Metodologia de desempenho e NBR 15575 na concepção e desenvolvimento de empreendimentos residenciais Eng. Maria Angelica Covelo Silva HISTÓRICO DO CONCEITO DE DESEMPENHO Hagia Sophia – Istambul Turquia Taj Mahal – Agra, Índia As edificações antigas usavam conceitos básicos do conhecimento da física e da matemática para atingir alguns “requisitos de desempenho” que nossos antepassados percebiam como necessários na sua época como: • Segurança estrutural; • Durabilidade; • Desempenho térmico; • Desempenho acústico. O conceito de desempenho teve origem nas exigências de segurança estrutural de produtos da indústria bélica e aeroespacial na Segunda Guerra Mundial. Construção civil - 1962 - 2º Congresso do CIB. Evolução nos congressos de 1965 e 1968. 1970 - Criação da Comissão de trabalho do CIB - W60 “The performance concept in building” 1ª reunião em Oslo – Noruega em 1971. ISO 6240 - “Performance Standards in Building – contents and presentation”, London, 1980. ISO 6241 - “Performance Standards in Building – principles for their preparation and factors to be considered”, London,1984. ISO 7162 - “Performance Standards in Buildings – contents and formats of standards for evaluation of performance”,1992. A principal motivação para o surgimento da metodologia de desempenho foi a necessidade de avaliação de sistemas construtivos inovadores. Centre Scientifique et Technique du Batiment - França Avis Techniques 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. Assainissement Bardages Béton armé Bétons divers Chauffage Construction métallique Couverture Enduits projetés Etanchéité des façades Etanchéité des toitures Energies renouvelables Façades légères Fondations Fumisterie Garde-corps Grands panneaux nervurés Installations électriques Isolation thermique Joints Maçonnerie Menuiserie Ouvrages divers d'aménagement intérieur Ouvrages enterrés Plafonds suspendus Plomberie Revêtements de sol Revêtements muraux Sous-couches isolantes Ventilation Vide-ordures Vitrerie, miroiterie Paroi translucide Autres équipements Mas nos países desenvolvidos, especialmente na Europa o conceito de desempenho se inseriu em todas as práticas de projeto, desenvolvimento de produtos, especificações, comunicação com os clientes. Type : Appartement Etage : 3e étage Surface habitable : Balcon : 66,68 m² 7,32 m² Parking intérieur : inclus Exposition : E Chauffage : Electrique Livraison : 4ème trimestre 2009 NOTE GENERALE Les caractéristiques techniques de l'immeuble sont définies par la présente notice. La construction se conformera : ¨ aux lois et réglementations en vigueur. ¨ aux prescriptions des Documents Techniques Unifiés à caractère obligatoire, établis par le Centre Scientifique Technique du Bâtiment. ¨ aux règles de construction et de sécurité. En particulier, la construction sera conforme à la Réglementation Acoustique (NRA), la Réglementation thermique (RT 2000) et la Norme électrique C15100. Le dimensionnement des locaux à usage de stationnement sera conforme aux règles d‟urbanisme et de sécurité, sans qu‟il soit fait référence à une norme dimensionnelle. La conformité de la construction sera tout au long de sa mise en oeuvre vérifiée par un bureau de contrôle agréé et titulaire d'une mission étendue. L'implantation des équipements ou appareils ainsi que les retombées, soffites, et faux plafonds, peuvent y être figurés à titre indicatif, les canalisations ne sont pas figurées. Les teintes, coloris et finitions des façades, des revêtements des parties communes de l'immeuble et de ses dépendances seront choisis par l'Architecte en accord avec les différents services administratifs impliqués. E se incorporou à legislação....exemplo: Espanha http://www.codigotecnico.org El Código Técnico de la Edificación (CTE) es el marco normativo que establece las exigencias que deben cumplir los edificios en relación con los requisitos básicos de seguridad y habitabilidad establecidos en la Ley 38/1999 de 5 de noviembre, de Ordenación de Ordenación de la Edificación (LOE). Las Exigencias Básicas de calidad que deben cumplir los edificios se refieren a materias de seguridad: seguridad estructural, seguridad contra incendios, seguridad de utilización; y habitabilidad: salubridad, protección frente al ruido y ahorro de energía. El CTE también se ocupa de la accesibilidad como consecuencia de la Ley 51/2003 de 2 de diciembre, de igualdad de oportunidades, no discriminación y accesibilidad universal de las personas con discapacidad, LIONDAU. El CTE pretende dar respuesta a la demanda de la sociedad en cuanto a la mejora de la calidad de la edificación a la vez que persigue mejorar la protección del usuario y fomentar el desarrollo sostenible. El CTE se aplica a edificios de nueva construcción, a obras de ampliación, modificación, reforma o rehabilitación y a determinadas construcciones protegidas desde el punto de vista ambiental, histórico o artístico. 2.1.2 Aislamiento acústico a ruido de impactos Los elementos constructivos de separación horizontales deben tener, en conjunción con los elementos constructivos adyacentes, unas características tales que se cumpla: a) En los recintos protegidos: i) Protección frente al ruido procedente generado en recintos no pertenecientes a la misma unidad de uso: El nivel global de presión de ruido de impactos, L’nT,w, en un recinto protegido colindante vertical, horizontalmente o que tenga una arista horizontal común con cualquier otro recinto habitable o protegido del edificio, no perteneciente a la misma unidad de uso y que no sea recinto de instalaciones o de actividad, no será mayor que 65 dB. Esta exigencia no es de aplicación en el caso de recintos protegidos colindantes horizontalmente con una escalera. ii) Protección frente al ruido generado en recintos de instalaciones o en recintos de actividad: El nivel global de presión de ruido de impactos, L‟nT,w, en un recinto protegido colindante vertical, horizontalmente o que tenga una arista horizontal común con un recinto de actividad o con un recinto de instalaciones no será mayor que 60 dB. b) En los recintos habitables: i) Protección frente al ruido generado de recintos de instalaciones o en recintos de actividad: El nivel global de presión de ruido de impactos, L‟nT,w, en un recinto habitable colindante vertical, horizontalmente o que tenga una arista horizontal común con un recinto de actividad o con un recinto de instalaciones no será mayor que 60 dB. 1 Resbaladicidad de los suelos 1 Con el fin de limitar el riesgo de resbalamiento, los suelos de los edificios o zonas de uso Residencial Público, Sanitario, Docente, Comercial, Administrativo y Pública Concurrencia, excluidas las zonas de ocupación nula definidas en el anejo SI A del DB SI, tendrán una clase adecuada conforme al punto 3 de este apartado. 2 Los suelos se clasifican, en función de su valor de resistencia al deslizamiento Rd, de acuerdo con lo establecido en la tabla 1.1: Para limitar el riesgo de resbalamiento, el CTE clasifica los suelos en función de su resbaladicidad. Así mismo exige una determinada clase en función de la localización y características del suelo, tal y como se explica a continuación. El valor de resistencia al deslizamiento Rd se determina mediante el ensayo del péndulo descrito en el Anejo A de la norma UNE-ENV 12633:2003 empleando la escala C en probetas sin desgaste acelerado. La muestra seleccionada será representativa de las condiciones más desfavorables de resbaladicidad . 3 La tabla 1.2 indica la clase que deben tener los suelos, como mínimo, en función de su localización. Dicha clase se mantendrá durante la vida útil del pavimento. Que é aplicável mesmo nos programas de interesse social Vivienda protegida - Espanha Sistemas de certificação que demonstram ao cliente o desempenho • • No Brasil o IPT desenvolveu requisitos e critérios no início dos anos 80 para o BNH, mas o sistema de avaliação não foi implementado a partir do fim do BNH em 1986; Muitos sistemas construtivos diferentes foram experimentados, várias iniciativas institucionais ou individuais de desenvolvimento de sistemas ocorreram no final dos anos 80 e início dos anos 90 sem que fosse possível estabelecer um sistema de avaliação pela falta de normas. Projeto Modelar – Sao Paulo • Houve um grande número de iniciativas de racionalização no processo produtivo e a partir da abertura econômica nos anos 90 a chegada ao Brasil de muitos produtos provenientes de outros países. LAJES PLANAS POSSIBILITARAM ESCORAMENTO METÁLICO LAJES NERVURADAS POSSIBILITAM GRANDES VÃOS Fonte: Eng. Luiz Henrique Ceotto DRYWALL Fonte: Eng. Luiz Henrique Ceotto ELETRODUTOS NO ENTREFORRO E NO DRYWALL Novos materiais e componentes foram surgindo Porta pronta fixada com resina de poliuretano Fonte: Eng. Luiz Henrique Ceotto Fachadas e escadas pré-fabricadas Plaza Ibirapuera InPAR Fonte: Eng. Luiz Henrique Ceotto Piso elevado externo ABNT NBR 15805:2010 Ed 2 (16 de dezembro de 2010) Placa de concreto para piso - Requisitos e métodos de ensaios . Fonte: Eng. Luiz Henrique Ceotto Mas a introdução de inovações ou racionalização sem o conceito de desempenho pode levar a conflitos entre requisitos, comprometendo o comportamento do edifício perante o usuário ao longo da vida útil . Exemplo: Laje zero x desempenho acústico www.chegadebarulho.com 5- Procure saber se o problema é de abuso na utilização do imóvel vizinho ou de defeito construtivo. É muito comum achar o vizinho que seu problema de barulho é de mau uso da propriedade alheia, quando há defeito de construção consistente na falta de isolamento acústico adequado ao tipo de imóvel que utilizam. Tal situação tem se tornado comum, principalmente, com o advento de novas técnicas construtivas que permitem obter, com cada vez menos material, igual solidez à que era alcançada nas edificações de outrora. Preocupados apenas com a estabilidade da edificação, e com a economia de recursos financeiros, principalmente nos edifícios de apartamentos, descuram-se os construtores modernos quanto ao isolamento acústico que cada prédio deve prover. O divisor de águas para se saber sé o caso é de defeito ou abuso é a medição da transmissão sonora para as situações de uso normal. Se, nessas situações, a recepção de ruído for superior ao que permitem as normas vigentes (clique aqui para ver artigo a respeito), haverá defeito construtivo. Por outro lado, ao contrário dos países que trabalham com a conceituação e metodologia de desempenho, não há barreiras para que no mercado exista uma grande heterogeneidade de desempenho de produtos (sejam os materiais, componentes e sistemas sejam os produtos finais). Patologias extremas 8/09/2008 “A polícia instaurou um inquérito policial para investigar a queda de um bebê de um prédio onde funciona uma pousada, de Bombinhas (SC). O acidente aconteceu na tarde de domingo (7) e o menino de 1 ano e 3 meses segue internado em um hospital de Florianópolis. A pousada passou por uma perícia técnica nesta segunda-feira (8). O laudo da perícia deve ficar pronto entre 10 e 15 dias. A responsável pela delegacia de Bombinhas, afirmou que o vão entre as grades da sacada do quarto de onde o bebê caiu é grande.” Rapaz de 20 anos morre ao cair de sacada em Curitiba – 3/12/2008 “Segundo o Corpo de Bombeiros, a altura da queda foi de aproximadamente seis metros. Testemunhas que presenciaram o fato contaram que ele tentou se apoiar em uma barra, que não suportou seu peso e cedeu.” Jovem morre ao cair de sacada no Litoral do Estado – 27/12/2008 “A jovem morreu ao cair da sacada do segundo andar de um prédio, localizado na Avenida Atlântica. O acidente aconteceu por volta das 11h de ontem. Segundo testemunhas, ela se apoiou no parapeito da sacada para orientar a mãe sobre onde estacionar o carro. O parapeito cedeu e ela caiu de cabeça no chão.” Patologias extremas Terça-feira, 28/10/2008 Douglas Marçal - O Diário de Maringá Laudo explica queda de sacadas em Maringá “De acordo com o laudo, o que ocasionou a queda da marquise foi a corrosão das armaduras de sustentação, que estavam em elevado processo de degradação. „As barras remanescentes apresentavam manchas marrom-avermelhadas, criando óxihidróxidos de ferro. Estes causavam uma significativa redução no diâmetro original do material e, conseqüentemente, diminuição da resistência das armaduras‟, explicou o diretor da Defesa Civil de Maringá, Jurandi André. Alguns problemas verificados na laje da marquise da cobertura também estavam presentes nas sacadas. No projeto estrutural do edifício, as sacadas, que deveriam ter sido construídas com 105 centímetros de espessura, estavam com 147 centímetros. O aumento, segundo o laudo, contribuiu para o rompimento da primeira marquise e, conseqüentemente, o efeito dominó. Outros pontos foram apontados pela comissão no laudo. São eles: a ruptura do sistema de impermeabilização, rebaixamento das armaduras, alteração geométrica, carga excessiva sobre a marquise e a forte chuva no dia do acidente.” Edifício em fase de acabamento desaba em Salvador O dono da empresa construtora, e o irmão dele, mestre de obras, responsáveis pela construção do edifício Guaratinga, de sete andares, que desabou em Salvador no último sábado (17 de julho de 2010), prestarão depoimento na tarde desta quarta-feira à polícia. No desmoronamento, três pessoas morreram e duas crianças ficaram feridas. A Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) foi oficiada pela 11ª Companhia de Polícia para esclarecer por que a obra foi realizada mesmo sem a liberação do alvará de construção. Foto: Margarida Neide Agência A tarde A polícia também vai ouvir o engenheiro responsável pela obra, que ainda não foi localizado. Belém, 29 de janeiro de 2011. O conceito e metodologia de desempenho Exigências de uso e operação EDIFÍCIO/INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS/PONTES/ MATERIAIS, COMPONENTES E SISTEMAS Exigências humanas em relação ao comportamento do edifício; exigências do fluxo de uso e operação de processos. Características que os materiais, componentes e sistemas devem atender. Ensaios, simulações, APO, verificações analíticas. Requisitos de Desempenho Critérios de desempenho Métodos de Avaliação Condições de exposição Conjunto de ações a que o empreendimento está exposto (externas e decorrentes da ocupação e uso/operação). Grandezas quantitativas que estabelecem padrões e níveis a serem atingidos. Conceito: Desempenho = comportamento de um produto em utilização. O produto deve ter características que o capacitem para cumprir os objetivos e funções para os quais foi projetado nas condições de exposição a que está sujeito para atender condições de uso definidas. O conceito de desempenho está baseado em projetar e construir com base nas necessidades de todo o ciclo de vida do edifício – vida útil. Edifício Martinelli – Inaugurado em 1929 com 12 andares concluído em 1934 com 30 andares – 130 metros de altura. Cronologia NBR 15575 2000 – Projeto FINEP / CB 2 / Caixa Econômica Federal – textos base iniciais. 2004 – Grupos de trabalho liderados pelo SindusCon-SP e Secovi-SP. 2008 – Publicação. 2010 – 2012 – Exigibilidade (empreendimentos cujos projetos sejam protocolados nos órgãos oficiais de aprovação após 12 de março de 2012) Princípio básico: NORMA TÉCNICA É LEI. Código de Defesa do Consumidor Lei 8078 / de 11 de setembro de 1990 CAPÍTULO V - Das práticas comerciais Seção IV - Das práticas abusivas Art. 39 - É vedado ao fornecedor de produtos e serviços Item VIII - Colocar , no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço, em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial CONMETRO. Princípios das normas de desempenho: 1. Estabelecem o comportamento em uso esperado do edifício, dos materiais, componentes, elementos e sistemas construtivos permitindo a inovação; 2. Estabelecem este comportamento mínimo para que um edifício seja adequado ao uso para as condições de exposição a que estará sujeito ao longo de sua vida útil; 3. Com isto estabelecem parâmetros mínimos a que todos os agentes de mercado devem atender; 4. Nos requisitos em que é tecnicamente adequado definem níveis que se aplicam a cada segmento de mercado (durabilidade, desempenho térmico, desempenho acústico). Trata-se de uma escolha como País, como sociedade: Desempenho repercute em última instância em vida útil. • Vida útil baixa x custo inicial baixo: a escolha do México. ou • Vida útil maior x custos baixos no ciclo de vida. Se exigimos desempenho de outros bens não duráveis porque a sociedade não exigirá da habitação? Se cada vez mais as pessoas de diferentes segmentos econômicos têm acesso a bens de cada vez melhor desempenho, porque a habitação não pode evoluir no desempenho com relação custo-benefício adequada? Há um papel de cada parte da cadeia produtiva para cumprir a norma com a adequação de produtos às novas exigências. Onde não há solução a custo adequado ao segmento de mercado é porque há espaço para desenvolvimento tecnológico e inovação. Exemplo: NBR 15575 Requisitos a) Segurança • Desempenho estrutural • Segurança contra incêndio • Segurança no uso e operação b) Habitabilidade • Estanqueidade • Desempenho térmico • Desempenho acústico • Desempenho lumínico • Saúde e higiene • Funcionalidade e acessibilidade • Conforto tátil • Qualidade do ar c) Sustentabilidade • Durabilidade • Manutenabilidade • Adequação ambiental Com a NBR 15575 foi possível criar o DATec – Documento de Avaliação Técnica APLICAR A METODOLOGIA E AS NORMAS DE DESEMPENHO É: Trabalhar em todos os processos da produção do edifício: Aquisição de terrenos Análise de viabilidade Especificações Desenvolvimento de produto Especificações Desenvolvimento de projeto executivo Qualificação de fornecedores e aquisição Execução de obra Manual de uso e manutenção APLICAR A METODOLOGIA E AS NORMAS DE DESEMPENHO É: PASSO 1 Conhecer as características de uso do edifício e suas partes ao longo da vida útil....(como o edifício será usado?) PASSO 2 Conhecer e registrar no projeto as características de exposição a que estarão sujeitos os materiais, componentes e sistemas e o edifício como um todo.... P R L o n d r i n a B C F I 3 Recife – Zona 8 NBR 15220 – Desempenho térmico de edificações Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social Zonas bioclimáticas Exposição a ruídos e ruídos internos a serem gerados Salinidade Poluição e umidade Ventos http://www.ufrgs.br/lac/ Túnel de vento • Esforços decorrentes do uso • Modificações que o cliente faz Objetos de peso elevado - drywall Passo 3 – Definir os requisitos e critérios a atender diante das características de uso e das condições de exposição NBR 15575.... 9 Segurança no uso e na operação 9.1 Generalidades A segurança no uso e operação dos sistemas e componentes do edifício habitacional deve ser considerada em projeto, especialmente as que dizem respeito a agentes agressivos (proteção contra queimaduras e pontos e bordas cortantes, p. ex.). 9.2 Requisito – Segurança na utilização do imóvel Assegurar que tenham sido tomadas medidas de segurança aos usuários do edifício habitacional. 9.2.1 Critério – Segurança na utilização do imóvel Os sistemas não devem apresentar: a) Rupturas, instabilizações, tombamentos ou quedas que posam colocar em risco a integridade física dos ocupantes ou de transeuntes nas imediações do imóvel; b) Partes expostas cortantes ou perfurantes; c) Deformações e defeitos acima dos limites especificados nas ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6 9.2.2 Método de avaliação Análise do projeto ou inspeção em protótipo. 9.2.3 Premissas de projeto Devem ser previstas no projeto e na execução formas de minimizar o risco de: a) Queda de pessoas em altura: telhados, áticos, lajes de cobertura e quaisquer partes elevadas na construção; b) Acessos não controlados aos riscos de quedas; c) Queda de pessoas em função de rupturas das proteções; d) Queda de pessoas em função de irregularidades nos pisos, rampas e escadas, conforme a ABNT NBR 15575-3; e) Ferimentos provocados por ruptura de subsistemas ou componentes, resultando em partes cortantes ou perfurantes; f) Ferimentos ou contusões em função da operação das partes móveis de componentes, como janelas, portas, alçapões e outros; g) Ferimentos ou contusões em função da dessolidarização ou da projeção de materiais ou componentes a partir das coberturas e das fachadas, tanques de lavar, pias e lavatórios, com ou sem pedestal, e de componentes ou equipamentos normalmente fixáveis em paredes; h) Ferimentos ou contusões em função de explosão resultante de vazamento ou de confinamento de gás combustível. 9.3 Requisito – Segurança das instalações Evitar a ocorrência de ferimentos ou danos aos usuários, em condições normais de uso. 9.3.1 Segurança na utilização das instalações O edifício habitacional deve atender às exigências das Normas pertinentes, como, por exemplo, ABNT NBR 5410, ABNT NBR 5419, ABNT NBR 13523, ABNT NBR 13932, ABNT NBR 13933, ABNT NBR 14570, e ABNT NBR 15575-6. 9.3.2 Método de avaliação Análise do projeto ou inspeção em protótipo. 9. Segurança (Parte 3 – Pisos internos) 9.1 Generalidades Embora não existam estatísticas de acidentes domésticos provocados pelas características dos elementos utilizados em pisos, é reconhecida, a partir de uma análise de riscos potenciais em uma habitação, a existência de possibilidades de acidentes, principalmente relacionados com a queda dos usuários durante a sua circulação. 9.2 Requisito – Resistência ao escorregamento Tornar segura a circulação dos usuários, evitando escorregamentos e quedas. 9.2.1 Critério – Resistência ao escorregamento A superfície dos pisos do edifício habitacional deve apresentar coeficiente de atrito dinâmico igual ou superior aos valores apresentados na Tabela 5. Tabela 5 – Coeficiente de atrito dinâmico do piso Coeficiente de atrito dinâmico do piso Situação Área privativa Área comum Declividade ≤ 3 % > 0,40 > 0,40 3% < Declividade ≤ 10% > 0,70 > 0,85 ou 0,70 com faixa antiderrapante > 0,85 a cada 10 cm Escadas > 0,70 > 0,70 ou com faixa antiderrapante > 0,85 por degrau Segurança no uso Conforto antropodinâmico 12 Desempenho acústico Normas existentes antes da NBR 15575 NBR 10151 Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade - Procedimento 30/6/2000 NBR 10152 Níveis de ruído para conforto acústico. 30/12/1987 NBR 12314 - Aeronáutica - Critérios de ruído para recintos internos nas edificações submetidas ao ruído aeronáutico, 30/07/1997. Esta Norma estabelece os procedimentos para medir, calcular, corrigir e analisar dados e estabelecer padrões acústicos aceitáveis para diversos recintos internos, sujeitos ao ruído gerado por operações aeronáuticas e similares, visando compatibilizar o local com as atividades desenvolvidas. NBR 8572 - Fixação de valores de redução de nível de ruído para tratamento acústico de edificações expostas ao ruído aeronáutico, 30/08/1984. Esta Norma fixa os valores de redução de níveis de ruído proporcionados por fachadas e/ou coberturas de edificações localizadas na Área II dos Planos de Zoneamento de Ruído em Aeroportos. Sua aplicação deve compartilhar os requisitos acústicos nela estabelecidos com outros relativos à boa iluminação e ventilação. Em revisão Principio básico dos requisitos: Isolamento acústico em relação ao ruído gerado. Matriz de subsistemas x requisitos. 1. Isolamento de ruído aéreo externo: Fachadas e coberturas; caixilhos. 2. Isolamento de ruído aéreo de uma unidade para outra: Pisos internos e paredes de geminação. 3. Isolamento de ruído aéreo entre a unidade e ambientes internos do edifício (áreas comuns): paredes, portas, pisos. 4. Isolamento de ruído de impacto entre unidades: pisos e suas ligações com as paredes. 5. Isolamento de ruído de equipamentos: moto bombas, geradores, elevadores eoutros. 6. Isolamento de ruído de instalações hidráulicas: instalações de água no interior das unidades. 12.3.3 Premissas de projeto O projeto deve mencionar a avaliação das condições do entorno, em relação ao ruído. Parte 3 – Pisos internos Desempenho acústico • Ruído de impacto em piso Atenuar a passagem de som resultante de ruídos de impacto (caminhamento, queda de objetos e outros) entre unidades habitacionais. Critério: a unidade habitacional deve apresentar o nível de pressão sonora de impacto padronizado ponderado proporcionado pelo entrepiso conforme indicado na tabela 6. Os valores mínimos exigidos correspondem a valores representativos de ensaios realizados em pisos de concreto maciço com espessura de 10 cm a 12 cm sem acabamento. Tabela 6 – Critério e nível de pressão sonora de impacto padronizado ponderado, L´nT,w, (Nível de pressão sonora de impacto padronizado ponderado) para ensaios de campo Laje, ou outro elemento portante, com ou sem contrapiso, sem tratamento acústico < 80 dB Nível intermediário < 65 dB Nível superior < 55 dB Fonte: Apresentação Harmonia Acústica, Secovi-SP, out. 2009. EXEMPLO Principais características Resistente à luz Resistente a manchas Compatível com pisos aquecidos Resistente a impactos Resistente a cigarros acesos Resistente a rodízios Ambiental mente correto Os pisos com neoprene pré-instalado vieram para atender ao cliente mais exigente e detalhista. Uma redução considerável na propagação do som é obtida com o exclusivo neoprene de 2mm, instalado na face inferior de cada régua. Os pisos Hanley apresentam uma vantagem indiscutível no combate ao barulho. Além disso, o neoprene não oferece barreira térmica, permitindo o uso de aquecimento do tipo "termoradiante". Fácil conservação NBR 15575 – 6 – Instalações hidrossanitárias Requisito – Limitação de ruídos • Não provocar ruídos desagradáveis aos seus usuários. Critério – Velocidade de escoamento A velocidade de escoamento da água nas tubulações dos sistemas prediais de água fria, água quente e águas pluviais não deve ser superior ao valor especificado pelas ABNT NBR 5626, 7198, 10844 e 10152 quando aplicável. Critério – Ruído gerado por vibrações As tubulações, equipamentos e demais componentes sujeitos a esforços dinâmicos devem ser projetados para que não propaguem vibrações aos elementos das edificações. Tabela 17 – Valores recomendados da diferença padronizada de nível ponderada da vedação externa, D2m,nT,w, para ensaios de campo: Elemento Vedação externa de dormitórios D2m,nT,w dB 25 a 29 D2m,nT,w +5 dB 30 a 34 Nota 1 Para vedação externa de cozinhas, lavanderias e banheiros, não há exigências específicas. Nota 2 A diferença padronizada de nível ponderada, DnT,w, é o número único do isolamento de ruído aéreo em edificações, derivado dos valores em bandas de oitava ou de terço de oitava da diferença padronizada de nível, DnT, entre ambientes de acordo com o procedimento especificado na ISO 717-1. Simulação de desempenho acústico com o uso do software CADNA Fonte: Apresentação Harmonia Acústica, Secovi-SP, out. 2009. Fonte: Apresentação Harmonia Acústica, Secovi-SP, out. 2009. Tabela 19 – Valores recomendados da diferença padronizada de nível, ponderada entre ambientes, DnT,w, para ensaio de campo Elemento DnT,w dB Parede de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual, como corredores, halls e escadaria nos pavimentos-tipo 30 a 34 Parede de dormitórios entre uma unidade habitacional e corredores, halls e escadarias nos pavimentos-tipo 40 a 44 Parede entre uma unidade habitacional e áreas comuns de permanência de pessoas, atividades de lazer e atividades esportivas, como home theater, sala de ginástica, salão de festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas 45 a 49 Paredes entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação) 40 a 44 Tabela 7 – Critérios de diferença padronizada de nível ponderada DnT,w para ensaios de campo e Rw para ensaios de laboratório Elemento Campo DnT,w dB Laboratório Rw dB Piso de unidade habitacional, posicionado sobre as áreas comuns, como corredores 35 40 Piso separando unidades habitacionais autônomas (piso separando unidades habitacionais posicionadas em pavimentos distintos) 40 45 Medições de acordo com a ISO 140-4 e ISO 140-3 ou ISO 10052 11 Desempenho térmico 11.1 Generalidades A edificação habitacional deve reunir características que atendam às exigências de desempenho térmico, considerando-se a região de implantação da obra e as respectivas características bioclimáticas definidas na ABNT NBR 15220-3 e considerando-se que o desempenho térmico do edifício depende do comportamento interativo entre fachada, cobertura e piso. Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece um procedimento normativo apresentado a seguir e dois procedimentos informativos mostrado no anexo A para avaliação da adequação de habitações: a) Procedimento 1 – Simplificado (normativo): verificação do atendimento aos requisitos e critérios para fachadas e coberturas, estabelecidos nas ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5, para os sistemas de vedação e para os sistemas de cobertura, respectivamente; b) Procedimento 2 – Simulação (informativo, Anexo A): verificação do atendimento aos requisitos e critérios estabelecidos nesta ABNT NBR 15575-1, por meio de simulação computacional do desempenho térmico do edifício; c) Procedimento 3 – Medição (informativo, Anexo A): verificação do atendimento aos requisitos e critérios estabelecidos nesta ABNT NBR 15575-1, por meio da realização de medições em edifícios ou protótipos construídos. P R L o n d r i n a B C F I 3 São Paulo – Zona 3 NBR 15220 – Zonas bioclimáticas Fonte: Yawatz Engenharia Desempenho Térmico: níveis de desempenho Fonte: Yawatz Engenharia Desempenho Térmico: níveis de desempenho Fonte: Desempenho Térmico: método prescritivo - paredes Yawatz Engenharia Transmitância térmica Zonas 3, 4, 5, 6, 7 e 8 São Paulo Cor escura : U <= 2,5 W/m².K Cor clara : U <= 3,7 W/m².K Florianópolis Belo Horizonte Brasília Tijolo maciço U = 3,13 W/m².K Santos Campo Grande Cuiabá Rio de Janeiro Tijolo maciço aparente Salvador Fortaleza U = 3,70 W/m².K Desempenho Térmico: método prescritivo – paredes. Zonas 1 a 6 Zona 7 Aberturas para ventilação Zona 8 Campos do Jordão Cuiabá Curitiba Petrolina (PE) São Paulo – Zona 3 Florianópolis Salvador Aberturas pequenas A >= 5% Apiso Belo Horizonte Fortaleza Aberturas grandes A >= 15% Apiso Brasília Aberturas médias A >= 8% Apiso Rio de Janeiro Aplica-se a: salas, cozinhas e dormitórios • Método de avaliação: Análise do projeto arquitetônico, considerando, para cada ambiente de longa permanência a seguinte relação: A = 100 (Aa/Ap) % Onde Aa é a área efetiva de abertura de ventilação do ambiente, sendo que para o cálculo desta área somente são consideradas as aberturas que permitam a livre circulação do ar, devendo ser descontadas as áreas de perfis, vidros e de qualquer outro obstáculo, nesta área não são computadas as áreas de portas; Ap é a área de piso do ambiente. Fonte: Yawatz Engenharia NBR 15575 – Parte 4 Define requisitos de adequação das paredes externas quanto a transmitância térmica; Define áreas mínimas de aberturas para ventilação. Define requisitos de sombreamento: • as janelas dos dormitórios, para qualquer região climática, devem ter dispositivos de sombreamento externos ao vidro (quando este existir) de forma a permitir o controle de sombreamento, ventilação e escurecimento a critério do usuário, como por exemplo venezianas. Vivienda protegida - Espanha Acervo NGI – Foto de condomínio residencial em Nazaré – interior de Portugal Casa esconderijo onde Osama Bin Laden foi morto pelos agentes dos EUA em 1º de maio de 2011 Paquistão. Sombreamento de janelas de dormitório. Passo 4 – Especificar e projetar para atender aos requisitos e critérios.... Barra Funda Os sistemas de pintura podem ser os mesmos? Praia das Astúrias Porta 1 Qual a diferença de requisitos a que estas duas portas devem atender? Porta 2 Varanda A mesma cerâmica pode ser utilizada no piso dos três ambientes? Espaço Gourmet Living E é preciso mostrar ao cliente o desempenho agregado ao produto! Bascol Brasil - Paraná O que pode afetar o custo? 1. Caixilhos se estiverem abaixo do isolamento e se não tiverem sombreamento; 2. Portas, se não atenderem o requisito da norma quanto ao desempenho acústico do conjunto parede-porta para halls sociais e de serviços; 3. Lajes que não apresentem o isolamento requerido; 4. Paredes divisórias entre apartamentos se não atingirem o mínimo de desempenho acústico; 5. Soluções de estanqueidade; 6. Acessibilidade se não estiver sendo atendida a norma NBR 9050; 7. Dimensões mínimas de ambientes se estiverem abaixo da tabela da Parte 1; 8. Estruturas se não estiverem sendo seguida as respectivas normas NBR 6118; 9. Segurança contra incêndio se não estiverem sendo seguidas as normas atuais; 10. Instalações hidráulicas se não estiverem sendo seguidas as normas atuais; 11. Durabilidade se o projeto e os materiais e componentes atuais não proporcionarem a vida útil prevista na norma. O papel de cada um para implantar a metodologia de desempenho e as normas de desempenho. • A incorporadora/construtora precisa definir o produto e as premissas de projeto segundo requisitos e critérios de norma; • Os projetistas precisam conhecer, atender e demonstrar que atenderam requisitos, critérios e características (e as demais normas de projeto e especificação); • Os fabricantes têm que caracterizar seus produtos e demonstrar as características – ensaios de caracterização de desempenho, ensaios de controle de produção, certificação, declaração de conformidade; • A construtora precisa caracterizar suas soluções construtivas e ter procedimentos de controle (de qualificação de fornecedores (equalizar por desempenho demonstrado), de recebimento, de produção); • A construtora precisa orientar o cliente/usuário final; • O usuário precisa usar e fazer manutenção de acordo com as instruções. E.............. O cliente precisa enxergar o desempenho para escolher o produto. www.ngiconsultoria.com.br [email protected] fone: (11) 5561-2097 São Paulo - SP