Com a devida vénia republicamos artigo que nesta data saiu à estampa no Diário Económico.
Como defender as suas poupanças
Saiba tudo o que deve fazer para proteger o seu dinheiro contra a tormenta financeira. Os
investimentos a fazer e os que deve evitar.
Bárbara Barroso e Sandra Almeida Simões
A sequência de falências de bancos norte-americanos gerou algum pânico. Com os mercados
financeiros em queda e algumas das maiores instituições dos EUA na bancarrota surgem as
dúvidas sobre como proteger o seu capital. O Diário Económico deixa-lhe algumas regras de
ouro, para que o seu dinheiro consiga sobreviver à crise.
1. Reduza as despesas e não aumente a dívida
Com a subida dos juros, pedir um empréstimo está mais caro. Sabendo que a melhor
maneira de proteger o seu dinheiro é ter as suas finanças equilibradas, não continue a
aumentar a sua divida. Deverá antes reduzir as suas despesas. Identifique os encargos
desnecessários e elimine-os.
2. Aproveite para amortizar os créditos
Se tiver algum dinheiro de parte aproveite para amortizar os créditos, começando pelos que
têm o juro mais elevado. Isto porque, mesmo que esteja a ganhar 4% ao ano num depósito,
se tiver uma dívida com juros de 20%, está a perder dinheiro, uma vez que está a pagar um
juro mais elevado do que o banco o remunera a si.
3. Crie um fundo de emergência
Deverá estar prevenido para situações imprevistas. O ideal é que consiga obter “uma
margem entre três a seis salários brutos. Este dinheiro não deverá estar investido num
produto com risco e, além disso, deve estar sempre disponível, ou seja, ter liquidez”,
explicou João Sousa, economista da Deco.
4. Diversifique os seus investimentos
Diversificar a carteira de investimento é uma forma de reduzir o risco. O mesmo é dizer “não
colocar os ovos todos no mesmo cesto”. Deve aplicar o seu dinheiro em vários activos, de
diferentes sectores e regiões.
5. Invista a pensar no longo prazo
“Esta não é uma boa altura para investir no mercado accionista, a não ser que o faça num
óptica de longo prazo. Ou seja, no mínimo cinco anos”, adiantou João Sousa. Isto porque, o
tempo tende a diluir o risco. O responsável da Deco explicou ainda que, “historicamente as
acções dão mais no longo prazo do que o rendimento fixo”.
6. Não entre em pânico
Numa altura em que reina um clima de desconfiança e de incerteza nos mercados, o receio
de um efeito ‘tsunami’ amedronta os investidores. Daí que os especialistas recomendem
“calma”. E foi essa a mensagem transmitida pelo presidente da Euronext Lisboa, Miguel
Athayde Marques esta semana: “Temos de evitar momentos de pânico”.
7. Compare e não invista sem conhecer
Uma pesquisa cuidada é um dos truques. Comparar cartões, créditos ou instrumentos de
poupança, e só depois optar pelos que oferecem as condições mais atractivas é o primeiro
passo para ser bem sucedido.
8. Não corra atrás do mercado
Se entrar em pânico, o mais natural é que corra a vender acções, mesmo quando o mercado
está a cair. Não se precipite. Nesta altura, vender não diminui os prejuízos.
9. Conheça o seu perfil de risco
Conhecer o seu perfil de risco significa saber qual a sua disponibilidade para assumir perdas.
“O investidor deve ter a noção que para ter mais rendimentos tem de assumir mais risco”,
disse João Sousa. Normalmente, o ADN do investidor classifica-se como: conservador,
moderado ou arriscado.
10. Planifique antes de agir
Quer se trate de um investimento ou da gestão do orçamento, a planificação é essencial.
Nos investimentos, poderá começar por definir o horizonte, montantes e a liquidez do
produto. No orçamento mensal, há que estipular quais os objectivos, seja para a reforma ou
para a entrada de uma casa. É importante que anote diariamente as suas receitas e
despesas.
2008-09-19
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Sindicato Bancários Centro