C.D.U.37.014 A POLíTICA EDUCACIONAL IDEOLOGIA E A INSTITUIÇÂO PÓS-LIBERAL: ESCOLAR PENSAMENTO NO DA UMA ÀNÂLISE. Maria Régina Nina Rodrigues(l) RESUMO O ~ropósito,deste trabalho é fazer uma análise da polItica educacional, que tem se efetivado à luz dos pressupostos da teoria pós-liberal, numa sociedade cuja economia tem sido desenvolvida sob o modo de produção capitalista. A educação é entendida como uma prática pedagógica, resultante de formação social que se desenvolve num de.terminado perIodo histÓ:rico. do tipo Nossa análise incidiu no fato de que. a relação existente entre a educação e a estrutura social não se dá de modo mecânico e automático, isto por que, não sao duas realidades autônomas. Ao contrário, a relação entre ambas é de determina ção recIproca, ou seja, a sociedade sempre determina a educação e ao mesmo tempo 'é por ela determinada. As necessidades que a sociedade brasileira têm formulado junto à escola, tem sido no sentido de levar essa instituição a fornecer uma educação com vfstas à preservação da estrutura social como um todo. Contudo,' convém ressaltar que numa sociedade capitalista, por mais redu zidas que sejam, há sempre brechas, momentos de maior liberdade·, que tendem a po~ sibilitar o desvendamento das contradições existentes entre si. Deste modo, a instituição escolar, apesar de ter desempenhado a função de reproduzir as relações sociai~ dessa sociedade, poderá vir a se constituir num espaço pedagógico, com vistas a instrumentalizar as camadas populares, para uma efetiva participação cultural e sócio-polItica junto ao contexto social no qual estão inseridat. Esse espaço é possIvel ser conquistado, devido ao próprio cará ter de diale~cidade contIdo nas práticas pedagógicas conservadoras veiculadas pela escola. 1 INTRonuçÂO Inicialmente assinalar que não existe desvinculada cola da sociedade. é, pois, da sociedade mica (1) Professora pesq. Adjunta A es dinâ ligada. se entender escolar escola natureza e a ela está Para Cad. da mesma e estruturalmente tituição e preciso são Luís, 5(2) mação rais de Sociologia a compreensão social as relações a sociedade, da em termos e históricos, que for estrutu analisando ela mantém com de que é parte in existente en tegrante. a ins é necessário, do Departamento portanto, A re1aç~o tre educaç;o e Antropologia +23 - 143, ~ sociedade da UFMA. Mestre jul./dez. 1989 nao se em Educação. 123 dá de modo mecânico e co, isto porque nao automáti sao duas os meios de produção, nem os controla, e que vende a sua for realidades autõnomas, existindo ça de trabalho e, por outro, uma ao lado da outra, ao contrá burguesia, classe proletária-dos rio, a relação entre ambas é de meios de produção, e que compra determinação recíproca, ou seja, a força de trabalho junto a sociedade primeiros. a sempre determina educação e ao mesmo tempo e por esta determinada. A formação aos -. Nessa produção, os indi víduos agem social a uns sobre os ou e, tros, resultando, daí, relações uma realidade concreta, historl sociais, as quais são sempre r~ camente determinada, onde se ar lações de oposição e de ticula modos de produção, n i smo , são essas relações sociais res antag2 ponsáveis pelas relações sociais de que aí se desenvolvem. classes se estruturarem e se di ~ no plano das relações sociais de producâo qu~as Classes se estruturaram corno aqrupamen produção ferenciarem entre ocupam no processo de produção, controle ou ausência de pelo contro fazem si,tendo Com efeito, são lugar sempre as relações de produção que fug damentam as relações sociais, que situam os indivíduos em ferentes posições da propriedade ou riãodesses meios social. 1 de terminadas, verificando-se concen dependência de urna classe tram-se junto ao processo de pr~ cial em relação a dução duas classes condição e necessária para principais, di estrutura Essas relações sao Nesse nível do modo produção capitalista, sem ocupado no processo produtivo. le dos meios de produção e pela e do produto final." as pre por base a função do tos humanos que se diferenciam e,!!. tre si "pelo lugar que que outra. de uma 50 Essa que quais sejam por um lado o prol~ essa produção possa, de fat~ s~ tariado, classe que não efetivar conforme o detém desejo de 1 AGUIAR, Neuma. Hierarquia em classes: uma introdução ao estudo da estratifi caçao social. In: AGUIAR, Neuma (org) Hierarquias em classes. p. 17. 124 Cad. Pesq. são Luís, ~(2}: 123 - 143, jul./dez. 1989 t- caso um determinado grupo, no o grupo dirigente. Numa sociedade de classe Ressalte~se que essa e~ trutura, dicotomicamente orga nizada, não é fruto do atual mQ mento histórico, mas tem constantemente sldo modificada e aprimorada, adaptando-se aos di versos momentos 'históricos, a fim de que o social se reprod~ cujos interesses estão estrutura dos de modo divergente, é neces sário que se definam também as classes sociais pelo lugar ocupam no processo de que produção, inserindo-se nessa definição a exploração corno forma caracterís tica das re·lações que se es.tabele cem entre si. As relaçôes entre za. as diversas classes sociais Essa perspectiva tem si do a tônica da organização da sociedade brasileira, ora estry turada sob um tipo de sistema de produção capitalista sao sempre relações de poder, de uma classe sobre a outra. economia Ao legitimar a sua ideo escravista, cujas relações ant~ gônicas se processavam entre es cravos e senhdres, ora sob o mo do de produção capitalista (que veio sub~f-ituir aquele tipo, e se estende até o momento) em que se desenvolvem relações dísp~ resentre e o proletariado donos de produção. Tais ções sociais têm sido os rela organiz~ das, nos diversos períodos, torno de um mecanismo em comum, logia através do poder de Estado, a classe dominante impõe a todos seu discurso ideológico corno ún! co e verdadeiro na compreensão da sociedade. o grupo hegemônico ocultar os seus próprios tento, necessita legitimar so, a fim de que o social inte in toda sua cultura e mascarar as contra ta-se de uma formação não homogênea, fundada em a inte resses. Para conseguir esse dições existentes em seu social ao falar em nome de todos, tende qual seja, o da exploração. Tr~ resses diferentes, não num discuE como um todo possa permanecer coeso. harmoni Cad. Pesq. são Luís, 2(2): 123 - 143, jul./dez. 1989 125 Contudo, convem lembrar consti tui a essência da sociedade o que MIRIAM WARDE assinala: que de classe. Por isso, é "mesmo penetrando a consciência a existência de interesses das classes dominadas, por e de um consenso entre ambas, sem mis tificação e repressao, a ideolo impossível comuns a superação da divisão social. gia dominante não extirpa os in Nessa sociedade, as prát!. teresses próprios da classe minada, pois que se enraizam do nas relações de produção e são o mo tor das prãticas dominadas." 2 MIRIAM WARDE assinala, ainda, que "a tomada de consci ência por parte das camadas pulares tende a ocorrer p~ quando passarem a entender que as dife cas educacionais vêm impondo a todos os segmentos da sociedade, um tipo de saber dito desinteres sado a serviço da classe traba lhadora. Além disso, tais práti cas impõem, também, uma visão de mundo da classe dominante, com seus valores con e normas de duta. renças sociais não sao naturais nem necessãrias, e que por isso podem ser superadas. Nesse vel de compreensão, as .ní classes Convém assinalar, da, que numa sociedade ain de elas se a instituição escolar tem dominadas tendem a atingir o m~ do uma das instituições ximo de 'consciência possível', que tem transmitido a que se define em cada do grupo dirigente com mais momento histórico, pela superação con~ciência derivada dos resses particularistas guesia e, da a inte tatado tanto na ideologia libe bUE totalidade conflito latente contido na h~terogeneidade interesses dessas duas dos classes, ral como na pós-liberal. Nesta, a proposta educacional foi borada com o objetivo de der a todos aqueles que ela aten necessi tassem de escolarização. A edu cação tem sido vista como uma necessidade básica direito que deve ser 2 WARDE, Miriam J. Educação e estrutura social; A profissiona1ização tão. são Paulo, Cor tez & Moraes, ed •• 1977. p. 18. 3 lb. idem. , p, 49. 126 efi cons social."3 o ideologia ciência. Esse fato tem se conseqüentemente, apreende sociais da pela elevação a uma consciência que si e como um estendido em que!! Cada Pesq. são Luis, ~(2): 123 - 143, jul./dez. 1989 o desenvolvimento a todos os trabalhadores. ~ bem de dizer, que no neocapitalismo, não é o traba social. A política educacional foi direcionada com vistas a lho quem igualiza os indivíduos formação de mão-de-obra, como bcorria no liberalismo. Nes satisfazer, sobretudo, as neces te último, o trabalho é uma sidades da nova fase do capital ca tegoria chave, há toda uma valo que se implantara rização em torno dele~ os Aqui, o caráter economicista indi no para Brasil. e viduos através dele é que podem tecnicista da educação e bastan vir a ter acesso à ascensão te evidenciado. 50 cial. Já, na etapa neocapitali~ ta, o trabalho e substituido pelo saber. Para se obter Nessa do 'capitalismo social' a expansão ace~ so social é imprescindível posse do saber. Com a implantação a etapa, da educação em seu aspect.oeconq micista é incentivada e prior! portanto, é a educação quem vai zada. Essa visão se constituir num bem de tem por objetivo neutralizar equ~ economicista a lizar as oportunidades entre os própria política educacional. ~ indivíduos. cultivado, ar, um conhecimento apolitico. Por isso o saber A educação, e entendida pelos portanto, tecnocratas da etapa do capital monopolista como um importante entendido "acima das classes 50 ciais". Deste modo, à de luz uma educação centrada no aos proporcionando lhes maior desenvolvimento e micismo e pretensamente apolíti ca, são planejadas e postas prática as reformas em educaciona crescimento individual, possibi is, após 1968, nos seus litando-lhes ascensão social. A sos níveis. prática educacional econo investimen to, isto porque favorece indivíduos, e diver enquanto , investimento de capital huma no', torna-se necessária para No 'capitalismo aI', a educação, à luz da Cad. Pesq. são Luís, ~(2): 123 - 143, jul./dez. 1989 soci ideo 127 logia pós-liberal, é elaborada efetivado educaciQ as propost~contidas em para políticas, e, muito histó nal volta-se totalmente uma tecnologia educacional. cionado os Quanto ao fato da educa tais menos solu graves educacionais país, çao estar inserida que, embora não tenham se desvinculada do processo rico. O planejamento convém assinalar problemas ex~stentes no criou-se, contudo,- pelo no pensame~ to tecnológico, COVRE assinala, fato dessas políticas aprego~ rem uma pretensa demecratização que todas as "propostas govern.e. mentais foram elaboradas dentro de um espírito educacional vador. A tecnologia ino foi inseri da na política educacional, com o objetivo de atender ilusoria mente a coletividade, não prQ priamente por maquiavelismo dos do ensino - expectativas, por parte pr! da população menos vilegiada, direito à de vir a ter escolarização, tudo, para seus filhos. cumprimento da lei, sobr~ O ,nao portanto, cria um direito junto víduos no sentido o aos indi dos mesmos grupos domi~antes, mas pelo pr2 virem a lutar e prio caráter da ideolog~a nante que apresenta dessersão mais ou meno·s acentuada, presaionar o domi entre Estado, exigindo que lhes conc~ da os direitos sociais que lhes sao devidos. objetivos explícitos e objet! vos reais/implícitos." 4 A ideologia pós-libe ral dá ênfase à questão ber. As políticas A política educacional do sa educacionais uma vez "impingida ção, leva a çao, levando a popul.e. uma conscientiza a reivindicação são elaboradas para toda a cole de forma mais explíciita tividade. Sabe-se aos seus direitos sociais reais."S contudo, quanto que a população como um todo es tá longe de ser atendida, no Os direitos sociais que se refere ao direito de ser vem sendo apontados de modo en escolarizada. fático por essa ideologia. 4 COVRE, Maria de Lourdes M. A fala dos homens. são Paulo, Brasiliense, Op. cit., p. 218. S Id. ibid., p. 230. 128 O 1983 Cad. Pesq. são Luís, ~(2): 123 - 143, ju1./dez. 1989 interesse pelo bem estar da co legitimar os pretendidosbenefi letividade, na verdade, faz-se cios da técnica, vem sendo gr~ presente apenas ao nível dativamente desmistificada tal proposta. Assim, o fato da téc discurso. Ao nível do do cotidia no não tem se concretizado tal nica vir a se constit~ir propósito. Sob uma prática política voltada para, cial de equidade, so enfatizada numa solucio nar os problemas sócio.- econômi pela ideologia neocapitalista, cos da população em ge~al, esconde-se toda uma relação de prática não tem se exploração. do, visto que a concepção Quanto a questão dos direitos sociais PEDRa DEMO as sinala que, "em teoria, os reitos são devidos nalmente, na prática, precisam ser porém, conquistados. conquista a esses A ctncretiza educação no pensamento de dominan te é político-repressiva. di incondicio na Por essa ótica, pode- se dizer que a educação está ca da vez mais afastada da ção de ser uma prática conceE essenci direitos almente desinteressada e neutra. constitui-se em algo que e cer Reforça a idéia de que é a educ~ ne da cidadania." 6 ção um importante A proposta ideológica neocapitalista tem apregoado, ser a técnica, um bem a servi ço de todos. Entretanto não e instrumento de reprodução numa sociedade ca pitalista. Ela tem garantido a diferenciação da força de trab~ lho, legitimando a posição que a tecnologia que é um mal, mas os indivíduos ocupam na socied~ o tipo dos objetivos que de, efetivando a separação ela en serve, os quais têm sido elabo tre o trabalhador rados com vistas da (aquele que possui o saber e de controle do processo de a fazer tecnologia um instrumento exploração. Contudo, intelectual o prod~ ção) e o trabalhador manual, e~ apesar da ideologia neocapitalista vir a 6 DEMO, Pedro. Pobreza política. propriado desse saber e desse controle. são Paulo, Cortez, 1988. p. 100. Cad. Pesq. são Luís, 2(2): 123 - 143, jul./dez. 1989 129 As necessidades que a sociedade brasileira tem formu lado junto à escola, tem sido no sentido de levar essa insti tuição a fornecer uma homem e num determinado econômico." 8 Através das levando cada indivíduo a se sen trutura social como um todo.Nes dade de classe, é vendo um sistema e "desenvol:. educacional garantir suas histórico-estruturais processo de o esforço e do talento um, não decorrendo de vis do cada necessaria mente da divisão entre o cap! tal e o trabalho. A concepção de que a condições prática pedagógica é neutra tem e de sido amplamente difundida. seu desenvolvimento, serão diferentes os to que, para tal dependeria acima 'status quo' de uma minoria."7 Dependendo, então, do tipo de sociedade, de ocupa na estrutura social, condicionada de tudo conservadora, para manter tir responsável pela posição que socie a desempenhar uma função gênese da divisão das classes sociais, da es te caso a educação, numa práticas pedagógicas oculta-se a educação com vistas à preservação modelo condiciona mentos sociais da escola. En tretanto, esta maneira de ente~ dê-la é profundamente ingênua, na medida em que escamoteia A educação, na verdade, essência do processo a educacio tem servido à alienação, à manu nal, ou seja, sua natureza poli tenção do 'status quo', à tica. Corroborando oom o exposto, con servação da ordem econômica, s~ veja. o que se segue: "toda cial e política cepcão política t~m uma signif! da sociedade cação pedagógica e toda brasileira. con conceE cão pedagógica tem uma concepção De acordo com BÂRBARA política. política e FREITAG, a 'educação sempre pressa uma doutrina pedagógica, a qual implícita ou mente se baseia em uma explicit~ filoso fia de vida, numa concepção de 7 FRElRE, Paulo. Educação e mudança. estão em relação dialética, na medida em que não se .podeseparar nem a imagem do homem da soci~ dade, nem a imagem da sociedade são Paulo, Paz e Terra, 8 FREITAG, Bárbara. Escola, Estado e Sociedade. 130 pedagogia ex 1979.p. 34. são Paulo, Edart, 1977.p. 9. Cad. Pesq. são Luís, 2(2): 123 - 143, jul./dez. 1989 da imagem do homem." 9 A educação entendida como sinteressada do, para em geral o bem do aluno, de suas o educando entre deles numa de pr~ não tem tido abordar corno se cada um inserido social concre marginalidade, em sócio-economicamente pedagogia propositadamente, que cular pelos a proposta curri a ser viabilizada pela instituição ta tem rior escolar. se voltado da escola, contrar meios seus· efeitos Tem havido, o tornem mais mais previamente mostrar que pelos são naturais, não nenhuma existe e pelos tecnologia instrumentos ção curricular. cologismo atenção aí, a entre mo tem caracterizado 9 e~ rela desemp~ sacia is de vida, fingindo-se consi derar os alunos se silêncio, e durado igualmente. de fato, em todo tem o processo E~ peE ped~ gógico. um viabiliza de ensi sociedade de classe da educação de avalia Um profundo pragmático merecen e condições da numa no, pela probl~ nho escolar areIa todo isso ção que duradouros. métodos si organizada A pedagogia interesse pela do esses Oculta-se, en produtiva portanto, carentes. utilizada, pecial. inte procurando que ção pedagógica Tal propo~ para alunos tem em silêncio planejam questi~ é uma pedagogia do por deixada possam da mas sido que sobretudo lêncio, política etc., i~ confli namentos, para pobr~ desnutrição e escola em como reflexões ta. educação, interesse suscitar Esta que do seu agir, ternas tais to, greve, e for A dimensão ao longo fantil, de organização a escola, se constatado integral o educador não estivesse Tem za, desemprego, A é entendida ma abstrata, no pedagógicas. potenci~ e na formação relação de sobretu de sua personalidade. pria e uma prática voltada, senvolvimento lidades e as teorias ps! tem servido objetivos e tecnicis isolando-~ a nômicas, prática para reais encobrir da educação, das realidades sociais NOSELLA, Maria de Lourdes Chagas Deiró. As belas mentiras. e os ec~ políticas são Paulo, Cortez & Moraes Ed., 1979. p. 236. Cad. pesq. são Luís, 2(2): 123 - 143, jul./dez. 1989 131 que a condicionam, camuflando lia cionalidade capitalista, função da educação no jogo das qual o taylorismo é a desigualdades 10 Ela çao e a expressao, evidencia uma escolaridade no me plano individual, colocando se na execução das tarefas, de cundariamente a educação como fe uma maior do nomeno social, dissimulando, trabalho, fragmenta o seu sociais. 11 as sim, a significação de classe~ De acordo com a ae da encarna que, em n2 uma crescente eficiência raci)nalização pr2 cesso, separando radicalmente, maneira de um lado, os que sabe~ plan~ jam e decidem, e, do outro, os de se conceber a educação e de que fazem e executam. A pÔ-la em prática, os rência 'lógica' desta que se manifestam ao nível e condi manual, dirigentes e ção de problemas meramente téc nicos, cabendo, então, aos esp~ cialistas nas questões da educa çao, buscar solucioná-los da me dirigi dos, competentes e incampete~ tes, especialistas (técnicos)e não-especialistas (profess2 que res) é uma degradação, uma pr2 educação letarização crescente da força lhor forma possível. ~ aqui entram os técnicos em divisão edu entre trabalho intelectual cacional são reduzidos à como aqueles profissionais verdadeiramente decor problemas que de trabalho considerada não-es entendem das que~ pecializada, desqualificada ou tôes da educação, por o saber e deterem o possuirem conhecimen semi-qualificada. Expropriado de seu saber próprio, o traba to científico. Observa-se, aí, a lhador perde também o controle manifestação da divisão do processo social do trabalho, também, no setor da educação como 'naturall e 'racio nal' • poz t arrt.o , de de produção, sua própria atividade, que passa a ser rigida por outrem: temos A respeito dessa çao social do trabalho, situa um dos aspectos ILDEU do COELHO aponta ser liaprópria 10 CHARLOT, Bernard. A mistificação ra da di aqui alienação trabalho. Surge, então, um sistema hierárquico de ativida " ' pedagógica. Rio de Janeiro, Zahar, 1979. p. 76. 132 Cad. Pesq. são Luís, 2(2): 123 - 143, jul./dez. 1989 de em que a grande maioria é do docente no cotidiano da sala submetida ao saber-daminoria." 11 de aula. A atuação do professor Em continuidade a que~ tão da divisão do trabalho VERMAN aponta para o que através dessa fato de divisão, "o capitalista desmonta e o restitui aos BRA o está cada vez mais reduzida, r~ cebe tudo decidido e programado, restando-lhe apenas a tarefa de executar. o ofício trabalhadores próprio trabalho de ensinar tem sido dividido, sur parcelado, de modo que o proce~ gindo então, não apenas o técn~ so como um todo co especialista em planejamento já nao mais da competência seja de um so trabalhador individual. ,,12 VERMAN aponta ainda que, lho mental é primeiro BRA o traba separado do manual e depois subdividido. educacional, como também o pr2 fessor especializado em cada ma téria. Com essa divisão do trabalho, observa-se que o pr2 Essa separação é a mais decisiva medida simples na divisão do trabalho tomada pelo modo cap~ fessor é cada vez mais dispens~ do de pensar; pois quem pensa questiona, duvida, enfim se talista de produção."l3 P2 siciona diante do mundo no qual Com efeito, nao há dúvi da de que a divisão social do trabalho educacional ao separar os que planejam e decidem, dos que executam, fragmenta o trab~ lho pedagógico, subestima-se a está inserido, fato que muítas vezes nao é bem acolhido pelo grupo que mànipula o poder. A divisão entre prQ fessores e especi·alistas funcio capacidade reflexiva dos profe~ na, de certo modo, cornoum sores, além de reprimir sua ca texto para subordinar os prime~ pacidade criativa. Seu trabalh~ ros aos técnicos, visto que são antes totalmente pr~ int.electual, vem sendo fragmentado, transfo~ esses últimos que ocupam as fun mado em parcelas, com vistas ções de direção e racioná-Io limitando a a prática planejamento do processo ensino-aprendizage~ 11 COELHO, I1deu Moreira. A questão política do trabalho pedagógico. Rio de ~~ neiro, Ed. Graa1, 1983. p. 33. 12 BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopo1ista. Rio de Janeiro, Zahar,1981. p. l38 13 Op. cit., p. 149. Cad. Pesq. são Luís, 5 (2): 123 - 143, jul./dez. 1989 133 deixando aos docentes a mera tudo, na versao tecnológica. O função de executores. Es~a divi saber está a serviço do poder.~ são de atividades vem sendo peE o caso da tecnologia, que cebida de certa forma 'natural; como uma de suas marcas colocar decorrendo de uma divisão a serviço do poder o saber esp~ 'téc tem nica' de funções no interior da cializado de que dispõe. O instituição escolar. so do poder aparece de inúmeras Convém assinalar que abu formas, por vezes muito inventi vas: a construção de uma lingu~ tanto os trabalhos pedagógicos desses técnicos, quanto os dos docentes se constituem em uma prática essencialmente políti ca. Nem mesmo aqueles que têm plena convicção do caráter .' de sinteressado de sua prática edu cativa eliminariam a dimensão política. A questão política constitui-se, portanto, no prQ prio ser do ato educativo, en quanto ato humano e, como tal, inserido na luta concreta dos homens. Conforme afirma GADOT TI: " sempre que o pedagogo dei xou de fazer pOlítica, escondi gem ininteligível ao público, a título de superioridade; os pl~ nejamentos ineficientes e inefi cazes, que servem à lógica din~ mica do poder; a mont.aqem de ma~ dar inatos da pretensa inte1igê~ cia; a tecnologia subserviente ao lucro, à exploração, à des truição do meio ambiente e da qualidade de vida; as políticas sociais que fabricam, sobretu do, formas de controle social e de desmobilização dos is." 15 desigu~ PEDRO DEMO diz ainda do atrás de uma pseudo-neutrali que: "a fragmentação das dade da educação esteve fazendo dades sociais é uma com a sua omissão, a política do maaa forte, a política da domina ção."14 A respeito do saber es tica do modo de produção capit~ pecializado PEDRO DEMO mente sócio-político, ser "uma fonte de poder, afirma sobre ativi caracterís lista, não é, pois, um fato ramente técnico, mas me eminente necessá rio à efetivação da dominação e 14 GADOTTI, Moacir. Educação e Poder; Introdução à pedagogia do conflito. são Paulo, Cortez, 1980. p.57. 15 DEMO, Pedro. Pobreza política. Op. cito p. 31. 134 Cad. Pesq. são Luís, 2(2): 123 - 143, jUl./dez. 1989 da exploração. Não se trata, portanto, de um processo natu to modo, dificulta a rearticula ção e a mobilização da classe tal e racional, desinteressado e trabalhadora. Contudo, a prát.! neutro, Lnocent.e, mas de uma forma ca da exploração voltada para de viabilizar o exercício do P.9. essa classe não está fechada em der. A divisão social do si mesma; isto porque, os oper~ traba lho, que está na origem da nocracia e do autoritarismo tec em rios na medida em que eles nham a conseguir e controlar educação, faz com que as princ.! processo de trabalho, pais decisSes relativas i vir a utilizar Ia, sejam tomadas por ela não se acha esco quem a diretamente li ve esse contra os interesses o poderão controle do cap.! tal, vindo, então, a conquistar gado. Professores,funcionarios, maior espaço no processo no qual alunos, pais e moradores debai!. se desenvolvem as relaçSes ro, por exemplo, não são sequer produção. consultados. Desse modo, o po de atuação do cam professor está se reduzindo aos poucos, pois este já recebe tudo decid.! do e programado, inclusive nos aspectos mais elementares, res tando-Ihes apenas a execuçiio."16 Na verdade, a fragment~ çao do trabalho se dá sempre em nome de uma maior produtivid~ de. Convém assinalar que essa ~ importante que, se por um lado, ção tem servido de lembrar a educa a conservação da ordem econômica, social e p~ lítica, reproduzindo a h~gemQ nia burguesa, nos diversos p!. ríodos da História do Brasil, pot outro# ela pode vir a se consti tuir em um importante instrumen to a SQ~vi~ de um novo projeto fragmentação se dá contra os in social, com vi5tas à teresses do operariado. ~ pois, ção de um nOVQ blo~o histórico. uma forma de viabilizar a ex Entretanto, para que isso passa ploração e a dominação capit~ vir a se efetivar, GRAMSCI appg lista, alienando e dividindo os ta para o fato de que, a classe trabalhadora precisará aS$umir a sua situação de classe. ~qui, trabalhadores, fato que, de cer 16 RODRIGUES, Maria Regina Nina. A Educação no Maranhão: ~ faz. são Luís, SIOGE, 1983. instaura o que se diz e o -- --- - - .Cad. Pesq. são Luís, 2(2): 123 - 143, jul./dez. 1989 que 135 faz-se necessário a presença dos intelectuais orgãnicos, tentes na estrutura social. A posse a tais conhecimentos, co para a elaboração e difusão de loca o indivíduo numa um discurso crítico, que sup~ mais vantajosa na reivindicação re o discurso ideológico do de seus direitos, e no grupo hegem6nico, na busca de de suas conquistas. um redimensionamento do posição avanço traba Entre essas conquistas, lho pedaçógico. deve ser apontado o Apesar de toda a críti sargimento de uma escola realmente inseri ca que se faz i escola, não se da na luta política, com pode subestimar ou negar o seu a favorecer os segmentos oprimi poder de influência. Apesar ,de dos da sociedade brasileir~-que ter desenvolvido, basicamente, de geração a geraçã'Otêm a Ldo uma função elitista, inculoado cIu dos do.pzocesso ensino-'apre!!. ra da ideologia e da visão dizagem. de vista ê! í mundo da classe dominante, não se pode dispensar sua Na sociedade contri capitali~ ta, por mais reduzidas que buição como um dos importantes instrumentos de momen participação cultural e sócio-política. sim, uma das importantes As con tos de maior liberdade, quê te!! dem a possibilitar criticas, pode desvendando a contradição exis trabalhadora tente em sí, fato que nao pode tribuiç6es que a escola prestar i classe jam, há sempre brechas, se é o ensinamento da leitura, da ser desconhecido pelo escrita, da expressão oral e que pretenda trabalhar, de fato, das operações fundamentais da aritmética. Esses ensinamentos são da maior importância, educador a serviço das camadas res. por A inculcação da se constituirem em instrumen tos junto a essa classe, sentido de lhe 136 ideolo gia, tanto na fase liberal como no possibilitar apreender as contradições popul~ exis na pós-liberal, do grupo heg~ m6nico, não se efetiva de modo Cada Pesq. são Luís, 2(2): 123 - 143, jul./dez. 1989 harmônico. Ao se impor uma de crítica e o desvendamento da terminada ideologia cria-s~ tam verdade histórica. A apreensão bém, um espaço para da História, conforme reivindica afirma Assim, GRAMSCI, "não cornoum processo a escola, por reproduzir as con linear e horizontal fundamenta tradições existentes no social do numa perspectiva se constitui num espaço impo~ çoes e questionamentos. tante para sua própria super~ çao. Com efeito, "a ideolo gia proletária, de certa manei ra, e uma ameaça para a hegemQ nia, pelo fato de que a consci ência de classe pode permitir fatalista ou deterrninista, mas fundada na contradição, corno campo PO!! sível da esperança concreta que antevê o germe da c âo ;." 18 Convém liberta salientar, que apesar de todos os instrumen tos de controle e dominação ut! aos trabalhadores reagir contra lizados pela instituição esco a opressão, enfim, contra a lar, criados e mantidos pela do minação impos~a pelo grupo heg~ classe dominante com vista mônico." arnea reproduzir os seus interesses, domi não tem ocorrido em conformida 17 Diante dessas ças, a posição da classe a nante não é segura e tranq6ila: de com as aspirações dessada~ ao contrário, é de se, dado que, sobretudo, vigilância constante. Está sempre atenta a últimos anos tem Íim de manter, conforme as um despertar mais eietivo cessidades, esqUemas ne ideológ! cos novos para a manutenção de efetivado SL por parte dos trabalhadores, quais têm tornado os consciência seu 'status quo', impedindo que de que suas condições se desenvolva a ideologia as de qualidade do nos de precar~ vida nao são naturais e sim resultantes proletariado. de uma organização social divi Contudo, e sempre possi vel um trabalho pedagógico tado para o questionamento, 17 18 dida em classes distintas. vol a RODRIGUES, Maria Regina Nina. A educação se faz. são LuIs, SIOGE, 1983. Segundo GRAMSCI, a "lu no Maranhão: GRAMSCI, Antonio. Concepção dialética da História. Civilização Brasileira, 1978. p. 46. o que se diz e o que 3. ed. Rio de Janeiro Cad. pesq. são Luís, 1(2): 123 - 143, ju1./dez. 1989 , 137 ta por parte do proletariado, tem início a partir de um a sociedade. des Sem luta, sem pertar das suas condições de organiz~ çao coletiva, sem a criação e o classe subalterna e por começar fortalecimento a perceber que as de mundo que lhes são transmiti das, não correspondem aos interesses. dos sindicatos, concepções seus "GRAMSCI afirma ain da que, "essas concepções sao das associações de docentes de funcionários, das e organiz~ ções estudantis, das associações de bairros, enfim, sem o fortale cimento de toda a sociedade ci vil não se pode chegar a uma de modificadas em função da diale ticidade existente entre a es trutura e a superestrutura." O mocratização da escola. Essas 9E social por ser contraditório e ganizações podem vir a possível despertar sentimentos elaborar à um projeto alternativo junto junto ao proletariado, na forma escola voltado, de fato, para os ção de organizações interesses dos trabalhadores. populares, as quais a cada dia se uma realidade· mais tornam Assim, a luta do traba concreta, vindo a se constituir numa for ça expressiva na busca e na lu ta de seus direitos. t preciso, alem disso, utilizar aesc~la para dar ao trabalhador os ins trumentos para que possa nao so lhador comprometido te com as politicame~ camadas subalternas , deve ser contra a educação que r~ produz e legitima o status quo do grupo hegemônico. Os educadores enquanto elaborar, mas explicitar seu sa ber, liberar sua consciência de cla5se e defender seus interes ses especificos, assim como pro piciar-lhe as condições para uma maior participação sócio-p~ agentes do processo de transfor mação social têm que se coloca rem, através de sua teoria sua prática,a serviço transformação da de e de uma sociedade bra sileira, se quiserem efetivamen litica e uma compreensão mais profunda da cultura que e cole te trabalhar na defesa dos reais tivamente produzida toda interesses 138 por dos trabalhadores. Cad. Pesq. são Luís, ~(2): 123 - 143, jul./dez. 1989 o trabalho pedag6gico deve ser articulado de modo a rios. enfim a sociedade civil) e nao preencher o suposto lugar compreender que os que atuam na do especialista escola são individuos historica deixando aos professores a como mente determinados e não realidades indefinidas e em educação, fun çao apenas de executores. abs ~ bem de dizer que tratas (professores, alunos e funcionários). E, por isso, de a função técnica dessa equipe tem vem ser dotados de instrumentos que os leve a questionar a es trutura do poder da escola. A sido colocada, de certa forma,a serviço da classe dominante.Con tudo, essa equipe, ao lado exploração e a dominação de professores e de outros dos segme~ tos da sociedade, poderá vir classe, o saber produzido veiculado na escola, e as dições de vida dos co~ individuos menos favorecidos é trabalho p~ dagógico que por certo vai assumir um trabalho realidade e da posição que os individuos ocupam na estrutura sócio-econõ pedagógico que conduza, de fato, a umaor~'! nização da sociedade civil, popul~ res~ cuja participação nesse processo é imprescindivel venham a adquirir uma que compree~ são mais Ificidae profunda mica, bem como conduzi-Ias a lu do interes processo histórico. ses de classes. A partir de um trabalho Para a efetivação desse trabalho pedagógico, a equipe técnica da escola deve assumir em conjunto é possivel se arti cuIar uma prática social renova dora com vista à reorganização seu trabalho como illaatarefa co de uma sociedade mais justa mum a ser decidida, planejada e mais equi"tativa. executada por todos aqueles proce~ para que possa vir a ser so ensino-aprendizagem profe~ vada necessita que, os funcioná Cad. Pesq. são Luis, ~(2): 123 - 143 e Essa prática, contudo , que estão envolvidos no sores, alunos, pais, a fim de que, as camadas le var à compreensão da tarna busca dos seus a e duas exerçam, de fato,o ]ul./dez. 1989 efeti Lnd í.v I direi 139 to de cidadania, o qual se cons lhadores para o exercício efeti titui na aquisição de uma nova vo de consciência política e de uma nova visão de mundo, frente a realidade social na qual estão inseridos. uma cidadania, conscien te e participativa. Concordamos com DEMER VAL SAVIANI quando afirma que: liaquestão da educação como o direito da cidadania sera praticado a medida que direitos sociais forem os sendo conquistados pela população. A cidadania ê entendida, aqui. cO instrumento de cidadania, um como instrumento de participação, de interferência nas decisões p~ liticas, de expressão de pontos de vista sobre o modo de condu mo uma prática que passa pela ta da coisa pública, deveria se concepção da participação pop~ constituir em objeto de ra ordem. 19 lar. O avanço da cidadania se dá a partir do momento em que a pulação se conscientize de p~ seus direitos, e, passar a formar or ~anizações com vistas a pressi~ nar o Estado no sentido do g~ verno vir a garantir os bens serviço. de Essa prática vem resul tar, então, numa cidadania da vi gilãncia, em substituição a cida dania da passividade. O ex~cicio prime! 11 Concordamos, também, com PEDRO DEMO quando afirma que, "participação ê um processo hi~ tórico de conquista çoés ; de das condi . . autodeterm1naçao. Part1 cipação não pode ser dada,ODt~ gada, imposta. Ela só existe,se e enquanto for conquistada. um processo e não um produto acabado. Não se implanta por ge de cidadania ereto, nem e conseq8ência auto da vigilãncia, implica então, na mática de qualquer mudança capacidade dos indivíduos reivin nõmica." 20 dicarem e lutarem, de fato, por seus direitos. A educação, aqui, como prática mediadora se const! tui num dos can~is importantes de preparação, junto aos eco O processo democrático, então, e a conquista da nia por parte dos cidada trabalhado res, so se consolida na medida traba 19 SAVIANl, Demerval. Educação, cidadania e transição democrática. Maria de Lourdes M. A cidadania' que não te~os. são Paulo, 1986. p , 79. 20 DEMO, Pedro. Pobreza 140 e política. Op. cit.,p. ln: COVRE, Brasiliense. 101. Cad. Pesq. são Luis, 1(2): 123 - 143, jul./dez. 1989 em que cada um deles participe eventhought das decisões, expressando suas social opiniões sobre os society destinos da reproduced relactions can sociedade, intervindo, partici space pando e apresentando seus popular class, had pr~ to be of an this pedagogic instrumentalize significant prios pontos de vista. the in the view on cultural and social, politic participation SUMMARY the context social This work has to analize the in view educational politic, that had realized according been to presupposes of thepos-liberal theory, in a society that economy has been the in in wich they are insert. Is possible to conquest this space consoant with charateristics conservativies practices school. in pedagogic vehiculated by the developed BIBLIOGRAFIA CONSULTADA under capitalist production. TFie education is accept like a pedagogic practice from the social background evolved AGUIAR, Neuma. (org).Hierarquias em classes. s.n.t. BRAVERMAN, Harry. 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Centro de Estudos Básicos Universidade Federal do Maranhão Campus Universitário do Bacanga Te1. (098) 221-54-33 65.000 - SÃO LuIs-MA. Cad. Pesq. são Luís, ~(2): 123 - 143, jul./dez. 1989 143