Ano IV - Edição nº 47 | Novembro de 2015
w w w.sao pe dro jacarai pe.com.br
AOS LÍDERES
DE ONTEM,
DE HOJE E DO
AMANHÃ...
ASSEMBLEIA PAROQUIAL
CRISTO REI,
DIA DO LEIGO
E DA LEIGA PG.19
REVISTA
JPII-ES
COMUNIDADES
PARÓQUIA
Santo Antônio
Av. Bicanga – Bicanga
Sant’Ana – Rua Sant’Ana - Manguinhos
Revista da Paróquia
São Pedro Jacaraípe
Arquidiocese de Vitória – ES
Santos Anjos – Rua Hawai, Portal de Jacaraípe
São Pedro – Matriz
Rua São Pedro, Castelândia
Santíssimo Nome de Jesus
Centro de Vivência – São Patrício
Contato: (27)3252.9062 e 3243.1765
Rua Goiás, 10 – Jacaraípe – Serra (ES)
CEP: 29.175-149
www.saopedrojacaraipe.com.br
Sagrado Coração de Jesus
Rua Teresina, Parque Jacaraípe
São Francisco de Assis
Rua Caramuru, Jardim Atlântico
Produção Editorial:
Parresia Comunicação Católica
Contato: (33) 3279-0073
www.parresia.com
Santo Agostinho
Rua Guacira – Costa Dourada
Sagrada Família
Av. Guaianases – Bairro das Laranjeiras
Jornalista responsável:
Carolina Lana MTB 8442/MG
Imaculada Conceição
Av. Minas Gerais - Lagoa
Coordenação: Rebeca Proux e Victor Guasti.
Colaboradores: Agnes Maria, Cícero Gomes, Daniele
Razera, Junior Choquito, Magno Lima, Matheus Souza,
Goretti Cancian, Maura Conceição, Nathália Trancoso,
Suellen Resende e Victório Gasparini.
Contato Comercial:
Willerson Soares
[email protected]
(27) 9.9872.5934 - (33) 9.9912.6635
Nossa Sra. de Fátima
Rua Nilo Peçanha – Residencial Lagoa
Nossa Sra de Guadalupe
Rua 12 - Magistrado
Santa Luzia
Av. Guarani, Bairro das Laranjeiras
Tiragem: 3.000 exemplares
São Francisco das Chagas
Praça da Sé, Bairro São Francisco
Pároco: Pe. Renato Criste
São Marcos
Rua N. Sra. de Lourdes, Bairro São Francisco
Atendimento do Pároco:
todas as quartas e quintas-feiras (horário a ser agendado).
São José
Rua Ida Bitencourt Feu, Capuba
Atendimento da secretaria paroquial:
Segunda a sexta-feira das 8h às 12h e de 13h30 às 17h30
Fotos: Daniele Razera, Júlio César Brito,
Wemerson Correa e Magno Lima.
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Nossa Sra. Aparecida
Rua Ribeirão Preto - Lagoa
Nossa Sra. de Lourdes
Rua Ernesto Morandi, Enseada
São Judas Tadeu
Av. das Garças, Costa Bela
Centro Pastoral Papa Bento XVI
Rua Goiás, 10, Jacaraípe
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Fé em Ação
10
Especial
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Tecnologia a Serviço
da Oração
Por que
Refugiados?
JPII-ES
REVISTA
SUMÁRIO
PROCLAMAS DE
MATRIMÔNIO
Residentes na Paróquia São Pedro de Jacaraípe
“Quem souber de alguma coisa que torne este casamento ilícito ou nulo, está
obrigado a denunciá-lo a autoridades eclesiais.”
Reflexão
Perdi minha fé,
e agora?
20
Artigo
22
Liturgia, celebração
e vida
26
Agenda Paroquial
Todos os santos
e santas da igreja
A catequese
Litúrgica
Rivelino Schopf Auer
e Marcilene Casagrande Auer
Ele, filho de Alfredo Auer e
Maria Madalena Schofp Auer
Ela, filha de Gervasio Dassie
Casagrande e Marineti
Casteluber Casagrande
Auri Sandro Pereira da Silva
e Bruna Diniz Rocha
Ele, filho de Gabriel Pereira da
Silva e Evany Gomes de Oliveira
Ela, filha de Carlos Roberto de
Souza Rocha e Soraya Presotti
Diniz Rocha
Paulo Sergio Gonçalo
e Maria da Penha Patrocínio
Ele, filho Antonio Gonçalo da
Conceição e Nadyr Ferreira do
Nascimento Gonçalo
Ela, filha de Gentil Patrocínio
e Maria Veny Bissoli Patrocínio
Thiago Agra Omena Silva
e AlanaVeiga Ruy
Ele, filho Antonio Omena da Silva
e Sandra de Castro Agra
Ela, filha de Isaias Rocha Ruy
e Maria Aparecida Veiga
da Silva Ruy
Atividades da Igreja
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REVISTA
JPII-ES
EDITORIAL
- PE. RENATO CRISTE COVRE
“Eis os que vêm da
grande tribulação” Ap 7,14
E
stamos bem próximos de mais um término do
ano litúrgico seguindo o calendário da Igreja que
marca o ritmo dos tempos que se tornam celebração e espiritualidade para a vida do cristão, sempre a partir
do Mistério central da nossa fé, isto é, a Paixão, Morte e
Ressurreição do Senhor. Quando proclamamos Cristo Rei do
Universo, encerramos um ciclo e iniciamos um outro. Para
celebrar este acontecimento nossas comunidades estão organizando uma linda festa. No interior da revista, descubra
o que vem por aí e participe.
Iniciamos este mês celebrando “todos os santos”, são
numerosos os eleitos. Une-se a liturgia da Igreja peregrina à da Igreja celeste para celebrar Cristo Senhor, fonte
da santidade e da glória dos eleitos: “eis os que vêm da
grande tribulação”, diz o sagrado texto (Ap 7,14). “Grande tribulação” é a luta pela defesa da fé e da vida, são as
perseguições e o martírio sofridos por Cristo, e também
as cruzes e trabalhos da vida cotidiana. Os santos são
nossos intercessores e modelos de vida cristã. Toda “tribulação” é uma oportunidade, uma graça para completar
a purificação iniciada com o batismo, e associar-se à
Paixão de Cristo.
Porém, de tudo o que falamos aqui, a fé é o pressuposto, pois do contrário tudo pode parecer experiências
vazias que não levam a nada. E quando a fé já não é mais
sentida? Ou mesmo, quando ela pareceu nunca existir?
E os que preferem, basear-se unicamente pela razão ou
em outras construções pessoais? E, o pior, quando Deus
parecer ter se esquecido de mim ou de um povo, “permitindo” tanto sofrimento.
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A edição desse mês, traz um artigo que provoca-nos a
estarmos “sempre preparados para responder, com mansidão e respeito, a quem quer que vos peça a razão da
esperança que há em vós” (1Pd 3,15) Conforme o autor da
primeira carta de Pedro estas palavras deixam bem claro
que a esperança altera os comportamentos concretos dos
cristãos. Devido à esperança que tem dentro de si, o cristão
não se deixa derrotar facilmente, quer por pessoas que o
atormentem, quer por acontecimentos infelizes como as
perseguições e as mortes que haviam por causa do nome
de Cristo. Mas como lembra o autor, o cristão também se
deve certificar das razões da sua esperança. Tem de ter
uma resposta, primeiro para si próprio, e depois para os
outros, sobre a razão por que não se deixa influenciar pelas
dificuldades e por que, mesmo no sofrimento, consegue ser
feliz (Cf. 1 Pd 3, 14). A razão da esperança é o próprio Cristo,
que sofreu tal como nós e morreu por nós: “o justo pelos
injustos, a fim de nos conduzir a Deus”. (1Pd 3, 18)
Aproveite bem seu tempo com uma boa leitura e interaja com a nossos veículos de comunicação, pois a fé deve ser
conhecida e anunciada.
Todos os anos nossa paróquia realiza a Assembleia Paroquial. Um grande encontro que reúne todas a lideranças
dos consllhos das Comunidades para avaliar, refletir, sugerir
e realizar o seu plano de ação. Neste ano, nossa assembleia
terá um caráter também formativo, em torno do tema
“fomando lideres servidores”, inspirado no modo de Jesus
ensinar aos seus discípulos. Jesus mesmo o modelo de serviço, pois como Mestre e Rei seu ministério foi inteiramente
serviço como expressão de amor.
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REVISTA
FÉ EM AÇÃO//
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JPII-ES
REVISTA
TECNOLOGIA
A SERVIÇO
DA ORAÇÃO
@
V
ocê chega cansado do trabalho e ainda há
mais afazeres da casa a cumprir. Preparar
o jantar, dar banho nas crianças, verificar
se fizeram o dever de casa, ler um livro, arrumar as
coisas para o dia seguinte e finalmente dormir. Antes, porém, na oração, é hora de agradecer pelo dia
e se preparar espiritualmente para o seguinte. Você
sente então uma necessidade de adorar a Deus, tal
como fazemos na Igreja, de adorar o Santíssimo,
mas você não pode ir até uma capela àquela hora
da noite. Bem, isso já é possível de casa mesmo. A
tecnologia pode nos auxiliar a estarmos em Sua
presença, pelo menos virtualmente. No site jesusestavivo.org.br, há a seção “Capela Online”, na qual é
possível comtemplar e adorar a Jesus Sacramentado em tempo real, sem sair de casa. A Comunidade
Católica de Vida e Aliança Jesus Está Vivo mantém a
capela virtual 24 horas por dia em seu site.
Com os rápidos avanços tecnológicos, aprendemos a conviver com os benefícios de estarmos permanentemente conectados à internet. A Geração
Z ou Millenials, nomenclatura dada aos nascidos
neste milênio, não conhecem a vida sem as conexões e acessos múltiplos na web, quer seja pelos
smartphones, tablets ou pelos notebooks. O mundo inteiro na palma da mão! É claro que os conteúdos católicos também se espalham na grande rede
na mesma velocidade tanto entre os jovens, quanto
aos mais experientes.
Com a popularização dos smartphones e aumento do número de sites das paróquias, tal qual
a nossa, a diversidade de informações católicas de
qualidade atendeu a essa demanda crescente. Hoje
é possível rezar o Terço, ler a Bíblia e até mesmo
adorar o Santíssimo, como dissemos no início.
Tudo pelo celular.
Uma das pioneiras, a Comunidade Canção
Nova, disponibiliza desde 2002 um dos portais
católicos mais completos da atualidade. Por
meio da cancaonova.com, é possível desde
acompanhar à programação ao vivo do canal e
ouvir músicas, até a assistir a pregações e ler a
Liturgia Diária, além de acessar material para a
Catequese e fazer compras na loja virtual.
Existem sites católicos que caminham
por assuntos e conteúdos mais específicos e
regionais. É o caso do portalcatequisar.com.
br, que tem o intuito de manter atualizados
os catequistas do Brasil afora. Já o codimuc.
com.br e o portaldamusicacatolica.com se
especializaram na divulgação de artistas e
músicos católicos, este último, inclusive, com
uma seção especial chamada “Salmo On-Line”, que se dedica a disponibilizar letras,
cifras e arranjos dos salmos dominicais. Um
site diferente é o liturgiadocasamento.com,
que “trata do casamento de forma única e de
acordo com as orientações da Igreja Católica”.
Por meio deste portal é possível aos noivos
receber todas as informações necessárias para
criar uma celebração agradável e inesquecível,
sem perder a essência do Sacramento do Matrimônio. Como exemplo de portal regional,
temos o novo site da nossa querida Paróquia,
o saopedrojacaraipe.com.br, que divulga
esta revista e conteúdos próprios das nossas
comunidades. Há também muitos sites legais
de padres conhecidos, tais como
padremarcelorossi.com.br,
padrereginaldomanzotti.org.br
e padrepauloricardo.org, dentre tantos
outros, com uma grande variedade
de matérias e vídeos.
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JPII-ES
REVISTA
@
São muitos também os aplicativos, chamados
também deapps procuncia-se “éps”, certo?! voltados para conteúdos legitimamente da nossa Igreja,
que podem ser baixados e instalados gratuitamente em smartphones e tablets, por meio do Play
Store, para os usuários do Android, e do AppStore
do iTunes, para os usuários do iOS da Apple.
Comecemos pelo app Bíblia
Católica, que permite ao celular
transformar-se numa Bíblia Sagrada
de bolso. Com conteúdo revisado e
de fácil consulta, o aplicativo permite ainda que anotações sejam feitas em qualquer
versículo, uma funcionalidade importante para
palestrantes, catequistas e leitores assíduos.
Já o Católico Orante é “um aplicativo simples que foi desenvolvido
para todos os católicos que querem
rezar em qualquer lugar e a qualquer momento”, conforme a descrição do programa. Nele é possível rezar o Ofício de
Nossa Senhora, Novenas, Liturgia das Horas, Liturgia diária, Orações Eucarísticas e Rito da Comunhão, além de ler as doutrinas da Igreja-mãe. Uma
outra funcionalidade é que é possível compartilhar
intenções de orações com amigos e irmãos.
O The Pope App é um aplicativo
que traz as notícias do Papa Francisco. Este app transmite ao vivo as
celebrações presididas pelo Santo
Padre e permite acesso a fotos e
vídeos do Papa, aos tweets da conta @Pontifex,
aos textos integrais das homilias do Pontífice e ao
calendário de eventos. Também permite visitas
virtuais gratuitas ao Vaticano.
Para os que querem conhecer
mais dos documentos da Igreja,
podem instalar o app Catecismo da
Igreja Católica, disponível na versão
normal e Compêndio, que é um
resumo com perguntas e respostas.
Já a algum tempo, também a Paróquia
São Pedro - Jacaraípe tem utilizado recursos
tecnológicos para melhorar a comunicação
e a interação com os próprios paroquianos e
com a comunidade geral.
Um desses recursos é o site da paróquia:
www.saopedrojacaraipe.com.br, no qual é
possível encontrar informações e notícias sobre
nossa paróquia e sobre a igreja.
O site traz informações sobre um pouco
da história, o clero, o padroeiro, as atividades
que são realizadas semanalmente e horários
de missa, relacionados a nossa paróquia.
Apresenta também conteúdos tratando de
espiritualidade como artigos e reflexões, e
ainda um espaço onde é possível fazer pedidos de oração, para que outras pessoas que
o verem possam rezar nas intenções desses
pedidos, é claro ver notícias sobre a paróquia,
sobre a diocese e sobre a igreja.
No site é possível encontrar também as
informações sobre os eventos, as nossas
pastorais e movimentos, as obras sociais, o
calendário paroquial, grupos, sobre todas as
nossas comunidades.
E ainda contamos com o espaço “Multimídia” do site no qual é possível encontrar as galerias de fotos, vídeos, a Revista JPII e materiais
para download.
Não faltam, portanto, bons conteúdos católicos
e informações de qualidade@
disponíveis na internet. Tudo isso está na sua mão!
Cícero Gomes
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www.saopedrojacaraipe.com.br
Matheus Souza
Privilegie nossos parceiros na evangelização
FÉ E ARTE//
Victor Guasti
www.saopedrojacaraipe.com.br
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JPII-ES
REVISTA
ESPECIAL//
Por que
REFUGIADOS?
Quem são? De onde vem? Por que estão saindo?
O
mundo passou ainda está comovido com a foto
do menino sírio, Ayan Shanu, encontrado em
uma praia na Turquia. A tragédia marcou pela
imagem e pela gravidade do problema. As consequências da guerra civil na Síria vão desde o acirramento dos
confrontos regionais (Arábia Saudita e Irã), contribuição
para a consolidação de um dos maiores grupos terroristas
modernos (Estado Islâmico), uso de armas químicas até a
catástrofe humanitária – sejam as vítimas da guerra ou os
refugiados.
O enfoque da imprensa mundial está na mobilização
mundial clamando por uma solução para a crise dos
refugiados na Europa. Certamente a foto de Ayan é uma
imagem triste e chocante. É compreensível a reação da
opinião pública, mas não podemos de deixar contextualizar a gravidade dos problemas, as possibilidades de
solução, e raiz de tudo isso.
Para iniciar nossa reflexão temos que desmistificar a
questão migratória mundial e dizer que desde os primór-
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dios da humanidade o homem caminha pelo planeta, não
são somente sírios que estão fugindo pelo mundo e todos,
a partir do processo de globalização, tem parte de culpa no
processo que estamos vivendo.
O fenômeno, que há muito tempo vem preocupando
os países empenhados em controlar os fluxos migratórios,
assumiu uma dimensão excepcional nos últimos dois anos.
Depois que 280 mil pessoas entraram ilegalmente na União
Europeia em 2014, 365 mil outras fizeram o mesmo nos oito
primeiros meses de 2015.
Esse número vem sofrendo um crescimento exponencial principalmente devido à guerra na Síria. Os sírios de
fato representavam sozinhos 27,9% dessas entradas em
2014 (ou seja, 79 mil pessoas), à frente dos eritreus (34.500
pessoas, ou 12,2%), dos afegãos e dos kosovares (22 mil
pessoas de cada uma dessas nacionalidades, ou 7,8% cada).
Assim, quase metade dos migrantes vieram da Síria, da
Eritreia e do Afeganistão, todos países em guerra ou sob
algum regime ditatorial.
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Mas por que esses migrantes estão fugindo de seus
países? Guerra, motivos econômicos (fuga da miséria
em busca de uma vida melhor)... É extremamente difícil
dissociar entre todos os migrantes os futuros “refugiados”
(que tenham obtido esse status definido pela Convenção
de Genebra de 1951) dos migrantes econômicos, que não
necessariamente pedirão asilo.
Segundo o relatório Tendências Globais (Global Trends,
em inglês), divulgado em junho deste ano pela Acnur, os
deslocamentos atingiram um nível recorde e está se acelerando rapidamente. Ao final de 2014, foram 59,5 milhões
de pessoas que tiveram que deixar forçadamente suas
casas, comparado com os 51,2 milhões registrados no final
de 2013 e os 37,5 milhões verificados há uma década. O
crescimento desde 2013 (8,3 milhões de pessoas) é o maior
já registrado em um único ano.
Em nível mundial, de acordo a Acnur, também houve
mudança na distribuição regional de refugiados no último
ano. Até 2013, as regiões que abrigavam a maior população
de refugiados eram a Ásia e o Pacífico. Como resultado da
crise na Síria, o Oriente Médio e o Norte da África se tornaram, em 2014, as regiões que mais recebem refugiados.
Na América Latina, o principal destino dos refugiados é
o Brasil. De acordo com os dados mais recentes do Comitê
Nacional para Refugiados (Conare), vinculado ao Ministério
da Justiça, o país tem 7.700 refugiados de 81 nacionalidades. A maioria deles são da Síria, seguidos pela Colômbia,
Angola e a República Democrática do Congo.
O número total de pedidos de refúgio aumentou mais
de 930% entre 2010 e 2013. Até outubro de 2014, já foram
contabilizadas outras 8.302 solicitações. A maioria dos
solicitantes de refúgio vêm da África, Ásia (inclusive Oriente
Médio) e América do Sul. O refúgio é um direito de estran-
Presente no debate “O Brasil diante dos desafios de
um novo ciclo de imigração”, realizado no Instituto Lula,
no dia 26 de agosto, o secretário Nacional de Justiça e
presidente do Conare, Beto Vasconcellos, apontou que o
país tem a necessidade de continuar criando estruturas
institucionais para amparar estes imigrantes, seja nas
condições de refugiados ou não.
REVISTA
geiros garantido por uma convenção da ONU de 1951 e
ratificada por lei no Brasil em 1997.
JPII-ES
Em 2015, os sírios representavam até o final de agosto
30,9% das chegadas “clandestinas” (ou seja, 87.500 pessoas), à frente dos afegãos (39 mil pessoas ou 13,8%) e dos
kosovares e dos eritreus (24 mil pessoas para cada uma
dessas nacionalidades, ou 8,5% cada).
Embora o Brasil tenha avançado consideravelmente
nas políticas humanitárias e atuado conjuntamente com
outros países da América do Sul, que demostram um Estado voltado a uma política migratória progressista, pontua
ele, “nós temos hoje, infelizmente, ainda uma legislação
nascida e cultivada no período ditatorial. Nossa legislação
de imigração, o Estatuto do Estrangeiro, é um marco legal,
filho da Ditadura. É uma lei ultrapassada, uma lei hermética,
burocrática e forjada, construída sob a doutrina da segurança nacional, onde e segundo a qual, a imigração é uma
ameaça. É uma lei que não prevê direitos, mas restrições”.
Mas como fica os países que estão sendo abandonado
por seus próprios filhos? Destruída e sem perspectivas de
mudança. São guerras, epidemias, fome, crimes de guerra e
falta de esperança.
Tem muito tempo que os refugiados estão fora de suas
casas, por isso o ultimo fio de esperança os fazem entrar em
barcos e tentar uma travessia até o ‘velho continente’ para
buscar aquilo que as bombas e a intolerância destruíram
em sua nação. E, quando questionados, a maioria dos refugiados dizem que não queriam deixar seu país, sua casa,
sua história, mas não fora lhes dado outra possibilidade.
Como nos convidou o Papa Francisco em sua missa
celebrada no dia 08 de junho de 2013, em LampeluzaItália, na memória das vítimas da imigração, chamando
a atenção para que não caiamos, mas chorar pelo sangue
dos nossos irmãos que se derramam suas esperanças na
busca de uma vida melhor do que aquela que os sinais
de morte tiraram.
Victor Guasti
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REVISTA
JPII-ES
AOS LÍDERES DE
ONTEM, DE HOJE
E DO AMANHÃ...
SEGUINDO OS PASSOS DO MESTRE DE JESUS
E
stamos nos aproximando do fim do ano e se você
olhar para trás verá quanta coisa foi realizada.
Chegou a hora de avaliar tudo o que foi feito,
analisar cada passo dado e planejar um novo ano que
está se aproximando. E realizamos tudo isso junto em
Comunidade e na Assembleia Paroquialque é a reunião
dos coordenadores, agentes de pastoral e representante
da comunidade, com seus pastores, para avaliar e planejar a Ação Pastoral Paroquial de 2016.
Esse ano a Assembleia Paroquial que será realizada
nos dia 28 de novembro vêm trazendo uma novidade
para todos seus paroquianos. Os coordenadores foram
orientados a lerem o livro Formando Líderes Servidores
de Romério de Mello Santana que dará uma palestra
de como servir seguindo os passos do Mestre Jesus. De
leitura agradável e em formato de diálogos, o livro nos
leva à compreensão dos conceitos de gestão e de como
se tornar um grande líder.
Usualmente os líderes são pessoas enérgicas, de personalidade forte, que muitas vezes costumam dar ordens,
com voz firme e altiva. Por outro lado, surge à proposta de
Liderança Servidora, propondo que o líder deve ser paciente,
gentil, aja com doação e renúncia, saiba ouvir, tenha humildade e aja com respeito. A liderança é algo que se conquista.
Liderar não é ser chefe. Liderar é servir. Segundo Romério “O verdadeiro líder é aquele que consegue ensinar a arte
de preparar outros líderes”. E Jesus é esse mestre que chama, escolhe, prepara e envia os seus liderados já formados,
com a missão de fazer o mesmo’’. Bons líderes são capazes
de formar bons líderes e não somente seguidores. Para
Jesus, liderar era servir, influenciar as pessoas a crescerem
como seres humanos e atingirem seus objetivos servindo a
vida delas. Jesus não usou o modelo de liderança baseada
em poder e autoritarismo, como os militares, porque ele
não tinha esse poder, mas demonstrou ser muito mais eficiente o líder que influência as pessoas por meio do serviço.
Maura Conceição
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Por que ultimamente temos sentido falta de bons
líderes? Grandes partes das pessoas não fracassam, as
maiorias desistem antes mesmo de tentar. Outros não
tentam o suficiente. O desânimo, o cansaço,as decepções,
o sofrimento, estar despreparado para liderar, o trabalho,
a correria do dia a dia, a falta de tempo ou liderar dá muito
trabalho, faz com que faltem bons líderes hoje em nossas
comunidades. E por não querer ter comprometimento,
muitos dizem não e preferem ficar somente no banco ou
servindo nas equipes. Às vezes, estar atarefado não quer
dizer que o homem está cumprindo seus afazeres com
sabedoria ou agradando a Deus. O bom líder é aquele que
distribui bem as tarefas para que outros o ajudem. Não
possui todos os dons nem toda a capacitação necessária.
Mas tem a boa vontade em crescer e está sempre a frente
do seu grupo, conduzindo-o e formando novos líderes.
Nós temos como modelo Jesus que foi e é o maior
líder de todos os tempos. Nunca houve alguém com
vocação tão suprema, ministério tão eficaz, liderança tão
exemplar e legado mais duradouro. Como líder, ele tinha
uma clara consciência de sua pessoa, da sua missão e do
seu dever de formar discípulos que continuassem sua
obra. Em seu estado de humilhação Jesus aprendeu a
depender do Pai em tudo e todas as suas escolhas ministeriais, desde o chamado aos discípulos até seu triunfo na
cruz, foram feitas em oração e submissão. O ministério de
Jesus consistia em pregar e ensinar as boas-novas do reino
(Mt 4,23). É fácil imaginar que as coisas para Jesus tenham
sido simples, pois Ele é o filho de Deus. Mas Ele tinha como
ferramenta sua oratória, convencia as pessoas ao seu
redor com palavras e ações e conseguiu transformar em
pouco tempo doze homens simples, sem motivação e sem
perspectivas futuras, homens totalmente desacreditados
pela sociedade da época, sem formação, mas seguiram os
passos do Mestre e tornaram-se grandes líderes capazes
de ensinar, convencer e arrastar multidões. Jesus conseguiu isso porque tinha um Planejamento Estratégico bem
definido, Ele sabia o que, como e quando executar cada
ação que foi planejada e dentro desse planejamento sua
estratégia era transformar seus discípulos em líderes que
iriam continuar seu projeto e sua missão.
Ao recrutar seus discípulos nosso Mestre estudou e analisou o perfil de cada um, fez experiências, rezou, meditou,
fez retiros e preparou minuciosamente cada um deles antes
de se tornarem líderes. A oração foi um elemento distintivo
no ministério de Jesus. Não há um único momento em seu
ministério em que Jesus não seja visto buscando o Pai em
oração. Orou por si, como pelos discípulos. Ele também
ensinou os discípulos a orar e deixou um modelo de oração
a ser imitado. Os líderes de hoje deve seguir os passos
de Jesus. Não desistir jamais. Lembre-se de que, com os
REVISTA
sinais que Jesus nos mostra e nos acompanha no dia a dia,
dá a certezade que Ele está sempre conosco. Liderar não
é querer ser o melhor, o mais poderoso, melhor que os
outros. Mas liderar com amor. O amor é algo que contagia,
e mesmo quando não é aceito ou correspondido ele só fará
o bem a quem dá e quem recebe.
JPII-ES
HÁ MAIS PESSOAS QUE
DESISTEM, DO QUE PESSOAS
QUE FRACASSAM...
Estudar sobre a vida de Jesus como líder nos conduz a
um modelo completo de liderança, em que autoridade e
serviço, amor e verdade, firmeza e sensibilidade, disciplina e
compaixão, fidelidade e submissão andam juntos. É pastorear com coração amoroso e formar discípulos pelo ensino,
exemplo e serviço. É ter posição de autoridade, mas agir
humildemente como servo de todos. É trabalhar incansavelmente anunciando o evangelho, mas sempre dependendo
de Deus em tudo. É ter paciência com as ovelhas, pastoreando cada uma delas de acordo com suas necessidades.
É resistir ao erro, denunciar a hipocrisia. É também anunciar
o arrependimento, indicando o caminho da salvação aos
pecadores e a vida que devem viver para agradar a Deus.
Enfim, seguir os passos de Jesus é descobrir que nunca
houve ou haverá um líder como Ele, mas todos os líderes
cristãos são desafiados a ser como Ele.“ Contudo não seja o
que eu quero, e sim o que tu queres”. ( Mt 14,36).
Fonte: Livro Formando Líderes Servidores
Romério de Mello Santana
Oração
do L íder Servidor
Senhor, nossoDeus e Pai, ajuda-me no
serviço e na arte de coordenar pessoas.
Que eu possa, a exemplo de teu Filho Jesus Cristo,
ser um líder que se preocupa mais em servir do que em
ser servido, que eu possa ver em cada colaborador
o ser humano que é, que eu não julgue antes de
ouvir, para também não ser julgado antes de ser ouvido,
que eu possa, na grandeza dos teus ensinamentos,
ser humilde a ponto de lavar os pés dos meus liderados,
que eu possa ter sabedoria o bastante para refletir sempre
o melhor para a equipe, e não para mim, ilumina minhas
decisões, para que elas estejam de acordo
com a tua vontade, e não com a minha.
Guia-me no caminho do bem, e dá-me sabedoria
para que, sendo um líder servidor, possa inspirar outras
pessoas, e assim formar novos líderes servidores.
Para a glória do nome daquele que foi, é e sempre
será o exemplo de líder, o nosso amigo Jesus Cristo.
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Amém.
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REVISTA
JPII-ES
ENCONTRANDO
ADOLESCENTES PARA CRISTO
A
adolescência é um estágio da vida de descobertas
e de muitos questionamentos, surgem diversos
“por quês?”, que às vezes nem a família e nem a
escola são capazes de acalmar, porém nem tudo está perdido
e vêm da Igreja a luz que pode ajudar a formar verdadeiras
“sentinelas”. A Igreja Católica tão rica em diversidade apresenta em forma de movimento uma solução para essa turma tão
conectada com o mundo e sua modernidade, não apenas um
retiro, mas uma oportunidade de um Encontro pessoal com
Cristo, essa é a proposta do EAC (Encontro de Adolescentes
com Cristo), seguindo uma premissa parecida com o ECC e
EJC, o EAC se destina aos adolescentes de 12 aos 15 anos de
idade, onde eles terão em dois dias de encontro uma diversidade de palestras, dinâmica e teatros que os ajudam a se
aproximar cada vez mais de Cristo e de entender sua importância no mundo em que vive, e sua participação na formação de nossa Igreja.
Nosso Pároco Renato Criste observou a necessidade de
nossos adolescentes que estavam a mercê das coisas do
mundo e a cada dia mais se distanciando do amor de Deus
e de seus planos para a suas vidas, isso unido ao desejo que
brotou no coração de alguns Jovens da Paróquia foi o pontapé inicial para que o EAC também se tornasse realidade
em nossa paróquia , contemplando assim nossos adolescentes e dando a eles uma nova oportunidade de seguir um
caminho melhor para suas vidas.
Para isso, os trabalhos já se iniciaram e assim 9 adolescentes de nossa paróquia participaram nos últimos dias 03 e
04 de outubro do 3º EAC da Paróquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro na Praia da Costa Vila Velha, paróquia que vai
nos apadrinhar e nos auxiliar trazendo o EAC para Jacaraípe.
Além dos Adolescentes foi confiado a algumas pessoas
dentre elas Jovens e Casais de nossa paróquia a missão de
observar e aprender como é realizado esse encontro.
pudemos ver e sentir o quão grandioso é essa obra na vida
de todos, desde que serve quanto quem faz.
O Encontro mostrou aos adolescentes como estar no
mundo sem ser do mundo, como é bom servir a Deus, como
é importante seu papel na sociedade, como eles fazem a diferença na comunidade, quais os perigos que os rodeiam, o
quanto são amados não só por sua família mas por um Deus
Grandioso e Misericordioso que está disposto a perdoar e
acolhê-los em seus braços fraternos, as ciladas que o pecado
lhes oferece tão facilmente e a oportunidade de escolha a
ser um “Sentinela da Manhã”!
E a semente foi semeada e agora aguardamos seus frutos que será em nossa paróquia com nossos adolescentes,
pois vem aí o 1º EAC da Paróquia São Pedro em Jacaraípe,
que vai fazer o inferno tremer de medo, pois agora seremos cada vez mais contra o mal. De um mero limãozinho
tiraremos a força para irmos além, louvando, brincando e
acima de tudo amando a Cristo esses escolhidos mostrarão
ao mundo nosso futuro, o futuro de nossa Igreja.
E é meu dever e também seu rezar para que tudo dê certo, coloque em suas orações esse EAC, ajude no que puder,
contribua se possível, pois o mundo precisa de esperança
e o amanhã está chegando, e esse Encontro com Cristo é
a oportunidade perfeita para que os Adolescentes tomem
seus postos de Sentinelas da Manhã.
Junior Choquito
Um misto de ansiedade, curiosidade e vontade de servir
transbordava de todos os envolvidos, toda a preparação
e acolhida oferecida por nossos anfitriões deixou o servir
ainda mais prazeroso. E quando enfim começou o encontro
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FÉ E ARTE//
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REVISTA
REFLEXÃO//
Perdi minha
FÉ, E AGORA?
T
em um bom tempo que venho conversando com
vários jovens onde, em um dado momento escuto
perguntas do desse tipo: O que fazer agora que eu
perdi a fé? Não sei se acredito em Deus? Estou cheio de dúvidas; não posso aceitar certas coisas; desisti de ser católico,
porque aquele padre/coordenador fez isto, disse aquilo...
Muitas das dúvidas e questionamentos apresentados têm
razão de ser. Eu também tenho dúvidas! Também tenho
perguntas para as quais não obtenho resposta. E agora?
Bom, não existe uma resposta muito fácil para isso. A
verdade é que as pessoas ficaram acostumadas e psicologicamente dependentes de uma fé baseada em regras e
verdades, esquecendo-se da experiência de liberdade que
está ligada no viver a espiritualidade pelo sentir, ao modo de
Jesus, e não somente pelo explicar pela razão.
O problema da relação entre fé e razão é tão antigo
como o próprio Cristianismo. Já São Pedro, em sua primeira
epístola, exorta os cristãos “a saberem dar as razões de sua fé
a quem o solicitar” (1 Pd 3, 15). Este problema coincide, em
grande parte, com a relação entre Teologia e Filosofia.
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apressadas que contradizem a abertura e o alcance da razão.
A fé também não deve fugir das objeções da razão científica,
mas deve estar disposta a argumentar.
Se realmente busco a verdade, em princípio, devo
interessar-me na discussão. Cada postura deve justificar-se
perante o fórum crítico da razão. O acesso à verdade somente é possível através do dialégesthai (dialogar). Por isso a
história da Filosofia é a grande mestra, pois é o diálogo que
supera o tempo. Ensina a grandeza, mas também os limites
das muitas e diferentes concepções.
A historicidade e o condicionamento constituem nossa
liberdade. Somente conseguimos transcender essa dependência enquanto o conhecemos e dela temos consciência.
A fé precisa ter a coragem de dialogar com opostos e não
limitar-se ao diálogo com aquilo que nos é dado como uma
simples verdade sem justificativa.
A Filosofia formula questionamentos contra certas concepções religiosas, contra a falta de consistência ou insuficiente fundamentação. Por sua vez, a fé pode interessar-se
em discernir, com a ajuda da Filosofia, conteúdos essenciais
de outros secundários para obter bases mais sólidas.
Para os dois maiores filósofos/ teólogos da Igreja Fé,
Razão e Revelação são os pontos fundamentais de suas
teorias. Santo Agostinho demonstra claramente sua vocação
filosófica na medida em que, ao lado da fé na revelação, deseja ardentemente penetrar e compreender com a razão o
conteúdo da mesma. Como ele nos diz: Por que eu sinto fé?
E o que ela me ajuda? E percebe que o vazio que ele sentia
na alma e que tanto buscava resposta era a falta de Deus,
pelo qual ele se apaixona e passa a dedicar sua vida.
Por outro lado, a fé pode proteger a Filosofia contra
reduções racionais, evitando que chegue a conclusões
Santo Tomás de Aquino consegue, por sua teoria, estabelecer o perfeito equilíbrio nas relações entre a Fé e a Razão,
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Para o papa João Paulo II, em sua décima segunda Encíclica,
Fides et Ratio, de 14 de setembro de 1998, fé e razão constituem as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para
a contemplação da verdade. Segundo o seu ponto de vista, foi
Deus quem colocou no coração do ser humano o desejo de
conhecer a verdade. Para provar a sua tese, faz uma síntese das
inter-relações entre filosofia, ciência e religião. Conclui que nem
a ciência e nem a razão (filosofia) podem prescindir da fé, sob
pena de se desviarem da própria verdade.
Ainda na Fides et Ratio, João Paulo II nos afirma que a
separação entre Teologia e Filosofia, a partir da Baixa Idade
Média, tornou-se nefasta: “Alguns começaram a professar uma
desconfiança geral, cética ou agnóstica, quer para reservar
mais espaço à fé, quer para desacreditar qualquer possível
referência racional à mesma”.
Ninguém crê ou deixa de crer em Deus por causa da ciência.
Da mesma forma, ninguém deixa de ser cientista por causa da fé
ou descrença. O sujeito do conhecimento científico é o homem
em sua racionalidade, o homem em sua globalidade: razão,
coração, sentimento e emoção. Ciência e fé designam diferentes
atividades do ser humano que se completam mutuamente.
Os aparentes conflitos entre ciência e fé em geral não
passam de preconceitos ou se baseiam em doutrinas equivocadas. Claro, é preciso reconhecer também os limites do conhecimento científico. Considerar o conhecimento científico
como o único ou principal modelo de todo o conhecimento
válido é apensas um dos mitos modernos. O homem necessita da ciência e da fé para realizar sua eminente dignidade de
filho de Deus. São duas formas de conhecimento, que não se
excluem, mas devem enriquecer-se mutuamente, através do
diálogo e da cooperação. Crer ou não crer, em princípio, não é
condição para ser bom cientista, assim como o conhecimento
científico não atrapalha o crente cristão. Entretanto, a fé dá
sentido e esperança aos cientistas para colocarem seu trabalho a serviço do homem todo e de todos os homens.
A questão da fé coloca-se, sobretudo, onde se trata do
projeto global da existência humana, quando se busca o
sentido ou absurdo da vida e do mundo. É uma questão que
o homem pode contornar intelectualmente, mas na prática
não consegue viver sem fé, pois a própria descrença é uma
decisão de fé e não conclusão do conhecimento científico.
O Papa Bento XVI nos afirmou que a Igreja, como o fez na
Antiguidade com a Filosofia, hoje deverá empenhar-se pelo
cultivo e uso da tecnociência para solucionar conflitos sociais,
como o das desigualdades sociais, pobreza, falta de justiça
José Geraldo
e democracia, educação inadequada, mais cuidados
com
REVISTA
a saúde e produção de alimentos, e diminuir a degradação
ambiental. A educação na ciência hoje é um direito e dever
de todos, uma necessidade fundamental para assegurar um
desenvolvimento sustentável. As conquistas da tecnociência
tornaram-se condição necessária para o exercício eficiente e
eficaz da caridade. Mas, se a tecnociência tornou-se condição
necessária, por si só não garante a humanização do mundo.
A tecnologia, que é tão louvável pela sua ajuda a humanidade, trouxe junto de si a busca enfreada do lucro que extorque o trabalhador, pensa na acumulação do capital e aumenta o abismo entre os muito ricos e os muito pobres. E qual o
nosso papel diante disso? Ter a fé de Jesus para agir como Ele,
denunciando e buscando mudar a mentalidade mundana da
humanidade a resgatando da condição de criação dilacerada
pela discórdia.
Então, meu caro leitor, o que podemos afirmar de tudo
isso diante de nossos tantos questionamentos?
A fé, direcionada pela razão, encaminha-nos para a
atualização do nosso ser. Para a realização de nossas tarefas,
para a crença em nossas próprias forças sem nos esquecer de
que, como nos apresentou o filosofo Hegel, Deus é a única e
verdadeira realidade, pois não há somente que saber se Deus
existe, mas, mesmo quando se afirma que na prova ontológica é Deus mesmo que se presentifica pela sua iniciativa
porque quanto mais é o amor de Deus, maior a sua necessidade de se manifestar.
Assim, não tenha medo de duvidar, o caminho para a
verdade vital não é vencido instantaneamente pelo espírito,
mas é um lento progredir, em sucessivas aproximações, mediante todos os meios de conhecer: fé e razão, razão prévia
que permeia de racionalidade todos os estádios do crer até
chegar ao exercício científico na compreensão das verdades
reveladas por Jesus.
A fé é certamente um conhecimento, mas um conhecimento imperfeito. Ora nós desejamos conhecer e compreender
aquilo em que acreditamos. Esta é a vida eterna, como ensinou
Jesus Cristo (João 17,3): que te conheçam a ti único e verdadeiro Deus e aquele que enviaste, Jesus Cristo. E é por isso que
a Igreja se torna importante, pois nela nos aprendemos pela
escuta e pela vivencia como desenvolver essa fé, que junto à
razão e as dificuldades da vida em comunidade, nos levará ao
conhecimento do Deus-Amor em plena verdade.
Assim, Acreditamos para conhecer e não: conheçamos
para acreditar. Corrido o véu do mistério que é Deus, tornar-se-á também luminoso o mistério do homem no seu núcleo
mais íntimo, pois conhecer-nos-emos como Ele nos conhece.
Vendo Deus como Ele se vê, também nos veremos como Ele
nos vê - estádio último e terminal, no qual se consumam, fundindo-se, na paz da felicidade eterna, que é a visão da festa
sem fim do céu, onde os verdadeiros e esclarecidos adoradores “adorarão o Pai em espírito e em verdade” (cf Jo 4,23).
Victor Guasti
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JPII-ES
a teologia e a filosofia, distinguindo-as, mas não as separando
necessariamente. Ambas, com efeito, podem tratar do mesmo
objeto: Deus, por exemplo. Contudo, a filosofia utiliza as luzes
da razão natural, ao passo que a teologia se vale das luzes da
razão divina manifestada na revelação.
REVISTA
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Aconteceu
Ganhadores do concurso paroquial da
Campanha do Dízimo
Ganhadores do concurso paroquial da
Campanha do Dízimo
Festejos de Nossa Senhora Aparecida
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Festa de
Cristo Rei
DIA DO LEIGO E DA LEIGA
N
o último domingo do Tempo Comum, a Igreja
celebra a Festa de Cristo, Rei do Universo. Esta
celebração é Festa da Igreja Universal desde que
foi instituída pelo Papa Pio XI, a 11 de dezembro de 1925.
Qual é o reino de Jesus Cristo? Poderíamos imaginá-lo sob
a forma de um reino terreno, onde os valores como riqueza e
poder são os critérios de julgamento? Certamente que não...
Diante de Pilatos, Jesus vai afirmar: o meu reino não é
deste mundo (Jo 19, 36). Sim, não pode ser deste mundo
um reino que prefere o pobre, o excluído, o cativo. Não
pode ser deste mundo o reino onde a justiça é instalada
permanentemente, onde o amor ao próximo é a medida de
julgamento, onde todos são iguais e merecem as mesmas
oportunidades. Por isso o confronto de nossa humanidade
com a proposta de Jesus.
Instalar um reino nesses moldes entre nós ainda é um
desafio. É desafiador reconhecer Jesus Cristo naquele mais
pobre, mais necessitado, naquele que cheira mal ou que nos
interpela por justiça. É desafiador pensar em um reino onde
todos possam ser iguais, onde o que prevaleça seja o poder
de serviço e não o poder autoritário que esmaga o outro.
Saberemos um dia viver assim? Seremos capazes de
assumir esta proposta em toda a sua radicalidade? Seremos,
nós, ativos construtores dessa nova ordem? Este é o convite
que a festa de Cristo Rei nos faz. Que saibamos responder
afirmativamente a ele. Que possamos reconhecer em Jesus
Cristo o convite à implementação de um novo reino e que
sejamos seguidores fiéis de um rei de amor e de bondade.
São José Maria Escriva, fundador da Opus Dei, disse certa
vez que “Cristo deve reinar, em primeiro lugar, na nossa
alma”. Mas como Lhe responderíamos, se Ele nos perguntasse: como é que tu Me deixas reinar em ti? E o santo continua: “Eu responder-lhe-ia que para que Ele reine em mim,
preciso da sua graça abundante, pois só assim é que o mais
imperceptível pulsar do meu coração, a menor respiração, o
olhar menos intenso, a palavra mais corrente, a sensação mais
elementar se traduzirão num Hosana ao meu Cristo Rei”.
A isto fomos chamados, nós, os cristãos; esta é a nossa
tarefa apostólica e a ânsia que nos deve queimar a alma:
conseguir que seja realidade o reino de Cristo, que não haja
mais ódios nem mais crueldades, que difundamos na Terra
o bálsamo forte e pacífico do amor. Peçamos hoje ao nosso
Rei que nos faça colaborar humilde e fervorosamente no divino propósito de unir o que está quebrado, de salvar o que
está perdido, de ordenar o que o homem desordenou, de
levar ao seu fim aquilo que se desencaminha, de reconstruir
a concórdia de tudo o que foi criado.
Junto com a festa de Cristo Rei, celebra-se também o Dia
do Leigo e da Leiga. Vocação especial, muitas vezes esquecida (tendemos a acreditar que vocacionados são somente
os sacerdotes e freiras), ser leigo ou leiga no mundo de hoje
é um permanente desafio. Desafio de vida e testemunho:
como estar no mundo, sem ser do mundo, como nos conclama São Paulo? Leigos e leigas ocupam importantes ministérios na vida da Igreja e assumem sua vocação particular
de constituir família - e aceitar com generosidade a vocação
matrimonial que Deus lhes dá. Assumem a vocação de atuar
profissionalmente com ética, dedicação e diferencial positivo
no sentido de ser uma pessoa diferente no meio de tantas.
Assumem vocação missionária, dedicando-se muitas vezes
solitariamente ao outro mais necessitado. Enfim, leigos e leigas
assumem o grande desafio de serem pedras vivas da Igreja,
trabalhadores do reino que Cristo Rei vem implementar.
Na busca de sermos leigos engajados, como nos disse
São João Paulo II:”Celebramos a festa de Cristo Rei amando
de verdade todos os homens, amando a Cristo acima de
tudo e então não teremos outro remédio senão amar a legítima liberdade dos outros, numa pacífica e justa convivência
que nos querer, sempre mais, servir ao Rei dos reis em sua
Igreja, no mundo e para sempre”.
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REVISTA
JPII-ES
TODOS OS SANTOS
E SANTAS DE DEUS
N
o dia 01 de novembro a Igreja celebra a festa de
todos os Santos e Santas de Deus. Esta festa, de
acordo com alguns documentos já era celebrada
pelos cristãos desde o século II, quando estes se reuniam para
rezar por aqueles que já haviam falecido e que durante a vida
souberam amar a Cristo e aos irmãos. Muitos destes chegaram
a ser martirizados por causa da fé em Cristo Jesus.
A palavra “santo”, em hebraico “Kadosh”, significa “separado” ou “transparente”. Ou seja, é aquele que foi separado
por e para Deus, com a finalidade de ser aquilo mesmo que
Jesus nos disse ser quem o segue com coração reto: “Vós
sois sal da terra e luz do mundo” (Mt 5, 13-14).
Portanto, a doutrina da Igreja a respeito dos Santos nos aproxima da realidade do Céu, como Reino de Deus preparado para
todos quantos desejarem e viverem a sua Palavra, se colocando
no mundo como sinais da presença do amor do Pai, que abraça o
Filho e dá vida pelo Espírito Santo. A Igreja nunca ensinou e nunca
ensinará a partir desta doutrina preciosa que devemos substituir
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ARTIGO//
Deus pelos santos, pelo contrário, estes nos ensinam com seus testemunhos de vida, a sermos cada vez mais apaixonados por Jesus
e a amar a Deus sobre todas as coisas, até as últimas consequências, assim como eles mesmos o fizeram.
Mais de 20 mil pessoas, entre homens e mulheres, já
foram canonizadas pela Igreja, isto é, foram declaradas
santas e estão inscritas no livro dos Santos da Santa Igreja.
Para estes existe uma data específica, na qual a Igreja
celebra e festeja sua memória, normalmente o dia de sua
morte (natural ou martírio). Estes santos tem uma certa
popularidade no mundo todo, alguns bastantes conhecidos e venerados em todo o mundo e outros mais conhecidos e venerados em seu país de origem ou em sua cidade.
O que acontece é que a Igreja reconhece que muitas outras
pessoas, já falecidas, também deram grande testemunho de
fé em Cristo e na vida souberam renunciar aos pecados para
serem totalmente de Deus e que estão no anonimato, isto é,
não estão inscritas no livro dos Santos. São pessoas que talvez
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JPII-ES
nunca se tornarão conhecidas por nós e pela Igreja, mas
que certamente também participam da assembleia dos
Santos no Céu, onde gozam da graça eterna de adorar e
louvar a Deus sem cessar.
Justamente por entender isso, a Igreja instituiu o dia
de Todos os Santos e Santas de Deus. Dia este em que ela
presta sua homenagem a eles e suplica sua intercessão
em favor do perdão dos pecados do mundo todo e pelas
intenções de cada coração.
A data de 01 de novembro foi definida pelo papa Gregório III, ocasião em que consagrou na Igreja de São Pedro
uma capela em honra a todos os santos.
Se olharmos ao nosso redor, para nossa história, quantos santos e santas encontraremos? Pessoas cristãs, leigas,
mulheres do lar, esposas; filhos e crianças caridosas, jovens
comprometidos com a vida; homens casados, pais honestos e
tementes a Deus; vovôs e vovós que ao longo da vida sempre
se preocuparam em nos falar e nos mostrar Deus, enfim, são
tantos e tantas que certamente estão na presença de Jesus
e que são parte daqueles que chegaram diante do trono de
Deus, após a grande tribulação e que tiveram suas vestes lavas
e alvejadas no sangue do Cordeiro (Ap 7, 14).
Na festa de todos os santos e santas a Igreja nos convida
a olhar não somente para os santos que viveram a séculos ou
milênios atrás, mas a pensarmos nos que viveram conosco em
nossas casas, nos que nos tempos atuais não tiveram medo de
serem perseguidos e muitos até de serem assassinados por terem lutado por um mundo melhor, por mais paz, mais justiça e
mais amor. Pensemos em quantos grandes Santos tão perto de
nós estão na glória de Deus: Padres; missionários; professores;
mães e pais; crianças e jovens; idosos; políticos; pedreiros e etc.
E ao olharmos para tantos santos e santas que nesta
festa veneramos, mesmo sem saber seus nomes e conhecer
seus rostos, queiramos nós também buscar a santidade para
um dia entrar na morada santa de Deus. Para isso, abramos
nosso coração para que sejamos puros e tenhamos mãos
santas (Sl 24); coração que ama e acolhe e mãos que trabalham para unir e para construir o Reino de Deus.
Deus deseja que cada um de nós batizados, portanto
já separados para Ele, sejamos na vida transparentes, no
sentido de não sermos barreiras ou obstáculos para que
Jesus seja conhecido e amado. E assim um dia possamos ser
contados no número de seus Santos e seus eleitos.
E mesmo que um dia o mundo não conheça nosso nome
e nosso rosto, nem sequer saiba de nossa história, mesmo
que não estejamos nos altares de nossas igrejas, saibamos
que o Santo dos Santos nos recompensará por tudo na
eternidade (5, 12) e que Ele conhece bem nosso rosto e nos
chama à santidade pelo nome.
José Henrique
Todos os santos e santas de Deus, rogai por nós!
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JPII-ES
REVISTA
LITURGIA, CELEBRAÇÃO E VIDA //
ROMARIA
À APARECIDA
T
oda a Arquidiocese de Vitória já se
prepara para a Romaria à cidade de
Aparecida, SP, que acontecerá nos dias
29, 30 e 31 de julho de 2016. Esta nova romaria acontecerá em virtude da preparação de
nossa arquidiocese para a comemoração do
Jubileu dos 300 anos da aparição da imagem
de Nossa Senhora Aparecida, em 2017.
A preparação começará a partir do dia 5
de janeiro de 2016, quando a Arquidiocese
de Vitória receberá a imagem peregrina de
Nossa Senhora Aparecida, que permanecerá conosco até o dia 29 de julho de 2016.
Durante esse período aqui, a imagem será
levada a alguns pontos da arquidiocese,
especialmente escolhidos para a peregrinação dos fiéis devotos da Mãe Aparecida.
No dia 5 de janeiro, às 21h horas, será
celebrada na Catedral Metropolitana de
Vitória a Missa de acolhimento da imagem
da Virgem Aparecida. No dia 30 de julho de
2016, às 9h, será celebrada no Santuário
Nacional de Aparecida e transmitida ao
vivo pela TV Aparecida, a Missa de entrega
da mesma. Ambas as Missas serão presididas pelo Arcebispo de Vitória, Dom Luiz
Mancilha Vilela.
A Paróquia São Pedro de Jacaraípe já
se organiza para fazer-se presente neste
momento tão bonito de comunhão de toda
a arquidiocese para receber as bênçãos da
padroeira do Brasil. Esta previsto, também,
recebermos a imagem peregrina de Nossa
Senhora Aparecida em nossa paróquia no
mês de abril.
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REVISTA
JPII-ES
Para a Romaria em Aparecida os interessados
podem reservar seus lugafes, entrando em contato
com a Secretaria Paroquial. A paróquia contará com
apenas quatro ônibus. Também lá, é possível obter
mais informações como o valor da inscrição, e demais
detalhes relacionados à viagem. A paróquia contará com apenas quatro ônibus, por isso desde já os
interessados podem reservar seus lugares, entrando
em contato com a Secretaria Paroquial. Também lá,
é possível obter mais informações como o valor da
inscrição, e demais detalhes relacionados à viagem.
Matheus Souza
JUBILEU
“300 ANOS DE BÊNÇÃOS”
Em 2016 será inaugurado o Campanário do
Santuário Nacional – sinos estão sendo fabricados
na Holanda especialmente para esta obra que foi
projetada por Oscar Niemeyer. A inauguração do
campanário está prevista para o dia 12 de outubro
de 2016, na abertura do Ano Jubilar em comemoração aos 300 anos da aparição.
Acompanhe todos os detalhes do tricentenário
pelo nosso site A12.com/jubileu e participe desta
festa de fé e devoção.
O QUE É O JUBILEU?
A imagem milagrosa de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada no rio Paraíba do Sul no ano
de 1717. Portanto, em 2017 a aparição da imagem
completará 300 anos.
Em comemoração à data, o Santuário Nacional de Aparecida promove o Jubileu “300 anos de
bênçãos”, com uma programação devocional e
obras de fé que vão nos preparar para o grandioso
tricentenário.
2015 marca o primeiro ano do triênio preparatório dos 300 anos. Imagens peregrinas estão sendo
enviadas a diversas arquidioceses e Missionários
Redentoristas levarão a cada capital do país uma
imagem fac símile da Padroeira. Durante a peregrinação, serão colhidos porções de terra das capitais
brasileiras para compor uma coroa especial para
Nossa Senhora Aparecida.
HISTÓRIA DO
ENCONTRO DA IMAGEM
No ano de 1717, três pescadores, levados por
necessidades históricas e econômicas, saíram a
pescar, numa época escassa de peixes. Por ação misteriosa de Deus, chegando ao “Porto de Itaguassu”,
a primeira coisa que caiu em suas redes foi o corpo
de uma imagem quebrada, na altura do pescoço.
Num segundo lance de rede, pescaram a cabeça da
mesma imagem. Juntando as duas partes viu-se que
se tratava da Senhora da Conceição. Depois do encontro da Imagem, a pesca de peixes foi abundante
e os pescadores intuíram a presença e ação de Deus
naquele singular evento.
Por assim ter aparecido, o povo chamou-a de
“Aparecida”, nome consagrado pela devoção popular, chegando a ser proclamada Rainha em 1904, e
Padroeira do Brasil em 1930.
Fonte: www.a12.com/300anos
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JPII-ES
COMUNIDADE
IMACULADA CONCEIÇÃO
UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA
N
o ano de 1984 em uma residência do bairro
com a reza do terço tem início a Comunidade Imaculada Conceição, começando assim
sua caminhada no bairro.
No ano de 1992 com ajuda do Seminarista
João Terra foi realizado pelas ruas do bairro uma
caminhada para animar a participação dos
fiéis que tinham se afastado.
Pastoral
da Liturgia
Coordenação:
Josiane
Pastoral
da Família
Coordenação:
Lécio e Zélia
Pastoral
da Criança
Coordenação:
Tilda e Edna
Pastoral
dos Coroinhas
Coordenação:
Ivone
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Em 1993 deu-se o início da construção do templo com
um mutirão e doações de fiéis. Em 1994 a Comunidade
recebe o Santíssimo Sacramento e formação dos três primeiros ministros da comunhão. De 1999 a 2000 teve-se
o término das obras do templo e a compra dos bancos.
Hoje a Comunidade continua levando a Palavra
de Deus às famílias, contribuindo para o crescimento
espiritual do povo de Deus.
Na Comunidade
estão presentes as
seguintes pastorais
e movimentos
Pastoral
do Dízimo
Coordenação:
Germano
Pastoral
Catequética
Coordenação: Fabiana
(Infantil, turminhas
a partir de
4 anos) e Ivone
(Crisma)
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Pastoral
do Batismo
Coordenação:
Lúcia
Terço
dos Homens
Coordenação:
Julinho
Pastoral
da Saúde
Coordenação:
Tilda
Legião
de Maria
Coordenação:
Margarida
Grupo
de Oração
Coordenação:
João Marçal
REVISTA
Por muito tempo não acreditei
Me escondi, duvidei
Se tudo ao meu redor era ausência tua
Já não ouvia mais a tua voz
Só acreditarei se eu tocar
Teu lado aberto e sentir pulsar
A alegria dos que creem em Ti
Poder ouvir tua voz dizendo-me
JPII-ES
Canção - Tomé
Põe aqui tua mão, torna-te um homem de fé
Toca o meu coração e o medo se vai
Eu voltei para ti, por tanto te amar, toca o meu
FÉ E ARTE
Q
Davidson Silva
uem nunca ouviu que ao cantar você reza duas
vezes? Bom, não sei se é real, mas a música tem a
capacidade de te levar a um lugar somente seu. E
quando se ouve as canções de Deus ou as canta, o lugar torna-se
seu e d’Ele. É uma intimidade que se forma entre Deus e cada
um de nós expressos em versos e estrofes, melodias e acordes.
Ao pensar essa matéria escolhemos uma canção muito
querida, estava quase tudo pronto, mas parecia que algo não
encaixava com o restante da revista e também com o que estava se passando na vida e rotina de muitos jovens e adolescentes de nossa Paróquia. Falo deles pois são os que mais tenho
acesso, mas acredito que muitas pessoas passem por momentos de redescobertas de sentimentos e da fé.
Uma certa vez uma pessoa muito querida me disse que das
dificuldades e provações da vida é que aparecem as mais belas
proclamações de fé. Que o erro é permanecer nas dúvidas,
agarrar as provações e não tentar superá-las.
Nada se encaixando, tudo o que escrevia não fazia muito
sentido. Iria ser simplesmente para “ocupar o espaço que
a mim foi reservado”. Aconteceu pois a Festa do Rei Jesus,
uma festa que reúne muitos cantores da Igreja Católica. Conhecia praticamente todos os cantores, músicas, acreditava
que seria mais um show e só.
O “click” do que faltava para essa edição veio logo no
primeiro show. Davidson Silva entrou no palco e lá para o
meio do show canta uma de suas músicas mais famosas. Já
havia ouvido um trilhão de vezes, mas era sempre exatamente isso, ouvido e não sentido.
A canção fala de dúvida, de deixar de acreditar. De se
esconder de Jesus, mas na verdade é de não querer encontrá-Lo. De se afastar de Jesus e tornar a vida um grande abismo.
Quantas vezes o abismo não se formou em nossas vidas? E
ainda mais, porque nós mesmos quisemos?
Do sentimento de ausência que se forma no momento em
que deixamos Cristo de lado. O vazio que se forma no coração
com a distância imposta por nós mesmos, pela falta de fé.
Porque Jesus não nos deixa nunca. Um vazio que nos leva a des-
crença, quando as perguntas e questionamentos superam a fé e
a proximidade com Aquele que sempre está do nosso lado.
Jesus some, mas não por sua própria escolha. Ele desaparece pois a falta de fé nos torna cegos. Incapazes de
enxergar as coisas boas e a mão d’Ele sempre estendida
para toda e qualquer queda.
Nós seres humanos temos uma dificuldade de acreditar
nas coisas que não vemos. E quando se trata de fé, se nos
fecharmos não passamos a sentir. Não vemos Jesus da forma
que seus Apóstolos viram. Não, não vemos. Mas se abrirmos
o nosso coração para sentir, encontramos Jesus no irmão do
lado, em cada pedacinho do mundo, dentro de nós mesmos e
sem contar no momento mais especial, em cada Santa Missa.
Sim é Ele que está ali e vem para fazer morada dentro de nós.
Tomé não acreditou sem tocar. Tomé duvidou. Muitas vezes
somos Tomé, não sentimos, não acreditamos, só cremos naquilo que vemos com os olhos. Há um livro muito sábio que tem
uma frase que diz o seguinte, “ O essencial é invisível aos olhos”.
(O pequeno Príncipe) A mais pura verdade está nesta frase. O
essencial para o nosso sorriso, o essencial para nossa vida é
invisível aos nossos olhos da forma que queremos enxergar.
A partir do momento que se enxerga com o coração as coisas
mudam. A vida fica bem mais bonita.
Jesus nos dá a oportunidade de tocá-lo de estarmos com
Ele, de tocarmos o íntimo de seu ser, e assim Ele transformar
o nosso. A canção diz que ao tocarmos o coração de Jesus o
medo vai embora. Que Ele é a paz que almejamos. Então, o
que tanto procuramos nos outros se a raiz da nossa felicidade
nunca deixa de estar do nosso lado? Jesus nunca nos abandona. Ele morreu e ressuscitou porque tanto nos amou e continua
a amar. O amor é tão grandioso que mesmo duvidando e não
querendo crer Ele não nos deixa.
A canção tanto mencionada tem um nome bem sugestivo,
ela se chama Tomé. Ela mostra tudo isso, em poucos versos. A
nossa falta de fé, mas mesmo ela existindo o amor grandioso
de Jesus Cristo por cada um de nós. Crer em Jesus é no seu
amor não nos desgasta, não nos machuca, e sim o medo vai
embora, a dor some e o amor prevalece.
Rebeca Proux
www.saopedrojacaraipe.com.br
25
JPII-ES
REVISTA
Agenda Paroquial - Novembro 2015
Dia
Horário Ação
7h30
08h
01 Dom 9h30
18h
19h
19h
19h30
08h
08h
9h30
16h30
19h
03 Ter
19h30
19h30
04 Qua 19h30
05 Qui 19h30
02 Seg
06 Sex
17h
18h
19h30
Local
Encerramento da Semana Missionária nas Comunidades
Todos os Santos
Missa na Matriz
Celebração da Palavra na Com. Santa Luzia
Missa e Batizado na Com. Sant’Ana
Missa na Com. Santo Antônio
Celebração da Palavra na Com. São Judas Tadeu – Diácono José Reinaldo
Celebração da Palavra na Matriz
Missa na Comunidade São Francisco de Assis
Finados
Missa na Matriz
Celebração da Palavra na Com. Sant’Ana – Diácono José Reinaldo
Missa na Comunidade Santa Luzia
Reunião do Segmento Caridade
Atendimento Paroquial e Confissões
Reunião Mensal do Segmento Litúrgico
Missa na Comunidade Sagrada Família - Frei Diniz
Missa e Novena de N. Sra. Desatadora dos Nós na Com. Santa Luzia
Missa pelas Famílias na Matriz, inicia com a oração do terço
06, 07 e 08 - VI ROMARIA À APARECIDA – SP
Etiquetagem das bagagens e conferencia de documentos – Matriz São Pedro
Envio dos Romeiros para Aparecida
Missa na Com. Sagrado Coração de Jesus
Matrimônio na Matriz
Formação para todos os catequistas do segmento catequético
Reunião com os representantes das Equipes de Dízimo na
Comunidade Imaculada Conceição
19h30 Missa na Com. São José
7h30
Missa na Matriz
08h
Celebração da Palavra na Comunicação Santa Luzia
9h30
Missa e batizado na Com. Santos Anjos
18h
Missa na Com. São Marcos
19h
Celebração da Palavra na Matriz
19h30 Missa na Com. Sagrado Coração de Jesus
15h
Reunião da Pastoral da Visitação Hospitalar
19h30 Missa na Com. Sagrada Família ( Envio EAC )
19h30 Missa e Novena de N. Sra Desatadora de Nós na Com. Santa Luzia
19h
Matrimônio na Matriz
19h30 Missa na Matriz
19h30 Missa na Com. Nossa Senhora de Lourdes
14 e 15 - EAC – Encontro de Adolescentes com Cristo
8 às 12 COPAV Ampliado
15h
Encontro dos Avós na Matriz São Pedro
19h30 Missa na Com. N. Sra de Guadalupe
20h30 Matrimônio na Com. Nossa Senhora de Lourdes
11h
14h
07 Sáb 14h
08 Dom
09 Seg
10 Ter
11 Qua
12 Qui
13 Sex
14 Sáb
26
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Castelândia
Av. Guarani
Manguinhos
Bicanga
Costa Bela
Castelândia
Rua Caramuru
Castelândia
Manguinhos
Av. Guarani
Centro Pastoral
Centro de Pastoral
Centro Pastoral
Av. Guaianases
Av. Guarani
Castelândia
Castelândia
Rua Teresina
Castelândia
Centro Pastoral
Lagoa
Capuba
Castelândia
Av. Guarani
Portal Jacaraípe
São Francisco
Castelândia
Rua Teresina
Centro Pastoral
Av. Guaianases
Av. Guarani
Castelândia
Enseada
Ponta Formosa
Castelândia
Magistrado
Enseada Jacaraípe
7h30
08h
08h
15 Dom 09h
10h30
15h10
19h
19h30
17 Ter 19h30
18 Qua 19h30
19 Qui 19h30
19h30
20 Sex
19h30
21 Sáb
19h30
19h30
22 Dom 18h
24 Ter
25 Qua
26 Qui
19h30
19h30
19h30
19h30
19h30
27 Sex 20h30
Missa na Matriz
Cel. da Palavra e Batizado na Com. N. Sra. Aparecida
Diácono José Reinaldo
Cel. da Palavra e Batizado na Com. Santo Antônio – Ministra Mª da Conceição
Missa e Batizado na Com. Santa Luzia
Celebração da Palavra /Almoço – Com. N.Srª Fátima /Sítio da Cira
Diác. José Reinaldo
Missa de encerramento do EAC
Celebração da Palavra na Matriz
Missa na Com. São Francisco de Assis
Castelândia
Lagoa
Missa na Com. Sagrada Família
Missa e Novena de N. Sra. Desatadora de Nós na Com. Santa Luzia
Missa na Matriz - Frei Diniz
Missa na Com. Nossa Senhora Aparecida
Encontro de Espiritualidade para Casais
Av. Guaianases
Av. Guarani
Castelândia
Lagoa
Centro Pastoral
Missa na Com. N. Senhora de Fátima
Matrimônio na Com. Santo Antônio - Diácono José Reinaldo
Res. Jacaraípe
Bicanga
FESTA DE CRISTO REI
Missa Solene, louvor e barraquinhas na Matriz São Pedro
(Neste dia não haverá celebração nas Comunidades)
Castelândia
Missa na Com. Sagrada Família
Missa e Novena de N. Sra. Desatadora dos Nós na Com. Santa
Luzia – Pe. José
Missa na Com. São Francisco das Chagas / Reunião do Conselho
Missa na Matriz
Missa na Com. Imaculada Conceição
7h30 às Assembleia Paroquial - para todos os membros dos
17h30 Conselhos das Comunidades
1º Domingo do Advento
7h30
Missa na Matriz
08h
Celebração da Palavra na Com. Santa Luzia – Diácono José Reinaldo
29 Dom 9h30
Missa na Com. São Judas
18h
Missa na Com. Santo Agostinho
19h
Celebração da Palavra na Matriz – Diácono José Reinaldo
19h30 Missa na Com. Sagrado Coração de Jesus
30 Seg 19h
Celebração Penitencial do Clero
DEZEMBRO
19h30
02 Qua 19h30
03 Qui 19h30
04 Sex 19h30
Bicanga
Av. Guarani
Residencial
Jacaraípe
Leonel Brizola
Castelândia
Rua Caramuru
Av. Guaianases
Av. Guanani
São Francisco
Castelândia
Lagoa
Adoração ao Santíssimo com a juventude na Com. S. Coração de Jesus (Paroquial) Rua Teresina
28 Sáb
01 Ter
JPII-ES
REVISTA
Agenda Paroquial - Novembro 2015
Reunião Mensal do Segmento Litúrgico
Missa e Novena de N. Sra. Sra. Desatadora de Nós na Com. Santa Luzia
Missa pelas Famílias na Matriz, inicia com Oração do Terço
Missa do Sagrado Coração de Jesus na Com. S. Coração de Jesus
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Centro Pastoral
Castelândia
Av.Guarani
Costa Bela
Costa Dourada
Castelândia
Rua Teresina
Basílica S. Antônio
Centro de Formação
Av. Guaianases
Av. Guarani
Castelândia
Rua Teresina
27
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aos líderes de ontem, de hoje e do amanhã