0 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DO QUALITY OF LIFE INDEX SPINAL CORD INJURY - VERSION III PRISCILA ALENCAR MENDES REIS FORTALEZA 2014 Priscila Alencar Mendes Reis 1 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III PRISCILA ALENCAR MENDES REIS ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DO QUALITY OF LIFE INDEX SPINAL CORD INJURY - VERSION III Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Enfermagem do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Enfermagem. Área de Concentração: Enfermagem na Promoção da Saúde. Orientadora: Profa. Dra. Zuila Maria de Figueiredo Carvalho FORTALEZA 2014 Priscila Alencar Mendes Reis 2 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III PRISCILA ALENCAR MENDES REIS ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DO QUALITY OF LIFE INDEX SPINAL CORD INJURY VERSION - III Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Enfermagem do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Enfermagem. Área temática: Enfermagem Neurológica: do cuidado à autonomia. Aprovada em: _____/____/______ BANCA EXAMINADORA __________________________________________________ Profa Dra Zuila Maria de Figueiredo Carvalho (Orientador) Universidade Federal do Ceará (UFC) __________________________________________________ Prof. Dr. Juan José Tirado Darder (1º membro) Universidad Cardenal Herrera – Espanha (CEU) __________________________________________________ Profa Dra Mônica Oliveira Batista Oriá ( 2º membro) Universidade Federal do Ceará (UFC) __________________________________________________ Profa Drª Rita Mônica Borges Studart (Suplente) Universidade de Fortaleza (UNIFOR) Priscila Alencar Mendes Reis 3 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III DEDICATÓRIA À minha mãe, Silvia, pelo exemplo de força, determinação, sabedoria, amor e por ser a minha melhor e eterna amiga. Pessoa que me incentiva a buscar o saber, que está presente em todos os momentos da minha vida e demonstrou o quão gratificante é ser querida por seus alunos, incentivando assim minha paixão em lecionar. Obrigada por fazer os meus sonhos os seus, e assim ser muito mais fácil concretizá-los. Te amo infinitamente. Ao meu pai, Jefferson, por vibrar com minhas vitórias e demonstrar que a simplicidade pode gerar muitos frutos, principalmente o carinho verdadeiro. Obrigada. Ao meu irmão Filipe pelo carinho, paciência, e se fazer presente para ajudar em tudo que eu preciso. Obrigada. Ao meu esposo Ricardo, que possui uma confiança extrema em mim, assim, transmite força para seguir e que se privou de algumas saídas, viagens para ficar ao meu lado e compartilhar dos meus ideais, e enfim, por ajudar em tudo que eu preciso, além de me fazer uma mulher feliz, agradar-me e amar-me muito. Te amo meu amor. Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 4 AGRADECIMENTOS ESPECIAIS A Deus, por dar permissão para eu chegar até aqui, por sempre iluminar meus caminhos e oportunizar muitas bênçãos em minha vida e principalmente por fazer com que pessoas boas e especiais, como as que estão citadas aqui, façam parte da minha vida. À minha orientadora Profa Dra. Zuila Maria de Figueirêdo Carvalho, por acreditar em mim ainda quando aluna de graduação, e sempre se fazer presente incentivando este meu caminhar. Estes quase seis anos de convívio fortaleceram e ainda continuaram a aumentar o respeito, carinho e admiração pela pessoa que consegue fazer com que nossos encontros de estudo sejam também de momentos prazerosos, onde sempre mantemos uma amizade. A todos meus entes queridos que não estão mais no convívio terreno, mais que me guiam e protegem. Ao meu avô, Jefferson Clodovir Mendes (in memoriam) que sempre acreditou que o estudo é a oportunidade de um futuro confortável, assim sempre incentivou e participou deste meu caminhar. Te amo para sempre meu avô querido. Aos pacientes que disponibilizaram atenção do seu tempo para a realização desta conquista. Tenho muito a agradecer a vocês. Priscila Alencar Mendes Reis 5 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III AGRADECIMENTOS Ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, na pessoa da Coordenadora Prof. Dra. Ana Karina Bezerra Pinheiro pela oportunidade da realização do curso de mestrado. Ao corpo de docente e funcionários da Pós-Graduação, pela colaboração e disposição para sempre ajudar. Ao Programa de Orientação e Operacionalização da Pós-Graduação Articulada à Graduação (PROPAG) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pelo apoio financeiro em forma de bolsa de mestrado que auxiliou na realização deste trabalho. Aos Prof. Dr. Juan José Tirado Darder, Profa Dra Mônica Oliveira Batista Oriá e Profa Drª Rita Mônica Borges Studart por aceitarem participar deste momento enriquecedor na minha profissão e serem estudiosos os quais pude aprofundar os estudos deste trabalho. As Profa Dra. Lorena Ximenes, Profa Dra. Mônica Oriá, Dra. Luciene Andrade, o Enfermeiro Jefferson Renato Bezerra e a Enfermeira Juliana Costa, pela valiosa contribuição na qualidade de juízes. Aos tradutores professores Joseph Corlis, Camila Lopes, Vera Barreira, Eline Passos, Marcos Norelli e Heather Herdman pela contribuição. Ao Núcleo de Pesquisa e Extensão em Enfermagem Neurológica (NUPEN), por sempre estar disponível para o crescimento científico através da colaboração nos momentos que eram requisitados, em especial as “nupetes” Daisy, Samira, Dilene, Amanda, Thalita, Vanessa, Marcela, Débora, Renata. À Dra. Carol Estwing Ferrans, autora do índice original, que autorizou sua utilização para que este estudo fosse realizado. Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 6 A minha mais nova amiga Viviane Mamede, que sem me conhecer, disponibilizou seu tempo para ajudar na minha seleção do mestrado e durante todo o processo se fez disponível para esclarecer muitas dúvidas. À estatística Diorlene Oliveira da Silva, pela disponibilidade, atenção e paciência. A meus tios e primos, bem como a família do meu esposo que se fazem tão presentes e sempre vibram com as conquistas da nossa vida. Enfim, a todas as pessoas que estiveram presentes durante essa importante fase da minha vida, e que depositaram confiança e comemoram comigo mais essa conquista, meu muito obrigada por tudo! Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 7 Investir na saúde e bem-estar da população com lesão medular é desafiante e motivador, pois em cada contato, somos contagiados coma energia positiva e o espírito de vitória que emanam dessas pessoas, transformandonos em seres humanos cada vez mais sensíveis. Priscila Alencar Mendes Reis Priscila Alencar Mendes Reis 8 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III REIS, P. A. M. Adaptação Transcultural do Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version III. [dissertação]. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2014. RESUMO A partir da necessidade de um instrumento específico para avaliar a qualidade de vida de pessoas com lesão medular no idioma brasileiro, realizou-se este estudo que teve como objetivos: traduzir e adaptar culturalmente para a língua portuguesa Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III e caracterizar a amostra quanto aos aspectos sociodemográficos e clínicos. Estudo do tipo metodológico, no qual obteve-se autorização da autora para utilização do instrumento. Inicialmente procedeu-se a etapa de tradução com a participação de seis tradutores, em seguida a adaptação cultural pela confrontação de cinco juízes. A amostra do pré-teste constituiu-se de 30 pacientes com lesão medular selecionados a partir do banco de dados disponibilizados pelo Núcleo de Pesquisa e Extensão em Enfermagem Neurológica, e que atenderam aos critérios de inclusão. A coleta de dados ocorreu nos meses de agosto a novembro/2013, por meio da utilização da versão final traduzida para o português denominada de Índice de Lesão Medular e Qualidade De Vida – Versão III e um questionário com dados sociodemográficos e clínicos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, Parecer nº 344.927/2013. Obteve-se um índice com 74 itens, divididos em duas partes (satisfação / importância), com alguns ajustes para facilitar a compreensão, dos quais resultaram em quatro acréscimos de pronome ou artigo para variação do gênero; nove retiradas de uma palavra ou artigo; duas mudanças de uma palavra para uma expressão; quatro expressões adicionais com o intuito de exemplificar; quatro ajustes em expressões; nove mudanças de apenas uma palavra. Desse modo, obteve-se ao todo 24 modificações. Quanto aos critérios de equivalência semântica do índice observou-se que, em relação a ortografia o percentual de itens avaliados como Tradução Muito Adequada foi superior a 87%, vocabulário e gramática a 86%. Na equivalência idiomática obteve-se valores superior a 74%, na equivalência experimental superior a 78% e na equivalência conceitual superior a 70%. A análise estatística para as avaliações semântica, idiomática, experimental e conceitual por meio do kappa apontou de ligeira a moderada a concordância das análises entre os pares, ao adotar (p ≤ 0,05). Conclui-se que este instrumento após ser adaptado transculturalmente demonstrou ser adequado do ponto de vista semântico, idiomático, experimental e conceitual, além de fácil aplicação para avaliar a qualidade de vida de pessoas com lesão medular. O estudo possibilitou a ampliação do saber científico da enfermagem, em especial aos profissionais que atuam na área neurológica, por possibilitar o planejamento, as intervenções e avaliação de cuidados direcionados às necessidades tão peculiares destes pacientes, podendo agora recorrer a uma tecnologia que mensura muitas relações subjetivas e que não são observadas ou reveladas. Palavras-chave: Traumatismo da Medula Espinhal. Qualidade de vida. Enfermagem Transcultural. Priscila Alencar Mendes Reis 9 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III REIS, P. A. M. Cross-cultural adaptation the Quality of life index spinal cord injury Version III. [dissertação]. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2014. ABSTRACT From the need for a specific instrument to evaluate the quality of life of people with spinal cord injury in the Brazilian language, this study was conducted and had the following objectives: to translate and culturally adapt to Portuguese Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III and characterise the sample in terms of sociodemographic and clinical aspects. Methodological procedure, in which the authorization from the author was obtained. First, there was a stage of translating with the participation of six translators. Then, there was a cultural adaptation taking into account the opinion of five judges. The pretest sample consisted on 30 patients with spinal cord injury, which were selected from the database of the Center for Research and Consulting in Neurological Nursing, and which also met the criteria for inclusion. Data was collected from August to November of 2013 by the final version in Portuguese called Índice de Lesão Medular e Qualidade De Vida – Versão III and a questionnaire with social, demographic and clinical data. The study was approved by the Ethics in Research Committee, under the number: 344.927/2013. An index with 74 items was obtained, it was divided into two parts (satisfaction / importance ), on which some adjustments were made for a better understanding. These adjustments resulted in: the addition of four new pronouns or articles to change the genre; nine exclusions of words or articles; two changes from a word to a term; four additional expressions for the purpose of illustrating; four adjusts in expressions; nine changes of only one word. Therefore, there was 24 modifications. It was observed that, in the criteria of semantics equivalence of the index, ortography was rated as “a very appropriate translation” by a number greater than 87 % ; vocabulary and grammar, by 86%; idiomatic equivalence was rated by a number higher than 74%; experimental equivalence, higher than 78% and conceptual equivalence, by a number greater than 70%. Statistical analysis on semantic, idiomatic, experimental and conceptual evaluations by kappa showed a slight to moderate conformity between the pairs of analysis, adopting (p ≤ 0.05). It was concluded that this instrument, after being transculturally adapted, has proved to be appropriate under the semantic , idiomatic, experimental and conceptual views, as well as easy to use to evaluate the quality of life of people with spinal cord injury. The study enabled the expansion of scientific knowledge of nursing, especially for professionals in the neurological field, by making it possible to plan, intercede and evaluate the caring for the special needs of these patients. It is now possible to resort to a technology that takes into account a great number of subjective relationships that are not, generally, observed or disclosed. Key-words: Spinal cord injury. Quality of life. Transcultural Nursing. Priscila Alencar Mendes Reis 10 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III REIS, P.M.A. Adaptación Transcultural Del Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version III [Disertación]. Fortaleza: Universid Federal de Ceará, 2014. RESUMEN A partir de la necesidad de un instrumento específico para evaluar la calidad de vida de personas con lesión medular en el idioma brasileño, se realizó este estudio que tuvo como objetivos: traducir y adaptar culturalmente para la lengua portuguesa el índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III, verificar la equivalencia transcultural de la traducción por medio de la evaluación del nivel de concordancia de los jueces, evaluar la versión en portugués construida después de la concordancia de los jueces a través de la aplicación del pre-prueba en pacientes con lesión medular y caracterizar la muestra cuanto a las variables sociodemográficas y clínicas. Estudio del tipo metodológico, con abordaje cuantitativo, en lo cuál se obtuvo autorización de las autoras para utilización del instrumento. Inicialmente se procedió la etapa de traducción con la perticipación de seis traductores, enseguida la adaptación cultural por la confrontación de cinco jueces. La muestra del pre-prueba se constituye de 30 pacientes con lesión medular seleccionados a partir del banco de datos disponibilizados por el Núcleo de Investigación y Extensión en Enfermería Neurológica, y que atendían los criterios de inclusión. La recogida de los datos ocurrió los meses de agosto a noviembre/2013, por medio de la utilización de la versión final traducida para el portugues denominada de Indice de Calidad de Vida y Lesión Medular - Versión III y un cuestionario con datos sociodemograficos y clínicos. El proyecto fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación, Parecer nº 344.927/2013. Se obtuvo un índice con 74 ítems, divididos en dos partes (satisfacción/ importancia) como es el original, con algunos ajustes para facilitar la comprensión, de los cuáles resultaron en cuatro aumentos de pronombre o artículo para variación del género; nueve retiradas de una palabra o artículo; dos cambios de una palabra para una expresión; cuatro expresiones adicionales con el objetivo de ejemplificar; cuatro ajustes en expresiones; nueve cambios de sólo una palabra. De ese modo, se obtuvo en total a lo sumo 24 modificaciones. Se observó que el criterio de índice semántico que, para deletrear el porcentaje de los puntos clasificados como traducción muy adecuada fue mayor 87%, el 86% del vocabulario y la gramática. En el equivalente idiomática valores obtenidos inferior o igual a 74% en equivalente experimental mayor que 78% y equivalencia conceptual mayor que 70%. La analise estadística para las evaluaciones semántica, idiomática, experiemntal y conceptual por medio del kappa apunta una pobre y o/ligera concordancia en La mayoría de lós análisis entre pares, a adoptar (p ≤ 0.05). Se concluyó que este instrumento después de ser adaptado transculturalmente demostró ser adecuado del punto de vista semántico, idiomático, experimental y conceptual, además de fácil aplicación para evaluar la calidad de vida de personas con lesión medular. El estudio permitió la ampliación del saber científico de la enfermería, en especial a los profesionales que actúan en el área neurológica, por posibilitar la planificación, las intervenciones y evaluación de cuidados direccionados a las necesidades tan peculiares de estos pacientes, pudiendo ahora recurrir la una tecnología que mensura muchas relaciones subjetivas y que no son observadas o reveladas. Palabras clave: Lesión de la médula espinal. Calidad de vida. Enfermería transcultural. Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 11 LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 Representação gráfica das etapas do protocolo de tradução e adaptação 40 transcultural. QUADRO 1 Critérios para a seleção de Juízes de conteúdo, segundo proposto por 48 Joventino (2010) adaptado. Priscila Alencar Mendes Reis 12 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III LISTA DE TABELAS TABELA 1 Distribuição das respostas dos avaliadores da avaliação de 50 equivalência semântica do Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III. Fortaleza, CE, Brasil, 2014. TABELA 2 Estatística Kappa (κ) e percentual de concordância obtida 50 entre os juízes na avaliação da equivalência semântica ortografia. Fortaleza - CE, Brasil, 2014. TABELA 3 Estatística Kappa (κ) e percentual de concordância obtida 51 entre os juízes na avaliação da equivalência semântica vocabulário. Fortaleza - CE, Brasil, 2014. TABELA 4 Estatística Kappa (κ) e percentual de concordância obtida 52 entre os juízes na avaliação da equivalência semântica gramática. Fortaleza - CE, Brasil, 2014. TABELA 5 Distribuição das respostas dos avaliadores da avaliação de 52 equivalência idiomática, experimental, conceitual do Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III. Fortaleza, CE, Brasil, 2014. TABELA 6 Estatística Kappa (κ) e percentual de concordância obtida 53 entre os avaliadores na avaliação da equivalência idiomática. Fortaleza, CE, Brasil, 2014. TABELA 7 Estatística Kappa (κ) e percentual de concordância obtida entre os avaliadores na avaliação experimental. Fortaleza - CE, Brasil, 2014. Priscila Alencar Mendes Reis da equivalência 54 13 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III TABELA 8 Estatística Kappa (κ) e percentual de concordância obtida 54 entre os avaliadores na avaliação da equivalência conceitual. Fortaleza, CE, Brasil, 2014. TABELA 9 Parte 1: Equivalência semântica entre a versão em português 60 do Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III e o original em inglês. Fortaleza, CE, Brasil, 2014. TABELA 10 Parte 2: Equivalência semântica entre a versão em português 62 do Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III e o original em inglês. Fortaleza, CE, Brasil, 2014. TABELA 11 Características sociodemográficas de pessoas com lesão 66 medular (n=30). Fortaleza – Ceará, 2014. TABELA 12 Características clínicas de pessoas com lesão medular (n=30). 67 Fortaleza - Ceará, 2014. TABELA 13 Modificações de itens do índice realizados pelos pacientes durante o pré-teste parte 1 e 2. Fortaleza - Ceará, 2014. Priscila Alencar Mendes Reis 68 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III LISTA DE ABREVIATURAS ABVD - Atividades Básicas de Vida Diária ASIA - American Spinal Injury Association AVE - Acidente Vascular Encefálico BSES - Breastfeeding self-efficacy scale BT1- Back translation 1 BT2 - Back translation 2 BVS - Biblioteca Virtual em Saúde CINAHL - Cumulative Index of Nursing and Allied Health Literature CORDE - Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência DVC - Doença Venosa Crônica EUA - Estados Unidos da América IB - Índice de Barthel ICF - International Classification of Functioning, Disability and Health ICIDH - International Classification of Impairment, Disabilities and Handicaps ICIQ-SF - International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form IU - Insuficiência Urinária LILACS – Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde LM – Lesão Medular MEDLINE – Medical Literatura Analysis and Retrieval System Online MIF - Medida de Independência Funcional NUPEN - Núcleo de Pesquisa e Extensão em Enfermagem Neurológica OMS - Organização Mundial de Saúde PACS - Parent-Adolescent Communication Scale PAF - Projétil de Arma de Fogo PCS - Partner Communication Scale PUBMED - National Library of Medicine QLI - Quality of Life QV – Qualidade de Vida QVRS - Qualidade de Vida Relacionada à Saúde SF 36 - Short Form 36 SNC - Sistema so Central Priscila Alencar Mendes Reis 14 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III T1 – Tradução 1 T2 - Tradução 2 TA – Tradução Adequada TCI – Tradução Com Inadequações TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TMA - Tradução Muito Adequada TTI - Tradução Totalmente Inadequada UFC - Universidade Federal do Ceará VBT - Versão sintetizada de Back-Translation VEINES-QOL⁄Sym - Venous Insufficiency Epidemiological and Economic Study Quality of Life/Symptoms VT - Versão Traduzida WHOQOL - World Health Organization Quality of Life Group WHOQOL 100 - World Health Organization Quality of Life 100 Priscila Alencar Mendes Reis 15 16 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 17 2. OBJETIVOS................................................................................................................. 22 3. REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................................ 23 3.1 Lesão Medular e a Qualidade de Vida .............................................................................. 23 3.2 Adaptação Transcultural de Instrumentos ......................................................................... 30 3.2.1 Instrumento para o Brasil X Qualidade de Vida .............................................................. 31 3.2.2 Instrumento para o Brasil X Condições Crônicas ............................................................ 33 3.3 Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III ...................................................... 35 4. METODOLOGIA ............................................................................................................ 38 4.1 Tipo de Estudo .................................................................................................................. 38 4.2 Local do Estudo ................................................................................................................ 38 4.3 População e Amostra......................................................................................................... 38 4.4 Tradução e Adaptação Cultural do Índice .......................................................................... 38 4.5 Operacionalização da Coleta de Dados .............................................................................. 44 4.6 Organização e Análise dos Dados...................................................................................... 45 4.7 Aspectos Éticos ................................................................................................................. 46 5. RESULTADOS ................................................................................................................ 47 5.1 Adaptação Transcultural da Quality of Life Index Spinal Cord Injury - Version III .......... 47 5.2 Pré-teste ............................................................................................................................ 60 6. DISCUSSÃO .................................................................................................................... 70 7. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 75 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 77 APÊNDICES / ANEXOS ..................................................................................................... 85 Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 17 1. INTRODUÇÃO O trauma da medula espinhal é um tipo de traumatismo muito grave, pois dá origem às disfunções orgânicas como incontinência urinária, intestinal, problemas respiratórios, circulatórios e muitos outros que influenciam na qualidade de vida de uma pessoa. A lesão medular é considerada uma síndrome neurológica incapacitante das mais trágicas que pode acontecer, por ocasionar danos neurológicos e distúrbios neurovegetativos com alterações nas funções motora, sensitiva e autônoma, levando à repercussões nos sistemas cardiorrespiratório, gastrintestinal e geniturinário, além das alterações psíquicas, sociais, econômicas e laborais (CARVALHO et al, 2009; AZEVEDO SANTOS, 2006; BORGES, 2012). No Brasil, os lesionados medulares podem ser definidos como deficientes, os quais são considerados as pessoas pertencentes aos segmentos com déficit mental, motor, sensorial e múltiplo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 10% da população de qualquer país, em período sem guerras, é portadora de algum tipo de deficiência, das quais, 5% são portadoras de deficiência mental; 2% de deficiência física; 1,5% de deficiência auditiva; 0,5% de deficiência visual e 1% de deficiência múltipla. Com base nesses percentuais, estima-se que no Brasil existam 16 milhões de pessoas portadoras de deficiência (BRASIL, 2008). A realidade brasileira, no censo de 2000, é que quase 1% da população declarou ter deficiência física, destes, 0,5% tinham tetraplegia, paraplegia ou hemiplegia permanente. No censo de 2010, 6,9% da população declararam deficiência física, porém, nesse levantamento, os tipos de deficiência física não foram classificados como no anterior (IBGE, 2000; 2010). De acordo com pesquisas realizadas pela Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, a partir das internações ocorridas no período de janeiro a junho de 2009, dentre as principais causas de internações, as lesões medulares corresponderam a 63,3% do total, seguida das lesões ortopédicas com 19,4% e lesões cerebrais com 15,1%. Entre os quais a primeira causa de internação em todas as unidades foi por traumas de trânsito, seguida de agressões por arma de fogo (REDE SARAH, 2011). As pessoas definidas como deficientes, dentre elas os lesionados medulares, necessitam de grande gasto financeiro, o que ocasiona, de certo modo, um prejuízo na Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 18 produtividade do país, ao requererem maiores investimentos em centros de reabilitação e mudanças na arquitetura das cidades, de modo a facilitar a acessibilidade, logo a grande incidência de pessoas com lesão medular é na atualidade um problema de saúde pública (STUDART, et al, 2010). Estes gastos financeiros são proporcionais aos comprometimentos funcionais decorrentes da lesão medular, o que vai variar conforme tipo de lesão, se completa ou incompleta; o nível da lesão: se atingiu a medula na região cervical, torácica, lombar ou sacral, e das variações peculiares do indivíduo. De certo modo, com maiores ou menores comprometimentos, é visível que os desempenhos nas habilidades das atividades da vida diária nestas situações são fortemente prejudicados, predispondo o indivíduo a um quadro de incapacidade funcional, provocando vários graus de dependência, principalmente no tocante à mobilização, aos cuidados de higiene, ao apoio na alimentação, à realização das atividades domésticas, etc., necessitando assim de apoio domiciliário familiar e institucional, pois há a desorganização das relações sociais e necessidade do ajustamento do indivíduo perante a sociedade, mais precisamente nas suas inserções imediatas (família, trabalho, vida pública). Porém, apesar do comprometimento que a lesão medular ocasiona ao indivíduo acometido, o progresso da medicina proporcionou medidas paliativas de patologias como esta, que apesar de não evoluírem para cura, controlam os sintomas, prolongando a vida. Assim há uma maior necessidade de viver com qualidade. A partir deste contexto, percebe-se a importância de dispor de maneiras para mensurar a Qualidade de Vida (QV) das pessoas que convivem com doenças crônicas, sendo, por isso, introduzido o conceito de QV desde a década de 1970 (FLECK, 2008). Segundo Diniz e Schor (2006), a necessidade deste conceito ocorreu em decorrência de três fatores: o avanço tecnológico que proporcionou possibilidades para a recuperação da saúde e prolongamento da vida; a modificação do panorama epidemiológico das doenças, em que o perfil dominante passou a ser constituído por patologias crônicas; e a tendência de mudança sobre a visão do ser humano, atualmente visto como agente social. O World Health Organization Quality of Life Group (WHOQOL) propôs que a QV consistesse na percepção do ser humano sobre a sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores nos quais ele vive, e no que se referem a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (WHOQOL, 1995). Assim, esta definição contemplou seis principais domínios: físico, estado psicológico, níveis de independência, relações sociais, meio ambiente e espiritualidade/religião/crenças pessoais (FLECK, 2008). Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 19 Então, diante das evidências de que as disfunções ocorridas após a lesão medular podem afetar os diferentes domínios de QV, torna-se perceptível que estudos que aproximem lesão medular e QV sejam relevantes. Estes domínios são enfatizados nas Políticas Nacionais de Promoção da Saúde, as quais buscam em suas diretrizes a equidade e a melhoria da QV e da saúde. A política propõe promover a QV e reduzir a vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos condicionantes – modos de viver, trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais (BRASIL, 2006). Desde que o termo QV foi introduzido na área da saúde, cresceu o número de pesquisas, nos diferentes contextos, e a quantidade de instrumentos desenvolvidos para esse fim, principalmente a partir de 1980. A maioria deles surgiu nos Estados Unidos e Inglaterra, sendo, porém, utilizados em diferentes países (FLECK, et al 1999). O uso destes instrumentos, como índices/escalas permite ao profissional de saúde avaliar qual domínio de QV encontra-se mais afetado e melhor desenvolvido nas pessoas com lesão medular, possibilitando, assim, a implementação de estratégias de cuidado e promoção da saúde desses pacientes. Tal fato pode levar, em médio e longo prazo, à melhoria da QV dessa população e consequentemente de seus familiares e cuidadores. O interesse pela temática relacionada à neurologia, em especial lesão medular, iniciou na graduação através do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Enfermagem Neurológica (NUPEN), onde os artigos sobre esclerose múltipla¹ e paraplegia² foram publicados, além de muitos trabalhos em anais de eventos nacionais e internacionais, como também com a monografia Mendes (2010) que utiliza a escala de Barthel³. Desse modo, o interesse só aumentou, havendo uma continuidade enquanto aluna de mestrado, onde concomitantemente a esta dissertação, um artigo foi publicado 4,enquanto outros ainda estão no prelo. A experiência como bolsista por três anos na graduação e dois anos no mestrado, apresentando trabalhos em congressos, escrevendo artigos, co-orientando alunos da graduação, só fez aumentar a minha aproximação com esta temática. 1 Esclerose Múltipla: Conhecer para melhor cuidar. Cultura de los Cuidados, v.26, p.95 – 105, 2009. 2 Tabaquismo en los familiares de personas parapléjicas ingressadas. Parainfo digital. v.iv, 2010. 3 Atividades da vida diária de pessoas com paraplegia hospitalizadas utilizando a Escala de Barthel [monografia]. UFC, 2010. 4 Experiencing a traumatic spinal cord injury – Analysis on the view of the theory of Watson`s transpersonal caring. Journal of Biomedical Science and Engineering. V. July.p.14-20, 2013. Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 20 Hoje, após vários estudos com o público com lesão medular ainda há insatisfação de avaliar a qualidade de vida dessas pessoas de forma mais fidedigna, com instrumentos específicos. Aassim almejando prosseguir com pesquisas nesta área e avaliar a QV de pessoas com lesão medular, fez-se um levantamento bibliográfico que evidenciou o ineditismo de escala/índice voltada para a mensuração da QV especificamente para pessoas com lesão medular no Brasil. Essa busca foi feita nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a qual se incluiu a Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), National Library of Medicine (PUBMED), Cumulative Index of Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), utilizando respectivamente, um descritor não-controlado e dois descritores controlados cadastrados no DeCS e no MeSH, nos idiomas português e inglês: Escalas/Scales, Qualidade de Vida/Quality of Life, e Lesões da Medula Espinhal/Spinal Cord Injuries. Após esse levantamento, optou-se por realizar pesquisa em sites específicos de QV, identificado nas referências destes artigos indexados na BVS. Desse modo, foram encontrados 99 instrumentos de QV, entre genéricos e específicos. E depois de uma avaliação de cada instrumento constatou-se que apenas a Ferrans and Powers Quality of Life (QLI) tinha uma versão específica para lesionados medulares, que é conhecida como QLI spinal cord injury version – III. Segundo Ferrans & Powers (1985) esta escala específica ainda não fora traduzida, adaptada e validada para o idioma português. Não obstante, houve a necessidade da busca de uma confirmação por escrito pela autora para atestar que o índice, objeto deste estudo, não estava em processo de validação por outros estudiosos, então com brevidade fora concedido a permissão por Ferrans para a tradução, adaptação e validação deste índice, conforme mencionado no APÊNDICE A. A Ferrans and Powers Quality of Life (QLI) foi desenvolvida por Carol Estwing Ferrans e Powers Marjorie em 1984 para medir a QV em termos de satisfação e importância de alguns aspectos da vida. A QLI é do tipo likert, com os itens em geral, distribuídos em domínios de saúde e funcionamento, psicológico e espiritual, econômico e social, e família. Nele há um conjunto comum de itens que constitui a base para todas as versões para avaliar a Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) (FERRANS & POWERS, 1985). A QLI existe na forma genérica e em formas específicas para algumas doenças, tais como: versão para artrite, câncer, doença cardíaca, síndrome de fadiga crônica, diabetes, diálise, epilepsia, transplante renal, transplante de fígado, esclerose múltipla, enfermagem, pulmonar, lesão medular e ataque súbito de doença. No Brasil, as versões que foram Priscila Alencar Mendes Reis 21 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III traduzidas, adaptadas e validadas foram apenas a de transplante renal e a cardíaca (FERRANS & POWERS, 1985). A Ferrans and Powers quality of life index spinal cord injury version III ainda não está disponível no idioma português, logo, percebeu-se a necessidade de realizar um estudo com a versão específica para lesão medular, a qual se encontra apenas na sua língua matriz, o Inglês e em traduções, adaptações e validações para o Francês, Lituano e Árabe. Sob este aspecto despertou-se o interesse em traduzir e adaptar culturalmente no mestrado e posteriormente no doutorado validar este índice para ser utilizado em pessoas com lesão medular no Brasil, com o intuito de obter dados quantitativos, que fornecerão subsídios para avaliar o impacto da lesão no paciente de modo mais direcionado destacando os aspectos de QV afetados desta população, de forma a prôpor estratégias de melhoria. Outro aspecto relevante deve-se a possibilidade de escolha dos pesquisadores dessa área, em especial enfermeiros, em ter uma opção a mais para avaliar a QV dessa clientela que tem peculiaridades no seu modo de viver. Acredita-se que a tradução e adaptação cultural de um instrumento dessa natureza poderá ser um caminho para obtenção de intervenções mais eficientes, visando o bem-estar das pessoas com lesão medular, na medida em que irá identificar e favorecer a promoção da saúde e QV; além de servir como incentivo na área da enfermagem neurológica, que ainda é incipiente tanto na prática, como na grade curricular das faculdades de enfermagem do Brasil. Este instrumento é relevante ao detectar a satisfação e a importância dos aspectos de QV, o que resultará em planos de cuidados, com ensinamentos através da fala, vídeos e livros educativos, pois com ele é possível o profissional detectar prioridades relacionadas à importância dos aspectos da vida que menos estão satisfazendo e implantar um plano de cuidados direcionado para as importâncias mais urgentes e desse modo, aos poucos, estes pacientes serão reabilitados e terão melhoras na QV, principalmente nos aspectos que são mais importantes para eles, já que todos possuem peculiaridades, especificidades e anseios de viver melhor. Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 22 2. OBJETIVOS Traduzir e adaptar culturalmente para a língua portuguesa o Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III. Caracterizar a amostra quanto aos aspectos sociodemográficos e clínicos. Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 23 3. REVISÃO DA LITERATURA 3.1 Lesão Medular e a Qualidade de Vida As doenças e lesões do Sistema Nervoso Central (SNC) e suas consequentes sequelas vem tornando-se mais incidentes e prevalentes na sociedade contemporânea, tanto pelo envelhecimento populacional, quanto pelo maior suporte tecnológico para os cuidados com doenças em fase aguda, devido ao aumento das violências e das lesões traumáticas decorrentes (DANTAS,et al, 2013). De acordo com estimativas da Eurostat, em 2050 existirão em todo o mundo dois bilhões de pessoas com mais de 60 anos de idade de acordo com European Statistical Data Support (2001), certamente o aumento da expectativa de vida relacionada com o envelhecimento é um dos fatores para esta estimativa, no entanto devemos pensar também no aumento das condições crônicas, como é o caso das distrofias e miopatias, da paralisia cerebral, das lesões vértebro-medulares, das doenças degenerativas, entre outras. É sabido que a etiologia da lesão medular diverge em relação a essa condição de envelhecimento, estando relacionada ao fator idade e atividade da população da região, onde se observa que essa lesão acomete principalmente homens, com média de idade entre 37,7 a 39,5 anos (NATIONAL SPINAL CORD INJURY STATISTICAL CENTER, 2008). No estudo de Rodrigues e Herrera (2004) é relatado que neste período havia no Brasil mais de 130 mil pessoas com lesão medular, decorrente principalmente de acidentes automobilísticos e violência urbana, e que hoje, esta incidência deverá estar bem maior, pois, de acordo com estimativas americanas, há aumento do número de casos novos por ano, de aproximadamente 11.000 (SCHMITZ, 2004). Dentro de um contexto mais próximo, verifica-se que, no Brasil, as causas violentas ou externas são importantes fatores de mortalidade. O Ministério da Saúde expõe que essas causas violentas representaram 12,6% do total de mortes ocorridas no Brasil e 12,8% no Ceará em 2005. Nelas estão incluídas aquelas causadas por acidentes de trânsito, homicídios, suicídios e demais acidentes onde ignora-se o fato de terem sido acidentais ou intencionalmente infligidas. As mortes ocasionadas por acidentes de trânsito, por sua vez, representaram aproximadamente 26,94% das mortes violentas, o que demonstra a sua importância como causa de mortalidade neste grupo (BRASIL, 2005; IPEA, 2007). Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 24 Quando estes acidentes não são fatais geram consequências, que dentre eles poderá ocorrer uma lesão medular, quando a medula espinhal é lesionada por corpos estranhos, em processos traumáticos ou ainda por processos deficientes de vascularização que levam à isquemia, hipóxia e edema, causando danos muitas vezes irreversíveis aos axônios e bainha de mielina (SMELTZER; BARE, 2005). É consensual que a recuperação funcional é influenciada pela gravidade da lesão, idade do doente, nível de lesão medular e abordagem terapêutica na fase aguda (ANDRADE; GONÇALVES, 2007). De acordo com o nível medular lesionado, o indivíduo pode tornar-se tetraplégico, por sofrer lesão que acomete a região cervical da coluna vertebral e a primeira torácica onde ocorre alteração sensitiva e motora dos segmentos afetados, ou paraplégico, quando a medula torácica, a partir da segunda vértebra, a lombar ou raízes sacrais, sofrerem agressão, constituindo na paralisação total ou parcial da função sensitiva ou motora dessas regiões. A lesão medular também pode ser classificada como completa e incompleta, sendo designada como completa quando há perda da sensibilidade e motricidade abaixo do nível da lesão, incluindo os segmentos sacrais, e incompleta, quando há preservação parcial ou total da sensibilidade e motricidade abaixo do nível da lesão (THOMÉ et al, 2012; KIRSHBLUM, et al., 2011). A lesão medular é também classificada como aguda, período dos seis primeiros meses após a lesão, e crônica, depois destes seis primeiros meses, a qual é definida como afecções de saúde que acompanham os indivíduos por longo período de tempo, podendo apresentar momentos de piora (episódios agudos), bem como de melhoras sensíveis (ALMEIDA, 2009). A maioria dos estudos efetuados em diferentes países fornece dados sobre a melhoria do estado neurológico de pessoas com Lesão Medular (LM). Eles relatam que a recuperação ocorre, sobretudo nas primeiras horas que se seguem à lesão, sendo escassas as melhorias registradas após o primeiro ano. Contudo, são poucos os estudos que apresentam resultados sobre a evolução neurológica após este período (ANDRADE & GONÇALVES, 2007). De acordo com o manual de cuidados à pessoa com lesão medular, em seu terceiro capítulo, sobre cuidados de enfermagem, retrata que: Tiempo de evolución de la lesión: instalada la lesión, el paciente pasa por tres etapas bien definidas: Primera Etapa: depresión refleja de los segmentos localizados abajo de la lesión, la duración es de una media de tres semanas. Segunda Etapa: ocurre en el retorno de la actividad medular refleja. Tercera Etapa: fase de ajuste. Esta corresponde a la fase de ajuste del paciente a su nueva condición. Así, es fundamental la convivência del paciente con su secuela (Carvalho; Darder, 2010). Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 25 Segundo Farinatti (2012), a inatividade após o trauma raquimedular, caso o paciente evite conviver com sua sequela, há possibilidades de uma diminuição da massa muscular e da capacidade aeróbica, uma condição osteoporótica e disfunção renal, e, além disso, coloca o indivíduo em risco de doenças cardíacas e consequentemente reduz sua expectativa de vida. Devido ao exposto, observa-se que esta patologia exige que as pessoas reorganizem seu cotidiano, de forma a procurar novos modos de se relacionarem com a vida e adaptar-se a sua atual condição de saúde (BRUNOZI et al., 2011). Para muito pacientes, o significado de sofrer uma lesão medular é permeado por sentimentos de perda em todas as esferas da vida e mudanças no corpo, emocional e espiritual. É instalada uma condição e/ou sentimento de dependência que pode significar impotência e desesperança (CARVALHO; DARDER; REIS et al, 2013). Desse modo, há que se ter preocupação em relação ao bem-estar e às mudanças de visão da sociedade sobre a saúde e a doença, que impõe olhar para além dos aspectos negativos do envelhecimento e das condições crônicas; exige uma abordagem holística nas dimensões biopsicossociais, dando ênfase a elementos positivos, como saúde, bem-estar, qualidade de vida e funcionalidade (LEVASSEUR; DESROSIERS; ST-CYR TRIBBLE, 2008). Tendo em vista que todas as pessoas, amparadas pela Constituição Federal de 1988, possuem direito de viver com qualidade, de maneira que tenham suas necessidades humanas básicas atendidas (BRASIL, 1988), e este instrumento mensurar a QV dos pacientes com lesão medular, tem-se a necessidade de discorrer sobre o que é qualidade de vida. A QV tem sido definida como conceito subjetivo e multidimensional, que inclui a capacidade funcional e interação psicossocial do lesionado medular e da família (SOARES et al, 2011). A QV é um conceito com diversos significados que reflete as condições de vida desejadas por uma pessoa em relação ao lar, à comunidade, ao trabalho, à saúde e ao bemestar. Dessa forma, trata-se de um fenômeno subjetivo baseado na percepção que uma pessoa possui de vários aspectos das experiências da vida, incluindo as características pessoais, condições objetivas de vida e percepção em relação a terceiros, assim, inclui a relação entre fenômenos objetivos e subjetivos (ANDRADE; SOUSA; MINAYO, 2009). Segundo Costa Neto e Araújo (2003), a QV tem caráter tanto subjetivo, por ser experienciado pelo próprio sujeito, quanto objetivo por ser passível de observação, ainda que impregnada pela noção particular do observador. Com isso, o termo em questão é Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 26 multidimensional, por refletir sobre as diversas formas e aspectos da vida (físico, psicológico e social) e bipolar por envolver atributos positivos e negativos em um amplo conjunto de dimensões da vida. Conforme descrito, a qualidade de vida é um conceito dinâmico, multidimensional e multideterminado, o que significa que tem diferentes interpretações para pessoas diferentes (FAYERS; MACHIN, 2007). Estudos que discorram sobre qualidade de vida têm sido alimentado por sistemáticos julgamentos sobre os seus diferentes estados e dimensões, comparando-os entre eles, estabelecendo rankings em termos do seu valor ou em termos das preferências, incorporando o peso ou a importância que cada pessoa atribui a uma dimensão específica de sua vida (SILVEIRA, et al, 2011; HORTENSE, 2013; FAYERS, MACHIN, 2007). Hoje as abordagens sobre qualidade de vida deixaram de ser exclusivamente centradas nos sinais e nos sintomas ou outros indicadores biomédicos, passando a contemplar as percepções das próprias pessoas e as suas próprias dimensões de qualidade de vida, assim como suas mudanças ao longo do tempo (FAYERS; MACHIN, 2007). Assim como é apresentado no instrumento utilizado nesta dissertação. Outra definição bastante usada é Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS), que embora seja sinônimo de qualidade de vida, deve ser enfatizado que se referem às dimensões que podem ser influenciadas pelas doenças, lesões, serviços e políticas de saúde que, por sua vez, podem interferir na qualidade de vida (FAYERS; MACHIN, 2007). Promover a saúde em pessoas com lesão medular significa unir esforços objetivando desenvolver estilos de vida e ambientes saudáveis, a fim de obter melhor qualidade de vida. Esses esforços incluem ensinar o indivíduo a perceber e monitorizar a sua própria saúde assim como promover oportunidades de sua participação em atividades da vida diária (HEALTHY PEOPLE, 2010). O cuidar de enfermagem para com as pessoas com problemas neurológicos, tem o intuíto de promover autonomia dos pacientes, oferecer aos enfermeiros independência em suas ações, contribuindo para a expansão de um corpo de conhecimentos próprios da enfermagem (CARVALHO, MENDES, CAVALCANTE, et al, 2009). Entretanto, esses esforços devem ser iniciados precocemente, após a fase aguda da lesão, ou seja, após os seis primeiros meses depois do diagnóstico, período em que estas pessoas perceberão suas necessidades individuais e assim poderão iniciar sua reabilitação e adaptação. Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 27 De acordo com Hammell (2007), não existe um padrão entre a reabilitação das pessoas com lesão medular, mas é para isto que existem índices, escalas e questionários, que são instrumentos que irão mensurar as necessidades individuais e guiar os profissionais para elaborarem planos de cuidados específicos para a população estudada. No regimento da Constituição Federal do Brasil, todas as pessoas possuem direito de viver com qualidade, de forma a atender suas necessidades, porém percebe-se que nem sempre os padrões de qualidade de vida são respeitados, principalmente quando falamos sobre as pessoas com lesão medular (PREBIANCHI, 2003). Neste contexto, o fator ambiente é de fundamental importância, porque o meio constrói a própria manifestação da deficiência do indivíduo (FIGUEIRÓ, 2007). Assim tornar a pessoa com deficiência o mais competente possível, para que possa levar um modo de vida o mais próximo das pessoas ditas comuns, é a expectativa geral dos profissionais e estudiosos dessa área. Hoje, mesmo com o desenvolvimento da inteligência humana, com as conquistas legislativas e diminuição do preconceito, ainda se menciona a luta contra a descriminação às pessoas com necessidades especiais, em especial àquelas com problemas físicos, como a lesão medular. Logo, neste contexto, ainda existe muito a ser conquistado, o que pode ser favorecido por trabalhos que abordam esta necessidade. Antigamente as pessoas com lesão medular eram tratadas com repulsa, hoje o sentimento mudou, agora são denominados, pela maioria da população, como os “coitadinhos”. Sendo observado ainda um sofrimento pela conquista de seus direitos e espaço no âmbito familiar, quanto mais perante a sociedade, pois o que necessitam é apenas serem tratados de igual a igual, como cidadãos comuns e em um domicílio, família e na sociedade, a fim de ter seu dia-a-dia consigo e com um ambiente que proporcione uma melhor qualidade de vida. A fim de conhecer melhor o caminhar das conquistas legislativas das pessoas com necessidades especiais, mais especificamente às pessoas com lesão medular, segue algumas explanações sobre as principais leis/portarias criadas para demonstrar as conquistas obtidas das pessoas com deficiência física, a qual se enquadram às pessoas com lesão medular. Na Constituição Federal do Brasil (1989), são estabelecidas garantias constitucionais para criação de programas de prevenção e atendimento especializado para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental, como acesso a logradouros, edifícios de uso público e fabricação de veículos de transporte coletivo adequado às pessoas portadoras de deficiência. Fatores estes que promovem uma maior independência, e com isso, melhores Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 28 possibilidades de desfrutar de uma vida com maior qualidade, mais próximo à realidade, anterior ao fato que ocasionou a lesão medular. Com o decorrer dos anos, com estudos e lutas, vários outros fatores foram solidificando-se e ainda em 1989, por meio da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) foi criada a Lei 7.853/89, que dispõe sobre vários aspectos relacionados ao apoio às pessoas portadoras de deficiência, através da política nacional para a integração da pessoa portadora de deficiência. Fator este que permitiu a reinserção deste público ao mercado de trabalho, podendo assim continuar com suas ocupações diárias e almejarem crescimento profissional, que é o que, dentre muitos outros fatores, estimula o viver e o crescer, pois o ser humano precisa desta realização pessoal, fator que é intrínseco à QV, sem falar das relações sociais que surgem no ambiente de trabalho. Ainda neste mesmo ano, foi criada a Lei 7.752/89, a qual dispõe sobre o desenvolvimento de programas desportivos para o deficiente físico. Esta oportunidade é ímpar, o que muitas vezes dá sentido a continuidade da vida, e muitos das pessoas com lesão medular entrevistadas neste trabalho relatam sobre a grande importância deste fator na sua QV, o que muitas vezes é transformado em trabalho, pois muitos se tornam atletas, e no esporte recomeçam um caminhar de sucesso. No ano seguinte, mais uma tentativa de inserção das pessoas com deficiência foi criada, a Lei 8.112/90, que em seu artigo 5º assegura às pessoas portadoras de deficiência o direito de inscrever-se em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras, reservando para elas até 20% das vagas oferecidas no concurso. Desse modo, fica mais justo seu acesso à realidade competitiva dos concursos, uma vez que há uma dedicação maior ao tempo na realização das atividades, pois o novo possui muitos obstáculos, sem falar dos desprazeres da dor neuropática que muitos pacientes com lesão medular possuem, desse modo há sim uma diminuição da disponibilidade de tempo de estudo para concorrer nesta competição acirrada de concursos. Outro fator necessário para ajudar na conquista anterior, foi a criação da Lei 8.899/94 que concede passe livre às pessoas portadoras de deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual, desse modo, diminuem os gastos para os que trabalham e facilita a locomoção no geral, pois muitas pessoas com LM possuem como renda própria apenas a aposentadoria, o benefício de um salário mínimo que lhe é concedido pelo governo como forma de sustentarem-se, pois a realidade é que muitos não voltam a trabalhar e dependem deste valor para as necessidades diárias de alimentação, higiene, lazer e as vezes é Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 29 o que sustenta até os outros membros da família, no caso de quem sofre a lesão, ser o responsável pelo sustento financeiro da residência. Em 2000, foi criada a Lei 10.098/00, a qual estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida (IBDD, 2009). Este é um avanço significativo, muito embora não haja fiscalização suficiente para fazer valer a lei, pois ainda encontramos locais públicos sem os padrões recomendados e quando há, existem pessoas sem educação sque obstruem a acessibilidade, estacionando os carros nos locais que existem rampas para a passagem de cadeira de rodas, dentre vários outros fatores. Com o intuito de mais avanços às pessoas com LM foi criado a Portaria nº 818, em 5 de junho de 2001, a qual dispõe sobre a necessidade de organizar a assistência à pessoa portadora de deficiência física em serviços hierarquizados, apontando que as redes estaduais de assistência à pessoa portadora de deficiência física será integrada por: serviços de reabilitação física, primeiro nível de referência intermunicipal e nível intermediário; serviços de referência em medicina física e reabilitação, e leitos de reabilitação em hospital geral ou especializado (BRASIL, 2001). Assim é oportunizada uma maior assistência a esta população, a qual possui agora centros de referência que realizam reabilitação, a fim de que haja melhorias na qualidade de vida, e que eles consigam viver e conviver com suas limitações de modo mais natural e com menor dependência de terceiros. Nesta breve exposição é possível observar mudanças significativas para o melhoramento da QV das pessoas com LM, no entanto ainda é recorrente o desejo por mais conquistas, o que é observado ao ter-se um convívio mais próximo, como por exemplo, ao aplicar este índice quando há uma relação de proximidade, muitos outros anseios são explanados. Na Saúde Pública é observado que há pouca atenção em relação às pessoas com lesão medular, embora haja publicação de modelos criados por alguns governos, os quais fornecem as bases para as políticas e disciplinas da Saúde Pública em relação à população que apresenta deficiências (LOLLAR, 2002). No entanto, ainda há necessidade de realizar trabalhos que mensurem a QV das pessoas com lesão medular, a fim de sugerir e criar planos de assistência mais específicos. Assim, o índice estudado neste trabalho propõe ser uma estratégia de promoção da saúde, que possibilitará responder ou esclarecer algumas questões de Saúde Pública, tais como: qual é o estado de saúde das pessoas com lesão medular comparadas às demais; que necessidades e que tipos de intervenções são mais adequadas para reduzir condições Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 30 secundárias e promover a saúde destas pessoas com deficiências; que fatores são considerados mais importantes conforme sua satisfação na QV; que outras políticas públicas podem ser elaboradas, enfim, a intenção é trazer uma contribuição a nível de saúde pública. Logo, também não se pode esquecer de mencionar os familiares cuidadores de pessoas com lesão medular, que se dedicam, muitas vezes, integralmente, para melhorarem o desenvolvimento neuropsicomotor de seus entes acometidos por alguma lesão medular, na realização de atividades de reabilitação, necessitando ausentar-se do emprego, em busca de resultados que promovam melhoria da saúde do seu ente querido. Porém, torna-se necessário avaliar se, mesmo com cuidados prestados por seus familiares, a QV dessas pessoas esta sendo mantida ou há uma satisfação do seu modo de viver. Deste modo, é de grande importância estudos com Escalas/Índices como método de mensuração, pois assim é possível fazer-se inferências que terão influência nos cuidados com o paciente, prescrição, elaboração de políticas, e gastos de fundos públicos. 3.2 Adaptação Transcultural de Instrumentos No Brasil há escassez de instrumentos padronizados, como escalas e índices que possam avaliar a condição de saúde, muito diferente de outros países como os Estados Unidos. Assim, os pesquisadores encontraram uma alternativa para essa falta através da tradução, adaptação e validação de instrumentos em outras línguas. A prática de tradução de instrumentos estrangeiros vem crescendo nos últimos anos e foi tema em 2006 da 5th International Conference on Psychological and Educational Test Adaptation across Language and Cultures (GIUSTI; BEFI-LOPES, 2008). As etapas de adaptação transcultural são etapas iniciais que irão permitir ajustar o instrumento ao novo idioma, população, contexto e cultura (GOULART, PEREIRA, 2005). O termo adaptação transcultural é usado para abranger um processo que olha para as duas línguas (tradução) e adaptação cultural no processo de preparação de um questionário para uso em outros cenários (BEATON, et al, 2000). A adaptação transcultural dos questionários para serem usados em novos países e/ou culturas, tem a finalidade de usar um método único, para alcançar equivalência entre versão original e versões objetivas do questionário, tanto linguisticamente quanto culturalmente para manter a validade do conteúdo do instrumento em conceitos de níveis através de diferentes culturas (BEATON, et al, 2000). Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 31 Considerado método importante, pois de acordo com Ciconelli, et al (1999) cada sociedade tem suas próprias crenças, atitudes, costumes, comportamentos e hábitos sociais, estas características dão às pessoas uma orientação de quem são, como devem se comportar e o que é certo ou errado. Regras ou conceitos que refletem na cultura de um país e também o diferencia de outro. Alguns estudiosos relatam que há necessidade de fazer uma padronização para as traduções, adaptações e validações de instrumentos, as quais deveriam utilizar tanto instrumentos genéricos, como específicos para avaliar adequadamente as diferenças entre patologias (HALLIN,2000; GRANDEK, 1998; SULLIVAN et al, 1999). Assim, uma variedade de instrumentos têm sido utilizado para medir a saúde de pessoas, porém para lesão medular há dificuldades de encontrar meios específicos que demonstrem a saúde desses pacientes. Desse modo, vale fazer uma exposição de alguns instrumentos específicos e genéricos, que foram traduzidos e adaptados para o Brasil sobre qualidade de vida e condições crônicas, como é o caso da lesão medular, antes de apresentar minuciosamente o índice que será traduzido e adaptado neste trabalho. 3.2.1 Instrumento para o Brasil X Qualidade de Vida Como explanado anteriormente é crescente o número de Índices/Escalas que são traduzidos, adaptados e validados para o Brasil, pois possuem confiabilidade no país que são desenvolvidos, e assim, despertam interesse dos pesquisadores brasileiros em utilizar o recurso que já apresenta bons resultados. Desse modo, observou-se alguns instrumentos que mensuram a qualidade de vida e foram traduzidos, adaptados e validados para o Brasil. Como é observado na Organização Mundial de Saúde, a qual desenvolveu um instrumento para avaliação de qualidade de vida conhecido como World Health Organization Quality of Life 100 (WHOQOL-100), no qual fora demonstrada sua tradução para o Português no artigo intitulado: Desenvolvimento da versão em português do instrumento de avaliação de qualidade de vida da OMS (WHOQOL – 100), este estudo foi realizado em Porto Alegre, na faculdade de medicina, o qual apresenta condições para aplicação no Brasil em sua versão original em português (FLECK; et al, 1999). A International Classification of Impairment, Disabilities and Handicaps (ICIDH), em caráter experimental, foi publicada em 1976 pela Organização Mundial de Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 32 Saúde (OMS) visando implantar um modelo que fosse possível conhecer as necessidades das consequências das doenças. Esta foi traduzida para o Português como Classificação Internacional das Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CIDID) em 1989. Após revisões, novas versões e testes, em maio de 2001, a Assembleia Mundial da Saúde aprovou a versão em inglês da International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF) (WHO, 2001). Em 2003, sua versão na língua portuguesa foi elaborada pelo Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para a Família de Classificações Internacionais em Língua Portuguesa com o título de Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (OMS, 2003). Hoje a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) é utilizada como um instrumento genérico, a qual também há aplicações em pessoas com lesão medular e que estuda o grau de independência funcional dos clientes quanto suas atividades na área do autocuidado, mobilidade, locomoção, comunicação social, controle dos esfíncteres e cognição, dor (STINEMAN, et al, 1996; VALL, 2010). No estudo de Dodds, et al (1993), é possível observar a validação da Medida de Independência Funcional (MIF) e seu desempenho entre os pacientes de reabilitação, onde a autora conclui que diferenças de gravidade podem ser distinguidas entre lesão medular e pacientes com Acidente Vascular Encefálico (AVE) e que a MIF tem alta consistência interna e capacidades adequadas discriminativas para pacientes de reabilitação. É um bom indicador de carga de cuidados, e demonstra alguma capacidade de resposta, mas a sua capacidade de medir a mudança ao longo do tempo necessita de uma análise mais aprofundada e também uma comparação com escalas concorrentes. Segundo Ciconelli, Ferraz, Santos, Quaresma (1999) a tradução para o português do questionário genérico Short Form 36 (SF-36) e sua adequação às condições socioeconômicas e culturais para a população brasileira, bem como a sua reprodução e validade, torna este um instrumento com um parâmetro adicional útil que pode ser utilizado na avaliação da qualidade de vida de muitas doenças, seja em nível de pesquisa ou assistencial. No estudo de Kreuter, Siösteen, Erkholm, Byström, Brown (2005) que faz um comparativo entre saúde e qualidade de vida de pessoas com lesão medular da Austrália e Suécia, pode-se perceber a grande importância de realizar a tradução, adaptação e validação de instrumentos, pois ao utilizar a escala SF-36 conclui que outras informações de valor Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 33 clínico para além das restrições evidentes físicas e práticas, devido à lesão, podem ampliar o conhecimento sobre as áreas de manutenção de saúde, de papéis sociais, da interação social, emocional e bem estar das pessoas com lesão medular. Outro exemplo é o International Consultation on Incontinence Questionnaire Short Form (ICIQ-SF) que é um questionário simples, breve e auto-aplicável, avalia rapidamente o impacto da Insuficiência Urinária (IU) na qualidade de vida e qualifica a perda urinária de pacientes de ambos os sexos. Foi originalmente desenvolvido e validado na língua inglesa por Avery e colaboradores e depois traduzido e adaptado para a cultura brasileira (TAMANINI; et al, 2004). 3.2.2 Instrumento para o Brasil X Condições Crônicas Muitos dos instrumentos pontuados no item anterior são genéricos, e mensuram a qualidade de vida de modo geral independente da condição diagnosticada. Porém, para um maior aprofundamento teve a necessidade de realizar esta quantificação em doenças crônicas que possuem peculiaridades conforme os aspectos da vida em que a doença mais afeta, como é o índice proposta desta dissertação. Desse modo, alguns instrumentos mais específicos foram traduzidos, adaptados e validados para o Brasil. Como um instrumento específico podemos citar o Venous Insufficiency Epidemiological and Economic Study Quality of Life/Symptoms (VEINES-QOL⁄Sym), ele avalia os sintomas da Doença Venosa Crônica (DVC), sua versão original é inglesa e já possui versão em quatro idiomas: inglês, francês, canadense e italiano (ROALDSEN, 2006). O VEINES-QOL/Sym versão português-Brasil mostrou ser um instrumento adequado do ponto de vista semântico e linguístico, com boas propriedades clinimétricas e de fácil aplicação (MOURA, 2010). Outro instrumento que fora traduzido, adaptado e validado para o Brasil é o Índice de Barthel (IB), que avalia a independência das pessoas na realização de suas Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD) (MAHONEY E BARTHEL, 1965). Desde a sua publicação que o IB tem sido amplamente utilizado com o objetivo de quantificar e monitorizar a (in)dependência dos indivíduos para a ABVD (PAIXÃO; REICHENHEIM, 2005; SULTER; STEEN; KEYSER, 1999). No entanto, apenas em 2010 houve sua validação para o Brasil, em estudo realizado com idosos atendidos em ambulatório (MINOSSO et al, 2010). Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 34 Desde então o IB, embora seja um instrumento genérico, já fora utilizado em várias condições crônicas, inclusive para pessoas com lesão medular, onde recentemente foi observada sua aplicação na monografia de Mendes (2010), intitulada: atividades de vida diária de pessoas com paraplegia hospitalizadas utilizando a escala Barthel. Assim, é observado que há muitos estudos que utilizam instrumentos genéricos de qualidade de vida para mensurar situações específicas de doenças crônicas, e se assim já obtêm êxito, então quando estes trabalhos são realizados com instrumentos específicos para as doenças crônicas, os quais vão mais além para cada situação diagnosticada, certamente conseguem capturar situações mais intrínsecas. Logo, estes estudos são importantes ao promoverem a observação de fatores específicos da doença crônica, além de proporcionarem credibilidade ao realizar as etapas de tradução, adaptação e validação de instrumentos que são minuciosas, uma vez que o seu grau de confiabilidade é diretamente dependente da qualidade dos instrumentos de mensurações utilizados (HOBART, 2003). Desse modo, é relevante fazer estes estudos na área da enfermagem, a qual está preocupada com o cuidado holístico, logo há um grande interesse em saber da qualidade de vida dos indivíduos que são realizados os cuidados, para cada vez intervir com mais cientificismo e obter resultados mais relevantes. Então, o Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará corrobora com seus alunos de mestrado e doutorado nesta busca por um cuidado mais científico, e assim podemos citar alguns autores que já realizaram estudos de tradução, adaptação e validação de índices/escalas para o Brasil. A Breastfeeding self-efficacy scale (BSES), escala específica para amamentação foi validada para o Brasil na tese de Oriá (2008) intitulada tradução, adaptação e validação da Breastfeeding self-efficacy scale: Aplicação em Gestantes foi recomendada que fosse aplicada em outras populações com características semelhantes à estudada para testar os itens que se mostraram frágeis na amostra estudada. Ressalta ainda que este instrumento possui implicações para enfermeiros e outros profissionais que lidam com a assistência perinatal para identificar os fatores inerentes à amamentação que merecem sua atenção e relata ainda que este instrumento permitirá a construção de intervenções bem elaboradas e direcionadas à condição única de cada mulher. A PACS e PCS são outros instrumentos que mais recentemente sofrera este processo, sendo encontrado na tese de Gubert (2011) trabalho nomeado como: tradução, adaptação e validação das escalas Parent-Adolescent Communication Scale e Partner Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 35 Communication Scale: Tecnologia para prevenção de DST/HIV, o qual encontrava-se originalmente no contexto cultural e linguístico dos EUA. E assim, com o intuído de continuar neste caminhar de sucesso, é proposto nesta dissertação traduzir e adaptar culturalmente para a língua portuguesa o índice Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III. 3.3 Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III O Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III é o índice traduzido e adaptado neste estudo, ele foi criado pela Dra. Carol Ferrans que é professora, pós-doutora e enfermeira da Escola de Enfermagem da Universidade de Illinois, em Chicago e Marjorie Powers em 1984. A Dra. Ferrans a qual é mantido contato por email desde do início como intuíto de obter permissão para a realização deste estudo fez-se prontamente disponível, e solicitou que fosse enviado à ela uma cópia da dissertação para publicar a versão em português e disponibilizá-la em seu site. Este índice foi desenvolvido para medir a qualidade de vida de acordo com a satisfação e importância que os entrevistados com lesão medular relatam ter em relação à vários aspectos de sua vida (KIMURA, SILVA, 2009; FERRANS,POWERS, 1985). O índice estudo desta dissertação surgiu de uma versão genérica, a Quality of Life (QLI), a qual foi desenvolvida para utilização em vários distúrbios e população em geral, e tem sido relatada em mais de 200 estudos publicados (FERRANS; POWERS, 1985). No artigo de Oliveira e Santos (2011), o qual foi realizado uma revisão bibliográfica sobre a responsividade dos instrumentos de avaliação de qualidade de vida de Ferrans and Powers, relata que sua versão genérica I do Índice de Qualidade de Vida de Ferrans and Powers (IQVFP) possui 32 itens, distribuídos em quatro domínios: Saúde e Funcionamento (SF), Psicológico/ Espiritual (PE), sócioeconômico (SE) e Família (Fa), com duas partes: satisfação e importância, onde ambas são compostas dos mesmos 32 itens. Nesta revisão é revelado também que a original I foi traduzida e adaptada para o português com pacientes após alta de unidades de terapia intensiva e hoje a última versão existente é denominada genérica III, e datada de 1998. Para a criação das versões específicas mentevesse um conjunto de elementos que constitui a base de todas as versões e os itens pertinentes para cada doença foram adicionados para criar versões do índice específicas Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 36 Além das versões Genérica I e Genérica III, existem várias versões específicas deste índice, como artrite, câncer, problemas cardíacos, síndrome crônica de fadiga, diabetes, diálise, epilepsia, transplante renal e de fígado, esclerose múltipla, casa de repouso, problemas pulmonares e lesão medular, que se enquadra à população que é retratada nesta dissertação. (FERRANS; POWERS, 1985). Com o intuito de exemplificar que o instrumento genérico do índice que originou este estudo, é relatado as características psicométricas, pois infelizmente, em relação a versão específica para pessoas com lesão medular, ainda não há divulgação. É observado no artigo realizado por Ferrans and Powers (1985) intitulado Quality of life index: development and psychometric properties que avalia a validade e a confiabilidade do instrumento genérico aplicáveis a indivíduos saudáveis e em pacientes em diálise, este estudo demonstrou uma satisfação geral com a questão de vida de 0,75 (estudantes de graduação) e 0,65 (pacientes em diálise). O apoio à confiabilidade foi fornecido por correlações teste-reteste de 0,87 (estudantes de graduação) e 0,81 (pacientes em diálise) e alfas de Cronbach de 0,93 (estudantes de graduação) e 0,90 (pacientes em diálise). Em alguns trabalhos podemos encontrar este índice sendo mencionado como Índice de Qualidade de Vida (IQV), o que corresponde a forma traduzida para o português. O Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III mede a satisfação e a importância de vários aspectos da vida. Classificações de importância são utilizadas para o peso das respostas de satisfação, de modo que os valores refletem a satisfação dos inquiridos com os aspectos de valor da vida. De acordo com o Manual do índice Ferrans & Powers (1985), ítens que são avaliados como mais importante tem um impacto maior nas pontuações do que aqueles de menor importância. O instrumento é composto de duas partes: a primeira verifica a satisfação e a segunda a importância em vários aspectos da vida. As pontuações podem ser calculadas para a qualidade de vida em geral ou divididas em quatro domínios: saúde e funcionamento, psicológico / espiritual, social e econômica, e da família (Ferrans, 1996; Ferrans; Powers, 1985; Ferrans; Powers, 1992; Ferrans, 1990; Warnecke, Ferrans, Johnson, et al., 1996). O Quality of life index spinal cord injury version III foi criado em sua língua de origem, o Inglês, e até o momento, de acordo com o site do índice, antes deste trabalho, ele só fora traduzido, adaptado e validado para o Lituano, Francês e Árabe (FERRANS; POWERS, 1985). Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 37 Ele é um índice utilizado para avaliar especificamente a QV de pessoas com lesão medular. Sendo composto por duas partes com 74 ítens no geral, que relacionam o quão satisfeito (37 ítens) e importante (37 ítens) o paciente considera os questionamentos. Cada item para ambas as partes é classificado em uma escala de seis pontos: onde para 1 (very dissatisfied) / (very unimportant), 2 (moderately dissatisfied) / (moderately unimportant), 3 (slightly dissatisfied) / (slightly unimportant ), 4 (slightly satisfied) / (slightly important), 5 (moderately satisfied) / (moderately important ), 6 (very satisfied) / (very important ) (ANEXO A). A Quality of life index spinal cord injury - version III é apropriada para uso como um questionário auto-administrado ou em formato de entrevista. O instrumento leva aproximadamente 10 minutos para a auto-administração, não sendo necessário nenhum treinamento especial para sua aplicação. É recomendado nível de instrução mínima para a auto–administração referente a quarta série (FERRANS; POWERS, 1985). O que no podemos relacionar com o quinto ano, como na padronização adotada recentemente pelo Ministério da Educação do Brasil. O instrumento também possui um sub-índice a qual separa os itens conforme os domínios, onde há uma separação em blocos, com 15 itens para as questões relacionadas à saúde e funcionamento; 8 itens em relação a economia e social; 7 itens que relacionam as questões psicológicas e espiritual e também 7 itens com relação ao domínio família. Desse modo, é possível calcular minuciosamente qual domínio encontra-se mais afetado. Para o cálculo dos escores das respostas, seguem no ANEXO B, as orientações disponibilizadas e padronizadas pela autora do índice. Para tanto é recomendado o cálculo dos escores obtidos a utilização do programa SPSS-PC, o qual segue no ANEXO C. Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 38 4. METODOLOGIA 4.1 Tipo de Estudo Trata-se de um estudo metodológico. Na pesquisa metodológica faz-se tradução, adaptação, elaboração, validação e avaliação de instrumentos, os quais devem ser confiáveis de maneira que possam ser utilizados por outros pesquisadores, com a inclusão de alguns passos, como: definição do construto, elaboração dos itens do instrumento e avaliação psicométrica (testes de confiabilidade e validade). Esses procedimentos diferem de acordo com o uso, propósito e fase de evolução do instrumento (LOBIONDO WOOD; HABER, 2001). Sendo um estudo metodológico nesta pesquisa foi realizada a tradução e adaptação transcultural do Ferrans and Powers Quality of life index spinal cord injury version III do inglês para o português, por se tratar de um instrumento que ainda não foi traduzido no Brasil. 4.2 Local do Estudo O estudo foi realizado em Fortaleza, capital do Estado do Ceará, localizada na região Nordeste do Brasil, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com dados calculados até primeiro de julho de 2012, é a quinta cidade mais populosa do Brasil com população que chega a 2,5 milhões de habitantes (IBGE, 2010). O pré-teste desta pesquisa foi realizado em pessoas com lesão medular que já estavam na fase crônica, ou seja, após seis meses do fato que ocasionou a LM, e que se encontrava em seu domicílio, uma vez que este demonstra ser o lugar ideal para execução do instrumento, pois o processo de adaptação às limitações do lar é importante para observar os questionamentos realizados no instrumento sobre QV, já que no hospital, na fase aguda da lesão, não haverá como mensurar fidedignamente estes aspectos. 4.3 População e Amostra A população foi constituída de pessoas com lesão medular através de uma amostra de 30 indivíduos, conforme recomendado por Beaton et al. (2007), por meio da busca em uma Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 39 base de dados de 132 pessoas com lesão medular, já cadastrados no banco de dados do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Enfermagem Neurológica (NUPEN), vinculado a Universidade Federal do Ceará, facilitando o acesso à amostra do estudo. Foram adotados como critérios de inclusão: pessoas com lesão medular residente no Município de Fortaleza com escolaridade mínima a 4ª série, conforme recomendado por Ferrans (2013) quando o índice for autoaplicável e aceitaram participar do estudo mediante assinatura no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. E como critérios de exclusão: pessoas que não conseguiram responder as perguntas por estarem, embora no domicílio, com a situação de saúde mais debilitada, como no caso de dois pacientes com tetraplegia que estavam traqueostomizados. 4.4 Tradução e Adaptação Cultural do Índice Os procedimentos de tradução e adaptação cultural do índice seguiram os passos propostos por Beaton, Bombardier, Guillemin et.al,. (2007), que compreende cinco fases: tradução inicial, síntese da tradução, tradução de volta a língua original (back translation), revisão por comitê de juízes e, por fim, pré-teste da versão final. Portanto para a realização deste estudo foi obtida a autorização para uso do índice por meio de correio eletrônico, pela autora principal (APÊNDICE A). Para melhor compreensão de como foi realizado este estudo segue a operacionalização do processo de tradução e adaptação cultural que foi criteriosamente seguida, podendo ser visualizada no fluxograma a seguir: Priscila Alencar Mendes Reis 40 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Figura 1: Representação gráfica das etapas do protocolo de tradução e adaptação cultural. QUALITY OF LIFE INDEX SPINAL CORD INJURY VERSION III ETAPA I: Tradução Inicial Realizada 2 traduções independentes para o português (T1 e T2) ETAPA II: Síntese das Traduções As duas traduções T1 e T2 foram sintetizadas em uma nova Versão Traduzida (VT), sendo verificadas as concordâncias e divergências. ETAPA III: Tradução de Volta ao Idioma Original A Versão Traduzida para o português (VT) foi traduzida para o inglês por 2 tradutores independentes Back Translation – ( BT1 e BT2) ETAPA IV: Síntese das Back Translation As duas back translation BT1 e BT2 foram sintetizadas em uma nova Versão Back Translation (VBT), sendo verificadas as concordâncias e divergências. ETAPA V: Revisão por um Comitê Comitê de 5 juízes que analisaram todas as versões produzidas até o momento e elaboraram uma versão pré-final em Português da (Quality of life index spinal cord injury version III ) avaliando a equivalência semântica, idiomática, cultural e conceitual. Equivalência Semântica Reunião do Comitê de Adaptação Cultural – 5 juízes Equivalência Idiomática, Experimental e Conceitual 1ª VERSÃO TRADUZIDA ETAPA VI: Pré –Teste Aplicação da 1ª Versão Traduzida em pessoas com Lesão Medular (n = 30) VERSÃO FINAL/BRASILEIRA TRADUZIDA E ADAPTADA DO ÍNDICE QUALITY OF LIFE INDEX SPINAL CORD INJURY VERSION III Fonte: Adaptação da representação gráfica de BEATON; BOMBARDIER; GUILLEMIN; et. al., 2007. Priscila Alencar Mendes Reis 41 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Etapa I. Tradução Inicial A primeira fase é a tradução independente para o idioma português, língua culta brasileira, visto que inicialmente o índice em estudo encontrava-se no contexto linguístico e cultural dos Estados Unidos da América (EUA). Essa etapa foi realizada por dois tradutores bilíngues, brasileiros e com domínio da língua inglesa. Os dois tradutores tinham perfis diferentes. O primeiro tradutor, que fez a T1, foi informado sobre os objetivos da tradução e não era da área da saúde, sendo realizada, portanto, por V.L.F.M.E. B, professora aposentada da Casa de Cultura Britânica da Universidade Federal do Ceará. O segundo tradutor, que elaborou a T2, é da área da saúde, com fluência na língua inglesa e não foi informado sobre os objetivos da tradução, assim E.T.P., fisioterapeuta e professor de língua inglesa realizou esta etapa, as seguintes traduções seguem no (APÊNDICE B e C). Para finalizar esta etapa cada tradutor elaborou um relatório, de forma mais específica possível, sobre a tradução que realizaram, colocando as questões que podem ter outras possibilidades de tradução e relatando sobre os termos que foram dúbios e a justificativa para a escolha da tradução final nestas ocasiões. Etapa II. Síntese das Traduções Como forma de elaborar uma síntese das duas traduções e gerar uma versão imparcial, uma terceira pessoa foi adicionada à equipe para ser mediador nas discussões e diferenças de tradução e produzir uma documentação escrita do processo, sendo assim foi elaborada a versão traduzida (VT) (APÊNDICE D) por M.N.F.V., professor de Língua Inglesa da Universidade Federal do Ceará. É válido ressaltar que esta etapa foi realizada por necessidade de unir as versões anteriormente traduzidas, a fim de seguir para a Back Translation, embora não fique explícito quem deverá realizar esta síntese no protocolo sugerido por Beaton et al (2007). Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 42 Etapa III. Tradução de Volta ao Idioma Original (Back - Translation) Diante da versão traduzida (VT) obtida na etapa anterior, ela foi re-traduzida para o idioma original por meio de um procedimento considerado cego, ou seja, os tradutores não tiveram acesso à versão em inglês (original) do índice. Os dois tradutores responsáveis pela back-translation eram bilíngues, tendo o inglês como língua materna, não estavam cientes e nem foram informados dos conceitos explorados. Desse modo a BT1 foi realizada pela professora H.H (APÊNDICE E) e a BT2 por J.A.C. (APÊNDICE F). Ao final deste processo estes tradutores produziram as back-translation 1 e 2 (BT1 e BT2). E após a conclusão das back-translations foi realizada a fase seguinte. Etapa IV. Síntese das Back - Translation Ao analisar as back translations foi observado que 30 itens estavam idênticos na retradução, 31 tinham o mesmo sentido, ou seja, utilizavam as mesmas palavras, no entanto divergiam quanto à construção da ordem das palavras na frase e 13 itens apresentavam mínimas diferenças quanto a verbos e substantivos. Com o intuito de formar apenas uma versão comum de back-translation (VBT) (APÊNDICE G), adicionou-se outro tradutor para realizar a síntese das retraduções (BT1 e BT2). Este era brasileiro, com domínio da língua inglesa, sendo professor de inglês em um curso particular em Fortaleza. Esta fase não é apresentada como etapa no protocolo de Beaton et al. (2007) no entanto, com a intenção de obter melhores resultados na versão final optou-se pela inclusão deste outro membro, o que totalizou seis tradutores para concluir as traduções e passar para fase seguinte. Etapa V. Revisão por um Comitê de Juízes e Adaptação da Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III A composição do comitê de juízes é crucial para alcançar equivalência transcultural do instrumento traduzido, assim foi realizada com cinco pessoas, a qual é referida neste trabalho como juízes, que tinham as seguintes características: experiência prática e/ou de pesquisa na área de saúde neurológica e/ou QV, com conhecimento do idioma inglês e português, foram estabelecidas exigências relacionadas à titulação, à produção Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 43 científica e ao tempo de atuação na temática em discussão. A busca destes especialistas ocorreu por meio de indicação de pessoas que já haviam realizado este tipo de trabalho e conferido os preceitos sugeridos pelo quadro de Joventino (2010) adaptado, através da confirmação da plataforma Lattes. Nesta fase, cada membro do comitê de juízes teve o papel de consolidar todas as versões e os componentes do questionário. Cada juízes recebeu os seguintes documentos 1. Carta – Convite para o Juíz ; 2.Representação gráfica do protocolo utilizado no projeto de dissertação; 3.Termo de Consentimento para os Juízes; 4. Instrumento de Caracterização dos Juízes; 5. Instrumento de Pesquisa de Opinião dos Juízes; 6. Instrumento de validação pelos juízes com itens e orientações para a análise da equivalência semântica, idiomática, cultural e conceitual do índice; 7. O índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III em sua versão original; 8. Versão traduzida do índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III (T1 e T2); 9. Síntese das duas versões traduzidas do índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III (T12), 10. Versões re-traduzidas para o inglês Back - translation (BT1 e BT2) e 11. Síntese das Back Translations (VBT). O instrumento utilizado pelos juízes com os itens do índice e orientações para proceder a análise ( APÊNDICE H) foi construído com base nos critérios de Beaton, et al (2007) e inclui os seguintes aspectos: Equivalência Semântica: avaliação gramatical e do vocabulário das palavras de cada item, preservando a formulação de termos e a equivalência de significados; Equivalência Idiomática: avaliação das expressões idiomáticas e coloquiais de difícil tradução, sendo possível haver a elaboração de expressões equivalentes em português para expressões de difícil tradução; Equivalência Cultural: avaliação dos itens que expressam experiências próprias de cada cultura, podendo ser construído termos coerentes com a realidade cultural da população em estudo; Equivalência Conceitual: avaliação das palavras que possuem conceitos de ambas as culturas, onde foram explorados e experimentados pela população brasileira para se produzir a primeira versão traduzida e conduzir a fase de pré-teste. Após avaliação pelos membros do comitê, foi realizada uma revisão das anotações para se produzir a primeira versão final e conduzir a fase de pré-teste. Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 44 Etapa VI. Pré-Teste A fase final do processo de adaptação transcultural é o pré-teste. Nesta fase foi administrado o instrumento-piloto (1ª versão traduzida) a um grupo de 30 pessoas com lesão medular, tendo em vista que Beaton; Bombardier; Guillemin; et.al., (2000), sugerem uma amostra de 30 a 40 para esta fase de pré-teste. O propósito desta análise consiste em determinar a qualidade do instrumento como um todo, bem como a capacidade de cada item para discriminar as pessoas que respondem (LOBIONDO-WOOD; HABER, 2001). Essa etapa ocorreu no domicílio das pessoas com lesão medular e a amostra foi realizada conforme as pessoas atenderam aos critérios de inclusão e exclusão da presente pesquisa e aceitaram em participar, assinando o termo de consentimento livre e esclarecido – TCLE (APÊNDICE I). Após essa etapa foram realizados os ajustes necessários, afim de que este instrumento possa ser aplicado com toda a amostra futura para o teste das propriedades psicométricas de validade da Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III em futuros estudos. Nesta última etapa foi possível assegurar a adaptação do índice traduzido, sua equivalência e aplicação na população a qual foi proposta, assim como esclareceu e refinou a escrita dos itens do índice, uma vez que foi oferecida a liberdade para cada entrevistado comentar sobre os itens que geraram dúvidas, assim como foi aceita todas as sugestões que melhoraram a compreensão dos itens questionados. Sendo, portanto todas as impressões da amostra durante o pré-teste criteriosamente consideradas para elaboração da versão final/brasileira da Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III. 4.5 Operacionalização da Coleta de Dados A pesquisa de campo para a realização do pré-teste ocorreu depois de finalizada à etapa IV (Revisão por um Comitê de Juízes) do protocolo de Beaton, Bombardier, Guillemin et. al. (2007), bem como depois da aprovação da Plataforma Brasil. As entrevistas foram agendadas por telefone, o qual foi disponibilizado pelo banco de dados do NUPEN, portanto este processo foi realizado em 13 deslocamentos que ocorreu no período do dia 20 de agosto de 2013, a primeira entrevista, a 23 de novembro de 2013, a última, essa demora para a realização da coleta das 30 entrevistas ocorreu pelo fato de muitas vezes, ao ligar confirmando, os pacientes remarcavam conforme sua melhor Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 45 conveniência, assim foi possível realizar uma média de duas entrevistas por deslocamento, o acesso aos bairros era difícil e muitas vezes foi necessário solicitar ajuda as unidades básicas mais próximas ao endereço que era realizado a entrevista para que um agente comunitário de saúde acompanhasse, pois, em sua maioria, as localidades eram perigosas e de difícil acesso para localizar o endereço. Foi possível também mensurar o tempo de aplicação do índice que teve duração de aproximadamente de 40 minutos por entrevista, este tempo foi bem além do que a autora relata que são 10 minutos, pois nessa fase o mais importante é avaliar o entendimento dos itens, se há necessidade de modificações e não a aplicação propriamente dita, além de muitas vezes haver interrupção para algumas intervenções que os ajudaria na melhoria de sua qualidade de vida. A pesquisa transcorreu com a aplicação do índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III na versão em português, levando em consideração os critérios da amostra. O índice foi aplicado, em forma de entrevista, para garantir o entendimento dos questionamentos, além de ser o sugerido pela autora. Além do índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III foi aplicado um formulário com informações que possibilitaram traçar o perfil sociodemográfico e clínico (APÊNDICE J) das pessoas com lesão medular em que foi realizado o pré-teste, pois possibilitou fazer correlações do modo/estilo de vida dessas pessoas com os domínios de QV. 4.6 Organização e Análise dos Dados Os dados relativos a avaliação dos itens pelos juízes foram digitados no Microsoft Excel e as características sociodemográficas e clínicas das pessoas com LM no Microsoft Access em seguida exportados para o software estatístico STATA v.11 para geração dos resultados. Inicialmente, foram realizada a análise em relação à concordância das respostas dos 5 juízes referente as avaliações de equivalência semântica, idiomática, conceitual, experimental. Para tal, foram utilizadas distribuições de frequências univariadas, medidas descritivas e o coeficiente de concordância intra avaliadores - Estatística Kappa de Cohen e o percentual de concordância, bem como o cálculo do percentual de concordância TMA (Tradução Muito Adequada) entre as respostas dos avaliadores para todos os itens avaliados na avaliação semântica. Os valores de referência do coeficiente Kappa (κ), foram definidos Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 46 de acordo com a classificação sugerida por Landis; Koch (1977): concordância excelente (0,81 a 1,0), substancial (0,61 a 0,80), moderada (0,41 a 0,60), considerável (0,21 a 0,40) e ligeira/desprezível (0,00 a 0,20). Foi adotado o nível de significância estatística de 5% (p ≤ 0,05). A etapa seguinte consistiu na caracterização sociodemográfica e clínica da população de estudo. Os dados foram apresentados através de distribuições de frequências univariadas e medidas descritivas (média, desvio padrão). 4.7 Aspectos Éticos O estudo respeitou em todas as etapas os preceitos éticos de pesquisa em conformidade com Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que estabelece as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos (BRASIL, 2012) e este trabalho foi encaminhado à plataforma Brasil, aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Ceará/PROPESQ, com parecer consubstanciado número 344.927 em 18 de julho de 2013 (ANEXO D)(APÊNDICE K). Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 47 5. RESULTADOS 5.1 Adaptação Transcultural da Quality of Life Index Spinal Cord Injury - Version III A adaptação transcultural foi realizada por seis tradutores, que procederam o processo de tradução do índice conforme preconiza o protocolo de estudos metodológicos e por comitê de cinco juízes, que analisou os itens do índice objeto deste estudo quanto às equivalências semânticas, idiomáticas, experimental e cultural. No que se referem aos tradutores, todos seguiram o protocolo de tradução e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, a carta de participação do tradutor, nesta fase todos os tradutores foram remunerados: Tradutor 1 (V.L.F.M.E.B.): Realizou a T1, professora aposentada da Casa de Cultura Britânica da Universidade Federal do Ceará; Tradutor 2 (E.T.P): Realizou a T2, fisioterapeuta e professora de língua inglesa de um curso particular em Fortaleza; Tradutor 3 (M.N.F.V.): Realizou a VT, professor de Língua Inglesa da Universidade Federal do Ceará; Tradutor 4 (H.H): Realizou a BT1, enfermeira, professora e chefe de uma empresa de traduções; Tradutor 5 (J.A.C.): Realizou a BT2, professor de língua inglesa, aluno de mestrado da Universidade de Fortaleza (UNIFOR); Tradutor 6 (C.M.B): Realizou a VBT, professora de língua inglesa de um curso particular em Fortaleza. Em relação as traduções, dois aspectos que divergiram logo no começo foi com as duas primeiras traduções. Assim o tradutor que elaborou a versão T 1 relatou ter traduzido o termo “cord” e “injury”, que se encontram no título do índice, como respectivamente “corda” e “danificada”, pois seguiu o sentido literal da palavra, mas acredita ter um termo mais adequado e que possua um sentido melhor para a tradução. Já a tradutora que realizou a versão T2 não apresentou nenhuma justificativa no relatório, apenas relatou não ter tido nenhuma dificuldade e em relação a estes termos sua tradução ficou: “medula espinhal” e “lesão”. Priscila Alencar Mendes Reis 48 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Na consolidação, pelo terceiro tradutor para formar a VT, em relação às palavras das traduções anteriores que estavam divergindo, ele optou por seguir o mesmo raciocínio da primeira tradutora, ficando para “cord” a tradução “corda” e para “injury” a tradução “danificada”. Como na maior parte dos itens que havia diferença de tradução da T1 e T2, ele em grande parte optou por continuar com a T 1, como será demonstrado melhor nos resultados através de tabelas. Quanto ao comitê de juízes, este foi composto por cinco profissionais enfermeiros, dentre estes, duas professoras doutoras do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará (UFC), uma doutora chefe do Serviço de Epidemiologia do Instituto Dr. José Frota, um mestre com vasta experiência em lesão medular e um enfermeiro professor de linguística, com experiência na língua portuguesa. Para a composição do comitê foram estabelecidos critérios, em especial obter no mínimo cinco pontos como preceitua Joventino (2010), e vale ressaltar que todos colaboraram com o estudo gratuitamente, em favor dos avanços tecnológicos. Quadro 1 - Critérios para a seleção de Juízes. Fortaleza, Ce. 2014. Critério de classificação dos juízes Pontuação 1. Ser Doutor 2 pontos 2. Possuir tese na área de interesse * 4 pontos 3. Ser Mestre 2 pontos 4. Possuir dissertação na área de interesse 3 pontos 5.Ter orientado dissertação ou tese na área de interesse 2 pontos 6. Possuir artigo publicado em periódico indexado sobre a área de interesse. 1 ponto 7. Possuir prática profissional (clínica, ensino ou pesquisa) recente, de no mínimo, 5 anos na temática 3 pontos 8. Ser especialista em área relacionada ao construto de interesse 2 pontos Nota: *Área/Temática de interesse: doenças neurológicas, lesão medular, qualidade de vida, validação de instrumentos. De acordo com os critérios estabelecidos, os juízes atingiram as seguintes pontuações e por isso foram incluídos no estudo: Juiz 1 (L.B.X): Doutora (2pts) + Mestre (2pts) + Orientado dissertação ou tese na área de interesse (2pts) + Artigo publicado na área de interesse (1p) = Total de 7 pts. Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 49 Juiz 2 (J.R.B): Possui artigo na área de interesse (1 pt) + Prática profissional (3pts) + Especialista na área ( 2pts) = Total de 6 pts. Juiz 3 (L.M.A): Doutora (2pts) + Mestre (2pts) + Orientou dissertação na área de interesse (2pts) + Artigo publicado em periódico indexado (1pt) + Prática profissional (3pts) = Total de 10 pts. Juiz 4 (J.N.C): Mestre (2pts) + Artigo publicado em periódico indexado (1pt) + Prática profissional (3pts) = 6 pts. Juiz 5 (M.O.B.O): Doutora (2pts) + Mestre (2pts) + Orientado dissertação ou tese na área de interesse (2pts) + Artigo publicado na área de interesse (1p) = Total de 7 pts. Na Tabela 1 estão expostas as informações referentes as avaliações dos itens pelos juízes quanto aos critérios de equivalência semântica do índice (ortografia, gramática e vocabulário). Observou-se que, no critério ortografia o percentual de itens avaliados como Tradução Muito Adequada (TMA) foi superior a 87% e, apenas um juiz avaliou 1 item (1,2%) como Tradução Totalmente Inadequada (TTI). Quanto ao critério vocabulário, o percentual de itens avaliados foi superior a 86%, este critério apresentou variações nas avaliações entre os juízes e, um juiz avaliou 1 item como TTI (1,2%). A avaliação semântica quanto ao critério gramática, prevaleceu a classificação TMA, superior a 86% dos itens para todos os juízes, apresentou padrão semelhante a avaliação do critério vocabulário e apenas um juiz avaliou 1 item (1,2%) como Tradução Totalmente Inadequada (TTI). Todos os itens que foram apresentados como TTI foi pelo julgamento do juiz 2 em apenas 1 item que correspondeu ao item referente ao título do índice na avaliação ortográfica e vocabulário, porém não foi aceita suas colocações, primeiramente porque a maioria dos juízes possuía uma posição coerente em substituir as palavras corda por medula e danificada por lesão, o qual é utilizado no contexto prático e literário da nossa língua, e ao item 11 da avaliação gramatical que ele havia colocado a palavra children como crianças, porém foi aceita a consolidação da maioria dos juízes que utilizou a palavra filhos. Priscila Alencar Mendes Reis 50 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Tabela 1 - Distribuição das avaliações dos itens inter juízes quanto a equivalência semântica do Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III. Fortaleza - CE, Brasil, 2014. Critérios da avaliação de equivalência semântica Ortografia Juiz 1 Juiz 2 n (%) Juiz 3 Juiz 4 n (%) n (%) TMA 72 (87,8) 79 (96,4) 78 (95,1) TA 10 (12,2) 2 (2,4) 4 (4,9) n (%) 79 (96,4) 3 (3,6) 1 (1,2) 1 (1,2) TTI TMA 71 (86,6) 76 (92,7) 80 (97,6) 75 (91,5) 76 (92,7) TA 10 (12,2) 2 (2,4) 2 (2,4) 5 (6,1) 5 (6,1) 1 (1,2) 3 (3,7) 2 (2,4) 1 (1,2) TCI 1 (1,2) TTI Gramática n (%) 81 (98,8) TCI Vocabulário Juiz 5 TMA 71 (86,6) 73 (89,0) 79 (96,3) 77 (93,9) 78 (95,1) TA 10 (12,2) 3 (3,7) 3 (3,7) 2 (2,4) 3 (3,6) 1 (1,2) 5 (6,1) 3 (3,7) 1 (1,2) TCI 1 (1,2) TTI Nota: TMA=tradução muito adequada TA=tradução adequada TCI=tradução com inadequações TTI=tradução totalmente inadequada. Na Tabela 2, apresentam-se o coeficiente Kappa (κ) e o percentual de concordância entre os juízes quanto ao critério equivalência semântica - ortografia para as quatro categorias apresentadas (TMA, TA, TCI, TTI). O juiz que apresentou a melhor concordância entre os pares foi o 5, foi encontrada concordância substancial entre os juízes 2 e 5 e, entre os juízes 1 e 5 considerável concordância ambas estatisticamente significantes (p ≤ 0,05). Entre os demais juízes, apesar de elevados percentuais de concordância, variou entre pobre e ligeira. Tabela 2 - Estatística Kappa (κ) e percentual de concordância obtida entre os juízes na avaliação da equivalência semântica - ortografia. Fortaleza - CE, Brasil, 2014. .Juizes 1 κ 1 2 3 4 5 Nota: *p-valor ≤ 0,05. Priscila Alencar Mendes Reis 2 (%) 3 4 5 κ (%) κ (%) κ (%) κ 0,11* 86,6 -0,07 82,9 0,08* 87,8 0,27* 89,0 0,11* 92,7 0,00 95,1 0,66* 97,6 0,00 93,9 -0,04 91,5 0,00 95,1 (%) 51 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Na Tabela 3, apresentam-se a concordância entre os juízes quanto ao critério equivalência semântica – vocabulário para as quatro categorias apresentadas (TMA, TA, TCI, TTI). Neste critério, os juízes que apresentaram as melhores concordâncias entre os pares foram 1 e 5, foi encontrada moderada concordância entre os juízes 1 e 5, entre os juízes 2 e 5 substancial concordância e, entre os juízes 4 e 5 considerável concordância todas estatisticamente significantes (p ≤ 0,05). Entre os juízes 1 e 2 considerável concordância e entre os juízes 1 e 4 considerável concordância, ambas estatisticamente significantes (p ≤ 0,05). Os demais juízes, apesar de elevados percentuais de concordância, variou entre pobre e ligeira concordância. Tabela 3 – Estatística Kappa (κ) e percentual de concordância obtida entre os juízes na avaliação da equivalência semântica – vocabulário. Fortaleza – CE, Brasil, 2014. .Juizes 1 κ 1 2 3 4 2 (%) 3 4 5 κ (%) κ (%) κ (%) κ 0,37* 87,8 -0,04 84,1 0,21* 84,1 0,42* 89,0 -0,02 90,2 0,10* 86,6 0,64* 95,1 -0,03 89,0 -0,03 90,2 0,26* 89,0 (%) 5 Nota: *p-valor ≤0,05. Na Tabela 4, apresentam-se a concordância entre os juízes quanto ao critério equivalência semântica - gramática para as quatro categorias apresentadas (TMA, TA, TCI, TTI). Neste critério, os juízes que apresentaram as melhores concordâncias entre os pares foram o 1 e 5, foi encontrada moderada concordância entre os juízes 1 e 5, entre os juízes 2 e 5 considerável concordância e, entre os juízes 4 e 5 considerável concordância todas estatisticamente significantes (p ≤ 0,05). Entre os juízes 1 e 2 considerável concordância e entre os juízes 1 e 4; 2 e 3 e 2 e 4 ligeira concordância, todas estisticamente significantes (p ≤ 0,05). Os demais juízes, apesar de elevados percentuais de concordância, variou entre pobre e ligeira a concordância. Priscila Alencar Mendes Reis 52 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Tabela 4 - Estatística Kappa (κ) e percentual de concordância obtida entre os juizes na avaliação da equivalência semântica - gramática. Fortaleza - CE, Brasil, 2014. .Juizes 1 κ 2 (%) 1 κ 3 (%) 0,24* 82,9 2 4 κ (%) -0,06 82,9 0,14* 84,2 0,50* 91,5 0,14* 87,8 0,17* 86,6 0,35* 90,2 -0,03 90,2 -0,03 91,5 0,31* 92,7 3 κ 5 (%) 4 κ (%) 5 Nota:*p-valor ≤0,05. Na Tabela 5, apresentam-se os resultados dos juízes quanto as avaliações da equivalência idiomática, experimental e conceitual. Com relação a avaliação da equivalência idiomática, observaram-se que os percentuais de itens avaliados como Tradução Muito Adequada (TMA) foram superiores a 74%, sendo que os juízes 1 e 2 apresentaram maiores variações entre as avaliações dos itens, considerando inclusive, um item como Tradução Totalmente Inadequada (1,2%). Na avaliação experimental, os percentuais de itens avaliados como Tradução Muito Adequada (TMA) foram superiores a 78%, ocorreu distribuição das respostas semelhante a equivalência idiomática para os juízes 1 e 2, um item foi avaliado como Tradução Totalmente Inadequada (1,2%). Na avaliação conceitual, o percentual de itens avaliados como Tradução Muito Adequada (TMA) foi superior a 70%, a distribuição das respostas foi semelhante aos critérios anteriores, um item foi avaliado como Tradução Totalmente Inadequada (1,2%). O item que foi avaliado com TTI pelo juiz dois foi o referente ao título, sendo argumentado a substituição das palavras corda por medula e danificada por lesão, porém suas sugestão não foi acatada, pois os termos medula e danificada são os utilizados no contexto prático e literário da nossa língua, sendo também corroborado esta decissão com os quatro juízes. Tabela 5 - Distribuição das avaliações dos itens pelos juízes quanto a equivalência idiomática, experimental, conceitual do Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III. Fortaleza - CE, Brasil, 2014. Critérios da avaliação da equivalência idiomática, experimental, conceitual Idiomática Priscila Alencar Mendes Reis contínua... Juiz 1 Juiz 2 Juiz 3 Juiz 4 Juiz 5 n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) TMA 64 (78,0) 61 (74,4) 80 (97,6) 78 (95,1) 79 (96,3) TA 15 (18,3) 10 (12,2) 2 (2,4) 3 (3,7) 3 (3,7) 53 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 3 (3,7) TCI 74 (90,2) 64 (78,0) 74 (90,2) 79 (96,4) 80 (97,6) TA 7 (8,6) 7 (8,6) 8 (9,8) 2 (2,4) 2 (2,4) TCI 1 (1,2) 10 (12,2) TMA 1 (1,2) 1 (1,2) TTI Conceitual 1 (1,2) 1 (1,2) TTI Experimental 10 (12,2) TMA 62 (75,6) 58 (70,7) 78 (95,1) 78 (95,1) 80 (97,6) TA 17 (20,7) 11 (13,4) 4 (4,9) 2 (2,4) 2 (2,4) 3 (3,7) 12 (14,6) TCI 2 (2,4) 1 (1,2) TTI Nota: TMA=tradução muito adequada TA=tradução adequada TCI=tradução com inadequações TTI=tradução totalmente inadequada. Na Tabela 6, apresentam-se a concordância entre os juízes quanto ao critério equivalência idiomática para as quatro categorias apresentadas (TMA, TA, TCI, TTI). Neste critério, o juíz 5 apresentou concordância entre os pares, foi encontrada ligeira concordância entre os juízes 2 e 5 e 4 e 5, ambas estatisticamemte significantes (p ≤ 0,05). Entre os juízes 1 e 4 ligeira concordância e entre os juizes 1 e 2 considerável concordância estisticamente significantes (p ≤ 0,05). Os demais juizes, apesar de elevados percentuais de concordância, o Kappa estimado variou entre pobre e ligeira concordância. Tabela 6 - Estatística Kappa (κ) e percentual de concordância obtida entre os avaliadores na avaliação da equivalência idiomática. Fortaleza - CE, Brasil, 2014. Juizes 1 κ 1 2 3 4 2 (%) κ 0,38* 3 (%) 75,6 4 5 κ -0,04 (%) 75,6 κ 0,12* (%) 78,0 κ 0,01 (%) 74,4 0,06 74,4 0,06 73,2 0,09* 73,2 -0,03 92,7 -0,03 91,5 0,19* 91,5 5 Nota: *p-valor ≤0,05. Na Tabela 7, apresentam-se a concordância entre os juízes quanto ao critério equivalência experimental para as quatro categorias apresentadas (TMA, TA, TCI, TTI). Neste critério, os juízes 1 e 5 apresentaram concordância entre os pares, foi encontrada ligeira concordância entre os juízes 1 e 5; 2 e 5; 3 e 5 e consideravél concordância entre 4 e 5, todas Priscila Alencar Mendes Reis 54 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III estatisticamente significantes (p ≤ 0,05). Entre os juízes 1 e 2 houve ligeira concordância e entre os juízes 1 e 4 considerável concordância, ambas estatisticamente significantes (p ≤ 0,05). Os demais juizes, apesar de elevados percentuais de concordância, o Kappa estimado variou entre pobre, ligeira ou inexistente concordância. Tabela 7 - Estatística Kappa (κ) e percentual de concordância obtida entre os juízes na avaliação da equivalência experimental. Fortaleza - CE, Brasil, 2014. 1 .Juizes κ 2 (%) 1 3 4 5 κ (%) κ (%) κ (%) 0,15* 75,6 0,04 82,9 0,33* 91,5 0,17* 90,2 0,24* 78,0 0,00 75,6 0,07* 78,0 0,05 87,8 0,17* 90,2 0,38* 96,3 2 3 4 κ (%) 5 Nota: *p-valor ≤0,05. Na Tabela 8, apresentam-se a concordância entre os juízes quanto ao critério equivalência conceitual para as quatro categorias apresentadas (TMA, TA, TCI, TTI). Neste critério, os juízes 2 e 4 apresentaram concordância entre os pares, foi encontrada consideravel concordância entre os juízes 1 e 2;1 e 4, ambas estatisticamente significantes (p ≤ 0,05). Entre os juízes 2 e 3; 2 e 4 ligeira concordância e entre os juízes 3 e 5 considerável concordância, todas estatisticamente significantes (p ≤ 0,05). Os demais juizes, apesar de elevados percentuais de concordância, o Kappa estimado variou entre pobre, ligeira ou inexistente concordância. Tabela 8 - Estatística Kappa (κ) e percentual de concordância obtida entre os juízes na avaliação da equivalência conceitual. Fortaleza - CE, Brasil, 2014. .Juizes 1 κ 1 2 3 4 5 Nota: *p-valor ≤ 0,05. Priscila Alencar Mendes Reis 2 (%) 3 4 5 κ (%) κ (%) κ (%) κ 0,35* 72,0 0,00 73,2 0,29* 80,5 0,05 75,6 0,16* 73,2 0,12* 72,0 0,04 70,7 -0,03 90,2 0,31* 95,1 -0,02 92,7 (%) Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 55 Nas Tabelas 9 e 10 estão apresentadas as versões desenvolvidas no processo de Adaptação Transcultural. Na Avaliação Semântica dos Itens (% de concordância entre avaliadores), tomouse como referência o cálculo do percentual a categoria TMA (Tradução Muito Adequada), entre os juízes para todos os itens da versão final. Destarte, diante da equivalência semântica entre a versão em português do adaptada pelos juízes e o original em inglês do Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III, como demonstrado anteriormente, é importante relatar alguns aspectos referentes às alterações sugeridas pelo comitê de juízes. Uma mudança que ocorreu logo no início do instrumento foi em relação ao título, pois os juízes foram unânimes na concordância de retirar o nome dos autores (Ferrans and Powers), pois fica mais fácil o entendimento do que realmente o índice mensura ao dizer para que ele serve (Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version III) Índice de Lesão Medular e Qualidade de Vida - Versão III. Logo em seguida, uma outra questão relacionada a pergunta norteadora da parte 1 que no índice original escrevia-se assim: How satisfied are you with:, quando foi substituída a palavra how (quão) para qual e acrescentado a palavra nível, uma vez que todos os juízes afirmavam haver na resposta a intenção de quantificação. Porém neste momento houve discussão sobre qual palavra seria mais adequada (nível e grau). No entanto a palavra nível prevaleceu na concordância entre os juízes, assim como no pré-teste, quando os pacientes foram indagados qual melhor termo seria mais compreensivo. A palavra with (com), foi melhor traduzida como em relação e acrescido o sufixo a (ao), para fazer concordância com o início de todos os 37 itens posteriores. Ocorreu também modificação na pergunta introdutória da parte 2, em que no índice original tinha-se: How important to you is:, onde a palavra how (quão) foi melhor traduzida para o quanto, por ser menos formal. Essas modificações não trazem prejuízos para o índice, apenas serve para torná-lo mais compreensivo quando autoaplicado, como sugere a autora. Além destas, outras alterações foram sugeridas pelo comitê, as quais serão pontuadas separadamente em relação às parte 1 e 2 e o que for comum às duas partes, com o número dos respectivos itens modificados, pois embora os itens da primeira parte tenham o mesmo sentido dos da segunda parte, afim de fazer-se uma comparação da satisfação e importância de cada o mais próximo possícel, através de uma comparação igual de sentido, Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 56 eles, às vezes, possuem construções ortográficas diferentes, pois dependem da frase introdutória para sua formação, assim seguem mais algumas modificações sugeridas pelo juízes: MODIFICAÇÕES REALIZADAS PELOS JUÍZES COMUNS ÀS PARTES 1 e 2: Item 2 - Neste item “O cuidado com a sua saúde?” foi modificado pelo acréscimo do pronome seu, para tornar a expressão mais específica a quem era aplicado o índice, desse modo ficou: “O seu cuidado com a saúde?” Item 7 – Em “Sua capacidade de desobstruir seus pulmões?” foi levado em conta para melhorar a compreensão deste item a substituição do termo técnico desobstruir, pela palavra limpar, pois foi considerado muito científico, então ficou: Sua capacidade de limpar seus pulmões? Item 27 – Ao analisar este item “Sua educação?” houve o questionamento que era muito generalista, o qual deveria ser mais específico para não gerar dúvidas, sendo escolhido como melhor opção o acréscimo de (ex: escolaridade), ficando assim: Sua educação? (ex: escolaridade), porém ficou acordado que este exemplo não seria lido, logo de imediato, durante a aplicação do índice para observar a compreensão e caso houvesse algum questionamento é que seria lido o exemplo. PARTE 1: Item 3 - No que se refere a este item, “A quantidade de dor que você tem?”, a principal modificação foi em relação ao verbo (ter e sentir), onde segundo consultas em instrumentos que mensuram a dor, observou-se que o termo melhor aplicado seria sentir, logo ficou melhor representado por: Quantidade de dor que você sente? Item 5 - Nesta frase “Sua capacidade para se cuidar sozinho?” a palavra que surgiu questionamentos foi sozinho, a qual, segundo o comitê de juízes ficava melhor ser substituída por sem ajuda, ficando: Sua capacidade para cuidar de você mesmo sem ajuda? Item 8 – Em “A quantidade de controle que você tem sobre sua vida?” foi retirada a palavra quantidade, pois os juízes indagaram que poderia haver confusão com a numeração das respostas do índice, assim ficou: Controle que você tem sobre sua vida? Item 10 – Este item sofreu uma mínima modificação “A saúde de sua família?” que foi a exclusão do artigo a, pois na frase norteadora da parte 1 já há o artigo para que os itens não Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 57 sofram variações, ficando a leitura mais dinâmica, como: Saúde de sua família? Item 11 – Neste item “Seus filhos?” os juízes acrescentaram entre parênteses mais informações, com o intuito de garantir que a pessoa iria responder tendo ou não filhos, assim como na construção do índice original há este mesmo acréscimo em alguns itens, desse modo ficou: Seus filhos? (Se você tiver ou não) Item 13 – Este item teve o mesmo motivo de modificação do item 10, assim “A felicidade de sua família?” ficou Felicidade de sua família? Item 15 – No inglês não há variação de gênero nas palavras, logo a tradução fica de forma geral “Seu esposo, amante ou companheiro (se você tiver)?”, porém no contexto brasileiro é necessário variar o gênero, ficando melhor acrescentar os artigos e pronomes para os gêneros, assim há uma construção mais adaptada para o Brasil em: Seu/Sua esposo (a), amante ou companheiro (a) (se você tiver)? Item 16 – “Em não ter esposo, amante ou companheiro (se não tiver)?” foi retirado o em, pois no item introdutório desta parte já há a (ao), e quanto a variação do gênero segue a mesma explicação do item anterior, desse modo, o item ficou melhor adaptado em: Não ter esposo(a), amante ou companheiro (a) (se não tiver)? Item 18 – “O apoio emocional que você tem de sua família?” neste item houve modificação em relação ao verbo, substituindo tem por recebe, pois questionou-se o fato de que o apoio emocional não é algo constante que se tem, e sim que é recebido, assim o item ficou O apoio emocional que você recebe de sua família? Item 19 – “O apoio emocional que você tem de outras pessoas que não são da sua família?” neste item a questão verbal ter e receber segue a mesma questão anterior e quanto a modificação em relação de outras pessoas que não são tem o mesmo sentido de além, a qual o item fica mais simples e fácil de falar, assim a construção dos juízes ficou O apoio emocional que você recebe de pessoas além da sua família? Item 21 – “Quão útil você é para os outros?” houve modificação na palavra quão para o quanto por ser mais coloquial, garantindo assim a maior compreensão para as pessoas que forem utilizar o índice, portanto o item ficou Quanto você é útil para os outros? Item 24 – “Sua casa, apartamento ou lugar onde você vive?”, neste caso houve substituição da palavra vive por mora, por acreditar ser mais específica em relação a residência, pois o viver pode ser relacionado a estado, país ... assim a construção de acordo com os juízes foi Sua casa, apartamento ou lugar onde você mora? Item 26 – A modificação deste item é referente à colocação do gênero, como explicado no item 16, assim “O fato de não ter um emprego (se desempregado, aposentado, ou inválido)?” Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 58 fica melhor colocado em O fato de não ter um emprego [se desempregado (a), aposentado (a), ou inválido (a)]? Item 28 – “Quão bem você pode lidar com suas necessidades financeiras?” é uma construção muito formal para a realidade brasileira e o quão, como no item 21 foi sugerido ser modificado, assim a melhor construção dos juízes foi substituir quão bem por sua capacidade, ficando a construção do item: Sua capacidade de lidar com as necessidades financeiras? Item 33 – Em “Seu alcance de metas pessoais?” houve modificação da palavra metas por objetivos, pois acredita-se ser de mais fácil compreensão, assim ficou: Seu alcance de objetivos pessoais? Item 37 – Neste item “Você mesma em geral?” foi suprimida a palavra em geral, pois quando falasse você mesma, já está implícito “você em geral”, desse modo o item ficou elaborado pelos juízes assim: Você mesma? PARTE 2: Item 3 – A justificativa para a modificação deste item é a mesma do item 3 da parte 1, assim “Não ter dor?”ficou melhor expressado como: Não sentir dor? Item 5 – A questão da modificação deste item é a mesma mencionada no item 5 da parte 1, assim “Cuidar-se sozinho?” ficou Cuidar-se sem ajuda? Item 9 – Nesta construção foi retirada a palavra tanto o em “Viver tanto o quanto você gostaria?”, pois se achou desnecessário, uma vez que o sentido da frase ficava o mesmo, além da cacofonia, assim ficou: Viver o quanto gostaria? Item 11 – Este item ficou muito próximo de seu correspondente na parte 1, porém a diferença foi ser desnecessário colocar a palavra você, pois ela já está no item introdutório da parte 2, o que comanda todos os outros itens deste bloco, sendo redundante sua colocação, desse modo “Seus filhos?” ficou Seus filhos? (se tiver) Item 15 – Assim como explicado no item anterior, à única diferença desta construção para o mesmo item da parte 1 é devido a palavra você, então ficou assim a modificação: “Seu esposo, amante, ou companheiro (se você tiver)?” para Seu/Sua esposo (a), amante ou companheiro (a) (se tiver)? Item 16 – Esta modificação tem o mesmo motivo dos itens 11 e 15 desta segunda parte assim “Ter um esposo, amante, ou companheiro (se você não tiver)?” ficou Ter um esposo (a), amante, ou companheiro (a) (se não tiver)? Item 18 – Esta construção só há modificação em relação ao mesmo item da parte 1 devido Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 59 a exclusão da palavra você, assim “O apoio emocional que você tem de sua família?” fica O apoio emocional que recebe de sua família? Item 19 – A diferenças de seu correspondente também é devido a retirada da palavra você, assim ficou “O apoio emocional que você tem de outras pessoas que não são da sua família?” para O apoio emocional que recebe de pessoas além da sua família? Item 24 – Também possui correspondência com o item da parte 1, sendo a diferença em relação à retirada da palavra você, ficando “Sua casa, apartamento ou lugar onde você vive?” como Sua casa, apartamento ou lugar onde mora? Item 26 – A diferença deste item é em relação ao gênero, assim como explicado no item 11,15 e 16 desta segunda parte, logo “Ter um emprego (se desempregado, aposentado ou inválido)?” fica melhor construído como Ter um emprego [se desempregado (a), aposentado (a) ou inválido (a)]? Item 29 – Este item “Fazer coisas por diversão?” foi modificado, pois os juízes indagaram que o sentido poderia ser levado como fazer as coisas sem compromisso, enquanto a intenção do item era em relação ao lazer, então a palavra por diversão foi substituída por se divertir, ficando a construção melhor explicada em: Fazer coisas para se divertir? Item 33 – Possui a mesma explicação do seu item correspondente da parte 1, onde “Alcance de metas pessoais?” é melhor construído como: O alcance de objetivos pessoais? Item 37 – Houve a necessidade da retirada da palavra você, pois haveria a repetição desta palavra, assim como a palavra própria foi substituída por mesma, por ter o mesmo significado e ser correspondente com este mesmo item na parte 1, desse modo “O que você é para você própria?” ficou Ser você mesma? Assim, após análise dos juízes, foi acrescentada expressões, exemplos entre parênteses, substituição ou retirada de palavras para melhorar o entendimento dos itens e a construção do índice em sua versão para o português, a qual é demonstrado na tabela 9 e 10 na coluna Versão Pré – Final, este foi o ídice aolicado no Pré-Teste. Assim como para a adaptação transcultural deste índice, outros instrumentos fizeram a colocação de itens com expressões adicionais para facilitar a compreensão (VICTOR, 2007; ORIÁ, 2008; VASCONCELOS, 2013). Priscila Alencar Mendes Reis 60 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Tabela 9 Parte 1: Equivalência semântica entre a versão em português do índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III e o original em inglês. Fortaleza, CE, Brasil, 2014. contínua... Itens do índice Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury – Version III Item Original Avaliação Semântica dos Itens (%) Concord. TMA Avaliadores Tradução Retraduzido Versão Pré - Final FERRANS AND POWERS QUALITY OF LIFE INDEX SPINAL CORD INJURY- VERSION III ÍNDICE DE QUALIDADE DE VIDA DE CORDA ESPINHAL DANIFICADA DE FERRANS AND POWERS – VERSÃO III FERRAN’S AND POWER’S QUALITY OF LIFE INDEX SPINAL CORD INJURIES – VERSION III ÍNDICE LESÃO MEDULAR E QUALIDADE DE VIDA – VERSÃO III 53,3 PART 1. For each of the following, please choose the answer that best describes how satisfied you are with that area of your life. Please mark your answer by circling the number. There are no right or wrong answers. PARTE 1. Para cada dos seguintes itens, por favor, escolha a resposta que melhor descrever quão satisfeita você está com essa área de sua vida. Por favor, marque sua resposta circulando o número. Não há respostas (certo) ou (errado). Part One: For each of the following items, please choose the response that best describes how satisfied you are with this area of your life. Please mark your response by circling the number correlating to the description. There are no right or wrong answers. PARTE 1. Para os itens seguintes, por favor, escolha a resposta que melhor descrever o seu grau de satisfação com as áreas de sua vida. Indique sua resposta circulando o número. Não há respostas certas ou erradas. 100,0 HOW SATISFIED ARE YOU WITH: QUÃO SATISFEITO VOCÊ ESTÁ COM: HOW SATISFIED ARE YOU WITH: QUAL O NÍVEL DE SATISFAÇÃO EM RELAÇÃO A (AO): Very Dissatisfied Moderately Dissatisfied Slightly Dissatisfied Slightly Satisfied Moderately Satisfied Very Satisfied Muito Insatisfeito Moderadamente Insatisfeito Pouco Insatisfeito Pouco Satisfeito Moderadamente Satisfeito Muito Satisfeito Very Dissatisfied Moderately Dissatisfied Slightly Dissatisfied Slightly Satisfied Moderately Satisfied Very Satisfied Muito Insatisfeito Moderadamente Insatisfeito Pouco Insatisfeito Pouco Satisfeito Moderadamente Satisfeito Muito Satisfeito 01 Your health? Sua saúde? Your health? Sua saúde? 02 Your health care? O cuidado com a sua saúde? Your healthcare? Seu cuidado com a saúde? 03 The amount of pain that you have? A quantidade de dor que você tem? The amount of pain you experience? Quantidade de dor que você sente? 04 The amount of energy you have for A quantidade de energia que você tem para as atividades diárias? The amount of energy you have for daily activities? Quantidade de energia que você tem para as atividades diárias? Your ability to take care of yourself? Sua capacidade para cuidar de você mesmo sem ajuda? everyday activities? 05 Your ability to take care of yourself Sua capacidade para se cuidar sozinho? 06 without help? Your ability to go places outside your home? Sua capacidade de ir a lugares fora de sua casa? Your ability to go places outside of your home? Sua capacidade de ir à lugares fora de sua casa? 07 Your ability to clear your lungs? Sua capacidade pulmões? Your ability to clear your lungs? Sua capacidade de limpar seus pulmões? 08 The amount of control you have over your life? A quantidade de controle que você tem sobre sua vida? The amount of control you have over your life? Controle que você tem sobre sua vida ? 09 Your chances of living as long as you would like? Sua chance de viver o quanto você gostaria? Your chance to live how you want? Sua chance de viver o que você gostaria? 10 Your family’s health? A saúde de sua família? Your family’s health? Saúde de sua família? 11 Your children? Seus filhos? Your children? Seus filhos? (Se você tiver ou não) Priscila Alencar Mendes Reis de desobstruir seus 60,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 80,0 93,3 100,0 93,3 100,0 100,0 100,0 61 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 12 Your ability to have children? Sua capacidade de ter filhos? Your ability to have children? Sua capacidade de ter filhos? 13 Your family’s happiness? A felicidade de sua família? The happiness of your family? Felicidade de sua família? 14 Your sex life? Sua vida sexual? Your sex life? Sua vida sexual? Seu/Sua esposo (a), amante ou companheiro (a) (se você tiver)? 15 Your spouse, lover, or partner (if you have one)? Seu esposo, amante ou companheiro (se você tiver)? Your spouse, lover or partner (if you have)? 16 Not having a spouse, lover or partner (if you do not have one)? Em não ter esposo, amante ou companheiro (se não tiver)? Não ter esposo (a), amante ou companheiro (a) (se não tiver)? 17 Your friends? Seus amigos? Not having a spouse, lover, or companion (if you do not have one)? Your friends? Please Go To Next Page Por favor vá para a próxima página Please go to the next page Por favor passe para a próxima página 18 The emotional support you get from your family? O apoio emocional que você tem de sua família? The emotional support you get from your family? O apoio emocional que você recebe de sua família? 19 The emotional support you get from people other than your family? O apoio emocional que você tem de outras pessoas que não são da sua família? O apoio emocional que você recebe de pessoas além da sua família? 20 Your ability to take care of family responsibilities? Sua capacidade de lidar responsabilidades familiares? The emotional support you get from people outside of your family? Your ability to deal with family responsibilities? 21 How useful you are to others? Quão útil você é para os outros? How useful you are for others? Quanto você é útil para os outros? 22 The amount of worries in your life? A quantidade de preocupações em sua life? The amount of preoccupations in your life? Quantidade de preocupações em sua vida? 23 Your neighborhood? Sua vizinhança? Your neighborhood? Sua vizinhança? 24 Your home, apartment, or place where you live? Sua casa, apartamento ou lugar onde você vive? Your home, apartment or place where you live? Sua casa, apartamento ou lugar onde você mora? 25 Your job (if employed)? Seu emprego (se empregado)? Your job (if you have one)? Seu emprego (se empregado)? 26 Not having a job (if unemployed, retired, or disabled)? O fato de não ter um emprego (se desempregado, aposentado, ou inválido)? O fato de não ter um emprego (se desempregado (a), aposentado (a), ou inválido (a))? 27 Your education? Sua educação? Not being employed (if you are unemployed, retired, or incapable of working)? Your education? 28 How well you can take care of your financial needs? Quão bem você pode lidar com suas necessidades financeiras? How well you can meet your financial needs? Sua capacidade de lidar com as necessidades financeiras? 29 The things you do for fun? As coisas que você faz para se divertir? The things you do for fun? As coisas que você faz para se divertir? 30 Your chances for a happy future? Suas chances para um futuro feliz? Your chances for a happy future? Suas chances para um futuro feliz? 31 Your peace of mind? Sua paz de espírito? Your peace of mind? Sua paz de espírito? 32 Your faith in God? Sua fé em Deus? Your faith in God? Sua fé em Deus? 33 Your achievement of personal goals? Seu alcance de metas pessoais? Your achievement of personal goals? Seu alcance de objetivos pessoais? 34 Your happiness in general? Sua felicidade em geral? Your happiness in general? Sua felicidade em geral? 35 Your life in general? Sua vida em geral? Your life in general? Sua vida em geral? 36 Your personal appearance? Sua aparência pessoal? Yourself in general? Você mesma em geral? Your personal appearance? Yourself in general? Sua aparência pessoal? 37 Priscila Alencar Mendes Reis com as Seus amigos? 86,7 100,0 100,0 93,3 93,3 100,0 100,0 100,0 Sua capacidade de lidar com as responsabilidades familiares? Sua educação? (Ex: escolaridade) Você mesma? 100,0 100,0 100,0 66,7 100,0 80,0 100,0 100,0 100,0 80,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 86,7 62 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Tabela 10 Parte 2: Equivalência semântica entre a versão em português do índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III e o original em inglês. Fortaleza, CE, Brasil, 2014. contínua... Itens do Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Item Original Tradução Retraduzido Versão Final PART 2. For each of the following, please choose the answer that best describes how important that area of your life is to you. Please mark your answer by circling the number. There are no right or wrong answers. PARTE 2. Para cada um dos seguintes itens, por favor escolha a resposta que melhor descreva o quão importante essa área da sua vida é para você. Por favor, marque sua resposta circulando o número. Não há respostas certa ou errada. Part Two: For each of the following items, please choose the response that best describes how important each area of your life is to you. Please mark your response by circling the number corresponding with your answer choice. There are no right or wrong answers. PARTE 2. Para os itens seguintes, por favor, escolha a resposta que melhor descreva o quanto é importante essa área de sua vida. Indique sua resposta circulando o número. Não há respostas certas ou erradas. HOW IMPORTANT TO YOU IS: QUÃO IMPORTANTE É PARA VOCÊ: HOW IMPORTANT TO YOU IS: O QUANTO É IMPORTANTE PARA VOCÊ: Very Unimportant Moderately Unimportant Slightly Unimportant Slightly Important Moderadately Important Very Important Muito Insignificante Moderadamente Insignificante Pouco Insignificante Pouco Importante Moderadamente Importante Muito Importante Very Unimportant Moderately Unimportant Slightly Unimportant Slightly Important Moderadately Important Very Important Sem Nenhuma Importaência Moderadamente Sem Importância Um Pouco Sem Importância Um Pouco Importante Moderadamente Importante Muito Importante 01 Your health? Sua saúde? Your health? Sua saúde? 02 Your health care? O cuidado com a sua saúde? Your healthcare? O seu cuidado com a saúde? 03 Having no pain? Não ter dor? Not having pain? Não sentir dor? 04 Having enough energy for everyday activities? Ter energia suficiente para as atividades diárias? Having enough energy for daily activities? Ter energia suficiente para as atividades diárias? 05 Taking care of yourself without help? Cuidar-se sozinho? Taking care of yourself? Cuidar-se sem ajuda? 06 Being able to go places outside your home? Ser capaz de ir a lugares fora de sua casa? Being able to go places outside of your home? Ser capaz de ir a lugares fora de sua casa? 07 Your ability to clear your lungs? Sua capacidade pulmões? Your ability to clear your lungs? Sua capacidade de limpar seus pulmões? 08 Having control over your life? Ter controle sobre sua vida? Having control over your life? Ter controle sobre sua vida em geral ? 09 Living as long as you would like? Viver tanto o quanto você gostaria? To live as much as you would like? Viver o que gostaria? 10 Your family’s health? A saúde de sua família? Your family’s health? A saúde de sua família? 11 Your children? Seus filhos? Your children? Seus filhos? (se tiver ou não) 12 Being able to have children? Ser capaz de ter filhos? Being able to have children? Ser capaz de ter filhos? 13 Your family’s happiness? A felicidade de sua família? Your family’s happiness? A felicidade de sua família? 14 Your sex life? Sua vida sexual? Your sex life? Sua vida sexual? Priscila Alencar Mendes Reis de desobstruir seus Avaliação Semântica dos Itens (%) Concord. TMA Avaliadores * 80,0 100,0 73,3 100,0 100,0 100,0 100,0 80,0 100,0 93,3 80,0 86,7 93,3 93,3 93,3 80,0 100,0 63 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 15 Your spouse, lover, or partner (if you have one)? Seu esposo, amante, ou companheiro (se você tiver)? Your spouse, lover or partner (if you have)? Seu/Sua esposo (a), amante, ou companheiro (a) (se tiver)? 16 Having a spouse, lover or partner (if you do not have one)? Ter um esposo, amante, ou companheiro (se você não tiver)? To have a spouse, lover or partner (if you do not have)? Ter um esposo (a), amante, ou companheiro (a) (se não tiver)? 17 Your friends? Seus amigos? Your friends? Seus amigos? Please Go To Next Page Por favor vá para a próxima página Please go to the next page Por favor passe para a próxima página 18 The emotional support you get from your family? O apoio emocional que você tem de sua família? The emotional support you get from your family? O apoio emocional que recebe de sua família? 19 The emotional support you get from people other than your family? O apoio emocional que você tem de pessoas que não são de sua família? O apoio emocional que recebe de pessoas além de sua família? 20 Taking care of family responsibilities? Lidar com as responsabilidades familiares? The emotional support you get from people outside of your family? Dealing with family responsibilities? 21 Being useful to others? Ser útil aos outros? Being useful to others? Ser útil aos outros? Não ter preocupações? 100,0 100,0 93,3 100,0 100,0 Lidar com as responsabilidades familiares? 22 Having no worries? Não ter preocupações? 23 Your neighborhood? Sua vizinhança? Your neighborhood? Sua vizinhança? 24 Your home, apartment, or place where you live? Sua casa, apartamento, ou lugar onde você vive? Sua casa, apartamento, ou lugar onde você mora? 25 Your job (if employed)? Seu emprego (se empregado)? Your home, apartment, or place where you live? Your job (if employed)? 26 Having a job (if unemployed, retired, or disabled)? Ter um emprego (se aposentado ou inválido)? Having a job (if unemployed, retired, or unable to work)? Ter um emprego se desempregado aposentado (a) ou inválido (a)? 27 Your education? Sua educação? Your education? Sua educação? (ex: escolaridade) 28 Being able to take care of your financial needs? Ser capaz de lidar com suas necessidades financeiras? Being able to meet your financial needs? Ser capaz de lidar com suas necessidades financeiras? 29 Doing things for fun? Fazer coisas por diversão? Doing things for fun? Fazer coisas para se divertir? 30 Having a happy future? Ter um futuro feliz? Having a happy future? Ter um futuro feliz? Sua paz de espírito? Sua fé em Deus? 31 Peace of mind? Paz de espírito? 32 Your faith in God? Sua fé em Deus? Your faith in God? 33 Achieving your personal goals? Alcance de metas pessoais? 34 Your happiness in general? Sua felicidade em geral? Your happiness in general? Sua felicidade em geral? 35 Being satisfied with life? Estar satisfeito com a vida? Being satisfied with life? Estar satisfeito com a vida? 36 Your personal appearance? Sua aparência pessoal? Are you to yourself? O que você é para você própria? Your personal appearance? What you mean to yourself? Sua aparência pessoal? 37 Priscila Alencar Mendes Reis 73,3 100,0 Seu emprego (se empregado)? Peace of mind? Reaching personal goals? 93,3 100,0 100,0 93,3 Not having preoccupations? desempregado, 93,3 A realização de objetivos pessoais? Ser você mesma? (a), 100,0 100,0 100,0 40,0 100,0 100,0 100,0 53,3 100,0 100,0 100,0 73,3 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 64 Assim é possível visualizar o percentual de concordância dos juízes nos itens avaliados, desse modo é visível que a maioria dos itens obteve percentual de concordância geral acima de 73,3%, sendo pontuais os itens com concordância inferior, como podemos observar no item 22 da parte 1 do instrumento, com 66,7% de concordância global entre os juízes; referente ao enunciado da parte 1 do índice com 60% de concordância; no título do instrumento com 53,3% de concordância global no item “Índice de Qualidade de Vida de Corda Espinhal Danificada de Ferrans and Powers – Versão III”, que já foi modificado por sugestão dos participantes dos pré-teste para Índice de Lesão Medular e Qualidade de Vida – Versão III e no item 33 da parte 2, com também 53,3% de concordância entre os juízes. Assim, estes dados mencionados indicam excelente nível de concordância global entre os juízes, sendo possível evidenciar que o conteúdo do índice que foi traduzido e adaptado da língua inglesa para o português, em especial com as pessoas com lesão medular que residem em Fortaleza, abrange situações comuns ao cotidiano de ambas as nações e, portanto é garantida a sua adaptação cultural na realidade do Brasil para pessoas com lesão medular. Além de ter sido, segundo a opinião dos juízes, um avanço tecnológico, principalmente devido o número crescente de acidentes e violência em nosso meio e assim há um aumento significativo de pessoas com lesão medular, de modo que a aplicação de um instrumento direcionado a qualidade de vida destas pessoas, poderá contribuir para a elaboração de novas estratégias para a promoção da saúde deste grupo e dará subsídios para a identificação de problemas que interferem na qualidade de vida, sendo útil para o direcionamento das intervenções necessárias. 5.2 Pré-teste A versão final do índice, foi aplicada em uma amostra constituída de 30 (100%) pessoas com lesão medular em fase crônica, isto é, após seis meses do evento danoso com escolaridade mínima até a quarta série, conforme preconizado pela autora do índice, quando o estudo for autoaplicado (FERRANS, 2013). Na população estudada, as características sociodemográficas apresentadas na Tabela 7, revelam que 73,3% das pessoas são do sexo masculino; idade média em torno de 38,4 anos (dp=14,1 anos); 70% naturais de Fortaleza, 20% provenientes do interior do Estado do Ceará e 10% de outros estados. Quanto a assistência à saúde, 56,7% utilizavam outro plano além do Sistema Único de Saúde (SUS). Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 65 Ademais, é significativo o percentual de pessoas aposentadas, com auxílio invalidez, 86,6% e dentre estes, a maioria (61,5%) não possuía ocupação, vivendo apenas da aposentadoria. Em relação ao estado civil 50% são casados/união estável, 46,7% solteiros e 3,3% viúvo. Em relação à renda, 50% tem renda de um salário mínimo, 26,7% entre um e dois salários mínimos, 13,4% não possuíam renda própria, 6,6% recebiam entre três e seis salários mínimos e apenas 3,3% tinha mais de seis salários mínimo. Em se tratando do grau de instrução, o ensino médio incompleto 33,3% foi predominante, 23,3% com ensino médio completo, 20% fundamental incompleto, 13,4% superior/pós-graduação e 10% fundamental incompleto. A religião predominante proferida foi a católica 46,7% e seguida de 33,3% protestante. A Tabela 11 retrata as características clínicas das pessoas com lesão medular da amostra estudada. Portanto, é muito importante esta caracterização, principalmente no que concerne ao nível da lesão, pois quanto mais alta maior o nível de comprometimento da qualidade de vida, assim se observa que a maioria (66,7%) possuía nível de lesão na região torácica. Segundo a American Spinal Injury Association (ASIA): Standart Neurological Classification of Spinal Cord Injury a lesão pode ser classificada como ASIA A, B, C e D, o que varia segundo esta ordem de forma decrescente em relação ao comprometimento da lesão (Kirshblum; et al, 2011). Assim a maioria (66,7%) tinha ASIA B, C e D, sendo assim classificados como paraplégicos (76,7%). Outro aspecto que merece destaque é em relação ao tempo de lesão que os pacientes possuíam no momento em que eram entrevistados, também a maioria 56,7% relatavam ter mais de cinco anos de lesão e 63,3% afirmaram não ter realizado e nem realizarem programa de reabilitação. Quanto a causa da lesão, houve predomínio (26,7%) da LM ser ocasionada por projétil de arma de fogo (PAF), 20% por queda de altura e outras causas, 16,7% acidente automobilístico, 10% mergulho em águas rasas e 6,6% queda da própria altura. Outro aspecto relevante é que todos os participantes moravam com outras pessoas, como: companheiro conjugal, pais, filhos, e alguns ainda em pequena quantidade possuía um cuidador contratado. Priscila Alencar Mendes Reis 66 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Tabela 11- Características sociodemográficas de pessoas com lesão medular (n=30). Fortaleza - Ceará, 2014. Características Sociodemográficas Sexo Masculino Feminino Grupo etário (em anos) 19 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 e mais Estado civil Solteiro Casado/união estável Viúvo Crença Religiosa Católica Evangélica Sem religião Escolaridade (última série concluída) Fundamental Incompleto Fundamental Completo Médio Incompleto Médio Completo Superior e Pós-Graduação Renda própria (em salário mínimo) Até 1 Mais que 1 a 2 3a6 Superior a 6 Sem renda Situação Trabalhista Aposentadoria* Sem aposentadoria Posição na Ocupação (n=26) Aposentado com ocupação Aposentado sem ocupação Naturalidade Capital Interior Outros Estados Sistema de apoio à saúde SUS Plano de Saúde Fonte: Elaboração própria. Nota: Idade média = 38,4 anos (dp=14,1 anos). *Pessoas que eram aposentados e foi avaliado se possuíam alguma posição na ocupação Priscila Alencar Mendes Reis n (%) 22 (73,3) 8 (26,7) 10 (33,3) 7 (23,3) 5 (16,7) 5 (16,7) 3 (10,0) 14 (46,7) 15 (50,0) 1 (3,3) 14 (46,7) 10 (33,3) 6 (20,0) 6 (20,0) 3 (10,0) 10 (33,3) 7 (23,3) 4 (13,4) 15 (50,0) 8 (26,7) 2 (6,6) 1 (3,3) 4 (13,4) 26 (86,6) 4 (13,4) 10 (38,5) 16 (61,5) 21 (70,0) 6 (20,0) 3 (10,0) 13 (43,3) 17 (56,7) 67 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Tabela 12- Características clínicas de pessoas com lesão medular (n=30). Fortaleza - Ceará, 2014. Características Clínicas Causa da Lesão Acidente por projétil de arma de fogo (PAF) Queda de altura Acidente automobilístico Mergulho em águas rasas Queda da própria altura Outras causas Nível da Lesão Cervical Torácica Toraco-lombar Lombar Classificação da Lesão ASIA A ASIA B, C e D Tipo de Lesão Paraplegia Tetraplegia Tempo de Lesão De 6 meses a 2 ano Mais de 2 a 5 anos Superior a 5 anos Programa de Reabilitação Sim Não n (%) 8 (26,7) 6 (20,0) 5 (16,7) 3 (10,0) 2 (6,6) 6 (20,0) 7 (23,3) 20 (66,7) 2 (6,6) 1 (3,3) 10 (33,3) 20 (66,7) 23 (76,7) 7 (23,3) 11 (36,7) 2 (6,6) 17 (56,7) 11 (36,7) 19 (63,3) Fonte: Elaboração própria. No que se refere à aplicação do índice no pré-teste, todas as sugestões foram anotadas, os itens foram avaliados pela autora, reelaborados e aceitas as modificações conforme o que a maioria referia. Esta etapa teve o objetivo de melhorar o entendimento dos itens, evitando duplos sentidos. Para tanto, o índice foi aplicado em forma de entrevista com os 30 pacientes com lesão medular que estavam em seu domicílio, local tranquilo e com tempo suficiente para a análise dos itens do índice. A maior dúvida dos pacientes com lesão medular foi em relação às respostas que variavam entre 1(muito insatisfeito / sem nenhuma importância), 2 (moderadamente insatisfeito / moderadamente sem importância), 3 (pouco insatisfeito / um pouco sem importância), 4 (pouco satisfeito / um pouco importante), 5 (moderadamente satisfeito / moderadamente importante) e 6 ( muito satisfeito / muito importante), pois estes itens para eles tinham o significado muito próximos quando lidos pela pesquisadora. No entanto quando lido e mostrado o instrumento ficou mais fácil de entender devido a gradação que há em cada Priscila Alencar Mendes Reis 68 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III item da resposta que era possível ser acompanhada pelo número, no entanto quando questionados se havia alguma sugestão para modificação eles não acrescentaram modificações. Logo o pré-teste foi uma fase que ajudou no refinamento dos itens deste instrumento, pois mesmo com as modificações demonstradas anteriormente pelo comitê de juízes, houve algumas mudanças que concluíram a construção do índice para ser utilizado no Brasil, assim seguem na tabela 13 mais algumas modificações que foram sugeridas pelos pacientes com lesão medular na fase de pré teste, assim observa-se mudança em seis itens tanto na parte 1 como 2. Tabela 13- Modificações de itens do índice realizados pelos pacientes durante o pré-teste parte 1 e 2. Fortaleza - Ceará, 2014. Nº Item Conforme os Juízes Conforme os Pacientes 6 Sua capacidade de ir à lugares fora de sua casa? 7 Sua capacidade de limpar seus pulmões? Sua capacidade de ir à lugares fora de sua casa? (Igreja, supermercado, visitar os familiares...) Sua capacidade de eliminar as secreções dos pulmões? 8 Controle que você tem sobre sua vida? O controle que você tem sobre sua vida em geral? 9 Sua chance de viver o quanto você gostaria? Sua chance de viver o que você gostaria? 15 Seu/Sua esposo (a), amante ou companheiro (a) (se você tiver)? Seu/Sua esposo (a), companheiro (a.) ou pessoa que você tem relação sexual (se você tiver)? Não ter esposo (a), amante ou companheiro (a) (se não tiver)? Não ter esposo (a), companheiro (a) ou pessoa que você tem relação sexual (se não tiver)? 16 Fonte: Elaboração própria. Assim, após a confrontação dos juízes e a aplicação do instrumento na população de pessoas com lesão medular, obteve-se um índice com 74 itens, divididos em duas partes, como é o original, com alguns ajustes para facilitar a compreensão, dos quais se resumem em: Quatro acréscimos de pronome ou artigo para variação do gênero, nos itens 2,15, 16 e 26, tanto da parte um como na dois; Nove retiradas de uma palavra ou artigo, nos itens 8, 10, 13,16 referentes a parte um e nos itens 9,18,19 e 24 da parte dois e no item 37 das duas partes; Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 69 Duas mudanças de uma palavra para uma expressão, nos itens 15 e 16 das duas partes; Quatro expressões adicionais com o intuito de exemplificar, nos itens 6,8,11 e 27, tanto da parte um como na dois; Quatro ajustes em expressões, nos itens 19 e 28 da parte um, item 29 da parte dois e item 7 de ambas as partes; Nove mudanças de apenas uma palavra, nos itens 3,5,7,9,18,19,24 e 33 de ambas partes e no item 21 da parte dois. Desse modo obteve-se ao todo 39 modificações em todos os 74 itens do instrumento. Os juízes sugeriram alterações em 35 itens, como consta na versão aplicada no pré-teste (APÊNDICE L) e os pacientes em 6, destes duas foram comuns aos pacientes e aos juízes. Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 70 6. DISCUSSÃO Este estudo traduziu e adaptou culturalmente o Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version III e aponta a necessidade de discutir alguns aspectos relevantes do perfil sociodemográfico e clínico, bem como questões relativas a adaptação transcultural, a saber: Em relação as variáveis socioeconômicas como idade um terço (33,3%) das pessoas com LM tinham de 19 a 29 anos, sendo portanto constituído por adultos jovens; sexo 73,3% são homens; 33,3% tinham ensino médio incompleto, 61,5% eram aposentados sem ocupação, 46,7% eram católicos e 70,0% da capital. Segundo a Organização Mundial de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde (2006) no manual de atenção à saúde do adolescente, os adultos jovens estão compreendidos na faixa de 20 a 24 anos. Os achados deste estudo são corroborados pela literatura nacional e internacional, quando aponta que a maioria das pessoas com lesão medular está na juventude ou idade adulta jovem, são do sexo masculino. (COURA, et al, 2013; SCHOELLER et al, 2012; CRIPPS, et al, 2011; BLANES, et.al., 2009). Ao analisar o estudo de May e Warren (2002), o qual utiliza no Canadá o mesmo instrumento utilizado neste estudo, percebe-se que há convergência nos dados sociodemográficos e clínicos, envolvendo uma amostra predominantemente masculina (77%) e na fase crônica da LM. O fato de se utilizar o índice na fase crônica se justifica para evitar o sofrimento e a desestabilização emocional, o que iria influenciar os pacientes ao responder o instrumento. No estudo de May e Warren (2002) 49% dos participantes eram casados, o que se assemelha aos dados coletados neste estudo no estudo (50%). Em razão do contexto socioeconômico e cultural do Canadá e Brasil já era esperado uma grande diferença no nível de escolaridade, onde os canadenses tinham níveis relativamente altos, com quase 60% com alguma formação superior, mostrando a divergência com os achados deste estudo (13,4%). Consoante ao alto número de pessoas que não realizam programa de reabilitação neste estudo (63,3%) está, muitas vezes, correspondente com às complicações que a lesão medular ocasiona, como a úlcera por pressão, que embora seja uma complicação evitável, segundo o estudo de NOGUEIRA et al (2006),que 42,5% dos sujeitos pesquisados apresentavam úlcera por pressão, este fator atrasa ou impede o processo de reabilitação. Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 71 Este fator, como relatado anteriormente por NOGUEIRA et al (2006), é proporcional com a renda e escolaridade, e que nesta dissertação são fatores que também apresentam esta relação, pois muitos só tinham a renda própria de um salário mínimo (50,0%), a qual era oportunizada pelo auxílio invalidez (aposentadoria) e um grau de instrução o ensino médio incompleto (33,3%). Embora o fator úlcera por pressão não fora item do questionário é garantido pela autora da dissertação esta condição, a qual muitas vezes foi preciso parar a coleta para intervir e tentar melhorar estes infortúnios, pois foi observado a falta de orientação mínima para a progressão da cicatrização ou a prevenção de outras úlceras. Segundo Cripps, et al (2011), a principal causa da lesão medular é configurada conforme a região, sendo na América, Europa Ocidental e Austrália devidas os acidentes de trânsito por carros e lesão por arma de fogo e no sudoeste Asiático por transportes de duas rodas; na Ásia e Oceania verifica-se a maior incidência por quedas de telhados e árvores; já nos países que predominam a população idosa, como no Japão e Europa Ocidental, o fator predominante é a queda da própria altura. Desse modo, este estuda dissertação corrobora com as situações da causa de lesão que ocorrem na América, pois aqui houve 26,7% perfurações por arma de fogo (PAF) e 20% em relação à queda de altura diverge um pouco do panorama exemplificado por Cripps et al (2011)na América, porém por a maioria serem pessoas humildes, que viviam em favelas e conjuntos habitacionais talvez se configure com a realidade da população geral da Ásia e Oceania, as quais possuem trabalhos arriscados e sem proteção, como foi o caso de alguns dos entrevistados neste estudo e até mesmo por queda de árvores ao procurar frutos. Mais especificamente em relação aos estudos recentes nesta população no Brasil é observado também aproximação com os dados aqui apresentados com a seguinte ordem em relação a causa da lesão: em primeiro lugar (63,3%) agressões por PAF e (20%) por traumas automobilísticos (Blanes et al, 2009). Já nos registros dos Centros Nacionais que integram a Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação, é observado na última década que de 9.019 pessoas atendidas 37,2% foi por colisões em trânsito, 28,7% por PAF, 16,8% quedas e 8,5% devido a mergulho em águas rasas (Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação, 2011). Quanto às classificações neurológicas das lesões foi observado uma proporção de 76,7% das pessoas com paraplegia, com nível de lesão torácica (66,7%) e ASIA B, C, D (66,7%), o que foi observado também no estudo de Vera (2012), com 59,6% pessoas com paraplegia. A adaptação transcultural do Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury - Version III, objetivo deste estudo, foi realizada com o intuito de obter um Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 72 índice específico para as pessoas com LM da população brasileira, assim algumas modificações relacionadas, principalmente, à redação das instruções dos itens e denominação das respostas da parte 2, que traziam vocabulário muito culto, tornando difícil o entendimento para o extrato mais baixo da nossa população, foram modificados. Dentre outras alterações, as que mais ocorreram foram em relação a adicionar expressões ou palavras de explicação ao final da pergunta, a substituição de palavras e termos e a colocação de artigos ou pronomes para fazer a concordância de gênero. Em relação ao item 29, Fazer coisas para se divertir? é encontrado a mesma adaptação transcultural por May e Warren (2001) que utiliza a versão genérica, porém este item é discutido em respeito às limitações de recursos financeiros que afetam a participação dessas pessoas para a realização destas atividades, além das limitações das pessoas com lesão medular. Este fato, embora o item possua a mesma construção não foi o discutido pela pesquisadora, juntamente com os juízes e pacientes ao aplicar o pré-teste, pois muitos deles se divertiam com as condições financeiras que tinham o que já era realidade deles antes da lesão, e é claro sem falar de um grupo que foi possível conhecer, ao qual participava da seleção cearense de basquete de pessoas com deficiência física, e que viviam muito bem e iniciaram essa profissão com o intuito de diversão. May e Warren (2001) fazem uma sugestão em relação a discriminação dos níveis de importância em colocar uma frase âncora menos negativa na uma extremidade das respostas do índice (satisfação / importância), no entanto os itens das respostas da parte 2 (importância), os quais foram analisados cuidadosamente, obtendo na Versão Final a seguinte denominação: sem nenhuma importância (1)\ moderadamente sem importância (2)\ um pouco sem importância (3)\ um pouco importante (4)\ moderadamente importante (5)\ muito importante (6), não foi corroborada pela pesquisadora, juízes e pessoas do pré-teste esta sugestão, pois isto iria modificar muito a versão original, tornaria o item mais extenso, além do fato das versões anteriores do lituano, francês e árabe manterem o mesmo padrão, então houve modificações pequenas, na tentativa de tornar a os itens das respostas menos negativo como exemplificado nas tabelas 9, 10 e 13. Para tanto, vale ressaltar que este estudo foi realizado com um exaustivo processo de tradução e adaptação cultural do Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury - Version III, que por seguir um processo ao qual uma etapa depende da finalização da outra, e além de precisar de outras pessoas para o seu seguimento, tais como: O protocolo seguido de adaptação transcultural de Beaton et al. (2007) é um processo complexo, composto por cinco fases dependentes; Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 73 Além de seguir este protocolo, ao analisar as traduções à medida que elas ocorriam, observou-se que as BT1 e BT2 deveriam ser sintetizadas para seguir apenas com uma versão VBT, pois houve divergências nestes instrumentos e precisavam ser consolidados por outro tradutor, assim teve-se que adicionar um tradutor ao protocolo escolhido, pois para evitar viés a pesquisadora preferiu não fazer esta consolidação; Como referido anteriormente nos resultados no quadro 1, seguiu-se uma busca criteriosa na seleção dos juízes, necessitando além de experiência com qualidade de vida e/ou neurologia, tradução e adaptação de instrumentos, ter o domínio do inglês. Há também um processo nesta etapa que não é explícito, porém requer dedicação, pois é necessário fazer comunicação com outras pessoas que realizaram estes tipos de estudos; analisar o Lattes dos prováveis juízes; fazer o convite; preparar o protocolo para avaliação que é composto por todos os itens do índice separadamente, além de todas as versões traduzidas e alguns questionários de caracterização, opinião e termo de consentimento; esperar retorno de confirmação; entregar o material para análise; aguardar no mínimo quinze dias para devolução e ainda conseguir uma data que seja comum para realizar a confrontação de suas respostas; A fase de pré-teste foi realizada com agendamentos, os quais alguns eram remarcados, conforme a necessidade do entrevistado, outra dificuldade encontrada nesta fase foi o deslocamento aos endereços, pois eram em localidades perigosas, com risco de assalto, assim foi necessário pedir ajuda aos agentes comunitários de saúde da região para acompanhar nas residências. Nesta etapa também os pacientes eram escutados entrevistados minuciosamente em relação a compreensão dos itens questionados, o que houve sugestões que foram conjecturadas com minúcia pela pesquisadora. Infelizmente esta comparação só é possível com o índice genérico, pois embora no endereço eletrônico site do QLI relatar que há versões deste índice específico para lesão medular em outras línguas além da original (inglês), como no lituano, francês e árabe, não é possível encontrar os artigos da realização destes trabalhos, apenas o índice, propriamente dito, nestas línguas é disponível. Pensando na facilidade da comunicação por meio das redes sociais, foi realizado a tentativa de comunicação com os autores que realizam a tradução deste índice de lesão medular nestas outras línguas, porém não houve retorno. Esta questão também foi salientada na revisão bibliográfica deste índice, quando foi detectado que: Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 74 o número de pesquisas que testaram a responsividade dos instrumentos de QV de Ferrans & Powers, foi bastante reduzido, embora classificadas como tal no site eletrônico das autoras originais do instrumento. Reconhecendo que a validade de um instrumento de medida não é definitivamente provada, mas sustentada no acúmulo de evidências, observa-se a necessidade de novos estudos que avaliem as propriedades psicométricas, inclusive e, sobretudo, a responsividade (OLIVEIRA, SANTOS, 2011). Oliveira e Santos (2011) também disponibiliza em seu estudo um quadro com todos os artigos encontrados e qual versão foi utilizada, assim, não há trabalhos com o índice específico para lesão medular em nenhuma das línguas traduzidas até a data da elaboração de seu estudo.. Quanto às versões específicas que estão disponibilizadas apenas o índice no endereço eletrônico (http://www.uic.edu/orgs/qli/), é possível verificar que em todas as línguas, da versão específica para as pessoas com LM que é estudo desta dissertação, continuaram os 37 itens na parte de satisfação e importância e a mesma estrutura de distribuição dos itens. A versão do Lituano apresenta como tradução realizada em 2002 por Verté Tomas Sinevicius; a do árabe apresenta tradução realizada em 2004 por Jehad O. Halabi da University of Jordan e a versão em Francês por Geoffroy Hubert, porém não é referido o ano de sua tradução. Desse modo, com o intuito de fazer um trabalho rigoroso a pesquisadora optou por executar até a fase de adaptação transcultural, pois fora o solicitado e liberado pelo COMEPE para a conclusão da dissertação, no entanto haverá sua validação de conteúdo e de constructo em estudo posterior. Pois há necessidade de um maior aprofundamento para a realização da etapa de validação, principalmente por ser necessário, segundo análise fatorial recomendada por Gorsuch (1983), é necessário uma amostra de 370 pessoas com lesão medular para o estudo ser analisado com maior confiabilidade. Assim, o caráter inédito deste trabalho é comprovado na literatura em relação a este índice, a trabalhos que propõem realizar a adaptação transcultural, como também pela área neurológica ainda ser muito incipiente na enfermagem, tanto no Brasil como em outros países. E vale ainda ressaltar que este é o único instrumento disponível na literatura específico para mensurar a QV de pessoas com LM. Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 75 7. CONCLUSÃO Esta pesquisa buscou realizar a adaptação transcultural do Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version III, permiti tecer algumas conclusões: A partir da adaptação cultural dos juízes da versão em português do Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version III, ele demonstrou ser um instrumento adequado do ponto de vista semântico, idiomático, experimental e conceitual, além de fácil aplicação para avaliar a QV destes pacientes. Foi possível abordar todos os domínios que englobam a QV, como família, a saúde e funcionamento, em relação à economia e social e as questões psicológicas e espirituais. Com este estudo, os profissionais da área terão um índice específico para avaliar a QV de pessoas com lesão medular, o que irá auxiliar na ampliação dos conhecimentos da comunidade científica, como também na prática dos enfermeiros, os quais trabalham na avaliação holística de seus clientes, sui generes aos da área neurológica, que terão um instrumento que possibilita planejar, intervir e avaliar os cuidados de enfermagem de forma direcionado. Este é uma tecnologia que mensura as relações subjetivas que não são , muitas vezes, observadas pelos profissionais ou reveladas pelos pacientes, será possível avaliar de forma holística o paciente. Além deste ser um instrumento autoaplicável, que facilita os trabalhos. Hoje temos um índice traduzido e adaptado, porém, assim segue um caminhar para ser utilizado na prática clínica dos enfermeiros como também de outros profissionais que trabalham com estes pacientes. Este instrumento, ao ser disponibilizado aos pacientes, estamos investindo também no empoderamento dos sujeitos sociais, fator ensinado neste Mestrado da PósGraduação de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, assim há uma reordenação de poder, tornando o cuidado mais democrático e inclusivo, pois nesta clientela, há pessoas que não conseguem encontrar outros caminhos para superação da LM, como existem outros buscadores de seus direitos e da melhoria de sua QV. Portanto, é possível afirmar que os objetivos propostos de traduzir e adaptar culturalmente para a língua portuguesa o Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III e caracterizar a amostra quanto os aspectos sociodemográficos e clínicos foram integralmente alcançados. Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 76 Muito embora exista a necessidade de maiores aprofundamentos deste instrumento, então já é proposta da pesquisadora continuar realizando outras pesquisas, como a validade de conteúdo e de constructo no doutorado. Outra questão que posteriormente pode ser avaliada em estudos futuros é a capacidade do índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury na sua versão em português em mensurar as respostas do instrumento, as modificações na QV ao longo do tempo, principalmente após a realização de intervenções específicas que serão possíveis conforme o grau de satisfação, que permite uma visualização precisa da QV, como em relação as questões de importância, que indicam quais possuem maior necessidade de intervenções com maior aprofundamento para as pessoas com lesão medular. Diante do exposto, o Brasil tem hoje, pela primeira vez, um índice específico para a qualidade de vida das pessoas com lesão medular, o qual é nomeado como Índice de Lesão Medular e Qualidade de Vida Versão – III (APÊNDICE M). Priscila Alencar Mendes Reis 77 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III REFERÊNCIAS ALMEIDA, P. A. A contribuição do treinamento intervalado em natação adaptada na promoção de saúde e qualidade de vida de indivíduos com lesão medular. Dissertação (Mestrado) - Universidade de Franca, São Paulo, 2009. ANDRADE, E. R.; SOUSA, E. R.; MINAYO, M. C. S. Intervenção visando a auto-estima e qualidade de vida dos policiais civis do Rio de Janeiro. Ciência & Saúde Coletiva. v.14, n.1, p. 275-285, 2009. ANDRADE, M. J.; GONÇALVES, S. Lesão Medular Traumática: Recuperação Neurológica e Funcional. Acta Med. Port. v.2, n.20, p.401-406, 2007. AZEVEDO, G. L.; SANTOS, V. L. C. G. 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Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 85 APÊNDICES / ANEXOS Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III APÊNDICE A: AUTORIZAÇÃO DA AUTORA DO ÍNDICE Priscila Alencar Mendes Reis 86 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Priscila Alencar Mendes Reis 87 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 88 APÊNDICE H: MATERIAL INFORMATIVO PARA OS JUÍZES 1.Carta – Convite para o Juíz ; 2.Representação gráfica do protocolo utilizado no projeto de dissertação; 3.Termo de Consentimento para os Juízes; 4.Instrumento de Caracterização dos Juízes; 5.Instrumento de Pesquisa de Opinião dos Juízes; 6.Instrumento de validação pelos juízes com itens e orientações para a análise da equivalência semântica, idiomática, cultural e conceitual do índice; 7.Ferrans And Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III em sua versão original; 8.Versão traduzida do índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III (T1 e T2); 9.Síntese das duas versões traduzidas do índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version – III (T12); 10.Versões re-traduzidas para o inglês Back translation (BT1 e BT2); 11.Síntese das Back Translations (VBT) Priscila Alencar Mendes Reis 89 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III CARTA-CONVITE PARA OS JUÍZES Prezado(a) Sr.(a), Estou desenvolvendo no Curso de Mestrado em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará um estudo intitulado “Ferrans And Powers Quality Of Life Index Spinal Cord Injury Version - III: Tradução e Adaptação Transcultural”, sob orientação da professora Drª. Zuila Maria de Figueiredo Carvalho. Este estudo justifica-se pelo fato de que este Índice ainda não está disponível no idioma português, logo acredita-se que a tradução e adaptação cultural de um instrumento dessa natureza poderá ser um caminho para obtenção de intervenção mais eficiente visando o bem-estar das pessoas com lesão medular, na medida em que irá identificar e favorecer a promoção da saúde e qualidade de vida. Sendo assim, o estudo tem como objetivo traduzir e adaptar culturalmente o índice Ferrans and Powers Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III junto a adultos para a língua portuguesa no contexto brasileiro. O estudo constará todas as etapas metodológicas exigidas neste processo. Deste modo, gostaria de convidá-lo(a) a colaborar como juiz(a) na avaliação do referido estudo, na sua área de especialidade, através dos Instrumento de Avaliação dos Juízes. Enfatizo que a sua colaboração é voluntária e sua identidade será mantida em sigilo. Lembro também que você poderá desistir de participar do estudo quando lhe for conveniente. Solicito a devolução do documento de avaliação o mais breve possível, isto é, 15 (quinze) dias após o recebimento do mesmo. Certa de contar com a sua colaboração, desde já, apresento votos de elevada estima e consideração. Atenciosamente, _________________________________ Priscila Alencar Mendes Reis Enfermeira – COREN: 258.742 Universidade Federal do Ceará Mestranda em Enfermagem Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 90 PROTOCOLO DE TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO QUALITY OF LIFE INDEX SPINAL CORD INJURY VERSION III ETAPA I: Tradução Inicial Realizada 2 traduções independentes para o português (T1 e T2) ETAPA II: Síntese das Traduções As duas traduções T1 e T2 foram sintetizadas em uma nova Versão Traduzida (VT), sendo verificadas as concordâncias e divergências. ETAPA III: Tradução de Volta ao Idioma Original A Versão Traduzida para o português (VT) foi traduzida para o inglês por 2 tradutores independentes Back Translation – ( BT1 e BT2) ETAPA IV: Síntese das Back Translation As duas back trantraion BT1 e BT2 foram sintetizadas em uma nova Versão Back Translation (VBT), sendo verificadas as concordâncias e divergências. ETAPA V: Revisão por um Comitê Comitê de 5 juízes que analisaram todas as versões produzidas até o momento e elaboraram uma versão pré-final em Português da (Quality of life index spinal cord injury version III ) avaliando a equivalência semântica, idiomática, cultural e conceitual. ETAPA VI: Pré –Teste Aplicação da 1ª Versão Traduzida em pessoas com Lesão Medular (n = 30) Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 91 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA TRADUTOR OU JUIZ UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Priscila Alencar Mendes Reis Prezado (a) Senhor (a) Estou realizando um estudo para verificar se um índice, utilizado em outros países, será validado para a população brasileira (considerando inicialmente a população cearense de Fortaleza). Para isso, o índice precisa ser submetido a um rigoroso protocolo de tradução e adaptação cultural para a realidade do Brasil. Logo, venho por meio deste convidá-lo (a) a participar do meu estudo na qualidade de (___) tradutor ou (___) juiz. Como tradutor o (a) senhor (a) receberá o índice e as instruções de como proceder à tradução ou tradução reversa (back translation) mediante normas constantes na literatura científica e no protocolo deste estudo. Na qualidade de juiz (a) senhor (a) receberá uma versão traduzida do índice e as instruções de como proceder a validação de conteúdo mediante normas constantes na literatura e no protocolo deste estudo. Sua participação neste estudo é livre e exigirá além de sua disponibilidade de tempo para traduzir, adaptar e validar o conteúdo do índice, um encontro com o pesquisador para que possamos juntos discutir e fazer uma síntese de sua apreciação do índice. Sinta-se livre para fazer qualquer pergunta durante a leitura desse termo de consentimento ou em qualquer momento do estudo, contatando a pesquisadora por meio dos telefones (85) 3366-8464 ou (85) 8703-1254 . O Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará também poderão ser consultados sobre o projeto pelo telefone: (85) 3366-8338 ou no CEP 33668344. Eu, ________________________________________________RG______________________ após ter sido devidamente esclarecido (a) pela pesquisadora e entendido o que me foi explicado, concordo em colaborar com a presente pesquisa. ________________________________ __________________________________ Assinatura do (a) tradutor (a) Assinatura do (a) juiz (a) _______________________________ Assinatura da Pesquisadora Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 92 INSTRUMENTO DE CARACTERIZAÇÃO DOS JUÍZES 1-IDENTIFICAÇÃO Juiz nº. ______ Nome: ____________________________________________________ Idade: ___ Local de Trabalho: ___________________________________________________ Área de atuação:______________________________________________________ Ocupação atual: 1 ( ). Assistência 2 ( ). Ensino 3( ). Pesquisa 4( ). Consultoria Proficiência na língua inglesa: 1( ) Sim 2( )Não 2-QUALIFICAÇÃO Formação/ Graduação:_______________________________________ Ano: _____ Especialização 1: ___________________________________________ Ano: _____ Especialização 2:___________________________________________ Ano: ______ Mestrado em: ______________________________________________Ano: ______ Doutorado em: _____________________________________________Ano: ______ Outros: _____________________________________________________________ 3-Experiência com o conteúdo em questão: ( ) Tese na temática Doenças Neurológicas, Lesão Medular ou Qualidade de Vida. ( ) Dissertação na temática Doenças Neurológicas, Lesão Medular ou Qualidade de Vida. ( ) Experiência prática na área de Doenças Neurológicas, Lesão Medular ou Qualidade de Vida. ( ) Participação em grupos/projetos de pesquisa que envolvam a temática Doenças Neurológicas, Lesão Medular ou Qualidade de Vida. ( ) Autoria de trabalhos publicados em periódicos que abordem a temática Doenças Neurológicas, Lesão Medular ou Qualidade de Vida. 4 - Experiência anterior com a adaptação transcultural de instrumentos de mensuração na temática de Doenças Neurológicas, Lesão Medular ou Qualidade de Vida. ( ) Sim, Qual? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ ( ) Não Priscila Alencar Mendes Reis 93 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III INSTRUMENTO DE PESQUISA DE OPINIÃO DOS JUÍZES 1-Qual a sua opinião sobre a versão traduzida do Índice? ( ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Insuficiente 2-Você acredita que os enfermeiros brasileiros terão interesse e facilidade para utilizar a versão traduzida do índice em nossa realidade? ( ) Sim ( ) Não 3-Você já utilizou algum instrumento de mensuração direcionado à Qualidade de Vida da Pessoa com Lesão Medular? ( ) Sim, Qual: ______________________________________________________________ ( ) Não 4-Você considera a versão brasileira do índice em questão relevante para a Qualidade de Vida da Pessoa com Lesão Medular? ( ( ) Sim ) Não Justifique sua resposta: _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 94 APÊNDICE H : INSTRUMENTO DE VALIDAÇÃO PELOS JUÍZES Caro Juiz, Para que possamos realizar uma adequada adaptação transcultural do índice QUALITY OF LIFE INDEX SPINAL CORD INJURY VERSION - III, do seu idioma original (inglês) para nosso idioma local (português do Brasil), solicitamos sua contribuição nesta etapa de validação da versão brasileira, em atendimento aos objetivos da nossa pesquisa (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido). Para tanto, será necessário que você analise cuidadosamente cada item dos índices (versão brasileira e original) e responda às perguntas referentes às equivalência semântica, idiomática, experimental e conceitual, seguindo a seguinte codificação: TMA=tradução muito adequada TA= tradução adequada TCI=tradução com inadequações TTI=tradução totalmente inadequada Priscila Alencar Mendes Reis 95 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III ANEXO A: INSTRUMENTO DE ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL FERRANS AND POWERS QUALITY OF LIFE INDEX SPINAL CORD INJURY VERSION III Very Dissatisfied Moderately Dissatisfied Slightly Dissatisfied Slightly Satisfied Moderately Satisfied Very Satisfied PART 1. For each of the following, please choose the answer that best describes how satisfied you are with that area of your life. Please mark your answer by circling the number. There are no right or wrong answers. 1. Your health? 1 2 3 4 5 6 2. Your health care? 1 2 3 4 5 6 3. The amount of pain that you have? 1 2 3 4 5 6 4. The amount of energy you have for everyday activities? 1 2 3 4 5 6 5. Your ability to take care of yourself without help? 1 2 3 4 5 6 6. Your ability to go places outside your home? 1 2 3 4 5 6 7. Your ability to clear your lungs? 1 2 3 4 5 6 8. The amount of control you have over your life? 1 2 3 4 5 6 9. Your chances of living as long as you would like? 1 2 3 4 5 6 10. Your family’s health? 1 2 3 4 5 6 11. Your children? 1 2 3 4 5 6 12. Your ability to have children? 1 2 3 4 5 6 13. Your family’s happiness? 1 2 3 4 5 6 14. Your sex life? 1 2 3 4 5 6 15. Your spouse, lover, or partner (if you have one)? 1 2 3 4 5 6 16. Not having a spouse, lover or partner (if you do not have one)? 1 2 3 4 5 6 17. Your friends? 1 2 3 4 5 6 HOW SATISFIED ARE YOU WITH: (Please Go To Next Page) © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis 96 Slightly Dissatisfied Slightly Satisfied Moderately Satisfied Very Satisfied 18. The emotional support you get from your family? 1 2 3 4 5 6 19. The emotional support you get from people other than your family? 1 2 3 4 5 6 20. Your ability to take care of family responsibilities? 1 2 3 4 5 6 21. How useful you are to others? 1 2 3 4 5 6 22. The amount of worries in your life? 1 2 3 4 5 6 23. Your neighborhood? 1 2 3 4 5 6 24. Your home, apartment, or place where you live? 1 2 3 4 5 6 25. Your job (if employed)? 1 2 3 4 5 6 26. Not having a job (if unemployed, retired, or disabled)? 1 2 3 4 5 6 27. Your education? 1 2 3 4 5 6 28. How well you can take care of your financial needs? 1 2 3 4 5 6 29. The things you do for fun? 1 2 3 4 5 6 30. Your chances for a happy future? 1 2 3 4 5 6 31. Your peace of mind? 1 2 3 4 5 6 32. Your faith in God? 1 2 3 4 5 6 33. Your achievement of personal goals? 1 2 3 4 5 6 34. Your happiness in general? 1 2 3 4 5 6 35. Your life in general? 1 2 3 4 5 6 36. Your personal appearance? 1 2 3 4 5 6 37. Yourself in general? 1 2 3 4 5 6 HOW SATISFIED ARE YOU WITH: Very Dissatisfied Moderately Dissatisfied Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III (Please Go To Next Page) © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis 97 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Moderately Important 1 2 3 4 5 6 2. Your health care? 1 2 3 4 5 6 3. Having no pain? 1 2 3 4 5 6 4. Having enough energy for everyday activities? 1 2 3 4 5 6 5. Taking care of yourself without help? 1 2 3 4 5 6 6. Being able to go places outside your home? 1 2 3 4 5 6 7. Your ability to clear your lungs? 1 2 3 4 5 6 8. Having control over your life? 1 2 3 4 5 6 9. Living as long as you would like? 1 2 3 4 5 6 10. Your family’s health? 1 2 3 4 5 6 11. Your children? 1 2 3 4 5 6 12. Being able to have children? 1 2 3 4 5 6 13. Your family’s happiness? 1 2 3 4 5 6 14. Your sex life? 1 2 3 4 5 6 15. Your spouse, lover, or partner (if you have one)? 1 2 3 4 5 6 16. Having a spouse, lover or partner (if you do not have one)? 1 2 3 4 5 6 17. Your friends? 1 2 3 4 5 6 HOW IMPORTANT TO YOU IS: (Please Go To Next Page) © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis Very Important Slightly Important 1. Your health? Very Unimportant Slightly Unimportant Moderately Unimportant PART 2. For each of the following, please choose the answer that best describes how important that area of your life is to you. Please mark your answer by circling the number. There are no right or wrong answers. Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Slightly Important Moderately Important Very Important 18. The emotional support you get from your family? 1 2 3 4 5 6 19. The emotional support you get from people other than your family? 1 2 3 4 5 6 20. Taking care of family responsibilities? 1 2 3 4 5 6 21. Being useful to others? 1 2 3 4 5 6 22. Having no worries? 1 2 3 4 5 6 23. Your neighborhood? 1 2 3 4 5 6 24. Your home, apartment, or place where you live? 1 2 3 4 5 6 25. Your job (if employed)? 1 2 3 4 5 6 26. Having a job (if unemployed, retired, or disabled)? 1 2 3 4 5 6 27. Your education? 1 2 3 4 5 6 28. Being able to take care of your financial needs? 1 2 3 4 5 6 29. Doing things for fun? 1 2 3 4 5 6 30. Having a happy future? 1 2 3 4 5 6 31. Peace of mind? 1 2 3 4 5 6 32. Your faith in God? 1 2 3 4 5 6 33. Achieving your personal goals? 1 2 3 4 5 6 34. Your happiness in general? 1 2 3 4 5 6 35. Being satisfied with life? 1 2 3 4 5 6 36. Your personal appearance? 1 2 3 4 5 6 37. Are you to yourself? 1 2 3 4 5 6 Very Unimportant Slightly Unimportant Moderately Unimportant 98 HOW IMPORTANT TO YOU IS: © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 99 APÊNDICE B: TRADUÇÃO T1: TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS T1 - BILÍNGUE SEM SER DA ÁREA DA SAÚDE- Muito Satisfeito Moderadamente Satisfeito Pouco Satisfeito Pouco Insatisfeito Moderadamente Insatisfeito QUÃO SATISFEITO VOCÊ ESTÁ COM: Muito Insatisfeito O ÍNDICE DE FERRANS E POWERS DA QUALIDADE DE VIDA DA CORDA ESPINHAL DANIFICADA - VERSÃO III PARTE 1. Para cada dos seguintes itens por favor escolha a resposta que melhor descrever quão satisfeita você está com essa área de sua vida. Por favor, marque sua resposta circulando o número. Não há respostas (certo) ou (errado). 1. Sua saúde? 1 2 3 4 5 6 2. Sua atenção com a saúde? 1 2 3 4 5 6 3. A quantidade de dor que você tem? 1 2 3 4 5 6 4. A quantidade de energia que você tem para as atividades diárias? 1 2 3 4 5 6 5. Sua capacidade para se cuidar sem ajuda? 1 2 3 4 5 6 6. Sua capacidade de ir a lugares fora de sua casa ? 1 2 3 4 5 6 7. Sua capacidade de desobstruir seus pulmões? 1 2 3 4 5 6 8. A quantidade de controle que você tem sobre sua vida? 1 2 3 4 5 6 9. Sua chance de viver o quanto você gostaria? 1 2 3 4 5 6 10. A saúde de sua família? 1 2 3 4 5 6 11. Seus filhos? 1 2 3 4 5 6 12. Sua capacidade de ter filhos? 1 2 3 4 5 6 13. A felicidade de sua família? 1 2 3 4 5 6 14. Sua vida sexual? 1 2 3 4 5 6 15. Seu esposo, amante ou companheiro ( se você tiver)? 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 16. Em não ter esposo, amante ou companheiro(se não tiver)? 17. Seus amigos? (Por favor vá para a próxima página) © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 18. O apoio emocional que você tem de sua família? 1 2 3 4 5 6 19. O apoio emocional que você tem de outras pessoas que não são da sua família? 1 2 3 4 5 6 20. Sua capacidade de lidar com as responsabilidades familiares?1 2 3 4 5 6 21. Quão útil você é para os outros? 1 2 3 4 5 6 22. A quantidade de preocupações em sua família? 1 2 3 4 5 6 23. Sua vizinhança? 1 2 3 4 5 6 24. Sua casa, apartamento ou lugar onde você vive? 1 2 3 4 5 6 25. Seu emprego (se empregado)? 1 2 3 4 5 6 26. O fato de não ter um emprego ( se desempregado, aposentado, ou inválido) ? 1 2 3 4 5 6 27. Sua educação? 1 2 3 4 5 6 28. Quão bem você pode lidar com suas necessidades financeiras? 1 2 3 4 5 6 29. As coisas que você faz para se divertit? 1 2 3 4 5 6 30. Suas chances para um future feliz? 1 2 3 4 5 6 31. Sua paz de espírito? 1 2 3 4 5 6 32. Sua fé em Deus? 1 2 3 4 5 6 33. Sua realização de metas pessoais? 1 2 3 4 5 6 34. Sua felicidade em geral? 1 2 3 4 5 6 35. Sua vida em geral? 1 2 3 4 5 6 36. Sua aparência pessoal? 1 2 3 4 5 6 37. Você própria em geral? 1 2 3 4 5 6 (Por favor vá para a próxima página) Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis Very Satisfied Muito Satisfeito Moderately Satisfied Moderadamente Satisfeito Slightly Satisfied Pouco Satisfeito Slightly Dissatisfied Pouco Insatisfeito Moderately Dissatisfied Moderadamente Insatisfeito QUÃO SATISFEITO VOCÊ ESTÁ COM: Muito Insatisfeito Very Dissatisfied 100 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 101 QUÃO IMPORTANTE É PARA VOCÊ: Muito Insignificante Moderadamente Insignificante Pouco Insignificante Pouco Importante Moderadamente Importante Muito Importante PARTE 2. Para cada dos seguintes itens, por favor, escolha a resposta que melhor descreva o quão importante essa área da sua vida é para você. Por favor, marque sua resposta circulando o número. Não há respostas certa ou errada. 1. Sua saúde? 1 2 3 4 5 6 2. Sua atenção com a saúde? 1 2 3 4 5 6 3. Não ter dor? 1 2 3 4 5 6 4. Ter energia suficiente para as atividades diárias? 1 2 3 4 5 6 5. Cuidar-se sem ajuda? 1 2 3 4 5 6 6. Ser capaz de ir a lugares for a de sua casa? 1 2 3 4 5 6 7. Sua capacidade de desobstruir seus pulmões? 1 2 3 4 5 6 8. Ter controle sobre sua vida? 1 2 3 4 5 6 9. Viver tanto o quanto você gostaria? 1 2 3 4 5 6 10. A saúde de sua família? 1 2 3 4 5 6 11. Seus filhos? 1 2 3 4 5 6 12. Ser capaz de ter filhos? 1 2 3 4 5 6 13. A felicidade de sua família? 1 2 3 4 5 6 14. Sua vida sexual? 1 2 3 4 5 6 15. Sua esposa, amante, ou companheiro (se você tiver)? 1 2 3 4 5 6 16. Ter uma esposa, amante, ou companheiro (se você não tiver)? 1 2 3 4 5 6 17. Seus amigos? 1 2 3 4 5 6 ((Por favor vá para a próxima página) © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III QUÃO IMPORTANTE PARA VOCÊ É: Muito Insignificante Moderadamente Insignificante Pouco Insignificante Pouco Importante Moderadamente Importante Muito Importante 102 18. O apoio emocional que você tem de sua família? 1 2 3 4 5 6 19. O apoio emocional que você tem de pessoas que não são de sua família? 1 2 3 4 5 6 20. Lidar com as responsabilidades familiares? 1 2 3 4 5 6 21. Ser útil aos outros? 1 2 3 4 5 6 22. Não ter preocupações? 1 2 3 4 5 6 23. Sua vizinhança? 1 2 3 4 5 6 24. Sua casa, apartamento, ou lugar o nde você vive? 1 2 3 4 5 6 25. Seu emprego (se empregado)? 1 2 3 4 5 6 26. Ter um emprego (se desempregado, aposentado ou inválido? 1 2 3 4 5 6 27. Sua educação? 1 2 3 4 5 6 28. Ser capaz de lidar com suas necessidades financeiras? 1 2 3 4 5 6 29. Fazer coisas por diversão? 1 2 3 4 5 6 30. Ter um futuro feliz? 1 2 3 4 5 6 31. Paz de espírito? 1 2 3 4 5 6 32. Sua fé em Deus? 1 2 3 4 5 6 33. Alcance de metas pessoais? 1 2 3 4 5 6 34. Sua felicidade em geral? 1 2 3 4 5 6 35. Ser satisfeito com a vida? 1 2 3 4 5 6 36. Sua aparência pessoal? 1 2 3 4 5 6 37. O que você é para você própria? 1 2 3 4 5 6 © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 103 APÊNDICE C: TRADUÇÃO T2: TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS T2 - BILÍNGUE DA ÁREA DA SAÚDE QUÃO SATISFEITO VOCÊ ESTÁ COM: Muito Insatisfeito Moderadamente Insatisfeito Pouco Insatisfeito Pouco Satisfeito Moderadamente Satisfeito Muito Satisfeito LESÃO DE MEDULA ESPINHAL - ÍNDICE DE QUALIDADE DE VIDA DE FERRANS E POWERS VERSÃO III PARTE 1. Para cada uma das perguntas a seguir, por favor, escolha a resposta que melhor descreve quão satisfeito você está com este aspecto de sua vida. Por favor, marque a sua resposta circulando o número correspondente. Não existem respostas corretas ou incorretas. 1. Sua saúde? 1 2 3 4 5 6 2. O cuidado que você tem com a sua saúde? 1 2 3 4 5 6 3. A quantidade de dor que você sente? 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 7. Sua capacidade de limpar seus pulmões? 1 2 3 4 5 6 8. O controle que você tem sobre sua vida? 1 2 3 4 5 6 9. Sua chance de viver o quanto gostaria? 1 2 3 4 5 6 10. A saúde da sua família? 1 2 3 4 5 6 11. Seus filhos? 1 2 3 4 5 6 12. Sua capacidade de ter filhos? 1 2 3 4 5 6 13. A felicidade de sua família? 1 2 3 4 5 6 14. Sua vida sexual? 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 4. A quantidade de energia que você tem para as atividades diárias? 5. Sua capacidade de cuidar de você mesmo(a) sem ajuda? 6. Sua capacidade de ir a lugares fora de sua casa? 15. Seu (sua) esposo(a), namorado(a) ou parceiro(a) (se você tem um(a))? 16. Não ter um(a) esposo(a), namorado(a) ou parceiro(a) (se você não tem um(a))? 17. Seus amigos? (Por favor, vá para a página seguinte) Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Muito Insatisfeito Moderadamente Insatisfeito Pouco Insatisfeito Pouco Satisfeito Moderadamente Satisfeito Muito Satisfeito 104 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 21. Quão útil você é para os outros? 1 2 3 4 5 6 22. A quantidade de preocupações em sua vida? 1 2 3 4 5 6 23. Sua vizinhança? 1 2 3 4 5 6 24. Sua casa, apartamento ou lugar onde mora? 1 2 3 4 5 6 25. Seu trabalho (se empregado)? 1 2 3 4 5 6 26. O fato de não ter um emprego (se desempregado, aposentado ou incapacitado)? 1 2 3 4 5 6 27. Sua educação? 1 2 3 4 5 6 28. Quão bem você pode cuidar das suas necessidades financeiras? 1 2 3 4 5 6 29. As coisas que você faz para se divertir? 1 2 3 4 5 6 30. Suas chances de ter um futuro feliz? 1 2 3 4 5 6 31. Sua paz de espírito? 1 2 3 4 5 6 32. Sua fé em Deus? 1 2 3 4 5 6 33. A realização de objetivos pessoais? 1 2 3 4 5 6 34. Sua felicidade de modo geral? 1 2 3 4 5 6 35. Sua vida de modo geral? 1 2 3 4 5 6 36. Sua aparência pessoal? 1 2 3 4 5 6 37. Você mesmo(a) de modo geral? 1 2 3 4 5 6 QUÃO SATISFEITO VOCÊ ESTÁ COM: 18. O apoio emocional que você recebe da sua família? 19. O apoio emocional que você recebe de pessoas que não são da sua família? 20. Sua capacidade de cuidar das responsabilidades da família? (Por favor, vá para a página seguinte) Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 105 Sem Nenhuma Importância Moderadamente Sem Importância Um Pouco Sem Importância Um Pouco Importante Moderadamente Importante Muito Importante PARTE 2. Para cada uma das perguntas a seguir, por favor, escolha a resposta que melhor descreve quão importante este aspecto da sua vida é para você. Por favor, marque a sua resposta circulando o número correspondente. Não existem respostas corretas ou incorretas. 1. Sua saúde? 1 2 3 4 5 6 2. O cuidado que você tem com a sua saúde? 1 2 3 4 5 6 3. Não sentir dor? 1 2 3 4 5 6 4. Ter energia suficiente para as atividades diárias? 1 2 3 4 5 6 5. Cuidar de você mesmo(a) sem ajuda? 1 2 3 4 5 6 6. Ser capaz de ir a lugares fora de sua casa? 1 2 3 4 5 6 7. Sua capacidade de limpar seus pulmões? 1 2 3 4 5 6 8. Ter controle sobre sua vida? 1 2 3 4 5 6 9. Viver o quanto gostaria? 1 2 3 4 5 6 10. A saúde da sua família? 1 2 3 4 5 6 11. Seus filhos? 1 2 3 4 5 6 12. Ser capaz de ter filhos? 1 2 3 4 5 6 13. A felicidade de sua família? 1 2 3 4 5 6 14. Sua vida sexual? 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 QUÃO IMPORTANTE PARA VOCÊ É: 15. Seu (sua) esposo(a), namorado(a) ou parceiro(a) (se você tem um(a))? 16. Ter um(a) esposo(a), namorado(a) ou parceiro(a) (se você não tem um(a))? 17. Seus amigos? (Por favor, vá para a página seguinte) Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Sem Nenhuma Importância Moderadamente Sem Importância Um Pouco Sem Importância Um Pouco Importante Moderadamente Importante Muito Importante 106 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 20. Cuidar das responsabilidades da família? 1 2 3 4 5 6 21. Ser útil para os outros? 1 2 3 4 5 6 22. Não ter preocupações? 1 2 3 4 5 6 23. Sua vizinhança? 1 2 3 4 5 6 24. Sua casa, apartamento ou lugar onde mora? 1 2 3 4 5 6 25. Seu trabalho (se empregado)? 1 2 3 4 5 6 26. Ter um emprego (se desempregado, aposentado ou incapacitado)? 1 2 3 4 5 6 27. Sua educação? 1 2 3 4 5 6 28. Ser capaz de cuidar das suas necessidades financeiras? 1 2 3 4 5 6 29. Fazer coisas para se divertir? 1 2 3 4 5 6 30. Ter um futuro feliz? 1 2 3 4 5 6 31. Paz de espírito? 1 2 3 4 5 6 32. Sua fé em Deus? 1 2 3 4 5 6 33. Realizar seus objetivos pessoais? 1 2 3 4 5 6 34. Sua felicidade de modo geral? 1 2 3 4 5 6 35. Estar satisfeito(a) com a vida? 1 2 3 4 5 6 36. Sua aparência pessoal? 1 2 3 4 5 6 37. Você é para você mesmo(a)? 1 2 3 4 5 6 QUÃO IMPORTANTE PARA VOCÊ É: 18. O apoio emocional que você recebe da sua família? 19. O apoio emocional que você recebe de pessoas que não são da sua família? Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 107 APÊNDICE D: VERSÃO VT - SÍNTESE DAS DUAS VERSÕES TRADUZIDAS PARA O PORTUGUÊS T1+ T2 Muito Satisfeito Moderadamente Satisfeito Pouco Satisfeito Pouco Insatisfeito Moderadamente Insatisfeito QUÃO SATISFEITO VOCÊ ESTÁ COM: Muito Insatisfeito ÍNDICE DA QUALIDADE DE VIDA DE CORDA ESPINHAL DANIFICADA DE FERRANS E POWERS - VERSÃO III PARTE 1. Para cada dos seguintes itens, por favor, escolha a resposta que melhor descrever quão satisfeita você está com essa área de sua vida. Por favor, marque sua resposta circulando o número. Não há respostas (certo) ou (errado). 1. Sua saúde? 1 2 3 4 5 6 2. O cuidado com a sua saúde? 1 2 3 4 5 6 3. A quantidade de dor que você tem? 1 2 3 4 5 6 4. A quantidade de energia que você tem para as atividades diárias? 1 2 3 4 5 6 5. Sua capacidade para se cuidar sozinho? 1 2 3 4 5 6 6. Sua capacidade de ir a lugares fora de sua casa? 1 2 3 4 5 6 7. Sua capacidade de desobstruir seus pulmões? 1 2 3 4 5 6 8. A quantidade de controle que você tem sobre sua vida? 1 2 3 4 5 6 9. Sua chance de viver o quanto você gostaria? 1 2 3 4 5 6 10. A saúde de sua família? 1 2 3 4 5 6 11. Seus filhos? 1 2 3 4 5 6 12. Sua capacidade de ter filhos? 1 2 3 4 5 6 13. A felicidade de sua família? 1 2 3 4 5 6 14. Sua vida sexual? 1 2 3 4 5 6 15. Seu esposo, amante ou companheiro (se você tiver)? 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 16. Em não ter esposo, amante ou companheiro (se não tiver)? 17. Seus amigos? (Por favor vá para a próxima página) © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 18. O apoio emocional que você tem de sua família? 1 2 3 4 5 6 19. O apoio emocional que você tem de outras pessoas que não são da sua família? 1 2 3 4 5 6 20. Sua capacidade de lidar com as responsabilidades familiares?1 2 3 4 5 6 21. Quão útil você é para os outros? 1 2 3 4 5 6 22. A quantidade de preocupações em sua família? 1 2 3 4 5 6 23. Sua vizinhança? 1 2 3 4 5 6 24. Sua casa, apartamento ou lugar onde você vive? 1 2 3 4 5 6 25. Seu emprego (se empregado)? 1 2 3 4 5 6 26. O fato de não ter um emprego (se desempregado, aposentado, ou inválido)? 1 2 3 4 5 6 27. Sua educação? 1 2 3 4 5 6 28. Quão bem você pode lidar com suas necessidades financeiras? 1 2 3 4 5 6 29. As coisas que você faz para se divertir? 1 2 3 4 5 6 30. Suas chances para um futuro feliz? 1 2 3 4 5 6 31. Sua paz de espírito? 1 2 3 4 5 6 32. Sua fé em Deus? 1 2 3 4 5 6 33. Seu alcance de metas pessoais? 1 2 3 4 5 6 34. Sua felicidade em geral? 1 2 3 4 5 6 35. Sua vida em geral? 1 2 3 4 5 6 36. Sua aparência pessoal? 1 2 3 4 5 6 37. Você mesma em geral? 1 2 3 4 5 6 (Por favor vá para a próxima página) Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis Very Satisfied Muito Satisfeito Moderately Satisfied Moderadamente Satisfeito Slightly Satisfied Pouco Satisfeito Slightly Dissatisfied Pouco Insatisfeito Moderately Dissatisfied Moderadamente Insatisfeito QUÃO SATISFEITO VOCÊ ESTÁ COM: Muito Insatisfeito Very Dissatisfied 108 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 109 QUÃO IMPORTANTE É PARA VOCÊ: Muito Insignificante Pouco Insignificante Pouco Importante Moderadamente Importante Muito Importante Moderadamente Insignificante PARTE 2. Para cada um dos seguintes itens, por favor escolha a resposta que melhor descreva o quão importante essa área da sua vida é para você. Por favor, marque sua resposta circulando o número. Não há respostas certa ou errada. 1. Sua saúde? 1 2 3 4 5 6 2. O cuidado com a sua saúde? 1 2 3 4 5 6 3. Não ter dor? 1 2 3 4 5 6 4. Ter energia suficiente para as atividades diárias? 1 2 3 4 5 6 5. Cuidar-se sozinho? 1 2 3 4 5 6 6. Ser capaz de ir a lugares fora de sua casa? 1 2 3 4 5 6 7. Sua capacidade de desobstruir seus pulmões? 1 2 3 4 5 6 8. Ter controle sobre sua vida? 1 2 3 4 5 6 9. Viver tanto o quanto você gostaria? 1 2 3 4 5 6 10. A saúde de sua família? 1 2 3 4 5 6 11. Seus filhos? 1 2 3 4 5 6 12. Ser capaz de ter filhos? 1 2 3 4 5 6 13. A felicidade de sua família? 1 2 3 4 5 6 14. Sua vida sexual? 1 2 3 4 5 6 15. Seu esposo, amante, ou companheiro (se você tiver)? 1 2 3 4 5 6 16. Ter um esposo, amante, ou companheiro (se você não tiver)? 1 2 3 4 5 6 17. Seus amigos? 1 2 3 4 5 6 ((Por favor vá para a próxima página) © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Muito Insignificante Moderadamente Insignificante Pouco Insignificante Pouco Importante Moderadamente Importante Muito Importante 110 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 20. Lidar com as responsabilidades familiares? 1 2 3 4 5 6 21. Ser útil aos outros? 1 2 3 4 5 6 22. Não ter preocupações? 1 2 3 4 5 6 23. Sua vizinhança? 1 2 3 4 5 6 24. Sua casa, apartamento ou lugar onde você vive? 1 2 3 4 5 6 25. Seu emprego (se empregado)? 1 2 3 4 5 6 26. Ter um emprego (se desempregado, aposentado ou inválido)? 1 2 3 4 5 6 27. Sua educação? 1 2 3 4 5 6 28. Ser capaz de lidar com as necessidades financeiras? 1 2 3 4 5 6 29. Fazer coisas por diversão? 1 2 3 4 5 6 30. Ter um futuro feliz? 1 2 3 4 5 6 31. Paz de espírito? 1 2 3 4 5 6 32. Sua fé em Deus? 1 2 3 4 5 6 33. Alcance de metas pessoais? 1 2 3 4 5 6 34. Sua felicidade em geral? 1 2 3 4 5 6 35. Estar satisfeito com a vida? 1 2 3 4 5 6 36. Sua aparência pessoal? 1 2 3 4 5 6 37. O que você é para você própria? 1 2 3 4 5 6 QUÃO IMPORTANTE É PARA VOCÊ: 18. O apoio emocional que você tem da sua família? 19. O apoio emocional que você tem de pessoas que não são da sua família? Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 111 APÊNDICE E: VERSÃO BT1: RE-TRADUÇÃO DA VERSÃO TRADUZIDA DO PORTUGUÊS PARA O INGLÊS - BACK TRANSLATION 1- Very satisfied 1 2 3 4 5 6 2. The care with your health? 1 2 3 4 5 6 3. The quantity of pain that you have? 1 2 3 4 5 6 4. The quantity of energy that you have for daily activities? 1 2 3 4 5 6 5. Your ability to take care of yourself? 1 2 3 4 5 6 6. Your ability to go places outside your home? 1 2 3 4 5 6 7. Your ability to clear your lungs? 1 2 3 4 5 6 8. The quantity of control that you have about your life? 1 2 3 4 5 6 9. Your chance to live how you want? 1 2 3 4 5 6 10. The health of your family? 1 2 3 4 5 6 11. Your children? 1 2 3 4 5 6 12. Your ability to have children? 1 2 3 4 5 6 13. Happiness with your family? 1 2 3 4 5 6 14. Your sexual life? 1 2 3 4 5 6 15. Your spouse, lover or partner (if you have)? 1 2 3 4 5 6 16. In not having a spouse, lover or partner (if you do not have)? 1 2 3 4 5 6 17. Your friends? 2 3 4 5 6 1 (Please go to the next page) © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis A little satisfied 1. Your health? HOW SATISFIED ARE YOU WITH: Very dissatisfied Moderately satisfied A little dissatisfied Moderately dissatisfied QUALITY OF LIFE INDEX DAMAGED SPINAL CORD VERSION OF FERRANS AND POWERS - VERSION III PART 1. For each of the following items, please choose the answer that best describes how satisfied you are with this area of your life. Please, mark your answer by circling the number. There are no (right) or (wrong) answers. Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III A little dissatisfied A little satisfied 1 2 3 4 5 6 19. The emotional support that you have for others who are not your family? 1 2 3 4 5 6 20. Your ability to handle family responsibilities? 1 2 3 4 5 6 21. How useful you are for others? 1 2 3 4 5 6 22. The amount of concerns in your family? 1 2 3 4 5 6 23. Your vicinity? 1 2 3 4 5 6 24. Your home, apartment or place where you live? 1 2 3 4 5 6 25. Your employment (if employed)? 1 2 3 4 5 6 26. The fact of not having employment (if unemployed, retired, or disabled)? 1 2 3 4 5 6 27. Your education? 1 2 3 4 5 6 28. How well you can handle your financial needs? 1 2 3 4 5 6 29. The things you do for fun? 1 2 3 4 5 6 30. Your chances for a happy future? 1 2 3 4 5 6 31. Your peace of mind? 1 2 3 4 5 6 32. Your faith in God? 1 2 3 4 5 6 33. Your accomplishment of personal goals? 1 2 3 4 5 6 34. Your general happiness? 1 2 3 4 5 6 35. Your life in general? 1 2 3 4 5 6 36. Your personal appearance? 1 2 3 4 5 6 37. Yourself in general? 1 2 3 4 5 6 (Please go to the next page) Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis Very satisfied Moderately dissatisfied 18. The emotional support that you have for your family? HOW SATISFIED ARE YOU WITH: Moderately satisfied Very dissatisfied 112 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 113 Moderately Important 1 2 3 4 5 6 2. The care for your health? 1 2 3 4 5 6 3. Not having pain? 1 2 3 4 5 6 4. Having sufficient energy for your daily activities? 1 2 3 4 5 6 5. Caring for yourself? 1 2 3 4 5 6 6. Being able to go places outside of your home? 1 2 3 4 5 6 7. Your ability to clear your lungs? 1 2 3 4 5 6 8. Having control over your life? 1 2 3 4 5 6 9. To live as much as you would like? 1 2 3 4 5 6 10. The health of your family? 1 2 3 4 5 6 11. Your children? 1 2 3 4 5 6 12. Your ability to have children? 1 2 3 4 5 6 13. The happiness of your family? 1 2 3 4 5 6 14. Your sexual life? 1 2 3 4 5 6 15. Your spouse, lover or partner (if you have)? 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 HOW IMPORTANT FOR YOU IS: 16. To have a spouse, lover or partner (if you do not have)? 17. Your friends? (Please go to the next page) © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis Very Important A little Important 1. Your health? Very insignificant A little Insignificante Moderately Insignificant PART 2. For each of the following items, please choose the answer that best describes how important this area of life is to you. Please, mark your answer by circling the number. There are no (right) or (wrong) answers. Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Very Important Moderately Important Slightly Important Slightly Unimportant HOW IMPORTANT FOR YOU IS: Moderately Unimportant Very Unimportant 114 18. The emotional support that you1have2 for3your4 family? 5 6 18. The emotional support that you have for your family? ? 19. The emotional support that you have for others who are not your family? 1 2 3 4 5 6 20. Dealing with family responsibilities? 1 2 3 4 5 6 21. Being useful to others? 1 2 3 4 5 6 22. Not having concerns? 1 2 3 4 5 6 23. Your vicinity? 1 2 3 4 5 6 24. Your home, apartment, or place where you live? 1 2 3 4 5 6 25. Your employment (if employed)? 1 2 3 4 5 6 26. To have employment (if unemployed, retired, or disabled)? 1 2 3 4 5 6 27. Your education? 1 2 3 4 5 6 28. Your ability to handle your financial needs? 1 2 3 4 5 6 29. Doing things for fun? 1 2 3 4 5 6 30. To have a happy future? 1 2 3 4 5 6 31. Peace of mind? 1 2 3 4 5 6 32. Your faith in God? 1 2 3 4 5 6 33. Meeting your personal goals? 1 2 3 4 5 6 34. Your happiness in general? 1 2 3 4 5 6 35. Your satisfaction with your life? 1 2 3 4 5 6 36. Your personal appearance? 1 2 3 4 5 6 37. O que você é para você própria? 1 2 3 4 5 6 © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 115 APÊNDICE F: VERSÃO BT2 - RE-TRADUÇÃO DA VERSÃO TRADUZIDO DO PORTUGUÊS PARA O INGLÊS – BACK TRANSLATION 2 – FERRANS’ AND POWERS’ QUALITY OF LIFE INDEX SPINAL CORD INJURIES VERSION III Very Dissatisfied Moderately Dissatisfied Slightly Dissatisfied Slightly Satisfied Moderately Satisfied Very Satisfied Part One: For each of the following items, please choose the response that best describes how satisfied you are with this area of your life. Please mark your response by circling the number correlating to the description. There are no right or wrong answers. 1. Your health? 1 2 3 4 5 6 2. Your healthcare? 1 2 3 4 5 6 3. The amount of pain you experience? 1 2 3 4 5 6 4. The amount of energy you have for daily activities? 1 2 3 4 5 6 5. Your ability to take care of yourself? 1 2 3 4 5 6 6. Your ability to go places outside of your home? 1 2 3 4 5 6 7. Your ability to clear your lungs? 1 2 3 4 5 6 8. The amount of control you have over your life? 1 2 3 4 5 6 9. Your ability to live as you please?? 1 2 3 4 5 6 10. Your family’s health? 1 2 3 4 5 6 11. Your children? 1 2 3 4 5 6 12. Your ability to have children? 1 2 3 4 5 6 13. The happiness of your family? 1 2 3 4 5 6 14. Your sex life? 1 2 3 4 5 6 15. Your spouse, lover, or companion (if you have one)? 1 2 3 4 5 6 16. Not having a spouse, lover, or companion (if you do not have one)? 1 2 3 4 5 6 17. Your friends? 1 2 3 4 5 6 HOW SATISFIED ARE YOU WITH: (Please go to the next page) © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Very Dissatisfied Moderately Dissatisfied Slightly Dissatisfied Slightly Satisfied Moderately Satisfied Very Satisfied 116 18. The emotional support you get from your family? 1 2 3 4 5 6 19. The emotional support you get from people outside of your family? 1 2 3 4 5 6 20. Your ability to deal with family responsibilities? 1 2 3 4 5 6 21. How helpful you are to others? 1 2 3 4 5 6 22. The amount of preoccupations in your family? 1 2 3 4 5 6 23. Your neighborhood? 1 2 3 4 5 6 24. Your house, apartment, or place where you live? 1 2 3 4 5 6 25. Your job (if you have one)? 1 2 3 4 5 6 26. Not being employed (if you are unemployed, retired, or incapable of working)? 1 2 3 4 5 6 27. Your education? 1 2 3 4 5 6 28. How well you can meet your financial needs? 1 2 3 4 5 6 29. The things you do for fun? 1 2 3 4 5 6 30. Your chances for a happy future? 1 2 3 4 5 6 31. Your peace of mind? 1 2 3 4 5 6 32. Your faith in God? 1 2 3 4 5 6 33. Your achievement of personal goals? 1 2 3 4 5 6 34. Your happiness in general? 1 2 3 4 5 6 35. Your life in general? 1 2 3 4 5 6 36. Your personal appearance? 1 2 3 4 5 6 37. Yourself in general? 1 2 3 4 5 6 HOW SATISFIED ARE YOU WITH: (Please go to the next page) Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III HOW IMPORTANT TO YOU IS: Very Unimportant Moderately Unimportant Slightly Unimportant Slightly Important Moderately Important Very Important 117 Part Two: For each of the following items, please choose the response that best describes how important each area of your life is to you. Please mark your response by circling the number corresponding with your answer choice. There are no right or wrong answers. 1. Your health? 1 2 3 4 5 6 2. Your healthcare? 1 2 3 4 5 6 3. Not having pain? 1 2 3 4 5 6 4. Having enough energy for daily activities? 1 2 3 4 5 6 5. Taking care of yourself? 1 2 3 4 5 6 6. Being able to go places outside of your home? 1 2 3 4 5 6 7. Your ability to clear your lungs? 1 2 3 4 5 6 8. Having control over your life? 1 2 3 4 5 6 9. Living how you please? 1 2 3 4 5 6 10. Your family’s health? 1 2 3 4 5 6 11. Your children? 1 2 3 4 5 6 12. Being able to have children? 1 2 3 4 5 6 13. Your family’s happiness? 1 2 3 4 5 6 14. Your sex life? 1 2 3 4 5 6 15. Your spouse, lover, or companion (if you have one)? 1 2 3 4 5 6 16. Having a spouse, lover, or companion (if you do not have one)? 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 17. Your friends? 1 (Please go to the next page) Priscila Alencar Mendes Reis HOW IMPORTANT TO YOU IS: Very Unimportant Moderately Unimportant Slightly Unimportant Slightly Important Moderately Important Very Important 18.Your health? 1 2 3 4 5 6 19. Your healthcare? 1 2 3 4 5 6 20.Not having pain? 1 2 3 4 5 6 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 118 21.Having enough energy for daily activities? 1 2 3 4 5 6 22.Taking care of yourself? 1 2 3 4 5 6 23. Being able to go places outside of your home? 1 2 3 4 5 6 24.Your ability to clear your lungs? 1 2 3 4 5 6 25.Having control over your life? 1 2 3 4 5 6 26.Living how you please? 1 2 3 4 5 6 27. Your family’s health? 1 2 3 4 5 6 28. Your children? 1 2 3 4 5 6 29. Being able to have children? 1 2 3 4 5 6 30. Your family’s happiness? 1 2 3 4 5 6 31. Your sex life? 1 2 3 4 5 6 32. Your spouse, lover, or companion (if you have one)? 1 2 3 4 5 6 33. Having a spouse, lover, or companion (if you do not have one)? 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 34. Your friends? 1 (Please go to the next page) © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 119 APÊNDICE G: Very Dissatisfied Moderately Dissatisfied Slightly Dissatisfied Slightly Satisfied Moderately Satisfied Very Satisfied VERSÃO VBT – SÍNTESE DAS BACK TRANSLATIONS FERRANS’ AND POWERS’ QUALITY OF LIFE INDEX SPINAL CORD INJURIES VERSION III Part One: For each of the following items, please choose the response that best describes how satisfied you are with this area of your life. Please mark your response by circling the number correlating to the description. There are no right or wrong answers. 1.Your health? 1 2 3 4 5 6 2. Your healthcare? 1 2 3 4 5 6 3. The amount of pain you experience? 1 2 3 4 5 6 4. The amount of energy you have for daily activities? 1 2 3 4 5 6 5. Your ability to take care of yourself? 1 2 3 4 5 6 6. Your ability to go places outside of your home? 1 2 3 4 5 6 7. Your ability to clear your lungs? 1 2 3 4 5 6 8. The amount of control you have over your life? 1 2 3 4 5 6 9. Your chance to live how you want? 1 2 3 4 5 6 10. Your family’s health? 1 2 3 4 5 6 11. Your children? 1 2 3 4 5 6 12. Your ability to have children? 1 2 3 4 5 6 13. The happiness of your family? 1 2 3 4 5 6 14. Your sex life? 1 2 3 4 5 6 15. Your spouse, lover or partner (if you have)? 1 2 3 4 5 6 1 6 . Not having a spouse, lover, or companion (if you do not have one)? 1 2 3 4 5 6 17. Your friends? 1 2 3 4 5 6 HOW SATISFIED ARE YOU WITH: (Please go to the next page) © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis Moderately Dissatisfied Slightly Dissatisfied Slightly Satisfied Moderately Satisfied Very Satisfied 1 2 3 4 5 6 19. The emotional support you get from people outside of 1 your family? 20. Your ability to deal with family responsibilities? 1 2 3 4 5 6 2 3 4 5 6 21. How useful you are for others? 1 2 3 4 5 6 22. The amount of preoccupations in your life? 1 2 3 4 5 6 23. Your neighborhood? 1 2 3 4 5 6 24. Your home, apartment or place where you live? 1 2 3 4 5 6 25. Your job (if you have one)? 1 2 3 4 5 6 26. Not being employed (if you are unemployed, retired, or incapable of working)? 27. Your education? 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 28. How well you can meet your financial needs? 1 2 3 4 5 6 29. The things you do for fun? 1 2 3 4 5 6 30. Your chances for a happy future? 1 2 3 4 5 6 31. Your peace of mind? 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 33. Your achievement of personal goals? 1 2 3 4 5 6 34. Your happiness in general? 1 2 3 4 5 6 35. Your life in general? 1 2 3 4 5 6 36. Your personal appearance? 37. Yourself in general? 1 2 3 4 5 6 37. Yourself in general? 1 2 3 4 5 6 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III HOW SATISFIED ARE YOU WITH: 18. The emotional support you get from your family? 32. Your faith in God? (Please go to the next page) © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis 120 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 121 Very Dissatisfied Moderately Dissatisfied Slightly Dissatisfied Slightly Satisfied Moderately Satisfied Very Satisfied Part Two: For each of the following items, please choose the response that best describes how important each area of your life is to you. Please mark your response by circling the number corresponding with your answer choice. There are no right or wrong answers. 1. Your health? 1 2 3 4 5 6 2. Your healthcare? 1 2 3 4 5 6 3. Not having pain? 1 2 3 4 5 6 4. Having enough energy for daily activities? 1 2 3 4 5 6 5. Taking care of yourself? 1 2 3 4 5 6 6. Being able to go places outside of your home? 1 2 3 4 5 6 7. Your ability to clear your lungs? 1 2 3 4 5 6 8. Having control over your life? 1 2 3 4 5 6 9. To live as much as you would like? 1 2 3 4 5 6 10. Your family’s health? 1 2 3 4 5 6 11. Your children? 1 2 3 4 5 6 12. Being able to have children? 1 2 3 4 5 6 13. Your family’s happiness? 1 2 3 4 5 6 14. 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 16. To have a spouse, lover or partner (if you do not 1 have)? 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 HOW IMPORTANT ARE YOU WITH: Your sex life? 15. Your spouse, lover or partner (if you have)? 17. Your friends? (Please go to the next page) © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis HOW SATISFIED ARE YOU WITH: Very Dissatisfied Moderately Dissatisfied Slightly Dissatisfied Slightly Satisfied Moderately Satisfied Very Satisfied 18. The emotional support you get from your family? 1 2 3 4 5 6 19. The emotional support you get from people outside of 1 your family? 20. Dealing with family responsibilities? 1 2 3 4 5 6 2 3 4 5 6 21. Being useful to others? 1 2 3 4 5 6 22. Not having preoccupations? 1 2 3 4 5 6 23. Your neighborhood? 1 2 3 4 5 6 24. Your home, apartment, or place where you live? 1 2 3 4 5 6 25. Your job (if employed)? 1 2 3 4 5 6 26. Having a job (if unemployed, retired, or unable to work)? 1 2 3 4 5 6 27. Your education? 28. Being able to meet your financial needs? 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 29. Doing things for fun? 1 2 3 4 5 6 30. Having a happy future? 1 2 3 4 5 6 31. Peace of mind? 1 2 3 4 5 6 32. Your faith in God? 1 2 3 4 5 6 33. Reaching personal goals? 1 2 3 4 5 6 34. Your happiness in general? 1 2 3 4 5 6 35. Being satisfied with life? 1 2 3 4 5 6 36. Your personal appearance? 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 37. What you mean to yourself? © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Priscila Alencar Mendes Reis 122 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 123 APÊNDICE L: VERSÃO DA QUALITY OF LIFE INDEX SPINAL CORD INJURY VERSION – III EM PORTUGUÊS APLICADA NO PRÉ-TESTE Pouco Satisfeito Moderadamente Satisfeito Muito Satisfeito 1. Sua saúde? 1 2 3 4 5 6 2. Seu cuidado com a saúde? 1 2 3 4 5 6 3. Quantidade de dor que você sente? 1 2 3 4 5 6 4. Quantidade de energia que você tem para as atividades diárias? 1 2 3 4 5 6 5. Sua capacidade para cuidar de você mesmo sem ajuda? 1 2 3 4 5 6 6. Sua capacidade de ir à lugares fora de sua casa? 1 2 3 4 5 6 7. Sua capacidade de limpar seus pulmões? 1 2 3 4 5 6 8. Controle que você tem sobre sua vida? 1 2 3 4 5 6 9. Sua chance de viver o quanto você gostaria? 1 2 3 4 5 6 10. Saúde de sua família? 1 2 3 4 5 6 11. Seus filhos? (Se você tiver ou não) 1 2 3 4 5 6 12. Sua capacidade de ter filhos? 1 2 3 4 5 6 13. Felicidade de sua família? 1 2 3 4 5 6 14. Sua vida sexual? 1 2 3 4 5 6 15. Seu/Sua esposo (a), amante ou companheiro (a) (se você tiver)? 1 2 3 4 5 6 16. Não ter esposo (a), amante ou companheiro (a) (se não tiver)? 1 2 3 4 5 6 17. Seus amigos? 1 2 3 4 5 6 QUAL O NÍVEL DE SATISFAÇÃO EM RELAÇÃO A (AO): REELAÇÃOAOCÊ ESTÁ COM: Muito Insatisfeito Pouco Insatisfeito Moderadamente Insatisfeito ÍNDICE DE LESÃO MEDULAR E QUALIDADE DE VIDA – VERSÃO III PARTE 1. Para os itens seguintes, por favor, escolha a resposta que melhor descrever o seu grau de satisfação com as áreas de sua vida. Indique sua resposta circulando o número. Não há respostas certas ou erradas. (Por favor passe para a próxima página) Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 18. O apoio emocional que você recebe de sua família? 1 2 3 4 5 6 19. O apoio emocional que você recebe de pessoas além da sua família? 1 2 3 4 5 6 20. Sua capacidade de lidar com as responsabilidades familiares?1 2 3 4 5 6 21. Quanto você é útil para os outros? 1 2 3 4 5 6 22. Quantidade de preocupações em sua vida? 1 2 3 4 5 6 23. Sua vizinhança? 1 2 3 4 5 6 24. Sua casa, apartamento ou lugar onde você mora? 1 2 3 4 5 6 25. Seu emprego (se empregado)? 1 2 3 4 5 6 26. O fato de não ter um emprego (se desempregado, aposentado, ou inválido)? 1 2 3 4 5 6 27. Sua educação? (Ex: escolaridade) 1 2 3 4 5 6 28.Sua capacidade de lidar com as necessidades financeiras? necessidades financeiras? 1 2 3 4 5 6 29. As coisas que você faz para se divertir? 1 2 3 4 5 6 30. Suas chances para um futuro feliz? 1 2 3 4 5 6 31. Sua paz de espírito? 1 2 3 4 5 6 32. Sua fé em Deus? 1 2 3 4 5 6 33. Sua realização de objetivos pessoais? 1 2 3 4 5 6 34. Sua felicidade em geral? 1 2 3 4 5 6 35. Sua vida em geral? 1 2 3 4 5 6 36. Sua aparência pessoal? 1 2 3 4 5 6 37. Você mesma? 1 2 3 4 5 6 (Por favor passe para a próxima página) Priscila Alencar Mendes Reis Very Satisfied Muito Satisfeito Moderately Satisfied Moderadamente Satisfeito Slightly Satisfied Pouco Satisfeito Slightly Dissatisfied Pouco Insatisfeito Moderately Dissatisfied Moderadamente Insatisfeito Very Dissatisfied Muito Insatisfeito QUAL O NÍVEL DE SATISFAÇÃO EM RELAÇÃO A (AO): ((AO:(AO:: 124 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 125 Um Pouco Importante Moderadamente Importante Muito Importante 1. Sua saúde? 1 2 3 4 5 6 2. O seu cuidado com a saúde? 1 2 3 4 5 6 3. Não sentir dor? 1 2 3 4 5 6 4. Ter energia suficiente para as atividades diárias? 1 2 3 4 5 6 5. Cuidar-se sem ajuda? 1 2 3 4 5 6 6. Ser capaz de ir a lugares fora de sua casa? 1 2 3 4 5 6 7. Sua capacidade de limpar seus pulmões? 1 2 3 4 5 6 8. Ter controle sobre sua vida? 1 2 3 4 5 6 9. Viver o quanto gostaria? 1 2 3 4 5 6 10. A saúde de sua família? 1 2 3 4 5 6 11. Seus filhos? (se tiver ou não) 1 2 3 4 5 6 12. Ser capaz de ter filhos? 1 2 3 4 5 6 13. A felicidade de sua família? 1 2 3 4 5 6 14. Sua vida sexual? 1 2 3 4 5 6 15. Seu/Sua esposo (a), amante, ou companheiro (a) (se tiver)? 1 2 3 4 5 6 16. Ter um esposo (a), amante, ou companheiro (se não tiver)? 1 2 3 4 5 6 17. Seus amigos? 1 2 3 4 5 6 O QUANTO É IMPORTANTE PARA VOCÊ: Sem Nenhuma Importância Um Pouco Sem Importância Moderadamente Sem Importância Semnsignificante PARTE 2. Para os itens seguintes, por favor, escolha a resposta que melhor descreva o quanto é importante essa área de sua vida. Indique sua resposta circulando o número. Não há respostas certas ou erradas. ((Por favor passe para a próxima página) Priscila Alencar Mendes Reis Moderadamente Importante 1 2 3 4 5 6 19. O apoio emocional que recebe de pessoas além de sua família? 1 2 3 4 5 6 20. Lidar com as responsabilidades familiares? 1 2 3 4 5 6 21. Ser útil aos outros? 1 2 3 4 5 6 22. Não ter preocupações? 1 2 3 4 5 6 23. Sua vizinhança? 1 2 3 4 5 6 24. Sua casa, apartamento, ou lugar onde você mora? 1 2 3 4 5 6 25. Seu emprego (se empregado)? 1 2 3 4 5 6 26. Ter um emprego se desempregado (a), aposentado (a) ou inválido (a)? 1 2 3 4 5 6 27. Sua educação? (ex: escolaridade) 1 2 3 4 5 6 (a))?Ser capaz de lidar com suas necessidades financeiras? 28. 1 2 3 4 5 6 29. Fazer coisas para se divertir? 1 2 3 4 5 6 30. Ter um futuro feliz? 1 2 3 4 5 6 31. Paz de espírito? 1 2 3 4 5 6 32. Sua fé em Deus? 1 2 3 4 5 6 33. A realização de objetivos pessoais? 1 2 3 4 5 6 34. Sua felicidade em geral? 1 2 3 4 5 6 35. Estar satisfeito com a vida? 1 2 3 4 5 6 36. Sua aparência pessoal? 1 2 3 4 5 6 37. Ser você mesma? 1 2 3 4 5 6 Priscila Alencar Mendes Reis Muito Importante Um Pouco Importante 18. O apoio emocional que recebe de sua família? Semnsignificante O QUANTO É IMPORTANTE PARA VOCÊ: Um Pouco Sem Importância Moderadamente Sem Importância 126 Sem Nenhuma Importância Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 127 APÊNDICE K: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PESSOA COM LESÃO MEDULAR Prezado (a) Senhor (a) Estou convidando o (a) senhor (a) para participar como voluntário de uma pesquisa que será desenvolvida sob-responsabilidade de Priscila Alencar Mendes Reis. Você não deve participar contra sua vontade. Leia atentamente as informações abaixo e faça qualquer pergunta que desejar, para que todos os procedimentos desta pesquisa sejam esclarecidos. Neste estudo pretende-se avaliar se um índice de qualidade de vida, utilizada em outros países, ajudará profissionais da saúde brasileiros, em especial, enfermeiros a mensurar a qualidade de vida de pessoas com lesão medular. Caso você concorde em participar do estudo eu realizarei uma entrevista para aplicação de dois questionários (índice e formulário socioeconômico, demográfico e clínico). Sua participação neste estudo é livre. É garantido que as informações obtidas serão usadas apenas para a realização deste estudo, em que a qualquer momento que desejar poderá ter acesso às informações sobre os procedimentos relacionados ao estudo, inclusive para resolver qualquer dúvida que você possa ter. Você tem o direito de sair do estudo em qualquer momento se assim desejar sem que isto traga prejuízo, e é garantido ainda que os dados do estudo sejam codificados e, portanto sua identidade não será revelada durante a condução do estudo e nem quando este for publicado em eventos ou jornais científicos. A participação neste estudo não trará nenhuma despesa para você. Endereço da Responsável pela Pesquisa: Nome: Priscila Alencar Mendes Reis Instituição: Universidade Federal do Ceará Endereço: Rua Alexandre Baraúna, 949 - Rodolfo Teófilo. Telefone: (85) 3366-8464 ATENÇÃO: Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a sua participação na pesquisa entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da UFC – Rua Coronel Nunes de Melo, 1127, Rodolfo Teófilo, Fone: 3366-8344. Eu,______________________________________________________________,______anos, RG______________________ declaro que estou participando como voluntário da pesquisa e que li cuidadosamente este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e que, após sua leitura tive a oportunidade de fazer perguntas sobre seu conteúdo, como também sobre a pesquisa e recebi explicações que responderam por completo minhas dúvidas E declaro ainda estar recebendo uma cópia deste termo. ___________________________ ____________________________ Assinatura do (a) voluntário (a) Priscila Alencar Mendes Reis Pesquisador _______________________________ Testemunha Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 128 APÊNDICE J: INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS E CLÍNICOS Universidade Federal do Ceará Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem Departamento de Enfermagem NUPEN – Núcleo de Pesquisa e Extensão em Enfermagem Neurológica Rua Alexandre Baraúna, 1115 Rodolfo Teófilo Fortaleza-CE CEP: 60430-160 Fone: (85) 3366 8455 Fax: (85) 3366 8451 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS I-DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS: Nome do paciente (Iniciais):_________________________________________________________ Endereço: _______________________________________________________________________ Bairro: ____________________________________Telefone:_____________________________. Idade: ______________ anos. Sexo: M ( ) F ( ) Estado Civil: Solteiro ( ) Casado ou União estável ( ) Separado ou divorciado ( ) Outros ( ) Especificar: ________________________________Naturalidade:___________________________ Escolaridade: Ensino Fundamental Incompleto ( ) Fundamental Completo ( ) Médio Incompleto ( ) Médio Completo ( ) Nível Técnico ( ) Superior Incompleto ( ) Superior Completo ( ) Religião: Sim ( ) Não ( ) Qual?________________ Trabalho: Sim ( ) Não ( ) Ocupação/Profissão:_________________________________________ Aposentado: _____________________________________Estudante: _______________________ Renda própria em Sálario Mínimo:_____________________ Renda familiar em Sálario Minimo:____________________ Utiliza o Sistema Único de Saúde: Sim ( ) Não ( ) Utiliza Plano de Saúde privado: Sim ( ) Qual? ___________________________________ Situação na constelação familiar: Pai ( ) Mãe ( ) Filho/Filha ( ) Avô/Avó ( ) Número de filhos:____________________ Mora sozinho: ( ) sim ( ) não, com quem? _____________________________________ Número de pessoas da família que residem na casa: _______________________________ II-DADOS CLÍNICOS: Causa da Lesão: Arma de fogo ( ) Queda de altura ( ) Mergulho em águas rasas ( ) Queda da própria altura ( ) Acidente automobilístico ( ) Atropelamento ( ) Outros( ): ____________ Nível da Lesão: ___________________________________________ Tipo de lesão : Paraplegia ( ) Tetraplegia ( ) ASIA: Lesão completa ( ) Lesão incompleta ( ) Tempo de Lesão Medular: 1 semana a 6 meses( ) + de 6 meses a 2 anos ( ) + de 2 a 5 anos ( ) + de 5 anos ( ) Realizou reabilitação: ( ) não ( ) sim, Onde? ______________________________________ Quanto tempo?_____________________________________________________________ Data da Entrevista: _______/_______/_______. Duração: _____________ Assinatura do entrevistador: _________________________________________________________ Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 129 APÊNDICE M: Muito Insatisfeito Moderadamente Insatisfeito Pouco Insatisfeito Pouco Satisfeito Moderadamente Satisfeito Muito Satisfeito ÍNDICE DE LESÃO MEDULAR E QUALIDADE DE VIDA – VERSÃO III PARTE 1. Para os itens seguintes, por favor, escolha a resposta que melhor descrever o seu nível de satisfação com as áreas de sua vida. Indique sua resposta circulando o número. Não há respostas certas ou erradas. 1. Sua saúde? 1 2 3 4 5 6 2. Seu cuidado com a saúde? 1 2 3 4 5 6 3. Quantidade de dor que você sente? 1 2 3 4 5 6 4. Quantidade de energia que você tem para as atividades diárias? 1 2 3 4 5 6 5. Sua capacidade para cuidar de você mesmo sem ajuda? 1 2 3 4 5 6 6. Sua capacidade de ir à lugares fora de sua casa? (igreja, supermercado...)1 2 3 4 5 6 7. Sua capacidade de eliminar as secreções dos pulmões? 1 2 3 4 5 6 8. Controle que você tem sobre sua vida em geral? 1 2 3 4 5 6 9. Sua chance de viver o que você gostaria? 1 2 3 4 5 6 10. Saúde de sua família? 1 2 3 4 5 6 11. Seus filhos? (Se você tiver ou não) 1 2 3 4 5 6 12. Sua capacidade de ter filhos? 1 2 3 4 5 6 13. Felicidade de sua família? 1 2 3 4 5 6 14. Sua vida sexual? 1 2 3 4 5 6 15. Seu/Sua esposo (a), companheiro (a), ou com a pessoa que você tem relação sexual (se você tiver)? 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 QUAL O NÍVEL DE SATISFAÇÃO EM RELAÇÃO A (AO): REELAÇÃOAOCÊ ESTÁ COM: 16. Não ter esposo (a), companheiro (a), ou com a pessoa que você tem relação sexual (se não tiver)? 17. Seus amigos? (Por favor passe para a próxima página) © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Direitos Autorais da tradução para o Português: Priscila A. M. Reis, Universidade Federal do Ceará Priscila Alencar Mendes Reis UFC, Fortaleza – Ceará – Brasil - [email protected] Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 18. O apoio emocional que você recebe de sua família? 1 2 3 4 5 6 19. O apoio emocional que você recebe de pessoas além da sua família? 1 2 3 4 5 6 20. Sua capacidade de lidar com as responsabilidades familiares?1 2 3 4 5 6 21. Quanto você é útil para os outros? 1 2 3 4 5 6 22. Quantidade de preocupações em sua vida? 1 2 3 4 5 6 23. Sua vizinhança? 1 2 3 4 5 6 24. Sua casa, apartamento ou lugar onde você mora? 1 2 3 4 5 6 25. Seu emprego (se empregado)? 1 2 3 4 5 6 26. O fato de não ter um emprego (se desempregado, aposentado, ou inválido)? 1 2 3 4 5 6 27. Sua educação? (Ex: escolaridade) 1 2 3 4 5 6 28.Sua capacidade de lidar com as necessidades financeiras? necessidades financeiras? 1 2 3 4 5 6 29. As coisas que você faz para se divertir? 1 2 3 4 5 6 30. Suas chances para um futuro feliz? 1 2 3 4 5 6 31. Sua paz de espírito? 1 2 3 4 5 6 32. Sua fé em Deus? 1 2 3 4 5 6 33. Sua realização de objetivos pessoais? 1 2 3 4 5 6 34. Sua felicidade em geral? 1 2 3 4 5 6 35. Sua vida em geral? 1 2 3 4 5 6 36. Sua aparência pessoal? 1 2 3 4 5 6 37. Você mesma? 1 2 3 4 5 6 (Por favor passe para a próxima página) © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Direitos Autorais da tradução para o Português: Priscila A. M. Reis, Universidade Federal do Ceará UFC, Fortaleza – Ceará – Brasil - [email protected] Priscila Alencar Mendes Reis Very Satisfied Muito Satisfeito Moderately Satisfied Moderadamente Satisfeito Slightly Satisfied Pouco Satisfeito Slightly Dissatisfied Pouco Insatisfeito Moderately Dissatisfied Moderadamente Insatisfeito Very Dissatisfied Muito Insatisfeito QUAL O NÍVEL DE SATISFAÇÃO EM RELAÇÃO A (AO): ((AO:(AO:: 130 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 131 Um Pouco Importante Moderadamente Importante Muito Importante 1. Sua saúde? 1 2 3 4 5 6 2. O seu cuidado com a saúde? 1 2 3 4 5 6 3. Não sentir dor? 1 2 3 4 5 6 4. Ter energia suficiente para as atividades diárias? 1 2 3 4 5 6 5. Cuidar-se sem ajuda? 1 2 3 4 5 6 6. Ser capaz de ir a lugares fora de sua casa? (igreja, supermercado...) 1 2 3 4 5 6 7. Sua capacidade de eliminar as secreções dos pulmões? 1 2 3 4 5 6 8. Ter controle sobre sua vida em geral? 1 2 3 4 5 6 9. Viver o que gostaria? 1 2 3 4 5 6 10. A saúde de sua família? 1 2 3 4 5 6 11. Seus filhos? (se tiver ou não) 1 2 3 4 5 6 12. Ser capaz de ter filhos? 1 2 3 4 5 6 13. A felicidade de sua família? 1 2 3 4 5 6 14. Sua vida sexual? 1 2 3 4 5 6 (se tiver)? 1 2 3 4 5 6 Ter um esposo (a), companheiro ou pessoa que tem relação sexual (se não tiver)? 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 Sem Nenhuma Importância Um Pouco Sem Importância Moderadamente Sem Importância Semnsignificante PARTE 2. Para os itens seguintes, por favor, escolha a resposta que melhor descreva o quanto é importante essa área de sua vida. Indique sua resposta circulando o número. Não há respostas certas ou erradas. O QUANTO É IMPORTANTE PARA VOCÊ: 15. Seu/Sua esposo (a), companheiro (a) ou pessoa que tem relação sexual 16. 17. Seus amigos? (Por favor passe para a próxima página) © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Direitos Autorais da tradução para o Português: Priscila A. M. Reis, Universidade Federal do Ceará UFC, Fortaleza – Ceará – Brasil - [email protected] Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Um Pouco Sem Importância Um Pouco Importante Moderadamente Importante 18. O apoio emocional que recebe de sua família? 1 2 3 4 5 6 19. O apoio emocional que recebe de pessoas além de sua família? 1 2 3 4 5 6 20. Lidar com as responsabilidades familiares? 1 2 3 4 5 6 21. Ser útil aos outros? 1 2 3 4 5 6 22. Não ter preocupações? 1 2 3 4 5 6 23. Sua vizinhança? 1 2 3 4 5 6 24. Sua casa, apartamento, ou lugar onde mora? 1 2 3 4 5 6 25. Seu emprego (se empregado)? 1 2 3 4 5 6 26. Ter um emprego [se desempregado (a), aposentado (a) ou inválido (a)]? 1 2 3 4 5 6 27. Sua educação? (ex: escolaridade) 1 2 3 4 5 6 (a))?Ser capaz de lidar com suas necessidades financeiras? 28. 1 2 3 4 5 6 29. Fazer coisas para se divertir? 1 2 3 4 5 6 30. Ter um futuro feliz? 1 2 3 4 5 6 31. Sua paz de espírito? 1 2 3 4 5 6 32. Sua fé em Deus? 1 2 3 4 5 6 33. O alcance de objetivos pessoais? 1 2 3 4 5 6 34. Sua felicidade em geral? 1 2 3 4 5 6 35. Estar satisfeito com a vida? 1 2 3 4 5 6 36. Sua aparência pessoal? 1 2 3 4 5 6 37. Ser você mesma? 1 2 3 4 5 6 © Copyright 1984 & 1998 Carol Estwing Ferrans and Marjorie J. Powers Direitos Autorais da tradução para o Português: Priscila A. M. Reis, Universidade Federal do Ceará Priscila Alencar Mendes Reis UFC, Fortaleza – Ceará – Brasil - [email protected] Muito Importante O QUANTO É IMPORTANTE PARA VOCÊ: Sem Nenhuma Importância Moderadamente Sem Importância Semnsignificante 132 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 133 ANEXO C: DESCRIPTION OF SCORING FOR THE FERRANS AND POWERS QUALITY OF LIFE INDEX (QLI) NOTE: This is a description of the steps for calculating the five scores of the Quality of Life Index: total scale, health and functioning subscale, social and economic subscale, psychological/spiritual subscale, and family subscale. To calculate the scores, we recommend using the computer syntax for SPSS-PC, which is included in this web site. STEPSDESCRIPTION OVERALL QLI SCORE (overall quality of life) 1.Recode satisfaction scores To center the scale on zero, subtract 3.5 from satisfaction response for each item. (This will produce responses of –2.5, -1.5, -.5, +.5, +1.5, +2.5.) 2.Weight satisfaction responses with the paired importance responses. Multiply the recoded satisfaction response by the raw importance response for each pair of satisfaction and importance items. 3.Obtain preliminary sum for the overall (total) score. Add together the weighted responses obtained in step 2 for all of the items. 4.Obtain final overall (total) QLI score. To prevent bias due to missing data, divide each sum obtained in step 3 by the number of items answered by that individual. (At this point the possible range for scores is –15 to +15.) Next, to eliminate negative numbers for the final score, add 15 to every score. This will produce the final overall (total) QLI score. (Possible range for the final scores = 0 to 30). SUBSCALE SCORES The same steps are used to calculate subscale scores as total scores. The only difference is that the calculations are performed using subsets of items, rather than on all of the items. 1.Recode satisfaction scores Priscila Alencar Mendes Reis To center the scale on zero, subtract 3.5 from the satisfaction response for each item. (This will produce responses of –2.5, -1.5, -.5, +.5, +1.5, +2.5.) This is exactly the same step as #1 above. Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III 134 2.Weight satisfaction responses with the paired importance responses. Multiply the recorded satisfaction response by the raw importance for each pair of satisfaction and Importance items. This is exactly the same step as # 2 above. 3.Obtain preliminary sum for the subscale score. Add together the weighted responses subscale score. obtained in step 2 for the items that compose the subscale. 4.Obtain final subscale score. To prevent bias due to missing data, divide each sum obtained in step 3 by the number of items answered in that subscale for that individual. (At this point the possible range for score is –15 to +15. This is the possible range for all four of the subscales and for the overall (total) score. The possible range is the same for all five scores even though they have different numbers of items, because we have divided the preliminary sum by the number of items answered for each one.) Next, to eliminate negative numbers for the final score, add 15 to every score. It is always the number 15 that is added, regardless of which subscale score is being calculated. This will produce the final subscale score. (Possible range for the final scores = 0 to 30.) The possible range for the final scores is the same for all four subscales and for the overall (total) score. Priscila Alencar Mendes Reis Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III ANEXO D: COMPUTER SYNTAX FOR SPSS-PC FOR CALCULATION OF SCORES QUALITY OF LIFE INDEX – SPINAL CORD INJURY III VERSION NOTE: Be sure that the items for each of the five scores listed in this SPSS-PC syntax correspond with the numbered items for the subscales and total scale for the version of the QLI that you are using. The variable “SAT1” in the syntax below is our name for the first item in the satisfaction section (Part 1 of the instrument). “SAT2” is the second satisfaction item, and so on. The variable “IMP1” in the syntax below is our name for the first item in the importance section (Part 2 of the instrument). “IMP2” is the second importance item, and so on. “QLI” is the total score, “HFSUB” is the health and functioning subscale score, “SOCSUB” is the social and economic subscale score, “PSPSUB” is the psychological/spiritual subscale score, and “FAMSUB” is the family subscale score. /***QLI Scoring Syntax for SPINAL CORD INJURY VERSION - III***/ COMPUTE AB1= (SAT1-3.5)*IMP1. COMPUTE AB2= (SAT2-3.5)*IMP2. COMPUTE AB3= (SAT3-3.5)*IMP3. COMPUTE AB4= (SAT4-3.5)*IMP4. COMPUTE AB5= (SAT5-3.5)*IMP5. COMPUTE AB6= (SAT6-3.5)*IMP6. COMPUTE AB7= (SAT7-3.5)*IMP7. COMPUTE AB8= (SAT8-3.5)*IMP8. COMPUTE AB9= (SAT9-3.5)*IMP9. COMPUTE AB10= (SAT10-3.5)*IMP10. COMPUTE AB11= (SAT11-3.5)*IMP11. COMPUTE AB12= (SAT12-3.5)*IMP12. COMPUTE AB13= (SAT13-3.5)*IMP13. COMPUTE AB14= (SAT14-3.5)*IMP14. COMPUTE AB15= (SAT15-3.5)*IMP15. COMPUTE AB16= (SAT16-3.5)*IMP16. COMPUTE AB17= (SAT17-3.5)*IMP17. COMPUTE AB18= (SAT18-3.5)*IMP18. COMPUTE AB19= (SAT19-3.5)*IMP19. COMPUTE AB20= (SAT20-3.5)*IMP20. COMPUTE AB21= (SAT21-3.5)*IMP21. COMPUTE AB22= (SAT22-3.5)*IMP22. COMPUTE AB23= (SAT23-3.5)*IMP23. COMPUTE AB24= (SAT24-3.5)*IMP24. COMPUTE AB25= (SAT25-3.5)*IMP25. Priscila Alencar Mendes Reis 135 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III COMPUTE AB26= (SAT26-3.5)*IMP26. COMPUTE AB27= (SAT27-3.5)*IMP27. COMPUTE AB28= (SAT28-3.5)*IMP28. COMPUTE AB29= (SAT29-3.5)*IMP29. COMPUTE AB30= (SAT30-3.5)*IMP30. COMPUTE AB31= (SAT31-3.5)*IMP31. COMPUTE AB32= (SAT32-3.5)*IMP32. COMPUTE AB33= (SAT33-3.5)*IMP33. COMPUTE AB34= (SAT34-3.5)*IMP34. COMPUTE AB35= (SAT35-3.5)*IMP35. COMPUTE AB36= (SAT36-3.5)*IMP36. COMPUTE AB37= (SAT37-3.5)*IMP37. COMPUTE QLI= MEAN.1(AB1, AB2, AB3, AB4, AB5, AB6, AB7, AB8, AB9, AB10, AB11, AB12, AB13, AB14, AB15, AB16, AB17, AB18, AB19, AB20, AB21, AB22, AB23, AB24, AB25, AB26, AB27, AB28, AB29, AB30, AB31, AB32, AB33, AB34, AB35, AB36, AB37)+15. COMPUTE HFSUBa= MEAN.1(AB1, AB2, AB3, AB4, AB5, AB6, AB7, AB8, AB9, AB14, AB20, AB21, AB22, AB29, AB30)+15. COMPUTE SOCSUBb= MEAN.1(AB17, AB19, AB23, AB24, AB25, AB26, AB27, AB28)+15. COMPUTE PSPSUBc= MEAN.1(AB31, AB32, AB33, AB34, AB35, AB36, AB37)+15. COMPUTE FAMSUBd= MEAN.1(AB10, AB11, AB12, AB13, AB15, AB16, AB18)+15. Priscila Alencar Mendes Reis 136 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III ANEXO A: PARECER DE APROVAÇÃO DO COMEPE Priscila Alencar Mendes Reis 137 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Priscila Alencar Mendes Reis 138 Adaptação Transcultural do Índice Quality of Life Index Spinal Cord Injury Version - III Priscila Alencar Mendes Reis 139