MÍDIAS NA EDUCAÇÃO: COMO TORNAR O ENSINO E A
APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESTRANGEIRA MAIS ATRATIVOS
PARA OS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
Maria Rejane Alves (UFAL)
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RESUMO: Este artigo aborda que a utilização das mídias no ensino de língua inglesa pode ser mais
eficiente e, sobretudo, torná-lo mais atrativo aos olhos dos alunos do ensino médio, bem como
dinamizar as aulas dos professores de uma tradicional Escola Estadual de Educação Básica da
cidade de Arapiraca. A metodologia adotada envolveu a pesquisa bibliográfica quando se priorizou
os estudiosos que versam sobre as questões tecnológicas na educação, tais como: Kury (2007),
Perrenoud (2000, 1999), Primo (1996), Bordieu (1998), Assis-Peterson (2008), Nicholls (2001) os
PCNEM e as LDB 4.024/61, 5.692/71 e 9.394/96. Como complementação de dados se fez necessária a
investigação in lócus com 33 cursistas do PROINFANTIL e 02 professores de língua inglesa. A partir
da constatação dos resultados ficou patente o potencial das mídias como forma de promover aulas
atrativas para os alunos do ensino médio e a falta de segurança dos professores em usá-las como
facilitadoras da aprendizagem
PALAVRAS-CHAVE: Mídias e tecnologias; língua inglesa; aprendizagem.
1. Introdução
Historicamente se observa que o ensino de Língua Inglesa nas escolas públicas
brasileiras sempre foi deficiente, essa constatação se deve a alguns fatores impostos pelos
próprios sistemas de ensino, destacando-se a carga horária muito limitada (apenas uma aula
semanal) e a metodologia voltada inteiramente para o professor, as quais inibem a
aprendizagem criativa do aluno e, consequentemente, o desenvolvimento da maneira que cada
um encontra para chegar ao conhecimento.
A partir da década de 60 percebe-se certa valorização da Língua Inglesa ao mesmo
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tempo em que a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 4.024 de 1961
desobriga as escolas a incluí-la nos seus currículos, permanecendo somente naquelas que
optavam livremente por adotá-la. Isso justifica a predominância da Língua Inglesa nos
estabelecimentos de ensino, reforçada ultimamente pela globalização da economia.
Outro fato que contribui para a má qualidade do ensino de Língua Inglesa é a falta de
investimento na área, as políticas públicas inviabilizam a sua qualidade, dando margem para a
proliferação de cursos particulares gerando a exclusão daqueles que não têm poder aquisitivo
e, por isso, lhe é negado o direito a esse conhecimento.
Considerando estes argumentos buscou-se enfatizar as Mídias na Educação: Como
tornar o Ensino e a Aprendizagem da Língua Estrangeira mais atrativos para os alunos do
Ensino Médio, com o objetivo de analisar formas de sanar as dificuldades encontradas pelo
professor de Língua Inglesa diante da aversão dos alunos do Ensino Médio em estudar uma
língua estrangeira, mostrando ainda a importância da inserção das mídias no processo de
ensino e aprendizagem desta disciplina no referido nível de escolaridade.
Conhecendo a realidade vivenciada na escola pública questiona-se: O que leva o aluno
do Ensino Médio a não se interessar ou rejeitar o aprendizado da Língua Inglesa?
É possível tornar o ensino de Língua Inglesa agradável e atrativo para os alunos do
Ensino Médio através do aprimoramento da prática pedagógica do professor, que poderá se
usufruir das mídias. Entretanto, é interessante frisar que isso só será possível se o docente
tiver domínio sobre as mesmas, só assim elas se tornarão fortes aliadas no processo de ensinoaprendizagem.
Pensando em superar este desafio é que foram escolhidos dois ambientes que apesar
de envolver o mesmo nível de ensino, apresentam realidades diferentes: o PROINFANTIL
(Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil), e o
Curso Normal regular. Esse formato (semi-presencial e presencial respectivamente) foi o que
motivou a escolha dessa clientela como alvo de estudo.
O Proinfantil é um programa ofertado pelo Ministério da Educação (MEC) em
parceria com o Estado e com os municípios, que tem como finalidade possibilitar que
professores sem a titulação exigida por lei possam adquirir não só o certificado, mas
principalmente aperfeiçoar a sua prática pedagógica através do Curso Normal a nível médio.
Sua duração é de dois anos divididos em quatro módulos e funciona em regime semipresencial com uma equipe pedagógica composta de sete especialistas, - professores
formadores – um para cada área temática (Linguagens e Códigos, Identidade, Sociedade e
Cultura, Matemática e Lógica, Vida e Natureza, Língua Estrangeira, Fundamentos da
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Educação, Organização do Trabalho Pedagógico), contando também com a ajuda do tutor que
acompanha o desenvolvimento do professor cursista no município.
A minha participação no programa é como professora formadora de Língua Inglesa,
onde pude observar alguns entraves que estimularam a reflexão proposta neste artigo sobre as
formas de proporcionar um ensino atrativo para o aluno nesta área do conhecimento.
Esta pesquisa é de cunho qualitativo, pois traz para discussão os saberes adquiridos
pelos cursistas do Grupo III do Proinfantil, assim como dos professores de Língua Inglesa do
Curso Normal de uma Escola Estadual do município de Arapiraca, Estado de Alagoas.
A metodologia aplicada foi baseada na pesquisa bibliográfica e no estudo in lócus,
envolvendo 33 cursistas do Proinfantil com a utilização de questionários e entrevista de 02
professores de Inglês do curso Normal.
A estrutura organizacional deste artigo contém três partes. Na primeira foi feita uma
pesquisa sobre os meios viáveis para a inserção das mídias no processo de ensino e
aprendizagem da Língua Inglesa. Na segunda, buscou-se identificar o impacto da globalização
na preferência pelo uso da Língua Inglesa presente na Língua Portuguesa. E por fim, na
terceira procurou-se fazer a relação da Língua Inglesa com o currículo da Educação Básica.
2. A inserção das mídias na educação
O século XXI é reconhecido por estudiosos e pesquisadores como o século do
conhecimento, devido ao avanço científico e tecnológico que tem dominado todos os
segmentos da sociedade. Essa constatação elevou o inglês ao status de língua dominante não
só no ambiente acadêmico, mas também onde predomina a ciência e a tecnologia.
Assim sendo, é visível a influência que as novas tecnologias exercem sobre a vida do
indivíduo, admitindo-se que seu “comportamento, sua concepção de mundo, seu estilo e ritmo
de vida, suas expressões e criações, enfim, todo o seu papel social e, inclusive sua linguagem”
(KURY, 2007, p. 191) se modificam a partir do contato com estes aparatos.
O mundo da Internet abre uma infinidade de possibilidades para quem deseja ampliar
seus conhecimentos, mas por outro lado, coloca o usuário diante de um emaranhado de
informações que precisam ser filtradas antes de serem absorvidas. Neste sentido, a escola tem
o papel fundamental de orientar os alunos a não se dispersarem ao utilizá-la e aproveitar ao
máximo o seu potencial. Entretanto, esta não é uma tarefa fácil, considerando o
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estranhamento que a maioria dos professores demonstra em relação ao manuseio do
computador e menos ainda da Internet.
Este alerta é pertinente porque inserir as TIC no processo educativo não é apenas
colocar a criança à frente de um computador ou de uma TV para assistir um filme, mas,
sobretudo, usar essas ferramentas com segurança para que por meio delas o educando possa
adquirir saberes que contribuam para o seu crescimento pessoal, intelectual e futuramente,
profissional. No entanto, há de se convir que os professores precisam trilhar um longo
caminho até chegar a uma inserção tecnológica significativa e um dos principais pontos é o
discernimento sobre qual conteúdo é relevante para a formação dos seus alunos.
Kury (2007) faz um alerta no que concerne aos hipertextos, considerando que eles
contêm uma grande quantidade de links, se o usuário não tiver bem definido o que quer
pesquisar corre o risco de se distanciar dos seus objetivos. Mais uma vez se faz evidente a
importância de um professor bem preparado para orientar o aluno a tirar o melhor proveito do
que eles (os hipertextos) podem oferecer em termos de conhecimento. Pensando nesta
preparação a autora sugere que “Seria ideal a existência de uma disciplina escolar dedicada ao
ensino de navegação na Internet, na qual se ensinaria gêneros e registros de linguagem para
facilitar o acesso do usuário à grande rede” (op. cit. p.194).
Na Internet as informações são processadas muito rapidamente por isso não há
possibilidade de o indivíduo assimilá-las com a mesma rapidez, em vista disso é pertinente
fazer uma reflexão sobre “como e por que ler”? (HARRY BLOOM apud KURY, 2007).
Este questionamento traz à tona uma questão que hoje está preocupando a maioria dos
educadores e estudiosos da área: a verdadeira concepção de leitura. No passado, ler era
sinônimo de decodificação, ou seja, não havia a parceria entre a leitura e a compreensão, no
momento atual, porém, essa visão está bastante ampliada. Além de decifrar o que está escrito
é necessário também interpretar, opinar, questionar, enfim, se posicionar frente à determinada
situação para que o ato de ler realmente se concretize.
Se o aluno não tem condições de ter essa postura diante de um texto convencional seu
desempenho no ciberespaço também estará comprometido, pois este oferece uma diversidade
de textos que o obriga a selecionar os conteúdos relevantes para o seu objetivo. Por isso,
convém lembrar que Perrenoud (2000, p. 125), afirma que o professor precisa “utilizar novas
tecnologias” com segurança, referindo-se às ferramentas de pesquisas do computador.
Entretanto, para isso acontecer é necessário que ele tenha o domínio de quatro
referenciais: utilizar editores de textos, possibilitando um ir e vir entre o texto em construção
e a elaboração de hipertextos; explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação
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aos objetivos de ensino, tanto de softwares aplicativos de uso geral quanto daqueles que são
exclusivamente educativos; comunicar-se a distância por meio da telemática, ampliando o
acesso de informações e o desenvolvimento de processos colaborativos e utilizar as
ferramentas multimídia no ensino, pelo amplo potencial que apresentam de auxiliar na
aquisição do conhecimento humano (PERRENOUD, 2000, p. 126).
Esses referenciais mostram que o educador hoje, não pode simplesmente ignorar o
óbvio, ou seja, a presença das mídias por toda parte e o domínio demonstrado pelo alunado no
que se refere ao uso das mesmas. Porém, o que se observa é uma resistência muito grande por
parte da maioria deles e mesmo os que têm certo domínio destes aparatos não sabem como
aproveitá-los na sala de aula. Essa relutância é compreensível, pois, as Tecnologias da
Informação e Comunicação (TIC) demandam e, ao mesmo tempo, oportunizam uma mudança
de paradigma que não concerne às tecnologias, mas às aprendizagens. Assim sendo, supõe-se
que o docente tenha
a competência de produzir situações-problema „sob medida‟, trabalhar com o
que está à mão, sem temer o desvio de ferramentas ou de objetos concebidos
para outros fins. Para trabalhar com situações-problema, utiliza-se, por
exemplo, de preferência softwares didáticos, aplicativos (editores de textos,
programas de desenho ou de gestão de arquivos, planilhas e calculadoras)
que são os auxiliares diários das mais diversas tarefas intelectuais
(PERRENOUD, 1999, p. 62).
A partir da citação acima se verifica que tão importante como usar as TIC em sala de
aula é utilizá-las em situações reais, que possibilite ao aluno não só fazer uso delas, mas
principalmente, ampliar os seus conhecimentos. Essa responsabilidade consiste em mais um
entrave para o professor considerando o seu domínio restrito, deixando-o ainda mais
apreensivo diante das cobranças que surgem ora por parte do aluno ora por parte da própria
escola.
Pensando em transpor estas barreiras há na Internet alguns mecanismos que auxiliam o
docente a vencer suas limitações e buscar formas de interagir com seus alunos no espaço
cibernético. Para isso, ele tem à sua disposição os ambientes virtuais de caráter educacional
que oferecem possibilidades de agregar diferentes mídias: textos em diversos formatos, sons
de tipos variados (músicas, falas e efeitos sonoros), imagens estáticas e animadas, gráficos,
símbolos, filmes, entre outros. Todos esses recursos podem ser adaptados para apresentar
informações de modo rico e diversificado, permitindo ao educador buscar e visualizar as
informações conforme seus interesses e necessidades. Justamente por esta diversidade de
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oportunidades é que o professor precisar estar atento e ter maturidade para sugerir aos seus
alunos aquelas que realmente sejam significativas, e não apenas para mostrar que está fazendo
uso da tecnologia, desperdiçando todo o potencial que elas têm de contribuir com o
crescimento intelectual dos educandos. Nessa perspectiva:
a característica interativa dos produtos multimídia possibilita que o manuseio
de informações se dê de forma natural e não forçada. Nossa atividade
cognitiva não funciona de forma linear, onde uma informação leva
necessariamente a outra. Nosso aparato cognitivo trabalha com associações
entre informações que nem sempre parecem lógicas. A multimídia permite
uma aproximação ao trabalho cognitivo natural. Como as informações em
um bom produto multimídia podem ser cruzadas, confrontadas e conjugadas
a qualquer momento, além de poderem ser avaliadas nas mais variadas
ordens e até desordenadamente, a multimídia torna-se uma fonte de
informações que oferece poucos limites à atividade cognitiva normal
(PRIMO, 1996, p. 83).
Assim se observa o arsenal riquíssimo que o professor tem diante de si, precisando
apenas admitir as possibilidades de uso dos ambientes virtuais e, é claro, se empenhar para
dominá-los. A partir desta conscientização certamente ele estará compartilhando com seu
aluno de igual para igual e, o que é melhor: aproveitando ao máximo todas as potencialidades
que a tecnologia oferece.
No entanto, ainda há outro empecilho que o profissional da educação precisa enfrentar
e vencer: o domínio do vocabulário em inglês que predomina em todos os aparatos
tecnológicos. Esta preocupação é real, uma vez que assim como uma infinidade de docentes
fogem da inovação tecnológica, pode-se afirmar que uma quantidade nas mesmas proporções
reluta em inserir a língua inglesa no seu cotidiano profissional.
Essa preponderância do inglês no mundo das máquinas é justificada por Kury (2007)
pela liderança do International Business Machines (IBM) no mercado da informática,
sobretudo pela produção de hardware e de software, o que explica a presença de vocábulos
como fax, modem, laptop, mouse, TrackBall, redial, CD-ROM, scanner, link, download, laser
entre outras.
Portanto, a Língua Inglesa cada vez mais ganha espaço no cenário tecnológico e,
consequentemente, na educação, tendo em vista que os novos tempos estão mostrando que
não pode haver distância entre ensino e tecnologia. Em virtude desta realidade, os professores
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precisam ter o mínimo de familiaridade com os termos mais comuns que povoam o mundo
virtual e garantir tanto o acesso a novos conhecimentos quanto a uma interação mais eficaz
com os alunos.
Essa forma de ver o trabalho com a Língua Inglesa no Proinfantil precisa ser trazida
para a realidade dos professores cursistas, embora durante os momentos presenciais tenha-se
mostrado essa importância, para eles a compreensão ainda é muito difícil. Um dos fatos que
interfere é que todos lecionam nas séries iniciais do ensino fundamental que não exige a
presença da Língua Inglesa. Esse é um ponto em desvantagem que ela tem em relação às
outras áreas temáticas, as quais têm possibilidade de serem aplicadas na sala de aula deles, no
caso desta disciplina além de não fazer parte do seu cotidiano os próprios cursistas não têm
uma base do seu domínio, pois há aqueles que terminaram os estudos há bastante tempo,
mesmo os que cursaram mais recentemente vêm de uma escola deficiente cujo
aproveitamento foi muito baixo.
Já quando se trata da Escola Normal a inserção das mídias parece ser mais simples,
considerando que a escola tem laboratório de informática, retro projetor, data show, entre
outros recursos que podem ser muito bem aproveitados, porém, esbarra na questão da falta de
conhecimento por parte do professor tanto em manusear esses equipamentos como em
discernir a melhor forma de utilizá-los em sala de aula.
3 Influência da globalização no ensino da Língua Inglesa
No século XIX, o processo de internacionalização tomou a forma de imperialismo,
caracterizado pela expansão do capital financeiro e pela divisão internacional do trabalho,
ganhando novos contornos no fim do século XX.
Bourdieu (1998) afirma que devido ao avanço tecnológico, sobretudo nas áreas de
informática e de comunicações, capitais e mercadorias passaram a circular de forma mais
intensa por todo o mundo, dando origem à globalização.
Esse processo conduz os povos do mundo a uma interdependência cada vez maior,
entretanto, a riqueza gerada pela globalização não beneficia de forma igualitária todas as
nações, o que amplia os contrastes entre países ricos e pobres, gerando conflitos ao redor do
mundo.
Atualmente, está em curso a terceira revolução industrial, iniciada na década de 1970,
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quando chegaram ao mercado importantes inovações tecnológicas, como os computadores, os
celulares, a videoconferência etc. É interessante frisar que “a introdução dos cabos telefônicos
de fibra óptica aumentou em milhares de vezes a capacidade das ligações telefônicas
simultâneas” (BOURDIEU, 1998, p. 140). Essas mudanças tiveram um efeito revolucionário
na expansão do comércio, nos fluxos de investimentos e na atuação das empresas
multinacionais, possibilitando a unificação do mercado mundial. O avanço tecnológico,
impulsionado principalmente pelo setor de informática, permitiu a automação da indústria e,
em conseqüência, o aumento e a diversificação da produção, além do barateamento de
numerosos produtos. Na década de 1980, por exemplo, um computador vendido no Brasil
custava tanto quanto um carro de porte médio. Hoje, milhares de computadores são vendidos
em todo o país a preços muito acessíveis.
O salto decisivo da globalização das comunicações ocorreu com a popularização da
Internet no início dos anos 1990. Essa rede computadorizada de informações surgiu no fim da
década de 1960, patrocinada pelos órgãos de defesa dos EUA, na época da guerra fria, sua
finalidade era interligar centros de comando e de pesquisa militar e pouco depois começou a
ser utilizada pelas universidades. À medida que os computadores pessoais se tornaram
acessíveis e se desenvolveram dispositivos especiais de localização, mais pessoas puderam
navegar na rede. A Internet constitui, hoje, o principal meio de transmissão de dados, de
pesquisa, de comunicação entre pessoas e empresas, causando também uma revolução na
telefonia mundial (BOURDIEU, 1998).
Além disso, as novas tecnologias digitalizadas de comunicação (satélites, fax, redes de
computadores) tiraram do Estado o controle exclusivo da informação em seu próprio
território. A mídia internacional ignora as distâncias tanto quanto as fronteiras e possibilita, de
forma crescente, que pessoas de países diferentes se interliguem. Como consequência, há hoje
forte tendência para a globalização dos padrões culturais e de consumo, enquanto a língua
inglesa se impõe como idioma universal.
Diante do exposto se reconhece que a língua inglesa tem se expandido ao longo das
décadas despertando debates acerca do seu papel na história do país. Na concepção de
Phillipson citado por Assis-Peterson (2008) ela foi um dos instrumentos utilizados pelo
império britânico para consolidação da conquista territorial durante a colonização. Para outros
estudiosos “a expansão do inglês ocorreu simultaneamente com a expansão da cultura do
comércio internacional e da estandardização tecnológica” (op. cit. p. 4). Entende-se então que
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o desenvolvimento desta língua está diretamente ligado ao crescimento econômico, político e
cultural dos países ricos onde predomina o mercado capitalista, aumentando cada vez mais a
distância entre esses e aqueles que estão em desenvolvimento.
Assis-Peterson (2008, p. 4) lembra que, no Brasil dos anos 50 até os 70, se presenciou
“um certo sentimento de rejeição à língua inglesa”, essa reação é explicada porque os
brasileiros se viram diante de inúmeros produtos de origem americana, que de certa forma
ameaçavam a existência daqueles genuinamente nacionais a exemplo de filmes, seriados de
televisão, música, coca-cola, calça Lee, hambúrgueres e brinquedos infantis. Pressentindo
esse perigo Aldo Rabelo e Jussara Cony (cf. ASSIS-PETERSON, 2008, p. 4) elaboraram
projetos que tinham como principal meta zelar pela integridade da língua portuguesa.
A partir dos anos 80 com a implantação do regime econômico neoliberal a Língua
Inglesa adquiriu dimensões ainda maiores. Elas são explicitadas por Paiva (cf. ASSISPETERSON, 2008) em sua tese de doutorado A língua inglesa enquanto signo na cultura
brasileira por meio de vários exemplos colhidos nos centros urbanos brasileiros que deixaram
muito claro a preferência dos brasileiros pelos termos ingleses a qual se deve “muito mais a
uma necessidade simbólica de identificação com uma sociedade de grande poder político e
econômico do que a necessidade de nomear conceitos e objetos” (PAIVA, apud ASSISPETERSON, 2008, p. 4). Esta fala da autora mostra que a utilização dos anglicismos no
Brasil é uma forma que as pessoas encontraram de também parecerem “poderosos” (grifo
meu), escondendo a sua fragilidade política, cultural, mas, principalmente, econômica quando
milhares de indivíduos vivem abaixo da linha de pobreza. Por outro lado, também é possível
observar que não é apenas essa sensação de poder que a língua inglesa desperta nos
brasileiros, tendo em vista que:
falantes de português brasileiro, tendo em mente representações que fazem
de falantes de inglês, especialmente de norte-americanos, associam a eles
sentimentos conflituosos de aproximação e afastamento, de atração e repulsa
em função dos efeitos de sentido que envolvem essa língua. Ora tais
discursos desejam desenvolvimento, progresso, conhecimento, bens culturais
e econômicos, ora desejam combater a submissão/subserviência à cultura e à
economia norte-americana ou a aceitação a governos imperialistas que
alimentam desigualdades sociais (ASSIS-PETERSON, 2008, p. 4).
O depoimento da autora mostra as reações provocadas nos brasileiros em relação à
língua inglesa diante da sua presença imponente em todos os setores da sociedade,
evidenciando a posição sócio-econômico-político e cultural de seus usuários. Certa vez, um
dono de bar ao ser questionado a respeito da denominação do seu estabelecimento (Luca‟s
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Bar) respondeu simplesmente que era chic como se as coisas brasileiras também não
pudessem ser chiques.
Partindo dos estudos de Pennycook (1994), Cox e Assis-Peterson (1999, 2001) alertam
que pelo fato da Língua Inglesa representar uma potência mundial, os professores desta
disciplina não devem dar ênfase a esse aspecto, mas à sua função comunicativa, do contrário
eles estarão reforçando as desigualdades sociais.
Com base numa pesquisa realizada as autoras fazem importantes considerações a
respeito da postura de professores diante do ensino da Língua Inglesa, definindo duas linhas
de trabalho: uma seguindo o discurso integrativo, o qual coloca este idioma como meio de
“acesso às relações globais, comércio internacional, turismo, tecnologia e ciência” (COX,
1999; ASSIS-PETERSON, 2001) e outra que segue o discurso emancipador, destacando-se o
poder econômico e político. As duas formas de ver inibem significativamente a posição dos
brasileiros diante dela (da língua inglesa), uma vez que ambas estão bem distantes da
realidade do Brasil.
Outra pesquisa realizada por Zacchi (2006 apud ASSIS-PERTERSON, 2008, p. 4)
mostra alguns indicadores da ligação entre a globalização e o inglês: “língua de estrutura
simples e de fácil aprendizado; língua facilitadora da comunicação nas relações pessoais e
internacionais; língua do acesso aos bens da modernidade; língua promotora da tolerância e
negociação entre povos e países”. Esse discurso está cada vez mais incutido na percepção dos
brasileiros de modo que a língua inglesa está acima de qualquer outro idioma, influenciando o
vocabulário, a música, a moda, os alimentos.
4. A Língua inglesa no currículo da educação básica
A posição que o ensino de Língua Inglesa ocupa hoje no currículo é resultado de um
processo que vem evoluindo ao longo do tempo, desde as primeiras escolas criadas no Brasil
na época do seu descobrimento. Entretanto, o foco de discussão deste item começa com a
promulgação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 4.024 de 1961 quando esta língua começou
a perder o seu brilho. Antes, porém, é interessante lembrar que ela já teve seus momentos de
glória, considerando que,
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na época da reforma Capanema os alunos estudavam quatro línguas: latim,
francês, inglês e espanhol e quando terminavam o ensino médio estavam
lendo textos no original além de apreciarem o que liam. O inglês era
distribuído assim: no curso ginasial, que era de 4 anos, o aluno estudava
inglês durante 3 anos e no curso colegial, que era de 3 anos, o aluno
estudava inglês durante 2 anos (LEFFA, 1999, p. 13).
Com a vigência da LDB de 1961 o inglês no ensino médio deixou de ser obrigatório,
ficando a critério do estabelecimento a presença deste em seu currículo. Em 1971 com a Lei
5.692 esse quadro se agravou, pois ela apenas o recomenda condicionando-o à realidade da
escola, conforme se observa no próprio texto “Recomenda-se que em Comunicação e
Expressão, a título de acréscimo, se inclua uma Língua Estrangeira Moderna, quando tenha o
estabelecimento condições para ministrá-la com eficiência”. Nicholls (2001) acrescenta que
mesmo quando a instituição resolvesse adotar a língua inglesa, deveria ter uma série de
precauções para não ferir o senso patriótico, ou seja, não permitir que ideologias estranhas
penetrassem na sociedade brasileira. Este foi o primeiro passo para a sua desvalorização em
relação às outras disciplinas do currículo, chegando a um nível tão elevado, a ponto de em
alguns Estados, de não poder reprovar, como é o caso de Alagoas.
Nos dias atuais, devido à globalização, o ensino da língua inglesa passou a ser
revigorado, entendo-se que quanto mais circulação do conhecimento mais o país se
desenvolve e, para que esse conhecimento se efetive as línguas estrangeiras são
imprescindíveis. Os PCNs do Ensino Médio reconhecem essa importância e incentivam as
escolas a incluí-las em seus currículos, segundo fragmento abaixo:
No âmbito da LDB, as Línguas Estrangeiras Modernas recuperam, de
alguma forma, a importância que durante muito tempo lhes foi negada.
Consideradas, muitas vezes, de maneira injustificada, como disciplina pouco
relevante, elas adquirem, agora, a configuração de disciplina tão importante
como qualquer outra do currículo, do ponto de vista da formação do
indivíduo. Assim, integradas à área de Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias, as Línguas Estrangeiras assumem a condição de serem parte
indissolúvel do conjunto de conhecimentos essenciais que permitem ao
estudante aproximar-se de várias culturas e, conseqüentemente, propiciam
sua integração num mundo globalizado (p.25).
As tecnologias, em especial a Internet, estão mostrando de modo muito patente a
necessidade de se conhecer outra língua, em particular o inglês, em virtude do vocabulário
utilizado por ela (pela Internet) ser predominantemente neste idioma. O descaso vivenciado
pela Língua Inglesa foi pesquisado por Celani (1996, p.25) quando afirma: “enquanto
perdurar essa situação, estaremos sempre competindo em situação de inferioridade no colégio
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internacional, no qual, certamente, a língua de comunicação não é o português.” A LDB
9.394/96 trouxe transformações significativas para a educação, inclusive para o ensino de
línguas, mas não o suficiente para que ela seja vista pelas autoridades da educação como uma
disciplina que merece ser oferecida com empenho e eficiência, como se constata nos
questionamentos de Nicholls (2001, p. 17):
[...] o fato de se distribuir gratuitamente entre os alunos o livro didático de
todas as disciplinas, exceto o de língua estrangeira. Descaso? Desprezo? Ou
desinformação?(..), o professor se vê obrigado a verdadeiros malabarismos
financeiros e estratégicos para proporcionar aos alunos o material,
geralmente fotocopiado, necessário ao estudo da disciplina. Que destino
essas folhas avulsas tomam após a aula? Quem sabe?
Essas inquietações vêm confirmar que, para os objetivos propostos por esta lei venham
a ser alcançados, é necessário que haja uma revisão da concepção que se tem sobre o ensino
da língua inglesa no ensino médio, de forma que possibilite que o aluno realmente desenvolva
a sua comunicação, e que tenha a seu dispor as condições favoráveis para que ela aconteça, o
uso de tecnologias avançadas.
Diante da fundamentação teórica levantada constata-se o descaso ao qual o ensino da
língua inglesa está entregue e a posição que ela ocupa nos currículos das escolas públicas. É
evidente que já se tornou normal tratá-la de qualquer jeito. Não há uma cobrança mais efetiva
por parte da Secretaria de Educação ou dos gestores das escolas, para que o ensino de inglês
seja mais produtivo, e consequentemente mais atrativo para os estudantes. Esse
posicionamento foi mostrado por uma pesquisa realizada com 33 alunos do Proinfantil
quando se observou a predominância do sexo feminino como é comum num curso em nível
médio, que habilita professores para as séries iniciais do ensino fundamental, onde a figura
masculina ainda ocupa um espaço muito pequeno.
5. Perspectivas de utilização das TIC no ensino de Língua Inglesa
Com a proposta de investigar a importância da integração das TIC no ensino de
Língua Inglesa foram aplicados questionários com alunos e os professores cursistas do
Proinfantil e do curso normal. Os dados coletados referentes às pesquisas aplicadas com os
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alunos mostraram que a turma é composta por pessoas jovens, visto que a maioria está entre
os 18 e 25 anos (20) e que mesmo assim o domínio da língua inglesa é apenas o elementar,
isso é justificado por eles como falta de oferta desta disciplina no ensino fundamental pelo
fato de residirem na zona rural.
É interessante observar que dos 33 entrevistados apenas 01 admitiu não ter dificuldade
com a língua, 16 demonstraram um grau muito baixo de assimilação e 16 mesmo admitindo
ter certa facilidade, não apresentaram um desenvolvimento considerado satisfatório,
principalmente no que se refere à pronúncia.
Estes dados confirmam a reclamação da maioria dos alunos do ensino médio: a falta
de recursos didáticos (22) e, consequentemente, aulas monótonas e desinteressantes. A
ausência de recursos tecnológicos (10) de certa forma está inclusa no primeiro item, pois
ambos proporcionariam a melhoria do ensino da língua inglesa, resultando em aulas mais
dinâmicas, criativas e sem dúvida, mais produtivas. Uma quantidade considerável (10) alunos
enfatizou a baixa quantidade de aulas semanais, o que realmente se constitui em um
agravante. Há de se convir de que uma aula por semana não é o bastante para que haja a
assimilação do conteúdo, principalmente quando o nível de dificuldade dos alunos é grande.
A forma como o livro didático apresenta os conteúdos a serem estudados (06) também
apareceu como bloqueio da aprendizagem, considerando os contextos fora de situações reais.
O Proinfantil trabalha essa necessidade trazendo para os seus cursistas várias opções
tecnológicas, que os estimulam a ultrapassar suas dificuldades. Tanto é verdade que 25 dos 33
questionados admitiram que o uso de mídias facilitasse a compreensão dos conteúdos e ajuda
no desenvolvimento das habilidades orais e escritas.
É possível perceber que entre os recursos apresentados, as opiniões mais significativas
se dividiram entre a TV e o DVD (14) que são os recursos mais comuns e o computador e a
Internet. Embora estes últimos tenham predominado na maioria (18) ficou claro também na
fala dos cursistas que são os menos acessíveis, em virtude dos mesmos morarem na zona
rural. O rádio e o CD foram citados por 09 alunos, a mídia impressa por 04 e o cordel por
apenas 02 professores.
A pesquisa de campo também foi estendida ao professor, tendo como sujeitos
investigados os docentes de língua inglesa que lecionam numa tradicional escola estadual de
Arapiraca.
Em primeira instância buscou-se saber se o uso das mídias na sala de aula facilitava o
ensino de língua inglesa. Os dois professores responderam positivamente, porém confessaram
não ter segurança para manuseá-los, nem do ponto de vista operacional nem de como
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aproveitar as opções que eles oferecem em termos de conteúdos ou de sugestões de
atividades.
A segunda questão solicitava que os docentes relatassem de forma resumida como eles
dariam uma aula de língua inglesa usando as mídias. As respostas foram idênticas, ambos
disseram que o mais utilizado era o material impresso, o qual já fazia parte da rotina das aulas
e uma vez ou outra usavam a TV e o DVD para explorar filmes ou músicas.
E, por fim, foram relacionados vários recursos tecnológicos (TV/DVD, rádio/CD,
mídia impressa, revista em quadrinhos/charges, cordel e computador/Internet), para que eles
assinalassem aqueles que tornariam as aulas de língua inglesa mais atrativas. Um destacou
revista em quadrinhos/charges e cordel, mas explicou a dificuldade de conseguir esses
materiais em inglês, deixando o universo do professor muito limitado. O outro escolheu
computador e Internet, fazendo a ressalva de que mesmo reconhecendo o seu grande
potencial, não se sente apto a usá-los juntamente com os alunos, pois tem apenas
conhecimentos básicos e por isso teme passar por situações constrangedoras diante deles.
O que se observa com relação aos sujeitos investigados (professores e cursistas) é a
falta de preparação destes para o uso eficiente da mídia em situação de ensino. Entretanto, é
consenso que ela não pode ficar à margem da educação e muito menos do ensino de língua
inglesa que já é tão desprestigiado.
6. Considerações finais
A tecnologia está presente em praticamente todas as situações que envolvem o
indivíduo, seja nas tarefas domésticas, no trabalho ou na educação. Neste âmbito, porém, a
inserção do aparato tecnológico requer certo preparo dos sujeitos, para que seu uso seja
realmente proveitoso. Isto significa dizer que a escola tem o dever de instruir seus professores
no que concerne ao planejamento de aulas que tenham, por exemplo, a Internet como meio de
veicular o conhecimento. Contudo, é necessário destacar que os docentes não devem esperar
apenas pela orientação do coordenador pedagógico ou do responsável pelo laboratório de
informática, ele precisa buscar por conta própria outras formas para se interar dos
mecanismos que podem auxiliá-lo em suas aulas, principalmente quando se trata da língua
inglesa, que é rotulada como monótona e desinteressante.
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Reconhecemos que a globalização impulsionou a expansão do inglês, sobretudo, pelo
avanço tecnológico destacando-se a informática e a comunicação. Assim sendo, a Internet é a
grande vedete do mundo digital, contribuindo para o desenvolvimento de vários setores da
sociedade, inclusive para a supremacia da língua inglesa no Brasil.
Na análise realizada a respeito deste idioma no currículo escolar do ensino médio foi
possível compreender a razão da sua desvalorização, tendo em vista que os próprios
dispositivos legais não deixam espaço para que ela possa ser vista de modo diferente. Esse
descaso ficou muito claro a partir da quantidade de aulas oferecidas (01 semanal) em
detrimento das outras disciplinas que têm uma carga horária bem mais elevada.
A pesquisa de campo mostrou o nível de dificuldade que domina os cursistas do
Proinfantil, justificada pelo uso restrito de recursos didáticos ocasionando em aulas pouco
criativas e, consequentemente, levando o aluno ao desestímulo. Observamos que quase todos
reconheceram a importância do uso das mídias como facilitadoras da aprendizagem, porém,
sinalizaram para a falta de acessibilidade a estes bens culturais. Constatamos também que
embora a maioria tenha apontado o uso do computador e da Internet como meio de tornar as
aulas de língua inglesa mais atraentes, prevaleceu a utilização da TV/DVD, uma vez que estes
aparelhos são mais condizentes com a realidade que eles vivenciam.
No que concerne aos professores investigados ficou evidente que eles também estão
conscientes que o ensino de língua inglesa e as tecnologias devem andar lado a lado, mas,
verificamos que as suas aulas se limitam à TV/DVD e ao material impresso, mesmo com o
laboratório de informática pronto para ser usado. Esta postura se deve à falta de formação
destes docentes no sentido de mostrar-lhes como usufruir das possibilidades de aprendizagem
oferecidas pelo computador e pela Internet.
Diante dos argumentos apresentados podemos dizer que nosso objetivo foi alcançado,
pois, mostramos que o uso das mídias é viável para despertar o interesse do aluno em relação
ao ensino de língua inglesa, assim, é certo que apenas o material impresso e a explanação oral
do professor não são suficientes para promover uma aprendizagem que leve o educando a
utilizar os conhecimentos adquiridos em situações reais.
Esta constatação nos leva a confirmar a hipótese formulada no início deste texto, uma
vez que tanto a pesquisa bibliográfica quanto a de campo demonstrou a eficiência das mídias
para aprimorar as habilidades dos alunos com a língua inglesa de forma prazerosa, e também,
como veiculadoras de uma prática pedagógica interessante por parte dos professores.
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Referências
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transglóssicos e transculturais. Trabalhos em Linguística Aplicada. Campinas: vol. 47, n. 2,
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KURY, Maria Inês R. Albernaz. A língua inglesa e o acesso às novas tecnologias da
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PRIMO, Alex F. Um novo meio chamado Multimídia. Multimídia e educação. Revista de
Divulgação Cultural. Blumenau: ano 18, n. 60, 1996.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
Os dados coletados a partir das questões abaixo relacionadas serão utilizados como fonte de
embasamento para o artigo intitulado “Mídias na Educação: Como tornar o ensino e a aprendizagem
da língua estrangeira mais atrativos para os alunos do ensino médio”.
Unidade de Ensino:_____________________________________________________
Série Cursada: __________________ Turno: _________ Disciplina:_______________
Sexo: ( ) Masc
( ) Fem
Faixa Etária: ( ) < 18
( ) 18-25
( ) 25-30
( ) >30
1- Você tem alguma dificuldade no aprendizado da Língua Inglesa?
( ) SIM
( ) NÃO
( ) UM POUCO
2- Se você marcou SIM ou UM POUCO na questão anterior, marque, em sua opinião, quais dos
itens abaixo elencados mais dificultam o aprendizado da Língua Inglesa:
( ) Poucos recursos didáticos
( ) A forma como o livro didático apresenta os conteúdos a serem estudados
( ) Baixa quantidade de horas/aulas por semana
( ) Falta de emprego de recursos tecnológicos
3- Você acha que o emprego das mídias e tecnologias facilita o aprendizado da Língua Inglesa na
sala de aula?
( ) SIM
( ) NÃO
( ) UM POUCO
4- Se você respondeu SIM ou UM POUCO à questão anterior, assinale quais dos recursos abaixo
relacionados, em sua opinião, ao serem empregados nas aulas de Língua Inglesa veem a facilitar
o aprendizado dessa disciplina, assim como torná-la mais atrativa e interessante:
( ) TV/VÍDEO
( ) RÁDIO/CD
( ) MÍDIA MPRESSA
( ) REVISTA EM QUADRINHOS/CHARGES
( ) CORDEL
( ) COMPUTADOR/INTERNET
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
Os dados coletados a partir das questões abaixo relacionadas serão utilizados como fonte de
embasamento para o artigo intitulado “Mídias na Educação: Como tornar o ensino e a aprendizagem
da língua estrangeira mais atrativos para os alunos do ensino médio”.
Unidade de Ensino: __________________________________________________________
Área de Formação: ________________________ Disciplina em que atua________________
1)
Em sua opinião o uso de mídias e tecnologias na sala de aula facilita o ensino da Língua
Inglesa?
( ) SIM
2)
( ) NÃO
( ) UM POUCO
Descreva de forma resumida como é uma aula de Língua Inglesa fazendo uso de mídias e
tecnologias. Há maior ou menor índice de participação e interesse dos alunos?
3) Dos itens abaixo elencados quais você indicaria como ferramentas para facilitar e tornar o ensino
e a aprendizagem da Língua Estrangeira mais atrativa e interessante?
( ) TV/DVD
( ) RÁDIO/CD
( ) MÍDIA IMPRESSA
( ) REVISTA EM QUADRINHOS/CHARGES
( ) CORDEL
( ) COMPUTADOR/INTERNET
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