A EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NA MÍDIA ESCRITA DO DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Thieny Moltini1 Profª. Drª. Petra Sanchez Sanchez2 Apoio: PIVIC Mackenzie/Mackpesquisa Resumo O trabalho tem por objetivo analisar e refletir criticamente as notícias e reportagens relativas à temática ambiental veiculadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo no período de janeiro a julho de 2010. A proposta foi identificar o potencial educativo desse veículo no processo de sensibilização dos leitores a partir da discussão das matérias jornalísticas veiculadas nesse período, bem como elaborar um portfólio reunindo notícias e reportagens desse jornal, com o intuito de utilizá-las como recurso de aprendizagem com relação às questões ambientais. Os textos jornalísticos coletados foram codificados por data autor e categoria temática. A análise foi realizada para se vivenciar o contexto do tema abordado e como ele foi apresentado frente à realidade do cotidiano. Para o aprofundamento do tema levou-se em consideração autores da área ambiental. Foram pesquisadas trinta notícias, uma amostragem do conteúdo de 91(noventa e um) veiculadas durante os sete meses, que foram categorizadas em: gestão de resíduos; regulamentação; saúde ambiental; lazer e turismo; investimento tecnológico; balanço de iniciativas; educação ambiental; estudos e descobertas; estimativas – gestão energética; treinamento; iniciativa – campanhas e informativos. Após discussão pode-se perceber que as notícias analisadas apresentaram caráter apenas informativo, com pouco aprofundamento. Por outro lado, as matérias produzidas pelo Diário Oficial constituem-se em importantes fontes de informação que merecem a atenção de outras mídias (TV, rádio, revistas, jornais) e para os docentes no preparo de suas aulas. Palavras-chaves Educação Ambiental. Jornalismo. Sustentabilidade 1 Thieny Moltini, graduanda do 8º. Semestre do curso de Jornalismo, do Centro de Comunicação de Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie. [email protected] 2 Petra Sanchez Sanchez, Drª em Ciência pela Universidade de São Paulo. Professora Titular do Curso de PósGraduação em Educação, Arte e História da Cultura da Universidade Presbiteriana Mackenzie. [email protected] 1 1. Introdução Uma das características da pós-modernidade é a expansão do sistema de produção em massa para atender a demanda do consumo que, por sua vez, se transforma em lucro para a indústria produtora. Essa é a dinâmica do capitalismo no mundo. No entanto, historicamente, esse ciclo tem causado fortes marcas negativas no meio ambiente. As marcas são inúmeras, como, por exemplo, o aumento da temperatura global de 2ºC – 2,4ºC, que são devidos aos altos níveis de emissão de gases que provocam o efeito estufa - proveniente da combustão da gasolina, por exemplo -. Esse dado foi debatido durante a 17ª Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas - COP-17, que foi realizada nos meses de novembro e dezembro de 2011 em Durban, na África do Sul. No entanto, podemos pensar o desenvolvimento sustentável considerando-se como ensina SACHS (1995, p. 44), “[...] o social no comando, o ecológico enquanto restrição assumida e o econômico recolocado em seu papel instrumental” e ainda levar em conta a relação entre o econômico e o ecológico, lembrando que o resultado dessa relação tem sido nulo: [...] o debate sobre desenvolvimento e meio ambiente concentra-se essencialmente nas situações características de um jogo com resultado nulo. Não foram suficientemente exploradas, ao longo do caminho, as situações duplamente ganhadoras, as quais, no entanto, existem e poderiam ter sido multiplicadas, se os esforços de busca de uma solução tivessem ido nesse sentido. (SACHS, 1995, p. 44). Porém, para que os ensinamentos de Sachs produzam resultados positivos é necessário um trabalho de educação não só direcionada ao mundo corporativo, mas também para toda população. E é nesse processo educativo que a comunicação se faz presente a fim de cumprir seu papel cívico de conscientizar e não só informar. Schaun (2001, p. 4), pesquisadora da área de Comunicação e Meio Ambiente, confirma a necessidade dessa presença. Para a autora, os profissionais da comunicação devem, não só formar, como sensibilizar a opinião pública e as esferas de poder, visando à discussão ampla dos temas relacionados com o meio ambiente em geral e com a ecologia em particular. As grandes transformações que estão ocorrendo no mundo do trabalho devido ao avanço tecnológico e globalização, estão favorecendo vários espaços virtuais e na mídia escrita e verbal, possibilitando aos jornalistas, informar a sociedade sobre as questões ambientais de interesse coletivo e cooperativo. Essa constatação nos leva a acreditar que os meios de comunicação podem contribuir para que questões relacionadas à educação ambiental possam atingir todas as camadas sociais e incentivar ações para minimizar os impactos e riscos ao meio ambiente (entendido como sociedade, economia e meio ambiente). Sob o ponto de vista da Educação Ambiental convém citar Coelho Filho, que diz: “Em atividades de Educação Ambiental, os fatos e reportagens oferecidos pela mídia são uma das principais fontes de consulta para a preparação de uma aula ou exposição” (COELHO FILHO, 2002, p. 81) Assim, o educador espera uma versão do assunto que se aproxima da realidade (real) e não aquela forjada pelas versões do jornalista de acordo com os interesses do jornal. Desta forma é muito importante informar-se sobre a credibilidade do jornal, ou da mídia, quanto as informações científicas e técnicas que veicula. No que diz respeito, necessariamente ao conteúdo, podemos considerar o “Encontro Internacional de Imprensa, Meio Ambiente e Desenvolvimento – Green Press”, realizado em Belo Horizonte, que potencializou, segundo Luft (2003), antigas propostas de jornalistas, especialistas em meio ambiente e a sociedade. Como um dos resultados desse encontro, temos a “Carta de Belo Horizonte”, que trouxe recomendações para o estreitamento das relações entre as empresas jornalísticas e os setores ambientais, dentre elas: 1. Produzir informações que permitam ao público obter um retrato claro, preciso, objetivo e não fragmentado sobre as questões ambientais; 2. Informar sobre opções de desenvolvimento que promovam o acesso da população a uma melhor qualidade de vida sem causar danos ao meio ambiente; 3. Expressar a pluralidade de pontos de vista sobre os assuntos de meio ambiente e de desenvolvimento; 4. Contribuir para a criação de sistemas de cooperação internacionais visando permitir o acesso dos países em desenvolvimentos às tecnologias de informação, para proteção do meio ambiente e a promoção do desenvolvimento; 5. Incentivar a organização de uma Vigília Internacional para acompanhar o cumprimento dos compromissos pelos governos em níveis nacionais, tratados em convenções internacionais sobre projetos sustentáveis. (LUFT, 2003, p. 53). De acordo com Lima, cada vez mais, a comunidade reclama a presença e a ação do jornalista no centro do diálogo, como informante e intérprete, entre poder e povo, dirigentes e dirigidos, produtores e consumidores, cientistas e leigos e também entre educadores e educandos (LIMA, 2002, p. 77). 3 Tendo em vista esse cenário propõe-se como problema de pesquisa: Como o jornal impresso auxilia na educação ambiental em seu aspecto socioambiental? Parte-se do ponto de que, para que haja educação é preciso comunicação, como explica Santos ao referir-se à aprendizagem: Na prática, a passagem de saberes e informações, fundamentados ou não na tarefa de ensinar, só se concretizam quando estes são comunicados. Por sua vez, a comunicação engloba os conceitos de emissão e recepção da informação que está sendo veiculada. A aprendizagem só acontece quando existe a recepção da mensagem e seu posterior aproveitamento e incorporação ao universo conceitual e/ou comportamental do indivíduo. (SANTOS, 2005, p. 437) E continua dizendo o referido autor, “uma mídia mal utilizada põe em terra qualquer planejamento” e mais importante que o veículo em si é a forma como é utilizado. (SANTOS, 2005, p. 447). Fortalecendo esse ponto, ainda com base no mesmo pesquisador, fica evidente a necessidade de se estudar o papel das mídias na educação ambiental, que pressupõe, como visto anteriormente, a comunicação, uma vez que as mídias são “as ferramentas utilizadas para facilitar a comunicação nas atividades educativas e a sua correta utilização fortalece as estratégias educacionais e maximiza o potencial para resultados positivos.” (SANTOS, 2005, p. 443;444). Outro fator a ser considerado, segundo o mesmo autor, é a importância da escolha das pautas jornalísticas, cujos temas devem ser noticiados com características interdisciplinares, já que a amplitude de sentidos ao meio ambiente pelas empresas de comunicação é um fator decisivo para se formar uma “consciência coletiva”, “mesmo que os resultados só cheguem em longo prazo” (LUFT, 2005, p. 45). Pelas justificativas aqui expostas, o presente trabalho teve por objetivo: 1) Analisar e refletir criticamente acerca das notícias relativas à temática ambiental veiculadas pelo Diário Oficial do Estado de São Paulo, como forma de contribuir com subidos para que a mídia cumpra sua função socioeducadora na sensibilização ambiental. 2) Elaborar um portfólio, reunindo notícias e reportagens desse jornal, com o intuito de utilizá-lo como recurso de aprendizagem, e evidenciar o contexto do tema abordado quanto a realidade do cotidiano. 2. Referencial teórico A partir da retrospectiva histórica, é possível avaliar a gravidade da questão ambiental e salientar alguns momentos que “marcaram a trajetória da cultura ocidental em sua relação com o meio ambiente natural e constituído”, conforme Gustavo Ferreira da Costa Lima cita: (2008, p. 110) e explica mais detalhadamente: Destacam-se, nessa retrospectiva histórica, a Revolução Industrial, inspirada na ideologia do Progresso, com seus desdobramentos, a Empresa Neocolonial, que alimentou o projeto expansionista das nações industriais e as duas grandes guerras mundiais [...] (LIMA, 2008, p. 110) Ele vai além e aponta ainda o marco mais alto, no contexto histórico, da crise, a partir das décadas de 60 e 70 do século XX, quando: [...] tornaram mais evidentes e generalizados os sinais de uma crise socioambiental de amplas proporções e dotada de novas características. Trata-se, em primeiro lugar de uma crise global que incorpora e atinge, embora de maneira desigual, todos os continentes, sociedades e ecossistemas planetários, ressignificando fronteiras geográficas, políticas e sociais. (LIMA 2008, p. 110;111). Como reafirma Loureiro (2008, p. 76 e 78), a globalização que estamos vivendo hoje é um fenômeno contraditório tipicamente moderno. “Por um lado, é a expressão do desenvolvimento do capitalismo sem fronteiras (capitalismo financeiro e transnacional) que acentua as desigualdades” causando o comprometimento da qualidade de vida e da saúde ambiental. Assim, compreende-se que o processo pelo qual o sistema capitalista se firmou como predominante e ideal, a partir de determinado momento, que previa crescimento absoluto em todos os sentidos, não levou em consideração as limitações do entorno no qual se estabelecia e os limites dos recursos naturais não reversíveis. Segundo Martins (2004, p. 111): “A sociedade atual é insustentável tanto para o planeta em que habitamos como para a maioria da sua população”. É com vista nessa crise que se faz necessária a implementação de um processo de Educação Ambiental, já que também através dela é que se torna possível conscientizar sobre as questões ambientais e seus problemas: A Educação Ambiental é uma práxis educativa e social que tem por finalidade a construção de valores, conceitos, habilidades e atitudes que possibilitem o entendimento da realidade de vida e a atuação lúcida e responsável de atores sociais individuais e coletivos no ambiente. Nesse sentido, contribui para a tentativa de implementação de um padrão civilizacional e societário distinto do vigente, pautado 5 numa nova ética da relação sociedade-natureza. Dessa forma, para a real transformação do quadro de crise estrutural e conjuntural em que vivemos, a Educação Ambiental, por definição, é elemento estratégico na formação de ampla consciência crítica das relações sociais e de produção que situam a inserção humana na natureza (LOUREIRO, 2000 apud LOUREIRO, 2008, p. 69) E é nesse ponto de caráter educativo que o jornalismo faz-se parte essencial. Como explicam GOSUEN, GRACE, ARAUJO e OLIVEIRA (2007, p. 47) explicam o aumento dos problemas ambientais, que causa a diminuição da qualidade de vida, eles justificam a necessidade de uma ação imediata e permanente da Educação Ambiental. Nesse contexto, dada a importância dos meios de comunicação, decidiu-se aliar seus recursos ao processo educacional para estimular o jovem a adquirir e/ou resgatar a consciente crítica em relação à questão ambiental e abrir espaço para que todos os segmentos da sociedade possam participar de tal discussão. (GOSUEL; GRACE; ARAUJO; OLIVEIRA, 2007, p. 47) Dessa forma, passa a existir a necessidade de resultados mais rápidos que tenha como efeito a mudança de hábitos e valore, com o intuito de melhores condições vitais nas cidades rumo a sustentabilidade. Nesse processo, existe a procura por meios mais estimulantes, com formatos diferentes de informação, “mais eficiente, com uma linguagem acessível, mais rápido, interativo” e foi essa exigência que levou aos MCM (Meios de Comunicação de Massa), “que não foram criados com o objetivo de educar, mas que possuem recursos que podem contribuir muito com a educação”. (GOSUEL; GRACE; ARAUJO; OLIVEIRA, 2007, p. 47) Deve-se também levar em consideração o papel do jornalista, e do jornalismo, como integrante de um processo de cidadania no contexto da Educação como explica Brügger (2008, p. 150), “a informação é hoje cada vez mais crucial. Santos (1994 :54) afirma que „os fluxos de informação são responsáveis pelas novas hierarquias e polarizações e substituem os fluxos de matéria como organizadores dos sistemas urbanos e da dinâmica espacial.‟” Quanto a questão da abordagem do jornalismo a respeito da temática ambiental, Friedman (apud BRÜGGER 2008, p. 156) aponta que, mesmo que se tenha certeza do aumento tanto no número de repórteres, quanto na quantidade de páginas e de tempo no ar sobre a questão ambiental nos anos 80, do século XX, é verdade também que nos anos 90, desse mesmo século, essa crise ambiental não mudou muito a sua abordagem se comparada aos anos 1970, ou seja, “a quantidade aumentou, mas a qualidade não: a maior parte das coberturas jornalísticas sobre o meio ambiente apresenta os mesmo problemas de vinte anos atrás” (FRIEDMAN apud BRÜGGER 2008, p. 156). Dessa forma, verifica-se a necessidade de análise do conteúdo editorial do objeto selecionado, a fim de se identificar pontos como os acima citados. Importante ressaltar também a participação da mídia no processo lucrativo do sistema de mercado no qual estamos inseridos, já que é parte de extrema importância nesse processo. Paula Brügger (2008, p. 159; 160) cita um estudo de Edward (1998) para ressaltar essa questão. Como reproduzido, nas palavras dele: [...] o sistema da mídia é composto de negócios lucrativos, fica claro que ela obtém dinheiro de um componente crucial: a publicidade. [...] E são obviamente as grandes corporações ativas no meio ambiente e no Terceiro Mundo as que mais anunciam. As grandes corporações também juntam-se para formar blocos chamados flash machines, com grande influência na mídia e na política. Tais flash machines e outras corporações tradicionalistas os EUA estão minando o trabalho de educação ambiental de linhas mais crítica e ameaçando inclusive o emprego de professores. O argumento de tal contudo é que tais linhas são totalmente contrárias à indústria; [...] (EDWARD 1998 apud BRÜGGER 2008, p. 156; 160) Com base nesse “alerta”, é possível afirmar que, ainda de acordo com Brügger, a mídia influencia significantemente na construção dos conceitos de meio ambiente e de um melhor entendimento da natureza, com grande repercussão nas relações dos homens entre si. A importância dos meios de comunicação na educação ambiental fica ainda mais clara ao se analisar um caso específico, como o trabalho de Ramos (1996, p.14 apud BRÜGGER, 2008, p. 160) a propósito da cobertura dada pela imprensa à Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - ECO-92. Ramos justifica seu trabalho da seguinte forma: “considerando-se que os jornais e a televisão são a principal fonte de informação para expressiva camada da população, o papel desses veículos revela-se decisivo nos processos de formação de opinião sobre a problemática ambiental”. ( RAMOS 1996, p.14 apud BRÜGGER, 2008, p. 160) Ainda tendo em vista o exemplo acima citado, para Paula Brügger (2008, p. 160;161), Ramos mostra a existência de um sistema que contribuiu para a consolidação de uma percepção fragmentada e parcial da problemática ambiental. E mais, não só fragmentada, como também mostra a alta regularidade com que o tema ambiental é veiculado, sendo que alguns assuntos e fontes de informação são ais destacadas que outras: 7 [...] ao longo da pesquisa, quase a metade do material selecionado nos jornais impressos era composta por matérias nas quais a problemática ambiental fora citada de forma superficial; 60% das matérias continham informações provenientes de fontes governamentais; o autor detectou ainda a presença de interesses econômicos, com grande destaque para os chamados negócios com produtos de caráter “ecológico”. Problemas locais graves também foram negligenciados, recebendo maior destaque as questões globais (RAMOS, 1996: 148-150 apud BRÜGGER, 2008, p. 160; 161). Levando-se em conta esses aspectos, é evidente a importância e a relevância dos meios de comunicação no papel educador da população. Como confirmam GOSUEN, GRACE, ARAÚJO e OLIVEIRA (2007, p. 45; 51), “os meios de comunicação de massa, então, possuem um papel importante no processo educacional com a função de estimular e abrir espaço para que todos tenham possibilidade de participar”. Sendo assim, os meios de comunicação constituem-se em um “grande elemento de pressão junto à opinião pública, por meio da informação real e do relato de todo o tipo de ação organizacional que possa reverter em prejuízo à qualidade de vida”. Deve-se ressaltar que atualmente, na medida em que os meios de comunicação de massa ficaram mais disponíveis para um número cada vez maior de pessoas, a sociedade está sendo mais informada e envolvida com as questões ambientais, “a capacidade dos MCM [Meios de Comunicação de Massa] de produzir, reproduzir e distribuir rapidamente textos, sons e imagens faz surgir uma sociedade mais consciente e informada sobre ideias, acontecimentos e experiências antes de difícil acesso”. (GOSUEN, GRACE, ARAÚJO e OLIVEIRA, 2007, p. 45; 51). Nesse sentido, os meios de comunicação aliando-se à Educação Ambiental podem atuar como instrumento de transformação social; precisa atingir amplamente a sociedade, visando uma participação coletiva. Dessa forma, com certeza, conseguirá obter resultados significativos, uma vez que os meios de comunicação como um dos responsáveis pela sociedade devem ser capazes de utilizar seus recursos para diminuir as desigualdades e a degradação ambiental. 3. Metodologia A importância do tema gira em torno da educação como processo de conscientização quanto às questões ambientais. Tendo em vista essa importância foi estabelecido como método mais propício, para abordar a complexidade do assunto, a análise pragmática da narrativa jornalística. Então, foram estudados não só os temas abordados, como também toda a sua estratégia narrativa, as entrelinhas do processo comunicativo. Isso porque os discursos narrativos midiáticos, segundo MOTTA (2010, p. 143), “se constroem através de estratégias comunicativas (atitudes organizadoras do discurso) e recorrem a operações e opções (modos) linguísticas e extralinguísticas para realizar certar intenções e objetivos”. Assim, [...] a comunicação narrativa pressupões uma estratégia textual que interfere na organização do discurso e que o estrutura na forma de sequências encadeadas. Pressupõe também uma retórica que realiza a finalidade desejada. Implica a competência e a utilização de recursos, códigos, articulações sintáticas e pragmáticas: o narrador investe na organização narrativa do seu discurso e solicita uma determinada interpretação por parte do seu destinatário (MOTTA, 2010, p. 145). Para a análise do contexto do tema e o seu aprofundamento foi utilizado o método de pesquisa qualitativa, a qual, de acordo com THIOLLENT (1994) é abrangente o suficiente para englobar as múltiplas variantes da temática ambiental. Inicialmente foi realizado o levantamento de notícias e reportagens veiculadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo no período de janeiro a julho de 2010 referentes a temas ambientais. No referido período foram publicadas 91 (noventa e uma) notícias e reportagens, no entanto, para viabilizar a análise mais aprofundada foram selecionadas apenas trinta. Para se chegar a esse número, foram priorizadas na seleção todas as matérias que tiveram destaque na primeira página do veículo e aquelas que eram assinadas por jornalista. Dessa seleção inicial chegou-se em 48 (quarenta e oito) notícias. Em seguida, numa sequencia cronológica, foi realizado um sorteio para excluir dezoito e chegar ao número pretendido. As matérias jornalísticas foram coletadas, codificados por título, autor e categoria temática e analisados a partir do aprofundamento do tema com base em referencial teórico já citado. Foi elaborado também o portfólio com as notícias que foram selecionadas, para a redação do trabalho. 4. Resultados obtidos A categorização das 30 (trinta) notícias selecionadas para análise no período de janeiro a julho de 2010 apresentou as seguintes temáticas, e suas respectivas porcentagens de matérias: gestão de resíduos (6,6%), regulamentação (3,3%), saúde ambiental (6,6%), lazer e turismo (13,3%), investimento tecnológico (6,6%), balanço de iniciativas (6,6%), educação 9 ambiental (10%), estudos e descobertas (6,6%), estimativas - gestão energética (3,3%), treinamento (3,3%), iniciativa – campanhas (3,3%) e informativos (30%). A categoria temática classificada como “informativos” foi subdividida em: audiência pública (11,1%), legislação (11,1%), eventos (22,2%), compensação ambiental (11,1%), investimento (11,1%), linha de crédito (11,1%), iniciativa (22,2%). Para exemplificar, como parte do trabalho realizado, citaremos apenas sete notícias e reportagens veiculadas no período, sendo assim identificadas pelo título, autor e data. Essas sete foram escolhidas pois mostram conteúdo de todos os meses de análise (janeiro a julho de 2010), uma vez que fevereiro e julho só tiveram um dia com matérias com temática ambiental publicadas. As análises e comentários, que constam no presente trabalho, oferecem uma análise crítica de sua leitura, com base no nosso posicionamento e opinião, além de autores especificados, conforme citados no referencial teórico. As notícias a serem apresentadas são: “CCE da USP inaugura centro pioneiro para a reciclagem de lixo eletrônico”; “Estado investe R$ 4,7 mi na criação do Parque Tecnológico de Botucatu”; “Professores aprendem a aplicar agendas ambientais em aula”; Moradores da Vila Brasilândia vão ganhar espaço educativo e de lazer”; “Cetesb capacita técnicos de 11 países para atuar em situação de risco ambiental”; “Planeta Inseto apresenta curiosidades da biodiversidade no Instituto Biológico” e “Parque do Morro do Diabo é opção de área ecológica no oeste paulista”. A notícia intitulada “CCE da USP inaugura centro pioneiro para a reciclagem de lixo eletrônico”, feita por Simone de Marco, da Agência Imprensa Oficial, veiculada no dia 6 de janeiro de 2010, trazia como temática a “gestão de resíduos” e tratava sobre a iniciativa da Universidade de São Paulo que visa a correta destinação de materiais eletroeletrônicos, como drives, monitores, PCs e teclados, por exemplo. Ao analisar os contextos dos fatos, pôde-se notar que, a partir dos estudos e investimentos, com os quais o Centro de Computação Eletrônica da USP (CCE-USP) inaugurou, na Cidade Universitária, o Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática (Cedir), a iniciativa foi um exemplo no que diz respeito às questões do solo. Como explicam TENÓRIO e ESPINOLA (2004 p. 174; 175) a coleta dos resíduos sólidos é a primeira fase física da gestão de resíduos, que tem em si a preocupação desde o seu manejo até seu gerenciamento, sendo o primeiro o “conjunto de atividades envolvidas com os resíduos sólidos, sob o aspecto operacional”, como coleta, transporte, acondicionamento, tratamento e disposição final. Já o segundo trata tanto do manejo quanto dos aspectos ligados ao planejamento, “à fiscalização e regulamentação”. Tendo em vista a realização da iniciativa (apresentada acima) no ano de 2010, pode-se perceber certo pioneirismo até mesmo quanto à questão dos resíduos sólidos de informática, uma vez que, somente em agosto daquele ano foi promulgada a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). De acordo com o Art. 1º da Lei Nº 12305 “institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, inclusos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis”. Na matéria publicada no dia 27 de fevereiro de 2010, com o título de: “Estado investe R$ 4,7 mi na criação do Parque Tecnológico de Botucatu”, produzida pela Agência Imprensa Oficial e a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Desenvolvimento, teve a temática do “investimento tecnológico”, falava sobre a Secretaria de Desenvolvimento do Estado e a Prefeitura e Botucatu que firmaram parceria em prol da construção das instalações do parque tecnológico da cidade. A iniciativa previa a área de bioprocessos (procedimento que faz uso de componentes de organismos vivos) para a realização de medicamentos e tecnologia sustentável. Se a criação do Parque Tecnológico teve o objetivo de incentivar o desenvolvimento socioeconômico da região, é possível identificar dois pontos essenciais do desenvolvimento sustentável: a promoção da saúde pública e a questão social no desenvolvimento. Esse novo entendimento é reforçado na opinião de PELICIONI (2005, p. 417) quando afirma que as questões ambientais e de saúde pública não podem ser tratadas separadamente, mas em simultaneamente e de maneira integrada, uma vez que “desenvolvimento implica melhoria da qualidade de vida e da saúde e, ao mesmo tempo, envolve a conservação, a proteção e a sustentabilidade ambiental”. Assim, “a proteção do meio ambiente e a conservação de recursos naturais são responsabilidade globais e devem fazer parte de qualquer estratégia de promoção da saúde”. Outro aspecto a ser destacado é o seu valor socioeconômico. Destacamos a sinergia entre seus objetivos e os pontos indicados por CALDERONI (2005 p. 571) que explica a importância entre a dimensão econômica e as questões ambientais que, de acordo com o 11 autor, é “essencial para a formulação de diretrizes de atuação do governo, das empresas e dos cidadãos para a própria compreensão dos fatos e das relações sociais, culturais e políticas”. Dessa forma, vemos que a iniciativa está de acordo com as necessidades de revisão do sistema adotado pelo atual modelo de crescimento econômico. Na matéria publicada no dia 2 de março de 2010, intitulada: “Professores aprendem a aplicar agendas ambientais em aula”, escrita por Claudeci Martins, da Agência Imprensa Oficial, trabalha-se a temática da “educação ambiental”. A notícia mostra os investimentos do governo estadual na Educação Ambiental, com a capacitação de professores para que estes soubessem repassar de maneira satisfatória seus conhecimentos às crianças de 8 a 10 anos em sala de aula, pelo Programa Criança Ecológica. O curso, como descrito na matéria, tinha aspecto lúdico e facilitava a compreensão dos profissionais. Nesse ponto, nos reportamos a Paulo Freire (apud PELICIONI 2004 p. 459) que diz que não se aprende sozinho, não se educa e nem se conscientiza ninguém, a educação é uma “adesão voluntária” que “depende de quem a incorpora e não de quem a propõe”. A educação é a possibilidade do acesso a diferentes conteúdos, “permitindo recolher, selecionar, ordenar gerir e utilizá-los bem como atualizar os conhecimentos sempre que necessário” (PELICIONI, 2004 p. 460). Para Edgar Morin (apud PELICIONI, 2004 p. 461; 462) a educação tem um papel interdisciplinar cujo objetivo é contribuir para a tomada de consciência de nossa Terra-Pátria e permitir que essa consciência se traduza em vontade de realizar a cidadania humana. No que diz respeito às questões legais, o referido programa seguiu as recomendações da Política Nacional de Educação Ambiental Brasileira, Lei n. 9.795, aprovada em 1999 e regulamentada em 2002. Assim, a medida é fundamental para que se mude a consciência e se dê base para que mudanças de atitudes e prioridades sejam realizadas. Como explica PELICIONI (2004 p. 462; 463) o educador tem papel fundamental nesse processo, pois cabe a ele “criar condições para que a educação ambiental seja incorporada côo filosofia de vida e se expressar por meio de uma ação transformadora”. Nesse sentido, faz-se essencial a capacitação desse profissional já que é de obrigação do docente em Educação Ambiental conhecer e compreender a história da educação, e os pensamentos pedagógicos aí gerados. Espera-se que o educador seja “capaz de escolher as melhores estratégias educativas para atuar sobre os problemas socioambientais e, com a participação popular, tente resolvê-los” (PELICIONI, 2004, p. 463). A notícia publicada em 10 de abril de 2010, “Moradores da Vila Brasilândia vão ganhar espaço educativo e de lazer”, escrita por Roseane Barreiro, da Agência Imprensa Oficial, também tratava da temática “educação ambiental”. No caso, foi apresentado projeto que tinha por objetivo a melhoria das condições de vida de uma comunidade carente com base em aulas, atividades, prática de esportes e lazer. A iniciativa foi realizada em parceria com alguns grupos de interesses nacionais, governamentais e privados. O ponto fundamental desse projeto, que merece destaque, é o modelo de sua construção: sustentável, com aquecimento natural e reuso de água, por exemplo. Como expõe OSEKI e PELLEGRINO (2005 p. 501) esta união entre lazer e educação é imprescindível: “Precisa-se ter em mente a possibilidade de criação de um ambiente que enriqueça a vida cultural, redefina a ligação com a natureza e represente um outro modo de conceber os espaços livres, como um processo de socialização de espaços naturais e de (re)naturação dos espaços sociais”. No que tange a função social da iniciativa, de acordo com os mesmos autores, esta é extremamente forte e presente na utilização correta dos espaços urbanos. Uma vez que temos o desenvolvimento das cidades, “os espaços livres (públicos e privados) devem ser (re)desenhados para atender demandas emergentes”, exemplo dessa demanda seria, entre outros intuitos, a necessidade de “espaços que possam amenizar as tensões inerentes à vida em grandes aglomerações” (OSEKI; PELLEGRINO, 2005 p. 519), ou seja, iniciativas como essa minimizam impactos negativos, tanto físicos, quanto psicológicos, que o convivo nas grandes cidades, por exemplo, pode vir a causar, como ansiedade e nervosismo. Dos exemplos de implementação sustentável citados no texto, o reúso da água tem sido extremamente impulsionado em todo o mundo. De acordo com BASSOI e GUAZELLI (2005 p.79) a “crescente dificuldade de atendimento a uma demanda cada vez maior de água para abastecimento público doméstico e da escassez cada vez maior de mananciais próximos ou de qualidade adequada de abastecimento após o tratamento convencional da água”. Produzida por Anderson Moriel Mattos, da Agência Imprensa Oficial, a notícia veiculada em 6 de maio de 2010, foi intitulada: “Cetesb capacita técnicos de 11 países para atuar em situação de risco ambiental”. Sob a temática de “treinamento” tratou-se do projeto que tinha como meta a educação e aperfeiçoamento de profissionais para situações de emergências com produtos tóxicos e resíduos químicos a partir do Curso Internacional para Atendimento a Emergências com Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs). 13 O trabalho merece reconhecimento, uma vez que tinha como base a preparação de colaboradores para o auxílio de civis em situações de emergências, tais como em explosões de produtos químicos em áreas de plantação. Outro ponto interessante foi que o evento reuniu pessoas de várias partes da América do Sul, possibilitando a troca de experiências e promovendo a discussão e o aprendizagem sobre esses assuntos. Mais a frente, ao tratar dos procedimentos e a capacitação de profissionais para prevenção de situações de risco, pode-se considerar o conceito da Higiene Ocupacional, trabalhada por Frank Patty, em 1948, nos Estados Unidos. A ideia do termo é definida como “a ciência que visa antecipar e reconhecer situações potencialmente perigosas e aplicar medidas de controle de engenharia antes que agressões sérias à saúde do trabalhador sejam observadas” (PATTY apud COLACIOPPO, 2005 p. 262). Em 1º de junho de 2010, a notícia publicada sob o título: “Planeta Inseto apresenta curiosidades da biodiversidade no Instituto Biológico”, mais uma vez abordou a temática da “educação ambiental”, escrita novamente por Simone de Marco, da Agência Imprensa Oficial. Nesse caso, a matéria selecionada noticiou a atração do Planeta Inseto: Biodiversidade, no Instituto Biológico (IB), cujo objetivo era apresentar, de forma lúdica, ao público em geral, aspectos do universo. O 2010 foi instituído, pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o Ano Internacional da Biodiversidade. A iniciativa é essencial para que a população possa interar-se das questões ambientais, construindo assim a cidadania e a melhoria da qualidade de vida. No entanto o fato de ser um programa pontual faz com que esse tipo de iniciativa não seja abrangente. Como deixa bem claro TOLEDO e PELICIONI, essas atividades devem ser permanentes, enfatizando sempre “aspectos econômicos, sociais, políticos, culturais e éticos, abrindo espaço para a geração de novos valores de respeito aos seres humano e à vida” (2005, p. 753). No dia 1º de julho de 2010, intitulada “Parque do Morro do Diabo é opção de área ecológica no oeste paulista”, a notícia escrita por Paulo Henrique Andrade, da Agência Imprensa Oficial, tratou da temática de “lazer e turismo”. Foi possível notar seu caráter instrutivo do turismo em seu aspecto de sustentabilidade e a abordagem das Unidades de Conservação. O Parque Estadual do Morro do Diabo (PEMD), no município de Teodoro Sampaio, Pontal do Paranapanema é especificamente uma unidade de conservação, administrada pela Fundação Florestal, órgão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Segundo a Lei Federal Brasileira n. 9.985, de 18 de julho de 2000, define as unidades como: tanto seu espaço territorial, quanto seus recursos naturais ambientais, “incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção” (Brasil, 2000 apud TOLEDO; PELICIONI, 2005, p. 749). A implementação dessas unidades é fundamental para o desenvolvimento de programas de educação ambiental, mesmo em seu aspecto turístico, já que não se deve afastar o homem do ambiente, mas sempre procurar aproximá-lo da natureza. É o que mostra TOLEDO e PELICIONI: “Isso [sua exclusão] de nada adiantaria para compreender e enfrentar os inúmeros problemas relacionados ao meio ambiente do qual o homem, de qualquer maneira, faz parte” (2005, p. 750). Tratando da educação em si, podemos novamente referir-nos às autoras acima citadas. O trabalho educativo permeia a interdisciplinaridade, podendo ser tratado no conjunto de variados contextos. “Entre eles, destacam-se as atividades realizadas em áreas que permitem um contato direto com a natureza, como o estudo do meio, trilhas interpretativas e o ecoturismo” (TOLEDO; PELICIONI, 2005, p. 753). Incentivos como esses são importante, entre outros motivos, pois enriquecem a experiência do visitante, promovem sua conscientização sobre seu lugar no ambiente, ao mesmo tempo em que ampliam sua visão para além dos muros das áreas protegidas, ajudando, assim, na promoção da região como ponto turístico, o que é essencial para a economia local. 5. Conclusão Foram analisadas e discutidas 30 (trinta) notícias veiculadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo, relativas às questões ambientais e socioambientais. Foi possível verificar que o governo estadual divulga suas ações ambientais por meio de notícias e reportagens publicadas no veículo, uma vez que são fatores de grande importância para a gestão ambiental e a educação ambiental. Todavia, ao analisar os contextos de suas iniciativas é verifica-se que o Estado está preocupado em promover e incentivar atitudes positivas que fazem parte de seu compromisso com a sociedade. Por outro lado, as notícias constituem-se 15 em importantes fontes que podem alimentar outras mídias com conteúdo de relevância à comunidade, uma vez que os meios de comunicação são também formadores de opinião. Concluindo, citamos ASSADOURIAN (2010, p. 161), “a mídia pode ser altamente eficaz para moldar as culturas, mostrando como as pessoas vivem, transmitindo normas sociais servindo de modelo de comportamento, agindo como veículo de marketing e distribuindo notícias e informação”. Referências ALMEIDA, Fernando. Os desafios da sustentabilidade – Uma ruptura urgente. 5ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. ASSADOURIAN, Erik. O Estado do Mundo: Transformando Culturas. Do Consumismo à Sustentabilidade. The World Watch Institute. Salvador: UMA; 2010. Biodiversidade. Nova pesquisa aponta declínio na população de borboletas do Reino Unido. EcoDesenvolvimento. São Paulo, 7 dez. 2011. Disponível em < http://www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2011/dezembro/nova-pesquisa-aponta-decliniona-populacao-de>. Acesso em: 7 dez. 2011. BASSOI, Lineu José; GUAZELLI, Milo Ricardo. Controle Ambiental de Água. In: Curso de Gestão Ambiental. 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