“Porque o Senhor é o nosso Juiz, o Senhor é o nosso Legislador, o Senhor é o nosso Rei; Ele nos salvará.” Isaías 33:22 1. Descrever o caráter imutável de Deus, como revelado em Sua Lei; 2. Aceitar a instrução da Lei, quando ela ensina acerca da nossa necessidade de um Salvador, e nos alegrarmos na Lei, uma vez que ela nos protege e nos liberta para que estejamos verdadeiramente em Cristo. A Lei de Deus é uma expressão do Seu amor, e quando amamos como Deus nos ama, realmente revelamos a Lei em toda a sua beleza e poder. O decálogo foi entregue por Deus entre magníficas manifestações de luzes, trovões, relâmpagos, terremotos, fogo e fumaça, precedido de advertências divinas e informações (instruções para específico preparo). O subir no monte de Moisés e o dedo de Deus ao escrever o decálogo o faz diferente Ex 19:16-19 - Revista do Ancião, jan-fev, p. 15, 2000. A Lei não produz pecado, pelo contrário, pela Lei vem o pleno conhecimento do pecado. Deus Se propunha fazer da ocasião em que falaria a Sua Lei uma cena de terrível grandeza, à altura do exaltado caráter da mesma. PP, p. 303. Tais foram os sagrados preceitos do Decálogo, proferidos entre trovões e chamas, e com maravilhosa manifestação de poder e majestade do grande Legislador. Deus acompanhou a proclamação de Sua lei com mostras de Seu poder e glória, para que Seu povo nunca se esquecesse daquela cena, e tivesse a impressão de uma profunda veneração pelo Autor da lei, o Criador do Céu e da Terra. Desejava mostrar também a todos os homens a santidade, a importância e a permanência de Sua lei PP, p. 309. Assim a função da Lei é oportunizar um estágio preparatório para reconhecermos nossos pecados, e assim estar facilitando nossas vidas para um curso superior, ou seja: Conhecer a Jesus Cristo e Sua Graça, revelando aos homens através da Lei a sua pecaminosidade e incapacidade, também lhes revela sua necessidade daquela libertação que somente a graça de Deus pode efetuar. Gn 3:1-3. A instituição do sétimo dia antecede a promulgação de todas as leis, isto é, as leis cerimoniais mosaicas e mais especificamente, o próprio decálogo. Ex 16:1-30. O envio do maná e as instruções sabáticas relacionadas com ele precederam a entrega das tábuas da Lei e, particularmente o quarto mandamento. Lembra-te significa existência antes. E hoje, devo guardar o sábado? Senão, posso matar, roubar e transgredir todos os mandamentos do decálogo, pois a Lei/sábado do Gênesis é a mesma Lei/sábado do Êxodo. Reflita em dois textos que falam do sábado. Ex. 20:8-11. Nós encontramos três verbos no ultimo versículo: descansou, abençoou, santificou. Descansou: A ideia aqui é que Deus cessou seu trabalho. Deus também abençoou o dia de sábado. Nenhum dia foi abençoado, nem a sextafeira ou o domingo... Deus fez uma terceira coisa: Deus santificou o sábado, ou seja: separou para fins sagrados. O verbo santificar na bíblia é o mesmo que separar. Por exemplo: o santuário na bíblia é santo porque é uma casa separada das demais construções. Nas demais as pessoas moram, mas na igreja, no santuário as pessoas adoram a Deus. O dizimo também é separado. É um dinheiro separado do outro dinheiro. É usado para fins sagrado para que fosse ocupado para fins sagrados e nosso relacionamento com Deus. O texto mais importante sobre o assunto do sábado não é Gn 20: 8-11 e sim Gn. 2:1-3. O verso 3 repete os três verbos: descansar, abençoar e santificar. Observe este detalhe: DIA= Tempo que a terra leva para dar um giro em torno dela mesma. MÊS= O mês é o tempo que a lua leva para dar um giro em volta da terra. ANO= Um ano é o período de tempo que a terra leva para dar um giro em torno do sol. Dia, mês e ano tem a ver com giro de corpos celestes. E A SEMANA= Nada a ver com isso. Desde sempre é uma lembrança da criação e sempre com 7 dias, com raras exceções que duraram por pouco tempo como na França. A Lei não foi dada no Sinai. A lei sempre existiu desde a Criação no Éden. Deus não se cansa Is. 40:28. Cansaço é fruto do pecado e Deus não se cansa. Na mente dos fariseus o sábado era mais importante que o homem. Mas para Jesus não era assim. Não adiantava fazer o sábado na segunda, terça ou quarta, pois o homem ainda não tinha sido criado. Portanto assim que o homem foi criado – na sexta – logo se criou o sábado para benefício do homem. Jesus sempre se pautou nessa regra. Ex 19-20. O decálogo é definitivamente distinto de outras instruções ou informações civis ou cerimoniais dada por Deus a Moisés. Qual é mais fácil: brincar com o filho por uma hora todos os dias (brincar mesmo), ou trabalhar todos os dias? Com certeza é muito mais fácil trabalhar que dedicar uma hora brincando com um filho, embora é mais precioso aos olhos de Deus o tempo que dedicamos a um filho do que um dia de trabalho. Nós seres humanos somos pautados por fazer coisas que se medem, palpáveis. A salvação é de graça, mas nós seres humanos queremos fazer coisas para sermos salvos. O filho quer o seu tempo, a sua pessoa, o seu coração e não a bicicleta que seu trabalho pode dar. Achamos que podemos compensar com presentes. Assim é a salvação: achamos que guardar sábado, dizimar ou deixar de comer carne de porco pode contribuir na minha salvação. Isso é uma tremenda mentira, pois Deus quer é o seu coração e estas coisas (obras/trabalho) Ele faz por você e de graça. Os hebreus eram zelosos quanto a Lei, mas não o eram para serem salvos, pelos menos os que compreendiam a graça. Do início ao fim da vida cristã, a base da nossa salvação é a fé unicamente em Cristo. Aquele que buscar a Lei para ser salvo, cai da graça, desliga-se de Cristo (veja Gl. 5:4). O que pode sobrar para uma pessoa que cai da graça ou se desliga de Cristo? A resposta é: A perdição eterna. Abraão foi justificado pela fé e ele é um personagem do Velho Testamento. O tema da redenção era ilustrado no Antigo Testamento no sistema de sacrifícios. O sistema sacrifical do Antigo Testamento era um lembrete físico diário dos sofrimentos que Cristo suportaria em nosso favor. A Lei é um cerco de proteção. Ela não nos salva, mas ela tem o seu lugar e Deus não a menospreza. Anulamos, pois, a Lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes confirmamos a Lei (Rm 3:31). Portanto, a Lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom (Rm 7:12). Que diremos, pois? É a Lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não conheci o pecado senão por intermédio da Lei. Pois eu não conheceria a concupiscência se a Lei não dissesse: Não cobiçarás (Rm 7:7). 1. A Lei no Sinai foi dada a um povo que por mais de quatrocentos anos estavam presos/escravizados ao pecado diariamente. A promulgação da santa Lei de Deus e a maneira como foi dada, oportunizou esse povo a ver o poder do Grande Deus e a libertação do pecado que Ele poderia lhes dar; 2. A Lei de Deus é eterna, como eterno é nosso Deus; 3. O sábado é o selo de Deus entre Ele e seu povo em todos os tempos. 4. Os verdadeiros adoradores do Velho e do Novo Testamento sempre compreenderam que a salvação é pela graça independente das obras da lei. - Texto: Pr. Edson Bonetti – Pastor distrital na ANP. - Apresentação em Slides: Departamento de Escola Sabatina da USB.