MÍDIAS NA EDUCAÇÃO: COMO TORNAR O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESTRANGEIRA MAIS ATRATIVOS PARA OS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO Maria Rejane Alves (UFAL) [email protected] RESUMO: Este artigo aborda que a utilização das mídias no ensino de língua inglesa pode ser mais eficiente e, sobretudo, torná-lo mais atrativo aos olhos dos alunos do ensino médio, bem como dinamizar as aulas dos professores de uma tradicional Escola Estadual de Educação Básica da cidade de Arapiraca. A metodologia adotada envolveu a pesquisa bibliográfica quando se priorizou os estudiosos que versam sobre as questões tecnológicas na educação, tais como: Kury (2007), Perrenoud (2000, 1999), Primo (1996), Bordieu (1998), Assis-Peterson (2008), Nicholls (2001) os PCNEM e as LDB 4.024/61, 5.692/71 e 9.394/96. Como complementação de dados se fez necessária a investigação in lócus com 33 cursistas do PROINFANTIL e 02 professores de língua inglesa. A partir da constatação dos resultados ficou patente o potencial das mídias como forma de promover aulas atrativas para os alunos do ensino médio e a falta de segurança dos professores em usá-las como facilitadoras da aprendizagem PALAVRAS-CHAVE: Mídias e tecnologias; língua inglesa; aprendizagem. 1. Introdução Historicamente se observa que o ensino de Língua Inglesa nas escolas públicas brasileiras sempre foi deficiente, essa constatação se deve a alguns fatores impostos pelos próprios sistemas de ensino, destacando-se a carga horária muito limitada (apenas uma aula semanal) e a metodologia voltada inteiramente para o professor, as quais inibem a aprendizagem criativa do aluno e, consequentemente, o desenvolvimento da maneira que cada um encontra para chegar ao conhecimento. A partir da década de 60 percebe-se certa valorização da Língua Inglesa ao mesmo 2 tempo em que a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 4.024 de 1961 desobriga as escolas a incluí-la nos seus currículos, permanecendo somente naquelas que optavam livremente por adotá-la. Isso justifica a predominância da Língua Inglesa nos estabelecimentos de ensino, reforçada ultimamente pela globalização da economia. Outro fato que contribui para a má qualidade do ensino de Língua Inglesa é a falta de investimento na área, as políticas públicas inviabilizam a sua qualidade, dando margem para a proliferação de cursos particulares gerando a exclusão daqueles que não têm poder aquisitivo e, por isso, lhe é negado o direito a esse conhecimento. Considerando estes argumentos buscou-se enfatizar as Mídias na Educação: Como tornar o Ensino e a Aprendizagem da Língua Estrangeira mais atrativos para os alunos do Ensino Médio, com o objetivo de analisar formas de sanar as dificuldades encontradas pelo professor de Língua Inglesa diante da aversão dos alunos do Ensino Médio em estudar uma língua estrangeira, mostrando ainda a importância da inserção das mídias no processo de ensino e aprendizagem desta disciplina no referido nível de escolaridade. Conhecendo a realidade vivenciada na escola pública questiona-se: O que leva o aluno do Ensino Médio a não se interessar ou rejeitar o aprendizado da Língua Inglesa? É possível tornar o ensino de Língua Inglesa agradável e atrativo para os alunos do Ensino Médio através do aprimoramento da prática pedagógica do professor, que poderá se usufruir das mídias. Entretanto, é interessante frisar que isso só será possível se o docente tiver domínio sobre as mesmas, só assim elas se tornarão fortes aliadas no processo de ensinoaprendizagem. Pensando em superar este desafio é que foram escolhidos dois ambientes que apesar de envolver o mesmo nível de ensino, apresentam realidades diferentes: o PROINFANTIL (Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil), e o Curso Normal regular. Esse formato (semi-presencial e presencial respectivamente) foi o que motivou a escolha dessa clientela como alvo de estudo. O Proinfantil é um programa ofertado pelo Ministério da Educação (MEC) em parceria com o Estado e com os municípios, que tem como finalidade possibilitar que professores sem a titulação exigida por lei possam adquirir não só o certificado, mas principalmente aperfeiçoar a sua prática pedagógica através do Curso Normal a nível médio. Sua duração é de dois anos divididos em quatro módulos e funciona em regime semipresencial com uma equipe pedagógica composta de sete especialistas, - professores formadores – um para cada área temática (Linguagens e Códigos, Identidade, Sociedade e Cultura, Matemática e Lógica, Vida e Natureza, Língua Estrangeira, Fundamentos da 3 Educação, Organização do Trabalho Pedagógico), contando também com a ajuda do tutor que acompanha o desenvolvimento do professor cursista no município. A minha participação no programa é como professora formadora de Língua Inglesa, onde pude observar alguns entraves que estimularam a reflexão proposta neste artigo sobre as formas de proporcionar um ensino atrativo para o aluno nesta área do conhecimento. Esta pesquisa é de cunho qualitativo, pois traz para discussão os saberes adquiridos pelos cursistas do Grupo III do Proinfantil, assim como dos professores de Língua Inglesa do Curso Normal de uma Escola Estadual do município de Arapiraca, Estado de Alagoas. A metodologia aplicada foi baseada na pesquisa bibliográfica e no estudo in lócus, envolvendo 33 cursistas do Proinfantil com a utilização de questionários e entrevista de 02 professores de Inglês do curso Normal. A estrutura organizacional deste artigo contém três partes. Na primeira foi feita uma pesquisa sobre os meios viáveis para a inserção das mídias no processo de ensino e aprendizagem da Língua Inglesa. Na segunda, buscou-se identificar o impacto da globalização na preferência pelo uso da Língua Inglesa presente na Língua Portuguesa. E por fim, na terceira procurou-se fazer a relação da Língua Inglesa com o currículo da Educação Básica. 2. A inserção das mídias na educação O século XXI é reconhecido por estudiosos e pesquisadores como o século do conhecimento, devido ao avanço científico e tecnológico que tem dominado todos os segmentos da sociedade. Essa constatação elevou o inglês ao status de língua dominante não só no ambiente acadêmico, mas também onde predomina a ciência e a tecnologia. Assim sendo, é visível a influência que as novas tecnologias exercem sobre a vida do indivíduo, admitindo-se que seu “comportamento, sua concepção de mundo, seu estilo e ritmo de vida, suas expressões e criações, enfim, todo o seu papel social e, inclusive sua linguagem” (KURY, 2007, p. 191) se modificam a partir do contato com estes aparatos. O mundo da Internet abre uma infinidade de possibilidades para quem deseja ampliar seus conhecimentos, mas por outro lado, coloca o usuário diante de um emaranhado de informações que precisam ser filtradas antes de serem absorvidas. Neste sentido, a escola tem o papel fundamental de orientar os alunos a não se dispersarem ao utilizá-la e aproveitar ao máximo o seu potencial. Entretanto, esta não é uma tarefa fácil, considerando o 4 estranhamento que a maioria dos professores demonstra em relação ao manuseio do computador e menos ainda da Internet. Este alerta é pertinente porque inserir as TIC no processo educativo não é apenas colocar a criança à frente de um computador ou de uma TV para assistir um filme, mas, sobretudo, usar essas ferramentas com segurança para que por meio delas o educando possa adquirir saberes que contribuam para o seu crescimento pessoal, intelectual e futuramente, profissional. No entanto, há de se convir que os professores precisam trilhar um longo caminho até chegar a uma inserção tecnológica significativa e um dos principais pontos é o discernimento sobre qual conteúdo é relevante para a formação dos seus alunos. Kury (2007) faz um alerta no que concerne aos hipertextos, considerando que eles contêm uma grande quantidade de links, se o usuário não tiver bem definido o que quer pesquisar corre o risco de se distanciar dos seus objetivos. Mais uma vez se faz evidente a importância de um professor bem preparado para orientar o aluno a tirar o melhor proveito do que eles (os hipertextos) podem oferecer em termos de conhecimento. Pensando nesta preparação a autora sugere que “Seria ideal a existência de uma disciplina escolar dedicada ao ensino de navegação na Internet, na qual se ensinaria gêneros e registros de linguagem para facilitar o acesso do usuário à grande rede” (op. cit. p.194). Na Internet as informações são processadas muito rapidamente por isso não há possibilidade de o indivíduo assimilá-las com a mesma rapidez, em vista disso é pertinente fazer uma reflexão sobre “como e por que ler”? (HARRY BLOOM apud KURY, 2007). Este questionamento traz à tona uma questão que hoje está preocupando a maioria dos educadores e estudiosos da área: a verdadeira concepção de leitura. No passado, ler era sinônimo de decodificação, ou seja, não havia a parceria entre a leitura e a compreensão, no momento atual, porém, essa visão está bastante ampliada. Além de decifrar o que está escrito é necessário também interpretar, opinar, questionar, enfim, se posicionar frente à determinada situação para que o ato de ler realmente se concretize. Se o aluno não tem condições de ter essa postura diante de um texto convencional seu desempenho no ciberespaço também estará comprometido, pois este oferece uma diversidade de textos que o obriga a selecionar os conteúdos relevantes para o seu objetivo. Por isso, convém lembrar que Perrenoud (2000, p. 125), afirma que o professor precisa “utilizar novas tecnologias” com segurança, referindo-se às ferramentas de pesquisas do computador. Entretanto, para isso acontecer é necessário que ele tenha o domínio de quatro referenciais: utilizar editores de textos, possibilitando um ir e vir entre o texto em construção e a elaboração de hipertextos; explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação 5 aos objetivos de ensino, tanto de softwares aplicativos de uso geral quanto daqueles que são exclusivamente educativos; comunicar-se a distância por meio da telemática, ampliando o acesso de informações e o desenvolvimento de processos colaborativos e utilizar as ferramentas multimídia no ensino, pelo amplo potencial que apresentam de auxiliar na aquisição do conhecimento humano (PERRENOUD, 2000, p. 126). Esses referenciais mostram que o educador hoje, não pode simplesmente ignorar o óbvio, ou seja, a presença das mídias por toda parte e o domínio demonstrado pelo alunado no que se refere ao uso das mesmas. Porém, o que se observa é uma resistência muito grande por parte da maioria deles e mesmo os que têm certo domínio destes aparatos não sabem como aproveitá-los na sala de aula. Essa relutância é compreensível, pois, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) demandam e, ao mesmo tempo, oportunizam uma mudança de paradigma que não concerne às tecnologias, mas às aprendizagens. Assim sendo, supõe-se que o docente tenha a competência de produzir situações-problema „sob medida‟, trabalhar com o que está à mão, sem temer o desvio de ferramentas ou de objetos concebidos para outros fins. Para trabalhar com situações-problema, utiliza-se, por exemplo, de preferência softwares didáticos, aplicativos (editores de textos, programas de desenho ou de gestão de arquivos, planilhas e calculadoras) que são os auxiliares diários das mais diversas tarefas intelectuais (PERRENOUD, 1999, p. 62). A partir da citação acima se verifica que tão importante como usar as TIC em sala de aula é utilizá-las em situações reais, que possibilite ao aluno não só fazer uso delas, mas principalmente, ampliar os seus conhecimentos. Essa responsabilidade consiste em mais um entrave para o professor considerando o seu domínio restrito, deixando-o ainda mais apreensivo diante das cobranças que surgem ora por parte do aluno ora por parte da própria escola. Pensando em transpor estas barreiras há na Internet alguns mecanismos que auxiliam o docente a vencer suas limitações e buscar formas de interagir com seus alunos no espaço cibernético. Para isso, ele tem à sua disposição os ambientes virtuais de caráter educacional que oferecem possibilidades de agregar diferentes mídias: textos em diversos formatos, sons de tipos variados (músicas, falas e efeitos sonoros), imagens estáticas e animadas, gráficos, símbolos, filmes, entre outros. Todos esses recursos podem ser adaptados para apresentar informações de modo rico e diversificado, permitindo ao educador buscar e visualizar as informações conforme seus interesses e necessidades. Justamente por esta diversidade de 6 oportunidades é que o professor precisar estar atento e ter maturidade para sugerir aos seus alunos aquelas que realmente sejam significativas, e não apenas para mostrar que está fazendo uso da tecnologia, desperdiçando todo o potencial que elas têm de contribuir com o crescimento intelectual dos educandos. Nessa perspectiva: a característica interativa dos produtos multimídia possibilita que o manuseio de informações se dê de forma natural e não forçada. Nossa atividade cognitiva não funciona de forma linear, onde uma informação leva necessariamente a outra. Nosso aparato cognitivo trabalha com associações entre informações que nem sempre parecem lógicas. A multimídia permite uma aproximação ao trabalho cognitivo natural. Como as informações em um bom produto multimídia podem ser cruzadas, confrontadas e conjugadas a qualquer momento, além de poderem ser avaliadas nas mais variadas ordens e até desordenadamente, a multimídia torna-se uma fonte de informações que oferece poucos limites à atividade cognitiva normal (PRIMO, 1996, p. 83). Assim se observa o arsenal riquíssimo que o professor tem diante de si, precisando apenas admitir as possibilidades de uso dos ambientes virtuais e, é claro, se empenhar para dominá-los. A partir desta conscientização certamente ele estará compartilhando com seu aluno de igual para igual e, o que é melhor: aproveitando ao máximo todas as potencialidades que a tecnologia oferece. No entanto, ainda há outro empecilho que o profissional da educação precisa enfrentar e vencer: o domínio do vocabulário em inglês que predomina em todos os aparatos tecnológicos. Esta preocupação é real, uma vez que assim como uma infinidade de docentes fogem da inovação tecnológica, pode-se afirmar que uma quantidade nas mesmas proporções reluta em inserir a língua inglesa no seu cotidiano profissional. Essa preponderância do inglês no mundo das máquinas é justificada por Kury (2007) pela liderança do International Business Machines (IBM) no mercado da informática, sobretudo pela produção de hardware e de software, o que explica a presença de vocábulos como fax, modem, laptop, mouse, TrackBall, redial, CD-ROM, scanner, link, download, laser entre outras. Portanto, a Língua Inglesa cada vez mais ganha espaço no cenário tecnológico e, consequentemente, na educação, tendo em vista que os novos tempos estão mostrando que não pode haver distância entre ensino e tecnologia. Em virtude desta realidade, os professores 7 precisam ter o mínimo de familiaridade com os termos mais comuns que povoam o mundo virtual e garantir tanto o acesso a novos conhecimentos quanto a uma interação mais eficaz com os alunos. Essa forma de ver o trabalho com a Língua Inglesa no Proinfantil precisa ser trazida para a realidade dos professores cursistas, embora durante os momentos presenciais tenha-se mostrado essa importância, para eles a compreensão ainda é muito difícil. Um dos fatos que interfere é que todos lecionam nas séries iniciais do ensino fundamental que não exige a presença da Língua Inglesa. Esse é um ponto em desvantagem que ela tem em relação às outras áreas temáticas, as quais têm possibilidade de serem aplicadas na sala de aula deles, no caso desta disciplina além de não fazer parte do seu cotidiano os próprios cursistas não têm uma base do seu domínio, pois há aqueles que terminaram os estudos há bastante tempo, mesmo os que cursaram mais recentemente vêm de uma escola deficiente cujo aproveitamento foi muito baixo. Já quando se trata da Escola Normal a inserção das mídias parece ser mais simples, considerando que a escola tem laboratório de informática, retro projetor, data show, entre outros recursos que podem ser muito bem aproveitados, porém, esbarra na questão da falta de conhecimento por parte do professor tanto em manusear esses equipamentos como em discernir a melhor forma de utilizá-los em sala de aula. 3 Influência da globalização no ensino da Língua Inglesa No século XIX, o processo de internacionalização tomou a forma de imperialismo, caracterizado pela expansão do capital financeiro e pela divisão internacional do trabalho, ganhando novos contornos no fim do século XX. Bourdieu (1998) afirma que devido ao avanço tecnológico, sobretudo nas áreas de informática e de comunicações, capitais e mercadorias passaram a circular de forma mais intensa por todo o mundo, dando origem à globalização. Esse processo conduz os povos do mundo a uma interdependência cada vez maior, entretanto, a riqueza gerada pela globalização não beneficia de forma igualitária todas as nações, o que amplia os contrastes entre países ricos e pobres, gerando conflitos ao redor do mundo. Atualmente, está em curso a terceira revolução industrial, iniciada na década de 1970, 8 quando chegaram ao mercado importantes inovações tecnológicas, como os computadores, os celulares, a videoconferência etc. É interessante frisar que “a introdução dos cabos telefônicos de fibra óptica aumentou em milhares de vezes a capacidade das ligações telefônicas simultâneas” (BOURDIEU, 1998, p. 140). Essas mudanças tiveram um efeito revolucionário na expansão do comércio, nos fluxos de investimentos e na atuação das empresas multinacionais, possibilitando a unificação do mercado mundial. O avanço tecnológico, impulsionado principalmente pelo setor de informática, permitiu a automação da indústria e, em conseqüência, o aumento e a diversificação da produção, além do barateamento de numerosos produtos. Na década de 1980, por exemplo, um computador vendido no Brasil custava tanto quanto um carro de porte médio. Hoje, milhares de computadores são vendidos em todo o país a preços muito acessíveis. O salto decisivo da globalização das comunicações ocorreu com a popularização da Internet no início dos anos 1990. Essa rede computadorizada de informações surgiu no fim da década de 1960, patrocinada pelos órgãos de defesa dos EUA, na época da guerra fria, sua finalidade era interligar centros de comando e de pesquisa militar e pouco depois começou a ser utilizada pelas universidades. À medida que os computadores pessoais se tornaram acessíveis e se desenvolveram dispositivos especiais de localização, mais pessoas puderam navegar na rede. A Internet constitui, hoje, o principal meio de transmissão de dados, de pesquisa, de comunicação entre pessoas e empresas, causando também uma revolução na telefonia mundial (BOURDIEU, 1998). Além disso, as novas tecnologias digitalizadas de comunicação (satélites, fax, redes de computadores) tiraram do Estado o controle exclusivo da informação em seu próprio território. A mídia internacional ignora as distâncias tanto quanto as fronteiras e possibilita, de forma crescente, que pessoas de países diferentes se interliguem. Como consequência, há hoje forte tendência para a globalização dos padrões culturais e de consumo, enquanto a língua inglesa se impõe como idioma universal. Diante do exposto se reconhece que a língua inglesa tem se expandido ao longo das décadas despertando debates acerca do seu papel na história do país. Na concepção de Phillipson citado por Assis-Peterson (2008) ela foi um dos instrumentos utilizados pelo império britânico para consolidação da conquista territorial durante a colonização. Para outros estudiosos “a expansão do inglês ocorreu simultaneamente com a expansão da cultura do comércio internacional e da estandardização tecnológica” (op. cit. p. 4). Entende-se então que 9 o desenvolvimento desta língua está diretamente ligado ao crescimento econômico, político e cultural dos países ricos onde predomina o mercado capitalista, aumentando cada vez mais a distância entre esses e aqueles que estão em desenvolvimento. Assis-Peterson (2008, p. 4) lembra que, no Brasil dos anos 50 até os 70, se presenciou “um certo sentimento de rejeição à língua inglesa”, essa reação é explicada porque os brasileiros se viram diante de inúmeros produtos de origem americana, que de certa forma ameaçavam a existência daqueles genuinamente nacionais a exemplo de filmes, seriados de televisão, música, coca-cola, calça Lee, hambúrgueres e brinquedos infantis. Pressentindo esse perigo Aldo Rabelo e Jussara Cony (cf. ASSIS-PETERSON, 2008, p. 4) elaboraram projetos que tinham como principal meta zelar pela integridade da língua portuguesa. A partir dos anos 80 com a implantação do regime econômico neoliberal a Língua Inglesa adquiriu dimensões ainda maiores. Elas são explicitadas por Paiva (cf. ASSISPETERSON, 2008) em sua tese de doutorado A língua inglesa enquanto signo na cultura brasileira por meio de vários exemplos colhidos nos centros urbanos brasileiros que deixaram muito claro a preferência dos brasileiros pelos termos ingleses a qual se deve “muito mais a uma necessidade simbólica de identificação com uma sociedade de grande poder político e econômico do que a necessidade de nomear conceitos e objetos” (PAIVA, apud ASSISPETERSON, 2008, p. 4). Esta fala da autora mostra que a utilização dos anglicismos no Brasil é uma forma que as pessoas encontraram de também parecerem “poderosos” (grifo meu), escondendo a sua fragilidade política, cultural, mas, principalmente, econômica quando milhares de indivíduos vivem abaixo da linha de pobreza. Por outro lado, também é possível observar que não é apenas essa sensação de poder que a língua inglesa desperta nos brasileiros, tendo em vista que: falantes de português brasileiro, tendo em mente representações que fazem de falantes de inglês, especialmente de norte-americanos, associam a eles sentimentos conflituosos de aproximação e afastamento, de atração e repulsa em função dos efeitos de sentido que envolvem essa língua. Ora tais discursos desejam desenvolvimento, progresso, conhecimento, bens culturais e econômicos, ora desejam combater a submissão/subserviência à cultura e à economia norte-americana ou a aceitação a governos imperialistas que alimentam desigualdades sociais (ASSIS-PETERSON, 2008, p. 4). O depoimento da autora mostra as reações provocadas nos brasileiros em relação à língua inglesa diante da sua presença imponente em todos os setores da sociedade, evidenciando a posição sócio-econômico-político e cultural de seus usuários. Certa vez, um dono de bar ao ser questionado a respeito da denominação do seu estabelecimento (Luca‟s 10 Bar) respondeu simplesmente que era chic como se as coisas brasileiras também não pudessem ser chiques. Partindo dos estudos de Pennycook (1994), Cox e Assis-Peterson (1999, 2001) alertam que pelo fato da Língua Inglesa representar uma potência mundial, os professores desta disciplina não devem dar ênfase a esse aspecto, mas à sua função comunicativa, do contrário eles estarão reforçando as desigualdades sociais. Com base numa pesquisa realizada as autoras fazem importantes considerações a respeito da postura de professores diante do ensino da Língua Inglesa, definindo duas linhas de trabalho: uma seguindo o discurso integrativo, o qual coloca este idioma como meio de “acesso às relações globais, comércio internacional, turismo, tecnologia e ciência” (COX, 1999; ASSIS-PETERSON, 2001) e outra que segue o discurso emancipador, destacando-se o poder econômico e político. As duas formas de ver inibem significativamente a posição dos brasileiros diante dela (da língua inglesa), uma vez que ambas estão bem distantes da realidade do Brasil. Outra pesquisa realizada por Zacchi (2006 apud ASSIS-PERTERSON, 2008, p. 4) mostra alguns indicadores da ligação entre a globalização e o inglês: “língua de estrutura simples e de fácil aprendizado; língua facilitadora da comunicação nas relações pessoais e internacionais; língua do acesso aos bens da modernidade; língua promotora da tolerância e negociação entre povos e países”. Esse discurso está cada vez mais incutido na percepção dos brasileiros de modo que a língua inglesa está acima de qualquer outro idioma, influenciando o vocabulário, a música, a moda, os alimentos. 4. A Língua inglesa no currículo da educação básica A posição que o ensino de Língua Inglesa ocupa hoje no currículo é resultado de um processo que vem evoluindo ao longo do tempo, desde as primeiras escolas criadas no Brasil na época do seu descobrimento. Entretanto, o foco de discussão deste item começa com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 4.024 de 1961 quando esta língua começou a perder o seu brilho. Antes, porém, é interessante lembrar que ela já teve seus momentos de glória, considerando que, 11 na época da reforma Capanema os alunos estudavam quatro línguas: latim, francês, inglês e espanhol e quando terminavam o ensino médio estavam lendo textos no original além de apreciarem o que liam. O inglês era distribuído assim: no curso ginasial, que era de 4 anos, o aluno estudava inglês durante 3 anos e no curso colegial, que era de 3 anos, o aluno estudava inglês durante 2 anos (LEFFA, 1999, p. 13). Com a vigência da LDB de 1961 o inglês no ensino médio deixou de ser obrigatório, ficando a critério do estabelecimento a presença deste em seu currículo. Em 1971 com a Lei 5.692 esse quadro se agravou, pois ela apenas o recomenda condicionando-o à realidade da escola, conforme se observa no próprio texto “Recomenda-se que em Comunicação e Expressão, a título de acréscimo, se inclua uma Língua Estrangeira Moderna, quando tenha o estabelecimento condições para ministrá-la com eficiência”. Nicholls (2001) acrescenta que mesmo quando a instituição resolvesse adotar a língua inglesa, deveria ter uma série de precauções para não ferir o senso patriótico, ou seja, não permitir que ideologias estranhas penetrassem na sociedade brasileira. Este foi o primeiro passo para a sua desvalorização em relação às outras disciplinas do currículo, chegando a um nível tão elevado, a ponto de em alguns Estados, de não poder reprovar, como é o caso de Alagoas. Nos dias atuais, devido à globalização, o ensino da língua inglesa passou a ser revigorado, entendo-se que quanto mais circulação do conhecimento mais o país se desenvolve e, para que esse conhecimento se efetive as línguas estrangeiras são imprescindíveis. Os PCNs do Ensino Médio reconhecem essa importância e incentivam as escolas a incluí-las em seus currículos, segundo fragmento abaixo: No âmbito da LDB, as Línguas Estrangeiras Modernas recuperam, de alguma forma, a importância que durante muito tempo lhes foi negada. Consideradas, muitas vezes, de maneira injustificada, como disciplina pouco relevante, elas adquirem, agora, a configuração de disciplina tão importante como qualquer outra do currículo, do ponto de vista da formação do indivíduo. Assim, integradas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, as Línguas Estrangeiras assumem a condição de serem parte indissolúvel do conjunto de conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproximar-se de várias culturas e, conseqüentemente, propiciam sua integração num mundo globalizado (p.25). As tecnologias, em especial a Internet, estão mostrando de modo muito patente a necessidade de se conhecer outra língua, em particular o inglês, em virtude do vocabulário utilizado por ela (pela Internet) ser predominantemente neste idioma. O descaso vivenciado pela Língua Inglesa foi pesquisado por Celani (1996, p.25) quando afirma: “enquanto perdurar essa situação, estaremos sempre competindo em situação de inferioridade no colégio 12 internacional, no qual, certamente, a língua de comunicação não é o português.” A LDB 9.394/96 trouxe transformações significativas para a educação, inclusive para o ensino de línguas, mas não o suficiente para que ela seja vista pelas autoridades da educação como uma disciplina que merece ser oferecida com empenho e eficiência, como se constata nos questionamentos de Nicholls (2001, p. 17): [...] o fato de se distribuir gratuitamente entre os alunos o livro didático de todas as disciplinas, exceto o de língua estrangeira. Descaso? Desprezo? Ou desinformação?(..), o professor se vê obrigado a verdadeiros malabarismos financeiros e estratégicos para proporcionar aos alunos o material, geralmente fotocopiado, necessário ao estudo da disciplina. Que destino essas folhas avulsas tomam após a aula? Quem sabe? Essas inquietações vêm confirmar que, para os objetivos propostos por esta lei venham a ser alcançados, é necessário que haja uma revisão da concepção que se tem sobre o ensino da língua inglesa no ensino médio, de forma que possibilite que o aluno realmente desenvolva a sua comunicação, e que tenha a seu dispor as condições favoráveis para que ela aconteça, o uso de tecnologias avançadas. Diante da fundamentação teórica levantada constata-se o descaso ao qual o ensino da língua inglesa está entregue e a posição que ela ocupa nos currículos das escolas públicas. É evidente que já se tornou normal tratá-la de qualquer jeito. Não há uma cobrança mais efetiva por parte da Secretaria de Educação ou dos gestores das escolas, para que o ensino de inglês seja mais produtivo, e consequentemente mais atrativo para os estudantes. Esse posicionamento foi mostrado por uma pesquisa realizada com 33 alunos do Proinfantil quando se observou a predominância do sexo feminino como é comum num curso em nível médio, que habilita professores para as séries iniciais do ensino fundamental, onde a figura masculina ainda ocupa um espaço muito pequeno. 5. Perspectivas de utilização das TIC no ensino de Língua Inglesa Com a proposta de investigar a importância da integração das TIC no ensino de Língua Inglesa foram aplicados questionários com alunos e os professores cursistas do Proinfantil e do curso normal. Os dados coletados referentes às pesquisas aplicadas com os 13 alunos mostraram que a turma é composta por pessoas jovens, visto que a maioria está entre os 18 e 25 anos (20) e que mesmo assim o domínio da língua inglesa é apenas o elementar, isso é justificado por eles como falta de oferta desta disciplina no ensino fundamental pelo fato de residirem na zona rural. É interessante observar que dos 33 entrevistados apenas 01 admitiu não ter dificuldade com a língua, 16 demonstraram um grau muito baixo de assimilação e 16 mesmo admitindo ter certa facilidade, não apresentaram um desenvolvimento considerado satisfatório, principalmente no que se refere à pronúncia. Estes dados confirmam a reclamação da maioria dos alunos do ensino médio: a falta de recursos didáticos (22) e, consequentemente, aulas monótonas e desinteressantes. A ausência de recursos tecnológicos (10) de certa forma está inclusa no primeiro item, pois ambos proporcionariam a melhoria do ensino da língua inglesa, resultando em aulas mais dinâmicas, criativas e sem dúvida, mais produtivas. Uma quantidade considerável (10) alunos enfatizou a baixa quantidade de aulas semanais, o que realmente se constitui em um agravante. Há de se convir de que uma aula por semana não é o bastante para que haja a assimilação do conteúdo, principalmente quando o nível de dificuldade dos alunos é grande. A forma como o livro didático apresenta os conteúdos a serem estudados (06) também apareceu como bloqueio da aprendizagem, considerando os contextos fora de situações reais. O Proinfantil trabalha essa necessidade trazendo para os seus cursistas várias opções tecnológicas, que os estimulam a ultrapassar suas dificuldades. Tanto é verdade que 25 dos 33 questionados admitiram que o uso de mídias facilitasse a compreensão dos conteúdos e ajuda no desenvolvimento das habilidades orais e escritas. É possível perceber que entre os recursos apresentados, as opiniões mais significativas se dividiram entre a TV e o DVD (14) que são os recursos mais comuns e o computador e a Internet. Embora estes últimos tenham predominado na maioria (18) ficou claro também na fala dos cursistas que são os menos acessíveis, em virtude dos mesmos morarem na zona rural. O rádio e o CD foram citados por 09 alunos, a mídia impressa por 04 e o cordel por apenas 02 professores. A pesquisa de campo também foi estendida ao professor, tendo como sujeitos investigados os docentes de língua inglesa que lecionam numa tradicional escola estadual de Arapiraca. Em primeira instância buscou-se saber se o uso das mídias na sala de aula facilitava o ensino de língua inglesa. Os dois professores responderam positivamente, porém confessaram não ter segurança para manuseá-los, nem do ponto de vista operacional nem de como 14 aproveitar as opções que eles oferecem em termos de conteúdos ou de sugestões de atividades. A segunda questão solicitava que os docentes relatassem de forma resumida como eles dariam uma aula de língua inglesa usando as mídias. As respostas foram idênticas, ambos disseram que o mais utilizado era o material impresso, o qual já fazia parte da rotina das aulas e uma vez ou outra usavam a TV e o DVD para explorar filmes ou músicas. E, por fim, foram relacionados vários recursos tecnológicos (TV/DVD, rádio/CD, mídia impressa, revista em quadrinhos/charges, cordel e computador/Internet), para que eles assinalassem aqueles que tornariam as aulas de língua inglesa mais atrativas. Um destacou revista em quadrinhos/charges e cordel, mas explicou a dificuldade de conseguir esses materiais em inglês, deixando o universo do professor muito limitado. O outro escolheu computador e Internet, fazendo a ressalva de que mesmo reconhecendo o seu grande potencial, não se sente apto a usá-los juntamente com os alunos, pois tem apenas conhecimentos básicos e por isso teme passar por situações constrangedoras diante deles. O que se observa com relação aos sujeitos investigados (professores e cursistas) é a falta de preparação destes para o uso eficiente da mídia em situação de ensino. Entretanto, é consenso que ela não pode ficar à margem da educação e muito menos do ensino de língua inglesa que já é tão desprestigiado. 6. Considerações finais A tecnologia está presente em praticamente todas as situações que envolvem o indivíduo, seja nas tarefas domésticas, no trabalho ou na educação. Neste âmbito, porém, a inserção do aparato tecnológico requer certo preparo dos sujeitos, para que seu uso seja realmente proveitoso. Isto significa dizer que a escola tem o dever de instruir seus professores no que concerne ao planejamento de aulas que tenham, por exemplo, a Internet como meio de veicular o conhecimento. Contudo, é necessário destacar que os docentes não devem esperar apenas pela orientação do coordenador pedagógico ou do responsável pelo laboratório de informática, ele precisa buscar por conta própria outras formas para se interar dos mecanismos que podem auxiliá-lo em suas aulas, principalmente quando se trata da língua inglesa, que é rotulada como monótona e desinteressante. 15 Reconhecemos que a globalização impulsionou a expansão do inglês, sobretudo, pelo avanço tecnológico destacando-se a informática e a comunicação. Assim sendo, a Internet é a grande vedete do mundo digital, contribuindo para o desenvolvimento de vários setores da sociedade, inclusive para a supremacia da língua inglesa no Brasil. Na análise realizada a respeito deste idioma no currículo escolar do ensino médio foi possível compreender a razão da sua desvalorização, tendo em vista que os próprios dispositivos legais não deixam espaço para que ela possa ser vista de modo diferente. Esse descaso ficou muito claro a partir da quantidade de aulas oferecidas (01 semanal) em detrimento das outras disciplinas que têm uma carga horária bem mais elevada. A pesquisa de campo mostrou o nível de dificuldade que domina os cursistas do Proinfantil, justificada pelo uso restrito de recursos didáticos ocasionando em aulas pouco criativas e, consequentemente, levando o aluno ao desestímulo. Observamos que quase todos reconheceram a importância do uso das mídias como facilitadoras da aprendizagem, porém, sinalizaram para a falta de acessibilidade a estes bens culturais. Constatamos também que embora a maioria tenha apontado o uso do computador e da Internet como meio de tornar as aulas de língua inglesa mais atraentes, prevaleceu a utilização da TV/DVD, uma vez que estes aparelhos são mais condizentes com a realidade que eles vivenciam. No que concerne aos professores investigados ficou evidente que eles também estão conscientes que o ensino de língua inglesa e as tecnologias devem andar lado a lado, mas, verificamos que as suas aulas se limitam à TV/DVD e ao material impresso, mesmo com o laboratório de informática pronto para ser usado. Esta postura se deve à falta de formação destes docentes no sentido de mostrar-lhes como usufruir das possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo computador e pela Internet. Diante dos argumentos apresentados podemos dizer que nosso objetivo foi alcançado, pois, mostramos que o uso das mídias é viável para despertar o interesse do aluno em relação ao ensino de língua inglesa, assim, é certo que apenas o material impresso e a explanação oral do professor não são suficientes para promover uma aprendizagem que leve o educando a utilizar os conhecimentos adquiridos em situações reais. Esta constatação nos leva a confirmar a hipótese formulada no início deste texto, uma vez que tanto a pesquisa bibliográfica quanto a de campo demonstrou a eficiência das mídias para aprimorar as habilidades dos alunos com a língua inglesa de forma prazerosa, e também, como veiculadoras de uma prática pedagógica interessante por parte dos professores. 16 Referências ASSIS-PETERSON, Ana A. Como ser feliz no meio de anglicismos: processos transglóssicos e transculturais. Trabalhos em Linguística Aplicada. Campinas: vol. 47, n. 2, July/Dec, 2008. Disponível em: www.scielo.br. Acesso em: 29 de Set de 2009. BOURDIEU, Pierre. Contrafogos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998. BRASIL, Ministério da Educação – MEC, Secretaria de Educação Média e Tecnológica – SEMTEC. (1999). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 4 V. (Acessível Em www.mec.gov.br). BRASIL, Ministério da Educação e Desporto. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 4.024/61. 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Unidade de Ensino:_____________________________________________________ Série Cursada: __________________ Turno: _________ Disciplina:_______________ Sexo: ( ) Masc ( ) Fem Faixa Etária: ( ) < 18 ( ) 18-25 ( ) 25-30 ( ) >30 1- Você tem alguma dificuldade no aprendizado da Língua Inglesa? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) UM POUCO 2- Se você marcou SIM ou UM POUCO na questão anterior, marque, em sua opinião, quais dos itens abaixo elencados mais dificultam o aprendizado da Língua Inglesa: ( ) Poucos recursos didáticos ( ) A forma como o livro didático apresenta os conteúdos a serem estudados ( ) Baixa quantidade de horas/aulas por semana ( ) Falta de emprego de recursos tecnológicos 3- Você acha que o emprego das mídias e tecnologias facilita o aprendizado da Língua Inglesa na sala de aula? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) UM POUCO 4- Se você respondeu SIM ou UM POUCO à questão anterior, assinale quais dos recursos abaixo relacionados, em sua opinião, ao serem empregados nas aulas de Língua Inglesa veem a facilitar o aprendizado dessa disciplina, assim como torná-la mais atrativa e interessante: ( ) TV/VÍDEO ( ) RÁDIO/CD ( ) MÍDIA MPRESSA ( ) REVISTA EM QUADRINHOS/CHARGES ( ) CORDEL ( ) COMPUTADOR/INTERNET 19 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS Os dados coletados a partir das questões abaixo relacionadas serão utilizados como fonte de embasamento para o artigo intitulado “Mídias na Educação: Como tornar o ensino e a aprendizagem da língua estrangeira mais atrativos para os alunos do ensino médio”. Unidade de Ensino: __________________________________________________________ Área de Formação: ________________________ Disciplina em que atua________________ 1) Em sua opinião o uso de mídias e tecnologias na sala de aula facilita o ensino da Língua Inglesa? ( ) SIM 2) ( ) NÃO ( ) UM POUCO Descreva de forma resumida como é uma aula de Língua Inglesa fazendo uso de mídias e tecnologias. Há maior ou menor índice de participação e interesse dos alunos? 3) Dos itens abaixo elencados quais você indicaria como ferramentas para facilitar e tornar o ensino e a aprendizagem da Língua Estrangeira mais atrativa e interessante? ( ) TV/DVD ( ) RÁDIO/CD ( ) MÍDIA IMPRESSA ( ) REVISTA EM QUADRINHOS/CHARGES ( ) CORDEL ( ) COMPUTADOR/INTERNET