisionado II, deve ser entendido também como um
importante mecanismo de ensino a ser empregado no VII OEVE da UEG, Câmpus Jussara, que
135
proporcionará ao aluno um momento de reflexão histórica sobre sua matriz cultural e
desenvolver a alteridade.
Diante das necessidades de formar uma boa compreensão por parte dos discentes sobre
as questões raciais do Brasil no século XX, esta oficina demonstrou a importância das lutas dos
negros para conseguir resgatar sua identidade na sociedade brasileira, pois após serem
escravizados por mais de três séculos e conseguir sua liberdade ainda não conseguiram o
respeito necessário para viver com dignidade.
Visando promover maior igualdade social, o governo vem trabalhando as tentativas de
implantar as políticas de ações afirmativas, sendo que estas visam ampliar as possibilidades de
se ter chances maiores para os negros conseguirem ter as mesmas oportunidades que os brancos,
sendo nas cadeiras de uma universidade ou em uma loja vendendo veículos de luxo.
Para isso foi citado também à necessidade de se trabalhar a lei 10.639/2003, que é mais
uma tentativa de acabar com o racismo na nossa sociedade, pois é a partir desta que se tornou
obrigatória a inserção da cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares,
reconhecendo as diversidades culturais da população brasileira. Desta forma, os professores
tem um amparo legal para trabalhar com seus discentes as diferenças da sociedade, sendo que
deve ser explicado e ensinado a necessidade de aceitar as diferenças e de respeitar o outro.
Sabemos que as questões raciais do século XX é um assunto muito interessante e muito
citado no ENEM, nos vestibulares do país. Por este motivo os estagiários desenvolveram esta
oficina, trabalhando esta temática de forma esclarecedora e ampliada, a fim de sanar as dúvidas
e possibilitar mais conhecimentos para os novos vestibulandos.
Outro importante elemento que deve ser analisado no novo modelo de acesso fornecido
a educação superior no Brasil, o ENEM, é seu caráter pragmático, contemporâneo e inovador.
Todos os modelos dos últimos anos de avaliação apresentam abordagens extremamente
relacionadas com o contexto social, cultural, histórico em que a sociedade brasileira está
inserida nos dias atuais. Mediante esse caráter, a oficina que contempla os inovadores temas
ambientais no contexto histórico, é preponderante para preparar os discentes referentes aos
temas ambientais que possivelmente serão assunto do ENEM e Vestibulares 2015.
Os problemas ambientais, as catástrofes naturais, principalmente os meios de produção
capitalistas desordenados, o medo e incertezas sobre os rumos da vida no planeta Terra em
constante destruição, transformaram os temas ambientais em figurinhas carimbadas nas últimas
avaliações. Essa abordagem é de suma importância, não somente no processo estreitamente
avaliativo, mas também na promoção de um ensino de história cada vez mais condizente com
136
as necessidades humanas atuais, contextualizado, vivo e produtor de conscientizações históricas
que transformam a sociedade.
Diante da necessidade de compreender e auxiliar na formação de conhecimento dos
alunos que estão se preparando para efetuarem vestibulares e Enem, pensamos assim em
trabalhar com a temática Primeira e Segunda Guerra Mundial, na qual os alunos possam
compreender de que maneira ocorreu esse processo, conhecido como as duas Grandes Guerras
Mundiais.
Por isso trabalharemos com eles o início da Primeira e Segunda Guerra, as causas dessas
guerras, as consequências de maneira que faça o aluno compreender o processo histórico que
fizeram germinar as únicas guerras que aconteceram em nível mundial e quais as suas
contribuições para a sociedade em que vivemos. Sabemos assim que este tema é muito
trabalhado e discutido em questões de Enem e Vestibulares, por esse motivo desenvolvemos
essa temática ao qual trabalharemos visando à construção do conhecimento do aluno.
Sempre pautados no clive de análises históricas reflexivas, faz-se extremamente
necessário contemplar os acontecimentos e desmembramentos históricos que desenrolaram-se
posterior a Segunda Guerra Mundial. A segunda parte do século XX, com o desenrolar da
Guerra Fria revela elementos de análise que são fundamentais para que os discentes
compreendam com propriedade a estrutura social que eles vivem.
É através das reflexões históricas promovidas sobre esses elementos que podemos
compreender com eficiência o monopólio capitalista sobre os sistemas econômicos, políticos e
sociais do mundo. Compreender a emergência do imperialismo norte-americano, a expansão
maciça do desenvolvimento tecnológico, industrial, bélico além dos impactos ideológicos que
se fazem presentes vivamente em todos os meandros sociais cotidianos. Portanto, as reflexões
promovidas sobre o desenrolar da Guerra Fria na história da humanidade, assim como de todas
as outras temáticas já elencadas, desempenham uma função muito mais nobre e importante que
a pragmática busca pela aprovação nos vestibulares e no Enem. Todas as discussões, análises e
reflexões aqui propostas visam despertar uma consciência histórica, algo que realmente
transforme o modo de enxergar e compreender a vida prática desses alunos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
137
BITTENCOURT, Circe Fernandes. Livros Didáticos de História: Práticas e Formação Docente.
In: SANTOS, Licínio de Castro Paixão (Org). Convergências e Tensões no Campo da
Formação e do Trabalho Docente. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
COTRIM, Gilberto. História Global. 3° ano. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
FLORIANI, Dimas. Conhecimento, meio ambiente e globalização. Curitiba: Juruá, 2011.
GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo: UNESP, 1991.
GOIÁS, Currículo de Referência da Rede Estadual de Educação, Goiânia, Seduc, 2012.
HISSA, Carlos Eduardo Viana (org). Saberes ambientais: desafios para o conhecimento
disciplinar. Belo Horizonte: Editora UFMG. 2008.
HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Cia de
Letras, 1995, p. 223-228.
MANDEL, Ernest. O Significado da Segunda Guerra Mundial. 1ª ed. São Paulo;
Ática, 1989.
MARTINEZ, Paulo Henrique. História Ambiental no Brasil. São Paulo: Cortez, 2006.
RODRIGO, Luiz César B. A Primeira Guerra Mundial. 4ª ed. São Paulo. Universidade
Estadual de Campinas, 2010.
THEODORO, Mário. Desigualdade Racial e Políticas Públicas no Brasil. Brasília, 2010.
THOMAS, Keith. O homem e o mundo natural. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
WORSTER, Donald. Para fazer História Ambiental. Estudos Históricos, Rio de Janeiro,
\101. 4, n. 8. 1991, p. 198·215.
138
Fontes Eletrônicas Consultadas
A
CONSTITUIÇÃO
E
O
SUPREMO.
Disponível
<http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigobd.asp?item=%201940>.
Acessado
em:
em
22/09/2014.
A IMPLEMENTAÇÃO DA LDB ALTERADA PELA LEI 10.639/2003 NA EDUCAÇÃO
BÁSICA.
Disponível
em:
<www.acaoeducativa.org.br/fdh/?p=1644>.
Acessado
dia
15/04/2014.
Lei
n
10.
639,
de
9
de
janeiro
de
2003.
Disponível
em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm>. Acessado em 20/09/2014.
Lei
nº
11.
645,
de
10
março
de
2008.
Disponível
em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm>. Acessado em
22/09/2014.
SANTOS, Jocéli Domanski Gomes dos. A Lei 10.639/03 e a Importância de sua
Implementação
na
Educação
Básica.
Disponível
em:
<http://www.nre.seed.pr.gov.br/uniaodavitoria/arquivos/File/Equipe/Disciplinas/Biologia/A_
LEI_10639_03_E_A_IMPORTANCIA_DE_SUA_IMPLEMENTACAO.pdf>. Acessado em
19/09/14.
139
CÁMPUS – JUSSARA-GO
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
VII OEVE - OFICINA PARA ENEM E VESTIBULAR 2015
140
VII OEVE - OFICINA PARA ENEM E VESTIBULAR 2015
REFLETINDO OS EIXOS TEMÁTICOS DE HISTÓRIA
I - Movimentos Revolucionários Sociais:
 - Questão Racial no século XX.
 - Movimentos Revolucionários Ambientais a partir de 1970 e no Brasil 1990.
II - As Grandes Guerras do século XX:
 - Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918).
 - Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945).
 - A Guerra Fria (1945 – 1991).
1- Parecer CNE/CP nº 3/2004, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura AfroBrasileira e Africana.
Procurava-se oferecer uma resposta, entre outras, na área da educação, à demanda da
população afrodescendente, no sentido de políticas de ações afirmativas. Propõe a divulgação
e a produção de conhecimentos, a formação de atitude, posturas que eduquem cidadãos
orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial descendentes de africanos, povos indígenas,
descendentes de europeus, asiáticos para interagirem na construção de uma nação
democrática, em que todos igualmente tenham seus direitos garantidos.
(BRASIL - Conselho Nacional de Educação. Disponível em: www.semesp.org.br. Acesso 02
de setembro 2015).
A orientação adotada por esse parecer fundamenta uma política pública e associa o princípio da
inclusão social:
a) prática de valorização identidária.
b) medidas de compensação econômica.
c) dispositivos de liberdade de expressão.
d) estratégias de qualificação profissional.
e) instrumentos de modernização jurídica.
Observações:________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
141
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________
2 - Art. 1º - Fica fundada nesta cidade de São Paulo, para se irradiar por todo o Brasil, a
Frente Negra Brasileira, união política e social da Gente Negra Nacional, para a afirmação
dos direitos históricos da mesma, em virtude da sua atividade material e moral no passado e
para reivindicação de seus direitos sociais e políticos, atuais, na Comunhão Brasileira.
(Diário Oficial do Estado de São Paulo, 1931).
Quando foi fechada pela ditadura do Estado Novo, em 1937, a FNB caracterizava-se como uma
organização:
a) política, engajada na luta por direitos sociais para a população negra no Brasil.
b) beneficente, dedicada ao auxílio dos negros pobres brasileiros depois da abolição.
c) paramilitar, voltada para o alistamento de negros na luta contra as oligarquias regionais.
d) democrático-liberal, envolvida na Revolução Constitucionalista conduzida a partir de São
Paulo.
e) internacionalista, ligada à exaltação da identidade das populações africanas em situação de
diáspora.
Observações:________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
142
3 - Analise a imagem abaixo em seguida leia o fragmento do texto:
“Assim, a despeito do pecado original, o
direito humano ao domínio permanecia
intacto. Ele era ainda “o lugar-tenente e
vigário de Deus Todo-Poderoso”. “Todas
as criaturas foram feitas para o homem,
sujeitas a seu governo e destinados ao
seu uso”
THOMAS, Keith. O homem e o mundo
natural. São Paulo: Companhia das
Letras. 1988.
A incorporação dos assuntos ambientais no clive dos debates e discussões do campo histórico
contemporâneo constituiu-se como uma importante ferramenta para o alargamento das
possibilidades de compreensão dos problemas ambientais da sociedade moderna,
principalmente no tocante aos elementos que comportam a ideologia do homem como
dominador do seu meio natural (natureza).
Sobre a relação da imagem com o fragmento do texto apresentado pode-se afirmar que essa
dominação possui uma gênese:
a) ecologicamente construída, uma vez que é nítida a influência da ecologia na divulgação
ideológica que o homem é superior ao seu meio natural e, portanto deve dominá-lo.
b) sociologicamente construída e impregnada, na medida que as teorias sociológicas
empreendidas por Karl Marx sempre estimularam o modo de produção capitalista,
intensificando portanto, a necessidade do domínio do homem sobre o meio natural.
c) religiosamente e culturalmente construída, provindas de uma modernidade ocidental cristã,
que na visão totalmente bíblica e religiosa apresentada por Thomas apresenta o homem criado
por Deus para dominar todas as outras coisas que existissem na Terra.
d) cientificamente construída, ao passo que através de pesquisas empíricas e verificáveis
constataram que o meio natural possuía tamanho poder de regeneração que nenhuma ação
humana seria capaz de prejudicá-lo ou dominá-lo.
e) simbolicamente construída, pois é do caráter humano dominar o meio natural para alimentar
suas esferas de poder e se consolidar numa sociedade antropocêntrica e inabalável.
143
Observações:________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
4 - Analise o fragmento abaixo:
“Quantos seres humanos a biosfera pode suportar sem entrar em colapso sob o impacto da
poluição e do consumismo?” (WORSTER, Donald. 1990, p.24).
A frase acima é de um dos maiores representantes da História Ambiental na atualidade,
Donald Worster, que com seu caráter inovador instigou os tradicionais historiadores a sair ao
ar livre para alargar as fronteiras de análise da pesquisa histórica em todo mundo. Esse constante
questionamento é preponderante para a importância da incorporação dos temas ambientais nas
produções históricas. Problematizar a ideia de colapso e destruição do planeta em que vivemos
faz-se cada dia mais necessária e presente nas discussões realizadas a âmbito mundial, pois:
a) a partir delas que a sociedade pode perceber a ineficiência da história ao tentar sanar
problemas que não fazem parte do seu campo de especificidade.
b) a partir delas que será desconstruída a concepção estereotipada de que o planeta está passando
por um processo de destruição e colapso ambiental.
c) a partir delas que será estimulado a intensificação capitalista, que necessariamente não deve
atrapalhar suas prioridades em detrimento dos discursos sustentáveis em ascensão.
d) a partir delas que se faz possível a construção de uma consciência histórica ambiental, na
qual os antagonismos entre Homem X Natureza sejam abolidos.
e) somente a partir delas que se reafirmam os elementos religiosos e culturais de justificativa
para a dominação humana sobre o meio natural.
Observações:________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
144
5 - (PUC- Campinas) Em relação às causas da Primeira Guerra Mundial. A desigualdade
de desenvolvimento das nações capitalistas europeias acentuou a rivalidade imperialista.
A disputa colonial marcada por um nacionalismo agressivo e pela corrida armamentista
expandiu os pontos de atrito entre as potências. Observe a gravura, considerando a
influência do imperialismo no contexto da Primeira Guerra Mundial (1914-1918),
podemos apontar que são fatores que o justificam, EXCETO:
https://sombrasdopassado.wordpress.com/2013/04/03/o-imperialismo-ataca-o-mundo
a) A necessidade de controlar regiões produtoras de matérias-primas essenciais à indústria
capitalista.
b) A ideologia da superioridade racial dos povos europeus que “levariam aos povos atrasados”
os benefícios da civilização superior.
c) A conquista de pontos estratégicos para defesa de colônias existentes ou da própria
metrópole.
d) A necessidade de exportar capitais para áreas pobres do mundo no sentido de ajudá-las a
superar seu atraso econômico.
e) A retração dos mercados europeus, após a crise que impulsionou a Europa e EUA a buscar
mercados consumidores.
145
Observações:________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
6 - A viagem levou uns vinte minutos. O caminhão não parou; via-se um grande portão e, em
cima do portão, uma frase bem iluminada (cuja lembrança ainda hoje me atormenta nos
sonhos): ARBEIT MACHT FREI – o trabalho liberta. Descemos, fazem-nos entrar numa sala
ampla, nua e fracamente aquecida. Que sede!
O leve zumbido da água nos canos da calefação nos enlouquece: faz quatro dias que não
bebemos nada. Há uma torneira e, acima, um cartaz: proibido beber, água poluída (...). Isto é
o inferno. Hoje, em nossos dias, o inferno deve ser assim: uma sala grande e vazia, e nós,
cansados, de pé, diante de uma torneira gotejante, mas que não tem água potável, esperando
algo certamente terrível acontecer, e nada acontece, e continua não acontecendo nada. (LEVI,
Primo. É isto um homem? Rio de Janeiro: Rocco, 1988. p. 20.)
A descrição acima – de um prisioneiro chegando a Auschwitz – revela angústia e horror. Os
campos de concentração nazistas eram:
a) Lugares de reabilitação de doentes mentais, criminosos comuns e prisioneiros políticos,
adversários do Nazismo.
b) Instalados apenas na Alemanha e, neles, foram alojados, durante a Segunda Guerra Mundial,
judeus, homossexuais e comunistas.
c) Lugares de execução sumária e imediata de inimigos nacionais alemães e de pessoas que se
recusavam a trabalhar.
d) Instalados para acolher os imigrantes que, vindos da Europa Oriental, tentavam penetrar no
território do Terceiro Reich sem autorização.
e) Lugares onde os considerados “indesejáveis” eram submetidos a humilhações, trabalhos
forçados ou execuções em massa.
Observações:________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
146
7- (ENEM 2009) O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as décadas de 1980 e 1990,
gerou expectativas de que seria instaurada uma ordem internacional marcada pela
redução de conflitos e pela multipolaridade. O panorama estratégico do mundo pósGuerra Fria apresenta:
a) o aumento de conflitos internos associados ao nacionalismo, às disputas étnicas, ao
extremismo religioso e ao fortalecimento de ameaças como o terrorismo, o tráfico de drogas e
o crime organizado.
b) o fim da corrida armamentista e a redução dos gastos militares das grandes potências, o que
se traduziu em maior estabilidade nos continentes europeu e asiático, que tinham sido palco da
Guerra Fria.
c) o desengajamento das grandes potências, pois as intervenções militares em regiões assoladas
por conflitos passaram a ser realizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), com maior
envolvimento de países emergentes.
d) a plena vigência do Tratado de Não Proliferação, que afastou a possibilidade de um conflito
nuclear como ameaça global, devido à crescente consciência política internacional acerca desse
perigo.
e) a condição dos EUA como única superpotência, mas que se submetem às decisões da ONU
no que concerne às ações militares.
Observações:________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
8- Leia atentamente a citação abaixo e analise a imagem que retrata um período histórico
de grandes tensões ideológicas.
“Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União Soviética, não
foram um período homogêneo único na história do mundo. (...) dividem-se em duas metades,
tendo como divisor de águas o início da década de 70. Apesar disso, a história deste período
147
foi reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar que o dominou até a
queda da URSS” (HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos. São Paulo: Cia das Letras, 1995).
O período citado no texto é conhecido por “Guerra Fria” e pode ser definido como aquele
momento histórico em que houve:
a) Corrida armamentista entre as potências imperialistas europeias ocasionando a Primeira
Guerra Mundial.
b) domínio dos países socialistas do Sul do globo pelos países capitalistas do Norte.
c) choque ideológico entre a Alemanha Nazista / União Soviética Stalinista, durante os anos
30.
d) disputa pela supremacia da economia mundial entre o Ocidente e as potências orientais, como
a China e o Japão.
e) constante confronto das duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra Mundial.
Observações:________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
148
Realização
Estagiários do 4º ano de Licenciatura em História
Dayana de Souza Santos
Elizangela Marcelina de Araújo
Jeniffer Amaral de Oliveira
Juliana Vieira Marques
Késsia Aparecida Camelo
Maria Aparecida de Oliveira Santos
Maria Margarida Gonçalvez Barbosa
Nayrhainne Sousa Duarte
Paulo Ricardo P. da Cruz
Sheila Aparecida Alcântara Barros
Suelma de Jesus Gonçalves
Tayana de Souza Santos Martins
Professora de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório II
Simone Luz da Silva
Jussara – Goiás
06/10/2015
149
150
151
152
153
154
155
156
157
158
159
Download

jussara licenciatura em história maria margarida gonçalves