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Comunidade Católica Nova Aliança: 20 anos Reconstruindo Histórias, Restaurando Vidas!
A essência do Celibato: o Amor Esponsal pelo Senhor
Ainda estava escuro, naquele
domingo, quando Maria Madalena,
decidiu ir ao sepulcro onde estava
depositado o corpo de Jesus. Não tinha
tido tempo de embalsamar o Santo Corpo
do Senhor, pois pela observância do
Sábado, era proibido fazer qualquer
trabalho neste dia. Naquela caminhada,
seu coração batia descompassadamente,
tão grande era o desejo de rever o Seu
Amado, mesmo inerte, sem vida. Na
verdade seu coração ainda não
compreendia tudo o que havia acontecido.
Ao chegar, viu que o sepulcro estava
vazio. Pensou consigo mesma: “roubaram
o corpo de Jesus! Onde será que o
puseram?” Foi então avisar os discípulos.
Estes vieram também ao sepulcro, viram e
acreditaram no que ela lhes dissera. Sobre
eles está escrito logo em seguida: “os
discípulos voltaram então para casa” (Jo
20,10). E depois acrescenta-se:
“Entretanto, Maria estava do lado de fora
do túmulo, chorando.” (Jo 20,11).
O que moveu o coração daquela
mulher a ir de madrugada ao túmulo de
Jesus? Mesmo tantas vezes tendo sido
anunciado pelo próprio Cristo, nenhum
dos Seus, àquela altura, se recordaram da
Ressurreição. Os sentimentos eram de
medo e dor. Dor da perda do Mestre tão
amado, aquele Jovem Galileu que com seu
olhar e suas palavras encantava a todos.
Encantou Maria Madalena!
Aquela mulher era uma pecadora
pública, conhecida por muitos homens.
Sempre fora desvalorizada,
desconsiderada, tida como nada. Sempre
se aproveitavam de sua condição de
mulher. Ninguém a acolhia, somente a
agredia e condenava. E diante disso, ela só
podia mesmo era desconfiar das intenções
de todos os que se aproximavam dela. Não
tinha amigos, não tinha família, não tinha
ninguém.
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Mas um dia, seu olhar cruzou o de
Jesus. E nesse olhar viu que Ele era um
homem diferente! E junto com este olhar,
ela recebeu o amor de toda uma vida! E foi
esse amor que a impeliu ver o Mestre mais
uma vez. Ela já sentia saudades de Seu
Amado! Era como que alguma coisa em
seu coração a fizesse crer que ainda não
havia acabado. Com Jesus, ela havia
experimentado pela primeira vez em sua
vida o que significava ser uma mulher
digna, respeitada, não um objeto, mas uma
filha de Deus.
Com tudo isso, seu coração foi
completamente tomado por um amor que
não deixava espaço para mais nada. Seu
coração era todo do Mestre. O desejo de
estar com Jesus, a aspiração de poder vêLo mais uma vez, tanto amor por este
Amigo que mudou radicalmente sua
vida... era como que sem Jesus, tudo
perdesse o sentido.
O que mais tem desejado seu
coração? O que tem sido o anseio mais
profundo de sua alma? Você tem
experimentado cruzar seu olhar com o de
seu amado?
O celibatário é aquele a quem o
Senhor escolhe, para, de modo especial,
experimentar essa graça do Amor
Esponsal. O que vem a ser esse amor?
Viver o Amor Esponsal com Jesus é
amá-Lo e deixar-se ser amado por Ele
de modo INDIVISO. É ter um coração
onde a plenitude é ser todo do Mestre.
Não significa ficar alheio aos outros, pois
amar a Deus implica amar os irmãos.
Ser alma esposa de Cristo nos
concede a graça de dar a Jesus a
exclusividade de nosso coração.
Nosso celibato tem de estar
impregnado do desejo de estar com Jesus.
De senti-Lo demonstrando Seu amor da
maneira especial que só Ele é capaz! Pois
precisamos estar totalmente seduzidos por
este amor, livres, nos preocupando tão
somente em agradar o Amado.
O Amor Esponsal com o Senhor há de
nos propiciar momentos de intensa
alegria, recebendo do Adorado Esposo,
carinhos e beijos em nossa alma!!! Isso nos
levará a buscar um constante diálogo com
o Divino Amigo, escutando Sua doce voz a
nos dizer serenamente: “Eu te escolhi,
mesmo sendo fraco (a), mesmo sendo
pequeno (a), pois te amo eternamente e sei
que teu coração anseia estar mergulhado
no Meu!”
Essas palavras suaves então nos
moverão a, delicadamente, externar com
nossa vida a beleza do ser celibatário!
Alguém que, com sua consagração,
expressa a Vida em Cristo que transcende
tudo o que é terreno, pois anuncia Vida
Divina!
Às vezes, em nossa experiência de
celibatário, vamos nos deparar com o
sentimento de solidão, de carências
afetivas e isso poderá nos levar a
questionar: fiz a opção errada???
Então será a hora de olharmos no
fundo de nosso coração e trazer de lá
aquela convicção que nos fez escolher
Jesus!
Será preciso procurar o Amado
Esposo em nosso interior. Será preciso
fazer como Maria Madalena que não
descansou até encontrar Seu Senhor!
Ficou chorando, mas foi procurar Jesus,
perguntou a quem encontrava... só se
aquietou quando escutou a doce voz do
Cristo dizendo-lhe: “Maria!” (Jo 20,16).
O mais belo dessa busca será
constatar que o Senhor se deixará
encontrar e fitará nosso olhar e nos
chamará pelo nome e isso reacenderá
em nós a certeza de que é preciosa nossa
vocação!
Assessoria de Formação
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