José Branco Contactos Úteis >Presidência Paços do Concelho Praça da Liberdade – Loures Telefone: 21 982 98 00 >Acção Social Rua Manuel Augusto Pacheco, 5 – 2.º – Loures Telefone: 21 984 91 60 >Actividades Económicas Rua Dr. Manuel de Arriaga, 4 – 2.º – Loures Telefone: 21 982 69 60 – 21 982 30 95/6 Editorial >Ambiente Rua do Funchal, 49 – Loures Telefone: 21 984 82 00 >Áreas Urbanas de Génese Ilegal Rua Ilha da Madeira, 4 – 2.º – Loures Telefone: 21 982 99 00 >Biblioteca Municipal José Saramago Rua 4 de Outubro, 19 – Loures Telefone: 21 982 62 00 >CIPI – Centro de Informação à População Idosa Rua da República, 70 – Loures Telefone: 21 983 68 03 >Educação/Desporto/Juventude Rua Fria (Casa do Adro) – Loures Telefone: 21 984 87 00 FICHA TÉCNICA Director Carlos Teixeira Director adjunto Jorge Andrew Coordenação Divisão de Informação e Relações Públicas Redacção Sónia Figueiredo Carlos Gomes Miguel Sancho Revisão Jorge Reis Amado Fotografia Fernando Zarcos José Branco Arquivo fotográfico Paula Santos Isabel Martins Edite Frazão Grafismo e paginação António Baldeiras Montagem e Impressão Sogapal Propriedade Câmara Municipal de Loures Praça da Liberdade 2674-501 LOURES Telefone 21 983 80 35 Telefax 21 982 02 71 www.cm-loures.pt [email protected] Distribuição gratuita Periodicidade: bimestral Tiragem: 75 000 exemplares Depósito legal n.º 183565/02 ISSN 1645-5088 >Gabinete de Apoio ao Consumidor – GAC/CIAC Rua Dr. Manuel de Arriaga, 10 r/c – Loures Telefone: 21 982 30 62/28 54 >Gabinetes de Atendimento à Juventude Loures Rua da República, 17 – Loures Telefone: 21 982 07 17 Sacavém Quinta do Património Rua S. 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Bernardo (Piscina Municipal de Loures) – Loures Telefone: 21 982 67 00 >Gestão Urbanística Rua Ilha da Madeira, 4 – Loures Telefone: 21 982 99 00 >Habitação Rua Frederico Tarré,Imagem 3 – Loures simulada Telefone: 21 984 88 00 >LouresParque Rua dos Combatentes da Grande Guerra, 4 – 1.º – Loures Telefone: 21 982 17 81 >Museu da Cerâmica de Sacavém Urbanização do Real Forte – Sacavém Telefone: 21 940 98 00/9 >Museu Municipal da Quinta do Conventinho Quinta do Conventinho – Santo António dos Cavaleiros Telefone: 21 983 96 00 >Obras Municipais Rua da República, 106 – Loures Telefone: 21 982 78 00 >Parque Municipal do Cabeço de Montachique Cabeço de Montachique – Fanhões Telefone: 21 985 61 52 >Parque Urbano de Santa Iria de Azóia Santa Iria de Azóia Telefone: 21 955 25 21 >Posto de Atendimento ao Cidadão (PAC) Centro Comercial Carrefour – Espaço de Atendimento Municipal Telefone: 21 982 62 60/1 >Protecção Civil Rua de Goa, 16 (Alvogas) – Loures Telefone: 21 984 96 00 (24 horas por dia) >Recursos Humanos Rua Dr. Manuel de Arriaga, 7 – Loures Telefone: 21 984 84 00 O Executivo Municipal aprovou, recentemente, o Acordo Estratégico de Colaboração com o Ministério da Saúde para o lançamento do novo hospital a localizar em Loures, concluindo assim uma fase decisiva do arranque de um projecto de interesse supramunicipal O Executivo Municipal aprovou, recentemente, o Acordo Estratégico de Colaboração com o Ministério da Saúde para o lançamento do novo hospital a localizar em Loures, concluindo assim uma fase decisiva do arranque de um projecto de interesse supramunicipal, que vem premiar o esforço e a dedicação de todos aqueles que sempre lutaram por uma causa tão decisiva para a qualidade de vida dos munícipes do concelho. É o início de um longo processo, que compromete institucionalmente as partes envolvidas na sua preparação, particularmente o Governo, que passa a dispor dos instrumentos básicos necessários à construção da unidade hospitalar. Um dos temas tratados, com destaque, nesta edição, remete-nos para a actividade do sector audiovisual sedeado em Loures. É uma agradável surpresa, dar conta da dinâmica desenvolvida pela iniciativa privada numa área com potencialidades de crescimento e de grande impacte mediático, que iremos acompanhar com a devida atenção, no quadro de reflexão estratégica que estamos a desenvolver. Na abordagem do tema, houve lugar ainda para uma visita ao Arquivo Nacional das Imagens em Movimento que, com a sua presença, reforça a apetência para acolher no território concelhio instituições nacionais de referência, polarizando interesses e aumentando a visibilidade pública da Autarquia. Noutro registo, a inauguração da Rota dos Vinhos de Bucelas, Carcavelos e Colares constituiu mais um pretexto para acentuar a relevância cultural e turística da bela região de Bucelas, em torno da sua mais-valia patrimonial: o cultivo da vinha. O prestígio e a qualidade dos seus vinhos, reconhecidos internacionalmente, carecem agora da dinamização de vontades e saberes para a sua promoção organizada, aproveitando as vantagens comparativas de um sector tradicional que comporta um conjunto de activos de inegável importância económica. Numa sociedade cada vez mais competitiva, são as actividades diferenciadoras que dão notoriedade aos concelhos e potenciam a massa crítica necessária ao investimento reprodutivo e à criação de riqueza associada. Por último, não quero deixar de referir uma louvável iniciativa contra a violência, que se prende com a entrada em funções da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens do concelho de Loures. Um contributo generoso, à nossa dimensão, para enfrentar um tipo de crime que resulta da crise de afectos e da ausência de sentimentos que percorre o nosso quotidiano. >Serviços Municipalizados de Água e Saneamento Rua Ilha da Madeira, 2 – Loures Telefone: 21 984 85 00 Piquete – Telefone: 21 983 95 00 >Turismo Rua da República, 70 – Loures Telefone: 21 983 93 00 2 Carlos Teixeira 3 Saúde Saúde Hospital A Loures Municipal foi conhecer as sensibilidades de alguns dos utentes do Centro de Saúde de Santo António dos Cavaleiros. Executivo aprova acordo estratégico de colaboração Em sede de Reunião de Câmara, realizada a 25 de Março, foi aprovada a transferência do direito de superfície sobre os terrenos municipais para o Estado – por um período de setenta anos prorrogáveis –, e o protocolo, a assinar pelo Município e o Ministério da Saúde, que visa estabelecer as responsabilidades das duas entidades no desenvolvimento do processo que levará à construção. Tulcidas Narcidas 69 anos Santo António dos Cavaleiros Após a assinatura do acordo estratégico de colaboração para o lançamento do novo hospital a localizar em Loures sob a forma de parceria público-privada, o Ministério da Saúde ficará na posse dos instrumentos necessários ao início dos procedimentos que conduzirão à sua construção. Todo processo será acompanhado A construção do Hospital de Loures é uma reivindicação antiga dos munícipes do concelho. A distância, o trânsito e as dificuldades em aceder aos equipamentos de saúde localizados na capital são algumas das lacunas apontadas. A Loures Municipal auscultou a opinião de três habitantes de diferentes zonas do Município. 4 por uma comissão municipal, a criar para este efeito, que funcionará como interlocutora com o Ministério da Saúde, reflectindo as atribuições e competências municipais envolvidas nas diversas fases de autorização e execução deste empreendimento, que será integrado no Serviço Nacional de Saúde. Para além da cedência do direito de superfície dos mais de 166 mil metros quadrados de terreno, este acordo contempla, também, a instalação dos centros de saúde de Santo António dos Cavaleiros e de Sacavém, na Quinta do Mocho, em terrenos igualmente cedidos pelo Município. Este é o início do fim de uma antiga reivindicação dos munícipes do concelho de Loures. Loures Natália Carmona, 68 anos Bucelas Francisco Guerra, 56 anos Sacavém Acúrcio Marques, 56 anos “O Hospital faz muita falta e é muito importante porque estamos distantes dos hospitais de Lisboa e apanhamos grandes filas de trânsito para lá chegar. Era um investimento muito bom, pois com um hospital aqui perto, seria mais rápido para as pessoas do concelho lá chegarem. Nós chamamos-lhe o hospital virtual, porque muito se tem falado, mas ainda não se vê nada de concreto.” “Fui motorista dos Bombeiros Voluntários de Bucelas durante vários anos e sempre houve grandes dificuldades para chegar aos hospitais de Lisboa. Agora ainda é pior devido ao aumento do trânsito automóvel, pelo que um hospital em Loures era uma coisa bem feita. Acho que a localização proposta, junto ao Carrefour, é boa. Com a CREL pomo-nos lá em dez minutos.” “Só quando vir o hospital a ser construído é que acredito. É um equipamento que faz muita falta ao concelho de Loures, mas não sei se será muito útil para a zona de Sacavém. Como vai ficar localizado na zona norte, fica desenquadrado da zona oriental. As freguesias de Moscavide, Sacavém e Santa Iria de Azóia continuarão a recorrer aos hospitais de Lisboa, por ficarem mais perto.” Hospital virtual Boa localização Longe da zona oriental Novo Centro de Saúde com solução à vista Depois de longo e moroso processo, surge finalmente a “luz ao fundo do túnel” para o novo Centro de Saúde de Santo António dos Cavaleiros. Câmara e Ministério da Saúde ultimam os pormenores de uma obra vital para a qualidade de vida dos munícipes dafreguesia. Quatro anos depois de o Município ter cedido os terrenos para o futuro Centro de Saúde de Santo António dos Cavaleiros, o processo que visa a edificação do novo complexo vai finalmente chegar ao fim. Para tal, estão em apreciação técnica com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) as últimas peças das especialidades do projecto. O contrato-programa assinado em 2001, que apontava o início da construção desta unidade de saúde para o ano de 2002, previa que a Câmara avançasse com a obra logo que tivesse na sua posse todos os dados do projecto. Tal facto, “O principal problema deste Centro de Saúde é a falta de médicos e de enfermeiras. É difícil marcar consultas e para tal é necessário vir muito cedo. Como fui operado recentemente, e agora ando de muletas, tenho dificuldade em aceder ao Centro. Penso que é muito importante o novo Centro de Saúde porque somos muitos utentes para um espaço tão reduzido.” Fátima Mesquita 62 anos “O problema deste Centro de Saúde, para além das instalações, é a falta de pessoal. É incrível que qualquer pessoa em cadeira de rodas não tenha acesso às instalações.” que só agora está em vias de acontecer advém da vontade ine-quívoca do Executivo Camarário, que inscreveu em orçamento as verbas necessárias para o efeito, e de nas negociações com o Governo sobre o Futuro Hospital de Loures ter incluído como uma das prioridades a construção da Extensão de Saúde de Santo António dos Cavaleiros. A funcionar há 28 anos na cave de um prédio de habitação na Flamenga, a nova unidade de Saúde irá proporcionar condições de elevada qualidade para o trabalho dos médicos e profissionais de saúde, beneficiando os mais de 28 mil utentes dos serviços. Maria Odete 30 anos “Como mãe de duas crianças penso que o Centro de Saúde não tem condições para uma freguesia do tamanho desta. Era muito importante que houvesse pediatras numa freguesia com tantos jovens casais. Vivo há pouco tempo em Santo António dos Cavaleiros e já estou a pensar mudar de residência por todos estes factores.” 5 Educação Educação Santa Iria de Azóia Rostos felizes em dia de festa Mais um jardim-de-infância inaugurado e mais uma escola remodelada. A modernização do parque escolar do concelho continua a bom ritmo e agora foram as crianças de Santa Iria de Azóia que estiveram em festa. Novas valências Quatro salas de actividade Cozinha Refeitório Biblioteca Sala de repouso Sala polivalente Espaço lúdico no logradouro 6 Depois de Loures, também Santa Iria de Azóia entrou no mapa das freguesias com novos equipamentos na área da Educação. O novo jardim-de-infância, inaugurado no dia 29 de Janeiro, representou um investimento municipal de cerca de 872 mil euros, materializado na evidente melhoria das condições para que alunos e professores desenvolvam o seu trabalho numa área em que a Câmara aposta fortemente: a Educação. A cerimónia de inauguração, que contou com a presença de Carlos Teixeira, António Pereira, João Pedro Domingues, respectivamente presidente e vereadores da Câmara de Loures, Ernesto Costa, presidente da da Junta de Freguesia de Santa Iria de Azóia bem como de outros membros do executivo municipal, foi pautada por um clima de festa na qual as crianças tiveram um papel determinante: poemas, canções, Lousa agradecimentos e muita alegria foram as notas dominantes deste dia para recordar. Afinal, as mais de 130 crianças que passaram cerca de um ano em instalações provisórias foram recompensadas com a profunda remodelação da antiga escola básica. Os presidentes foram unânimes em classificar este projecto como “muito importante para a freguesia”. Carlos Teixeira adiantou ainda que a Câmara pretende prosseguir com este tipo de trabalho: “Já este ano inaugurámos a nova escola básica e jardim-de-infância de Loures, agora estamos aqui em Santa Iria de Azóia e, em breve, inauguraremos o jardim-de-infância de Lousa (ver página ao lado). Para breve estão as inaugurações dos novos jardins-de-infância de Fanhões e de Sacavém, pelo que o nosso empenho em melhorar o parque escolar do concelho é evidente.” Escola remodelada com novo jardim-de-infância Crianças, pais, educadoras, corpo docente e não docente associaram-se à festa que marcou um dia diferente para as crianças de Lousa. A “nova” escola traz-lhes mais motivos para aprender e, já agora, sorrir e brincar. O perfil do terreno onde se iria situar o futuro jardim-de-infância de Lousa não favoreceu o trabalho dos técnicos municipais responsáveis pela obra. Os trabalhos eram complexos, mas a sua importância para a freguesia impunha-se. “Mãos à obra” e algum tempo depois, o resultado final não poderia ser melhor. De linhas arrojadas e futuristas, o novo jardim-de-infância de Lousa é a mais-valia esperada para uma freguesia que necessitava urgentemente deste equipamento. Na cerimónia de inauguração, ocorrida a 5 de Fevereiro, Carlos Teixeira deixou bem expressa a importância que o Município atribuiu a esta realização: “Para Lousa esta obra é fundamental pois é importante dar mais vida à freguesia e fazer com que as pessoas se fixem aqui. O esforço que a Câmara está a fazer na renovação do parque escolar é bem visível, depois de Santa Iria de Azóia e Loures, é a vez de Lousa ser contemplada com este equipamento.” Também Constantino Laranjeira, presidente da Junta de Freguesia de Lousa, ficou “muito satisfeito” com a obra que, segundo o autarca, “beneficia uma freguesia que tende a ser esquecida”. Para além da construção, de raiz, do jardim-de-infância, também o logradouro da escola foi alvo de uma reformulação com a construção de acessos para deficientes, e o antigo edifício onde funciona o ensino básico foi inteiramente beneficiado. Esta obra representa um investimento municipal superior a um milhão de euros. Novas valências Duas salas de actividades Sala de repouso Sala polivalente Biblioteca Cozinha Refeitório Instalações sanitárias Salas de apoio aos corpos docente e não docente 7 Actividades Económicas – Turismo Actividades Económicas – Turismo Caves Velhas Companhia Portuguesa de Vinhos de Marca, Lda. Os convidados iniciaram a Rota com a visita ao edifício histórico das Caves Velhas Rua Professor Egas Moniz 2670-653 BUCELAS Telefone: 21 968 73 30 e-mail: [email protected] Francisco Castelo Branco, S.A. O produtor Francisco Castelo Branco mostrou a sua vinha e deu a conhecer novos projectos que pretende levar a cabo na área do turismo rural Rota dos Vinhos Primeira fase inaugurada em Bucelas Quinta da Murta Apartado 736 2671-601 BUCELAS Telefone: 21 968 08 20 e-mail: [email protected] António João Paneiro Pinto Chão de Prado A inauguração da primeira fase da Rota dos Vinhos de Bucelas, Carcavelos e Colares realizou-se no dia 13 de Fevereiro na presença de representantes do executivo municipal e da Associação da Rota dos Vinhos de Bucelas, Carcavelos e Colares, agentes económicos, órgãos de comunicação social e muitos outros convidados. 8 Em Bucelas, mais de uma centena de pessoas quiseram testemunhar a criação da Rota dos Vinhos, um projecto que visa divulgar a tradição vitivinícola de uma região que produz cerca de 500 mil litros por ano e que dispõe de um conjunto de factores favoráveis à dinamização do enoturismo, tendo para isso o apoio comunitário do Projecto Vinest. A Rota é um pretexto para saborear o afamado vinho da Região Demarcada de Bucelas, e através de uma agradável visita aos produtores associados ao projecto. No percurso ganham destaque as actividades ligadas à produção vitivinícola, artesanato, gastronomia e turismo rural. Durante a cerimónia de inauguração, o presidente da Câmara, Carlos Teixeira, salientou a importância deste projecto e manifestou disponibilidade para continuar a contribuir para o êxito da Rota, designadamente “pugnar pela celeridade na apreciação de processos de reconhecido interesse local e na adequação dos elementos estruturantes de planeamento e gestão urbanística aos grandes desígnios estratégicos do desenvolvimento local e regional”. Estimulando a ampliação da Rota a Cascais, Oeiras e Sintra, acrescentou que “numa lógica metropolitana, faz todo o sentido promover o alargamento da Rota dos Vinhos de Bucelas, Carcavelos e Colares aos restantes concelhos aderentes, aproveitando as sinergias entretanto criadas, de modo a dotar o projecto da dimensão necessária à sua valorização no conjunto da Área Metropolitana de Lisboa e a uma desejável internacionalização”. A passagem pelo produtor do Chão do Prado incluiu a visita à lojinha de artesanato de António Paneira Pinto Estrada de Santiago 2670-678 BUCELAS Telefone: 21 968 05 57 e-mail: [email protected] Sociedade Agrícola da Quinta da Romeira S.A. O dia culminou com um Bucelas-de-Honra e uma visita à Quinta da Romeira Quinta da Romeira 2670-678 BUCELAS Telefone: 21 968 73 80 e-mail: [email protected] 9 Actividades Económicas – Turismo Opinião Enoturismo Uma aposta para Bucelas O concelho de Loures deu os primeiros passos na Rota dos Vinhos de Bucelas, Carcavelos e Colares e entrou no mapa das regiões com vinhos de qualidade. Bucelas foi a primeira região a iniciar a Rota – que no futuro se vai alargar a Colares e Carcavelos –, convidando a passear, comer, beber e dormir. Beneficiando de boas acessibilidades, Bucelas situa-se paredes-meias com Lisboa, mas contraria o espírito da urbe, mantendo as suas bucólicas paisagens rurais, onde se pode encontrar património cultural de interesse. A vila brinda-nos com o seu tradicional vinho de qualidade e deixa-nos saborear a sua gulosa gastronomia. Mas os predicados da região não terminam aqui. A pintura em azulejos, vitrais, tela, porcelana ou tecido, a modelagem em barro, a cestaria e a tanoaria são ofertas opcionais para quem prefira ir às compras. E, quando o corpo apela ao descanso, existe alternativa de prolongar o périplo e pernoitar na Quinta do Boição. Rota dos Vinhos Bucelas aceita o desafio Eng. Oliveira Rodrigues Presidente da Comissão Instaladora da Rota dos Vinhos de Bucelas, Carcavelos e Colares O valor da História e o peso da tradição Diz a história que a vinha de Bucelas veio pela mão dos Romanos e que a fama do vinho já é antiga. Interessado pela vinha de Bucelas, também o marquês de Pombal terá alegadamente importado castas do Reno para a valorizar. Alegadamente sim, porque há quem diga que as castas do Reno são portuguesas e que teriam sido transportadas para a Alemanha pelos Cruzados Teutónicos, à vinda da Terra Santa. Mas foram as Invasões Francesas que lhe garantiram fama internacional. Oferecido por Wellington ao rei Jorge III (então príncipe regente), tornou-se, depois da Guerra Peninsular, no vinho de referência dos hábitos de consumo da Coroa inglesa. A região de Bucelas, demarcada por decreto desde 1911, possui terrenos de constituição argilo-calcárea e concentra grande parte da vinha em vales. O vinho proveniente das castas arinto, esgana-cão e rabo-de-ovelha tem uma graduação alcoólica entre os 11º e os 11,5º, é bastante acídulo quando jovem e seco, e possui características inconfundíveis ao aroma e paladar quando sujeito ao envelhecimento. Freguesia de Bucelas Apesar da sinalética indicativa da Rota ser bem visível na vila de Bucelas, existe também um mapa indicativo 10 Ao ser confirmada, por decreto-lei, no início do século passado, como “Denominação de Origem Controlada” (DOC), a denominação “Bucelas” ao vinho branco produzido nesta região em condições específicas indicanos que estamos perante um produto de alta qualidade e, como tal, um património valioso que deve ser preservado e quiçá melhorado. Como presidente da Comissão Instaladora da Rota dos Vinhos de Bucelas, Carcavelos, e Colares, e simultaneamente como presidente da Comissão Vitivinícola das três citadas regiões, quero, em primeiro lugar, deixar expresso o meu agradecimento às quatro autarquias onde as mesmas se inserem pelo que têm feito pela sua manutenção e divulgação. No entanto, não posso deixar de salientar o papel dinamizador que a Câmara Municipal de Loures tem tomado em todo este campo. Nos estatutos da Comissão Vitivinícola Regional de Bucelas, Carcavelos e Colares estão considerados, como uma das suas atribuições principais, a defesa e promoção dos vinhos das três regiões. É no campo da promoção que esta comissão enfrenta as maiores dificuldades, dado os seus rendimentos serem bastante reduzidos. Foi pois neste contexto que, em meados de 1996, com o apoio expresso da Câmara Municipal de Loures, foi lançada a ideia da criação de uma Rota de Vinhos junto das outras câmaras municipais, que culminou com assinatura de um protocolo, subsidiando um estudo com vista à implementação de uma Rota de Vinhos, apresentada em 1998. Nesse mesmo ano e por intermédio da Câmara Municipal de Loures, a comissão vitivinícola integrou, como parceiro, o projecto comunitário Vinest, do qual faziam parte entidades de pequenas regiões vitícolas da Sardenha, Sul da Áustria, Alemanha de Leste, Grande Canária e Bullas (Murcia), e que a própria Câmara de Loures também integrou como parceiro local. Foi pois no âmbito deste projecto que foi possível subsidiar grande parte da sinalética da Rota do Vinho referente a Bucelas, e proceder à sua inauguração. Esperamos que em breve se possa concretizar o mesmo facto nas regiões vitícolas de Carcavelos e Colares. Ao ser confirmada, por decreto-lei, no início do século passado, como “Denominação de Origem Controlada” (DOC), a denominação “Bucelas” ao vinho branco produzido nesta região em condições específicas indica-nos que estamos perante um produto de alta qualidade e, como tal, um património valioso que deve ser preservado e quiçá melhorado. Este património, que neste estádio poderá designar-se por “vitivinícola”, e como tal ser enquadrado no sector primário, tem possibilidades e virtudes para extravasar o seu campo e proporcionar uma dinamização noutros sectores, com reais reflexos na valorização da região. É isto que se pretende com a implantação de uma Rota dos Vinhos, não sendo ela mais do que um circuito virado para o potencial turístico das quintas e adegas ligadas à cultura da vinha e à produção de vinhos de alta qualidade, mas que extravasa o sector vitivinícola e anexa o património histórico e artístico, os atractivos paisagísticos, etnográficos e culturais, a gastronomia, o próprio turismo de habitação e outras actividades lúdicas, originando e proporcionando um desenvolvimento mais harmonioso. Há que saber aproveitar o manancial que representa a população envolvente – a área da Grande Lisboa. É igualmente imprescindível criar um pólo dinamizador em Bucelas. Esse polo seria criar um Museu do Vinho que comportasse também a sede da Rota, uma sala de provas, onde se pudessem ministrar cursos de provas, e uma pequena loja, não só para vinhos, mas igualmente para artesanato. 11 Comemorações Comemorações Corso Carlos Teixeira foi uma presença constante nas festividades Um Carnaval de todas as idades Carnaval de Loures 2003 E o samba saiu à rua Mais de mil figurantes, milhares de pessoas na assistência e muito samba, animação e entusiasmo. Os corsos, os bailes e o enterro do Carnaval devolveram a Loures a consagração de uma tradição que se perde na memória colectiva do concelho. A sonoridade da música brasileira, com o samba no seu esplendor, os estridentes apitos que ecoavam nas ruas da cidade, os mascarados, os “travestis” mal-disfarçados, os saloios típicos, os cabeçudos e todo um mar de gente. O Carnaval Saloio 2003 foi tudo isto e muito mais. Foi uma cidade e uma região em festa, mostrando ao País o porquê de ser uma das referências carnavalescas a nível nacional. Foram mais de 25 mil as pessoas que vieram assistir no Domingo e na Terça-Feira gordos a mais um Carnaval Saloio que, mantendo as suas tradições mais características, de ano para ano tem vindo a ganhar cor, vida e animação, colocando-o já ao nível dos melhores carnavais nacionais. 12 “Tenho 64 anos e sou o mais velho da minha associação. Mas já temos uma criança de nove meses a desfilar” – dizia, entre sonoridades variadas e muitas palmas, o senhor Francelino, da “Associação Renascer de Loures”, uma das dez colectividades e associações que levaram a cabo a realização do Carnaval Saloio. Numa festa que não escolhe sexo, idade, religião ou raça, o Carnaval tende a ser vivido por igual dos 8 aos 80 anos e, no caso de Loures, isso não foi excepção. Avós e netos misturaram emoções, cantando e rindo ao som do samba. Nos carros alegóricos a juventude dominava, mas os menos jovens, talvez querendo recordar tempos idos, não mostravam sinais de cansaço e o sorriso estampado na cara era sinal mais que evidente da sua boa disposição. Um futuro que promete Os carros alegóricos, ricamente engalanados com motivos tradicionais, desfilavam na “avenida” ao som da música brasileira brilhantemente executada por membros da banda dos Bombeiros de Loures, coadjuvados por elementos do Grupo Recreativo e Desportivo Parcela 6. Na tribuna vip, o presidente da Câmara, Carlos Teixeira, mostrava, com a sua entusiasmante alegria, o porquê de ser um reputado adepto das manifestações carnavalescas em Loures e um dos fortes impulsionadores do trabalho da Comissão do Carnaval que organizou o evento. Perante o sucesso organizativo conseguido, a palavra de ordem é continuar, pelo que para o ano teremos mais um Carnaval Saloio a ocupar um lugar de destaque que é seu por direito. Todo um concelho a desfilar Sabendo que a cidade de Loures é o epicentro de todas as actividades carnavalescas da região, foi bonito de ver que outras localidades e freguesias estiveram, e bem, representadas. Ponte de Lousa, Camarate, Montemor, Barro, Manjoeira, Bemposta e Sete Casas deram um colorido especial à festa, que se quer cada vez mais concelhia. Orquestra Enterro As sonoridades brasileiras tocadas pela Banda dos Bombeiros Voluntários de Loures deram um colorido musical ao desfile O fim dos festejos ficou marcado pelas larachas ditas em tom de crítica social. A população aderiu e acompanhou o enterro até ao Parque da Cidade 13 Comemorações Comemorações Loures Portela As crianças da freguesia de Loures deram o mote para o início dos festejos. Na cidade sede do concelho, o Carnaval teve início logo no dia 28 de Fevereiro com a invasão de milhar e meio de pequenos mascarados que percorreram toda a Rua da República dando, com a boa disposição habitual, início às “hostilidades” carnavalescas que haveriam de durar até ao dia 5 de Março. O espaço envolvente à Junta de Freguesia da Portela foi o ponto de partida para as cerca de seiscentas e cinquenta crianças que percorreram as ruas da freguesia. Santo António dos Cavaleiros Milhar e meio de pequenos foliões saíram à rua percorrendo as ruas da Cidade Nova, em Santo António dos Cavaleiros. Os pequenos “cavaleirinhos” engalanaram-se e criaram um ambiente de festa típico da época carnavalesca. Carnaval Infantil Perto de sete mil crianças do concelho de Loures marcaram o Carnaval de 2003 com desfiles nas ruas. Foi assim em Moscavide, São João da Talha, Sacavém, Portela, Apelação, Santo António dos Cavaleiros e Loures. A criançada, trajada a rigor, fez a festa e fizeram furor junto de todos os que assistiram. Afinal, tudo o que é pequeno tem graça. 14 Sacavém O desfile de mais de um milhar de crianças das escolas e jardins-de-infância de Sacavém deu cor e ritmo a uma manhã diferente para a pequenada. Frielas Cerca de centena e meia de crianças da Escola Básica, Jardim-de-Infância e Associação Cantinho da Pequenada de Frielas saíram à rua para comemorar o Carnaval na freguesia. O cortejo, realizado no dia 27 de Fevereiro, percorreu as principais ruas da freguesia e ficou marcado pelo repto lançado pelos mais pequenos: “É Carnaval, ninguém leva a mal.” Moscavide A horta saloia foi o lema do desfile em que participaram cerca de 900 crianças das escolas públicas e privadas da freguesia. A Junta forneceu os materiais que deram origem aos engraçados trajes da miudagem. O desfile ocorreu a 25 de Fevereiro pelas principais artérias da freguesia. Apelação Mais de três centenas e meia de alunos das escolas e jardins-de-infância da Apelação vestiram-se a rigor para celebrar o Carnaval de 2003. São João da Talha Mais de 700 mascarados de palmo e meio, oriundos das várias escolas e jardins-de-infância de São João da Talha, animaram todos aqueles que assistiram à sua passagem. 15 Comemorações Juventude Mês da Juventude Carnaval saloio (1) A importância da palavra Futuro Quem fizesse uma viagem no tempo e assistisse à comemoração do Carnaval de Loures na primeira metade do século passado, com certeza não encontraria muitos pontos de contacto com o Carnaval Saloio que inundou as ruas da cidade em 2003. Mas afinal que festa é esta? Quais as suas razões, tradições e por que marcou indelevelmente a história do concelho durante séculos? A origem da celebração do Entrudo remonta à época dos Gregos e dos Romanos, que comemoravam o fim do Inverno e a entrada (daí a palavra “Entrudo”) de um novo ciclo de vida, com a chegada da Primavera. Com o advento da igreja católica, todas estas cerimónias pagãs foram adaptadas ao calendário religioso e passou a associar-se o Entrudo à celebração do último domingo antes da Quaresma. Terá sido nesta época que surge o nome “Carnaval”, que deriva do latim “Carne Valis” e que significa “adeus à carne”, uma das premissas da celebração da Quaresma cristã. O Mês da Juventude, pela sua qualidade, diversidade e importância, já conquistou um espaço relevante no calendário das iniciativas municipais. Este ano, pretendeu-se marcar a diferença na política municipal de juventude, no sentido de criar novos incentivos a uma camada da população cada vez mais marcada pelas preocupações a nível da continuidade dos estudos, passagem à vida activa, procura de emprego e aquisição de casa própria. Por outras palavras, importa conferir uma relevância especial à palavra futuro na construção e consolidação de um dos mais jovens concelhos do País. Foram mais de duas dezenas de iniciativas, que se espalharam por todo o concelho, entre as quais o Festival Saloio de Tunas e a Feira Jovem Alternativa, que assumiram um papel de destaque na programação. Para além destes eventos, a arte foi uma constante com exposições, recitais, teatro e concertos de música, entre outros. A tudo isto a Loures Municipal irá dar um destaque especial no seu próximo número, onde faremos um balanço e análise de todo o trabalho realizado. Séculos de tradição 16 Esta celebração, de carácter libertino, desinibido e folião, ganha um forte incremento com o triunfo do liberalismo no século XIX e, já no início do século passado, com a implantação da República. As liberdades adquiridas fizeram do Carnaval um espaço de crítica social mordaz, onde as actividades libertinas assumiam uma posição relevante durante os festejos, com máscaras a esconder a identificação dos foliões, permitindo um à-vontade irrepetível ao longo de todo o ano. Durante a primeira metade do século XX já Loures tinha uma forte tradição carnavalesca. À época, as cegadas (teatro de rua) eram muito apreciadas, bem como o “lançamento das pulhas” – perguntas e respostas previamente preparadas que lançavam fortes críticas sociais –, as danças de luta, os jogos acrobáticos e os famosos bailes de Carnaval, que ainda hoje se realizam. O “enterro do bacalhau”, hoje mais conhecido pelo enterro do Carnaval, era outra tradição com forte adesão popular. Nesse desfile surgiam pela primeira vez os carros alegóricos e uma rainha do Carnaval (então viúva), dando origem mais tarde ao corso carnavalesco e aos reis do Carnaval. Os festejos realizaram-se até à década de 50. Depois de um interregno de vinte anos, é só no final da década de 70 que se retoma esta tradição. Por iniciativa dos Bombeiros Voluntários de Loures, que pretendiam angariar fundos para a construção da nova sede, ressurge um novo Carnaval, já com marcadas influências brasileiras. Aparecem os corsos de Domingo e Terça-Feira gordos que, ainda assim, mostravam em alguns carros as antigas tradições da região: o carro saloio, o carro das hortas, o carro dos pescadores de Frielas, entre outros. Não se podendo dizer que a tradição ainda é o que era, o Carnaval de Loures continua a ser bem saloio e é, por si só, uma bandeira desta região. (1) Artigo com base na publicação “As tradições do Entrudo e do Carnaval em Loures,“ editado pela Câmara Municipal de Loures em 1993. Festival de Música Moderna Torneio Magic the Gathering Feira Alternativa O vereador Ricardo Leão e o presidente da Junta de Sacavém, Fernando Marcos, na inauguração da Feira Alternativa O pavilhão da Escola Secundária José Cardoso Pires, em Santo António dos Cavaleiros, acolheu, no dia 1 de Março, o torneio de Magic the Gathering de apuramento para o campeonato nacional da modalidade, que irá decorrer no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, nos dias 3 e 4 de Maio. Este jogo, que reúne cada vez mais entusiastas, já tem cerca de dez mil e quinhentos praticantes inscritos. 17 Juventude Juventude Vicentuna: a grande vencedora da noite Recepção às tunas nos Paços do Concelho Festival Saloio de Tunas Académicas E com toda a pujança, se grita: O júri constituído por Carlos Teixeira, Ricardo Leão, Cristiano dos Santos, Ana Cristina Parreira, Miguel Teixeira, Sofia Alves, João Portugal e Nuno Guerreiro Éférrrreá! Cinco tunas, mais de um milhar de pessoas, fogo-de-artifício e muita emoção. Foi assim o primeiro Festival Saloio de Tunas Académicas, integrado nas comemorações do Mês da Juventude em Loures. Momentos antes do início do espectáculo já não havia qualquer lugar disponível no sobrelotado pavilhão dos Bombeiros Voluntários de Loures. O início da cerimónia foi arrasador – raios lazer, fogo-de-artifício e muita música –, culminando com uma estrondosa salva de palmas de toda uma surpreendida 18 assistência. A banda filarmónica dos Bombeiros de Loures deu início às “hostilidades”, com o trecho mais conhecido do filme Aldeia da Roupa Branca, que serviu de tema ao festival. Depois, as tunas! Tusófona (Universidade Lusófona), Taful (Faculdade de Farmácia de Lisboa), VicenTuna (Faculdade de Ciências de Lisboa), Semper Tesus (Escola Superior Agrária de Beja) e Tunantes (Academia de Farmácia de Lisboa), cantaram, encantaram e mostraram ao auditório o espectáculo das tunas académicas. O júri – constituído pelo presidente Carlos Teixeira, pelo vereador do pelouro da Juventude, Ricardo Leão, por Cristiano dos Santos, dos Bombeiros de Loures, pela deputada municipal Ana Cristina Parreira, pelo presidente da Associação Académica de Lisboa, Miguel Teixeira, pela actriz Sofia Alves e ainda pelos músicos João Portugal e Nuno Guerreiro – decidiu premiar a VicenTuna como a grande vencedora da noite, já que levou para casa os prémios Melhor Porta-Bandeira, Melhor Pandeireta e Melhor Tuna. A Tunantes recebeu o prémio Melhor Serenata, enquanto a “Semper Tesus” o de Melhor Instrumental e a Taful o de Melhor Solista. Sendo que, neste tipo de festivais, está sempre presente a salutar competição entre tunas, é bom realçar que a participação e o convívio são os factores mais importantes e aqueles que, no futuro, irão ficar bem presentes na memória de todos. Por isso, com todo o empenho e com toda a pujança, gritámos bem alto: Éférrrreá! A assistência encheu o pavilhão dos Bombeiros Voluntários de Loures 19 Movimento Associativo Movimento Associativo Apoios vão ter regulamento municipal Associativismo Apoiar e dinamizar Mais de trezentas e cinquenta colectividades e associações com expressões e dinâmicas diversificadas, abrangendo todas as camadas da população, desenvolvem trabalho nas áreas da educação, da juventude, dos idosos, do desporto, das artes, do espectáculo e da cultura, com o objectivo de dar resposta à multiplicidade de interesses dos seus associados. O movimento associativo desempenha uma importante função social, que a Autarquia reconhece e incentiva de forma regular através de um vasto conjunto de apoios às estruturas associativas. Foi aprovado, em sede de reunião de Câmara, a 18 de Março, o Regulamento Municipal de Apoios ao Associativismo. Este normativo destina-se a entidades de carácter associativo legalmente constituídas, sem fins lucrativos, sedeadas e desenvolvendo actividades no concelho de Loures, com processo de registo no Município e que tenham a sua situação devidamente regularizada perante a Segurança Social e as Finanças. Os apoios a conceder poderão ser de três tipos: financeiro, técnico, material e logístico. Em breve, a Loures Municipal apresentará com mais detalhe este regulamento. Apoios concedidos em 2002 Movimento Associativo – 60 859 euros Acção cultural – 59 936 euros Projectos culturais – 162 949 euros Oferta Pública Desportiva – 9750 euros Educação – 336 911 euros Programa Desporto Mais – 124 694 euros Projecto de Adaptação ao Meio Aquático – 72 641 euros Projecto de Expressão Físico-Motora – 16 665 euros Plano de Desenvolvimento de Desporto Sénior – 15 259 euros Plano de Desenvolvimento de Ginástica – 442 euros Plano de Desenvolvimento de Judo – 4953 euros Plano de Desenvolvimento de Xadrez – 5000 euros Plano de Desenvolvimento de Futebol – 22 099 euros Plano de Desenvolvimento de Atletismo – 13 412 euros Juventude Movimento Escutista Apoio logístico – cedência de transportes, equipamentos e material de som Apoio financeiro – 1610 euros Movimento Estudantil Apoio logístico – cedência de equipamentos, transportes, material de luz e som, divulgação e fotocópias Apoio financeiro – 2136 euros Apoio técnico – electricistas e técnicos de som Movimento de Base Local Apoio logístico – divulgação, cedência de espaços, palcos e estrados, luz e vídeo, material de som Apoio financeiro – 1200 euros Apoio técnico – electricistas e técnicos de som 20 RAME “Boas Práticas na Administração Pública” Com o objectivo de distinguir os melhores serviços públicos do País em 2002, o Diário Económico e a Deloitte & Touche organizaram a primeira edição do prémio “Boas Práticas na Administração Central e Local”, entregue no passado dia 20 de Fevereiro no Hotel Ritz, em Lisboa. A Câmara de Loures foi uma das instituições convidadas a participar no evento, através do Regime de Apoio Municipal à Criação de Beneficiação de Equipamentos Colectivos (RAME), tendo concorrido para a categoria de “Melhor Sistema de Informação de Gestão”, prémio ganho pelo Instituto Português de Formação Profissional. Mais de meio século ao serviço da população Fundada em 1944, a Sociedade Recreativa de Casainhos comemorou recentemente 59 anos de existência. Para conhecer um pouco da história desta colectividade, a Loures Municipal falou com o senhor António Maria Cardia que, com 86 anos, é o sócio número um e um dos seus fundadores. Há quanto tempo mora em Casainhos? Tem alguma história engraçada desses tempos para nos contar? Vim morar e trabalhar para Casainhos aos 17 anos. Depois comecei a namoricar com uma moça daqui e cá casei, há 63 anos. Uma vez, pelo São João, fomos tocar à Enxara dos Cavaleiros, ali para o lado de Mafra. Fizemos um contrato para tocar das quatro horas da tarde às duas da manhã. Foi muita gente cá da terra acompanhar-nos. Era uma camioneta cheia. Como a maior parte dessa gente trabalhava em Lisboa e o motorista tinha o compromisso de levar as lavadeiras, de madrugada, para a capital, tínhamos de sair mesmo às duas da manhã. Às duas e meia da manhã eu, que era na altura o director do grupo, chamei o responsável pelo baile e disse-lhe que tínhamos de ir embora, por causa do motorista do autocarro. Expliquei-lhe que tocávamos mais três ou quatro modas e depois acabávamos. Ele argumentou que tinha a casa cheia de gente. O local do baile era um barracão enorme, onde estava uma máquina debulhadeira. O portão era muito grande, mas como no meio havia uma porta mais pequena, só essa é que estava aberta. Eles não deixavam sair, a ordem era para entrar. De repente começaram a entrar homens com paus, até entrou um com uma espingarda. O pessoal foi todo para o meio da sala bailar e dizer: “toca o jazz, toca o jazz”. Tivemos de gramar com aquilo até às cinco e meia da manhã e eles sempre a dizerem: “toca, senão levas com a moca”. Conclusão: no dia seguinte ninguém foi trabalhar. Quando é que surgiu a ideia de fundar a Sociedade Recreativa? Estávamos uns poucos no barbeiro, uns seis ou sete, a falar do facto de Pintéus e A-das-Lebres, apesar de serem povoações mais pequenas, terem colectividades e conjuntos musicais e nós não. Decidimos, então, fundar também uma sociedade recreativa e um grupo musical. Fomos falar com o presidente da Junta de Freguesia e nesse mesmo dia arranjámos logo 17 sócios. Com o passar do tempo toda a gente era sócia da Sociedade. Depois comprámos este terreno – na altura custou dezassete contos e quinhentos. Como é que eram os bailes nessa altura? Tocávamos música a metro, mas também vinham cá músicos de fora. Era a harmónica e o acordeão para acompanhar o bailarico. Naquele tempo não tínhamos mãos a medir, chegávamos a perder quatro noites por semana: duas para ensaios, uma para o baile de cá, que era ao sábado, e fazíamos uma saída ao domingo. Acabávamos sempre entre as duas e as três horas da manhã. 21 Geminações Urbanismo Protocolo Câmara e Instituto Marquês de Valle Flôr criam parceria Os protocolos de Geminação e Acordos estabelecidos pela Câmara de Loures vão conhecer um novo impulso resultante da convergência de prioridades e esforços entre o Município e o Instituto Marquês de Valle Flôr. O protocolo, assinado por Carlos Teixeira e Paulo Valle Flôr Telles de Freitas, respectivamente presidentes da Câmara de Loures e do Instituto Marquês de Valle Flôr, a 28 de Fevereiro no Salão Nobre dos Paços do Concelho, tem como objecto a dinamização conjunta de acções que visam a melhoria da qualidade de vida das populações dos municípios geminados, designadamente Diu, Maio, Matola e Armamar. Este trabalho de parceria vai permitir estabelecer os necessários contactos institucionais, definir linhas de orientação de acordo com as necessidades manifestadas, elaborar diagnósticos e propostas de projectos a concretizar, candidatá-los a co-financiamentos nacionais ou comunitários, prestar apoio técnico e logístico, acompanhar, monitorizar e avaliar os projectos no terreno e elaborar relatórios pormenorizados das acções. Protocolo Diagnosticar o ruído A Câmara e o Instituto Superior Técnico assinaram, no passado dia 21 de Fevereiro, um protocolo que visa a elaboração da Carta de Ruído do concelho, na qual será feito um diagnóstico geral da situação existente no território. Os mapas de ruído e os subsequentes planos de acção, integrados no processo de revisão do Plano Director Municipal, perspectivam a melhoria da qualidade de vida dos munícipes. Estas são ferramentas de grande utilidade para as tomadas de decisão e vêm ao encontro das políticas de planeamento urbano e gestão ambiental seguidas pelo Município. Cabo Verde Embaixador presenciou assinatura do protocolo Onésimo da Silveira, embaixador de Cabo Verde em Portugal, foi um dos presentes na cerimónia que assinalou o protocolo de cooperação entre a Câmara de Loures e o Instituto Marquês de Valle Flôr. O representante de Cabo Verde salientou que as geminações «cimentam a cumplicidade histórica que existe entre os países de língua portuguesa». Onésimo da Silveira, que foi presidente do Município de S. Vicente durante uma década, exaltou a cooperação com as autarquias, considerando-a «indispensável para manter viva a chama da ‘portugalidade’ nestes países». O embaixador seguiu o seu raciocínio, relevando o empenho e desempenho que os portugueses desde sempre demonstraram em prol do desenvolvimento destes países. «Cabo Verde não existia. Não foi destruído por portugueses, é sim o resultado do colonialismo português. E se estamos ligados à Europa é através de Portugal com quem temos cumplicidade histórica», concluiu. Carlos Teixeira com o Professor Carlos Renato Matos Ferreira após a assinatura do protocolo 22 A vasta experiência do Grupo de Acústica e Controlo de Ruído do Centro de Análise e Processamento de Sinais do Instituto Superior Técnico representa uma mais-valia e garante a qualidade de um trabalho que vai ser coordenado pelo professor doutor Bento Coelho, um dos maiores especialistas portugueses na matéria. Cerca de dois anos é quanto vai demorar a elaboração da Carta de Ruído do concelho de Loures, uma das primeiras em todo o país. Através de medições no terreno, a efectuar pela instituição universitária, vai ser possível construir um modelo que caracterize as situações existentes, preconizando soluções para os problemas detectados. Sendo uma determinação legal, a elaboração da Carta de Ruído está ainda em fase embrionária em quase todos os municípios, pelo facto de exigirem meios técnicos de que as autarquias não dispõem. De forma a ultrapassar este problema, o Instituto do Ambiente vai dar apoio técnico àquelas que avançarem com esta medida e comparticipar nos custos de elaboração da mesma. 23 Requalificação urbana PROQUAL Requalificar Sacavém e Prior Velho Inserido no 3.º Quadro Comunitário de Apoio (QCA III), o PROQUAL – Programa Integrado de Qualificação das Áreas Suburbanas da Área Metropolitana de Lisboa – pretende assumir-se como um instrumento de revitalização económica, social, ambiental, arquitectónico e territorial de diversas zonas da periferia da cidade de Lisboa. Loures, conjuntamente com seis outros municípios, assinou, em Março de 2002, um protocolo com a Comissão de Coordenação da Região de Lisboa e Vale do Tejo (CCRLVT) contemplando áreas das freguesias de Sacavém e do Prior Velho. O programa prevê projectos de cariz variado, que vão desde a execução de estudos urbanísticos e socio-económicos à realização de acções que visam a formação profissional e a valorização do tecido económico, culminando com a realização de obras em ambas as freguesias. Ao todo, num 24 programa que se prolonga até 2006, são mais de 28 milhões de euros de investimento, comparticipado pelo Município e pela União Europeia – que pretendem transformar as duas freguesias, conferindo-lhes um perfil condizente com áreas urbanas de grande dimensão, onde a preservação da qualidade de vida dos cidadãos é uma realidade. Dos projectos até agora apresentados destaca-se o parque urbano do Prior Velho, na sua vertente de regularização do principal curso de água da freguesia – a ribeira do Prior Velho. A obra engloba também a execução de um açude junto à nova via que liga o Prior Velho a Sacavém, uma solução que pretende controlar os fluxos de águas pluviais na baixa de Sacavém, regularmente fustigada por cheias durante os invernos mais chuvosos. Ainda para o Prior Velho, estão previstos o reperfilamento da ligação viária entre Figo Maduro e o CENFIC e a remodelação da Avenida Severiano Falcão. Para Sacavém, estão definidas importantes intervenções a nível da rede viária, como a requalificação da EN 6-1, entre Sacavém e Moscavide, a construção da via T7, entre Sacavém e Camarate, os arranjos dos nós de ligação viária de Sacavém e do Prior Velho à Segunda Circular, bem como a requalificação do meio urbano envolvente à EN 10/Avenida Estado da Índia, da Praça da República e do núcleo antigo da cidade, a nível da pedonalização de diversas artérias e da recuperação de fachadas. Na vertente de equipamentos colectivos, salientam-se as obras de ampliação e transformação da EB1 N.º 4 de Sacavém para EB1/JI, a renovação de instalações do Jardim-de-Infância N.º 1, a reabilitação do Palácio Barroco e a transformação em Museu da casa do artista cerâmico José Pedro. Não menos importante para a população das duas freguesias será a construção do novo quartel dos Bombeiros de Sacavém, junto à Quinta do Património, cujo complexo terá diversas valências de carácter desportivo, cultural e social. Esta acção está condicionada pela comparticipação da Administação Central, sem a qual a construção pode ser posta em causa. Quanto a acções de carácter social e económico, a Câmara pretende realizar, ainda em 2003, uma feira de orientação profissional e emprego e, entre outras actividades, a “Escola em Palco”, “Mostra de Projectos Escolares”, e a continuação dos planos de desenvolvimento desportivo. Para 2004, estão previstas acções de formação profissional para microempresários e professores. Indústria audiovisual no concelho de Loures Luz Som Câmara Silêncio... Acção! O concelho de Loures é, actualmente, um dos principais centros da produção audiovisual nacional. De Bucelas à Ponte de Frielas, passando pela Manjoeira, são muitos os estúdios onde se produz uma parte significativa da ficção que enche os ecrãs da caixinha que mudou o mundo. A Loures Municipal entrou em acção e foi conhecer por dentro o mundo das produtoras que escolheram o nosso concelho para desenvolver as suas actividades. O enquadramento paisagístico, as boas acessibilidades, a proximidade a Lisboa e os múltiplos serviços existentes são algumas das razões para o forte incremento desta indústria de conteúdos no Município de Loures. Desde a produção até à conservação, o ciclo completa-se em pleno território saloio com o Arquivo Nacional das Imagens em Movimento (ANIM) da Cinemateca Portuguesa, localizado no Freixial, onde repousam as imagens produzidas desde que foi possível registá-las. Cinemate, Contra Campo, NBP e ANIM abriram-nos as portas e os seus responsáveis falaramnos do passado, do presente e do futuro da gigantesca fábrica de sonhos. Por tudo isto, e considerando a potencial perspectiva de crescimento desta indústria, a Câmara está a avaliar, em sede de revisão do Plano Director Municipal, a adequação dos instrumentos estruturantes de planeamento e gestão urbanistíca a esta importante realidade. À lupa À lupa Do que é que mais gosta no concelho de Loures? Este concelho sempre foi para mim uma zona muito simpática, aliás os lisboetas só comem legumes frescos porque vão de Loures. Gosto muito de estar aqui, é tudo muito bonito. À noite esta zona toda iluminada é um espectáculo. Quais foram as principais produções feitas aqui? Fernando Costa Como é que começou a sua ligação ao mundo da sétima arte? Cinemate Quando a vida é apenas mais uma parte do sonho Fundada em 1965 e sedeada na Manjoeira, a Cinemate dedica-se ao aluguer de equipamentos para cinema e televisão, constrói e cria cenários para programas de televisão, publicidade, novelas e filmes. Com estúdios em Loures, Alcochete e Lisboa, e delegações no Porto e na Matola, Moçambique, este é um exemplo de como o sonho pode comandar a vida. 26 Com cerca de 60 funcionários permanentes e mais umas dezenas de colaboradores pontuais, Fernando Costa, proprietário da Cinemate, tem orgulho em afirmar que o cliente só precisa de levar um guião e dinheiro, tudo o resto pode ali ser encontrado: desde o guarda-roupa, passando pela iluminação, câmaras, carros de exteriores, gruas, técnicos especializados nas mais diversas áreas, até ao produto final. Em relação ao futuro, a Cinemate tem projectos para ampliar as suas actuais instalações, através da construção de novos estúdios. A decisão, diz Fernando Costa, está nas mãos da Câmara. Para conhecer por dentro o local onde actualmente estão a ser feitos os programas Vidas Reais e a Floresta Mágica, a Loures Municipal foi à Manjoeira, onde foi recebida de braços abertos por gente que vive apaixonadamente aquilo que faz. Comecei a trabalhar no cinema com 15 anos, a comprar cigarros e outras coisas para o Leitão de Barros. Na Tóbis tive um mestre que, entretanto, montou um estúdio no Bairro Catarino, na Estefânia, e levou-me com ele para lá. A partir daí comecei a fazer um pouco de tudo o que havia para fazer no cinema. Depois fui director de fotografia, fiz os cine-jornais, as imagens de Portugal, algumas longas-metragens e outro tipo de coisas. Chegou a uma altura em que os anos já pesavam e o melhor era começar a pensar na minha vida. Foi então que comprei a Cinemate, que era de um italiano. Comecei em Lisboa, na avenida Rainha Dona Amélia, e fomos crescendo. Fiz uma associação O primeiro filme que se fez aqui foi Os olhos da asa, do João Mário Grilo. Depois, mais do que filmes têm aqui sido feitos programas de televisão como o Furor e o Ai os Homens. Os estúdios hoje em dia trabalham mais para televisão do que para cinema, porque os filmes têm décors naturais, como quartos ou salas, ou então vão para o exterior. Como vê o futuro desta actividade? com a Tóbis Portuguesa, designada por Lisboa Filmes. Correu tudo bem até uma certa altura, depois começaram as divergências, e como o contrato dizia que quando nós não estivéssemos de acordo acabava, acabou mesmo. Como é que veio parar à Manjoeira? Foi através de um engenheiro da Tóbis que conhecia os donos deste espaço, onde estava instalada uma empresa de construção. Já conhecia o concelho de Loures há muitos anos, vim aqui filmar alguns carnavais, quando fazia reportagens para os jornais de actualidades. Sempre achei que Loures estava no caminho do cinema. E o que não há dúvidas é que neste momento existem muitas empresas ligadas ao cinema e à televisão sedeadas no concelho. Esta actividade tem grandes perspectivas de futuro. Todos os anos investimos em novos equipamentos e vamos às feiras internacionais para conhecer as novidades. Normalmente nunca compro no ano em que os equipamentos são lançados, porque são protótipos e um ano depois já estão totalmente ultrapassados. Uma história da História do cinema “Há muitos anos atrás, durante a rodagem de um filme português, havia um homem alentejano que tinha investido muito dinheiro nessa produção. O filme estava a ser feito na Cinelândia, onde são hoje as instalações da RTP, no Lumiar. Um certo dia, um carpinteiro foi pedir dinheiro para o vioxénio e o homem respondeu-lhe: não entra cá dentro mais nenhum estrangeiro.” 27 À lupa À lupa Frielas? “Deveu-se à sua proximidade de Lisboa e aos excelentes acessos que tem. Era um estúdio com 300 metros quadrados o que, em 1989, era algo nunca visto à excepção do estúdio da Tobis.” E adianta: “Por outro lado, este é um concelho onde existe praticamente tudo o que precisamos para a nossa actividade, o que nos torna muitos autónomos em relação a Lisboa. Recorremos a muitas empresas do concelho, seja a nível de empresas de construção, materiais e até adereços”. Indústria Televisiva Mário de Carvalho O Passado Contra Campo Luzes, câmara e... muita acção! Dois complexos de estúdios, em Ponte de Frielas e Bucelas, centenas de produções nacionais e estrangeiras rodadas, desde longas-metragens a novelas, de publicidade a programas temáticos. É a empresa Contra Campo dirigida por Mário de Carvalho, que nos fala na primeira pessoa. 28 Sendo parte integrante do complexo industrial da Ponte de Frielas, a sede da Contra Campo e os seus três estúdios parecem, à primeira vista, meros barracões onde qualquer actividade industrial poderia ter lugar. No entanto, após este primeiro impacte, o mundo da televisão abre-se em todo o seu esplendor. Os cenários das últimas telenovelas portuguesas rodadas nestes estúdios despoletam imagens bem familiares: sofás, móveis, livros, camas, fotografias de actores espalhadas pelas paredes. Em simultâneo, somos invadidos por uma estranha sensação quando nos apercebemos que aquele mundo perfeito, que parece real na caixinha que mudou o mundo, não passa de um conjunto de ilusões e efeitos. Os microfones, as luzes, as câmaras, os jogos de cenários amovíveis, enfim, uma realidade fictícia que faz duvidar da capacidade dos nossos próprios sentidos. Para conhecer um pouco da história desta empresa, falámos com o seu proprietário. Mário de Carvalho, 52 anos, é um “lobo” da televisão, do cinema e do audiovisual. A experiência acumulada ao longo de décadas de actividade fizeram dele um homem com “os pés bem assentes na terra”, franco, directo e mordaz, quando necessário. Já lá vão 14 anos desde o tempo em que surgiu a hipótese de trazer a Contra Campo para a Ponte de Frielas. Mário de Carvalho relembra com facilidade esses momentos: “Fomos a primeira empresa desta área a vir para o concelho. Estamos cá desde 1989, primeiro em Frielas e depois em Bucelas. No início foi algo dramático, pois alguns sectores do mundo artístico querem tudo no centro de Lisboa”. Mas porquê a escolha da Ponte de Com o aparecimento das televisões privadas e, mais recentemente, com o crescimento da TVI sustentado nas telenovelas portuguesas, a Contra Campo adaptou-se às novas realidades: “A procura de um novo espaço, em Bucelas, teve a ver com o grande desenvolvimento da indústria televisiva, principalmente com o boom das telenovelas portuguesas”. Seja como for a adaptação correu bem, já que “as grandes produções nacionais foram feitas na Contra Campo, como por exemplo: Chuva de Estrelas, Perdoa-me, All we need is Love, Jardins Proibidos, Olhos de Água e Super Pai, entre outros”. A Contra Campo e o futuro Para além do aluguer dos seis estúdios que possui, a Contra Campo presta também “alguns serviços extras como a iluminação, construção de decores, carpintaria, entre outros”. “Neste momento estamos a rodar uma nova novela para a SIC, produzida pela Endemol, e até há bem pouco tempo atrás produzimos aqui a Fúria de Viver, os Bastidores e, em Bucelas, ainda estamos a rodar a novela Amanhecer, produzida pela NBP.” Para o futuro, Mário de Carvalho apenas pede o que qualquer português anseia: “O meu objectivo para o futuro é, principalmente, ter uma reforma tranquila. O retorno do investimento que fiz foi mais rápido do que previa mas, com a estabilização do mercado, o futuro da indústria televisiva é um grande ponto de interrogação”. Mário de Carvalho dixit “Não faço parte de qualquer associação ou grupos. Estou só, pois sempre que me associei a coisa correu mal.” “Penso que o projecto da cidade do cinema há muito que anda a ser falado mas é, na génese, utópico. Essa cidade do cinema deveria ser pensada para captar investimento estrangeiro mas, embora em Portugal a Contra Campo tenha os melhores estúdios, comparados com os do estrangeiro são meros barracões. Não temos tecnologia e não há investimento, pelo que a rentabilização das verbas a gastar para concretizar esse projecto é muito difícil, para não dizer impossível.” 29 À lupa À lupa Como define a NBP? NBP A cidade da televisão e do cinema A NBP deve o seu nome a Nicolau Breyner, um dos mais conhecidos actores portugueses. Fundada em 1992, conseguiu em menos de uma década tornar-se numa das maiores produtoras do mundo da ficção televisiva. 30 Ao longo dos dez anos da sua existência, a NBP foi criando novas unidades empresariais autónomas e especializadas em várias áreas, para dar resposta às necessidades da produção audiovisual do grupo: Multicena, Fealmar, EMAV, EPC, NBP Internacional, Camarins e Casa da Criação, entre outras. Com estúdios em Bucelas e Vialonga, a NBP recorre também aos estúdios da Contra-Campo, na Ponte de Frielas e em Bucelas, e da Cinemate, na Manjoeira. Uma necessidade que resulta da falta de espaço e do grande volume de trabalho da produtora. Para conhecer melhor o universo da NBP, a Loures Municipal percorreu os vários estúdios onde estão a ser feitas algumas das produções mais familiares ao grande público português, como as novelas Amanhecer, Coração Malandro, Saber Amar, entre outras que vão estrear em breve. O presidente do Conselho de Administração da NBP, António Parente, apesar de não gostar de ser fotografado, falou-nos do presente e do futuro de uma indústria que vive das imagens que produz. Uma cidade dedicada à televisão e ao cinema é um dos sonhos que pretende concretizar a curto prazo. A NBP é uma empresa que foi constituída há dez anos e que se dedica exclusivamente à ficção televisiva. No programa de expansão que temos para os próximos anos pensamos também entrar no cinema e na publicidade. Temos trabalhado para as três estações, algumas das vezes em concorrência directa entre os nossos produtos. Actualmente, trabalhamos em oito estúdios em simultâneo. Temos uma escola de formação de actores, uma empresa de meios audiovisuais e uma empresa que fabrica os cenários. Além disso, temos um laboratório de textos, a Casa da Criação, onde cerca de 25 autores criam os textos para a ficção que fazemos. Paralelamente, iniciámos a nossa actividade em Espanha, através da NBP Ibérica, e estamos também no Brasil a negociar a extensão da nossa actividade àquele país. Quantas pessoas trabalham com a NBP? Cada uma das nossas produções envolve mais de 150 colaboradores. No ano passado trabalhámos com cerca de mil pessoas, incluindo actores. De uma forma geral, é pessoal especializado nos mais diferentes campos, nomeadamente som, imagem, cenários, guarda-roupa e iluminação. Como vê o futuro desta área? Em termos de futuro, é nossa intenção – e já falámos com o presidente da Câmara de Loures sobre isso – juntar todas as nossas actividades num único parque, onde iremos proceder à construção dos estúdios e das infra-estruturas periféricas. Penso que o concelho de Loures está bem localizado, relativamente à proximidade a Lisboa. Precisamos entre 100 e 120 hectares. Os estúdios variam entre mil e quinhentos e dois mil metros quadrados, com as respectivas áreas administrativas e técnicas. Estão previstos refeitórios, creches e um hotel. Queremos instalar uma secção da Universidade Lusófona, com quem temos um acordo para a formação e reciclagem dos nossos técnicos. É um projecto ambicioso, que servirá para as nossas produções, mas que também terá áreas para que outras produtoras possam trabalhar. As nossas instalações actuais são um pouco arcaicas e improvisadas, e está na altura de darmos uma certa dignidade a todo este conjunto, criando condições de funcionalidade para o futuro. António Parente dixit “Teríamos todo o interesse em ficar no concelho de Loures, se ele nos quiser acolher. Esta não é uma indústria poluidora, é uma indústria nobre.” “Gostava que a Câmara de Loures fosse mais rápida na procura de uma solução para a futura cidade da televisão e do cinema, porque nos interessava ficar onde já estamos instalados, em Bucelas.” “A nossa actividade reflecte-se na zona de Bucelas de uma forma muito positiva: nos restaurantes, nas floristas, na habitação, nos materiais de construção que precisamos todos os dias.” “Actualmente, em número de horas, a NBP é a maior produtora do mundo a nível de ficção para televisão.” 31 À lupa À lupa consciência internacional da necessidade de desenvolver o sector de conservação. Uma cinemateca, sendo no fundo um museu de cinema, tem de expor o património, mas tem também de ter condições para o conservar de acordo com os requisitos técnicos exigíveis. Concebemos a ideia de construir de raiz um centro técnico que, pela primeira vez, visasse não apenas conservar estritamente aquilo que a Cinemateca já tinha, mas que, de uma forma activa, procurasse concentrar todo o património cinematográfico português que hoje sobrevive. José Manuel Costa O ANIM é um departamento da Cinemateca Portuguesa, que se ocupa de prospectar, receber em depósito, conservar, restaurar e pôr em acesso o património cinematográfico português no seu conjunto. Com o ANIM passámos a ter um arquivo no completo sentido da palavra: uma infra-estrutura técnica de conservação do património. Engloba a prospecção de antigos filmes portugueses perdidos que, felizmente, não são muitos. Outra das vertentes do ANIM é a relação com os depositantes: receber o material em depósito, conservá-lo, restaurá-lo se for necessário e pô-lo em acesso. Como é que nasceu o ANIM? Por que é que o ANIM se instalou no Freixial? A Cinemateca é um organismo que surge na sequência de uma lei de 1948, mas que apenas ganha autonomia administrativa e financeira em 1980. Nessa altura estava muito viva uma Há várias razões para termos vindo para aqui, a principal das quais é para evitar que volte a haver a desmembração de arquivos. Se for preciso crescer, será possível fazê-lo harmoniosa e O que é o ANIM? Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema Arquivo Nacional das Imagens em Movimento Resguardado de olhares indiscretos e desfrutando da bucólica paisagem da zona norte do concelho, o Arquivo Nacional das Imagens em Movimento (ANIM) está instalado nos paradisíacos dezoito hectares da Quinta da Cerca, no Freixial. 32 Pensado desde 1980 e inaugurado em 1996, o ANIM é parte integrante da Cinemateca Portuguesa. Composto por cerca de 15 mil títulos, repartidos por dois edifícios técnicos construídos de raiz, possui mais de sete mil metros quadrados de área bruta de construção, onde laboram cerca de vinte pessoas. Uma equipa pequena que realiza um trabalho grandioso: garantir a preservação de uma parte importante da nossa memória colectiva. Para além dos filmes, o ANIM também arquiva fotografias, cartazes e maquetas. A Loures Municipal foi ao Freixial conhecer o ANIM e falou com José Manuel Costa. Que trabalho desenvolve o ANIM? Depósito para filmes em suporte de nitrato de celulose Depósito para filmes de acetato Área construída: 425 m2 Temperatura: 12º C Humidade relativa: 50% Capacidade de armazenamento: 11 mil bobinas (35 mm/300 metros) Área total de armazenamento para acetato: 770 m2 Capacidade total de armazenamento: 182 mil bobinas (35 mm/300 metros) Sistema de armazenamento: estantes compactas (à excepção do depósito para suportes em decomposição, dotado de estantes convencionais) organicamente em ligação aos serviços que já existem. Por outro lado, precisávamos de arquivar uma parte da colecção, que é o chamado depósito para filmes de nitrato de celulose, altamente inflamáveis, além de serem instáveis quimicamente. Para isso, foi construído um edifício separado, bastante isolado, e uma parte da quinta é dedicada a isolar esse edifício. Outra das razões por que escolhemos este sítio, deve-se às questões ambientais, pois oferece melhores condições para uma conservação a longo prazo. José Manuel Costa dixit “Os filmes deterioram-se, não duram sempre e, se não forem tratados com cuidados especiais, podem deixar de existir. Foi isso que aconteceu antes de haver cinematecas.” “Sugerimos às entidades, que tenham cópias mais ou menos antigas, que as depositem no ANIM. Não perdem o direito de propriedade e podem beneficiar das condições de conservação existentes. Quem quiser, também pode contribuir mecenaticamente para salvar mais filmes, podendo obter contrapartidas a vários níveis.” “É uma regra sagrada, para nós, e para todas as grandes cinematecas do mundo, que as obras devem ser legadas às gerações futuras nos suportes em que foram feitas. Sem prejuízo da digitalização para efeitos de consulta, queremos que a obra sobreviva o maior tempo possível no seu suporte original.” Edifício de apoio O edifício de apoio social inclui refeitório, casa para guarda das instalações e dois pequenos apartamentos destinados à eventual residência temporária de investigadores especializados. 33 Justiça Segurança Conselho Municipal de Segurança Segurança em análise II Encontro Nacional de Juízes Justiça em debate Mais de meia centena de juízes de todo o país debateram o futuro da Justiça em Portugal. União de esforços é a palavra de ordem. Seis dezenas de juízes reflectiram sobre o futuro da Justiça no II Encontro Nacional de Juízes, que se realizou no passado dia 22 de Fevereiro, no Centro Social de Santo António dos Cavaleiros. A cerimónia de abertura, que contou com a presença de Carlos Teixeira, ficou marcada pela posição de Raul Esteves, presidente da entidade organizadora do evento – o “Movimento Justiça e Democracia” –, que realçou a importância da “revisão da legislação em relação ao segredo de justiça e à prisão preventiva” e da tomada de medidas que tornem o judiciário mais “imparcial, independente, transparente e inflexível face a todos os outros poderes sejam eles políticos, económicos ou meros grupos de pressão”. O encontro, com dois painéis sobre os temas “Os juízes, o poder e o sistema: os desafios da administração da justiça” e a “Independência do juízes: fenómeno institucional e associativo”, destacou a importância dos “meritíssimos” na procura de soluções para uma das áreas fulcrais do Estado de direito. Comarca de Loures: Mais de 22 mil processos em 2001 Carlos Teixeira fez questão de referir a importância da Justiça para os munícipes de Loures. A comarca de Loures, uma das maiores do País, abarcando também o concelho de Odivelas, depara-se com alguns problemas: só no ano de 2001, deram entrada mais de 22 mil processos, representando uma média de 1045 por juiz. Não obstante o enorme esforço dos magistrados da comarca que findaram, cada um, uma média de 962 processos em 2001, somente a congregação de esforços por parte de todas as instituições ligadas ao poder judiciário possibilitará inverter a morosidade da Justiça, tanto em Loures como em todo o país. O Conselho Municipal de Segurança é um órgão de diagnóstico da situação concelhia com carácter consultivo e opinativo. Pretende contribuir para um maior conhecimento da situação de segurança, através da consulta a todas as entidades que o constituem, promover a discussão de medidas a adoptar no combate à criminalidade e à exclusão social, apresentar propostas para a solução e prevenção de problemas detectados. São cerca de sessenta representantes – de órgãos da administração local, bombeiros, forças policiais, assistência social, escolas e instituições de saúde e de solidariedade social – que, com base na sua experiência no terreno, emitem pareceres sobre a evolução dos níveis de criminalidade, a capacidade operacional das forças de segurança, os índices de segurança e o ordenamento social, a actividade municipal de protecção civil e combate aos incêndios, entre outros. Descrição genérica das atribuições Tomada de posse da CPCJ Defender crianças e apelar à união de esforços O Salão Nobre dos Paços do Concelho foi pequeno para acolher todos os convidados que quiseram assistir in loco à tomada de posse dos membros que compõem a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) do concelho de Loures, que decorreu no dia 10 de Fevereiro. A CPCJ tem como presidente Fátima Pires, eleita através da Assembleia Municipal de Loures, e ocupará instalações municipais na Rua Manuel Augusto Pacheco, n.º 5 (3.º andar), tendo como contactos os seguintes números: Tel. – 21 984 31 67/9 Fax – 21 984 91 92. 34 Polícia Municipal Aprovado Regulamento A Câmara e a Assembleia Municipal aprovaram o regulamento de orga-nização e funcionamento da Polícia Municipal de Loures, que será estruturada de acordo com os fins e necessidades operativas dos serviços que presta. Trata-se de uma polícia administrativa, armada e de natureza civil, que coopera com as forças de segurança na manutenção da ordem e tranquilidade públicas e na protecção das comunidades locais, quando solicitada. Foi também aprovado pela Câmara o contrato-programa a candidatar ao Ministério da Administração Interna. Velar pelo aumento do sentimento de segurança das populações; coordenar todas as iniciativas decorrentes do Conselho Municipal de Segurança ou de outros organismos que venham a ser criados, com intervenção directa na segurança pública na área do concelho de Loures; regular trânsito rodoviário e pedonal; participar no Serviço Municipal de Protecção Civil, em caso de calamidade pública; fiscalizar o cumprimento das leis e regulamentos municipais; vigiar espaços públicos ou abertos ao público; guardar edifícios e equipamentos públicos municipais; fiscalizar em matéria de edificação, urbanização, parque habitacional, comércio, saúde pública, averiguações e intimações, circulação rodoviária e estacionamento de veículos, defesa da natureza, do ambiente e dos recursos cinegéticos, criminalidade, ruído e outros. 35 Protecção Civil Ambiente Limpeza das linhas de água Para que as águas possam seguir o seu curso natural, sem obstáculos no caminho que a desviem para locais menos apropriados, provocando as sempre incómodas e prejudiciais inundações, foram limpos dois dos mais importantes rios do concelho. Dando continuidade aos trabalhos de limpeza e desassoreamento das linhas de água do concelho, a Câmara, através do Serviço Municipal de Protecção Civil, procedeu a intervenções nos rios de Loures e Bucelas, prevenindo assim males maiores.Ainda durante o ano de 2002, o rio de Loures foi limpo numa extensão de 800 metros. Já em 2003, foi a vez de o rio de Bucelas ver desassoreado o seu curso numa extensão de 600 metros. Antes 36 Depois Plano Municipal de Intervenção na Floresta Conversas com Ambiente Ouvir para intervir O Parque Urbano de Santa Iria de Azóia foi o local escolhido para a realização de um ciclo de debates denominado “Conversas com Ambiente: ouvir para intervir”. Mensalmente, ao longo do ano, este é um espaço destinado a especialistas, a interessados e à população em geral. Dividido em dois segmentos – um de convidados especialistas e outro de debate com cidadãos escolhidos aleatoriamente –, o principal objectivo do Departamento do Ambiente da Câmara é lançar as bases para a futura implementação da Agenda 21 Local. Depois da esperança gerada pela Cimeira do Rio de Janeiro, em 1992, e do desaire da Cimeira de Joanesburgo, em 2002, ficou a certeza de que o caminho a percorrer na defesa do planeta Terra e dos Conhecer e planear a floresta seus recursos naturais é longo e incerto. A importância de reflectir e debater o desenvolvimento sustentável, cujo lema é “pensar globalmente e agir localmente”, já levou até ao Parque Urbano de Santa Iria de Azóia alguns especialistas de renome do panorama nacional, casos do engenheiro Rui Godinho e do arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles. Arquitecto Ribeiro Teles dixit “Antes de se ir para as praias ia-se passear para as hortas do concelho de Loures” “Os principais problemas das cidades do futuro são a qualidade do ar e da água, os lixos, a claustrofobia, a desumanização do espaço e o aumento da temperatura provocado pelas fachadas do prédios que reflectem o sol.” Está em fase final a elaboração do Plano Municipal de Intervenção na Floresta. O trabalho foi apresentado a 20 de Fevereiro no auditório da Casa da Cultura da Apelação, por técnicos do Departamento do Ambiente e pela empresa que coordena a feitura deste plano. Foi realizado um levantamento exaustivo da realidade florestal do concelho, com identificação e quantificação das espécies existentes. Em breve será divulgado o plano propriamente dito, que abrange aspectos agrícolas, cinegéticos, hidrológicos e florestais. Trabalhando a partir de uma propriedade rural muito compartimentada, serão definidas áreas prioritárias de intervenção e propostas soluções para preocupações relacionadas com a erosão e desertificação das encostas, reflorestação e prevenção de incêndios florestais. 37 Desporto Desporto XI Torneio de Futebol Infantil da Ponte de Frielas Belgas fazem a festa Onze anos depois da primeira edição, o torneio infantil organizado pela União Desportiva da Ponte de Frielas (UDPF) continua a granjear uma reputação digna de referência. Mais uma vez, o sucesso desportivo e organizativo foi uma realidade num torneio que teve no Standard de Liège o grande vencedor. O Campo do Bonjardim foi pequeno para acolher as centenas de pessoas que se apinhavam nas bancadas e no peão para ver a grande final. As equipas do Standard de Liège e do Sporting perfilavam-se no terreno para dar início ao jogo de consagração do já célebre torneio de futebol infantil da Ponte de Frielas. Na tribuna vip, sentados lado a lado com o padrinho do torneio, Vítor Damas, estavam Virgílio, Mário Lino, Nené e Mário Wilson, personagens históricas do futebol português que dispensam apresentações. 38 Os belgas do Standard de Liège comemorando efusivamente a vitória no torneio Mas façamos uma pausa. Regressemos ao início da prova e à altura onde todos os sonhos de vitória dos mais de 150 atletas inscritos ainda eram possíveis. Oito equipas, seis nacionais (Sporting, Benfica, Braga, V. Guimarães, Belenenses e, claro, Ponte de Frielas) e duas estrangeiras – Racing Santander (Espanha) e Standard de Liège (Bélgica), eram as convidadas para a XI edição da prova. A partir do dia 1 de Março, e durante quatro dias, os pequenos artistas fizeram as delícias do muito público presente. Compensando com uma técnica desportiva acima da média a sua debilidade física, inerente à condição de crianças com menos de 12 anos, os atletas mostraram atributos dignos de campeões. Desde cedo se percebeu que belgas e espanhóis eram fortes candidatos ao título, a par do Sporting e do Benfica por parte dos nacionais. Depois de uma primeira fase onde essa previsão se confirmou, as meias-finais ditaram um Benfica-Liège e um Sporting-Racing. E se os encarnados não tiveram armas suficientes e perderam por esclarecedores 3-1, já os leões venceram com surpreendente facilidade os nuestros hermanos por convincentes 5-0. O dia decisivo começou com o jogo de atribuição dos 3.º e 4.º lugares, onde o Racing acabou por bater as águias através da marcação de pontapés de grande penalidade (4-3) após o nulo registado no final do tempo regulamentar. Na grande final, o Standard de Liège foi mais forte e, depois de marcar ainda na primeira parte através de Brisy, conseguiu suster a resposta leonina no segundo tempo e teve no seu guarda-redes Moris o grande herói da partida ao defender uma grande penalidade marcada por Diogo Viana. No final, a cerimónia de entrega de prémios consagrou os melhores entre os melhores. João Sequeira, presidente da UDPF, agradeceu o apoio de todas as entidades que apoiaram esta realização, entre as quais a Câmara de Loures que, na entrega de prémios, foi representada pelo presidente Carlos Teixeira e pelo vereador Ricardo Leão. Uma última palavra para a equipa da UDPF: apesar do oitavo lugar, sobraram razões para acreditar no valor destes atletas que, contra equipas de grande valor como o Sporting ou o Belenenses, apenas perderam pela margem mínima (0-1) em ambas as partidas. João Sequeira, presidente da UDPF, Vitor Damas, patrono do torneio e Carlos Teixeira, presidente da Câmara, na cerimónia de entrega dos troféus. O vereador do pelouro do Desporto, Ricardo Leão, entrega o troféu de terceiro classificado à equipa do Racing de Santander A equipa da União Desportiva da Ponte de Frielas, organizadora do torneio 39 Pessoas e lugares Cultura Maria André Uma mulher num mundo de homens Literatura Procurando casos de sucesso na vida profissional dos munícipes, a Loures Municipal foi conhecer a singular história de uma mulher que é a única treinadora de uma equipa sénior de futebol em Portugal. A União Desportiva da Ponte de Frielas (UDPF) tem, desde o início da corrente temporada desportiva, mais um factor de orgulho: é o único clube português que tem uma mulher como treinadora da sua equipa de seniores. Maria André passou a andar nas bocas do mundo após uma reportagem do canal de desporto Sport TV. Capaz de liderar com afinco um grupo de homens, mas também extremamente sensível a todas as contingências de uma vida bem diferente daquela que a maioria das mulheres escolhem, Maria André, professora de Francês até há alguns anos atrás, traça novas metas no seu percurso profissional. Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho premeia Penélope Como surgiu o futebol na sua vida? Comecei a gostar de futebol devido ao meu filho mais novo, o Bruno. Ele começou a jogar no Romeira e eu era uma daquelas indefectíveis mães que não faltava a um jogo da equipa. A minha paixão foi tal que o treinador acabou por me convidar a ajudar a cuidar dos miúdos. Como gostei muito do ambiente, achei que poderia fazer algo mais. Senti necessidade de tirar o curso de preparadora física, massagista e treinadora e acabei por me integrar cada vez mais neste mundo. Quando o treinador saiu, o presidente falou comigo para ficar à frente da equipa de infantis e aceitei. Já lá vão 13 anos e, até hoje, não me arrependo nada da decisão que tomei. Quais as vantagens e desvantagens de ser mulher nesta profissão? Não sei se posso falar em vantagens ou desvantagens. Penso que, talvez pelo facto de ser mulher, sou muito humana nas relações. Acima de tudo tenho de ter uma boa relação pessoal com todos os atletas. Mas aquilo que alguns pensam 40 que pelo facto de ser mulher não se ouvem determinadas coisas, ou as pessoas são mais contidas, não é verdade. Que mensagem gostaria de passar a outras mulheres que tenham as mesmas ambições? Preferia enviar uma mensagem aos homens, mas àqueles machistas que ainda não evoluíram como seres humanos. O que lhes peço é que apoiem as mulheres e que não as impeçam de atingir as suas metas. O que conta não é o sexo mas a competência, e isso as mulheres também a podem, e devem, ter. Graça Pires, ou Penélope, viu reconhecida a sua obra com este prémio Quais os objectivos desportivos da UDPF com a Maria André no comando da equipa? Tínhamos conseguido um bom arranque de campeonato mas, coincidência ou não, desde que passei a andar nas bocas do mundo devido à comunicação social, perdemos alguns jogos que nos fizeram descer na classificação. Seja como for, estou ainda no primeiro ano de seniores e ainda estou a aprender, pelo que penso que no próximo ano vamos conseguir atingir o objectivo da subida de divisão. Recital de Música Moderna por Flávia Barroca, Marco Magalhães e Alexandre Carvalho, do Agrupamento de Música de Câmara. A cerimónia de entrega do 6.º Prémio Literário Maria Amália Vaz de Carvalho realizou-se no dia 8 de Março, no auditório da Biblioteca José Saramago. Este prémio destina-se a incentivar a produção literária de obras inéditas de prosa ou poesia em Língua Portuguesa e é atribuído bienalmente a um autor português. Na edição de 2002/2003, o júri foi unânime, distinguindo Uma certa forma de errância, de Penélope, pseudónimo de Graça Maria Pires. A autora agradeceu a oportunidade que a Câmara proporcionou ao instituir esta aliciante iniciativa e levantou o véu da sua escrita: “O sentido das palavras desvenda intimidades, desnuda hesitações e permite-nos riscar nos pulsos um silêncio de fuga. Por isso me concedo o direito de pensar a Ulisses e sou, ao mesmo tempo, Penélope e todos aqueles que têm uma ilha adiada no peito, todos os que fazem, desfazem e refazem a manta de retalhos da vida no tear da coragem, todos os que esperam, a vida inteira se necessário for, por um sonho, por um grande amor, por um poema, por qualquer coisa que desoculte as sombras do olhar. Todos somos Penélope.” “São momentos como este que transformam o gesto solitário de fazer o poema, no acto solidário de partilhar a poesia”, rematou, emocionada, Graça Pires. 41 Instantâneos Instantâneos 19.º Troféu “Corrida das Colectividades” Calendarização das restantes provas durante os meses de Abril e Maio: Semana do Consumidor Defender direitos, garantir qualidade 13 de Abril – 9 horas 8.ª Milha Urbana de Moscavide Junto ao Jardim de Moscavide 25 de Abril – 9 horas Grande Prémio de Camarate Junto à igreja de Camarate 27 de Abril – 9 horas 3.ª Corrida “10 km de Vila de Rei” Junto à nova sede da Sociedade Recreativa de Vila de Rei 4 de Maio – 9 horas 14.º Grande Prémio do Bairro da Fraternidade Junto à sede da Associação Desportiva e Recreativa do Bairro da Fraternidade A Praça da Liberdade, em frente aos Paços do Concelho, foi o palco escolhido para a celebração da Semana do Consumidor, que decorreu entre 10 e 14 de Março, em Loures. Das inúmeras actividades desenvolvidas pelo Gabinete de Apoio ao Consumidor, destaque para o desfile que juntou mais de meia centena de crianças e jovens do concelho no encerramento do evento. Defender os direitos do consumidor e garantir a qualidade de produtos e serviços foi o mote desta iniciativa, que contou ainda com o precioso apoio da DECO (Defesa do Consumidor) e da PSP, especialmente nas actividades vocacionadas para a importância da segurança dos mais novos. Atletismo Meio milhar a correr Meio milhar de atletas participaram nas duas provas realizadas nos meses de Fevereiro e Março, que englobavam todos os escalões: o 5.º Corta-Mato de Santo António dos Cavaleiros e o 16.º Grande Prémio de Vale Figueira. Provenientes de vários pontos do País, os atletas entraram nas provas pontuáveis para o 19.º Troféu “Corrida das Colectividades do Concelho de Loures”. Restauração Empresas Conhecer para evoluir Hovione oferece bolsas de estudo Numa época em que se encontra na ordem do dia a fiscalização e o controlo de qualidade dos produtos alimentares, a Associação de Restaurantes e Similares de Portugal (ARESP) promoveu, com o apoio da Câmara, um seminário subordinado ao tema “Conhecer para Evoluir”. O encontro realizou-se no dia 10 de Março no auditório da Biblioteca Municipal de Loures, e contou com a presença de vários representantes do sector. Assuntos relacionados com a higiene e segurança alimentar, a legislação, os financiamentos e a fiscalização foram amplamente debatidos. A Hovione FarmaCiência S.A., sedeada em Loures, desenvolveu acções dirigidas à comunidade local, designadamente o apoio a jovens estudantes com dificuldades socio-económicas. A empresa abriu concurso para a atribuição de 12 bolsas nas áreas de Química Industrial e Tecnológica, Mecânica e Manutenção Industrial, Electrónica e Telecomunicações, oferecendo as propinas da Escola Profissional, um subsídio complementar e emprego temporário onde poderão desenvolver experiência prática. Para mais informações, consulte www.hovione.pt. 42 11 de Maio – 9 horas 15.º Grande Prémio de São Sebastião de Guerreiros Junto ao parque infantil de São Sebastião de Guerreiros 18 de Maio – 9 horas 14.ª Corrida dos Jogos do Tejo Junto à sede do Atlético de Via Rara Gesloures “Derby” do concelho Revista moderna e renovada Empate com sabor amargo O novo formato da edição da Revista da Gesloures está mais moderno e arrojado e foi apresentado ao público em Janeiro. Recorde-se que este é um veículo privilegiado de informação, particularmente junto dos que se interessam pela prática desportiva, em especial pela natação. A revista pretende ainda criar motivação e alertar aqueles que não praticam este desporto, para os benefícios que daí podem advir. A Revista Gesloures informa e convida os munícipes a um mergulho... em prol da saúde. Loures e Sacavenense disputaram no passado dia 16 de Março o grande derby do concelho. O empate a uma bola foi o resultado final, num encontro marcado pela emoção que durou até final. Com a equipa da sede do concelho a precisar da vitória para continuar a luta pela subida de divisão e o Sacavenense numa luta desesperada pela manutenção, o empate tem um sabor amargo para as duas formações face às inúmeras oportunidades de golo criadas em ambas as balizas. 43 Instantâneos Instantâneos Círculo Mágico A magia da Natureza O Círculo Mágico é um programa de educação ambiental promovido pelo Departamento do Ambiente da Câmara. Mais de 16 mil crianças e um milhar de professores de escolas do ensino básico do concelho participam em diversas actividades, criadas com o objectivo de despertar e mobilizar responsabilidades individuais visando a melhoria da qualidade do ambiente. Pretende-se encorajar as crianças a adoptarem uma atitude participativa na protecção do ambiente, evidenciando-se a importância do equilíbrio que deve existir entre o Homem e a Natureza. Quinta do Conventinho Técnicas militares em discussão No âmbito da exposição Fortes, fortins e redutos – patente até 30 de Setembro no Museu Municipal da Quinta do Conventinho –, tiveram lugar duas palestras – Aspectos humanos da batalha do Vimeiro e O Fogo e o Choque –, subordinadas à temática das Invasões Francesas do século XIX. Os oradores convidados, Duarte Pacheco de Souza, João Maia e António Mendonça, expuseram um conjunto de informações técnicas sobre as características militares da época, demonstrando ao vivo a forma como portugueses e franceses lutavam nos campos de batalha. Foram interessantes conversas com especialistas em História Militar e Heráldica, proporcionadas pelo Museu Municipal de Loures que, desta forma, relembra a importância das Linhas de Torres – parte delas instaladas no concelho de Loures – na defesa do território nacional face à invasão dos exércitos napoleónicos convidando a um “regresso” ao passado. “Raid” ambiental Pré-escolar Percursos Pedestres Biblioteca José Saramago Oficinas “Born in Europe” Ciclo de conferências Conhecer a floresta Aprender a reciclar Conhecer o património Arquitectos organizam visita Defender a multiculturalidade Literatura infantil debatida O “Raid” ambiental destina-se a alunos do 3.º ano de escolaridade e consiste na realização de um percurso de orientação no Parque Municipal do Cabeço de Montachique. O tema central é a floresta, com actividades relacionadas com o jogo “Os Cavaleiros do Círculo Mágico”. É feita a sensibilização dos alunos para a natureza e para a diversidade da floresta, através do desenvolvimento de capacidades sensoriais, cognitivas e afectivas. Os jardins-de-infância são locais privilegiados para o início da aprendizagem e sensibilização ambientais. Através de apoio técnico e material à concepção, definição e realização de projectos de educação ambiental no âmbito da reciclagem e da exploração dos cinco sentidos, os mais novos têm oportunidade de aprender os segredos e a importância de reciclar os materiais que no dia-a-dia se transformam em lixo. Mais de uma centena de caminheiros participaram, no dia 8 de Março, num percurso pedestre de 18 quilómetros, no concelho de Loures. Começou com a visita ao Museu Municipal Quinta do Conventinho. Seguiu-se a Estação Arqueológica de Frielas, o Palácio dos Arcebispos em Santo Antão do Tojal e em Bucelas, conheceram os Fortes das Linhas de Torres e a Quinta da Romeira. No Ano Nacional da Arquitectura, a Ordem dos Arquitectos organizou uma visita guiada à Biblioteca Municipal José Saramago, obra concebida e realizada pela Área de Projectos e Edifícios da Câmara e que foi nomeada para os prémios SECIL e Mies Van der Rohe. A visita, conduzida pelo autor do projecto, Fernando Martins, contou com uma forte adesão de estudantes universitários de Arquitectura. Na sequência da exposição Born in Europe, o Museu da Cerâmica de Sacavém organizou, nos meses de Janeiro e Fevereiro, oficinas subordinadas ao tema: Europa – Fábrica de Culturas. Mais de uma centena de crianças participaram num evento que pretendeu mostrar a importância da multiculturalidade e integração dos povos na Europa, bem como combater a xenofobia, o racismo e a exclusão social. A Biblioteca José Saramago acolheu, de 5 a 7 de Fevereiro, um ciclo de conferências subordinado ao tema da literatura infantojuvenil, que contou com a participação de José Jorge Letria, Maria José Sottomayor, Maria Helena Veiga, Violeta Morais e Maria Augusta Seabra Diniz. O evento pretendeu sensibilizar os presentes para a importância da leitura especializada para estas faixas etárias, factor fulcral na educação dos mais novos. 44 45 Instantâneos Agenda Dia da Mulher Duzentas trabalhadoras visitam equipamentos municipais Sábados em Cheio Exposições Biblioteca Municipal José Saramago Todos os Sábados às 15 horas Programação de Abril Museu da Cerâmica de Sacavém Dia 5 O Municípo de Loures brindou as trabalhadoras municipais com um dia de passeio e convívio. O Dia da Mulher foi assinalado pela visita aos museus municipais – o da Cerâmica, em Sacavém, e o da Quinta do Conventinho, em Loures. Na companhia de Carlos Teixeira, presidente da Câmara, e de António Pereira, vereador dos Recursos Humanos, algumas das cerca de duzentas senhoras que participaram na comemoração conheceram pela primeira vez estes equipamentos municipais, suas exposições e outras valências que têm para oferecer. No final da tarde seguiu-se um lanche e a entrega de rosas pela mão do presidente da Câmara e dos Serviços Municipalizados. O dia cobre-se de pássaros, Que sobrevoam quotidianas ficções. No meu país, as mulheres, têm a cor da sede Nos seus olhos, ávidos de milagres. É por isso que as mãos lhes estremecem de prazer De Graça Maria Pires, vencedora da sexta edição do Prémio Literário Maria Amália Vaz de Carvalho “As coisas melhores são feitas no ar” com Cristina Paiva e João Brás Textos poéticos teatralizados, envolvidos por um ambiente sonoro original. Espectáculo comemorativo do Dia Mundial do Livro Infantil. Fotografia A Fábrica e Sacavém pelos olhos de Eduardo Gageiro 26 de Abril a 21 de Março de 2004 Dia 12 “Elmer e o avô Eldo” Nova história de um elefante que, sendo igual aos seus irmãos, apresenta a pele de cor diferente. Dia 19 “Quem conta um conto” Contos contados ao desafio. Uma vez o animador, a outra o utilizador. Dia 26 “Guia familiar para os monstros lá de casa” – de Stanislav Marijanovic Estórias divertidas de monstros que nos fazem roer as unhas, tremelicar as pernas, ganhar suores frios e ainda ficar com os cabelos em pé. Metem tanto medo que são de morrer a rir. A cidade de Sacavém e sua fábrica da loiça são retratadas com mestria por um dos mais destacados fotógrafos portugueses. Outros eventos Pirescoxe 13 de Abril – 15 horas Torneio Nacional de Loures de Ginástica Aeróbica e Fitness Organização da Federação Portuguesa de Ginástica Pavilhão Feliciano Rosa Bastos – Loures Fotografia pelo Grupo F8 #1 21 Março a 17 de Abril 18 a 20 de Abril – 9 horas Torneio de Futebol do Concelho de Loures - Escalão de iniciados Campo José Silva Faria, em Loures (dias 18 e 20) e Complexo Desportivo 1.º de Maio, no Catujal (dia 19) Rede Social de Loures Colóquio sobre Angola Talude Militar Acções de formação de parceiros Renascer rumo ao futuro Segurança é preocupação No âmbito da implementação da Rede Social de Loures (RSL), o Gabinete de Assuntos Religiosos e Sociais Específicos (GARSE) desenvolveu um conjunto de acções de formação para cerca de centena e meia de elementos de mais de 60 organizações que integram as parcerias de intervenção comunitária na Quinta do Mocho (Sacavém), Quinta da Fonte (Apelação), Quinta das Sapateiras (Loures) e Quinta da Vitória (Portela). Esta iniciativa visa a formação dos parceiros que vão trabalhar com a população local, o planeamento da intervenção para os próximos dois anos, e a identificação de novos objectivos para uma actuação concertada dos diversos organismos que fazem parte da RSL. 46 A Casa da Cultura de Sacavém recebeu, no dia 15 de Fevereiro, o colóquio “Angola – Renascer rumo ao futuro”, promovido pela União dos Jovens Angolanos em Portugal, em parceria com a Câmara de Loures. O encontro contou com a presença do vereador António Pereira, responsável pelo pelouro dos Assuntos Sociais, e com a participação de dezenas de residentes na Quinta do Mocho. Foi aprovada uma moção prevendo a criação de um fundo de apoio às famílias de angolanos em Portugal, e de uma comissão consultiva, que deverá, entre outras coisas, apelar junto do Governo angolano, à assinatura do Acordo Bilateral de Imigração e Segurança Social com Portugal. Preocupada com a segurança dos habitantes das construções ilegais existentes no Talude Militar, freguesia de Camarate, a Câmara, através da Divisão Municipal de Habitação, procedeu à demolição de algumas edificações que ameaçavam ruir. Localizadas em terrenos de acentuado declive, com condições geotécnicas delicadas, estas intervenções exigiram especiais cuidados, como escoramentos prévios, a fim de garantir a execução dos trabalhos em segurança para pessoas e bens. Estes são exemplos das graves consequências decorrentes do desrespeito pelas normas de construção mais elementares. 8 de Abril – 10 horas Presença em Loures, junto ao Pavilhão Paz e Amizade, de um autocarro do Fórum Europeu da Deficiência que, no âmbito do Ano Europeu das Pessoas com Deficiência, passa por Portugal depois de uma digressão por toda a União Europeia. Para mais informações, visite o sítio www.cnod.org Colectiva de fotografia de Ana Martins, Vítor Oliveira, Teresa Abrantes, Margarida Sanches, Ângela Correia, Isabel Cristina, Ana Oliveira e Ana Branca. Oito artistas unidos pelo clique mostrando olhares sobre um mundo real e enigmático. Atendimento Rui Pinheiro, vereador do Departamento do Ambiente da Câmara, irá receber munícipes em atendimento descentralizado nas freguesias de Sacavém, Bucelas e Santa Iria de Azóia, nos dias 24 de Abril Abril, 30 de Maio Maio, 27 de Junho Junho, 25 de Julho Julho, 29 de Agosto Agosto, 26 de Setembro Setembro, 31 de Outubro Outubro, 28 de Novembro e 26 de Dezembro. Os horários são os seguintes: Sacavém (Quinta de São José) – das 10 às 12 horas Bucelas (Junta de Freguesia) – das 14h30 às 16h30 Santa Iria de Azóia (Parque Urbano) – das 17h30 às 19h30 Contactos: Tel.: 21 984 82 10/13 – Fax: 21 984 82 51 e-mail: [email protected] Galeria Municipal de Loures Tapeçaria contemporânea e objectos têxteis de Guida Fonseca 3 a 17 de Abril Errare humanum est Na última edição da Loures Municipal, página 10, surgiu erradamente a informação que a obra da nova ponte sobre o rio de Loures seria parte integrante do PROQUAL. Tal facto não se verifica, pois este programa aplica-se somente às freguesias de Sacavém e Prior Velho. Já na página 47, foi referido que o prazo final de apresentações de candidaturas ao RAME seria 15 de Maio, quando a data correcta é 15 de Março. Pelos lapsos, as nossas desculpas. Guida Fonseca regressa a Loures para uma exposição individual, o que já não acontecia desde 1995. Artista autodidacta, trabalha com estes materiais desde 1971, tendo desenvolvido uma série de acções de formação e cursos de formação profissional na área da tapeçaria e tecelagem. 47