Preserve sua cidade. Não jogue papel no chão.
ENTRETENIMENTO, ESPORTE E INFORMAÇÃO
Ano 1 • Número 29 • Distribuição Gratuita • 21 a 27 de setembro de 2007
www.jornalgiro.com.br
Promoção da Semana
O GIRO SP brinda seus leitores com dois DVDs do filme ‘Noite
do Terror’ e 20 ingressos para o filme ‘A Massai Branca’.
Veja como participar nas páginas 8 e 9.
Antônia é nóis!
“Antônia sou eu, Antônia é você”.
Antônia, na verdade, somos todos nós.
O seriado ‘Antônia’ está de volta a
partir desta sexta-feira, na TV Globo,
logo após o Globo Repórter.
P.4 e 5
na mira
Foto: divulgação
Fernanda Paes Leme:
careta ou moderninha?
Foto: PAULO PINTO/ AE
foto: divulgação
foto: divulgação
Atriz fala sobre a carreira, relacionamento e projetos
Kombi comemora
50 anos no Brasil
Corinthians:
um caso
de polícia E.1
P.11
P.
21 a 27 de setembro de 2007
Inicial
editorial
André Pascowitch
diretor executivo
[email protected]
É notória que a vida do
brasileiro melhorou,
pois não temos mais
aquele bicho papão da
inflação que remarcava
diariamente (e sempre
para cima) os valores dos
produtos componentes da
cesta básica.
Acelera Brasil!
Em apenas um ano – de 2005 a 2006
– cerca de 6 milhões de brasileiros
deixaram o grupo de pessoas que vivem
na linha da pobreza. Este é um dado
importantíssimo revelado recentemente
pela Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNDA), do IBGE. Em 2006, o
índice de pobreza no País atingia 26,9%
da população total brasileira contra a
proporção de 30,5% em 2005.
O principal fator agente desta
redução é a estabilidade econômica,
promovida desde o lançamento do
Plano Real, em 1994. De lá pra cá,
é notória que a vida do brasileiro
melhorou, pois não temos mais aquele
bicho papão da inflação que remarcava
diariamente (e sempre para cima) os
valores dos produtos componentes da
cesta básica, embora há um acréscimo
anual (ver o editorial da edição 27).
Outro dado importante que retrata
esta redução é a melhora da renda real do
trabalhador, que cresceu 7,2% (de 2005
a 2006), o maior aumento em 11 anos.
Entretanto, esta média do rendimento
real dos trabalhadores (R$ 888) está bem
abaixo do recorde praticado em 1986
(época do Plano Cruzado) de R$ 1.055
(valor ajustado pela inflação) e também
inferior aos R$ 975 de 1996 (já durante
o Plano Real). O PNDA também trouxe
outros avanços econômicos e sociais.
Para surpresa geral, o número de
empregos no mercado formal (carteira
assinada) cresce mais depressa do
que as vagas oferecidas pelo mercado
informal (a sub- economia dos
camelôs, por exemplo), comprovando
a existência de melhores empregos. A
pesquisa aponta que, apesar da péssima
qualidade do ensino público, o nível
de educação da população melhorou
e o índice de analfabetismo caiu. Ao
final das contas, o PNDA mostra que o
Brasil quer progredir mas que ainda é
em ritmo lento. É isso que precisamos
mudar, temos de acelerar!.
imagem da semana
ps do consumidor
Marcelo Fernando Segredo www.ongabc.org.br
A melhor defesa é o ataque
Essa primícia futebolística é dita e repetida pelos mais de 100 milhões de
‘técnicos’ que o Brasil tem. Isso mesmo: os brasileiros são tão fanáticos por
futebol (pena não serem na mesma proporção – patriotas), que cada um
deles tem um palpite a dar para o time de seu coração. Mas, todos têm em
comum a logística de que a melhor defesa é o ataque.
Pois saibam que a ABC (www.ongabc.org.br) também usa e orienta
a todos os consumidores a utilizarem essa tática futebolística em suas
‘jogadas’ bancárias. Explicando:
• de acordo com os Procons de todos os Estados brasileiros, as
reclamações contra as instituições financeiras têm se mantido em 1º lugar;
•o Banco Central também divulgou uma pesquisa em que essas queixas
dos consumidores aumentaram em 52,9% só no mês de julho/2007; sendo
que o Santander-Banespa é o campeão dessas queixas, seguido pelo HSBC,
pelo ABN Amro Real, pela Nossa Caixa e pelo Unibanco.
Alguns dos argumentos ditos e utilizados pelo STJ em recentes
condenações: “…a taxa de juros remuneratórios cobrada da mutuária
(consumidora) pelas instituições financeiras é flagrantemente abusiva”; “…
pode ser declarada, mesmo nas instâncias ordinárias, com base no CDC
(Código de Defesa do Consumidor), a abusividade da cláusula contratual
que fixe cobrança de taxa de juros excessiva…”.
Baseada nessa e em outras decisões do STJ, nas Leis, no CDC e na logística
do futebol, a ABC (www.ongabc.org.br) ratifica a orientação que vem
passando a seus associados e aos consumidores: “antes que seu nome seja
negativado, antes que sua dívida vire uma bola de neve, antes de seu carro
ou seu imóvel irem a leilão por atraso nas prestações recheadas de juros e
taxas abusivas, antes de tentar renegociar e, com isso, aumentar sua dívida
ao invés de aliviar, acione as instituições financeiras questionando essas
taxas e esses juros.
E, tenha a certeza de que o STJ está defendendo com determinação todos
os consumidores que se sentirem lesados por abusos cometidos.
Então – consumidor – ao ataque para garantir sua defesa.
ONG ABC
Metrô São Bento, 82 – 1º andar - Tel (11) 3101-9728 Metrô Santana - Av. Cruzeiro do Sul, 3.153 - Cj. 62 - Tel (11) 6971-1971
Entre em contato com o
ARTILHARIA PESADA - Policial do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e da Coordenadoria de
Recursos Especias da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (CORE) ‘encara’ tanque da CBF durante
operação na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro.
bronca do branco
Arnaldo Branco Filho [email protected]
O
novo pacote de benefícios aos servidores,
proposto pelo prefeito Gilberto Kassab no início
do mês, afronta a lógica da matemática que mostra
que 2 + 2 são 4. Se o Projeto de Lei for aprovado,
sem alterações, pela Câmara Municipal, ele alterará
o rumo dos chamados ‘cargos de confiança’ e poderá
significar um gigantesco retrocesso administrativo.
Hoje - de acordo com a legislação atual - o funcionário
só poderá exercer a função de chefia se contar com uma
formação específica, especialização ou experiência na área.
Isso quer dizer que para exercer a chefia de assessoria
técnica da Secretaria de Habitação o nomeado precisa ser
engenheiro ou arquiteto concursado na Prefeitura; para ser
gestor do Centro Educacional Unificado (CEU), precisa ser
professor; para ser diretor de Divisão Técnica da Secretaria
da Saúde, precisa ser médico de classes 1 ou 2 com curso
de administração hospitalar. Enfim, ainda prevalece o velho
e sábio ditado: “cada macaco no seu galho”.
Jornal Giro SP
Propriedade
TP Comunicação Ltda. EPP
Em nome da ‘desburocratização’, o projeto de
Kassab permitirá que 4.219 cargos deixem de ter
especialização. Assim sendo, o chamado ‘cargo de
confiança’ poderá ser exercido por quem o prefeito
determinar, ou seja, um engenheiro mecânico poderá
cuidar da administração de um hospital municipal e um
médico poderá preencher a função antes exercida por
um contador. Se o prefeito vê isso como modernidade
dá também para enxergá-lo como ‘carta branca’ para
ele fazer o que bem entender, facilitando sua ações nas
nomeações dos chamados ‘cargos de confiança’.
Não é de hoje que as profissões vêm sendo des­
respeitadas e massacradas pelo mercado de trabalho.
Ex-jogadores, semi-analfabetos, tomam o espaço de
jornalistas nos comentários esportivos na TV, revistas
e jornais. Vai chegar o momento em que veremos um
enfermeiro dando vacinas em cães e gatos e um médico
veterinário tirando a pressão de seres humanos.
Diretor Executivo
André Pascowitch (MTB 46.512/SP)
Diretor de Redação
Arnaldo Branco Filho (MTB 11.896/SP)
Editor Chefe
Arnaud Pierre Courtadon (MTB 23.932/SP)
Edição de Arte
Rodrigo EBA!
Reportagem
Bruno Ceccon
Fagner Branco
Diagramação
Michelle Berti
Colunistas
Bruna Ancheschi
Bruno Frizzo
Sérgio Carvalho
Colaboradores
Agência Estado, David Aizenas, Diogo Salles, Guiomar
Courtadon, Juliana Branco, Juliana Rosenthal, Kleber
Amâncio Costa, José Paulino, Leandro Giometti, Marco
Antonio Gazel Junior, Mariana Pascowitch, Nélio Junior,
Raquel Lucat e Tércio Silveira.
Periodicidade: Semanal
Circulação: Capital e Grande São Paulo
Distribuição: Gratuita
Li recentemente no jornal GIRO SP uma reportagem sobre os abandonos das
praças paulistanas. Uma vergonha!
São Paulo é uma das principais capitais do mundo, competindo em termos
de grandeza e importância com cidades como Londres (Inglaterra), Roma
(Itália), Paris (França), Nova Iorque (Estados Unidos), Berlim (Alemanha),
Madrid (Espanha), Amsterdã (Holanda), Bruxelas (Bélgica). Mas, comparando
as praças daqui com as de lá percebemos por que somos enquadrados com
‘terceiro mundo’. Pior, que nossos administradores (leia-se subprefeitos
regionais) não fazem nada para alterar este panorama. Prova disso são
as praças existentes no bairro da Lapa, a maioria com bancos quebrados,
cercados por lixo por todos os lados.
Bárbara Fumagalli
Lapa - São Paulo
Atenção, leitor: mande seu comentário,
crítica ou sugestão para
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21 a 27 de setembro de 2007
Cidadania
P.
Michelle Berti
Quais são seus planos para o
fim-de-semana? Se você imaginou
casa, sofá e televisão, repense.
Neste sábado e domingo, 22
e 23 de setembro, a capital
promete deixar de lado a calmaria
para entrar no ritmo da Virada
Esportiva: 24 horas initerruptas de
atividades físicas distribuídas por
toda a cidade de São Paulo.
O conceito da Virada Esportiva é o
mesmo da Virada Cultural, sucesso
de público em suas três edições.
A idéia é incentivar a população
a sair de casa e praticar esportes,
e assim, divulgar a importância
de atividades físicas para o bemestar, além de disponibilizar para
toda a população as mais variadas
modalidades esportivas. “Temos uma
gigantesca rede de equipamentos
esportivos e sociais que podem ser
utilizadas com maior público. Por
isso, idealizamos uma maratona na
cidade, numa tentativa de se reduzir
o sedentarismo, que é muito grave”,
afirma o secretário municipal de
Esportes, Lazer e Recreação, Walter
Feldman. Para disponibilizar espaços
e aparelhos para toda a população,
a Secretaria e articulou o apoio de
diversas instituições, como Sesi, Sesc
e organizações privadas.
Serão aproximadamente 500 ativi­
dades distribuídas em quase 230
locais de São Paulo. A programação
é bastante diversa: atividades
comuns como futebol, caminhada,
basquete, vôlei e ciclismo ocorrerão
simultaneamente em diferentes
pontos da cidade. Já os esportes
náuticos concentram-se na represa
do Guarapiranga, Universidade de
São Paulo e Complexo do Pacaembu,
com este último sediando um
revezamento
ininterrupto
de
natação. Para os admiradores de
esportes radicais, uma arena será
montada no Memorial da América
Latina, com espaço para arvorismo,
tirolesa, escalada, bungee, trampolim
e pistas para patins e skates.
As novidades ficam por conta
das iniciativas que aliam o esporte
ao turismo. Cada uma das 31
subprefeituras que co-organizam
o evento junto com a Secretaria,
vai realizar um enduro a pé, a fim
de mostrar os pontos históricos e
importantes de cada bairro. Outra
alternativa é o Pedala São Paulo,
passeio noturno de bicicleta, que
percorrerá 66 quilômetros, partindo
do Parque das Bicicletas e passando
pelo Parque da Independência,
Estação da Luz, Memorial da América
Latina, Pelezão e Jockey Club. Para
quem gosta de curtir a madrugada,
mas não tem tanto fôlego de sobra, a
sugestão é partir para Vila Madalena.
Aulas de dança, sinuca, pebolim,
futebol de botão, dardo e truco são
algumas das opções reservadas para
o bairro boêmio.
Foto: MARCOS MENDES/ AE
São Paulo mais saudável
As irmãs Silvana, de 40, e Luciana de Carvalho, de 41 anos, praticam corrida no Parque do Ibirapuera
‘Investir no esporte Evento consolida São Paulo
é investir no futuro’ como a cidade que não pára
Foto: rodrigo eba!
Segundo Walter Feldman, os
benefícios da prática esportiva vão
além do bem-estar físico. O esporte
cumpre uma importante função de
inclusão social. “Tem se investido muito
em hospitais, pronto socorro, recursos
para segurança, quando se tem a mão
uma atividade inclusiva e agradável,
que é o esporte. O custo beneficio é
gigantesco: R$1 investido em esporte
economiza R$3 em saúde e R$8 em
segurança pública”, analisa Feldman.
Durante a Virada Esportiva, será
realizada um grande ‘Peneirão’,
na tentativa encontrar futuros
atletas para o esporte brasileiro.
A ex-jogadora de basquete Paula
comandará a seleção, que ocorrerá
no Centro Olímpico do Ibirapuera.
Serão onze modalidades: vôlei,
basquete, futebol, futebol de salão,
boxe, luta olímpica, atletismo,
ginástica olímpica, handebol, judô
e natação. O Palmeiras também
vai realizar uma peneira no Clube
Esportivo da Penha, para garotos de
12 a 16 anos que têm o sonho de se
tornarem profissionais no futebol.
Feldman acredita que a Virada
Esportiva cumpre outra função além
de estabelecer a importância da
atividade física. Para o secretário, o
evento é uma forma de consolidar
São Paulo como uma cidade moderna,
agitada e saudável. “A Virada Esportiva
quer fazer uma consolidação de São
Paulo como uma cidade de 24 horas,
que não pára. O peso dessa imagem,
para o cenário mundial, é muito forte.
E para se ter uma cidade saudável é
preciso uma população que pratica
atividades físicas”, diz.
A Virada acontece simul­ta­nea­
mente ao Dia Mundial Sem Carro.
A data pretende alertar pelos altos
níveis da poluição ambiental, além
de funcionar como um incentivo
a mais para a prática de esportes.
A ambição da Secretaria é, em um
futuro próximo, criar uma cultura
que preze tais valores. “Queremos
por exemplo, no domingo, fazer da
cidade uma cidade das pessoas e não
dos carros”, conclui o secretário.
O evento começa no sábado,
a partir das 14h, e é encerrada
no domingo, no mesmo horário.
A ‘largada’ acontece no Parque
da Juventude, ao lado do metrô
Carandiru, zona norte da cidade,
com a presença de Pelé, padri­
nho do evento. A ‘chegada’ acon­
te­cerá domingo, no Parque da
Inde­pen­dência, às 13h. Um show
cele­brará os dias de atividades e
dará início aos Jogos da Cidade,
maior evento de esporte amador
do País. A programação completa
está disponível no site www.
viradaesportiva.prefeitura.sp.gov.br.
Mostra cultural em Paraisópolis
Paraisópolis vira referência cultural
Acontece neste sábado (22) a II
Mostra Cultural de Paraisópolis.
Promovida pela união das instituições
voltadas para a Educação da co­
munidade, esse ano o evento será
realizado na EMEF Dom Verimundo
Toth, das 9h às 17h. O evento,
que envolve culturalmente toda a
comunidade, contará com diversas
exposições e apresentações, dando
oportu­nidade aos talentos e poten­
ciais dos alunos locais, além de
valorizar as práticas pedagógicas
das organizações que atuam com
educação em Paraisópolis.
Com objetivo de mostrar as
facilidades da matéria para todos
os moradores, o tema da mostra
cultural deste ano é Matemática.
Será um encontro aberto e gra­
tuito para estimular os aspectos
re­lativos ao desenvolvimento da di­
dática Matemática e aprimorar as
habilidades indispensáveis ao ensi­
no aprendizagem dessa disciplina.
No ano passado, a I mostra acon­
teceu na E. E. Maria Zilda Gam­
ba Natel, com a participação so­
mente das escolas, somando 5 mil
pessoas. Desta vez entidades como
o Programa Einstein e a União dos
Moradores estão participando do
evento, aumentando a visibilidade
do mesmo que prevê reunir cerca
de 8 mil pessoas.
Paraisópolis é a segunda maior
favela de São Paulo e a quinta do
Brasil. Com aproximadamente 80 mil
habitantes, fica encravada no meio
de um dos bairros mais ricos de São
Paulo, o Morumbi, contrastando
com grandes diferenças sociais
que existem nesta cidade. A
imensa maioria dos moradores
de Paraisópolis não tem acesso a
espaços culturais, cinemas, peças de
teatro entre outras atividades das
quais teriam direito como cidadãos.
Capa
Antônia na fita
de novo
Julia Contier
“Antônia sou eu, Antônia é você”.
Antônia, na verdade, somos todos
nós. Elas voltam ao ar com fama,
dinheiro e mais glamour - cresceram
profissionalmente. No backstage
da filmagem que o jornal GIRO SP
acompanhou, a impressão foi a
mesma: as meninas que interpretam
as ‘Antônias’ amadureceram - elas
avançaram na carreira musical e
estão mais à vontade no set de
filmagem. No palco, em ritmo rap,
Negra Li, Leilah Moreno, Cindy
Mendes e Quelynah se confundem
entre as personagens e as cantoras.
Produzida pela parceria Globo/O2
Filmes, a segunda temporada de
‘Antônia’ estréia nesta sexta-feira
(21), logo após o Globo Repórter.
O rap continua sendo a trilha
sonora e o pano de fundo, a batalha
pelo reconhecimento na área musical.
Mas a relação entre as ‘Antônias’ e
a pequena Emília (Nathalye Cris) filha de Preta (Negra Li) na trama ganha força. A boa amizade favorece
a narrativa, cujo tema principal
continua sendo a rotina das jovens
fora dos palcos. Negra Li se derrete
falando de Nathalye, que está
agora com 7 anos. “Ela sempre foi a
melhor, a mais desenvolta pra fazer
as cenas”, diz.
As gravações, feitas na Vila
Brasilândia, periferia de São Paulo,
e em outros locais da cidade,
aconteceram de 28 de agosto a
3 de setembro. A direção segue
na mesma batida da temporada
de estréia e do filme, lançado em
fevereiro deste ano, que deu origem
à série. Serão cinco episódios. Quem
inicia o comando é Tata Amaral, mãe
do projeto e diretora do filme. Logo
na seqüência, Gisele Barroco, Paola
Siqueira, Fabrizia Pinto e Dainara
Toffoli assumem o bastão, cada uma
em um episódio.
Participações especiais - Assim
como na 1ª temporada, o rapper
Thaíde continua sendo o empresário
do grupo, no papel do malandro
Diamante. O time das participações
especiais de ‘Antônia’ conta ainda
com Paula Picarelli, Pedro Furtado,
Alexandre
Rodrigues,
Bianca
Comparato e João Miguel.
Outro capítulo especial será o
de Negra Li, Leilah Moreno, Cindy
Mendes e Quelynah cantando
‘Temporal de Amor’, de Leandro
e Leonardo. Sertanejo? Pois é,
no episódio ‘Lado B’, as meninas
iniciam uma turnê pelo Brasil e se
deparam com um público que não
gosta de rap. A solução é apelar
para o sertanejo - esse é o Lado B.
Gisele Barroco - que dirigiu o último
capítulo da primeira temporada, diz
que sentiu evolução no quarteto:
“Dá pra sentir uma atitude mais séria
das meninas profissionalmente.
Tem também a Emília, que começou
muito novinha. Ver a trajetória dela
é muito bacana.”
Apesar da concentração ter
aumentado, ainda sobra tempo para
muita diversão no set, diz Negra Li.
“A gente fala besteira e dá muita
risada pra esquecer a canseira. E
quando estou cansada, penso como
é bom fazer parte disso”. (AE)
A série é uma vitrine
muito boa. Agora
existe muito mais
reconhecimento das
músicas’
A gente está abrindo
espaço para o rap. Se
dependesse de mim,
teria ‘Antônia’ por
mais 10 anos’
Leilah Moreno
Cíndy Mendes
O rapper Thaíde continua empresário do grupo
As pessoas ouviram
a minha música
depois da primeira
temporada de
Antônia’
Quelynah
Antônia também
é a nossa realidade.
A série passa
uma mensagem
política’
Negra Li
As ‘Antônias’, com a pequena Emília (Nathalye Cris), filha de Preta (Negra Li) na trama
FotoS: TV GLOBO/ ZÉ PAULO CARDEAL/ / DIVULGAÇÃO
P.
21 a 27 de setembro de 2007
P.
Filme e CD não têm mesmo sucesso
Bruno Ceccon
O primeiro episódio de ‘Antônia’ estreou na
Rede Globo com 32 pontos no Ibope. Na esteira do
sucesso do programa na televisão, foram lançados
outros produtos relacionados ao seriado. No
entanto, eles não corresponderam às expectativas
dos produtores em termos de retorno comercial e
ficaram longe de conquistar a mesma repercussão
entre o público da série.
O filme ‘Antônia’ era a maior aposta da distri­
buidora Downtown. A previsão era atingir 500 mil
espectadores. O longa-metragem, lançado com
125 cópias, foi visto por aproximadamente 75 mil
pessoas, com média de 191 por sala. No mesmo final
de semana de fevereiro, o sexto filme da série de
“Rocky Balboa” estreou com 160 cópias e deixou a
produção brasileira em segundo plano.
Já o CD com a trilha sonora de Antônia trazia
músicas tanto do longa-metragem quanto
da primeira temporada da série exibida
pela Rede Globo no ano passado. O disco,
com composições originais das protagonistas
Negra Li, Leilah Moreno, Quelynah e Cindy,
vendeu 11.940 cópias.
Pensando em um CD com a trilha sonora de uma
novela, o número de exemplares comercializados
pode ser considerado baixo. Como o disco é de uma
série, a cifra não chega a ser um fracasso. Um novo
trabalho pode surgir com a volta de ‘Antônia’ à
telinha, já que a gravadora Som Livre trabalha
alinhada à programação da Rede Globo.
Assim como na primeira temporada, a
segunda parte da série terá cinco episódios,
comandados por diferentes diretores. Com­
posta por 76 pessoas e muitos figurantes,
a equipe precisa trabalhar 12 horas diárias
durante seis dias para filmar um episódio
completo do programa.
‘Antônia foi inspirada na minha vida’
Lara Reis
Tata Amaral: ‘As 4 garotas negras querem se impor pela música’
Qual foi a isca que puxou a
audiência na Globo?
O estouro de 30 pontos de mé­dia
no ibope se deu, acho, pelo fato de
se retratar a periferia de São Paulo
de forma humanizada. Nas noites em
que era exibida não se via um gato
nas ruas de bairros como Brasilândia,
Parque Bristol, etc. E também por
mostrar a história de pessoas de
talento artístico, que trabalham em
outros setores: as personagens são
cobradoras de ônibus. As quatro
garotas negras querem se impor pela
música, mas só vão fazer sucesso
agora nesta temporada e também
não é aquele sucesso...
O que você foi buscar na
periferia?
O cotidiano de pessoas comuns
que batalham a vida. Ao falar de
música, do rap, quero falar de
pessoas que querem transformar o
lugar onde moram, que lidam com
a música e com o tanque de roupa
ao mesmo tempo.
Uma história que não falasse
da aspiração ao show biz
funcionaria?
Não há show biz na série nem no
Brasil. No Primeiro Mundo, a vida
dessas meninas e a minha estariam
feitas, eu não estaria com escritório
dentro da minha casa.
Como o filme surgiu?
Quando comecei a escrever
‘Antônia’, havia ganho um prêmio
em Santo André para fazer um
documentário sobre hip-hop: ‘Vinte
e Dez’. Esse trabalho me mostrou
a função organizadora da música,
porque os jovens nada mais fazem
do que reconstruir a representação
do negro na periferia por meio do
rap. Escrevi o primeiro argumento
de Lila Raper que mudei depois para
Antônia (homenagem ao bisavô dela,
contador de histórias).. Ao pesquisar
na periferia, encontrei meninas que
tinham um sonho a realizar. Vi que
a inspiração de Antônia era a minha
própria vida: eu queria fazer cinema,
mas tive minha filha com 18 anos e
três meses depois estava viúva. Como
elas, tive de fazer as duas coisas:
cuidar de filho e batalhar o cinema.
Por que você escolheu o bairro
da Brasilândia?
É o bairro mais cinematográfico de
São Paulo, tem uma vista estonteante
de 360 graus, porque é mais alto do
que a Avenida Paulista. Não é à toa
que todo mundo faz filme lá: ‘Eles
não Usam Black-Tie’, ‘O Invasor’... Eu
queria marcar o bairro em ‘Antônia’,
da mesma maneira que marquei a
Moóca com ‘Céu de Estrelas’.
Regina Casé reclama muito de
preconceito. Você também teve
restrições à TV?
Não sei o que é trabalhar na TV
porque Antônia é feito de forma
independente pela O2. Gostei de
aprender o ritmo, porque na TV
não há espaço para planos gerais e
silêncios. Nunca tive uma formação
de TV, ela entrou na minha casa
quando eu tinha 9 anos e minha
mãe só deixava ver um programa
e nada mais. Caru, a minha filha,
só ganhou uma TV quando estava
com 8 anos. Só vejo noticiário e
séries, mas não tenho preconceito.
É um grande desafio fazer TV.
Jorge Furtado me ensinou uma
coisa: o telespectador é desatento
e desinteressado. Se no cinema
é preciso renovar o pacto com o
espectador a cada dez minutos, na
TV é a cada minuto. A história não
pode parar, o telespectador não
contempla, quer som e imagem o
tempo todo.
Dá para ser autoral na TV?
A série ‘Antônia’ é mais autoral
do que o filme e mais do que
‘Cidade de Deus’. A obra não se
descaracteriza porque foi para a
TV. Vejo muitas coisas autorais:
Boca de Cena, A Pedra do Reino,
Cidade dos Homens.
O que a nova temporada de
Antônia promete?
As meninas ficarão mais co­
nhecidas. O foco será nos bastidores
do show biz do grupo, elas farão
turnê pelo interior de São Paulo,
com mil trapalhadas. No episódio
Pobres e Famosas, são convidadas
para uma festa chique e não têm
roupa. Em outro, vão decidir o
que fazer com R$ 10 mil que cada
uma ganhou. Quando estiverem
bem famosas, vão se incomodar e
buscar privacidade.
Por que nem o filme nem a série
melhoraram a carreira de cada
cantora?
Como não? São contratadas da
Globo. Fazem shows em lugares
melhores, mudaram de casa.
P.
21 a 27 de setembro de 2007
Vida
Otimismo e saúde
andam juntos
Estudos comprovam que a felicidade é o melhor remédio contra doenças
Sheldon Cohen, professor de
Psicologia da Carnegie Mellon University,
em Pittsburgh (Estados Unidos), diz que
é preciso levar a sério a necessidade
de manter um estado emocional mais
positivo, já que é um fator importante
na prevenção de doenças.
Obviamente, adoecer faz parte
da vida, além de não encontrarmos
‘pílulas de felicidade’ em drogarias.
“É necessário um esforço pessoal”,
diz Cohen. Seu estudo revelou que
emoções positivas são excelentes
reforços contra gripes, resfriados e
outras doenças.
Na opinião do professor Luiz Gonza­
ga Leite, chefe da psicologia do Hospi­
tal Santa Paula, de São Paulo, “pesso­as
que não conseguem enxergar aquela
‘luz no fim do túnel’, principalmente
por causa de problemas financeiros,
certamente acabam somatizando
diversas doenças. É comum a pessoa
apresentar baixa imunidade para
gripe e resfriado, alergia e obesidade,
problemas de pele, hormonais,
cardíacos e gástricos”, adverte.
Leite diz que a contribuição do
psicólogo, nesses casos, também se
dá no sentido de ajudar o paciente
a buscar um equilíbrio inclusive
no âmbito financeiro, encontrando
soluções para seus problemas
materiais e exercitando a aceitação
dos limites impostos pela realidade.
A falta de atitudes positivas na
vida a dois também compromete
a saúde. De acordo com o médico
cardiologista Otávio Gebara, do
Instituto de Cardiologia de São
Paulo, “o estresse envolvido nas
desavenças conjugais – que às vezes
se arrastam por 10, 20, ou 50 anos –
aumenta os níveis de catecolaminas
na circulação, substâncias que levam
ao estreitamento das artérias. Além
disso, o estresse também ativa as
plaquetas que são responsáveis pela
coagulação do sangue. A soma dos
dois efeitos leva a uma condição
propícia para o entupimento de uma
artéria, o que causa o infarto e o
acidente vascular cerebral”.
O estresse psicológico de vivenciar
desavenças matrimoniais também
pode contribuir para a síndrome
metabólica, que é uma reunião de
disfunções – como pressão alta,
excesso de gordura abdominal,
níveis anormais de colesterol e
elevada taxa de açúcar no sangue
– que aumentam o risco de diabetes,
cardiopatias e enfarte.
“Mulheres mais felizes liberam
menores quantidades de cortisol,
substância que participa no
desenvolvimento de hipertensão e
arteriosclerose. Essas duas doenças
são as responsáveis pela maioria
das mortes em todo mundo”,
explica o cardiologista.
Gebara alerta: “Não basta apenas
querer ficar feliz para escapar do
problema. O que se sabe é que
algumas atividades, como a meditação
e o relaxamento, liberam na circulação
substâncias protetoras e diminuem os
hormônios ligados ao estresse, como
o cortisol e a adrenalina”.
aprendiz
temas políticos
Kleber Amancio Costa [email protected]
É nula a absolvição de Renan
Oitenta e um são os senadores.
Três por Estado. Ao lado da Câmara
dos Deputados, cumpre ao Senado
a tarefa de elaborar leis. Essa tarefa
é a preponderante. À margem
dela, o Senado tem atribuições
administrativas, que exerce, por
exemplo, quando nomeia os ser­
vidores de sua Secretaria.
Mas o Senado também pratica atos
próprios do Poder Judiciário, o que
faz, entre outros casos, quando julga
um senador por atitudes reprováveis,
dentre elas a falta de decoro. É o que
temos assistido há mais de três meses.
Denunciado por partidos polí­ti­
cos, Renan Calheiros, que preside
o Senado, foi e continua a ser pro­
cessado por seus pares. Quatro são
as denúncias apresentadas contra
ele. A primeira delas foi ob­jeto de
de­ci­são do último dia 12, sendo re­
pe­lida por quarenta votos. Trinta e
cinco senadores votaram pela cas­
sação e seis se abstiveram de votar.
O exame menos atento do
processo já decidido aponta várias
irregularidades, algumas já comen­
tadas pela grande imprensa. Outras
duas, porém, não foram objeto da
mais mínima atenção.
Refiro-me ao fato de Renan, embora
réu no processo, ter votado, o que é
uma aberração jurídica. Tendo votado,
o senador atuou como juiz de si
mesmo, o que nenhuma legislação,
nacional ou estrangeira, admite.
Os nossos Códigos de Processo,
Civil, como Penal, declaram impedido
o juiz de atuar no processo quando
dele for parte, princípio que se aplica a
qualquer Casa Legislativa.
As seis abstenções também
representam atentado ao direito.
Não se pode conceber que sena­
dores, enquanto juízes, se demitam
da faculdade-dever de julgar. Abs­
tendo-se de decidir, esses sena­do­
res recorreram a uma chicana, mas­
carando manobra adrede preparada
para levar o processo ao arquivo,
pouco importando a manifesta
ilegalidade das abstenções.
O julgamento assim feito, com
pelo menos dois vícios mortais, é
nulo de pleno direito. Entendo que
o partido denunciante deveria argüir
as nuli­da­des perante o Supremo
Tribunal Federal. Até porque, ao
menos teoricamente, tais nulidades,
se declaradas, poderiam mudar
o resultado. Basta imaginar que,
negado a Renan o direito ao voto,
trinta e nove passariam a ser os votos
pela cassação, podendo ocorrer
que a decisão cassatória atingisse
quarenta e um votos, desde que se
considere a possibilidade de agre­
gar-se aos trinta e cinco votos as seis
abstenções, o que somaria quarenta
e um, superando, portanto, as
manifestações pelo arquivamento.
Eis uma boa briga, que modes­
tamente sugiro.
Receita Econômica
informações do site www.aprendiz.org.br
85% da população faz dívidas para consumir... e estudar
Karina Costa
“O fato de 84% da população
brasileira residir na cidade, a crescente
entrada das mulheres no mercado
de trabalho e o acesso às novas
tecnologias são determinantes para,
sendo ricas ou pobres, as famílias
mudarem seus hábitos de consumo.
Nesse quadro, apenas 15% têm um
padrão de renda que lhes permite
gastar sem comprometer o orçamento
familiar. 85% da população têm nível
de rendimento inferior ao que gasta,
ou seja, só tem acesso ao produto por
meio de endividamento”, segundo o
presidente do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo
Pereira Nunes.
Os dados fazem parte do livro
“Gasto e Consumo das Famílias
Brasileiras Contemporâneas”, que
traça o perfil do consumidor brasileiro
por meio de análise de dados das
Pesquisas de Orçamento Familiar
(POFs), realizadas pelo IBGE, entre os
anos de 1987 e 2003.
A educação caracteriza o principal
destino dos gastos. As famílias que em
1987 investiam 3% de seu orçamento
na educação, em 2002 aumentaram
para 5,5%. Na hora de destinar o
dinheiro para esse fim, a renda e a
escolaridade dos chefes de família
são fatores determinantes: uma
família rica, por exemplo, opta pela
educação privada, principalmente
de ensino superior. “Isso acontece
pela ampliação da oferta pública da
educação básica e restrição de vagas
no ensino superior público”, explica o
especialista do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (IPEA), Jorge
Abrahão de Castro. “O ensino privado
é preferência das famílias mais ricas
por conta da precariedade da escola
pública”, completa a economista,
Tatiane Menezes.
Um chefe de família que possui
nível elevado de escolaridade, mesmo
com renda familiar baixa, geralmente
prioriza gastos em benefício próprio
ou em relação à educação de seus
filhos. “Mesmo assim, pode-se dizer
que poucos dos que integram famílias
pobres terminam a educação básica e
vão para a faculdade. Se isso ocorre,
a família faz esforços no sentido de
deslocar dinheiro que comporia outros
gastos e coloca a educação como
prioridade”, explica Castro.
Para melhorar tal realidade, Castro
defende a ampliação de políticas
públicas para o setor. “É preciso
ampliar a oferta pública de educação
em todos os níveis, pois quando o
setor público falha, quem paga é a
família comprometendo mais uma
fatia de seu orçamento”, diz.
Em relação à cultura, a população
que reside no sudeste do país
é quem mais consome (58,9%),
independente de classe social. 41,2%
dos brasileiros consomem cultura
por meio de produtos audiovisuais.
Isso acontece para 13,7% por meio
do aparelho de televisão e para 3,8%
pelo cinema. Teatro, circo, dança e
museu é consumido por 4,3%. Em
relação à leitura, 15,6% das pessoas
a consomem, sendo 10,8% lendo
periódicos, como jornais e revistas,
3,1% livros didáticos e 1,8% livros.
A renda e distribuição dos
equipamentos culturais determinam o
que cada grupo da sociedade consome.
As classes A, B e C consomem mais
produtos de informática e leitura.
As classes D e E, mais os produtos
audiovisuais e informática. “Ou seja,
os mais pobres têm mais acesso
aos produtos que estão dentro de
sua casa, como é o caso da tv. Isso
tem relação direta com localização
desses equipamentos culturais e lugar
onde as pessoas moram”, lembra o
antropólogo e especialista do IPEA,
Frederico Barbosa.
Os hábitos dos brasileiros também
mudaram em relação à alimentação.
O consumo de alimentos preparados
aumentou em 216%, de iogurte 702%,
de refrigerante 490% e de água mineral,
5694%. Alguns alimentos tiveram
consumo reduzido como arroz 46% de
queda, feijão (37%) e batata (59%). “A
mudança pode ser vista como reflexo
do papel da mulher na sociedade. Ou
seja, sua maior presença no mercado
de trabalho justifica o consumo de
refeições fora de casa e a compra de
alimentos de fácil preparo”, explica o
presidente do IBGE.
Gastos com saúde diminuíram entre
as famílias brasileiras. Isso acontece
por causa da maior cobertura do
Sistema Único de Saúde (SUS), serviço
utilizado principalmente pelas famílias
mais pobres, além da redução de
valores dos bens e serviços de saúde.
“Mesmo assim, a soma de gastos com
saúde por parte das famílias é maior
do que o investimento público na área.
São R$ 56 bilhões gastos pelas famílias
contra R$ 53 bilhões por parte de
investimento governamental”, alerta
Bernardo Campolina, da Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas, da
Universidade de São Paulo (USP).
Patê de Salsa
O GIRO SP, em parceria com o SESI, apresenta mais uma receita econômica
Ingredientes
Berinjela grande
Salsa
Óleo
Noz-moscada
Azeitona verde
Sal
Quantidades
1 unidade
1 maço inteiro
¾ xícara (chá)
1 pitada
¼ xícara (chá)
a gosto
Modo de fazer
Pique a salsa juntamente com os talos. Cozinhe a berinjela e bata no
liquidificador com os outros ingredientes. Sirva frio.
Dica: conserve em pote fechado na geladeira e sirva com pão de
ervas ou pão de fôrma caseiro.
Mais informações:
(11) 3146-7703 / 7706 / 7702
21 a 27 de setembro de 2007
Música
Antídoto cultural
Com a proposta de discutir e
evidenciar o papel de proteção
comunitária que iniciativas cul­
turais desempenham em cenários
de conflitos étnicos, religiosos
ou sociais, o ‘Projeto Antídoto’
acontece até o dia 26 de setembro.
A série de apresentações teatrais,
musicais e seminários é resultado
de uma parceria do Grupo Cultural
AfroReggae com o Itaú Cultural.
Totalmente gratuita, a programação
será permeada por atividades
culturais que tratam dos temas.
O ‘Projeto Antídoto’ reúne líderes
de ações que estão mudando o
cenário de zonas de conflito no
Brasil e na América Latina. Entre
os brasileiros, Washington Rimas é
um dos destaques. Ex-presidiário e
antigo dono do tráfico no Conjunto
Amarelinho, em Acari-RJ, hoje ele
se dedica a programas sociais nas
comunidades de Vigário Geral e
Parada de Lucas. Nomes como o
músico MV Bill e a atriz Regina
Casé participarão dos debates
promovidos pelo evento.
A banda AfroReggae, o rapper
Rappin’ Hood e a cantora Paula
Lima serão os anfitriões dos quatro
dias de shows do ‘Projeto Antídoto’.
Eles receberão no palco o sambista
Arlindo Cruz, a Banda 190, da PM do
Rio de Janeiro, e o grupo Olodum.
“O Antídoto tem o objetivo de
mostrar experiências vencedoras e
apontar caminhos para enfrentar a
pá-pum
FOTO: divulgação
Bruno Ceccon
P.
Aula-show
Em 1959, o maestro Radames
Gnatalli compôs uma sequência
de oito músicas para Paulo Moura.
Quase 50 anos depois, o mestre
clarinetista, pianista e saxofonista
interpreta algumas canções do disco
convertidas à clarineta. O show
acontece às 20h da próxima terçafeira, no Bourbon Street, localizado
na Rua dos Chanés, 127. O couvert
artístico custa R$ 25,00.
Humor Judaico
Dez anos após o lançamento da
Enciclopédia do Humor Judaico,
os Raposas e a Uva lançam um CD
beneficente para registrar toda a
caminhada na próxima quarta. O
show de lançamento acontece a
partir das 19h30, na Livraria Cultura
do Conjunto Nacional, localizada
na Avenida Paulista, 2.073. Para
acompanhar o evento, basta levar
um 1kg de alimento não-perecível.
shows
Alaíde Costa
Tom Jazz
Avenida Angélica, 2331, Higienópolis
Data e horário: Sex e sáb (22h)
Telefone: 3255-3635
Preço: R$ 50
Jards Macalé
Teatro do Sesc Santana
Avenida Luís Dumont Villares, 579, Jardim São Paulo
Data e horário: Sáb (21h). Dom (20h)
Telefone: 6971-8700.
Preço: R$ 15
Alzira E, Ná Ozzetti e Zélia Duncan
Sesc Pinheiros – Teatro Paulo Autran
Rua Paes Leme, 195, Pinheiros
Data e horário: Sáb (22h). Dom (21h)
Telefone: 3095-9400
Preço:R$ 15
João Pinheiro e Carlos Careqa
Choperia do Sesc Pompéia
Rua Clélia, 93, Pompéia
Data e horário: Sáb (21h)
Telefone: 3871-7700
Preço: R$ 15
Danilo Brito, Luizinho 7 Cordas e Ricardo
Valverde
Museu da Casa Brasileira – Terraço
Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2705, Jardim
Paulistano
Data e horário: Dom (11h)
Telefone: 3032-3727
Preço: Grátis
Jorge Vercilo
Citibank Hall
Avenida dos Jamaris, 213, Moema
Data: Sáb (22h). Dom (20h)
Telefone: 6846-6040
Preço: R$ 50 a R$ 100
Fagner
Citibank Hall
Avenida dos Jamaris, 213, Moema
Data e horário: Sex (22h)
Telefone: 6846-6040
Preço: R$ 40 a R$ 80
A banda AfroReggae é uma das anfitriãs do Projeto Antídoto
violência e os efeitos da exclusão”,
diz José Junior, coordenador
executivo do AfroReggae, ONG
carioca que desenvolve projetos
para tirar crianças e jovens do
tráfico e do subemprego.
Projeto Antídoto
Itaú Cultural
Av. Paulista, 149 (metrô Brigadeiro)
Programação : www.itaucultural.org.br/
antidoto2007
Telefone: 2168-1776/1777
Preço: Grátis
Germano Mathias
Teatro Fecap
Avenida Liberdade, 532, Liberdade
Data e horário: Sex e sáb (22h). Dom (21h)
Telefone: 3272-2277
Preço: R$ 30
Gilson Peranzzetta
Rua Clélia, 93, Pompéia
Data e horário: Sex (21h)
Telefone: 3871-7700
Preço: R$ 12
Mara Faria Trio e Trash Pour 4
Choperia do Sesc Pompéia
Rua Clélia, 93, Pompéia
Data e horário: Sex (21h)
Telefone: 3871-7700
Preço: R$ 15
Marina De La Riva
Ao Vivo Music Groove
Rua Inhambu, 229, Moema
Data: Sex (22h)
Telefone: 5052-0072
Preço: R$ 20
Xangô Da Mangueira
Traço de União
Rua Cláudio Soares, 73, Pinheiros
Data e horário: Sáb (18h)
Telefone: 3031-8065
Preço: R$ 20
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem prévio aviso ao GIRO SP.
Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.
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