Em Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Financiamento FINEP – FNDTC/NEPP/Regiões Metropolitanas Estudos Regionais Pólo Econômico de São José do Rio Preto Organizadores: Claudio Dedecca, Lilia Montali, Rosana Baeninger Março/2009 FINEP/NEPP/NEPO/IE UNICAMP Pólo Econômico de São José do Rio Preto Pólo Econômico de São José do Rio Preto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP SUMÁRIO APRESENTAÇÃO........................................................................................................................ 5 CAPÍTULO 1 – ECONOMIA E MERCADO DE TRABALHO .................................................................. 7 Claudio Dedecca CAPÍTULO 2 – DINÂMICA DEMOGRÁFICA ................................................................................... 23 Rosana Baeninger e Claudia Gomes de Siqueira Introdução ......................................................................................................................... 23 Evolução da População..................................................................................................... 25 Tendência do crescimento da população .......................................................................... 33 Movimentos Migratórios Inter e Intra-regional.................................................................... 45 Estrutura Etária da População........................................................................................... 58 Referências Bibliográficas ................................................................................................. 67 ANEXO I - Municípios da Região de Governo de São José do Rio Preto .......................... 67 CAPÍTULO 3 – A QUESTÃO SOCIAL NO PÓLO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ................................. 69 Lilia Montali, Eugenia Troncoso Leone e Stella B. Silva Telles 1. Renda, Pobreza e Desigualdade no Pólo Regional de São José do Rio Preto.............. 69 2. Mudanças no domicílio, na inserção domiciliar no mercado de trabalho e as políticas sociais ............................................................................................................................... 77 2.1. Mudanças nos arranjos domiciliares: configurações e tamanho ............................. 79 2.2. Mudanças nos arranjos domiciliares de inserção no mercado de trabalho e na provisão dos domicílios. ................................................................................................ 92 2.3. Arranjos domiciliares mais suscetíveis ao empobrecimento ................................. 104 2.4. A mulher e a renda dos domicílios: 1991-2000 ..................................................... 120 3. Políticas Sociais no Pólo Regional de São José do Rio Preto ..................................... 130 3.1. Os programas de transferência de renda no Pólo Regional de São José do Rio Preto - Mapeamento e Acesso .................................................................................... 131 3.2. Educação Básica Pólo Regional de São José do Rio Preto.................................. 140 3.3. Atenção Básica à Saúde e Acesso às Ações e Serviços de Saúde ...................... 140 Referências Bibliográficas ............................................................................................... 140 Pólo Econômico de São José do Rio Preto 3 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Pólo Econômico de São José do Rio Preto 4 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Apresentação Nesses últimos 20 anos, a dinâmica socioeconômica paulista não mais se associa a dualidade região metropolitana – interior prevalecente até os anos 70. Novas regiões metropolitanas se consolidaram, outras se encontram em processo de formação e pólos regionais com algum grau de integração econômica vêm sendo constituídos. Essa nova configuração impõe tanto um melhor conhecimento da dinâmica espacial como a construção de instrumentos de política pública adequados da estrutura socioeconômica do Estado de São Paulo. A implantação de bases industriais em diversas regiões do interior do Estado e o revigoramento da atividade agrícola, nestes quase 30 anos, induziram um processo de transformação substantiva da configuração econômica e social do interior do Estado, que tem resultado em progressiva metropolização, bem como na constituição de diversos pólos econômicos com alguma integração e especialização no espaço local. Os desequilíbrios sociais hoje presentes no Estado exigem a construção de um diagnóstico mais integrado de sua diversidade regional, que apóie adequadamente a elaboração de políticas públicas mais consistentes para o desenvolvimento econômico e social paulista. Este projeto tem o propósito de produzir um mapa da dinâmica socioeconômica do Estado com foco nas regiões metropolitanas e em alguns pólos econômicos, que possibilite acesso estruturado e rápido à informação básica para a elaboração e implementação das políticas públicas para o desenvolvimento estadual. Três eixos temáticos são adotados na análise e no sistema informação produzidos: i. economia e trabalho, ii. dinâmica demográfica; e iii. proteção social. Os dois primeiros eixos articulam as dinâmicas econômica, social e demográfica. O último congrega, no âmbito das políticas públicas, o acesso dos segmentos específicos da população, a disponibilidade de equipamentos e de serviços pelos órgãos competentes e o perfil das recentes políticas de transferência de renda. Em suma, este projeto espera contribuir para a compreensão da complexidade econômica e social presente no Estado, bem como para o desenho e a gestão das políticas públicas voltadas para o Estado de São Paulo. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 5 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Pólo Econômico de São José do Rio Preto 6 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Capítulo 1 – Economia e Mercado de Trabalho1 O Pólo de São José do Rio Preto localiza-se a noroeste do Estado de São Paulo e representa um importante entroncamento de vias de escoamento da produção agrícola e agroindustrial do Centro-Oeste além de possuir integração com o eixo Campinas – Ribeirão Preto onde se desenvolve uma agricultura e pecuária moderna. O café foi o grande impulsionador da urbanização desse pólo que hoje se destaca pela pecuária bovina, cana-de-açúcar, laranja e milho. Mais recentemente tem aparecido com intensidade a indústria de móveis, confecções, alimentos e terciários. O Pólo de São José do Rio Preto possui 31 municípios que no ano de 2005 totalizavam uma população de 711 mil habitantes, o que representava 2,5% da população dos pólos e regiões selecionadas. Em 2000 a população desse pólo era de 649 mil pessoas, dessa forma, o crescimento anual da população entre os anos 2000 e 2005 foi de 1,9%, percentual superior àquele verificado para a Região Metropolitana de São Paulo e de Campinas, dentre outros pólos. A cidade de São José do Rio Preto possuía 397 mil habitantes em 2005, o que representava mais de 55% da população do pólo tanto para o ano de 2000 quanto para 2005. A segunda maior cidade do pólo era Mirassol, com menos de 8% da população do pólo. Essas duas cidades juntamente com os municípios de José Bonifácio e Tanabi possuíam mais de 70% da população total do pólo. A Tabela 1 traz a população para os demais municípios. Como é possível verificar, predominam as cidades de pequeno porte no pólo em questão, com exceção de São José do Rio Preto que se apresenta como uma cidade de médio porte. 1 Ficha Técnica: Coordenação: Claudio Dedecca, Auxiliares de pesquisa: Adriana Jungbluth, Cassiano Trovão, Camila Ribeiro, Fernando Hajime. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 7 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 1 Evolução da População Residente Pólo de São José do Rio Preto, 2000-2005 Taxa anual de População total crescimento 2000 2005 Pólo de São José do Rio Preto 649.063 711.801 1,9 Adolfo 3.684 3.900 1,1 Bady Bassitt 11.550 15.386 5,9 Bálsamo 7.340 7.730 1,0 Cedral 6.700 7.223 1,5 Guapiaçu 14.086 15.858 2,4 Ibirá 9.447 9.913 1,0 Icém 6.772 7.147 1,1 Ipiguá 3.476 4.207 3,9 Jaci 4.180 4.645 2,1 José Bonifácio 28.714 31.276 1,7 Mendonça 3.759 3.883 0,7 Mirassol 48.327 53.137 1,9 Mirassolândia 3.741 4.132 2,0 Monte Aprazível 18.413 19.049 0,7 Neves Paulista 8.907 9.234 0,7 Nipoã 3.267 3.480 1,3 Nova Aliança 4.768 4.998 0,9 Nova Granada 17.020 18.013 1,1 Onda Verde 3.413 3.746 1,9 Orindiúva 4.161 4.780 2,8 Palestina 9.100 9.118 0,0 Paulo de Faria 8.472 8.685 0,5 Planalto 3.670 3.833 0,9 Poloni 4.774 4.914 0,6 Potirendaba 13.656 14.782 1,6 São José do Rio Preto 358.523 397.697 2,1 Tanabi 22.587 23.289 0,6 Ubarana 4.220 4.989 3,4 Uchôa 9.035 9.410 0,8 União Paulista 1.354 1.385 0,5 Zacarias 1.947 1.962 0,2 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Ainda no que se refere à população desse pólo, nota-se que pouco menos da metade da população no ano de 2000 era natural do próprio pólo e pouco mais de 46% residia no local a mais de dez anos. Esses dados indicam que no passado houve uma migração considerável para o pólo, entretanto, nos anos mais recentes ela foi pouco intensa. Os percentuais observados para o pólo como um todo, variam bastante entre os municípios. A cidade de Ibirá, por exemplo, apresenta uma população natural de quase 61,7%, porém uma população de migrantes com 10 anos ou mais de residência no local de 39,2%. Bady Bassitt, por outro lado, apresenta apenas 23% da sua população como sendo natural, e Pólo Econômico de São José do Rio Preto 8 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP mais de 63% são migrantes, mas residentes na cidade há dez anos ou mais. A tabela 2 indica esses percentuais para os demais municípios. Tabela 2 Participação da população por município e por condição de migração Pólo de São José do Rio Preto, 2000 4a9 10 anos e Natural Até 3 anos Total anos mais Pólo de São José do Rio Preto 45,5 3,2 4,6 46,7 100,0 Adolfo 43,3 3,0 3,0 50,8 100,0 Bady Bassitt 23,0 6,1 7,3 63,6 100,0 Bálsamo 57,0 1,9 2,0 39,2 100,0 Cedral 46,3 5,3 4,9 43,5 100,0 Guapiaçu 44,7 2,5 4,2 48,7 100,0 Ibirá 61,7 1,8 2,6 33,9 100,0 Icém 45,5 10,7 7,5 36,3 100,0 Ipiguá 34,9 2,5 5,8 56,8 100,0 Jaci 36,2 4,9 4,9 53,9 100,0 José Bonifácio 56,9 2,6 3,5 37,1 100,0 Mendonça 45,5 2,5 3,2 48,8 100,0 Mirassol 45,0 2,4 3,6 49,0 100,0 Mirassolândia 38,7 2,8 3,9 54,6 100,0 Monte Aprazível 52,0 0,9 1,8 45,3 100,0 Neves Paulista 56,5 1,7 2,0 39,8 100,0 Nipoã 49,0 0,7 3,6 46,7 100,0 Nova Aliança 43,9 2,3 3,7 50,1 100,0 Nova Granada 56,0 3,7 7,2 33,1 100,0 Onda Verde 35,0 10,4 4,2 50,4 100,0 Orindiúva 42,3 5,8 12,2 39,7 100,0 Palestina 56,5 2,5 3,7 37,3 100,0 Paulo de Faria 51,9 4,5 7,2 36,3 100,0 Planalto 51,1 3,0 4,8 41,1 100,0 Poloni 50,0 2,3 2,0 45,7 100,0 Potirendaba 57,2 4,5 3,0 35,3 100,0 São José do Rio Preto 41,9 3,3 5,0 49,8 100,0 Tanabi 58,4 2,2 2,9 36,5 100,0 Ubarana 44,7 4,2 7,7 43,4 100,0 Uchôa 59,5 1,0 2,3 37,3 100,0 União Paulista 34,1 2,4 6,0 57,5 100,0 Zacarias 51,6 1,9 5,2 41,3 100,0 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Passando agora para as questões econômicas, nota-se que a participação do Pólo de São José do Rio Preto no Estado de São Paulo tanto no que se refere à população e ao valor adicionado é bastante pequena e não sofreu grande alteração nos últimos anos. Em 2002, a população desse pólo representava apenas 2,4% daquela verificada para o Estado, percentual que aumentou para 2,5% no ano de 2005. Já em relação ao valor adicionado, em 2002 o pólo de São José do Rio Preto tinha uma participação de apenas 1,4%, percentual que declinou para 1,3% em 2005. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 9 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico 1 - Participação do Valor Adicionado e da População do Pólo de São José do Rio Preto nos Totais do Estado de São Paulo, 2002/2005 3,0 2,4 2,5 Valor Adicionado 2,5 População 2,0 1,5 1,4 1,3 1,0 0,5 0,0 2002 2005 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; Fundação Seade. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Durante a recuperação econômica ocorrida entre os anos de 2002 e 2005, o Estado de São Paulo passou por um crescimento anual do produto interno bruto da ordem de 3% ao ano. O Pólo de São José do Rio Preto, entretanto, apresentou uma tendência de crescimento muito baixo, de apenas 0,2%, um dos piores resultados encontrado dentre os pólos selecionados para o estudo, estando na frente apenas de Presidente Prudente e de São José dos Campos. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 10 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico 2 - Taxas Anuais de Crescimento do Valor Adicionado, segundo Regiões Geográficas e Pólos Econômicos, Estado de São Paulo, 2002-2005 Total 3,0 Demais municípios 1,2 Presidente Prudente (0,3) Araçatuba 0,5 São José do Rio Preto 0,2 Bauru 4,2 Ribeirão Preto 3,8 RM de Campinas 5,6 Sorocaba 5,4 São José dos Campos (2,2) RM da Baixada Santista 2,0 RM de São Paulo 3,8 (3,0) (2,0) (1,0) - 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; Fundação Seade. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Desagregando-se o valor adicionado por setores, nota-se que a maior queda foi sofrida pela agroindústria, assim como grande parte dos pólos selecionados, tendo declinado a uma taxa anual de 9,4%. A indústria também apresentou queda no período, entretanto, bastante inferior àquela observada na agroindústria, sendo de quase 1%. O setor que mais cresceu foi a administração pública, com uma média anual de 2,4%. Em seguida veio o setor de serviços com 1,2%. O Gráfico 3 traz essas informações. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 11 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico 3 - Taxas Anuais de Crescimento do Valor Adicionado Pólo de São José do Rio Preto, 2002 - 2005 3,0 2,4 1,2 1,0 0,2 -0,1 -1,0 -0,9 -3,0 -5,0 -7,0 -9,0 -9,4 -11,0 Agroindústria Indústria Serviços Setor Privado Total Administração Pública Total Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; Fundação Seade. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Observando-se agora a composição do valor adicionado do Pólo de São José do Rio Preto por município, nota-se que a cidade de São José era responsável por quase 60% do VA do pólo no ano de 2005, percentual bastante próximo daquele que representa a população da cidade em relação ao Pólo (55%). Em seguida, aparece a cidade de Mirassol que, detém 7,5% da população do pólo é responsável por 6,6% do valor adicionado. O gráfico 4 mostra os demais percentuais de participação do valor agregado e da população por município. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 12 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico 4 - Composição do Valor Adicionado e da população, segundo municípios Pólo de São José do Rio Preto, 2005 Zacarias União Paulista Uchôa Ubarana Tanabi São José do Rio Preto Potirendaba Poloni Planalto Paulo de Faria Palestina Orindiúva Onda Verde Nova Granada Nova Aliança Nipoã População Neves Paulista Monte Aprazível Valor adicionado Mirassolândia Mirassol Mendonça José Bonifácio Jaci Ipiguá Icém Ibirá Guapiaçu Cedral Bálsamo Bady Bassitt Adolfo - 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; Fundação Seade. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 13 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Entrando agora nas questões relativas ao mercado de trabalho no Pólo de São José do Rio Preto, os dados do Censo Demográfico 2000 ajudam a entender a dinâmica desse mercado. A tabela 4 traz esses percentuais. Um primeiro dado que chama atenção é a elevada participação da cidade de São José tanto no que se refere à PIA quando ao que se refere à PEA, com uma participação de 55,6% e 56,5%, respectivamente. Essa elevada participação era de se esperar visto que este município é o mais populoso do pólo e representa o pólo dinâmico da região. Tabela 3 Participação dos municípios, segundo indicadores de mercado de trabalho e taxas de desemprego Pólo de São José do Rio Preto, 2000 Taxa de PIA PEA Desemprego Pólo de São José do Rio Preto 100,0 100,0 12,2 Adolfo 0,6 0,6 11,5 Bady Bassitt 1,7 1,8 11,6 Bálsamo 1,1 1,2 11,9 Cedral 1,0 0,9 11,8 Guapiaçu 2,2 2,1 9,6 Ibirá 1,5 1,4 11,9 Icém 1,0 1,0 15,6 Ipiguá 0,5 0,5 10,1 Jaci 0,6 0,6 10,0 José Bonifácio 4,3 4,4 10,7 Mendonça 0,6 0,5 9,9 Mirassol 7,4 7,4 14,0 Mirassolândia 0,6 0,5 20,1 Monte Aprazível 2,9 2,8 11,0 Neves Paulista 1,4 1,4 10,1 Nipoã 0,5 0,5 6,8 Nova Aliança 0,8 0,7 8,3 Nova Granada 2,6 2,5 13,6 Onda Verde 0,5 0,5 20,4 Orindiúva 0,6 0,6 10,0 Palestina 1,4 1,3 9,8 Paulo de Faria 1,2 1,2 13,3 Planalto 0,5 0,5 13,5 Poloni 0,8 0,7 7,7 Potirendaba 2,1 2,2 7,6 São José do Rio Preto 55,6 56,5 12,7 Tanabi 3,5 3,3 10,8 Ubarana 0,6 0,6 11,5 Uchôa 1,4 1,3 10,5 União Paulista 0,2 0,2 1,6 Zacarias 0,3 0,2 14,1 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 14 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP A participação dos demais municípios na composição da PIA e da PEA é bastante inferior estando bem distribuída entre eles. No que se refere à taxa de desemprego, nota-se que a região como um todo apresenta uma média de desemprego de 12,2%, taxa bastante inferior àquela encontrada para a Região Metropolitana de São Paulo (19,6%). O município de São José do Rio Preto encontra-se acima da média do Pólo tendo uma taxa de desemprego de 12,7%. A maior taxa de desemprego é encontrada no município de Onda Verde, com 20,4% e a menor é encontrada na cidade de União Paulista com apenas 1,6% de desemprego. Como a tabela acima mostra, as taxas de desemprego dos municípios do Pólo de São José do Rio Preto não são tão elevadas quanto para outros municípios do Estado, com algumas poucas exceções. Entretanto, é interessante notar a enorme diferença existente entre as taxas de desemprego dos diversos municípios. Ainda referente às taxas de desemprego, o gráfico abaixo traz a taxa de desemprego segundo decis de renda domiciliar. Nota-se que, no geral, quanto mais baixo o decil ao qual a pessoa pertence, maior é o percentual de desempregados. Tabela 4 Taxa de Desemprego segundo Municípios e Decis de Renda Domiciliar Pólo de São José do Rio Preto, 2000 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º Total Pólo de São José do Rio Preto 32,1 20,5 15,3 11,7 11,1 9,7 8,5 7,0 5,6 4,2 12,2 Adolfo 27,1 27,0 4,1 3,2 8,4 13,1 5,7 7,0 6,4 11,5 Bady Bassitt 29,5 18,8 14,1 7,1 10,2 8,3 11,4 7,2 4,4 16,2 11,6 Bálsamo 28,7 15,8 16,8 11,4 10,3 10,1 4,6 5,5 14,3 11,9 Cedral 28,2 12,1 8,2 9,3 18,0 6,8 8,8 8,1 9,9 5,5 11,8 Guapiaçu 23,0 14,6 9,6 8,8 12,3 9,0 6,8 5,9 1,1 9,6 Ibirá 26,1 15,8 11,4 7,8 5,7 12,9 7,1 5,9 6,1 5,6 11,9 Icém 31,9 11,2 13,0 11,8 11,6 20,9 15,2 15,4 6,6 6,4 15,6 Ipiguá 21,6 15,5 11,9 7,8 16,3 10,9 11,8 10,1 Jaci 31,1 25,5 7,4 7,4 4,0 6,0 7,1 4,2 11,1 10,0 José Bonifácio 32,0 16,4 11,2 10,4 8,6 10,0 3,0 4,3 1,5 0,6 10,7 Mendonça 19,4 14,8 4,2 3,3 8,6 6,1 14,6 10,0 19,1 9,9 Mirassol 37,4 21,0 18,9 13,7 12,1 11,8 9,1 5,2 9,5 3,6 14,0 Mirassolândia 27,0 24,1 21,2 11,5 30,7 9,3 10,2 9,9 20,1 Monte Aprazível 32,8 20,6 7,9 9,7 7,1 4,7 0,8 7,9 2,3 11,0 Neves Paulista 27,2 18,0 8,4 8,4 7,1 5,2 6,4 8,3 2,3 10,1 10,1 Nipoã 12,0 7,9 9,4 2,8 3,7 15,4 10,1 6,8 Nova Aliança 19,8 16,5 13,9 2,4 1,4 6,5 6,1 1,5 5,4 8,3 Nova Granada 22,9 21,5 17,6 7,5 7,5 12,4 9,3 14,8 6,0 13,6 Onda Verde 42,1 24,1 21,7 21,3 19,6 11,8 6,4 10,5 20,4 Orindiúva 19,2 17,7 21,6 6,3 5,3 1,7 4,6 7,3 10,0 Palestina 18,3 11,2 8,1 7,2 5,7 4,5 6,7 5,5 10,4 5,6 9,8 Paulo de Faria 28,5 14,7 6,2 9,1 9,3 7,7 2,3 6,7 2,5 13,3 Planalto 28,7 5,9 16,2 3,6 7,6 5,0 11,5 7,3 13,5 Poloni 20,0 7,7 7,1 12,9 2,0 1,3 6,2 5,4 4,8 7,7 Potirendaba 14,8 13,0 14,4 9,2 4,2 3,3 3,4 4,4 4,1 2,8 7,6 São José do Rio Preto 40,7 25,4 17,9 13,9 12,5 10,5 9,8 7,6 6,0 4,3 12,7 Tanabi 17,7 20,8 15,4 10,5 9,3 5,0 3,9 5,2 1,3 1,8 10,8 Ubarana 22,6 20,8 9,0 5,3 6,4 4,4 3,9 9,5 11,5 Uchôa 29,6 6,8 11,4 6,9 6,2 4,4 10,3 2,8 5,6 8,2 10,5 União Paulista 6,7 1,6 Zacarias 18,8 15,9 13,5 8,5 18,3 15,3 16,3 14,1 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 15 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Observando-se agora o grau de formalização, o Pólo de São José do Rio Preto apresenta uma taxa de 58,1%, portanto, mais da metade dos ocupados contribuem para a previdência. Essa taxa varia para cada município e para cada decil de renda. Nota-se que quanto mais elevado o decil de renda, maior a taxa de formalização. A cidade de Jaci é a que apresenta melhor taxa de formalização sendo esta próxima a 68%. Já o município de Poloni apresenta uma taxa de formalização de apenas 43,6% sendo a menor do pólo. O município de São José do Rio Preto, por sua vez, registra uma taxa de formalização acima daquela registrada para o pólo, 61%. Tabela 5 Taxa de Formalização segundo Municípios e Intervalos decílicos de Renda Domiciliar Pólo de São José do Rio Preto, 2000 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º Total Pólo de São José do Rio Preto 36,5 49,4 50,2 54,9 56,1 57,1 61,2 64,7 69,2 74,3 58,1 Adolfo 53,8 60,2 56,0 62,9 61,1 65,1 50,9 71,0 81,3 100,0 61,6 Bady Bassitt 32,4 48,6 48,0 61,1 55,3 55,9 54,7 56,0 62,7 67,1 54,8 Bálsamo 29,7 44,3 37,7 43,6 58,9 45,6 47,2 49,1 55,4 63,4 47,4 Cedral 27,3 51,3 60,6 60,7 48,4 55,6 59,0 71,0 79,6 60,4 57,2 Guapiaçu 39,7 64,9 55,7 64,0 67,7 66,2 69,2 72,0 67,6 85,1 64,9 Ibirá 64,5 50,4 60,4 60,5 62,6 62,3 63,7 81,3 79,3 78,9 63,1 Icém 47,2 55,5 49,2 67,6 60,1 78,6 79,0 88,8 54,8 74,7 62,0 Ipiguá 38,5 50,4 55,6 35,6 45,0 58,7 51,4 54,4 55,3 100,0 49,8 Jaci 74,0 86,5 62,6 67,5 78,9 54,5 75,5 63,7 59,5 30,8 68,0 José Bonifácio 35,6 50,4 42,3 57,9 46,2 52,6 53,4 55,6 66,2 68,0 52,0 Mendonça 26,3 25,1 31,6 31,0 49,6 38,6 52,6 40,9 46,5 87,7 38,5 Mirassol 36,4 56,4 58,5 63,2 56,1 63,9 70,3 71,1 71,3 67,2 62,4 Mirassolândia 23,6 52,8 39,6 44,9 57,4 61,5 59,3 59,3 35,1 46,4 Monte Aprazível 22,0 35,9 44,3 50,1 37,3 50,7 59,6 62,9 65,9 74,9 48,4 Neves Paulista 28,8 39,1 40,4 43,1 47,6 58,0 43,9 59,6 70,4 56,3 48,1 Nipoã 30,8 36,9 42,2 49,0 60,6 43,8 63,7 68,9 77,3 56,1 48,2 Nova Aliança 40,8 41,0 34,7 48,8 64,5 56,6 65,0 52,8 58,1 81,9 52,4 Nova Granada 44,7 54,6 61,1 47,7 67,3 70,7 60,6 65,1 76,0 73,3 60,1 Onda Verde 46,3 75,5 48,4 48,6 44,3 46,3 70,4 76,6 41,6 56,4 55,2 Orindiúva 32,1 64,8 61,5 52,7 53,3 59,8 73,1 65,9 57,1 48,6 59,4 Palestina 38,5 32,5 36,6 48,4 37,6 41,6 42,5 69,0 70,4 48,5 42,7 Paulo de Faria 36,5 39,8 58,8 51,0 50,3 53,3 72,3 37,6 65,6 84,8 49,5 Planalto 40,5 55,3 38,1 63,5 54,5 39,8 27,3 54,7 20,2 24,6 44,0 Poloni 29,7 43,6 29,0 29,2 56,1 39,6 80,8 56,3 54,2 76,6 43,6 Potirendaba 28,8 40,3 39,1 31,2 49,5 51,8 44,8 55,4 57,5 86,0 47,0 São José do Rio Preto 36,1 51,0 51,2 57,1 58,0 57,2 62,1 65,3 70,6 75,6 61,2 Tanabi 26,2 40,2 47,0 42,1 44,9 48,6 50,3 60,6 64,1 70,4 47,0 Ubarana 61,0 58,9 65,8 60,9 61,2 70,1 49,0 65,4 35,6 100,0 60,9 Uchôa 41,7 43,7 51,9 54,1 55,8 52,6 65,3 63,2 77,9 56,0 54,7 União Paulista 35,3 46,3 43,5 61,8 55,1 16,5 60,8 59,2 100,0 100,0 50,8 Zacarias 61,2 54,7 66,7 38,6 30,0 71,3 83,8 67,5 63,2 55,8 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 16 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Já quanto a taxa de assalariamento, isto é, o número de ocupados assalariados sobre o total de ocupados, o pólo apresenta uma taxa de 61,9%, o que representa um percentual baixo se comparado às demais regiões selecionadas. Novamente verificam-se taxas diferentes tanto para cada município quanto por estrato de decil, mas não se verifica nenhuma tendência dentro dos estratos. O município de São José do Rio Preto apresenta uma taxa de assalariamento muito próxima àquela verificada para o pólo. Já a maior taxa de assalariamento é encontrada no município de Ubarana, com 79,8% e a menor para Cedral com apenas 58,2%. Novamente pode-se notar como são diferentes os municípios dentro de um mesmo pólo. Tabela 6 Taxa de Assalariamento segundo Municípios e Decis de Renda Domiciliar (1) Pólo de São José do Rio Preto, 2000 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º Total Pólo de São José do Rio Preto 56,4 65,9 60,8 66,2 66,0 63,5 66,0 64,0 58,8 48,0 61,9 Adolfo 76,4 69,0 77,9 76,6 76,8 73,1 41,5 82,9 49,3 56,1 71,1 Bady Bassitt 52,5 69,4 52,6 69,2 60,9 63,4 58,7 56,4 59,7 44,1 60,2 Bálsamo 56,5 71,0 59,5 63,2 69,4 53,9 67,7 55,4 53,3 37,3 61,2 Cedral 47,6 57,9 52,7 66,5 48,6 55,5 67,1 72,6 53,8 45,6 58,2 Guapiaçu 59,1 67,3 62,2 70,4 70,5 72,3 73,3 65,4 61,0 43,9 66,1 Ibirá 80,5 75,7 75,3 75,4 75,4 72,3 70,1 47,8 41,0 71,2 Icém 67,9 71,5 62,5 66,1 65,3 82,4 82,1 88,6 66,1 52,0 69,6 Ipiguá 67,2 70,3 55,5 48,9 62,5 78,1 63,9 52,9 54,0 84,8 61,6 Jaci 83,0 79,9 69,1 77,8 81,4 74,7 71,9 68,0 71,3 40,3 74,6 José Bonifácio 54,7 71,8 59,7 72,2 65,3 65,6 66,9 52,8 46,2 41,8 61,3 Mendonça 53,0 81,8 68,0 64,8 57,9 68,0 76,6 43,9 34,5 12,3 61,2 Mirassol 52,7 61,5 64,6 69,5 66,5 58,8 68,9 66,0 60,4 45,5 62,5 Mirassolândia 54,6 72,1 63,9 77,5 77,9 69,3 73,8 47,8 67,7 Monte Aprazível 48,2 56,8 58,5 68,4 64,3 51,1 69,7 60,5 53,2 51,4 59,1 Neves Paulista 65,1 68,3 60,9 66,3 62,4 69,2 64,1 53,9 53,4 38,1 62,1 Nipoã 70,3 83,5 85,7 73,7 71,9 65,1 83,0 55,6 70,2 6,1 75,1 Nova Aliança 75,4 69,4 39,4 61,2 65,7 63,1 74,3 47,8 48,9 47,6 59,9 Nova Granada 55,9 65,0 67,7 69,4 72,5 69,1 69,7 53,0 54,0 49,5 64,9 Onda Verde 86,7 87,6 57,9 77,5 61,0 54,1 72,2 64,5 50,4 37,3 68,5 Orindiúva 46,6 70,6 69,8 75,8 58,3 63,5 76,5 80,3 38,9 33,7 66,1 Palestina 62,6 70,8 57,3 78,7 60,8 56,9 54,0 49,3 58,3 29,9 61,5 Paulo de Faria 61,9 75,0 65,3 71,5 62,2 61,2 77,4 51,6 62,8 34,0 65,1 Planalto 83,9 75,1 78,5 84,9 58,6 65,6 65,2 78,6 43,9 34,9 73,8 Poloni 59,1 73,0 57,6 62,3 67,3 55,3 67,1 45,3 33,9 47,1 57,9 Potirendaba 55,1 60,7 59,5 57,1 71,1 63,8 63,5 56,4 51,6 71,5 61,3 São José do Rio Preto 44,7 61,6 58,1 63,0 64,9 63,3 65,3 65,8 60,0 49,0 60,6 Tanabi 68,9 65,6 60,8 63,8 66,6 62,3 55,1 57,0 61,4 37,4 61,7 Ubarana 91,8 76,4 88,8 73,0 80,3 80,6 66,7 83,6 39,8 100,0 79,8 Uchôa 68,9 74,9 67,8 74,2 71,3 74,4 77,1 69,2 68,2 22,7 70,2 União Paulista 68,9 83,6 75,1 49,8 35,7 77,6 15,8 81,7 100,0 66,7 63,0 Zacarias 76,8 72,8 69,0 56,7 71,9 50,9 64,8 50,0 63,2 67,0 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. (1) Assalariados, exclusive o emprego doméstico, no total da população ocupada. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 17 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Olhando-se agora a questão dos rendimentos, tem-se que o Pólo apresenta um rendimento médio de apenas R$ 728,00, bastante inferior ao verificado para a Região Metropolitana de São Paulo, por exemplo, que era de R$ 1.028,00. O município de São José do Rio Preto é o que apresenta maior rendimento médio dentro do pólo, sendo este de R$ 871,00, ainda assim bastante inferior que o rendimento médio da Região Metropolitana de São Paulo. O menor rendimento é encontrado nos município de Mirassolândia sendo de apenas R$ 372,00. O gráfico 5 traz os rendimentos médios para os demais municípios. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 18 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico 5 - Rendimento médio, Pólo de São José do Rio Preto, 2000 728 Pólo de São José do Rio Preto 379 Zacarias 341 União Paulista 459 Uchôa 356 Ubarana 543 Tanabi 871 São José do Rio Preto 516 Potirendaba 533 Poloni 636 Planalto 513 Paulo de Faria 409 Palestina 593 Orindiúva 415 Onda Verde Nova Granada 459 Nova Aliança 453 391 Nipoã 536 Neves Paulista 570 Monte Aprazível 372 Mirassolândia 603 Mirassol 624 Mendonça 627 José Bonifácio 480 Jaci 512 Ipiguá Icém 470 Ibirá 459 647 Guapiaçu Cedral 549 Bálsamo 544 602 Bady Bassitt 422 Adolfo - 200 400 600 800 Pólo Econômico de São José do Rio Preto 1.000 19 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Ainda em relação aos rendimentos, torna-se interessante compará-los com o salário médio. Rendimentos são entendidos aqui como o total da renda proveniente do trabalho de todos os ocupados, já o salário é a renda advinda do emprego assalariado. Tabela 7 Indicadores de Rendimento Médio, Salário Médio, Massa Total de rendimentos e Massa Total de Salários (1) Pólo de São José do Rio Preto, 2000 - 2005 2000 2000 Crescimento Crescimento Massa Total de anual da Massa Salário Médio / anual do Salário Massa Total Rendimento Salário Massa Total Salários / Massa Real de Salários Rendimento Médio Real 2000de Médio Médio de Salários Total de 2000-2005 2005 Médio Rendimentos Rendimentos Pólo de São José do Rio Preto 728 623 85,6 -1,3 205.395.008 64.879.739 31,6 4,5 Adolfo 422 514 121,9 -3,5 660.008 199.058 30,2 8,9 Bady Bassitt 602 518 86,1 -2,3 3.038.294 709.036 23,3 4,2 Bálsamo 544 449 82,5 0,5 1.748.416 279.013 16,0 11,5 Cedral 549 518 94,4 -1,4 1.407.087 404.194 28,7 5,6 Guapiaçu 647 550 85,0 -1,6 4.001.048 1.501.135 37,5 3,6 Ibirá 459 380 82,7 1,0 1.780.461 411.633 23,1 6,8 Icém 470 626 133,2 -1,9 1.249.730 387.032 31,0 4,8 Ipiguá 512 449 87,6 -0,1 722.944 283.110 39,2 5,6 Jaci 480 464 96,7 0,2 877.920 512.245 58,3 9,6 José Bonifácio 627 466 74,3 -1,6 7.765.395 1.827.374 23,5 6,7 Mendonça 624 499 79,9 -0,3 896.688 126.201 14,1 14,4 Mirassol 603 511 84,8 -1,5 12.446.523 4.357.016 35,0 -1,3 Mirassolândia 372 468 125,8 -3,0 473.556 117.460 24,8 1,9 Monte Aprazível 570 570 100,1 0,4 4.536.060 1.043.275 23,0 15,7 Neves Paulista 536 496 92,6 -1,1 2.173.480 455.911 21,0 9,0 Nipoã 391 371 95,0 3,0 586.500 155.978 26,6 5,0 Nova Aliança 453 480 105,9 -1,1 956.283 251.341 26,3 4,7 Nova Granada 459 496 108,0 -0,3 3.137.724 701.187 22,3 4,5 Onda Verde 415 502 120,9 3,2 545.310 458.521 84,1 13,7 Orindiúva 593 799 134,7 -0,6 1.051.389 366.595 34,9 36,2 Palestina 409 450 110,0 -1,7 1.570.151 330.339 21,0 3,6 Paulo de Faria 513 453 88,4 -1,2 1.759.590 310.482 17,6 9,1 Planalto 636 425 66,9 -2,0 921.564 142.893 15,5 8,1 Poloni 533 461 86,4 -0,6 1.111.305 139.604 12,6 8,1 Potirendaba 516 451 87,5 0,2 3.250.800 527.779 16,2 7,0 São José do Rio Preto 871 691 79,3 -1,4 138.868.756 46.871.117 33,8 3,6 Tanabi 543 446 82,2 0,4 5.121.033 1.111.850 21,7 4,8 Ubarana 356 428 120,3 1,1 592.740 240.276 40,5 3,2 Uchôa 459 662 144,3 -10,4 1.669.383 498.107 29,8 5,6 União Paulista 341 396 116,2 1,6 185.845 75.711 40,7 5,9 Zacarias 379 338 89,3 4,9 259.615 84.265 32,5 20,0 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE e Relação Anual de Informações Sociais 2000 e 2005. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNI (1) Os dados sobre rendimentos tem como fonte o Censo Demográfico e aqueles de salários a Relação Anual de Informações Sociais Nota-se que, para o Pólo de São José do Rio Preto, o rendimento médio é superior ao salário médio. Entretanto, olhando-se os municípios, nota-se que ora o rendimento médio é superior e ora o salário médio é superior, variando bastante entre os municípios. Percebe-se também que entre os anos 2000 e 2005 o salário médio sofreu uma queda de 1,3% ao ano. Poucos foram os municípios que tiveram ganhos reais ao longo do período. Onda Verde, por exemplo, teve um ganho anual de 3,2% nos salários médios. Uchoa, entretanto, teve uma perda de 1,4% ao ano. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 20 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Quando se compara a massa salarial, entretanto, nota-se que houve crescimento para todos os municípios o que indica que, apesar da renda individual ter declinado, o emprego cresceu. Apenas Mirassol é exceção nesse caso, tendo a massa de salário declinado 1,3% ao ano. Para finalizar, torna-se interessante observar o crescimento e a estrutura do emprego por setor de atividade. Nota-se que 55% da população do pólo está ocupada no setor de comércio ou de serviços. Já a população ocupada na Indústria de Transformação é de 23%. Os demais setores (Serviços de Utilidade Pública, Construção Civil, Administração Pública e Agropecuária e Extração Vegetal) ocupam menos de um quarto da população. Interessante notar que em São José do Rio Preto 42,3% da população encontra-se ocupada no setor de Serviços e quase 30% no comércio, ou seja, quase três quartos da população estava empregada nesses dois setores. Em relação ao crescimento anual do emprego nesses setores, o setor que apresentou maior crescimento foi o de agropecuária (10,4%). Em seguida tem-se o setor de comércio (7,9%) e o de serviços (5,6%). Os serviços industriais de utilidade pública e a construção civil tiveram queda de 15% e 3,9%, respectivamente. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 21 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 10 Estrutura e crescimento anual do número de trabalhadores do mercado de trabalho formal, segundo municípios e setores de atividade Pólo de São José do Rio Preto, 2005 Estrutura de emprego, 2005 Pólo de São José do Rio Preto Adolfo Bady Bassitt Bálsamo Cedral Guapiaçu Ibirá Icém Ipiguá Jaci José Bonifácio Servicos Ind. Agropecuária, Indústria de Construção Administração de Util. Comércio Serviços Extração Total Transformação Civil Pública Pública Vegetal 23,0 0,2 2,7 24,5 31,8 9,7 8,1 100,0 0,3 3,2 4,9 25,8 65,9 100,0 26,2 3,3 12,8 29,5 16,2 12,1 100,0 37,5 8,8 22,1 18,0 13,6 100,0 18,3 0,5 31,4 18,6 18,0 13,2 100,0 55,9 0,5 7,6 9,0 9,9 17,0 100,0 25,0 0,8 0,2 17,2 12,3 25,3 19,3 100,0 16,6 1,0 8,9 13,4 13,5 32,8 13,8 100,0 22,8 7,6 1,3 21,7 46,6 100,0 44,8 0,6 5,1 32,4 8,1 9,0 100,0 45,0 0,1 0,8 19,5 13,1 11,9 9,6 100,0 Mendonça Mirassol Mirassolândia Monte Aprazível Neves Paulista Nipoã Nova Aliança Nova Granada Onda Verde Orindiúva Palestina Paulo de Faria Planalto Poloni Potirendaba São José do Rio Preto Tanabi Ubarana Uchôa União Paulista Zacarias 13,1 0,8 0,8 11,3 4,8 34,7 34,5 100,0 45,0 0,1 0,2 20,2 20,3 11,5 2,8 100,0 15,6 9,3 4,0 43,6 27,4 100,0 24,5 0,7 0,6 16,0 15,5 11,0 31,6 100,0 24,4 22,8 15,6 7,8 13,7 15,6 100,0 24,1 0,7 16,7 12,4 27,5 18,7 100,0 37,0 0,7 14,0 6,6 27,2 14,5 100,0 7,5 1,4 0,9 14,7 21,5 24,5 29,5 100,0 52,5 0,1 0,1 5,5 1,7 10,6 29,5 100,0 16,4 0,1 0,0 1,3 1,4 8,4 72,3 100,0 7,5 0,6 11,1 7,7 25,1 48,0 100,0 2,1 1,3 4,8 13,1 33,1 45,5 100,0 12,1 1,3 0,6 7,1 3,2 32,9 42,8 100,0 22,8 1,1 13,4 13,2 26,2 23,2 100,0 44,9 1,4 13,3 12,5 21,4 6,4 100,0 17,6 0,2 3,4 29,9 42,3 5,5 1,1 100,0 34,4 0,1 0,3 19,0 13,5 17,5 15,2 100,0 17,3 5,1 5,1 40,4 31,9 100,0 10,9 1,0 52,8 8,3 19,9 7,1 100,0 1,3 1,3 19,1 7,7 3,4 50,2 17,0 100,0 11,9 3,7 2,5 38,3 43,6 100,0 Crescimento anual, 2000-2005 Pólo de São José do Rio Preto 5,1 (15,0) (3,9) 7,9 5,6 4,3 10,4 5,8 Adolfo (7,8) 4,1 4,0 3,6 21,7 13,3 Bady Bassitt 7,1 6,6 9,3 1,6 11,0 14,1 6,7 Bálsamo 12,7 5,9 40,7 6,2 (1,6) 11,0 Cedral 15,6 29,8 (6,0) 4,7 2,4 7,2 Guapiaçu 6,1 12,0 4,4 (2,2) 7,0 5,3 Ibirá 15,1 (3,3) 17,5 5,0 7,0 (6,5) 5,8 Icém 87,8 7,2 1,5 3,0 10,6 9,2 Ipiguá 24,6 30,0 (22,8) 11,4 (1,0) 5,6 Jaci 7,2 42,5 13,0 6,3 2,6 9,4 José Bonifácio 14,3 6,7 6,7 5,3 8,4 Mendonça 45,9 14,9 5,3 11,4 7,8 24,1 14,8 Mirassol (2,3) 7,4 (0,4) 1,3 2,1 0,2 Mirassolândia 25,6 9,6 16,7 2,0 1,2 5,0 Monte Aprazível 12,7 (2,1) 8,4 9,0 5,5 40,7 15,2 Neves Paulista 6,5 28,7 6,6 14,1 (2,5) 10,2 Nipoã 2,5 2,2 17,0 2,4 (5,0) 1,9 Nova Aliança 41,1 (100,0) (11,3) 28,8 5,0 (4,8) 5,8 Nova Granada 4,1 3,5 26,2 (7,0) 2,7 5,1 18,8 4,8 Onda Verde 20,2 21,5 20,1 7,8 (0,8) 10,1 Orindiúva 26,7 22,9 14,9 6,5 54,6 37,1 Palestina 19,9 13,2 2,0 6,6 5,4 5,4 Paulo de Faria (0,7) 9,0 8,7 15,9 10,5 Planalto 18,5 25,9 7,2 6,1 8,3 10,8 Poloni 30,3 4,6 7,1 20,5 (2,5) 10,1 8,8 Potirendaba 5,9 18,9 6,5 2,5 6,5 6,7 São José do Rio Preto (21,7) 6,8 5,9 3,3 5,3 5,0 Tanabi 2,2 58,5 12,0 3,2 1,1 7,3 4,4 Ubarana 0,2 21,7 (10,6) 7,8 0,6 2,9 Uchôa 1,3 50,0 11,1 12,2 (1,1) 17,9 União Paulista 24,6 55,2 14,9 2,0 (2,8) 4,2 Zacarias 10,6 20,8 64,4 10,8 17,8 14,4 Fonte: Relação Anual de Informações Sociais 2000 e 2005. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 22 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Capítulo 2 – Dinâmica Demográfica23 Introdução A Região de Governo de São José do Rio Preto, localizada no Noroeste Paulista, abrange trinta e um municípios (Anexo I), entre os quais se destaca a cidade de São José do Rio Preto como núcleo polarizado das atividades regionais. O seu sistema rodoviário é composto pelas rodovias Washington Luiz, Transbrasileira, Assis Chateaubriand, Décio Custódio da Silva, Euclides da Cunha e Felício da Cunha. Dos 31 municípios que compõem a Região de São José do Rio Preto, somente o município-sede foi criado ainda no século XIX, e somente 3 não se desmembraram a partir de alguma etapa dos desmembramentos ocorridos a partir do município de São José do Rio Preto. Por sua vez, no contexto do processo emancipatório da década de 1990, a região registrou a ocorrência de três desmembramentos municipais. Originalmente, a Região teve sua base de desenvolvimento econômico voltada para a expansão cafeeira e para as atividades pecuárias, enquanto a sua ocupação foi favorecida pelo avanço da última ferrovia paulista – Estrada de Ferro Araraquarense. Com a cultura cafeeira, a Região se incorporou à atividade econômica paulista e foram criadas as bases necessárias para a sua posterior consolidação. O ápice do crescimento regional concentra-se entre as décadas de 1920 e 1950, quando 22 dos 31 municípios que compõe a Região foram criados (Figura I). Em 1940, a Região apresentava uma produção agrícola diversificada e uma população superior a 300 mil habitantes, com 76% residindo nas áreas rurais. A partir dessa década acelerou-se o processo de urbanização. O impacto das transformações ocorridas na estrutura produtiva e no nível técnico da agropecuária paulista, na década de 60, resultou em profundas alterações no quadro demográfico regional: crescimento da população urbana e redução da população rural. No período 1960/70, a Região caracterizou-se como uma área com intensa urbanização e com deslocamentos populacionais no sentido campo-cidade. Nos anos 70, a Região passou a fazer parte do corredor agrícola de São Paulo, onde estão concentradas as lavouras mais 2 Ficha Técnica: Coordenação: Profa. Dra. Rosana Baeninger, Coordenação Adjunta: Claudia Gomes de Siqueira; Auxiliares de Pesquisa: Juliana Arantes Dominguez, Kátia Isaías, Karina Silveira, Maria Ivonete Zorzetto Teixeira, Camila Matias, Natália Belmontti, Katiane Shishito, Flávia Cescon. 3 Este estudo consiste em versão atualizada e ampliada de Vidal (1993). Texto NEPO 24 (1993). Migração em São Paulo 3. Região de Governo de São José do Rio Preto. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 23 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP diversificadas e grande parte do rebanho bovino. A Região também se beneficiou com a expansão dos complexos agroindustriais e a introdução de indústrias no interior paulista. Figura I Desmembramentos de Municípios Região de Governo de São José do Rio Preto – 1894-2000 Em 1980, a Região de Governo de São José do Rio Preto apresentava uma população de quase 310 mil habitantes residindo em áreas urbanas. Já em 1991, passou para próximo de 465 mil. O crescimento observado se reflete na dinamização de sua economia, na diversidade de investimentos, empregos e no crescimento da sua população (Vidal, 1993). Hoje, a sua economia é caracterizada pela agropecuária, uma indústria em expansão e uma estrutura de comércio e serviços que atende Estados vizinhos. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 24 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Ao abordar a dinamização do interior paulista e particularmente a Região de Rio Preto, o documento Caracterização Econômica (parte integrante da elaboração do Plano Diretor do Município de Rio Preto)4, de 1991, destaca os seguintes aspectos: • Elevada taxa de urbanização do Interior, representando um vigoroso mercado consumidor, com disponibilidade de mão-de-obra, inclusive qualificada; • Grande volume de investimentos públicos, especialmente em transporte rodoviário; • Políticas de incentivos (créditos e fiscais etc.); • Investimentos diretos do Governo Federal, possibilitando a consolidação de pólos industriais. Acrescente-se a esses aspectos o aparente dinamismo da agricultura de exportação especificamente a produção agroindustrial que tem sua expansão associada ao mercado externo (suco de laranja, farelos de soja, carne bovina, frango congelado, óleos vegetais, entre outros) (Vidal, 1993). Esse dinamismo econômico favoreceu sobremaneira a Região que, beneficiada pela sua localização, tem sua área de influência ampliada, ultrapassando os limites do Estado e abrangendo o Bolsão Matogrossense, o Triângulo Mineiro e a Região Sul do Estado de Goiás. Notadamente, nas últimas décadas, a Região, tem se configurado como pólo de atração populacional. Entretanto, o crescimento até a década de 70, concentrava-se em alguns municípios, enquanto outros chegam a apresentar taxas de crescimento populacional negativas. A partir dos anos 80, contudo, marca-se a retomada do crescimento dos pequenos municípios da Região. Tanto que, nos ano 2000, todas as cidades da RG passam a registrar taxas positivas de crescimento da população (Vidal, 1993). Evolução da População A área que corresponde à atual Região de Governo de São José do Rio Preto desenvolveu-se, inicialmente, com a agricultura. A sua ocupação se deu mais tardiamente, com o avanço da última ferrovia paulista – a Estrada de Ferro Araraquarense – que chegou ao Município-sede em 1912. A Região foi incorporada à atividade econômica paulista com a introdução e disseminação da cultura cafeeira. Esta possibilitou a criação das bases necessárias para posterior consolidação regional e surgimento de novos mercados (Vidal, 1993). 4 Apud Vidal, 1993. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 25 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Na década de 30, a Região já contava com condições infra-estruturais favoráveis para a produção cafeeira e canais de comercialização. Esse período caracterizou-se pela introdução de novas culturas agrícolas. Também a pecuária se desenvolveu e sua expansão foi favorecida pela proximidade às áreas tipicamente criadoras dos Estados de Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. (Vidal, 1993). Em 1940, tinha-se uma produção agrícola diversificada e uma população pouco superior a 300 mil habitantes, a maioria residindo em áreas rurais. Nesta época, o setor secundário não era representativo. Porém, como parte de um contexto nacional mais amplo, desencadeou-se um incipiente processo de urbanização na Região. Os anos 60 abrangeram numerosas e significativas transformações econômicas e sociais no País, que se reproduziram de forma generalizada por todo o Estado de São Paulo. Mudanças qualitativas na estrutura produtiva e incorporação de tecnologias na produção agrícola caracterizaram o período. Um dos impactos dessas mudanças foi o desencadeamento de profundas alterações no quadro demográfico regional, com a intensificação dos deslocamentos campo-cidade e expansão do processo de urbanização. (Vidal, 1993). A partir dos anos 70, o interior do Estado de São Paulo passou a ser caracterizado por um representativo crescimento urbano e industrial. Especificamente, este processo envolve a progressiva modernização da estrutura produtiva paulista e transformações qualitativas no cenário urbano e rural do interior. Particularmente para a Região de Governo de São José do Rio Preto, o processo viabilizou a expansão dos complexos agroindustriais, implantação de indústrias e crescimento da população urbana. (Vidal, 1993). Em comparação com outras regiões do estado, a Região de Governo de São José do Rio Preto foi ocupada tardiamente, em função da expansão da Estrada de Ferro Araraquarense. A sua estrutura produtiva teve bases históricas na produção agrícola, especialmente a cafeeira. O conjunto de informações dispostas nas tabelas 1 e 2 abrange a evolução da população da RG e do Estado de São Paulo, em números absolutos e percentuais, no período 1940 a 2007, permitindo acompanhar a dinâmica demográfica da área. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 26 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 1: Evolução da População Total Região de Governo de São José do Rio Preto e Estado de São Paulo 1940/2007 Ano RG S. José do Rio Preto Estado de São Paulo Dist. Relat. RG/ESP (%) 1940 300.772 7.180.316 4,19 1950 286.335 9.134.423 3,13 1960 315.434 12.829.806 2,46 1970 330.187 17.771.948 400.688 25.040.712 1,60 1991 526.629 31.436.273 1,68 2000 647.725 36.974.378 1,75 734.166 41.029.414 Estado de S. Paulo -0,49 2,44 0,97 3,46 0,46 3,31 1,95 3,49 2,52 2,12 2,33 1,82 1,81 1,50 1,86 1980 2007 Taxas de crescimento (% a.a.) RG S J Rio Preto 1,79 Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1940 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Até a década de 40, a Região de Governo de São José do Rio Preto sofreu de maneira acentuada os efeitos do esvaziamento populacional, através do seu êxodo rural. Entre 1940 e 1950, a população da Região passou de 300.772 habitantes para 286.335, o que demonstra um crescimento negativo em 0,49% a.a. Nesse mesmo período, o conjunto do Estado de São Paulo registrava uma média de crescimento de 2,44% a.a. (Tabela 1). A partir de 1950, no entanto, a Região começou a ensaiar um movimento de retomada em seu ritmo de crescimento populacional, passando a registrar taxas de 0,97% a.a. entre 1950/60, e 0,46% a.a. entre 1960/70. Taxas, contudo, bem abaixo da média estadual (3,46% a.a. e 3,31% a.a., respectivamente) (Tabela 1). Nesse contexto, a distribuição relativa da população da RG no total do Estado configurase decrescente. De um montante de quase 4% da população estadual da década de 40, nos anos 80, a RG passa a representar apenas 1,6% dos habitantes do Estado de São Paulo (Tabela 1). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 27 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 2: Taxas de crescimento da População Total, Urbana e Rural Região de Governo de São José do Rio Preto 1940/2007 Período Urbana Taxas de Crescimento (% a.a.) Rural Total 1940/50 2,28 -1,53 -0,49 1950/60 4,93 -1,24 0,97 1960/70 3,54 -3,03 0,46 1970/80 4,15 -3,29 1,95 1980/91 3,73 -3,55 2,52 1991/2000 2,65 -0,29 2,33 2000/2007 2,25 -3,12 1,81 Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1940 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Os anos 60, por sua vez, marcaram grandes alterações. A conjuntura nacional desse período foi caracterizada por profundas transformações políticas, econômicas e sociais. Particularmente, no Estado de São Paulo iniciou-se um processo de mudança na estrutura produtiva do campo, com absorção de um nível técnico mais sofisticado. O reflexo dessas mudanças no panorama demográfico do Interior foi a intensificação do fluxo populacional campo-cidade (Vidal, 1993). Ao longo dos anos 80, o grau de urbanização acentua-se ainda mais: de 77,2% em 1980, para 87,9% em, 1991. Nesse ano, a RG de São José do Rio Preto contava com 526.629 habitantes, dos quais 462.962 moravam nas cidades e apenas 63.667 residiam no campo (vide próxima seção). O quadro se consolida no ano de 2000, quando o índice de urbanização atinge a casa dos 90%, alcançando o marco de 93,2% em 2007, ano em que somente 49.686 pessoas viviam no campo, de um total populacional de 734.166 habitantes (vide próxima seção). Entre 1991/2000, a taxa de crescimento da população rural já era negativa: -0,29% a.a. No período 2000/2007, por sua vez, aumentou para -3,12% a.a. Em se tratando da evolução da população urbana, o primeiro período apresentava uma taxa de crescimento de 2,65% a.a. Já o segundo, diminuiu para 2,25% a.a. Comparando-se os dois intervalos, no entanto, observa-se Pólo Econômico de São José do Rio Preto 28 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP uma diminuição do crescimento populacional total: de 2,33% a.a. nos anos 90, para 1,81% a.a. entre 2000/2007 (vide próxima seção). As duas últimas décadas envolveram para o conjunto do interior do Estado e, particularmente, para a RG de São José do Rio Preto mudanças significativas no perfil da sua economia (Vidal, 1993). A expansão da produção agroindustrial associada ao mercado externo favoreceu o aumento da oferta e a manutenção de empregos diretos e indiretos e uma conjuntura econômica regional menos atingida pelas crises periódicas da economia nacional. As novas demandas regionais incluíram a diversificação de atividades terciárias (consultorias especializadas, jornais, TV, dinamização dos transportes, entre outros) e o fortalecimento de núcleos urbanos. Assim, observa-se que enquanto a população urbana do Estado teve um acréscimo nos períodos 1970/80 de 40,90% e 1980/91 de 25,10%, a população urbana da RG de Rio Preto aumentou respectivamente, 71,45% e 50,08% (Vidal, 1993). Os dados da tabela 13 e 14 mostram a evolução do comércio na Região Administrativa de São José do Rio Preto entre 1991 e 2005. Observa-se que, tanto o número de estabelecimentos, quanto o total de pessoal empregado, aumentou de um período para outro, principalmente entre 1995 e 2005, quando o número de trabalhadores do setor terciário praticamente dobrou: de 30.580 para 60.393 (Tabela 3), evidenciando uma taxa de crescimento de 7,04% a.a. (Tabela 4). Tabela 3: Número de Estabelecimentos do Comércio Varejista e Atacadista e Pessoal Ocupado Região Administrativa de São José Rio Preto 1991-2005 1991 Áreas 1995 2005 Número Pessoal Pessoal/ Número Pessoal Pessoal/ Número Pessoal Pessoal/ estabelec. Ocupado Estabelec. estabelec. Ocupado Estabelec. estabelec. Ocupado Estabelec. RA S J Rio Preto 5.377 27.473 5,1 6.650 30.580 4,6 13.497 60.393 4,5 RG S J Rio Preto 2.832 15.311 5,4 3.650 17.623 4,8 7.257 33.800 4,7 RG Catanduva 1.018 5.290 5,2 1.187 5.611 4,7 2.520 12.691 5,0 RG Fernandópolis 418 2.241 5,4 461 1.976 4,3 964 3.998 4,1 RG Jales 519 2.069 4,0 656 2.787 4,2 1.336 4.616 3,5 RG Votuporanga 590 2.562 4,3 696 2.583 3,7 1.420 5.288 3,7 Fonte: Fundação SEADE. Informações Municipais, 1991, 1995 e 2005, disponível em www.seade.gov.br, acessado: 03/08/2008. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Em se tratando do número de estabelecimentos, em 1995 somava-se 6.650 e, em 2005, 13.497 (Tabela 3), repercutindo numa taxa de crescimento de 7,34% a.a. no período em Pólo Econômico de São José do Rio Preto 29 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP questão (Tabela 4). Em respeito ao número de trabalhadores empregados por cada estabelecimento, nota-se que, em todas as RGs, houve uma leve diminuição no número de trabalhadores por estabelecimento comercial. Tabela 4: Taxa de crescimento (% a.a.) de Estabelecimentos e Pessoal ocupado - Comércio Varejista e Atacadista Região Administrativa de São José Rio Preto 1991-2005 1991-1995 1995-2005 Número Pessoal Número Pessoal Áreas estabelec. Ocupado estabelec. Ocupado RA S J Rio Preto 5,46 2,71 7,34 7,04 RG S J Rio Preto 6,55 3,58 7,11 6,73 RG Catanduva 3,91 1,48 7,82 8,50 RG Fernandópolis 2,48 -3,10 7,66 7,30 RG Jales 6,03 7,73 7,37 5,18 RG Votuporanga 4,22 0,20 7,39 7,43 Fonte:Fundação SEADE. Informações Municipais, 1991, 1995 e 2005, disponível em www.seade.gov.br, acessado: 03/08/2008. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Já as tabelas 5 e 6 representam a evolução da atividade industrial para o mesmo período. Comparando-se com o setor de serviços (Tabelas 3 e 4), os números são bem menos expressivos. Verifica-se que, em 1995, as RGs de São José do Rio Preto, Catanduva e Jales apresentaram menos estabelecimentos vinculados à indústria de transformação que em 1991 (Tabela 5). Tabela 5: Número de Estabelecimentos da Indústria de Transformação e Pessoal Ocupado Região Administrativa de São José Rio Preto 1991-2005 1991 Áreas 1995 2005 Número estabelec. Pessoal Ocupado Pessoal/ Número Pessoal Pessoal/ Número Pessoal Pessoal/ Estabelec. estabelec. Ocupado Estabelec. estabelec. Ocupado Estabelec. RA S J Rio Preto 2.496 35.903 14,4 2.470 42.475 17,2 3.614 60.555 16,8 RG S J Rio Preto 1.416 22.574 15,9 1.388 23.469 16,9 2.062 32.120 15,6 RG Catanduva 437 7.236 16,6 424 10.446 24,6 585 12.691 21,7 RG Fernandópolis 163 1.504 9,2 166 2.297 13,8 246 4.281 17,4 RG Jales 204 1.135 5,6 168 1.711 10,2 226 3.376 14,9 RG Votuporanga 276 3.454 12,5 324 4.552 14,0 495 8.087 16,3 Fonte: Fundação SEADE. Informações Municipais, 1991, 1995 e 2005, disponível em www.seade.gov.br, acessado: 03/08/2008. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 30 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP No período 1991-1995, só a RG de Jales apresentou uma taxa de crescimento de estabelecimentos do setor secundário de -4,74% a.a. (Tabela 6). Todavia, faz-se necessário destacar o caso da RG de Votuporanga, em que o número de estabelecimentos passou de 276 em 1991, para 324 em 1995 (Tabela 5), evidenciando uma taxa de crescimento de 4,09% a.a. (Tabela 6). Tal situação estabilizou-se no período 1995-2005, quando todas as RGs mostraram um crescimento na casa dos 3 ou 4% a.a. no número de indústrias (Tabela 6). Em se tratando do número de trabalhadores ocupados no setor secundário, observa-se um aumento em todos os intervalos analisados na tabela, principalmente entre as RGs de Fernandópolis e Jales. No tocante ao número de funcionários por cada estabelecimento industrial, por sua vez, observa-se um aumento da relação em todas as RGs (Tabela 5). Tabela 6: Taxa de crescimento (% a.a.) de Estabelecimentos e Pessoal ocupado - Indústria de Transformação Região Administrativa de São José Rio Preto 1991-2005 1991-1995 Áreas 1995-2005 Número estabelec. Pessoal Ocupado Número estabelec. Pessoal Ocupado RA S J Rio Preto -0,26 4,29 3,88 3,61 RG S J Rio Preto -0,50 0,98 4,04 3,19 RG Catanduva -0,75 9,61 3,27 1,97 RG Fernandópolis 0,46 11,17 4,01 6,42 RG Jales -4,74 10,81 3,01 7,03 RG Votuporanga 4,09 7,14 4,33 5,92 Fonte: Fundação SEADE. Informações Municipais, 1991, 1995 e 2005, disponível em www.seade.gov.br, acessado: 03/08/2008. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Quanto às atividades ligadas ao setor primário, deve-se destacar o cultivo da cana-deaçúcar, produto de grande importância no contexto econômico local, uma vez que constitui matéria-prima para as usinas de álcool localizadas principalmente na RG de Rio Preto. Apesar de – no período 1995-2000 – a produção de álcool ter diminuído cerca de 210 mil litros na RA de São José do Rio Preto (taxa de crescimento de -4,7% a.a.), em se tratando da RG de Rio Preto, a produção aumentou em 15,5 % a.a. nesse período. A taxa de crescimento negativo para a RA se deve, em grande medida, à diminuição da produção da RG de Catanduva e o fraco desempenho da RG de Fernandópolis (Tabela 7). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 31 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 7: Produção de Álcool por tipo (em 1000 litros) e Tx crescimento (% a.a.) Região Administrativa de São José Rio Preto e Regiões de Governo 1995-2000 Tx crescimento (% a.a.) Produção de álcool (em 1000 litros) Áreas 1995 2000 1995-2000 RA S J Rio Preto Anidro 453.710 400.722 -2,5 Hidratado 552.970 389.734 -6,8 1.006.680 790.456 -4,7 35.155 185.854 39,5 Hidratado 123.091 140.094 2,6 Total 158.246 325.948 15,5 Anidro 408.447 175.441 -15,6 Hidratado 400.635 246.040 -9,3 Total 809.082 421.481 -12,2 Anidro 10.108 39.427 31,3 Hidratado 29.244 3.600 -34,2 Total 39.352 43.027 1,8 Total RG S J Rio Preto Anidro RG Catanduva RG Fernandópolis Fonte: Fundação SEADE. Anuário Estatístico do Estado de São Paulo, 1995 e 2000, disponível em: www.seade.gov.br (acessado: 03/08/2008). Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 32 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tendência do crescimento da população No decorrer das últimas décadas, a Região de Governo de São José do Rio Preto vem apresentando maior peso populacional em relação a sua Região Administrativa. Em contrapartida, no tocante ao total populacional do interior do Estado, sua participação tem se mostrado relativamente estável, uma vez que a RA de São José do Rio preto vem respondendo por uma população cada vez menor nesse âmbito (Tabela 8). Em 1991, a Região contava com 526.629 habitantes, o que significava 46,76% da população de sua RA, e 3,28% do total populacional do interior do Estado. Em 2007, por sua vez, a RG passa a abrigar 734.166 pessoas, respondendo por mais de 50% da população da RA e cerca de 3,4% dos habitantes do interior (Tabela 8). Apesar da RG de São José do Rio Preto ter se caracterizado como área de emigração até a década de 60, os anos 70 indicaram sinais de reversão dessa situação. A partir de 1970, as taxas de crescimento da Região aumentaram significativamente: de 0,38% a.a., entre 1960/70, para 1,91%a.a. entre 1970/80, e 2,33% a.a. entre 1991/2000. Os anos 2000, no entanto, assistiram uma desaceleração do crescimento da população, registrando uma taxa de 1,81% a.a., entre 2000/2007 (Tabela 8). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 33 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 8: Evolução da População, segundo Regiões de Governo Região Administrativa de São José do Rio Preto 1960-2007 População Total Regiões de Governo 1960 1980 1991 2000 2007 162.986 159.483 189.591 221.314 248.285 268.017 19,23 18,21 20,01 19,65 19,13 89.987 98.783 95.424 99.794 104.798 111.131 10,62 11,28 10,07 RG Jales 156.735 152.907 131.896 135.849 RG S J Rio Preto 319.424 331.746 400.688 RG Votuporanga 118.600 132.677 129.817 RA S J Rio Preto 847.732 875.596 RG Catanduva RG Fernandópolis 1970 Distribuição Relativa no Total da RA (%) 1960 1970 1980 1991 2000 Participação Relativa no Total Populacional do Interior (%) Taxas Anuais de crescimento populacional (% a.a.) 2007 1960 1970 1980 1991 2000 2007 60/70 70/80 80/91 18,77 1,99 1,65 1,53 1,38 1,30 1,25 -0,22 8,08 7,78 1,10 1,02 0,77 0,62 0,55 0,52 142.114 148.336 18,49 17,46 13,92 12,06 10,95 10,39 1,92 1,59 1,06 0,85 526.629 647.725 734.166 37,68 37,89 42,29 46,76 49,91 51,42 3,90 3,44 3,23 142.744 154.877 166.149 13,99 15,15 13,70 12,67 11,93 11,64 1,45 1,38 947.416 1.126.330 1.297.799 1.427.799 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 10,36 9,08 8,86 91/2000 2000/2007 1,74 1,42 1,29 1,10 0,94 -0,35 0,41 0,55 0,84 0,74 0,69 -0,25 -1,47 0,27 0,50 0,61 3,28 3,39 3,42 0,38 1,91 2,52 2,33 1,81 1,05 0,89 0,81 0,77 1,13 -0,22 0,87 0,91 1,01 7,64 7,01 6,79 6,66 0,32 1,58 1,59 1,37 0,79 Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1960 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007 Pólo Econômico de São José do Rio Preto 34 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP De fato, os anos 70 e 80 configuraram uma retomada do crescimento da população que se deve, em grande medida, ao aumento do saldo migratório, o qual passou de 15.234 pessoas, entre 1970/80; para 53.113, nos anos 80; e 73.693, na década de 90. A desaceleração do crescimento, observado nos anos 2000, também se deve à queda do saldo migratório que, entre 2000/2007, contou com pouco mais de 56.500 pessoas (vide próxima seção). Dentre os municípios, São José do Rio Preto, Mirassol e José Bonifácio são os de maior importância populacional com 411.775, 54.885 e 32.300 habitantes, respectivamente. Juntos, os três centros correspondem a quase 68% de toda a população da RG (Tabela 9). Notadamente, o aumento populacional observado na Região ao longo da década de 80 e 90, contribuiu com o crescimento urbano dos municípios. Em 1970 apenas sete municípios da área apresentavam mais de 50% de sua população vivendo em zonas urbanas. Em 1991, somente Mirassolândia não chegava a esse grau de urbanização. Já no ano de 2000, todos os municípios da região apresentavam grau de urbanização superior a 50%, sendo que na maioria deles constava-se mais de 80% da população vivendo em perímetro urbano. Em 2007, a RG de São José do Rio Preto atingiu o marco de 93,2% de índice de urbanização (Tabela 9). Nesse contexto, as taxas de crescimento da população rural apresentam-se negativas para todos os períodos analisados: -3,16% a.a. entre 1970/80; -3,23% a.a. entre 1980/91; 0,29% a.a. entre 1991/2000, e -3,12% a.a. entre 2000/2007. Faz-se interessante observar que, nesse último intervalo, todos os municípios perdem população no campo a taxas superiores a 3% a.a. (Tabela 10). Por outro lado, os índices de crescimento da população urbana dos municípios vêm se apresentando positivas. A despeito de nos anos 70 a maioria das cidades de pequeno porte perder população, o crescimento urbano tem se mostrado positivo em todos os municípios, desde 1970 (exceção de Planalto que, entre 1991/2000, registrou uma taxa negativa de crescimento da população urbana de 2,4% a.a.) (Tabela 10). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 35 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 9: Evolução da População Urbana, Rural e Total segundo Municípios Região de Governo de São José Rio Preto – 1970/2007 População Total População Urbana População Rural Grau de Urbanização Municípios 1970 1980 1991 2000 2007 1970 1980 1991 2000 2007 1970 1980 1991 2000 2007 1970 1980 1991 2000 2007 Adolfo 3.969 3.615 3.275 3.680 3.979 1.126 1.757 2.430 3.068 3.488 2.843 1.858 845 612 491 28,4 48,6 74,2 83,4 87,7 Bady Bassit 2.684 2.806 5.659 11.475 16.965 485 1.063 3.893 10.207 15.949 2.199 1.743 1.766 1.268 1.016 18,1 37,9 68,8 88,9 94,0 Bálsamo 5.746 5.696 6.734 7.334 7.871 2.753 3.741 5.442 6.333 7.069 2.993 1.955 1.292 1.001 802 47,9 65,7 80,8 86,4 89,8 Cedral 6.530 6.203 5.707 6.690 7.398 1.830 2.372 3.511 4.973 6.023 4.700 3.831 2.196 1.717 1.375 28,0 38,2 61,5 74,3 81,4 Guapiaçu 5.193 6.711 10.572 14.049 16.479 1.519 3.386 7.985 11.851 14.719 3.674 3.325 2.587 2.198 1.760 29,3 50,5 75,5 84,4 89,3 Ibirá 7.286 8.252 8.722 9.440 10.090 3.906 5.504 6.941 8.297 9.174 3.380 2.748 1.781 1.143 916 53,6 66,7 79,6 87,9 90,9 Icém 5.981 5.174 6.100 6.766 7.292 4.121 4.446 5.348 5.742 6.472 1.860 728 752 1.024 820 68,9 85,9 87,7 84,9 88,8 Ipiguá * * * 3.461 4.494 * * * 1.936 3.273 * * * 1.525 1.221 * * * 55,9 72,8 Jaci 3.494 3.810 3.248 4.108 4.832 618 1.213 1.803 2.967 3.918 2.876 2.597 1.445 1.141 914 17,7 31,8 55,5 72,2 81,1 José Bonifácio 20.738 22.916 26.407 28.662 32.300 8.255 14.232 20.885 24.974 29.346 12.483 8.684 5.522 3.688 2.954 39,8 62,1 79,1 87,1 90,9 Mendonça 3.594 4.011 3.483 3.756 3.929 716 1.285 1.878 2.762 3.133 2.878 2.726 1.605 994 796 19,9 32,0 53,9 73,5 79,7 Mirassol 20.579 28.167 39.085 48.233 54.885 16.678 25.239 36.430 46.484 53.484 3.901 2.928 2.655 1.749 1.401 81,0 89,6 93,2 96,4 97,4 Mirassolândia 2.966 2.695 3.015 3.734 4.271 485 739 1.290 3.118 3.777 2.481 1.956 1.725 616 494 16,4 27,4 42,8 83,5 88,4 Monte Aprazível 14.964 16.424 17.496 18.404 19.255 8458 10.481 13.901 15.929 17.272 6.506 5.943 3.595 2.475 1.983 56,5 63,8 79,5 86,6 89,7 Neves Paulista 8.199 7.804 8.311 8.901 9.343 3.960 4.381 6.422 7.739 8.412 4.239 3.423 1.889 1.162 931 48,3 56,1 77,3 86,9 90,0 Nipoã 3.058 2.722 2.784 3.262 3.552 1.020 1.534 2.079 2.801 3.183 2.038 1.188 705 461 369 33,4 56,4 74,7 85,9 89,6 Nova Aliança 4.577 4.279 4.199 4.762 5.073 1.509 1.850 2.646 3.614 4.153 3.068 2.429 1.553 1.148 920 33,0 43,2 63,0 75,9 81,9 Nova Granada 12.032 11.396 14.815 16.998 18.368 6.012 8.531 12.463 15.020 16.783 6.020 2.865 2.352 1.978 1.585 50,0 74,9 84,1 88,4 91,4 Onda Verde 2.180 2.011 2.818 3.407 3.864 689 820 1.771 2.315 2.989 1.491 1.191 1.047 1.092 875 31,6 40,8 62,8 67,9 77,4 Orindiúva 2.448 2.106 3.007 4.149 5.010 717 1.165 2.355 3.672 4.628 1.731 941 652 477 382 29,3 55,3 78,3 88,5 92,4 Palestina 12.129 9.024 8.981 9.099 9.138 4.419 5.162 6.002 7.227 7.638 7.710 3.862 2.979 1.872 1.500 36,4 57,2 66,8 79,4 83,6 Paulo de Faria 9.463 6.617 8.277 8.470 8.785 4903 4.941 6.798 7.441 7.961 4.560 1.676 1.479 1.029 824 51,8 74,7 82,1 87,9 90,6 Planalto 7.250 6.051 5.467 3.668 3.908 1774 2.812 3.519 2.827 3.234 5.476 3.239 1.948 841 674 24,5 46,5 64,4 77,1 82,8 Poloni 5.105 4.779 4.503 4.771 4.965 2.906 3.137 3.608 4.261 4.557 2.199 1.642 895 510 408 56,9 65,6 80,1 89,3 91,8 Potirendaba 9.880 10.698 11.189 13.631 15.158 3.893 5.585 8.011 11.663 13.582 5.987 5.113 3.178 1.968 1.576 39,4 52,2 71,6 85,6 89,6 SJR Preto 122.134 187.403 281.663 357.705 411.175 109807 177.882 273.338 336.519 394.206 12.327 9.521 8.325 21.186 16.969 89,9 94,9 97,0 94,1 95,9 Tanabi 20.437 20.275 21.500 22.577 23.565 9343 11.436 15.171 17.981 19.883 11.094 8.839 6.329 4.596 3.682 45,7 56,4 70,6 79,6 84,4 Ubarana * * * 4.204 5.283 * * * 3.797 4.957 * * * 407 326 * * * 90,3 93,8 Uchôa 7.403 7.806 8.287 9.028 9.568 3531 4.273 6.203 7.876 8.645 3.872 3.533 2.084 1.152 923 47,7 54,7 74,9 87,2 90,4 União Paulista 1.727 1.237 1.325 1.354 1.401 300 351 839 973 1.095 1.427 886 486 381 306 17,4 28,4 63,3 71,9 78,2 Zacarias * * * 1.947 1.970 * * * 1.332 1.477 * * * 615 493 * * * 68,4 75,0 RG S J RIO PRETO 331.746 400.688 526.629 647.725 734.166 205.733 309.318 462.962 585.699 684.480 126.013 91.370 63.667 62.026 49.686 62,0 77,2 87,9 90,4 93,2 Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1970 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007. (*) Dados não disponíveis - municípios criados na década de 1990. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 36 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Na década de 70, grande parte do contingente que saía do campo procurava os centros de São José do Rio Preto e Mirassol, municípios estes de maior taxa de crescimento total (4,37% a.a. e 3,19% a.a., respectivamente). Tal fato faz com que a maioria dos municípios da RG tenha crescimento pífio ou até mesmo negativo (Tabela 10). No entanto, os anos 80 marcaram certa despolarização dos fluxos migratórios. Nesse período, muitos municípios pequenos retomaram seu crescimento ou diminuíram sua perda populacional. Vale ressaltar o crescimento de Bady Bassit (6,58% a.a.), Guapiaçu (4,22% a.a.), São José do Rio Preto (3,77% a.a.), Orindiúva (3,29% a.a.) e Mirassol (3,02% a.a.) (Tabela 10). A partir dos anos 90, por sua vez, todos os municípios da Região passam a apresentar taxas de crescimento positivas. Exceção feita a Paulo de Faria, que, no período 1991/2000, mostrou uma taxa negativa (-4,34% a.a.), retomando seu crescimento no período seguinte (0,91% a.a. entre 2000/2007) (Tabela 10). Nos anos 2000, as taxas de crescimento continuam positivas para todos os municípios, mas de modo menos discrepante entre eles (Tabela 10). Em se tratando do tamanho dos municípios, destacam-se os de pequeno porte: 21 das 31 cidades que compõem a RG de São José do Rio Preto não alcançam a casa dos 10 mil habitantes. Na classe de 20-50 mil pessoas, enquadram mais sete municípios. Entre 50-100 mil, encontra-se apenas Mirassol; e, somente São José do Rio Preto apresenta população superior a 100 mil habitantes. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 37 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 10: Taxa de Crescimento Populacional (% a.a.) e Distribuição Relativa da População (%) Região de Governo de São José Rio Preto 1970/2007 Taxa de Crescimento (% a a) Municípios 1970/80 1980/91 1991/2000 Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Adolfo -0,93 4,55 -4,16 -0,89 2,99 -6,91 1,30 2,62 -3,52 Bady Bassit 0,45 8,16 -2,30 6,58 12,53 0,12 8,17 11,30 -3,61 Bálsamo -0,09 3,11 -4,17 1,53 3,47 -3,70 0,95 1,70 -2,80 Cedral -0,51 2,63 -2,02 -0,75 3,63 -4,93 1,78 3,94 -2,70 Guapiaçu 2,60 8,35 -0,99 4,22 8,11 -2,26 3,21 4,48 -1,79 Ibirá 1,25 3,49 -2,05 0,50 2,13 -3,87 0,88 2,00 -4,81 Icém -1,44 0,76 -8,95 1,51 1,69 0,30 1,16 0,79 3,49 Ipiguá * * * * * * * * * Jaci 0,87 6,98 -1,02 -1,44 3,67 -5,19 2,64 5,69 -2,59 José Bonifácio 1,00 5,60 -3,56 1,30 3,55 -4,03 0,91 2,01 -4,39 Mendonça 1,10 6,02 -0,54 -1,27 3,51 -4,70 0,84 4,38 -5,18 Mirassol 3,19 4,23 -2,83 3,02 3,39 -0,89 2,36 2,74 -4,53 Mirassolândia -0,95 4,30 -2,35 1,03 5,19 -1,14 2,40 10,30 -10,81 Monte Aprazível 0,94 2,17 -0,90 0,58 2,60 -4,47 0,56 1,52 -4,06 Neves Paulista -0,49 1,02 -2,12 0,57 3,54 -5,26 0,76 2,09 -5,26 Nipoã -1,16 4,17 -5,25 0,20 2,80 -4,63 1,78 3,37 -4,61 Nova Aliança -0,67 2,06 -2,31 -0,17 3,31 -3,98 1,41 3,52 -3,30 Nova Granada -0,54 3,56 -7,16 2,41 3,51 -1,78 1,54 2,10 -1,91 Onda Verde -0,80 1,76 -2,22 3,11 7,25 -1,16 2,13 3,02 0,47 Orindiúva -1,49 4,97 -5,91 3,29 6,61 -3,28 3,64 5,06 -3,41 Palestina -2,91 1,57 -6,68 -0,04 1,38 -2,33 0,15 2,09 -5,03 Paulo de Faria -3,51 0,08 -9,52 2,06 2,94 -1,13 0,26 1,01 -3,95 Planalto -1,79 4,71 -5,12 -0,92 2,06 -4,52 -4,34 -2,40 -8,91 Poloni -0,66 0,77 -2,88 -0,54 1,28 -5,37 0,64 1,87 -6,06 Potirendaba 0,80 3,67 -1,57 0,41 3,33 -4,23 2,22 4,26 -5,19 SJR Preto 4,37 4,94 -2,55 3,77 3,98 -1,21 2,69 2,34 10,94 Tanabi -0,08 2,04 -2,25 0,53 2,60 -2,99 0,54 1,91 -3,49 Ubarana * * * * * * * * * Uchôa 0,53 1,93 -0,91 0,55 3,45 -4,69 0,96 2,69 -6,37 União Paulista -3,28 1,58 -4,65 0,63 8,24 -5,31 0,24 1,66 -2,67 Zacarias * * * * * * * * * RG S J RIO PRETO 1,91 4,16 -3,16 2,52 3,73 -3,23 2,33 2,65 -0,29 Total 1,12 5,74 1,01 1,45 2,31 0,96 1,08 3,80 2,35 1,72 0,65 1,86 1,94 0,65 0,69 1,22 0,91 1,11 1,81 2,73 0,06 0,52 0,91 0,57 1,53 2,01 0,61 3,32 0,83 0,49 0,17 1,81 2000/2007 Urbana 1,85 6,58 1,58 2,77 3,14 1,45 1,72 7,79 4,05 2,33 1,82 2,02 2,78 1,16 1,20 1,84 2,01 1,60 3,72 3,36 0,79 0,97 1,94 0,96 2,20 2,29 1,45 3,88 1,34 1,70 1,49 2,25 Distribuição Relativa na População Total Rural -3,10 -3,12 -3,12 -3,12 -3,12 -3,11 -3,12 -3,13 -3,12 -3,12 -3,12 -3,12 -3,10 -3,12 -3,12 -3,13 -3,11 -3,11 -3,12 -3,12 -3,12 -3,12 -3,11 -3,14 -3,12 -3,12 -3,12 -3,12 -3,12 -3,08 -3,11 -3,12 1970 1980 1991 1,20 0,90 0,62 0,81 0,70 1,07 1,73 1,42 1,28 1,97 1,55 1,08 1,57 1,67 2,01 2,20 2,06 1,66 1,80 1,29 1,16 * * * 1,05 0,95 0,62 6,25 5,72 5,01 1,08 1,00 0,66 6,20 7,03 7,42 0,89 0,67 0,57 4,51 4,10 3,32 2,47 1,95 1,58 0,92 0,68 0,53 1,38 1,07 0,80 3,63 2,84 2,81 0,66 0,50 0,54 0,74 0,53 0,57 3,66 2,25 1,71 2,85 1,65 1,57 2,19 1,51 1,04 1,54 1,19 0,86 2,98 2,67 2,12 36,82 46,77 53,48 6,16 5,06 4,08 * * * 2,23 1,95 1,57 0,52 0,31 0,25 * * * 100,00 100,00 100,00 2000 2007 0,57 0,54 1,77 2,31 1,13 1,07 1,03 1,01 2,17 2,24 1,46 1,37 1,04 0,99 0,53 0,61 0,63 0,66 4,43 4,40 0,58 0,54 7,45 7,48 0,58 0,58 2,84 2,62 1,37 1,27 0,50 0,48 0,74 0,69 2,62 2,50 0,53 0,53 0,64 0,68 1,40 1,24 1,31 1,20 0,57 0,53 0,74 0,68 2,10 2,06 55,22 56,01 3,49 3,21 0,65 0,72 1,39 1,30 0,21 0,19 0,30 0,27 100,00 100,00 Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1970 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009.(*) Dados não disponíveis – municípios criados na década de 1990. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 38 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tomando o processo emancipatório da década de 1990, podemos avaliar em que medida os desmembramentos municipais recentes impactou o crescimento populacional dos municípios da Região de Governo de São José do Rio Preto e, conseqüentemente, alterou a hierarquia de municípios da região. Quadro 1: População Total, Taxas de Crescimento e Distribuição Relativa Municípios desmembrados Região de Governo de São José do Rio Preto 1991-2000 Taxa de Crescimento (% a.a.) 1991População População Distribuição 2000 Total Total Relativa Municípios Com Sem (1991) (2000) (2000) Desmembramento Desmembramento São José Rio Preto 281.663 Ipiguá (*) José Bonifácio 357.705 55,22 2,69 2,80 3.461 0,53 - - 28.662 4,43 0,91 2,46 - 4.204 0,65 - - 5.467 3.668 0,57 -4,34 0,30 - 1.947 0,30 - - 100,00 2,33 2,33 26.407 Ubarana (**) Planalto Zacarias (**) RG SÃO JOSÉ RIO PRETO 526.629 647.725 Fonte: Fundação SEADE. Censo demográfico de 1991 e 2000 (IBGE). Nota: (*) Município criado pela Lei 8550, de 30-12-1993; (**) Municípios criados pela Lei 7664, de 30-12-1991 apud Siqueira (2003). A partir desses dados, observam-se três tipos de ocorrência de desmembramento municipal na Região de São José do Rio Preto, no período recente: o primeiro, formado pelo município de Rio Preto, de porte populacional entre 100 mil e 500 mil habitantes, em 1991, originou um município – Ipiguá – com população inferior a 5 mil habitantes. O segundo tipo é formado pelo município de José Bonifácio, de porte populacional entre 20 mil e 50 mil habitantes, a partir do qual foi desmembrado o município de Ubarana, com 4.204 habitantes. Por fim, o terceiro tipo é constituído pelo município de Planalto (com menos de 10 mil habitantes, em 1991), a partir do qual surgiu o micro-município de Zacarias (com menos de 5 mil habitantes). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 39 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Considerando as taxas de crescimento populacional dos municípios originários nas duas situações destacadas (com e sem desmembramento), verifica-se que se não tivesse ocorrido o desmembramento municipal recente, ao invés de uma taxa de crescimento de 2,69%a.a., entre 1991 e 2000, São José do Rio Preto apresentaria uma taxa de 2,80%a.a. Por sua vez, sem o desmembramento municipal, José Bonifácio, ao invés de crescer a uma taxa de 0,91%a.a., cresceria a 2,46%a.a., e o município de Planalto passaria de uma taxa negativa de 4,34%a.a. para uma taxa positiva 0,30%a.a., no período de 1991 a 2000. Com isso, observa-se que o impacto do desmembramento municipal na taxa de crescimento populacional foi maior naquela situação em que um município pequeno gerou um micro-município. Por sua vez, os componentes do crescimento populacional podem fornecer uma outra dimensão desse impacto na taxa de crescimento populacional nos municípios envolvidos nos desmembramentos municipais recentes. Assim, tomando os dados da tabela 11, da seção seguinte, destaca-se que o crescimento vegetativo, entre 1991 e 2000, de José Bonifácio (3.311 pessoas) e Planalto (381 pessoas) é inferior à população dos municípios a que deram origem. Considerando, por sua vez, os respectivos saldos migratórios, observa-se que grande parte da perda populacional sofrida pelos dois municípios – José Bonifácio “perdeu” 1.056 pessoas e Planalto, 2.180 pessoas – deveu-se ao desmembramento municipal, principalmente, no caso de José Bonifácio, onde a “perda” populacional foi inferior à população do município desmembrado. Em contraste, no caso de São José do Rio Preto, observa-se que o surgimento de um novo município, com 3.461 habitantes, não se fez sentir nos componentes de seu crescimento populacional, pois o seu crescimento vegetativo foi de 27.985 pessoas e o seu saldo migratório representou um acréscimo de 48.057 pessoas à população municipal. Para complementar essa discussão, serão abordadas as mudanças na distribuição dos municípios, segundo classes de população, no período mais recente, entre 1991 e 2007, a partir dos dados do quadro 2: Pólo Econômico de São José do Rio Preto 40 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Quadro 2: Número de municípios existentes, por classes de tamanho da população Região de Governo de São José Rio Preto - Estado de São Paulo 1991-2007 1991 2000 Classes de municípios n % n % n Até 5.000 habitantes 5.000 a 10.000 habitantes 10.000 a 20.000 habitantes 20.000 a 50.000 habitantes 50.000 a 100.000 habitantes 100.000 a 500.000 habitantes 10 10 4 3 0 1 35,7 35,7 14,3 10,7 0,0 3,6 14 8 5 3 0 1 45,2 25,8 16,1 9,7 0,0 3,2 11 10 6 2 1 1 35,5 32,3 19,4 6,5 3,2 3,2 Total 28 100,0 31 100,0 31 100,0 2007 % Fonte: Fundação SEADE. De acordo com o quadro 2, destaca-se que, em 1991, antes do processo de criação de municípios característico dos anos 90, marcado pela criação preponderante de pequenos municípios em todo país (Gomes & Mac Dowell, 2000; 1997), a Região de Governo de São José do Rio Preto possuía 28 municípios, sendo que 10 municípios possuíam população com menos de 5 mil habitantes; 10 municípios possuíam entre 5 mil e 10 mil habitantes; 7 municípios possuíam entre 10 mil e 50 mil habitantes e 1 município com população entre 100 mil e 500 mil habitantes. Ou seja, a região possuía, em 1991, mais de 70% dos seus municípios com população inferior a 10 mil habitantes, polarizando com um único município de grande porte. Com isso, observa-se que a região de São José do Rio Preto apresentava, em 1991, uma rede urbana, cuja forma se assemelhava à da região de Araçatuba e de Bauru, ou seja, piramidal, com a diferença de possuir uma maior proporção de pequenos municípios. Em 2000, essa estrutura na distribuição dos municípios da região de Rio Preto sofre uma importante alteração, expressa, por um lado, pelo crescimento na participação da classe de municípios de até 5 mil habitantes, e, por outro, do aumento da participação da classe de municípios com população entre 10 mil e 20 mil habitantes. Essas alterações na hierarquia dos municípios da região ocorreram em função de dois fatores: os desmembramentos municipais da década de 1990 e o próprio crescimento populacional dos municípios. Já em 2007, na ausência de desmembramentos municipais, a distribuição dos municípios pelas classes populacionais permaneceu, praticamente, a mesma, sendo que as principais Pólo Econômico de São José do Rio Preto 41 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP alterações foram expressas pela diminuição na participação dos micro-municípios; aumento na participação da classe de 10 mil a 20 mil habitantes e da classe de 50 mil a 100 mil habitantes. Com relação ao primeiro fator de alteração da hierarquia dos municípios, tem-se o processo emancipatório recente. A partir dos dados do quadro 3, observa-se que, entre 1991 e 2000, o país registrou a ocorrência de 1.405 desmembramentos municipais – número que representou ¼ do total dos municípios existentes no Brasil, em 2000 (Siqueira, 2003). Quadro 3: Número de municípios criados, durante a década de 1990 RG São José Rio Preto, Estado de São Paulo, Região Sudeste e Brasil (*) 1991-2000 RG São José São Paulo Rio Preto Classes de municípios n % n % Sudeste Brasil n % n % Até 5.000 habitantes 5.000 a 10.000 habitantes 10.000 a 20.000 habitantes 20.000 a 50.000 habitantes 50.000 a 100.000 habitantes 100.000 a 500.000 habitantes 3 0 0 0 0 0 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 50 12 6 4 0 1 68,5 16,4 8,2 5,5 0,0 1,4 116 87 29 14 2 3 46,2 34,7 11,6 5,6 0,8 1,2 735 360 234 61 11 4 52,3 25,6 16,7 4,3 0,8 0,3 Total 3 100,0 73 100,0 251 100,0 1.405 100,0 Fonte: Fundação IBGE, para Brasil e Sudeste apud GOMES & MACDOWELL, 2000. Fundação SEADE, para São Paulo e RG São José do Rio Preto apud SIQUEIRA, 2003. (*) Para Brasil e Sudeste, os dados são de 1997 – o que torna necessária atualização dos dados, incluindo os desmembramentos a partir de 1997. No caso do estado de São Paulo e da Região de São José do Rio Preto, a fonte utilizada inclui todos os desmembramentos ocorridos no período, atualizados até o ano de 2000. Desses 1.405 novos municípios brasileiros criados, 78% (1.095 municípios) tratavam-se de pequenos municípios, ou seja, possuíam população inferior a 10.000 habitantes, sendo que, 735 municípios possuíam menos de 5.000 habitantes. Destaca-se, ainda, que a mesma tendência observada em nível nacional foi registrada nas escalas sub-nacionais. Assim, observa-se que a região Sudeste seguiu a tendência nacional, registrando, no mesmo período, a ocorrência de 251 desmembramentos municipais, onde 81% (203 municípios) possuíam menos de 10.000 habitantes. Por sua vez, no estado de São Paulo, durante 1991 e 2000, foram criados 73 municípios, que correspondem a 11% do total dos municípios paulistas existentes, nos permitindo afirmar que o processo emancipatório recente foi mais significativo em nível nacional do que no contexto paulista. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 42 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Desses municípios, 62 (85%) possuíam população inferior a 10.000 habitantes; em contraste, foi criado somente um município no estado, no mesmo período, com população superior a 100.000 habitantes. Especificamente com relação ao estado de São Paulo, em Siqueira (2003) foi destacado que o processo emancipatório recente apresentou um significado peculiar: na década de 1990, ocorreu uma alteração na lógica de criação de municípios no estado. Nesse sentido, destaca-se que, até então, o ritmo do processo de criação de municípios, esteve diretamente relacionado pelo maior ou menor dinamismo econômico e populacional vivenciado pelas diferentes regiões paulistas. A partir de 1990, por sua vez, tendo já consolidado o processo de ocupação territorial do estado (Gonçalves, 1998), a lógica no desmembramento municipal passou a ser determinada, principalmente, pela dimensão político-institucional, a partir da qual a criação de um novo município não se constituiu na resultante direta de um significativo crescimento econômico e demográfico, mas teria representado um mecanismo para se beneficiar do espírito municipalista e descentralizante, presente na Constituição de 1988 (Siqueira, 2003). Assim, através da criação de novos municípios, grupos políticos locais buscavam ter acesso aos cargos públicos surgidos com o desmembramento e à parcela de transferências intergovernamentais proveniente, principalmente, do Fundo de Participação dos Municípios – FPM (Gomes e Mac Dowell, 2000 e 1997; Serra e Afonso, 1999). Por sua vez, se essas benesses foram o estímulo ao processo, o seu facilitador foi representado pelas regras e condições pouco rigorosas para a efetivação do processo de surgimentos de novos municípios, elaboradas pelas diferentes Assembléias Estaduais, favorecendo enormemente a proliferação de micro-municípios por todo o país (Tomio, 2002). A Região de São José do Rio Preto, assim como as Regiões de Araçatuba, Ribeirão Preto e Bauru, foi uma expressão desse fenômeno dentro do estado de São Paulo, pois, de acordo com os dados do quadro 3, observa-se que os três municípios criados tinham população inferior a 5 mil habitantes. Esses desmembramentos municipais contribuíram para que o número de municípios com até 5 mil habitantes passasse de 10 para 14, de 1991 para 2000, significando um aumento na participação desses municípios, na rede urbana regional, de 36 para 45% (quadro 2). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 43 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP O segundo fator de alteração na estrutura da hierarquia dos municípios, no período 1991 a 2000, é expresso pelo significativo crescimento populacional do município de Bady Bassit, a uma taxa de 8,17 % a.a. – bem superior à taxa regional (2,33% a.a.) –, que fez com que o município passasse de 5.659 para 11.475 habitantes (vide tabelas 9 e 10). Já em relação ao período 2000-2007, as principais alterações na estrutura de hierarquia de municípios relacionam-se, por um lado, ao crescimento populacional de três micro-municípios – Nova Aliança, Orindiúva e Ubarana – que contribuiu para que eles entrassem na classe de municípios de 5 mil a 10 mil habitantes (tabelas 9 e 10). Por outro lado, destaca-se o crescimento populacional dos municípios de Ibirá e Mirassol, que contribuiu para o aumento da participação das classes de municípios de 10 mil a 20 mil habitantes, e de 50 mil a 100 mil habitantes, respectivamente (tabelas 9 e 10). Com isso, a partir das alterações na estrutura de hierarquia dos municípios no período 19912007, ao final do período, a RG de São José do Rio Preto apresenta uma estrutura caracterizada por uma grande proporção de pequenos municípios (21 municípios com menos de 10.000 habitantes) – representando 68% dos municípios da região –, contrastando com o outro extremo da estrutura hierárquica, caracterizada pela existência de 1 município na casa dos 50 mil habitantes, e 1 município na casa dos 400 mil habitantes (tabela 9). Esse perfil de hierarquia de municípios assemelha-se ao perfil apresentado pelas Regiões de Araçatuba e de Bauru, onde se identificou a polarização de duas situações de organização do poder público local: por um lado, a prefeitura do município de maior porte populacional, com, potencialmente, maior margem de atuação, em função de maior recurso disponível e de uma organização institucional mais consolidada e com maior experiência prévia e, por outro, um grande número de prefeituras de pequeno porte, com menor margem de atuação devido a uma menor quantidade de recursos disponíveis, organização institucional reduzida e com pouca experiência prévia. Assim como nas Regiões de Araçatuba e de Bauru, esse perfil de hierarquia de municípios pode levar a um descompasso no governo local, em âmbito regional, representando uma dificuldade adicional na implementação de políticas públicas, particularmente as de transferências de renda, cuja performance é bastante influenciada pelas condições locais, tanto institucionais quanto de recursos humanos. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 44 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Movimentos Migratórios Inter e Intra-regional Até a década de 60, a Região se caracterizava como área de expulsão populacional. O período 1970/80 representou para a Região uma inversão da situação anterior, passando a caracterizá-Ia como importante pólo de atração populacional no Oeste Paulista, particularmente a cidade de Rio Preto. O quadro acima descrito se consolida no período 1980/91, no qual a Região apresentou um incremento populacional decenal de 75,0%. Diante disso, pode-se admitir, como hipótese, que houve um fluxo significativo de migração para a Região com origens em outros estados e em regiões próximas. A tendência apresentada pela Região em seu conjunto não se repete para todos os seus municípios. No período 1970/80, apenas os municípios de Bálsamo, Guapiaçu, !birá, José Bonifácio, Mirassol, Nova Aliança, Poloni, Potirendaba, São José do Rio Preto e Uchôa apresentaram acréscimos populacionais. Para o mesmo período apenas sete municípios apresentam saldo migratório positivo. A saber: Bálsamo, Guapiaçu. Mirassol, Nova Aliança, Potirendaba, Rio Preto e Uchôa, confirmando-se que para os municípios de Ibirá, José Bonifácio e Poloni o crescimento populacional se deu em função do saldo vegetativo (Tabela 11). A consolidação da Região como área de atração populacional no período 1980/91 se reflete na inversão do quadro para os municípios, no qual se tem vinte municípios que tiveram acréscimos populacionais. Apenas os municípios de Adolfo, Cedral, Jaci, Mendonça, Nova Aliança, Palestina, Planalto e Poloni não registraram ganhos populacionais (Tabela 11). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 45 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 11: Crescimento Absoluto Populacional, Crescimento Vegetativo e Saldo Migratório Região de Governo de São José do Rio Preto – 1970-2007 Crescimento Absoluto Crescimento Vegetativo Municípios 1970/80 1980/91 91/2000 2000/2007 1970/80 1980/91 91/2000 2000/2007 Adolfo Bady Bassit Bálsamo Cedral Guapiaçu Ibirá Icém Ipiguá Jaci José Bonifácio Mendonça Mirassol Mirassolândia Monte Aprazível Neves Paulista Nipoã Nova Aliança Nova Granada Onda Verde Orindiúva Palestina Paulo de Faria Planalto Poloni Potirendaba SJR Preto Tanabi Ubarana Uchôa União Paulista Zacarias RG S J RIO PRETO -358 -2.909 3.027 -334 1.565 975 -793 * -198 2.232 -203 7.734 -265 -562 -386 -334 1.500 -589 -159 -331 -3.104 -2.823 -1.207 309 1.965 66.467 -140 * 1.316 -249 * 72.146 -342 2.881 1.039 -497 3.885 466 926 * -563 3.489 -528 10.953 318 1.066 504 60 -82 3.428 810 905 -47 1.663 -585 -278 488 94.742 1.217 * 477 88 * 124.820 405 5.816 600 983 3.477 718 666 * 860 2.255 273 9.148 719 908 590 478 563 2.183 589 1.142 118 193 -1799 268 2.442 76.042 1.077 * 741 29 * 121.096 299 5.490 537 708 2.430 650 526 1.033 724 3.638 173 6.652 537 851 442 290 311 1.370 457 861 39 315 240 194 1.527 53.470 988 1.079 540 47 23 86.441 432 467 878 860 954 1.071 933 * 475 3.692 613 3.872 451 2.107 1.418 416 642 1.834 343 265 1.518 995 644 781 1.454 25.331 2.983 * 1.155 328 * 56.912 594 578 823 654 1.400 1198 811 * 577 4.151 566 5.296 425 2.139 1243 430 535 2.065 325 505 1243 962 842 675 1.599 37.318 3316 * 1212 225 * 71.707 297 704 520 186 1.067 699 622 97 277 3.311 203 3.952 291 1.215 505 224 304 1.594 279 452 551 894 381 278 712 27.985 1466 389 745 113 90 50.403 130 715 199 185 671 358 450 158 183 1.661 25 2.282 150 477 91 141 135 846 243 342 193 536 245 85 400 17.540 640 378 236 79 60 29.834 Saldo Migratório 1970/80 -790 -3.376 2.149 -1.194 611 -96 -1.726 * -673 -1.460 -816 3.862 -716 -2.669 -1.804 -750 858 -2.423 -502 -596 -4.622 -3.818 -1.851 -472 511 41.136 -3.123 * 161 -577 * 15.234 1980/91 -936 2.303 216 -1.151 2.485 -732 115 * -1.140 -662 -1.094 5.657 -107 -1.073 -739 -370 -617 1.363 485 400 -1.290 701 -1.427 -953 -1.111 57.424 -2.099 * -735 -137 * 53.113 91/2000 2000/2007 108 5.112 80 797 2.410 19 44 * 583 -1.056 70 5.196 428 -307 85 254 259 589 310 690 -433 -701 -2.180 -10 1.730 48.057 -389 * -4 -84 * 70.693 169 4.775 338 523 1.759 292 76 875 541 1.977 148 4.370 387 374 351 149 176 524 214 519 -154 -221 -5 109 1.127 35.930 348 701 304 -32 -37 56.607 Fonte: Fundação IBGE. Censos Demográficos de 1970 a 2000; Fundação SEADE. Projeção populacional de 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. (*) Dados não disponíveis - municípios criados na década de 1990 Pólo Econômico de São José do Rio Preto 46 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP A participação da migração no incremento populacional da Região no período 1970/80 foi de 21,12%. Do conjunto da Região, destaca-se, nesse período, o Município-sede, São José do Rio Preto, onde a migração representou 61,9% de seu incremento absoluto (Vidal, 1993). Os municípios da Região que registraram ganhos populacionais significativos nos anos 80 se localizam próximos a Rio Preto, que aumenta sua importância e área de influência intra e inter-regional, à medida que novos investimentos são implantados. Os municípios mais distantes, como Paulo de Faria, Orindiúva, Palestina e Icém, caracterizam-se como áreas expulsoras de população. (Tabela 11) A Região, nos anos 70, passou a se configurar como importante pólo de atração populacional no Interior de São Paulo. O seu saldo migratório no período foi de 15.234. O Município de Rio Preto se sobressaiu por apresentar um saldo migratório de 41.136 pessoas. Além de Rio Preto, destacaram-se na década de 1970/80 os municípios de Mirassol e Bálsamo, com saldos migratórios de 3.862 e 2.149, respectivamente. (Tabela 11). No tocante à década de 90, o saldo migratório da Região cresceu significativamente: de 53.113 pessoas entre 1980/91, para 70.693 no período 1991/2000. O município-sede, no entanto, diminuiu seu volume migratório: de 57.424 entre 1980/91, para 48.057 entre 1991/2000. O aumento no número de imigrantes se deve, em parte, pelo fato de poucos municípios da Região apresentar saldos migratórios negativos. De modo geral, as pequenas e médias cidades reverteram sua condição de área de expulsão de população ou diminuíram seu ritmo de emigração (Tabela 11). No decorrer dos anos de 2000, o saldo migratório da Região diminui para 56.607 migrantes. A despeito de tal fato, apenas cinco municípios apresentam saldos migratórios negativos. O município-sede recebeu ainda menos imigrante quando comparado ao período anterior e à década de 80, - apesar de ainda abrigar 63,4% de todos os imigrantes que procuram a Região. Embora o volume imigratório tenha diminuído, a participação da migração no incremento populacional da RG de São José do Rio Preto é ainda bastante relevante: de 65% no período 2000/2007 (Tabela 11). Com relação aos fluxos migratórios interestaduais no período 70-80, destacamse os migrantes com origens nos Estados de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul e Bahia (Vidal, 1993). Dados do período 1995/2000 apontam que tais Estados continuam a enviar significativas levas migratórias à RG de São José do Rio Preto. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 47 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Nesses últimos anos, o principal fluxo provém das Regiões Nordeste, Centro-oeste e Sudeste (exceto Estado de São Paulo) (Tabela 12). Tabela 12: Movimentos Migratórios Interestaduais Região de Governo de São José Rio Preto 1995/2000 Grandes Regiões e Estados Valor Absoluto do Fluxo Distribuição Relativa Região Sudeste (exceto SP) 3.651 22,4 Região Sul 2.298 14,1 Paraná 1.884 11,5 Região Centro Oeste 4.447 27,2 2.114 12,9 Mato Grosso do Sul Região Nordeste 4.590 28,1 Bahia 2.619 16,0 Região Norte 1.291 7,9 Brasil s/ espec. e s/ decl. Total Interestadual 50 16.327 0,3 100,0 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. No que se refere à origem das pessoas que se deslocaram dentro do Estado de São Paulo para a Região de Governo de Rio Preto, observa-se que as Regiões de Governo que mais contribuíram com volume de imigração, na década de 1980, foram: Região Metropolitana de São Paulo, Votuporanga, Catanduva, Araçatuba, Barretos, Jales e Fernandópolis (Fundação SEADE, 1990). A análise do período recente mostra que, 33,81% dos imigrantes intra-estaduais provêm da Região Metropolitana de São Paulo e 6% da RG de Campinas. Dentre as trocas migratórias com Regiões próximas, observa-se que as RGs de Votuporanga, Araçatuba e Barretos são as que mais “perdem” população para a RG de São José do Rio Preto com, respectivamente, 9%, 7% e 6% do volume de imigrante intra-estadual total (Tabela 13). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 48 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 13: Movimentos Migratórios Intra-Estaduais Região de Governo de São José do Rio Preto 1995/2000 Origem dos Imigrantes Valor Absoluto dos Fluxos Distribuição Relativa (%) 15.550 4.431 3.465 2.781 2.774 2.308 2.125 1.961 1.544 9.049 45.988 33,81 9,64 7,53 6,05 6,03 5,02 4,62 4,26 3,36 19,68 100,00 Região Metropolitana de São Paulo Votuporanga Araçatuba Barretos Campinas Jales Catanduva Fernandópolis Andradina Outras RGs Total Intra-Estadual Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. . Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Em se tratando da emigração, dentre as Regiões do Estado de São Paulo mais procuradas pelos migrantes que saem da RG de São José do Rio Preto estão a RM de são Paulo e as RGs de Votuporanga, Campinas, Catanduva, Araçatuba e Barretos (Tabela 14). Tais Regiões são, também, as que mais enviam população para RG de Rio Preto, ou seja, tratam-se das áreas mais dinâmicas em termos de troca populacionais (Tabela 15). Tabela 14: Movimentos Emigratórios Intra-Estadual Região de Governo de São José do Rio Preto 1995/2000 Destino dos Emigrantes Valor Absoluto dos Fluxos Distribuição Relativa (%) RM São Paulo 3.763 8,99 Votuporanga 2.118 5,06 Campinas 1.621 3,87 Catanduva 1.527 3,65 Araçatuba 1.493 3,57 Barretos 1.437 3,43 Ribeirão Preto 1.133 2,71 Fernandópolis 904 2,16 Pólo Econômico de São José do Rio Preto 49 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Jales 868 2,07 26.993 64,49 Total Estado de São Paulo 41.857 100,00 Total Intra-Estadual 41.857 84,49 7.686 15,51 49.543 100,00 Outras RGs Outros Estados Total Brasil Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. A análise da Tabela 15 mostra ainda, que – de modo geral – na maioria dos fluxos migratórios estabelecidos com a RG de São José do Rio Preto o número de imigrantes sempre excede ao número de emigrantes, resultando em todas as trocas populacionais saldos migratórios positivos para a Região, inclusive em relação à RM de São Paulo, da qual a RG de Rio Preto “ganhou” 15.550 migrantes e “perdeu” apenas 3.763 pessoas, no período 1995/2000 (Tabela 15). Todavia, vale destacar o caso das migrações estabelecidas com outras RGs, nas quais o número de migrantes que saem da Região é bastante alto (27.599), o que leva um saldo migratório negativo em 18.550 pessoas (Tabela 15). Tabela 15: Trocas Líquidas Populacionais Intra-Estaduais Região de Governo de São José do Rio Preto 1995/2000 Regiões RM São Paulo Imigrantes para a RG Emigrantes da RG Troca Líquida 15.550 3.763 11.787 Votuporanga 4.431 2.118 2.313 Araçatuba 3.465 1.493 1.972 Barretos 2.781 1.437 1.344 Campinas 2.774 1.621 1.153 Jales 2.308 868 1.440 Catanduva 2.125 1.527 598 Fernandópolis 1.961 904 1.057 Andradina 1.544 527 1.017 Outras RGs 9.049 27.599 -18.550 45.988 41.857 4.131 Total Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 50 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP De modo geral, no intervalo 1995/2000, a RG de São José do Rio Preto recebeu ao todo 62.355 migrantes, dos quais 16.327 eram de outros Estados (Tabela 12) e 45.988 provinham do próprio Estado de São Paulo (Tabela 13). Em se tratando da emigração, a Região “perdeu” 41.857 pessoas para outras Regiões do Estado de São Paulo e 7.686 para outros Estados, totalizando 49.543 emigrantes (Tabela 14). No contexto intra-regional, segundo PERILLO (1990), dentre os movimentos migratórios ocorridos nos anos 70 destacam-se os municípios que estabelecem trocas importantes com o Município-sede: Mirassol, Cedral, Guapiaçu, Nova Granada e Mirassolândia (municípios limítrofes) e José Bonifácio, Paulo de Faria. Monte Aprazível, Potirendaba, Palestina e Tanabi (municípios mais afastados). As trocas migratórias estabelecidas entre os demais municípios da Região apontam para a configuração de outros pólos secundários de atração populacional, principalmente Mirassol, que apresentou ganhos líquidos populacionais nas trocas efetuadas com municípios circunvizinhos como Neves Paulista, Bálsamo, Tanabi e Monte Aprazível, além de municípios mais afastados como Planalto (tabela 16). Tabela 16: Volumes de Imigração e Emigração Intra-Regional Região de Governo de São José do Rio Preto 1995/2000 Municípios da RG Adolfo Bady Bassit Bálsamo Cedral Guapiaçu Ibirá Icém Ipiguá Jaci José Bonifácio Mendonça Mirassol Mirassolândia Monte Aprazível Neves Paulista Nipoã Nova Aliança Nova Granada Onda Verde Orindiúva Imigrantes 240 2.104 376 521 1.045 124 206 680 443 998 305 1.765 378 732 392 308 416 463 489 194 Emigrantes Saldo Migratório Intra-Regional 189 668 547 292 509 346 332 258 222 871 278 2.224 145 912 502 158 407 1.070 183 192 Pólo Econômico de São José do Rio Preto 51 1.436 -171 229 536 -222 -126 422 221 127 27 -459 233 -180 -110 150 9 -607 306 2 51 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Palestina Paulo de Faria Planalto Poloni Potirendaba SJR Preto Tanabi Ubarana Uchôa União Paulista Zacarias RG S J RIO PRETO 391 150 135 186 651 6.330 686 164 259 109 138 491 668 217 397 568 6.740 1.369 159 285 106 73 -100 -518 -82 -211 83 -410 -683 5 -26 3 65 21.378 21.378 0 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Tabulações Especiais NEPO/UNICAMP. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. As tabelas 16 e 17 ilustram os movimentos migratórios intra-regionais, no período 1995/2000. Observa-se que o município-sede, apesar de concentrar os fluxos migratórios, do ponto de vista intra-regional, perdeu população (saldo migratório negativo em 410 pessoas) principalmente para Bady Bassit, município este de maior saldo migratório da Região. Contudo, São José do Rio Preto continua a receber um contingente populacional considerável, com destaque aos fluxos vindos de Mirassol e Tanabi, cidades que, por sua vez, se destacaram pela emigração. Nota-se, pois, a polarização das trocas populacionais pelo município-sede, na medida em que os movimentos migratórios intra-regionais numericamente mais importantes foram com ele estabelecidos. Tabela 17: Fluxos Migratórios Intra-Regionais Numericamente mais Importantes RG de São José do Rio Preto 1995/2000 Imigrantes Emigrantes Destino Municípios Adolfo S José Rio Preto % Municípios n % 110 45,83 Mendonça 58 30,69 José Bonifácio 32 13,33 José Bonifácio 48 25,40 Mendonça 29 12,08 S José Rio Preto 41 21,69 Outros 69 28,75 Outros 42 22,22 240 100,00 Total 189 100,00 1.601 76,09 S José Rio Preto 247 36,98 Potirendaba 94 4,47 José Bonifácio 77 11,53 Nova Aliança 72 3,42 Potirendaba 75 11,23 Total Bady Bassit n S José Rio Preto Pólo Econômico de São José do Rio Preto 52 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Outros 337 16,02 Outros 269 40,27 2.104 100,00 Total 668 100,00 110 29,26 Mirassol 258 47,17 Tanabi 93 24,73 S José Rio Preto 108 19,74 Mirassol 80 21,28 Tanabi 82 14,99 Outros 93 24,73 Outros 99 18,10 376 318 100,00 61,04 Total S José Rio Preto 547 105 100,00 35,96 Guapiaçu 88 16,89 Uchôa 52 17,81 Potirendaba 21 4,03 Potirendaba 40 13,70 Outros 94 18,04 Outros 95 32,53 521 655 100,00 62,68 Total S José Rio Preto 292 270 100,00 53,05 Ipiguá 63 6,03 Cedral 88 17,29 Bady Bassitt 51 4,88 Mirassolândia 74 14,54 276 26,41 Outros 77 15,13 1.045 50 100,00 40,32 Total S José Rio Preto 509 211 100,00 60,98 Potirendaba 24 19,35 Potirendaba 50 14,45 Cedral 16 12,90 Bálsamo 27 7,80 Outros 34 27,42 Outros 58 16,76 124 78 100,00 37,86 Total S José Rio Preto 346 229 100,00 68,98 S José Rio Preto 71 34,47 Mirassol 50 15,06 Palestina 21 10,19 Bady Bassitt 15 4,52 Outros 36 17,48 Outros 38 11,45 206 556 100,00 81,76 Total S José Rio Preto 332 77 100,00 29,84 Bady Bassitt 30 4,41 Guapiaçu 63 24,42 Mirassolândia 26 3,82 Uchôa 36 13,95 Outros 68 10,00 Outros 82 31,78 680 166 100,00 37,47 Total Mirassol 258 146 100,00 65,77 Total Bálsamo Cedral Guapiaçu S José Rio Preto Total S José Rio Preto Total S José Rio Preto Outros Ibirá Icém Ipiguá Jaci Total S José Riio Preto Total Nova Granada Total S José Rio Preto Total Mirassol Pólo Econômico de São José do Rio Preto 53 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP S José Rio Preto José Bonifácio Mendonça Mirassol Mirassolândia Monte Aprazível Neves Paulista 126 28,44 Neves Paulista 22 9,91 Neves Paulista 74 16,70 Bady Bassitt 18 8,11 Outros 77 17,38 Outros 36 16,22 Total S José Rio Preto 443 249 100,00 24,95 Total S José Rio Preto 222 310 100,00 35,59 Mirassol 102 10,22 Mirassol 99 11,37 Ubarana 89 8,92 Nipoã 80 9,18 Outros 558 55,91 Outros 382 43,86 Total S José Rio Preto 998 91 100,00 29,84 Total José Bonifácio 871 72 100,00 25,90 Potirendaba 61 20,00 S José Rio Preto 71 25,54 Adolfo 58 19,02 Bady Bassitt 59 21,22 Outros 95 31,15 Outros 76 27,34 Total S José Rio Preto 305 673 100,00 38,13 Total S José Rio Preto 278 1.240 100,00 55,76 Bálsamo 258 14,62 Neves Paulista 180 8,09 Tanabi 239 13,54 Jaci 166 7,46 Outros 595 33,71 Outros 638 28,69 1.765 192 100,00 50,79 Total S José Rio Preto 2.224 59 100,00 40,69 Guapiaçu 74 19,58 Ipiguá 26 17,93 Tanabi 53 14,02 Bálsamo 18 12,41 Outros 59 15,61 Outros 42 28,97 Total S José Rio Preto 378 203 100,00 27,73 Total S José Rio Preto 145 338 100,00 37,06 Poloni 138 18,85 Tanabi 157 17,21 Tanabi 75 10,25 José Bonifácio 79 8,66 Outros 316 43,17 Outros 338 37,06 Total Mirassol 732 180 100,00 45,92 Total S José Rio Preto 912 225 100,00 44,82 Monte Aprazível 63 16,07 Mirassol 85 16,93 S José Rio Preto 53 13,52 Jaci 74 14,74 Total S José Rio Preto Pólo Econômico de São José do Rio Preto 54 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Outros Nipoã Nova Aliança Nova Granada 96 24,49 Outros 118 23,51 392 80 100,00 25,97 Total José Bonifácio 502 53 100,00 33,54 Monte Aprazível 53 17,21 Monte Aprazível 50 31,65 Planalto 44 14,29 União Paulista 18 11,39 Outros 131 42,53 Outros 37 23,42 Total S José Rio Preto 308 212 100,00 50,96 Total S José Rio Preto 158 143 100,00 35,14 Mirassol 56 13,46 Bady Bassitt 72 17,69 Bady Bassitt 42 10,10 Ubarana 35 8,60 Outros 106 25,48 Outros 157 38,57 Total S José Rio Preto 416 135 100,00 29,16 Total S José Rio Preto 407 532 100,00 49,72 Paulo de Faria 120 25,92 Onda Verde 187 17,48 87 18,79 Palestina 124 11,59 Outros 121 26,13 Outros 227 21,21 Total S José Rio Preto 463 215 100,00 43,97 Total Nova Granada 1.070 53 100,00 28,96 Nova Granada 187 38,24 S José Rio Preto 48 26,23 Ipiguá 26 5,32 Guapiaçu 39 21,31 Outros 61 12,47 Outros 43 23,50 489 85 100,00 43,81 Total S José Rio Preto 183 96 100,00 50,00 S José Rio Preto 62 31,96 Paulo de Faria 40 20,83 Palestina 24 12,37 Palestina 25 13,02 Outros 23 11,86 Outros 31 16,15 194 124 100,00 31,71 Total S José Rio Preto 192 238 100,00 48,47 Tanabi 87 22,25 Nova Granada 87 17,72 S José Rio Preto 79 20,20 Mirassol 26 5,30 Outros 101 25,83 Outros 140 28,51 Total S José Rio Preto 391 75 100,00 50,00 Total S José Rio Preto 491 348 100,00 52,10 Total José Bonifácio Palestina Onda Verde Orindiúva Palestina Paulo de Faria Total Paulo de Faria Total Nova Granada Pólo Econômico de São José do Rio Preto 55 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Planalto Poloni Potirendaba Orindiúva 40 26,67 Nova Granada 120 17,96 Mirassol 24 16,00 Orindiúva 85 12,72 Outros 11 7,33 Outros 115 17,22 150 51 100,00 37,78 Total Zacarias 668 76 100,00 35,02 S José Rio Preto 32 23,70 José Bonifácio 59 27,19 Zacarias 15 11,11 Nipoã 44 20,28 Outros 37 27,41 Outros 38 17,51 Total Monte Aprazível 135 73 100,00 39,25 Total S José Rio Preto 217 148 100,00 37,28 S José Rio Preto 60 32,26 Monte Aprazível 138 34,76 Tanabi 22 11,83 União Paulista 50 12,59 Outros 31 16,67 Outros 61 15,37 186 364 100,00 55,91 Total S José Rio Preto 397 295 100,00 51,94 Bady Bassitt 75 11,52 Bady Bassitt 94 16,55 Ibirá 50 7,68 Mendonça 61 10,74 162 24,88 Outros 118 20,77 651 1.240 100,00 19,59 Total Bady Bassitt 568 1.601 100,00 23,75 Tanabi 666 10,52 Mirassol 673 9,99 Nova Granada 532 8,40 Guapiaçu 655 9,72 Outros 3.892 61,48 Outros 3.811 56,54 Total S José Rio Preto 6.330 240 100,00 34,99 Total S José Rio Preto 6.740 666 100,00 48,65 Monte Aprazível 157 22,89 Mirassol 239 17,46 Mirassol 131 19,10 Bálsamo 93 6,79 Outros 158 23,03 Outros 371 27,10 Total José Bonifácio 686 79 100,00 48,17 Total José Bonifácio 1.369 89 100,00 55,97 Nova Aliança 35 21,34 Nipoã 43 27,04 Bálsamo 27 16,46 Guapiaçu 17 10,69 Outros 23 14,02 Outros 10 6,29 Total José Bonifácio Total S José Rio Preto Outros S. José Rio Preto Tanabi Ubarana Total Mirassol Pólo Econômico de São José do Rio Preto 56 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Uchôa União Paulista Zacarias Total S José Rio Preto 164 130 100,00 50,19 Total S José Rio Preto 159 161 100,00 56,49 Cedral 52 20,08 Guapiaçu 36 12,63 Ipiguá 36 13,90 Nova Granada 22 7,72 Outros 41 15,83 Outros 66 23,16 Total Poloni 259 50 100,00 45,87 Total S José Rio Preto 285 52 100,00 49,06 Mirassol 19 17,43 Mirassol 25 23,58 Nipoã 18 16,51 Poloni 11 10,38 Outros 22 20,18 Outros 18 16,98 Total Planalto 109 76 100,00 55,07 Total S José Rio Preto 106 44 100,00 60,27 S José Rio Preto 39 28,26 Planalto 15 20,55 Monte Aprazível 10 7,25 Mirassol 14 19,18 Outros 13 9,42 Outros 0 0,00 138 100,00 73 100,00 Total Total Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000 (tabulações especiais). Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 57 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Estrutura Etária da População Gráfico I Estrutura Etária por sexo RG São José do Rio Preto – 2000 Estrutura Etária - RG São José de Rio Preto - 2000 Homens Mulheres 80 anos e mais 75 a 79 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. De modo geral, a estrutura etária da RG de São José do Rio Preto tende a parecer bastante com a estrutura etária do município-sede, na medida em que São José do Rio Preto concentra 55,2% da população de toda a Região. A análise da pirâmide etária da Região revela que, nas faixas de idade mais novas, há uma leve predominância de homens. Contudo, como geralmente as taxas de mortalidade masculinas tendem a ser mais elevadas que as femininas, a predominância masculina vai sendo progressivamente reduzida até que nas idades mais avançadas o número de mulheres supere o de homens (Gráfico I). A base estreita da pirâmide se reporta a taxas mais baixas de fecundidade para o ano de 2000. A cúspide não muito fina aponta, por sua vez, para o aumento da expectativa de vida e o conseqüente envelhecimento da população. O fato de a pirâmide ser mais larga no meio, principalmente entre a faixa dos 10 aos 24 anos, revela altas taxas de fecundidade das gerações anteriores. É importante ressaltar ainda, que a concentração da população no grupo adulto indica a predominância da população em idade ativa (PIA) e, por conseguinte, uma razão de dependência equilibrada (Gráfico I). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 58 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico II Gráfico III Estrutura etária por sexo Estrutura etária por sexo Adolfo - 2000 Bady Bassit - 2000 Estrutura Etária - Bady Bassit - 2000 Estrtura Etária - Adolfo - 2000 Homens Homens Mulheres 80 anos e mais Mulheres 80 anos e mais 75 a 79 anos 75 a 79 anos 70 a 74 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 0 a 4 anos 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Gráfico IV Gráfico V Estrutura etária por sexo Estrutura etária por sexo Bálsamo - 2000 Cedral - 2000 Estrutura Etária - Cedral - 2000 Estrutra Etária - Bálsamo - 2000 Homens Homens Mulheres 75 a 79 anos 75 a 79 anos 70 a 74 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 0 a 4 anos 6,00 Mulheres 80 anos e mais 80 anos e mais 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 59 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico VI Gráfico VII Estrutura etária por sexo Estrutura etária por sexo Guapiaçu - 2000 Ibirá - 2000 Estrutra Etária - Ibirá - 2000 Homens Mulheres Estrutra Etária - Guapiaçu - 2000 80 anos e mais Homens Mulheres 75 a 79 anos 80 anos e mais 70 a 74 anos 75 a 79 anos 65 a 69 anos 70 a 74 anos 60 a 64 anos 65 a 69 anos 55 a 59 anos 60 a 64 anos 50 a 54 anos 55 a 59 anos 45 a 49 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 0 a 4 anos 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Gráfico VIII Gráfico IX Estrutura etária por sexo Estrutura etária por sexo Icém - 2000 Ipiguá - 2000 Estrutura Etária - Icém - 2000 Homens Mulheres Estrutura Etária - Ipiguá - 2000 80 anos e mais Homens 75 a 79 anos Mulheres 80 anos e mais 70 a 74 anos 75 a 79 anos 65 a 69 anos 70 a 74 anos 60 a 64 anos 65 a 69 anos 55 a 59 anos 60 a 64 anos 50 a 54 anos 55 a 59 anos 45 a 49 anos 50 a 54 anos 40 a 44 anos 45 a 49 anos 35 a 39 anos 40 a 44 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 6,00 0 a 4 anos 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 60 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico X Gráfico XI Estrutura etária por sexo Estrutura etária por sexo Jaci - 2000 José Bonifácio - 2000 Estrutura Etária - José Bonifácio - 2000 Estrutura Etária - Jaci - 2000 Homens Homens Mulheres Mulheres 80 anos e mais 80 anos e mais 75 a 79 anos 75 a 79 anos 70 a 74 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 0 a 4 anos 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Gráfico XII Gráfico XIII Estrutura etária por sexo Estrutura etária por sexo Mendonça - 2000 Mirassol - 2000 Estrutura Etária - Mirassol - 2000 Estrutura Etária - Mendonça - 2000 Homens Homens Mulheres Mulheres 80 anos e mais 80 anos e mais 75 a 79 anos 75 a 79 anos 70 a 74 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 0 a 4 anos 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 61 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico XIV Gráfico XV Estrutura etária por sexo Estrutura etária por sexo Mirassolândia - 2000 Monte Aprazível - 2000 Estrutura Etária - Mirassolândia - 2000 Estrutura Etária - Monte Aprazível - 2000 Homens Mulheres Homens Mulheres 80 anos e mais 80 anos e mais 75 a 79 anos 75 a 79 anos 70 a 74 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 6,00 0 a 4 anos 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Gráfico XVI Gráfico XVII Estrutura etária por sexo Estrutura etária por sexo Neves Paulista - 2000 Nipoã - 2000 Estrutura Etária - Neves Paulista - 2000 Estrutura Etária - Nipoã - 2000 Homens Mulheres Homens Mulheres 80 anos e mais 80 anos e mais 75 a 79 anos 75 a 79 anos 70 a 74 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 6,00 0 a 4 anos 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 62 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico XVIII Gráfico XIX Estrutura etária por sexo Estrutura etária por sexo Nova Aliança - 2000 Nova Granada - 2000 Estrutura Etária - Nova Aliança - 2000 Estrutra Etária - Nova Granada - 2000 Homens Mulheres Homens Mulheres 80 anos e mais 80 anos e mais 75 a 79 anos 75 a 79 anos 70 a 74 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 6,00 0 a 4 anos 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Gráfico XX Gráfico XXI Estrutura etária por sexo Estrutura etária por sexo Onda Verde - 2000 Orindiúva - 2000 Estrutura Etária - Orindiúva - 2000 Homens Mulheres 80 anos e mais Estrutura Etária - Onda Verde - 2000 75 a 79 anos Homens Mulheres 70 a 74 anos 80 anos e mais 65 a 69 anos 75 a 79 anos 60 a 64 anos 70 a 74 anos 55 a 59 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 50 a 54 anos 55 a 59 anos 45 a 49 anos 50 a 54 anos 40 a 44 anos 45 a 49 anos 35 a 39 anos 40 a 44 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 0 a 4 anos 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 63 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico XXII Gráfico XXIII Estrutura etária por sexo Estrutura etária por sexo Palestina - 2000 Paulo de Faria - 2000 Estrutura Etária - Palestina - 2000 Homens Estrutura Etária - Paulo de Faria - 2000 Mulheres Homens 80 anos e mais 75 a 79 anos 70 a 74 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 6,00 Mulheres 80 anos e mais 75 a 79 anos 0 a 4 anos 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Gráfico XIV Gráfico XXV Estrutura etária por sexo Estrutura etária por sexo Planalto - 2000 Poloni - 2000 Estrutura Etária - Planalto - 2000 Homens Mulheres Estrutura Etária - Poloni - 2000 80 anos e mais Homens 75 a 79 anos Mulheres 80 anos e mais 70 a 74 anos 75 a 79 anos 65 a 69 anos 70 a 74 anos 60 a 64 anos 65 a 69 anos 55 a 59 anos 60 a 64 anos 50 a 54 anos 55 a 59 anos 45 a 49 anos 50 a 54 anos 40 a 44 anos 45 a 49 anos 35 a 39 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 6,00 0 a 4 anos 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 64 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico XXVI Gráfico XXVII Estrutura etária por sexo Estrutura etária por sexo Potirendaba - 2000 São José do Rio Preto - 2000 Estrutura Etária - Potirendaba - 2000 Estrutura Etária - São José do Rio Preto - 2000 Homens Mulheres Homens 80 anos e mais 75 a 79 anos 80 anos e mais 70 a 74 anos 75 a 79 anos 65 a 69 anos 70 a 74 anos Mulheres 65 a 69 anos 60 a 64 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 6,00 0 a 4 anos 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Gráfico XXVIII Gráfico XXIX Estrutura etária por sexo Estrutura etária por sexo Tanabi - 2000 Ubarana - 2000 Estrutura Etária - Ubarana - 2000 Estrutura Etária - Tanabi - 2000 Homens Homens Mulheres 75 a 79 anos 75 a 79 anos 70 a 74 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 0 a 4 anos 6,00 Mulheres 80 anos e mais 80 anos e mais 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 65 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico XXX Gráfico XXXI Estrutura etária por sexo Estrutura etária por sexo Uchôa - 2000 União Paulista - 2000 Estrutura Etária - Uchoa - 2000 Estrutura Etária - União Paulista - 2000 Homens Mulheres Homens 80 anos e mais 75 a 79 anos 80 anos e mais 70 a 74 anos 75 a 79 anos Mulheres 70 a 74 anos 65 a 69 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 0 a 4 anos 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Gráfico XXXII Estrutura etária por sexo Zacarias - 2000 Estrutura Etária - Zacarias - 2000 Homens Mulheres 80 anos e mais 75 a 79 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 6,00 4,00 Fonte: 2,00 Fundação 0,00 IBGE. Censo 2,00 4,00 Demográfico 6,00 de 2000. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdades e Indicadores para Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2009. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 66 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Referências Bibliográficas GOMES, G. M.; MAC DOWELL, M. C. Descentralização política, federalismo fiscal e criação de Municípios: o que é mau para o econômico nem sempre é bom para o social. Texto para Discussão n.706, Brasília, IPEA, fev.2000. ______. Os elos frágeis da descentralização: observações sobre as finanças dos Municípios Brasileiros, 1995. In: ENCONTRO NACIONAL DOS CENTROS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA, 25., 1997, Recife. Anais... Rio de Janeiro: ANPEC, 1997. GONÇALVES, M. F. As engrenagens da locomotiva. Campinas, 1998. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas. SÃO PAULO. Secretaria de Economia e Planejamento-Seplan/Car. Diagnóstico da 9º Região Administrativa: Araçatuba. São Paulo, fev.1972. SERRA, J.; AFONSO, J. R. R. O federalismo fiscal à brasileira: algumas reflexões. 1999. (Texto apresentado no Forum of Federations Internacional Conference of Federalism, Canadá, apoio do BNDES). SIQUEIRA, C. G. Emancipação Municipal Pós Constituição de 1988: um estudo sobre o processo de criação dos novos Municípios Paulistas. Campinas, 2003, 236f. Dissertação (Mestrado em Ciência Política) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas. TOMIO, F. R. L. Instituições, processo decisório e relações executivolegislativo nos Estados: estudo comparativo sobre o processo de criação após a Constituição de 1988. Campinas, 2002. Tese (Doutorado em Ciência Política) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas. VIDAL, M. S. Região de Governo de São José do Rio Preto. Texto NEPO 24, Nepo/Unicamp, 1993. (Migração em São Paulo 3). ANEXO I - Municípios da Região de Governo de São José do Rio Preto 12345678910 11 12 13 14 15 16 - Adolfo Bady Bassit Bálsamo Cedral Guapiaçu Ibirá Icém Ipiguá Jaci José Bonifácio Mendonça Mirassol Mirassolândia Monte Aprazível Neves Paulista Nipoã 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 - Nova Aliança Nova Granada Onda Verde Orindiúva Palestina Paulo de Faria Planalto Poloni Potirendaba SJR Preto Tanabi Ubarana Uchôa União Paulista Zacarias Pólo Econômico de São José do Rio Preto 67 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Pólo Econômico de São José do Rio Preto 68 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Capítulo 3 – A Questão Social no Pólo de São José do Rio Preto5 Introdução A análise da questão social nas espacialidades estudadas no Estado de São Paulo concentra-se em três vertentes. A primeira tem por objeto a pobreza e a desigualdade, indicando as tendências observadas entre os anos 1991 e 2000, com base nos dados censitários, que são os únicos disponíveis para a análise dessas regiões; bem como evidenciando para esses períodos as desigualdades entre as regiões analisadas. A segunda toma por objeto as mudanças na família e as mudanças na provisão familiar nesse período, relacionando-as a mudanças demográficas e a mudanças no papel da mulher na sociedade, dando destaque ao aumento da participação desta no mercado de trabalho e na responsabilidade pela manutenção do domicílio. Nesta vertente ressaltam-se a importância do conhecimento das mudanças na família e no domicílio como elementos importantes para o planejamento e implementação de políticas de proteção social. O destaque é dado à política de transferência de renda, que tem a família como principal unidade de referência. A terceira vertente trata das políticas sociais, privilegiando quatro aspectos, quais sejam, identificar nas distintas espacialidades o perfil da recente política de transferência de renda, os programas de apoio ao migrante pobre, o acesso e a qualidade dos serviços básicos de educação e de saúde. 1. Renda, Pobreza e Desigualdade no Pólo Regional de São José do Rio Preto Renda e população O pólo de São José do Rio Preto, com uma população de 711.801 pessoas que concentra 1,8% da população do estado, respondia, em 2005, por 1,19% do PIB estadual. Em termos de renda, no ano 2000, o pólo de São José do Rio Preto detinha 5 Ficha Técnica: Coordenação: Lilia Montali, Coordenação Adjunta: Eugenia Troncoso Leone e Stella Barberá da Silva Telles, Assistentes de Pesquisa: Fabiana de Andrade, Luciana Ramirez Cruz, Marcelo Tavares de Lima e Alessandra Scalioni Brito, Auxiliares de pesquisa: Bruno Martins de Oliveira e Edina Paula Souza. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 69 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP uma renda domiciliar per capita de R$ 415,4, inferior à média estadual em 6,0%. Sua renda era menor do que à do conjunto do Estado e também do que às das três regiões metropolitanas paulistas, bem como às dos pólos de São José dos Campos e Ribeirão Preto Gráfico 1. Gráfico 1 Renda Domiciliar per capita. Estado de São Paulo, Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000 RENDA DOMICILIAR PER CAPITA - 2000 76,5 84,3 85,3 Pres. Araçatuba Sorocaba Prudente 92,4 94,0 95,6 96,5 98,7 100,0 108,4 114,7 Bauru S. José Rio Preto S. José Campos Ribeirão Preto RM Baix. Santista Est. São Paulo RM Campinas RM São Paulo Fonte: Censo Demográfico, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdade e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP – FINEP. Em 2000, o pólo de São José do Rio Preto participava com 1,65% da renda domiciliar do estado, superior somente à dos pólos de Araçatuba, Bauru e Presidente Prudente. Na década de 90 a taxa anual de crescimento da renda domiciliar total de São José do Rio Preto foi de 5,4% ao ano e a da população de 2,3% ao ano6. Verificase que as taxas anuais de crescimento da renda total e da população foram superiores às do Estado na década de 90 (Tabela 1). Ao analisar o que ocorreu com a renda domiciliar no interior do pólo de São José do Rio Preto, com base nos seus municípios ordenados de maior a menor em função de sua renda domiciliar per capita em 2000 e atribuindo o valor 100 à renda domiciliar per capita e à população do pólo da São José do Rio Preto, o que sobressai é o elevado tamanho da população do município de São José do Rio Preto (55,2%). Os 6 Como salientado, é difícil a partir dos dados do censo avaliar o verdadeiro desempenho da economia paulista na década de 90, pois o ano de 1991 foi de atividade econômica muito baixa e a do ano 2000 razoável, o que leva a superestimar o verdadeiro desempenho desta economia na década de 90 Pólo Econômico de São José do Rio Preto 70 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP demais municípios participam com menos de 10% da população do pólo, sendo que os maiores são Mirassol (7,5%), e José Bonifácio (4,4%). Observa-se, também, que os municípios de São José do Rio Preto e Bálsamo possuíam renda domiciliar per capita superiores à do pólo de São José do Rio Preto (23,3% e 4,3% maior, respectivamente). O município de Mirassolândia apresentou a menor renda per capita (70,6% inferior à do pólo). Tabela 1: Renda domiciliar per capita, população e taxas de crescimento anual Pólo de São José do Rio Preto e Municípios 19910-2000 Pólo de São José do Rio Preto e municípios Renda domiciliar per capita 2000 População 2000 taxa variação anual 1991-2000 (*) renda domiciliar População total Pólo de São José do Rio Preto São José do Rio Preto Bálsamo José Bonifácio Guapiaçu Mirassol Monte Aprazível Neves Paulista Bady Bassitt Poloni Potirendaba Tanabi Orindiúva Mendonça Planalto Cedral Ibirá Nova Aliança Paulo de Faria Jaci Ipiguá Nova Granada Icém Uchoa Palestina Adolfo Nipoã Onda Verde Ubarana Zacarias União Paulista Mirassolândia 100,0 100,0 123,3 55,2 104,3 1,1 82,0 4,4 81,1 2,1 80,6 7,5 79,0 2,8 76,5 1,4 76,1 1,8 74,1 0,7 2,1 72,9 71,7 3,5 71,2 0,6 0,6 70,6 68,8 0,6 68,3 1,0 67,6 1,5 64,5 0,7 64,0 1,3 64,0 0,6 60,5 0,5 60,4 2,6 60,2 1,0 58,2 1,4 57,2 1,4 53,4 0,6 51,8 0,5 48,6 0,5 42,6 0,6 42,0 0,3 41,9 0,2 39,4 0,6 (*) OBS: os números negativos referem-se à variação no período 2,3 2,6 0,9 0,9 3,0 2,3 0,6 0,8 8,2 0,6 2,2 0,6 3,7 0,9 -4,4 1,8 0,9 1,4 0,2 2,6 1,5 1,2 0,9 0,1 1,3 1,7 2,1 0,3 2,4 5,4 5,5 9,5 5,4 8,8 5,0 4,6 5,7 10,4 3,0 6,4 5,3 5,6 3,0 3,5 5,2 4,9 3,1 2,2 10,0 2,6 1,6 1,5 0,3 3,8 4,1 2,6 4,3 3,4 Fonte: Censo Demográfico 1991, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 71 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Como mencionado, entre 1991 e 2000, a renda domiciliar total do pólo de São José do Rio Preto cresceu 5,4% ao ano enquanto a população cresceu a um ritmo de 2,3% ao ano. Merece registro, o reduzido crescimento populacional de vários municípios que constituem o pólo de São José do Rio Preto, alguns como é o caso de Planalto com taxa de crescimento negativa. Acima da média do pólo cresceram os municípios de São José do Rio Preto, Guapiaçu, Bady Bassitt, Orindiúva e Jaci. Quanto à renda domiciliar alguns municípios mostraram taxas de crescimento superiores à média do pólo (5,4% ao ano). Os destaques foram para Bálsamo, Guapiaçu, Bady Bassitt, Potirendaba, e Jaci. Entre estes municípios somente Bálsamo registrou reduzida taxa de crescimento de sua população. Pobreza, desigualdade e concentração de renda A proporção de pobres diminuiu na década de 90 no pólo de São José do Rio Preto de 12,4% para 10,1%. O gráfico 2 a seguir mostra a situação de pobreza deste pólo no ano de 2000 em comparação às três regiões metropolitanas paulistas e aos pólos regionais. Em 2000, a proporção de pobres no pólo de São José do Rio Preto era uma das menores depois da região metropolitana de Campinas.7. Gráfico 2 Proporção de pobres Estado de São Paulo, Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000 % POBRES - 2000 9,8 10,1 10,8 RM Campinas S. José Rio Preto Ribeirão Preto 11,9 Bauru 12,9 13,2 13,2 13,4 13,6 13,7 Araçatuba S. José Campos Sorocaba RM São Paulo Est. São Paulo RM Baix. Santista 19,7 Pres. Prudente Fonte: Censo Demográfico, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdade e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP – FINEP. 7 Utilizou-se uma linha de pobreza de ½ salário mínimo de 2000 (R$ 75,50). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 72 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP No que diz respeito à desigualdade, o índice de Gini do pólo de São José do Rio Preto não era dos mais elevados do estado (0,562) em 2000, bem como a relação entre as rendas médias dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres (3,69) era a menor. Assim, em termos de desigualdade, analogamente ao verificado com a pobreza, a situação do pólo era uma das melhores do Estado. Gráfico 3 Relação entre as rendas médias dos 10% mais ricos e os 40% mais pobres Estado de São Paulo, Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000. Relação rendas médias 10 % mais ricos e 40% mais pobres - 2000 3,69 4,09 S. José Rio Preto RM Baixada Santista 4,19 4,28 RM Sorocaba Campinas 4,46 4,55 4,94 5,41 S. José Campos Ribeirão Preto Bauru RM São Paulo 5,57 5,80 6,58 Est. São Araçatuba Pres. Paulo Prudente Fonte: Censo Demográfico, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdade e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP – FINEP. Quanto à concentração de renda, os 20% mais ricos do pólo de São José do Rio Preto concentravam 62,4% da renda em 2000. Este valor é, entretanto, relativamente elevado e muito semelhante ao da região metropolitana de São Paulo (Gráfico 4). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 73 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico 4 Renda apropriada pelos 20% mais ricos Estado de São Paulo, Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000 RENDA APROPRIADA PELOS 20% MAIS RICOS - 2000 58,3 59,2 59,5 59,5 RM Baix. Santista Sorocaba RM Campinas S. José Campos 60,5 61,9 62,4 62,9 Ribeirão Preto Bauru S. José Rio Preto RM São Paulo 63,0 65,6 66,0 Est. São Araçatuba Pres. Paulo Prudente Fonte: Censo Demográfico, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdade e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP – FINEP. Do ponto de vista dos municípios do pólo de São José do Rio Preto, as situações de pobreza (% de pobres), desigualdade (relação entre as rendas médias dos 10% mais ricos e 40% mais pobres) e concentração (20% mais ricos) são ilustradas na Tabela 2. Como os municípios estão ordenados conforme sua renda domiciliar per capita de 2000, de maior a menor observa-se uma correlação inversa entre renda per capita e proporção de pobres. Ou seja, a proporção de pobres é em geral maior para aqueles municípios com renda per capita menor. Ademais, nota-se que as proporções de pobres são muito heterogêneas em 2000. Abaixo da média do pólo encontravam-se os municípios de São José do Rio Preto, Guapiaçu, Mirassol, Neves Paulista, Baddy Bassitt e Orindiúva. Alguns municípios ainda que apresentem renda per capita não tão baixa apresentam significativa proporção de pobres. São os casos de José Bonifácio, Monte Aprazível, Poloni e Tanabi. As piores situações de pobreza em 2000 são encontradas em Planalto (29,3% de pobres), Mirassolândia (27,4%) e Paulo de Faria (26,7%). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 74 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 2: Pobreza, Concentração e Desigualdade da renda Domiciliar Pólo de São José do Rio Preto e Municípios 1991 – 2000 Pólo de São José do Rio Preto e Municípios % pobres 1991 Pólo de São José do Rio Preto São José do Rio Preto Bálsamo José Bonifácio Guapiaçu Mirassol Monte Aprazível Neves Paulista Bady Bassitt Poloni Potirendaba Tanabi Orindiúva Mendonça Planalto Cedral Ibirá Nova Aliança Paulo de Faria Jaci Ipiguá Nova Granada Icém Uchoa Palestina Adolfo Nipoã Onda Verde Ubarana Zacarias União Paulista Mirassolândia 12,2 5,1 20,1 18,2 13,8 10,6 23,8 20,5 14,5 22,4 22,3 28,0 22,7 27,2 29,1 26,2 18,8 20,7 27,5 26,8 18,7 18,7 20,7 30,9 18,0 27,7 17,8 37,0 28,5 2000 10,1 7,3 10,0 11,2 9,4 8,8 11,3 9,1 8,3 15,5 10,8 16,4 8,6 16,9 29,3 14,4 16,4 12,1 26,7 14,0 18,7 13,9 22,8 16,9 19,0 10,2 18,6 17,1 22,2 18,9 23,5 27,4 Proporção da renda apropriada pelos 20% mais ricos 1991 61,0 67,7 42,7 48,8 35,7 50,9 47,3 43,6 55,6 55,4 40,3 45,1 55,1 62,3 26,3 47,8 36,4 48,5 52,0 22,9 48,3 52,0 47,1 56,4 38,9 35,0 43,6 27,3 31,4 2000 62,4 68,9 64,1 56,1 53,0 52,3 50,9 47,8 43,7 50,4 46,9 48,6 44,3 50,7 53,5 42,8 47,6 41,9 51,8 39,6 40,8 41,9 50,2 42,6 41,4 30,0 37,6 19,5 24,1 18,5 27,5 10,4 Relação entre as rendas médias dos 10% mais ricos e 40% mais pobres 1991 2000 4,9 9,4 1,4 2,0 1,4 2,8 2,3 1,5 3,4 2,7 1,4 1,4 2,7 3,1 0,4 1,4 1,1 2,3 2,0 0,1 2,1 2,3 1,9 2,3 0,7 0,9 1,3 0,4 0,7 5,4 9,5 5,1 3,4 3,3 3,0 2,7 2,5 2,5 2,0 2,0 2,2 2,1 2,3 2,3 2,0 1,7 1,3 1,8 1,5 0,9 1,5 1,7 1,0 1,0 0,5 0,6 0,3 0,2 0,2 0,4 0,0 Fonte: Censo Demográfico 1991, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Deve-se mencionar que somente os municípios de Icém e São José do Rio Preto tiveram ampliação de suas proporções de pobres na década e os municípios de Planalto, Mirassolândia e Paulo de Faria mantiveram as mesmas proporções de Pólo Econômico de São José do Rio Preto 75 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP pobres. Todos os outros municípios tiveram decréscimo da proporção de pobres. Em geral, os municípios que reduziram mais sua pobreza são aqueles municípios que apresentaram uma proporção de pobres elevada em 1991. São os casos, por exemplo, de Bálsamo, Monte Aprazível, Neves Paulista, Orindiúva e Cedral. A concentração de renda expressa pela renda apropriada pelos 20% mais ricos revela que no pólo de São José do Rio Preto os 20% mais ricos concentravam 62,4% da renda no ano 2000, tendo sofrido um acréscimo de um ponto percentual na década. Em 2000, a concentração de renda era superior à média do pólo nos municípios de São José do Rio Preto e Bálsamo, os dois municípios com maior renda. Deve-se chamar à atenção para a correlação direta entre renda e concentração. Ou seja, aqueles municípios que possuem renda per capita mais elevada têm também maior concentração de renda. Entre 1991 e 2000 a concentração da renda aumentou na maioria dos municípios. O destaque fica com o município de São José do Rio Preto onde a concentração de renda já era muito elevada em 1992 e aumentou na década, variando de 73,4% para 75,3% em 2000 a proporção da renda apropriada pelos 20% mais ricos. A proporção de renda apropriada pelos 20% mais ricos só diminuiu entre os municípios de renda intermediária e de menor renda (para exemplificar, Bady Bassitt, Poloni, Orindiúva, Mendonça, Cedral, Nova Aliança, Nova Granada e Icém). A desigualdade medida pela razão entre as rendas médias dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres revela que no pólo de São José do Rio Preto em 2000 os 10% mais ricos tinham uma renda média equivalente a 5,4 vezes a renda média dos 40% mais pobres do pólo. Essa razão foi ainda superada pelos municípios de São José do Rio Preto (9,5). Entre 1991 e 2000, a desigualdade, medida por este indicador, aumentou na maioria dos municípios. O destaque fica novamente com São José do Rio Preto onde essa razão era muito elevada em 1991 e continuou elevada em 2000 e Bálsamo que variou de 1,4 para 5,1 na década. Considerações Finais Na década de 90 houve ligeiro aumento da renda domiciliar per capita no pólo de São José do Rio Preto abrangendo seus 31 municípios. Alguns municípios, entretanto, tiveram reduzido crescimento de suas rendas. O município de Bady Bassitt com uma renda domiciliar inferior em 23,1% à média do pólo, se destacou por apresentar, de Pólo Econômico de São José do Rio Preto 76 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP forma simultânea, os mais elevados crescimentos de renda e, principalmente, de população. A concentração e a desigualdade que eram relativamente as menos elevadas aumentaram em alguns municípios e diminuíram de forma significativa em outros. Já a proporção de pobres que era uma das menores diminuiu em vários municípios onde essa proporção já era muito elevada em 1991, mas ainda assim vários municípios continuaram com a mesma situação de pobreza de 1991. 2. Mudanças no domicílio, na inserção domiciliar no mercado de trabalho e as políticas sociais Introdução Neste projeto, o trabalho e o domicílio são considerados como elementos centrais para a análise das mudanças sociodemográficas nas diferentes regiões metropolitanas e pólos regionais e de suas implicações para as demandas das políticas públicas. Nesse sentido, este item tem por objetivos recuperar as mudanças nos domicílios e nos arranjos domiciliares de inserção no mercado de trabalho e para a provisão familiar. A análise destas mudanças, bem como a identificação dos arranjos domiciliares mais suscetíveis ao empobrecimento visa também oferecer indicações para a orientação das políticas sociais voltadas para a superação da pobreza e para a redução da desigualdade. Por outro lado, os indicadores de pobreza e de não pobreza e de desigualdade social apresentam maior precisão por serem elaborados a partir de informações que têm o domicílio como unidade de análise e as especificidades de sua estruturação. Assim, a composição dos arranjos domiciliares e o ciclo vital das famílias são adotados como referências para se pesquisar os grupos de domicílios mais suscetíveis ao empobrecimento nos contextos regionais diferenciados. Outro aspecto Pólo Econômico de São José do Rio Preto 77 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP relevante na análise é a ampliação do numero de domicílios com renda da mulher e o aumento da participação da renda da mulher na renda do domicilio8. A relevância desta abordagem está ancorada na centralidade na família assumida para a concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos como um dos princípios da Política Nacional de Assistência Social desde 1993, mantida em 2004 na atualização da Política Nacional de Assistência Social e nas diretrizes da atual gestão federal 9. A centralidade na família é reafirmada ao ter sido eleita como unidade do principal programa de transferência de renda federal, o Programa Bolsa-Familia, que visa atingir a totalidade das famílias pobres. O Programa Bolsa-Família de forma distinta dos programas anteriores e sob a referida concepção, inclui o conjunto dos membros da família como público alvo. A recente implantação do SUAS, por sua vez, implementa tais diretrizes e dá ênfase à atenção familiar. Como se sabe, o SUAS (Sistema Único de Assistência Social) em implantação no País é assentado em alguns princípios, dentre eles: a universalidade; a matricialidade sociofamiliar, que se fundamenta no direito à proteção das famílias; e a territorialização. Frente às novas características das políticas de proteção social cada vez mais o conhecimento sobre as famílias e as mudanças que a família vem sofrendo, passam a ser de interesse crescente para os agentes institucionais envolvidos na implementação das novas políticas sociais. Por outro lado, desperta o interesse dos estudiosos da família, que procuram entender tanto suas transformações e as novas configurações; bem como as possibilidades de que as novas políticas sociais provoquem novas mudanças na estruturação das famílias, na relação interna de poder, dentre outras. É importante acrescentar nesta introdução uma informação metodológica. Este projeto optou por utilizar como fonte básica de informação para a análise das três regiões metropolitanas paulistas e dos pólos regionais os microdados do Censos Demográficos 1991 e 2000 - IBGE. Isto porque o Censo Demográfico é a única fonte de informação domiciliar que possibilita investigar estas questões para as novas áreas metropolitanas e as espacialidades regionais adotadas pelo projeto (pólos regionais), através do recurso de agregar o conjunto de municípios que compõem tais regiões. As 8 Neste estudo as unidades domiciliares são assumidas como equivalentes a unidades familiares, tendo por referência análise metodológica de Bilac (2001) explicitada no item 2.1., a seguir. 9 Política Nacional de Assistência Social. Resolução nº 145 de 15 de outubro de 2004 (DOU 28/10/2004). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 78 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP PNADs – IBGE, que poderiam trazer dados mais recentes, não permitem desagregação da informação para as regiões estudadas. Apresentam informações desagregadas apenas para as Unidades da Federação (UF) e para as regiões metropolitanas que incluem as capitais das UF, não incluindo, portanto as regiões metropolitanas de Campinas e da Baixada Santista e as demais regiões pesquisadas. Nas análises dos censos são utilizados os dados da Amostra, representativos da população das áreas estudadas. No tópico 1. são apresentadas as principais mudanças nos arranjos domiciliares identificados no Pólo Regional de São José do Rio Preto entre 1991 e 2000, bem como os perfis dos arranjos domiciliares e tamanho de família nos dois momentos censitários. No tópico 2. são tratados os arranjos domiciliares de inserção no mercado de trabalho, bem como se investigam mudanças na responsabilidade pela manutenção do domicílio no Pólo Regional de São José do Rio Preto. No tópico 3 são indicados os arranjos familiares mais suscetíveis ao empobrecimento, oferecendo indicações para os arranjos domiciliares que demandam maior atenção das políticas sociais e, também indicações de acesso programas de transferência de renda. No tópico 4 é analisada a participação da renda da mulher no domicilio no Pólo Regional de São José do Rio Preto. 2.1. Mudanças nos arranjos domiciliares: configurações e tamanho Na análise das mudanças na família e não desconhecendo as dificuldades de se identificar famílias através dos censos demográficos, optou-se neste estudo por assumir as unidades domiciliares como equivalentes a unidades familiares, tendo por referência análise metodológica de Bilac (2001) que fundamenta essa escolha, por apontar três aspectos. O primeiro é que o Censo Brasileiro identifica famílias no domicílio assim considerando “um conjunto de pessoas ligadas por laços de parentesco, dependência ou normas de convencia, que moram num mesmo domicílio” (IBGE, 1990, apud Bilac, 2001, pp.4). O segundo aspecto é que aponta no Censo critérios de identificação de domicilio particular independente, que o aproxima do Pólo Econômico de São José do Rio Preto 79 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP conceito de “unidade doméstica” 10 , que pressupõe o partilhamento de orçamento comum, definido minimamente pelo partilhamento das despesas com alimentação. O terceiro aspecto é que Bilac no estudo referido, ao analisar a presença de famílias conviventes em um mesmo domicílio identifica relações de parentesco entre as pessoas de referência das famílias conviventes na maior parte dos casos, sugerindo a existência de família ampliada, bem como aponta a pequena ocorrência de famílias conviventes, da ordem de 7 % dos domicílios (Bilac, 2001). As mudanças nas formas de organização familiar nas regiões metropolitanas e pólos regionais do Estado de São Paulo em 2000, aqui analisadas através dos dados censitários, expressam tendências de mudanças iniciadas em décadas anteriores para as famílias brasileiras, acentuadas nos anos 90. As mais importantes são: - redução do tipo de organização familiar predominante constituído pelas famílias conjugais e casais com filhos; - crescimento da proporção de famílias monoparentais, tanto chefiadas por mulheres como por homens; - crescimento dos domicílios unipessoais. Outra tendência observada é a redução do tamanho da família que se relaciona tanto às novas formas de estruturação da família como à redução do número de filhos. Estas tendências são também as principais observadas no Pólo Regional de Ribeirão Preto no período 1991-2000. Os arranjos domiciliares no Pólo Regional de São José do Rio Preto no ano 2000 Os arranjos domiciliares do Pólo Regional de São José do Rio Preto apresentam um perfil com as seguintes características, segundo dados do Censo Demográfico do IBGE de 2000: os arranjos familiares nucleados por casais compreendem 73,3% do total dos arranjos domiciliares e os arranjos de chefes masculinos e femininos sem cônjuges totalizam 26,7%, com maior peso dos arranjos chefiados por mulheres, que perfazem 19,3% dos arranjos domiciliares (Tabela 3). Comparando-se esses percentuais entre as três regiões metropolitanas paulistas e pólos regionais, observase que o perfil apresentado pelo Pólo Regional de São José do Rio Preto é bastante próximo ao apresentado pelos demais pólos do Estado de São Paulo sob análise, 10 “Ao empregar os critérios de Separação e de Independência para a determinação do número de domicílios particulares permanentes existentes em uma determinada habitação, deverá ser verificado, inicialmente, se a pessoa ou grupo de pessoas vive e se alimenta separadamente das demais e, em seguida, se a pessoa ou grupo de pessoas têm acesso direto ao seu local de habitação sem passar por habitação de outras pessoas. Se em um dos casos ou em ambos a conclusão for negativa, a habitação será considerada um domicílio particular.” (IBGE, 1990, pp.22, apud Bilac, 2001). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 80 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP diferenciando-se das regiões metropolitanas e especialmente da Região Metropolitana da Baixada Santista e da Região Metropolitana de São Paulo. Comparado aos Pólos Regionais, observou-se semelhanças, ficando abaixo somente do pólo de Sorocaba, onde os arranjos familiares nucleados por casais compreendem a 75,5% do total dos arranjos domiciliares. Como peculiaridades no perfil apresentado pelo Pólo Regional de São José do Rio Preto pode-se apontar que os percentuais de arranjos nucleados por casais encontraram-se acima daqueles observados pelo Estado de São Paulo (71,6%) e regiões metropolitanas paulistas, com a exceção de Campinas. Por outro lado, e complementarmente, os arranjos de chefes sem cônjuges, encontraram-se abaixo da média do Estado de São Paulo (28,4%). Outra peculiaridade do Pólo de São José do Rio Preto é a maior proporção de casais sem filhos encontrada entre as espacialidades analisadas, da ordem de 16,4% e, também uma das menores proporções de casais com filhos, 56,9%, semelhante apenas à encontrada na Região Metropolitana de São Paulo e um pouco mais elevada que a proporção encontrada na Região Metropolitana da Baixada Santista. Diferenciase dos pólos regionais com relação à proporção dos arranjos de casais sem filhos, cujas proporções ficam entre 12% e 15% e, também, com relação à proporção dos arranjos casais com filhos, que apresentam proporções mais próximas dos 60%, ver Tabela 3. No entanto, a configuração familiar predominantemente no Pólo Regional de São José do Rio Preto é do tipo conjugal com ou sem a presença de filhos residentes, compreendendo 73,3% dos domicílios do pólo. Dentre os arranjos nucleados por casais, predominam os casais com filhos e parentes, os quais, como mencionado acima, apresentam um percentual de 56,9%. Considerando-se os casais com a presença de filhos, estes estão distribuídos de forma semelhante entre aqueles de até 34 anos, 21,1% , seguidos pelos casais de 35 até 49 anos, 22,8% dos arranjos domiciliares. Os casais de 50 anos e mais com filhos e ou parentes apresentam um dos maiores percentuais, 10%, semelhantes apenas ao apresentado para esse arranjo domiciliar pelos Pólos Regionais Araçatuba, Bauru e Ribeirão Preto. Apesar das especificidades, o perfil da distribuição dos arranjos nucleados por casais não é muito distinto das médias apresentadas pelo Estado de São Paulo, que são, respectivamente, 22,9%, 22,3% e 9,7%. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 81 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Com relação aos arranjos com chefia feminina sem cônjuge (19,3%), o Pólo Regional de São José do Rio Preto apresenta proporção pouco menor quando comparada ao Estado de São Paulo (20,5%) e especialmente quando comparado às RMSP e RMBS, porém mais próxima às proporções observadas nos pólos regionais (Tabela 3). Da mesma forma, os arranjos domiciliares com chefia feminina sem cônjuge com a presença de filhos e/ou parentes (13,7%), apresentam proporções inferiores às médias apresentadas pelo Estado de São Paulo (15,6%), bem como em relação às RMSP e RMBS, ambas da ordem de 17%; e, ainda que um pouco menores, assemelham-se aos pólos regionais estudados. Por outro lado, a proporção de arranjos domiciliares chefiados por homem sem a presença de cônjuge, de 7,4%, está próxima da apresentada pelos pólos regionais analisados e é menor que a média do Estado (7,9%). Merece observar que estes se distribuem entre aqueles com a presença de filhos 3,1% e os domicílios unipessoais masculinos, 4,3% (Tabela 3). Estas especificidades da estruturação dos arranjos domiciliares no Pólo de Ribeirão Preto podem ser associadas às características da sua estrutura etária. No ano de 2000 o Pólo Regional de São José do Rio Preto apresentava a estrutura etária mais envelhecida, quando comparada à média do Estado de São Paulo e às regiões analisadas ou seja, apresentou a menor proporção de população com até 14 anos de idade, da ordem de 23,4%; proporção de população em idade ativa - entre as idades de 15-59 – da ordem de 65,5%, pouco acima da observada pelo Estado de São Paulo e a maior proporção de pessoas com 60 anos e mais, da ordem de 11,3% 11 . Informações sobre a estrutura etária da população do Pólo Regional de São José do Rio Preto podem ser encontradas no Capítulo 3, Item 2.1. do Documento 1 – Relatório Consolidado para o Estado de São Paulo, deste Projeto, bem como no Capitulo 2 do mesmo Documento 1, na análise das pirâmides etárias. 11 Em 2000, a estrutura etária do Estado de São Paulo era a seguinte: 26,2% de pessoas com até 14 anos de idade; 64,3% entre as idades de 15-59 e proporção de pessoas com 60 anos e mais da ordem de 9,4%. FINEP/NEPP/NEPO/IE. 2009. Documento 1 - Relatório Consolidado para o Estado de São Paulo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais. Convênio FINEP-FNDCT/NEPP/Regiões Metropolitanas. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 82 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 3 Distribuição dos domicílios segundo arranjo domiciliar Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 1991-2000 Sem Total filhos Total Casais Com filhos e parentes até 34 de 35 a anos 49 anos Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge com filhos com filhos Total e/ou Unipessoal Total e/ou Unipessoal 50 anos Total parentes parentes e mais Estado São Paulo 77,0 12,8 64,2 28,2 23,3 9,6 16,0 12,4 3,7 7,0 4,1 2,9 100,0 RM São Paulo 74,7 12,5 62,2 26,9 23,2 8,8 17,8 13,8 4,0 7,5 4,6 2,9 100,0 100,0 RM Baixada Santista 73,0 14,4 58,6 24,7 21,6 8,8 19,0 14,3 4,8 8,0 4,0 4,0 RM Campinas 80,1 12,8 67,3 30,1 24,5 9,9 13,8 10,7 3,1 6,1 3,7 2,4 100,0 Pólo Araçatuba 79,8 13,5 66,3 29,5 23,6 10,5 14,4 11,3 3,1 5,9 3,2 2,6 100,0 1991 Pólo Bauru 78,9 12,8 66,0 29,5 23,0 10,5 15,1 11,3 3,8 6,1 3,5 2,6 100,0 Pólo Presidente Prudente 79,4 12,5 66,9 30,3 23,2 10,7 14,6 11,2 3,4 6,0 3,1 2,9 100,0 Pólo Ribeirão Preto 79,3 12,4 66,8 29,9 23,6 10,5 14,8 11,4 3,4 6,0 3,3 2,6 100,0 Pólo São José dos Campos 78,6 10,4 68,3 31,4 25,4 8,5 13,9 11,5 2,4 7,4 4,1 3,3 100,0 Pólo São José do Rio Preto 79,6 15,0 64,6 28,7 23,0 10,4 14,5 10,7 3,7 6,0 3,4 2,6 100,0 Pólo Sorocaba 80,6 12,2 68,5 32,0 23,5 9,9 13,5 10,6 2,9 5,9 3,2 2,7 100,0 Estado São Paulo 71,6 13,4 58,2 22,3 22,9 9,7 20,6 15,6 4,9 7,9 3,7 4,1 100,0 RM São Paulo 69,6 12,6 56,9 21,8 22,4 9,3 22,4 17,2 5,2 8,0 4,0 4,1 100,0 RM Baixada Santista 67,0 14,2 52,8 19,5 20,7 8,9 23,8 17,7 9,2 3,9 6,1 5,3 100,0 RM Campinas 74,2 14,1 60,1 22,8 24,6 9,8 18,3 13,9 7,5 3,7 4,4 3,9 100,0 Pólo Araçatuba 73,7 15,5 58,2 21,5 23,3 10,4 19,2 14,2 4,9 7,1 3,1 4,0 100,0 2000 Pólo Bauru 73,1 13,9 59,2 22,5 23,1 10,4 19,6 14,5 5,2 7,3 3,2 4,1 100,0 Pólo Presidente Prudente 73,0 14,3 58,7 23,3 22,3 9,7 19,6 14,5 5,2 7,4 2,9 4,5 100,0 Pólo Ribeirão Preto 72,6 13,4 59,2 22,2 23,7 10,4 19,5 14,6 4,9 7,9 3,7 4,2 100,0 Pólo São José dos Campos 73,3 11,5 61,9 23,1 25,7 9,7 18,5 14,9 3,6 8,2 3,7 4,5 100,0 Pólo São José do Rio Preto 73,3 16,4 56,9 21,1 22,8 10,0 19,3 13,7 5,7 7,4 3,1 4,3 100,0 Pólo Sorocaba 75,5 13,1 62,4 25,1 24,1 9,8 17,5 13,6 3,9 7,0 3,4 3,6 100,0 Fonte: Censo Demográfico 1991, 2000. IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Observando-se os percentuais dos municípios do Pólo de São José do Rio Preto no ano de 2000 para os arranjos chefiados por casais, é possível perceber que estes variam entre 67,7% e 83,4%, sendo que a média do Pólo é de 73,3%, como já referido (Tabela 4). Nos arranjos chefiados por mulheres sem cônjuges os percentuais apresentados pelos municípios ficam entre 9,7% e 21,8%, sendo que a média do pólo é de 19,3%. Por fim, nos arranjos chefiados por homens sem cônjuges os percentuais variam entre 5,7% e 11,7%, sendo que a média é de 7,4% no ano de 2000. O município de São José do Rio Preto, sede do Pólo regional e o maior município - 403 mil habitantes, segundo a Contagem de 2007, IBGE -, apresenta proporção de domicílios nucleados por casais da ordem de 70,8% (abaixo da média regional) e 29,2% nucleados por chefe feminino ou masculino sem cônjuge, dentre os quais, 21,8% chefiados por mulheres sem cônjuge (acima da média regional), e 7,4% com chefia masculina sem cônjuge (próximo da média regional), no ano 2000. Para evidenciar a heterogeneidade entre os municípios do Pólo em relação ao perfil dos arranjos domiciliares, apresentamos outro município, com características Pólo Econômico de São José do Rio Preto 83 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP distintas. Mirassolândia, município pequeno - pois tem 4 mil habitantes, segundo a Contagem Populacional de 2007, IBGE -, e o município com a menor renda per capita do Pólo, abaixo da média regional, apresenta um dos maiores percentuais de arranjos chefiados por casais do Pólo de São José do Rio Preto, totalizando 79,8%; dentre estes destaca-se a proporção de casais sem filhos, 17,9% dos domicílios, enquanto o arranjo domiciliar de casais com filhos, apresenta percentuais de 61,9%, ambos os arranjos acima da média regional. Apresenta ainda como peculiaridade um dos menores percentuais de arranjos de chefes femininos e masculinos sem cônjuges, da ordem de 20,2%. Com relação aos arranjos de chefes femininos sem cônjuges, estes perfazem 12,6%, abaixo da média regional (19,3%), enquanto os arranjos de chefes masculinos sem cônjuges perfazem 7,6% dos domicílios do município, próximos da média regional, que é de 7,4% (Tabela 4). Tendências de mudanças nos arranjos domiciliares: 1991-2000 O Pólo Regional de São José do Rio Preto apresenta, entre 1991 e 2000 as tendências de queda nos arranjos domiciliares chefiados por casais e de crescimento nos arranjos chefiados por homens e mulheres sem cônjuges. Compartilha dessas tendências tanto com o Estado de São Paulo, como com as outras Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais Paulistas (Tabela 3). Assim, no ano de 1991 a o Pólo Regional de São José do Rio Preto apresentava percentual de 79,6% de arranjos nucleados por casais, que caiu para 73,3% em 2000, apresentando queda acentuada nessa configuração familiar, semelhante à experimentada pelo Estado de São Paulo. Os arranjos domiciliares chefiados por homens e mulheres sem cônjuges, em movimento inverso, apresentaram crescimento e passaram de 20,4% em 1991 para 26,7% no Pólo Regional de São José do Rio Preto, em 2000. Ambas as tendências foram apresentadas, com maiores ou menores proporções, por todo o Estado de São Paulo. No caso do Estado de São Paulo, este apresentava, em 1991, 77% dos arranjos domiciliares chefiados por casais e 23% dos arranjos com chefias femininas e masculinas sem cônjuges; no ano 2000 esses percentuais passaram a ser de 71,6% e de 28,4%, respectivamente. Dentre os arranjos domiciliares nucleados pelo casal, o Pólo Regional de São José do Rio Preto, experimentou por um lado, crescimento no caso dos casais sem Pólo Econômico de São José do Rio Preto 84 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP filhos e, por outro, registrou acentuada queda naqueles arranjos chefiados por casais em que há a presença filhos e/ou parentes, que passaram de 66,8% em 1991 para 59,2% em 2000. A redução desse arranjo domiciliar no período ocorre com diferentes intensidades também no restante do Estado de São Paulo. A queda nos arranjos nucleados pelo casal ocorreu, principalmente, nos domicílios dos casais na faixa etária de até 34 anos, com a presença de filhos, que somavam 28,7% em 1991 e passaram a ser 21% em 2000, expressando diversas mudanças pelas quais passa a família, nestas incluindo tanto a redução da fecundidade, como as mudanças nos padrões de nupcialidade. Tabela 4 Distribuição dos Domicílios segundo arranjos domiciliares Pólo Regional de São José do Rio Preto 1991 Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge com filhos Casal Com filhos e/ou parentes Com filhos Unipessoal Total Unipessoal e/ou e/ou sem Até 34 de 35 a 50 anos Total Total parentes parentes filhos anos 49 anos e mais Pólo São José do Rio Preto 79,6 15,0 64,6 28,7 23,0 10,4 14,5 10,7 3,7 6,0 3,4 2,6 81,3 14,3 67,0 36,5 19,6 7,4 10,8 7,3 3,5 7,9 6,1 1,8 Adolfo Bady Bassitt 86,5 16,2 70,3 31,0 27,6 9,1 6,9 5,5 1,3 6,6 4,2 2,4 80,5 15,6 64,9 29,6 21,7 11,4 12,3 8,6 3,7 7,3 3,8 3,5 Bálsamo Cedral 85,4 18,8 66,6 23,6 26,8 13,2 10,5 7,8 2,8 4,1 2,9 1,2 Guapiaçu 86,6 14,6 71,9 34,6 24,9 10,5 9,0 7,1 2,0 4,4 2,5 1,9 79,3 13,7 65,6 30,6 21,1 10,9 12,7 8,9 3,8 8,1 4,7 3,4 Ibirá Icém 77,6 15,5 62,1 28,5 23,5 7,6 13,2 10,6 2,6 9,3 3,2 6,0 Ipiguá Jaci 87,1 14,5 72,7 40,8 20,4 10,8 5,7 4,0 1,7 7,1 4,8 2,4 José Bonifácio 82,5 15,4 67,0 31,9 22,0 10,4 10,8 9,3 1,5 6,8 2,2 4,6 82,4 14,2 68,2 26,6 22,2 13,8 6,9 5,1 1,9 10,7 6,7 4,1 Mendonça Mirassol 80,9 14,9 66,0 29,5 24,2 10,1 13,8 10,1 3,7 5,4 3,5 1,9 85,2 18,8 66,4 33,8 20,6 9,2 10,2 9,3 0,9 4,6 3,6 1,1 Mirassolândia Monte Aprazível 81,5 17,3 64,1 28,4 23,2 10,8 12,6 9,3 3,2 6,0 3,9 2,1 Neves Paulista 81,4 15,2 66,2 26,3 23,5 14,3 11,8 8,8 3,0 6,8 3,8 3,0 77,0 17,3 59,7 27,8 24,1 6,3 11,8 11,4 0,4 11,3 3,8 7,4 Nipoã Nova Aliança 83,6 17,7 65,9 28,8 21,5 13,3 9,3 6,3 3,0 7,1 4,4 2,7 77,8 14,2 63,6 30,3 22,1 9,9 14,0 9,8 4,2 8,3 4,1 4,2 Nova Granada Onda Verde 88,6 16,4 72,2 38,3 22,3 8,9 9,5 7,0 2,5 1,9 1,9 . Orindiúva 78,4 12,8 65,7 32,9 23,7 8,4 12,2 9,8 2,4 9,4 3,5 5,9 79,6 20,1 59,5 25,8 21,1 9,1 13,1 10,0 3,1 7,3 2,7 4,6 Palestina Paulo de Faria 74,7 13,8 60,9 30,6 19,5 9,7 16,0 10,3 5,7 9,3 3,1 6,2 84,4 12,8 71,6 37,0 21,6 13,1 11,1 8,6 2,5 4,5 3,0 1,6 Planalto Poloni 83,1 19,2 63,9 24,3 22,2 13,0 12,5 8,0 4,5 4,4 1,6 2,7 Potirendaba 85,0 17,2 67,8 26,6 23,2 14,6 9,8 6,9 2,9 5,2 3,7 1,5 78,0 14,4 63,6 27,8 23,0 10,2 16,5 12,3 4,3 5,5 3,3 2,2 São José do Rio Preto Tanabi 78,7 16,3 62,4 27,8 22,8 9,0 14,2 10,4 3,8 7,2 4,4 2,7 Ubarana Uchoa 83,2 15,5 67,7 30,2 25,1 11,1 10,8 7,1 3,7 6,0 2,7 3,3 União Paulista 89,5 12,2 77,3 41,2 15,9 16,0 1,7 1,7 . 8,8 2,6 6,2 Zacarias Fonte: Censo Demográfico 1991. IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Total Pólo Econômico de São José do Rio Preto 85 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 - Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 4 Distribuição dos domicílios segundo arranjos domiciliares Pólo Regional de São José do Rio Preto 2000 Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge Com filhos e/ou parentes Casal com filhos Com filhos Total sem e/ou Unipessoal Total e/ou Unipessoal Até 34 de 35 a 50 anos Total Total filhos parentes parentes anos 49 anos e mais Pólo São José do Rio Preto 73,3 16,4 56,9 21,1 22,8 10,0 19,3 13,7 5,7 7,4 3,1 4,3 Adolfo 79,1 14,0 65,1 27,9 24,6 9,6 13,1 9,2 3,9 7,8 3,4 4,4 Bady Bassitt 80,7 19,6 61,1 27,1 23,1 8,0 12,7 10,1 2,6 6,7 3,1 3,5 Bálsamo 77,8 17,6 60,2 21,0 23,5 13,0 15,5 10,0 5,5 6,7 2,5 4,2 Cedral 78,8 18,7 60,1 22,8 21,9 12,5 14,3 10,2 4,1 6,9 3,9 3,0 80,7 16,9 63,9 26,6 25,1 10,0 13,6 9,5 4,0 5,7 3,1 2,7 Guapiaçu 72,9 16,0 56,9 21,8 21,8 10,6 19,0 11,2 7,8 8,2 3,9 4,3 Ibirá 73,1 15,4 57,7 22,8 23,4 8,0 18,4 12,6 5,9 8,5 2,8 5,7 Icém 82,8 20,1 62,7 24,3 23,5 8,6 9,7 6,9 2,8 7,5 1,6 5,9 Ipiguá 79,4 18,7 60,7 30,9 22,5 6,4 12,8 9,6 3,3 7,8 5,9 2,0 Jaci 77,5 17,0 60,5 26,1 22,7 9,6 16,1 11,2 4,9 6,4 2,2 4,2 José Bonifácio 80,9 23,7 57,2 19,7 23,9 10,1 13,2 9,5 3,7 6,0 2,2 3,8 Mendonça 74,4 15,0 59,5 23,7 22,3 10,4 18,3 12,4 5,9 7,3 3,1 4,2 Mirassol 79,8 17,9 61,9 24,9 21,8 11,2 12,7 8,8 3,9 7,6 4,3 3,3 Mirassolândia 73,6 18,7 54,9 19,3 23,2 10,0 17,7 11,7 6,0 8,7 3,6 5,1 Monte Aprazível 78,0 18,6 59,3 20,3 22,9 14,1 15,9 11,9 3,9 6,2 2,6 3,6 Neves Paulista 74,2 19,7 54,6 23,5 22,2 7,5 14,6 9,4 5,2 11,2 3,7 7,5 Nipoã 77,3 15,7 61,6 21,1 25,2 11,6 14,3 10,5 3,8 8,5 2,7 5,7 Nova Aliança Nova Granada 73,3 13,0 60,3 25,2 21,7 10,1 18,4 13,4 5,1 8,3 2,7 5,6 Onda Verde 80,5 17,5 63,1 29,6 16,8 10,7 12,4 9,8 2,5 7,1 4,0 3,2 Orindiúva 78,7 15,9 62,8 34,8 19,5 5,4 10,6 7,1 3,5 10,7 4,4 6,2 Palestina 74,2 21,6 52,6 18,6 21,7 10,0 18,2 12,2 6,1 7,6 3,4 4,1 Paulo de Faria 67,7 15,6 52,1 24,6 17,2 7,1 21,4 16,1 5,3 10,9 3,6 7,3 Planalto 75,5 16,1 59,4 23,9 23,7 8,5 14,5 9,4 5,1 10,0 4,1 6,0 Poloni 72,9 20,9 52,1 19,1 19,6 11,5 19,2 12,9 6,3 7,9 2,9 4,9 Potirendaba 80,6 21,9 58,7 20,4 25,0 10,8 13,1 8,2 4,9 6,4 3,1 3,3 São José do Rio Preto 70,8 15,7 55,2 19,1 23,0 9,9 21,8 15,6 6,2 7,4 3,3 4,2 Tanabi 75,5 18,7 56,8 21,2 22,7 10,5 18,0 12,1 5,9 6,5 2,1 4,4 Ubarana 83,4 13,9 69,6 35,3 22,2 8,3 10,0 7,7 2,2 6,6 3,1 3,5 Uchoa 76,6 17,0 59,6 23,4 21,8 12,1 17,1 12,2 4,8 6,4 1,4 5,0 União Paulista 77,1 14,9 62,2 19,3 26,6 10,2 11,2 7,1 4,1 11,7 5,1 6,6 79,3 19,4 59,9 22,3 21,6 12,1 9,9 7,9 2,0 10,8 2,5 8,4 Zacarias Fonte: Censo Demográfico 2000. IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Observa-se por outro lado, no Pólo de São José do Rio Preto praticamente a manutenção das proporções de arranjos domiciliares nucleados pelo casal entre aqueles de 35 a 39 anos com a presença de filhos e daqueles na faixa etária de 50 anos ou mais, com a presença de filhos, com muito pequena queda (Tabela 3 e Gráfico 5). Deve-se ainda ressaltar, dentre os arranjos nucleados por casais, o crescimento moderado nos arranjos de casais sem filhos, que passam de 15% para 16,4% no período analisado; tais percentuais são superiores aos apresentados pelo Estado de São Paulo, que no mesmo período apresentou a manutenção da proporção 12,5%. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 86 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico 5 Distribuição dos arranjos domiciliares segundo tipologia Pólos Regionais – Estado de São Paulo 1991 – 2000 100,00 90,00 80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 1991 2000 1991 2000 Pólo Araçatuba Pólo Bauru 1991 2000 Pólo Presidente Prudente 1991 2000 1991 2000 Pólo Ribeirão Preto Pólo São José dos Campos 1991 2000 Pólo São José do Rio Preto 1991 2000 Pólo Sorocaba 1991 2000 Estado São Paulo Casal sem filhos Casal até 34 anos com filhos e parentes Casal de 35 a 49 com filhos e parentes Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes Casal com filhos e parentes - Residual Chefe feminina sem conjuge e/ou filhos e parentes Chefe feminina unipessoal Chefe masculino sem conjuge e/ou filhos e/ou parentes Chefe masculino unipessoal Fonte: Censo Demográfico 1991 e 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Os arranjos chefiados por homens e mulheres sem a presença de cônjuge apresentaram no Pólo Regional de São José do Rio Preto, complementarmente, crescimento significativo e mais acentuado para aqueles com chefia feminina; ou seja, os domicílios com esta configuração com chefia feminina passam de 14,5% em 1991, para 19,3% em 2000, enquanto os arranjos dos chefes masculinos sem cônjuge, representavam 6% dos arranjos em 1991 e passaram a ser 7,4% em 2000. Dentre os arranjos domiciliares com chefes femininas, o crescimento foi relevante tanto naqueles com a presença de filhos e/ou parentes, que passaram de 10,7% em 1991 para 13,7% em 2000, como nos domicílios unipessoais que passaram de 3,7% em 1991 para 5,7% em 2000, indicando maior intensidade no crescimento. No caso dos arranjos domiciliares com chefias masculinas sem cônjuge, o crescimento no período foi devido principalmente aos domicílios unipessoais, que de 2,6%, em Pólo Econômico de São José do Rio Preto 87 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP 1991, passaram para 4,3% em 2000 (Gráfico 5), ao passo que os arranjos com a presença de filhos e/ou parentes permanecem pouco maiores que 3% (Tabela 3). A análise dos municípios do Pólo de São José do Rio Preto no período de 19912000, ainda que com diferenciações nesse processo, evidenciam as tendências de mudanças nos arranjos domiciliares indicadas acima, ou seja, queda nos arranjos domiciliares chefiados por casais; crescimento de domicílios com chefias femininas sem cônjuges, e menor crescimento de domicílios com chefias masculinas sem cônjuge (Tabela 4). Para evidenciar algumas das diferenciações dos processos de mudanças nos arranjos domiciliares no Pólo apresentamos indicações destas em dois municípios com características distintas. Observa-se em São José do Rio Preto, município sede do Pólo, acentuada queda nos arranjos chefiados por casais para o período de 1991-2000, bem como acentuado crescimento nos arranjos chefiados por mulher sem a presença de cônjuge e nos arranjos com essa configuração chefiados por homem. Assim, em 1991, os arranjos nucleados por casais representavam 78% dos domicílios e passam a representar 70,8%, em 2000. Em contrapartida, ocorreu crescimento no período para os arranjos chefiados por mulheres sem cônjuges, que passam de 16,5% para 21,8% dos arranjos domiciliares do município, percentuais mais elevados que a média regional; aqueles com esse arranjo e com a presença de filhos e/ou parentes atingem, em 2000, a cifra de 15,6% dos arranjos domiciliares em São José do Rio Preto (Tabela 4). Merece destaque também o crescimento dos domicílios unipessoais femininos que, em 2000, chegam a ser 6,2% dos domicílios. Ocorreu ainda o crescimento no período para os arranjos domiciliares de homens sem cônjuges, que passam de 5,5% para 7,4% dos arranjos domiciliares no período, com crescimento dos domicílios unipessoais, que chegam 4,2% dos domicílios do município em 2000. Mirassolândia, já referido acima como um município pequeno e com a menor renda domiciliar per capita do Pólo, apresentou acentuada redução nos arranjos domiciliares chefiados por casais, que passaram de 85,2% em 1991, para 79,8% em 2000 (Tabela 4); os arranjos chefiados por casais sem filhos sofreram pequena redução, mantendo-se em percentuais elevados (18,8% em 1991 e 17,9% em 2000). Dentre os casais com filhos, apresentaram queda acentuada no caso dos casais jovens (até 34 anos), que passaram de 33,8% para 29,4% entre 1991 e 2000, e elevação das proporções de casais entre 35 e 49 anos (20,6% em 1991 e 21,8% em 2000) e também dos casais mais velhos (50 e mais), que passaram 9,2% dos domicílios do município, para 11,2% (Tabela 4). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 88 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Esse município apresentou ainda crescimento dos domicílios com chefe feminino sem a presença de cônjuge (10,2% em 1991, e 12,7% em 2000), bem como daqueles com chefia masculina sem cônjuge (4,6% em 1991, e 7,6% em 2000). Naqueles com chefia feminina, apresentam crescimento principalmente os arranjos com a presença de filhos e naqueles com chefia masculina o crescimento deu-se em ambas as configurações, ou seja, com filhos/parentes e nos domicílios unipessoais. Mudanças no tamanho médio dos domicílios A literatura especializada aponta a tendência de redução do tamanho médio dos domicílios no país. Essa tendência foi constatada também para o Estado de São Paulo e para as regiões metropolitanas paulistas e pólos regionais na análise do período entre os censos 1991 e 2000. Como já se mencionou, a redução no tamanho médio dos domicílios expressa mudanças na família, tais como a redução na fecundidade e no número de filhos tidos, a nuclearização da família e o aumento da proporção das famílias monoparentais e dos domicílios unipessoais. Essas mudanças, por afetarem a composição dos núcleos familiares, revestem-se de importância para a análise das alterações na inserção familiar no mercado de trabalho e das alterações na responsabilidade pela provisão do domicilio. O tamanho médio dos domicílios é relevante também para a análise do rendimento domiciliar per capita, cujo valor é utilizado como critério de elegibilidade na seleção de famílias beneficiárias de programas sociais diversos. No Pólo de São José do Rio Preto o número médio de moradores por domicílio no ano censitário de 2000 é de 3,3 pessoas, apresentando o menor tamanho médio de domicílio observado entre os pólos regionais e as regiões metropolitanas paulistas sob análise. É menor, portanto, que o tamanho médio apresentado pelo Estado de São Paulo, 3,5 pessoas por domicílio (Tabela 5). O Pólo Regional de Regional de São José do Rio Preto também apresenta no período de 1991-2000 tendência de redução do número de pessoas por domicílio. Observa-se que, em 1991, a média de pessoas por domicílio era de 3,7, tendo passado em 2000 para 3,3 pessoas. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 89 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP A redução no número de componentes foi observada em todos os tipos de arranjos domiciliares entre 1991 e 2000, no Pólo de São José do Rio Preto, no entanto esta foi maior nos arranjos chefiados por casais, nos quais o número de componentes caiu de 4,0 para 3,7 pessoas por domicílio, repetindo a tendência observada para o Estado de São Paulo (Tabela 5). Entre estes, os arranjos de casais com filhos e/ou parentes destacam-se por apresentarem redução na média de componentes de 4,4 para 4,1 pessoas, permanecendo, entretanto como os arranjos domiciliares mais numerosos em 2000 no Pólo Regional. Considerando-se os arranjos nucleados por casais com filhos nas diferentes idades que correspondem a etapas do ciclo vital da família, todos experimentaram queda em seu tamanho. Com os tamanhos maiores, em 2000, estão os domicílios dos casais entre 35 e 49 anos (4,3 pessoas), seguidos pelos casais de 50 anos ou mais (4,2 pessoas) e, por fim, os domicílios chefiados por casais de até 34 anos, com a presença de filhos (3,9 pessoas), ver Tabela 5. Observase que a principal queda no período ocorreu no arranjo domiciliar chefiado por casais com filhos e/ou parentes na faixa etária de 35 a 49 anos, passando de 4,7 pessoas por domicílio em 1991 para 4,3 em 2000. Tabela 5 Número médio de componentes dos domicílios segundo tipologia de arranjo domiciliar Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais - Estado de São Paulo 1991-2000 Estado São Paulo RM São Paulo RM Baixada Santista RM Campinas Pólo Araçatuba 1991 Pólo Bauru Pólo Presidente Prudente Pólo Ribeirão Preto Pólo São José dos Campos Pólo São José do Rio Preto Pólo Sorocaba Total Sem Filhos 4,2 4,2 4,1 4,2 4,1 4,2 4,2 4,2 4,4 4,0 4,3 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 Casais com filhos e/ou parentes Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem conjuge Total Total com filhos Unipessoal Total com filhos Unipessoal (1) e/ou e/ou até 34 de 35 a 50 anos e Total parentes parentes anos 49 anos mais 4,6 4,2 5,0 4,7 3,0 3,6 1,0 2,4 3,4 1,0 3,9 4,6 4,3 5,0 4,7 3,0 3,6 1,0 2,4 3,3 1,0 3,9 4,6 4,2 5,0 4,6 2,9 3,6 1,0 2,1 3,3 1,0 3,7 4,6 4,2 5,0 4,7 3,0 3,6 1,0 2,5 3,4 1,0 3,9 4,5 4,1 4,9 4,7 3,0 3,6 1,0 2,3 3,4 1,0 3,9 4,6 4,2 5,0 4,6 3,0 3,6 1,0 2,4 3,4 1,0 3,9 4,6 4,1 5,1 4,8 3,0 3,6 1,0 2,2 3,3 1,0 3,9 4,6 4,2 5,0 4,6 3,0 3,6 1,0 2,3 3,3 1,0 3,9 4,7 4,3 5,1 5,1 3,4 3,9 1,0 2,2 3,3 1,0 4,1 4,4 4,1 4,7 4,4 2,7 3,3 1,0 2,2 3,2 1,0 3,7 4,7 4,3 5,2 4,8 3,1 3,7 1,0 2,4 3,5 1,0 4,0 Estado São Paulo 3,9 2,2 4,3 4,0 4,6 4,4 2,8 3,4 1,0 RM São Paulo 4,0 2,2 4,3 4,0 4,6 4,4 2,8 3,4 1,0 RM Baixada Santista 3,9 2,2 4,4 4,1 4,6 4,4 2,8 3,4 1,0 RM Campinas 3,9 2,1 4,3 4,0 4,5 4,4 2,8 3,3 1,0 Pólo Araçatuba 3,8 2,2 4,2 3,9 4,4 4,2 2,7 3,3 1,0 3,9 2,2 4,3 4,0 4,5 4,3 2,8 3,4 1,0 2000 Pólo Bauru Pólo Presidente Prudente 3,8 2,2 4,2 4,0 4,5 4,3 2,6 3,2 1,0 Pólo Ribeirão Preto 3,9 2,2 4,3 4,1 4,6 4,3 2,8 3,4 1,0 Pólo São José dos Campos 4,1 2,2 4,4 4,1 4,7 4,6 3,0 3,5 1,0 Pólo São José do Rio Preto 3,7 2,2 4,1 3,9 4,3 4,2 2,5 3,1 1,0 Pólo Sorocaba 4,0 2,2 4,4 4,1 4,7 4,5 2,9 3,5 1,0 Fonte: Censo Demográfico 1991, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. (1) O Total inclui outros tipos de arranjos domiciliares. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 2,0 3,1 1,0 2,0 3,1 1,0 1,9 3,0 1,0 2,0 3,1 1,0 1,9 3,1 1,0 2,0 3,2 1,0 1,8 3,0 1,0 2,0 3,2 1,0 2,0 3,3 1,0 1,8 3,0 1,0 2,0 3,1 1,0 do Estado de São Paulo - 90 3,5 3,6 3,5 3,5 3,4 3,5 3,4 3,6 3,7 3,3 3,7 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP As menores médias de componentes por domicílio no Pólo de São José do Rio Preto são encontradas entre os arranjos de chefias femininas e masculinas sem cônjuges, e estes também apresentaram reduções: os primeiros passaram de 2,7 componentes em 1991, para 2,5 em 2000, e aqueles com chefia masculina passaram de 2,2 para 1,8 pessoas por domicílio no ano 2000. É preciso destacar que, nos arranjos citados nesse parágrafo, esse número é mais elevado quando se trata de arranjos domiciliares de chefes sem cônjuges com a presença de filhos e/ou parentes, tanto para os femininos, como para os masculinos, observando-se, respectivamente, os valores de 3,1 e de 3 pessoas por domicílio, no ano de 2000, pois as médias para os totais de cada arranjo de chefia sem cônjuge incluem os domicílios unipessoais. Considerando-se os municípios no Pólo Regional de São José do Rio Preto, ao analisar o ano de 2000 observa-se que existe variação entre estes com relação ao tamanho dos domicílios, encontrando-se municípios onde o tamanho médio dos domicílios é de 3,1 pessoas (Poloni e Palestina) e municípios onde o tamanho médio dos domicílios 3,6 componentes (Ubarana), enquanto a média regional é de 3,3 pessoas por domicílio. Considerando o arranjo domiciliar predominante, observam-se também variações entre os municípios no tamanho dos domicílios com arranjos chefiados por casais, que ficam entre 3,4 (Palestina e Poloni) e 3,9 (Icem, Nova granada, Planalto e Ubarana), enquanto a média regional é de 3,7 componentes por domicílio (Tabela 6). O município sede, São José do Rio Preto, apresentou em 2000, 3,3 componentes por domicílio, correspondendo à média observada pelo Pólo Regional e valores também correspondentes à média regional para todos os arranjos domiciliares, sejam eles nucleados por casais, como aqueles com chefia feminina e masculina sem cônjuge (Tabela 6). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 91 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 6 Número médio de componentes dos domicílios segundo tipologia de arranjo domiciliar Pólo Regional de São José do Rio Preto 2000 Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge Com filhos e parentes com filhos com filhos Sem Total Total Unipessoal Total Unipessoal e/ou e/ou até 34 de 35 a 50 anos Total filhos Total parentes parentes anos 49 anos e mais Pólo São José do Rio Preto 3,7 2,2 4,1 3,9 4,3 4,2 2,5 3,1 1,0 1,8 3,0 1,0 3,3 Adolfo 3,7 2,2 4,1 3,8 4,4 3,9 2,6 3,3 1,0 1,6 2,4 1,0 3,4 3,6 2,1 4,1 3,9 4,4 3,9 2,7 3,2 1,0 1,9 2,9 1,0 3,4 Bady Bassitt 3,6 2,1 4,0 3,6 4,0 4,6 2,3 3,0 1,0 1,7 3,0 1,0 3,3 Bálsamo Cedral 3,7 2,2 4,1 3,7 4,4 4,3 2,5 3,0 1,0 2,1 2,9 1,0 3,4 3,7 2,1 4,1 3,8 4,3 4,4 2,6 3,3 1,0 1,9 2,7 1,0 3,5 Guapiaçu 3,7 2,2 4,1 3,8 4,4 4,2 2,1 2,9 1,0 2,0 3,0 1,0 3,3 Ibirá Icém 3,9 2,3 4,3 4,1 4,6 4,2 2,4 3,0 1,0 2,1 4,2 1,0 3,4 Ipiguá 3,8 2,2 4,3 4,0 4,4 3,9 2,3 2,8 1,0 1,2 2,0 1,0 3,4 3,6 2,2 4,0 3,9 4,3 3,8 3,3 4,1 1,0 2,5 3,0 1,0 3,5 Jaci José Bonifácio 3,7 2,2 4,1 4,0 4,4 3,9 2,9 3,7 1,0 1,7 3,0 1,0 3,4 Mendonça 3,5 2,1 4,1 3,9 4,1 4,2 2,8 3,5 1,0 1,9 3,4 1,0 3,3 3,7 2,1 4,1 3,8 4,3 4,3 2,4 3,1 1,0 1,8 3,0 1,0 3,3 Mirassol Mirassolândia 3,7 2,2 4,1 4,1 4,1 4,6 2,3 2,9 1,0 2,3 3,3 1,0 3,4 Monte Aprazível 3,6 2,1 4,1 3,8 4,2 4,2 2,3 2,9 1,0 1,7 2,7 1,0 3,2 3,6 2,1 4,0 3,8 4,2 4,1 2,5 3,0 1,0 1,9 3,2 1,0 3,3 Neves Paulista 3,6 2,2 4,2 4,2 4,1 4,0 2,2 2,9 1,0 1,6 2,8 1,0 3,2 Nipoã Nova Aliança 3,7 2,2 4,1 4,0 4,3 3,8 2,4 2,9 1,0 1,5 2,5 1,0 3,3 3,9 2,2 4,3 4,0 4,6 4,2 2,3 2,8 1,0 1,5 2,6 1,0 3,4 Nova Granada 3,7 2,0 4,2 4,0 4,5 4,4 2,4 2,8 1,0 2,3 3,4 1,0 3,5 Onda Verde Orindiúva 3,8 2,2 4,2 4,0 4,4 4,6 2,5 3,2 1,0 1,8 3,0 1,0 3,4 Palestina 3,4 2,1 4,0 3,8 4,2 3,8 2,4 3,0 1,0 1,7 2,6 1,0 3,1 3,7 2,3 4,1 4,0 4,4 3,9 2,5 2,9 1,0 1,5 2,6 1,0 3,2 Paulo de Faria Planalto 3,9 2,1 4,4 4,3 4,3 4,6 1,8 2,3 1,0 1,6 2,5 1,0 3,4 Poloni 3,4 2,1 4,0 3,8 4,1 4,0 2,4 3,1 1,0 1,5 2,3 1,0 3,1 3,5 2,3 4,0 3,9 4,1 4,0 2,3 3,1 1,0 2,2 3,5 1,0 3,3 Potirendaba São José do Rio Preto 3,7 2,2 4,1 3,9 4,3 4,2 2,5 3,1 1,0 1,9 3,0 1,0 3,3 Tanabi 3,6 2,2 4,1 3,9 4,1 4,2 2,3 2,9 1,0 1,6 3,0 1,0 3,2 3,9 2,0 4,3 4,0 4,8 3,7 2,7 3,2 1,0 1,6 2,2 1,0 3,6 Ubarana 3,7 2,1 4,1 4,0 4,3 4,1 2,6 3,2 1,0 1,4 2,8 1,0 3,3 Uchoa União Paulista 3,8 2,1 4,2 3,9 4,6 4,4 2,0 2,6 1,0 2,0 3,4 1,0 3,4 3,5 2,1 3,9 3,9 3,8 4,0 3,1 3,7 1,0 1,6 3,4 1,0 3,2 Zacarias Fonte: Censo Demográfico 2000. IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP 2.2. Mudanças nos arranjos domiciliares de inserção no mercado de trabalho e na provisão dos domicílios. De maneira semelhante ao que foi observado no documento relativo ao conjunto de regiões analisadas para o Estado de São Paulo12, deve-se mencionar, inicialmente, que este estudo considera que os arranjos de inserção dos componentes da família no mercado de trabalho são definidos, articuladamente, pela dinâmica da economia e pela dinâmica das relações familiares e das relações de gênero. Considera também que a composição familiar predominante da etapa do ciclo de vida familiar é outro aspecto que influi nos arranjos de inserção no mercado de trabalho e de provisão familiar articulados pelos diferentes tipos de família. Estudo longitudinal sobre a Região Metropolitana de São Paulo sobre os anos 80 e 90, mostrou que nesse período alteram-se tanto a composição familiar em alguns tipos de família, como os 12 FINEP/NEPP/NEPO/IE. 2009. Documento 1 - Relatório Consolidado para o Estado de São Paulo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais. Convênio FINEPFNDCT/NEPP/Regiões Metropolitanas. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 92 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP arranjos de inserção familiar (Montali, 2004). A generalização das mudanças nos arranjos de inserção familiar e na responsabilidade pela provisão familiar é também apontada, por outro estudo, para o conjunto das regiões metropolitanas brasileiras nos anos 2000, guardadas algumas especificidades regionais (Montali e Tavares, 2007). No atual projeto, utiliza-se a mesma metodologia dos estudos referidos, buscando-se identificar nas análises as mudanças nos arranjos de inserção familiar e na responsabilidade dos componentes da família pela provisão familiar que ocorreram entre os anos de 1991 e de 2000 nas regiões metropolitanas paulistas e nos pólos regionais. Análise anterior sobre os anos 90 referente à Região Metropolitana de São Paulo (Montali, 2004), evidenciou que ocorreu nesse período um rearranjo de inserção no mercado de trabalho entre os diferentes componentes da família, fortemente relacionado ao crescente desemprego e às novas características dos desempregados provocados conjuntamente pelo baixo ritmo de crescimento da economia nacional e pelo processo de reestruturação produtiva que se intensificou naquela década. O estudo referido atribui peso preponderante à mudança do padrão de absorção da força de trabalho ocorrida nos anos 90 para explicar as mudanças verificadas nos arranjos familiares de inserção no mercado ocorridas; ainda que considere como elementos importantes na sua explicação as alterações havidas nas características da composição familiar, dentre estas a redução na proporção de filhos menores de 10 anos e a pequena redução no seu tamanho médio. Assim, a hipótese assumida pelo estudo citado, é que a nova tendência observada na articulação dos arranjos familiares de inserção no mercado foi viabilizada pela mudança no papel da mulher na sociedade, nesta incluindo o aumento de sua inserção no mercado de trabalho, porém expressa fortemente a alteração no padrão de absorção da força de trabalho. A reestruturação produtiva e organizacional nos anos 90 reduziu postos de trabalho principalmente para ocupações predominantemente masculinas e promoveu o crescente desemprego daqueles que eram os principais mantenedores das famílias nos anos 80: chefes masculinos e filhos/filhas maiores de 18 anos (Montali, 2004). Nos anos 90 também aumentam as dificuldades de absorção dos jovens pelo mercado de trabalho e amplia-se a participação da mulher. Tais impactos da reestruturação produtiva sobre o mercado de trabalho apresentam características semelhantes e são registrados em diversos estudos tanto para o Brasil, como para países da America Latina, destacando-se o Pólo Econômico de São José do Rio Preto 93 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP aumento da absorção da mulher e as maiores restrições para a absorção dos jovens (Leone, 2003; Oliveira e Salas, 2008). Considerando-se os arranjos familiares de inserção no mercado de trabalho nos anos 90, a mudança mais freqüente, verificada em praticamente todos os tipos de família, foi o aumento da participação da mulher-cônjuge e da mulher-chefe entre os ocupados da família em face do desemprego de parte dos componentes do grupo doméstico e da dificuldade em aumentar o número de pessoas ocupadas das unidades familiares. No caso das famílias na etapa final do ciclo de vida familiar (caracterizadas pelos casais com 50 anos e mais) com a presença de filhos, a mudança manifesta-se no aumento da participação do chefe e da cônjuge entre os ocupados, ao mesmo tempo em que cresce o desemprego dos filhos adultos. Dessa maneira, os rearranjos familiares de inserção observados a partir de 1991 – diferenciando-se dos arranjos encontrados na década de 1980 – indicam o maior partilhamento da responsabilidade da manutenção da família. Estas mudanças foram constadas no estudo longitudinal sobre a Região Metropolitana de São Paulo, já referido (Montali, 2004). A análise para o conjunto das regiões metropolitanas brasileiras também confirma esses padrões de arranjos de inserção nos anos 2004 e 2006 (Montali e Tavares, 2007). A atual análise sobre as regiões metropolitanas e pólos regionais paulistas com base nos dados censitários, evidenciou características semelhantes às encontradas nos estudos referidos no que se refere aos arranjos domiciliares de inserção, bem como nas mudanças observadas na responsabilidade pela provisão dos domicílios no ano 2000, utilizando-se dos dados dos Censos Demográficos 1991 e 2000. No Documento 1 - Relatório Consolidado, deste Projeto, que analisa o conjunto das regiões metropolitanas e pólos regionais do Estado se São Paulo, foi possível realizar análise detalhada das mudanças na inserção dos componentes dos domicílios no mercado de trabalho nos diferentes arranjos familiares, por tratar de dados mais agregados, o que não se torna possível na análise regional com detalhamento por municípios13. 13 Essa análise pode ser encontrada no Capitulo 3, item 2.2 do Documento 1 - Relatório Consolidado para o Estado de São Paulo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/IE-UNICAMP-FINEP. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 94 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Assim, na presente análise regional dessa problemática são utilizados dois indicadores selecionados: a taxa de geração de renda e a participação na composição da renda domiciliar. A taxa de geração de renda é um indicador das mudanças nos arranjos familiares de inserção no mercado de trabalho e de responsabilidade pela manutenção da família. Essa taxa expressa a proporção de pessoas que aportam renda de alguma fonte para o grupo familiar, considerando-se sua posição na família. Estudo longitudinal sobre a RMSP mostrou que, embora a taxa específica de geração de renda tenha caído nos anos de maior desemprego do início da década de 1990, ela tem sido crescente a partir de 1995 evidenciando a importante participação dos diversos componentes no aporte de renda para o núcleo doméstico (Montali, 2004). A análise para o Estado de São Paulo e as regiões metropolitanas e pólos regionais paulistas confirmam essa tendência entre os anos censitários de 1991 e 2000 (Documento 1 - Capitulo 3, item 2.2.). No âmbito deste projeto, as tendências observadas no período 1991 e 2000 nas distintas espacialidades do Estado de São Paulo sob análise, e para o conjunto dos arranjos domiciliares, confirmam tanto o crescimento da taxa de geração de renda domiciliar, bem como a queda nas taxas de geração de renda dos chefes, a elevação das taxas das cônjuges, a manutenção da taxa dos filhos e a queda na proporção de parentes e não parentes que contribuem para compor a renda domiciliar (Tabela 7). Deve-se ressaltar que no Pólo Regional de São José do Rio Preto, entre 1991 e 2000, a taxa de geração de renda por domicílio passou de 52,3%, para 55,4%, significando que, tanto em 1991, como em 2000, mais que a metade dos componentes aporta renda de alguma natureza para o domicílio. Observa-se que nos dois momentos analisados a taxa de geração de renda domiciliar deste Pólo é superior à do Estado de São Paulo e mais semelhante à observada nos pólos regionais, do que nas regiões metropolitanas paulistas. No Pólo Regional de São José do Rio Preto no período de 1991-2000, considerando-se os arranjos domiciliares nucleados por casais, ocorreu redução na taxa de geração de renda dos chefes, com queda de aproximadamente 4 pontos percentuais; essa taxa era de 98,4% em 1991 e cai para 94% em 2000, mantendo-se, entretanto, elevada. Por outro lado, eleva-se a taxa de geração de renda das cônjuges, que era de 37,3%, em 1991, e passou a ser de 50,1%, em 2000. Merece ressalvar que a taxa apresentada pelas cônjuges nesse arranjo domiciliar, no Pólo de São José do Rio Preto, está acima da média do Estado de São Paulo, sendo a Pólo Econômico de São José do Rio Preto 95 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP segunda maior taxa entre as observadas nos pólos e superior em relação às observadas nas regiões metropolitanas paulistas no ano 2000, superada apenas no Pólo de Araçatuba (Tabela 7). Ainda nesse arranjo domiciliar, a taxa de geração de renda dos filhos apresenta pequena queda entre 1991 e 2000, passando de 26,9% para 25,9%. Também experimentam queda em sua taxa de geração de renda no período os parentes e não parentes, cuja taxa passa de 48,3% para de 46,2%. Nestes arranjos domiciliares nucleados por casais houve, no período, elevação da taxa domiciliar de geração de renda de 49,16% para 52,2%. Tabela 7 Taxa de geração de renda por tipologia e posição na família Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais - Estado de São Paulo 1991-2000 Casais Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não parentes Estado São Paulo 96,1 34,1 22,1 45,9 RM São Paulo 94,8 34,0 20,2 46,2 RM Baixada Santista 96,7 34,1 20,1 43,8 RM Campinas 96,9 36,4 24,6 49,5 Pólo Araçatuba 97,7 35,8 27,6 43,7 1991 Pólo Bauru 97,6 37,5 24,8 45,4 Pólo Presidente Prudente 97,5 32,2 24,2 41,2 Pólo Ribeirão Preto 97,5 34,1 24,4 48,3 Pólo São José dos Campos 95,9 32,1 19,0 43,2 Pólo São José do Rio Preto 98,4 37,3 26,9 48,3 Pólo Sorocaba 96,0 34,0 21,1 44,8 Chefe feminina sem cônjuge Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não parentes 44,1 89,5 46,6 46,9 43,0 87,9 43,3 48,4 43,9 92,1 42,1 44,0 46,4 91,6 51,0 48,8 47,6 89,6 52,7 46,3 46,5 93,8 52,1 45,8 44,6 91,6 50,5 43,5 45,6 90,8 53,2 45,8 41,0 91,2 42,5 45,4 49,1 94,5 55,3 52,5 42,9 91,0 46,9 44,0 Chefe masculino sem cônjuge Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes Total e não parentes 61,1 93,1 48,1 58,9 71,5 59,4 91,1 45,2 58,9 70,2 59,7 94,7 39,9 58,1 72,2 64,3 94,7 50,7 62,5 73,6 63,7 94,7 58,8 54,0 72,6 65,1 96,6 56,2 56,4 73,2 63,3 96,0 46,5 57,0 72,2 64,3 96,4 54,8 63,7 76,6 57,6 93,1 39,4 62,3 72,0 69,1 97,8 51,1 63,5 76,6 60,5 94,5 48,1 58,6 71,7 Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não parentes 94,9 34,1 25,6 48,4 93,3 34,0 23,9 49,3 95,7 34,1 23,8 46,1 96,1 36,4 27,9 51,4 96,3 35,8 31,0 45,8 97,0 37,5 28,5 47,2 96,6 32,2 27,7 43,9 96,4 34,1 28,1 49,9 95,1 32,1 22,1 46,9 97,8 37,3 30,4 51,5 95,2 34,0 24,3 46,6 Estado São Paulo 91,8 46,4 22,5 42,0 47,4 90,1 42,2 44,1 59,7 89,6 45,5 59,2 72,1 91,3 46,4 26,4 45,2 RM São Paulo 89,8 45,3 21,2 41,6 45,9 88,6 39,7 44,3 57,9 88,4 43,1 59,4 71,0 89,5 45,3 25,2 45,3 RM Baixada Santista 91,1 45,6 20,4 38,7 46,3 90,3 39,3 41,7 58,1 86,8 41,3 55,2 69,8 90,5 45,6 24,8 41,9 RM Campinas 92,5 47,9 24,7 43,8 49,5 90,5 45,2 45,6 61,6 89,5 49,1 61,3 73,3 91,9 47,9 28,4 47,0 Pólo Araçatuba 94,5 51,8 28,1 42,5 53,0 91,6 50,5 44,4 64,5 92,8 50,8 60,8 75,7 93,8 51,8 32,2 45,5 2000 Pólo Bauru 94,1 49,5 24,4 43,0 50,0 93,6 44,9 45,1 62,5 92,6 49,5 55,4 73,3 93,9 49,5 28,1 45,4 Pólo Presidente Prudente 92,7 47,9 22,3 39,8 48,3 91,3 45,4 44,8 62,7 88,7 48,6 56,7 73,3 92,1 47,9 26,4 43,3 Pólo Ribeirão Preto 94,5 47,4 24,4 44,7 49,3 91,9 45,8 46,4 62,7 92,5 50,5 57,7 74,0 93,8 47,4 28,3 47,2 Pólo São José dos Campos 92,3 42,6 21,6 40,2 45,3 90,8 40,2 42,0 57,4 89,9 40,0 54,3 69,4 91,8 42,6 24,9 42,8 Pólo São José do Rio Preto 94,0 50,1 25,9 46,2 52,2 92,1 49,5 49,6 66,8 92,1 51,1 67,8 78,5 93,5 50,1 30,0 50,0 Pólo Sorocaba 92,6 48,1 21,8 41,1 47,3 92,6 44,5 45,0 61,1 91,5 45,7 60,6 72,8 92,5 48,1 25,6 44,9 Fonte: Censo Demográfico 1991 e 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP Considerando-se os arranjos chefiados por mulheres sem cônjuge, no Pólo de São José do Rio Preto, as chefes femininas apresentam taxa de geração de renda bastante elevada no ano de 1991 (94,5%) e pequena redução na taxa no ano 2000, quando passa a ser de 92,1%. Deve-se observar que embora essa tendência seja distinta da observada para o Estado, que é de pequeno crescimento da taxa de geração de renda para esse componente domiciliar no período, em 1991 as chefes femininas no Pólo de São José do Rio Preto apresentaram as taxas de geração de renda mais elevadas quando comparadas às demais regiões analisadas; e, no ano de 2000, se mantêm na segunda posição, superadas apenas por aquelas do Pólo de Bauru, que apresentam taxa de 93,6%. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 96 Total 47,4 46,5 47,5 49,3 50,3 49,6 47,6 48,8 44,1 52,3 45,7 50,5 49,2 49,7 52,2 55,7 52,9 51,4 52,4 48,2 55,4 50,2 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Observa-se nesse arranjo domiciliar, no mesmo período, queda na taxa de geração de renda dos filhos, que em 1991 era de 55,3% e, em 2000, passa a ser de 49,5%, possivelmente expressando restrições do mercado ao trabalho jovem e também restrições impostas ao trabalho infantil por políticas governamentais. No mesmo sentido, outro componente domiciliar, os parentes e não parentes, apresentam redução em sua taxa de geração de renda nesse arranjo, de 52,5% em 1991, para 49,6% em 2000. Conclui-se o período com pequena queda da taxa de geração de renda nos arranjos domiciliares chefiados por mulheres sem cônjuge, pois esta passa de 69% em 1991 para 66,8%, em 2000 (Tabela 7). Por fim, nos arranjos domiciliares dos chefes masculinos sem cônjuges percebese diminuição da taxa de geração de renda dos chefes (97,6% em 1991 e 92% em 2000), manutenção na taxa dos filhos em 51%, e elevação na taxa dos parentes (63,5%, em 1991, para 67,8%, em 2000), resultando para esse arranjo pequena elevação na taxa domiciliar de geração de renda no período analisado; assim, em 1991, 76,6%, e em 2000, 78,5% dos componentes em idade ativa aportavam renda para o domicílio (Tabela 7). Merece ressaltar que esta taxa domiciliar de geração de renda é a mais elevada dentre as observadas nos distintos arranjos domiciliares. As mesmas tendências assinaladas acima para os diferentes arranjos domiciliares são observadas, com poucas especificidades, na análise dos municípios do Pólo Regional de São José do Rio Preto. Assim, considerando-se os arranjos nucleados por casais, a tendência geral nos municípios da região é de diminuição da taxa de geração de renda dos chefes e de intenso crescimento na taxa de geração de renda das cônjuges; o comportamento da taxa dos filhos é de queda, mas apresenta algumas oscilações (Tabela 8). No período de 1991-2000, no município de São José do Rio Preto, sede regional, as tendências observadas são as seguintes: a taxa de geração de renda dos chefes cai de 98,9% % em 1991 para 93,8% em 2000 e, em movimento inverso, a taxa de geração das cônjuges experimenta forte crescimento: em 1991 era de 40,6% e, em 2000, de 52,8%, significando que mais que a metade das cônjuges nesse arranjo aportavam renda para o domicílio. Ambas as tendências são acompanhadas de pequena redução na taxa de geração de renda dos filhos no período (26,5%, em 1991, e 25,9%, em 2000). A taxa domiciliar de geração de renda desse arranjo se eleva de 50%, para 52,9% no período em análise. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 97 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Considerando-se os arranjos domiciliares da chefe feminina sem cônjuge, observa-se nos municípios do Pólo São José do Rio Preto, conforme mencionado acima, taxa regional de geração de renda bastante elevada e com redução no período de 1991-2000. A análise dos municípios mostra que apresenta redução na maioria destes e manutenção da taxa em alguns, nesse período (Tabela 8). Em relação aos filhos nesse arranjo domiciliar, percebe-se uma tendência geral nos municípios de queda na taxa de geração de renda. Em relação aos parentes, embora a tendência na região seja de queda na taxa de geração de renda, há oscilações dessa tendência em alguns municípios. Tabela 8 Taxa de geração de renda por tipologia e posição na família Pólo Regional de São José do Rio Preto 1991 Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes não e não e não e não parentes parentes parentes parentes Pólo São José do Rio Preto 98,4 37,3 26,9 48,3 49,1 94,5 55,3 52,5 69,1 97,8 51,1 63,5 76,6 97,8 37,3 30,4 51,5 Adolfo 99,6 37,6 24,3 51,6 48,0 90,4 64,0 10,5 62,0 100,0 100,0 51,7 79,9 98,7 37,6 28,3 44,3 Bady Bassitt 97,6 35,1 25,0 48,5 47,2 96,0 54,7 36,5 65,2 92,9 72,9 54,2 75,2 97,1 35,1 28,7 47,9 95,9 29,2 30,2 47,8 48,0 89,1 57,4 64,4 71,1 90,4 75,8 38,5 72,8 94,7 29,2 33,7 49,8 Bálsamo Cedral 99,1 33,3 30,4 36,8 49,3 94,3 60,3 52,2 69,4 100,0 46,4 64,8 71,9 98,5 33,3 33,6 43,4 Guapiaçu 97,0 27,5 30,2 49,0 47,3 96,7 66,0 67,9 77,3 89,0 14,6 79,4 74,4 96,7 27,5 32,9 54,5 99,0 35,7 31,2 53,2 50,7 97,0 50,0 56,9 70,4 100,0 37,5 79,5 81,0 98,8 35,7 33,0 56,2 Ibirá Icém 94,2 38,9 28,0 38,5 47,6 96,7 49,1 43,2 64,4 92,1 40,5 63,9 76,0 94,4 38,9 30,5 43,1 Ipiguá 97,6 26,6 26,0 52,0 45,6 89,4 87,5 50,0 86,8 100,0 25,6 59,8 65,3 97,3 26,6 27,9 54,7 Jaci José Bonifácio 98,2 31,4 26,4 48,9 46,8 89,8 61,1 56,9 68,5 98,5 34,8 63,5 77,9 97,3 31,4 30,1 52,4 Mendonça 93,5 32,6 32,7 48,8 49,3 92,3 63,2 40,4 66,8 95,0 56,7 57,0 75,6 93,6 32,6 35,6 49,5 98,6 41,2 31,1 44,3 51,7 89,7 58,2 50,4 67,1 98,0 68,5 65,2 79,0 97,4 41,2 35,0 48,7 Mirassol Mirassolândia 100,0 23,1 23,1 56,0 45,0 93,8 40,7 25,8 56,6 100,0 80,0 26,7 66,7 99,4 23,1 27,0 46,8 Monte Aprazível 99,6 34,5 27,2 49,4 49,2 97,4 40,3 38,7 62,0 96,6 45,0 69,2 74,7 99,1 34,5 28,8 51,7 98,2 30,1 32,1 51,6 49,3 86,8 59,4 31,5 59,9 100,0 70,8 81,5 88,2 96,9 30,1 35,5 48,4 Neves Paulista Nipoã 99,1 23,5 21,0 44,9 43,1 100,0 35,6 19,7 50,0 100,0 52,4 54,8 79,2 99,3 23,5 24,1 38,9 Nova Aliança 96,8 30,7 29,5 52,3 48,5 96,2 73,8 41,7 75,1 97,5 17,9 68,1 72,9 96,9 30,7 32,9 54,4 96,1 31,3 23,9 38,7 44,7 86,0 49,9 30,8 57,4 84,8 51,5 55,4 69,5 93,8 31,3 27,4 39,1 Nova Granada Onda Verde 100,0 31,8 23,4 43,0 45,5 100,0 46,2 36,4 58,3 100,0 40,0 100,0 74,3 100,0 31,8 25,3 42,4 Orindiúva 91,5 23,9 21,4 47,9 40,9 99,0 57,8 36,5 64,8 81,3 47,1 100,0 83,2 91,4 23,9 27,5 54,0 98,0 30,0 22,4 54,3 46,4 88,3 50,7 44,8 63,4 97,4 34,1 63,6 75,0 96,7 30,0 26,1 52,7 Palestina Paulo de Faria 99,1 34,1 23,8 42,3 46,3 88,8 50,9 37,0 62,6 100,0 55,6 52,0 81,9 97,5 34,1 27,5 41,9 Planalto 95,6 23,7 24,5 48,1 42,5 75,8 50,5 7,4 57,6 100,0 55,4 69,5 93,6 23,7 26,5 47,0 97,1 40,1 27,3 60,6 50,8 96,9 40,1 57,7 66,4 100,0 82,6 40,0 73,6 97,2 40,1 29,1 56,9 Poloni Potirendaba 98,4 37,1 32,0 54,1 52,5 93,0 63,8 42,5 69,7 96,2 49,1 55,6 65,8 97,7 37,1 35,2 52,5 São José do Rio Preto 98,9 40,6 26,5 49,0 50,0 96,0 55,3 56,8 71,1 99,3 47,0 64,9 77,3 98,4 40,6 30,2 53,1 99,0 30,2 23,1 50,3 46,0 97,5 58,9 57,4 73,4 100,0 74,6 58,3 75,6 98,8 30,2 27,1 54,2 Tanabi Ubarana Uchoa 98,2 35,7 27,6 47,9 49,0 95,4 53,6 43,7 65,5 97,0 80,4 70,7 83,6 97,9 35,7 30,6 50,6 94,0 36,3 15,7 36,5 42,8 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 55,6 91,2 94,6 36,3 19,4 37,9 União Paulista Zacarias Fonte: Censo Demográfico 1991, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP Excluídos da análise dos domicílios/família, os pensionistas, empregados domésticos residentes e parentes dos empregados domésticos Pólo Econômico de São José do Rio Preto 98 Total 52,3 50,5 49,5 51,1 51,7 49,9 53,6 50,6 48,0 49,9 52,0 54,4 46,9 51,5 51,8 46,0 51,6 47,3 46,9 45,8 49,2 49,7 44,4 52,8 54,4 53,4 50,4 51,7 45,4 - Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 8 Taxa de geração de renda por tipologia e posição na família Pólo Regional de Sâo José do Rio Preto 2000 Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes Total não e não não e não parentes parentes parentes parentes Pólo São José do Rio Preto 94,0 50,1 25,9 46,2 52,2 92,1 49,5 49,6 66,8 92,1 51,1 67,8 78,5 93,5 50,1 30,0 Adolfo 95,0 50,4 21,2 48,5 50,3 95,0 69,9 83,1 82,7 96,4 79,3 85,7 90,3 95,1 50,4 27,2 Bady Bassitt 94,3 47,7 23,0 44,0 50,8 91,4 49,3 38,9 63,1 90,8 29,6 57,4 71,6 93,7 47,7 26,3 94,6 42,7 30,5 37,7 52,4 93,4 63,7 62,1 76,6 96,7 50,0 69,9 82,9 94,6 42,7 35,2 Bálsamo Cedral 89,5 45,6 27,4 42,5 50,4 90,1 58,0 31,4 65,9 91,2 67,3 74,2 81,1 89,8 45,6 31,6 Guapiaçu 94,7 46,3 24,3 47,2 50,7 93,0 55,6 40,8 67,0 94,7 80,2 61,1 82,1 94,4 46,3 28,7 95,8 48,7 27,2 44,5 52,6 93,9 49,4 56,3 71,3 90,6 66,7 59,7 76,5 95,1 48,7 30,8 Ibirá Icém 92,2 41,0 21,4 28,0 45,3 94,4 41,5 42,1 63,8 92,2 53,8 38,5 66,3 92,6 41,0 24,4 92,9 34,5 26,5 51,3 48,1 94,9 30,0 57,7 61,6 86,7 54,5 78,0 92,7 34,5 26,7 Ipiguá Jaci 95,4 44,2 21,2 62,2 50,0 92,7 63,3 7,4 64,3 100,0 45,0 81,9 79,0 95,4 44,2 29,1 José Bonifácio 94,7 51,9 26,5 45,6 52,8 91,7 49,0 53,2 64,7 94,7 49,2 65,0 80,5 94,3 51,9 30,0 94,7 41,0 21,8 54,6 49,8 76,2 72,2 37,7 68,1 63,2 69,2 41,7 58,5 90,4 41,0 29,6 Mendonça Mirassol 94,3 47,9 27,0 50,4 52,2 91,6 47,0 50,8 65,9 90,2 43,9 66,3 75,6 93,5 47,9 30,2 Mirassolândia 87,4 33,1 17,7 49,4 42,4 94,9 33,3 54,0 64,2 93,9 8,8 38,0 52,9 89,0 33,1 18,6 94,8 51,9 25,3 44,4 53,3 94,8 57,1 30,1 70,3 97,6 60,3 44,9 79,2 95,1 51,9 30,8 Monte Aprazível Neves Paulista 94,8 48,4 32,6 48,5 55,5 89,0 57,8 49,7 69,1 87,4 42,7 68,1 71,7 93,4 48,4 36,6 Nipoã 97,4 43,1 29,3 53,4 53,4 84,6 56,8 26,7 66,7 86,0 74,2 58,3 78,6 94,2 43,1 33,6 97,5 48,1 28,7 40,0 53,3 100,0 57,9 65,1 76,9 100,0 90,9 95,0 98,0 48,1 31,8 Nova Aliança Nova Granada 95,2 42,9 23,4 43,0 48,5 94,1 57,9 38,6 70,0 100,0 51,5 94,1 89,2 95,4 42,9 28,3 94,6 40,2 21,5 37,1 47,1 81,0 43,4 59,1 60,0 100,0 32,1 33,3 61,3 93,2 40,2 24,3 Onda Verde Orindiúva 96,3 35,3 20,1 60,9 46,3 85,2 50,4 28,6 62,0 96,1 100,0 76,4 91,9 95,1 35,3 23,8 Palestina 95,1 45,3 29,3 44,1 53,8 91,0 60,6 58,0 73,2 86,4 41,1 74,1 72,7 93,7 45,3 34,7 93,0 47,0 21,5 33,9 48,4 85,9 37,1 48,3 58,7 90,5 86,6 59,0 84,0 91,2 47,0 25,7 Paulo de Faria Planalto 92,9 41,5 23,2 43,3 46,8 96,2 53,5 82,9 81,3 90,7 47,1 58,8 76,7 93,1 41,5 25,5 Poloni 94,8 56,1 28,9 63,3 57,9 93,9 53,6 27,8 66,8 97,5 45,5 91,9 89,5 94,9 56,1 33,5 95,4 54,7 30,6 63,0 58,1 91,8 44,6 58,6 67,6 93,2 56,3 72,5 80,0 94,8 54,7 32,4 Potirendaba São José do Rio Preto 93,8 52,8 25,9 46,2 52,9 92,4 48,5 49,9 66,4 91,8 49,4 71,0 78,6 93,3 52,8 30,2 92,9 45,5 27,9 38,8 51,6 92,0 46,9 68,2 70,5 91,4 55,8 68,0 80,9 92,7 45,5 30,6 Tanabi 93,6 41,3 25,0 27,5 46,9 85,1 34,2 24,0 50,5 88,2 55,6 50,0 74,8 92,4 41,3 25,8 Ubarana Uchoa 93,9 44,9 23,0 49,4 49,9 86,8 61,6 45,4 67,6 90,2 65,7 30,3 78,4 92,5 44,9 28,3 90,9 50,0 24,6 54,7 50,8 100,0 21,6 22,2 60,0 80,9 72,7 60,0 75,8 91,0 50,0 27,3 União Paulista Zacarias 90,8 43,1 23,0 22,4 48,2 72,9 35,4 16,7 43,8 100,0 100,0 19,4 74,3 89,8 43,1 25,1 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP Excluídos da análise dos domicílios/família, os pensionistas, empregados domésticos residentes e parentes dos empregados domésticos Tomando-se novamente o município de São José do Rio Preto como referência, observa-se que, em 1991, 96% dos chefes femininos aportavam renda para o domicílio, passando a ser de 92,4% em 2000. Observa-se ainda que, embora tenha ocorrido queda na taxa de geração dos filhos, de 55,3% em 1991 para 48,5%, esta permanece elevada em 2000, e que ocorre também pequena redução na taxa dos parentes de 56,8% em 1991, para 49,9% em 2000. Como resultado dessas tendências ocorre redução da taxa domiciliar de geração de renda nesse arranjo no período, passando de 71% para cerca de 66% a proporção de componentes que aporta renda para o domicílio. No arranjo dos chefes masculinos sem cônjuge, no período de 1991-2000, a tendência geral nos municípios da região é de queda da taxa de geração de renda dos chefes, mantendo-se elevada; outra tendência é a de manutenção da participação dos filhos e elevação da participação dos parentes na geração de renda dos domicílios. No município de São José do Rio Preto, em 1991 a taxa de geração de renda dos chefes masculinos sem cônjuge era de 99,3%, caindo em 2000 para 91,8%; a taxa de geração de renda dos filhos neste arranjo, bastante elevada, apresenta crescimento, passando de 47%% em 1991, para 49,4% em 2000; enquanto a taxa dos parentes cai de 64,9% em 1991, para 71% em 2000; resultando em pequena elevação da taxa domiciliar de geração de renda nesse arranjo, de 77% em 1991, para 78,6% em 2000. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 99 50,0 62,2 45,2 44,9 44,6 47,3 49,2 33,3 51,7 53,9 50,6 48,2 52,7 48,4 41,3 50,8 50,8 52,7 44,6 38,5 59,4 51,1 41,0 51,7 55,6 64,0 50,7 50,4 29,1 47,3 54,1 20,4 55,4 55,0 52,8 56,1 53,3 53,3 56,1 48,7 49,8 53,4 55,3 52,1 54,9 44,8 56,7 57,7 56,1 57,3 52,8 48,9 49,8 57,2 51,9 51,0 60,5 59,9 56,2 55,0 48,0 53,0 53,2 49,2 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Deve-se acrescentar que no município de São José do Rio Preto,considerandose a totalidade dos arranjos domiciliares, se eleva a taxa de geração de renda domiciliar no período, passando de 53,4% em 1991, para 56,2% em 2000 (Tabela 8), acompanhando a tendência observada no Pólo. Tabela 9 Participação na composição da massa da renda domiciliar por tipologia e posição na família Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais - Estado de São Paulo 1991-2000 Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe Cônjuge Filhos Parentes e Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes não e não parentes parentes Estado São Paulo 70,0 14,1 13,0 3,0 100,0 56,4 . 30,8 12,8 RM São Paulo 69,8 14,4 12,9 3,0 100,0 57,4 . 29,4 13,2 RM Baixada Santista 72,1 13,9 10,7 3,3 100,0 60,8 . 27,1 12,1 RM Campinas 69,7 13,9 13,2 3,2 100,0 55,8 . 31,6 12,6 Pólo Araçatuba 70,3 14,1 13,0 2,6 100,0 56,3 . 31,2 12,5 1991 Pólo Bauru 69,2 14,9 13,1 2,8 100,0 53,8 . 35,7 10,5 Pólo Presidente Prudente 70,6 14,2 12,9 2,2 100,0 51,1 . 40,5 8,4 Pólo Ribeirão Preto 70,3 13,7 13,0 3,1 100,0 55,4 . 31,7 12,9 Pólo São José dos Campos 72,7 13,4 11,0 2,9 100,0 50,9 . 31,1 18,0 Pólo São José do Rio Preto 70,6 13,9 12,7 2,8 100,0 58,4 . 30,2 11,5 Pólo Sorocaba 70,1 13,2 13,3 3,3 100,0 51,9 . 36,7 11,3 Chefe masculino sem cônjuge Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes Total e não parentes 100,0 71,2 . 8,4 20,3 100,0 100,0 71,3 . 7,4 21,3 100,0 100,0 77,2 . 6,1 16,7 100,0 100,0 73,7 . 8,3 18,0 100,0 100,0 68,5 . 11,8 19,8 100,0 100,0 70,0 . 10,4 19,6 100,0 100,0 74,3 . 10,2 15,5 100,0 100,0 71,2 . 7,8 21,0 100,0 100,0 70,8 . 10,3 19,0 100,0 100,0 70,7 . 9,6 19,7 100,0 100,0 68,0 . 11,4 20,6 100,0 Estado São Paulo RM São Paulo RM Baixada Santista RM Campinas Pólo Araçatuba 2000 Pólo Bauru Pólo Presidente Prudente Pólo Ribeirão Preto Pólo São José dos Campos Pólo São José do Rio Preto Pólo Sorocaba 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 67,0 66,2 67,6 67,3 69,7 68,9 68,0 68,7 69,2 68,3 67,3 19,3 20,0 19,5 18,9 18,0 19,1 20,0 18,1 17,7 19,0 18,9 11,3 11,5 10,1 11,5 10,3 9,9 10,0 10,9 10,7 10,0 11,3 2,4 2,4 2,8 2,4 2,0 2,1 2,1 2,3 2,4 2,7 2,5 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 63,8 63,8 65,6 64,8 65,3 66,3 66,0 65,8 63,2 65,7 61,3 . . . . . . . . . . . 25,5 25,2 23,0 24,9 25,8 22,8 24,2 24,1 25,7 24,7 27,6 10,7 11,0 11,3 10,4 8,9 11,0 9,8 10,1 11,1 9,6 11,1 78,6 78,6 81,0 78,1 79,1 81,5 84,0 78,6 79,2 81,8 76,9 . . . . . . . . . . . 7,3 6,7 6,9 7,4 9,4 7,2 6,6 9,3 7,3 5,9 8,1 14,1 14,7 12,2 14,5 11,5 11,3 9,4 12,1 13,5 12,3 15,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não parentes 68,5 11,6 14,7 5,2 68,3 11,6 14,5 5,5 70,9 11,2 12,6 5,3 68,6 11,7 14,8 4,9 68,9 12,1 14,7 4,3 67,6 12,7 15,4 4,4 68,9 12,3 15,5 3,4 68,8 11,6 14,6 5,0 70,5 11,3 13,0 5,3 69,4 11,9 14,3 4,4 68,3 11,3 15,5 4,9 67,3 66,7 68,2 67,6 69,7 69,3 68,7 68,9 69,2 68,8 67,0 15,2 15,4 14,7 15,3 15,0 15,5 16,1 14,5 14,3 15,5 15,5 13,1 13,3 12,2 13,0 12,0 11,5 11,7 12,6 12,3 11,7 13,2 4,4 4,6 5,0 4,1 3,3 3,8 3,5 4,0 4,2 4,1 4,3 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Censo Demográfico 1991 e 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Embora tenha havido entre 1991-2000 aumento taxa de geração de renda nos domicílios do Pólo Regional de São José do Rio Preto, indicando o aumento da participação dos componentes do domicílio em atividades para geração de renda, constata-se que a renda domiciliar é predominantemente composta pela contribuição dos chefes do domicílio, sendo eles chefes masculinos ou femininos. Este fato ocorre tanto no Pólo de São José dos Campos, como no conjunto de regiões sob análise e no Estado de São Paulo. Para continuar a analise das mudanças no padrão de arranjos domiciliares de provisão da família, utiliza-se aqui de mais um indicador, que é o percentual de contribuição de cada componente na renda do domicílio, significando a participação dos membros da família na composição renda domiciliar. Apresentam-se a seguir as tendências observadas com relação à participação dos componentes na renda domiciliar nos diferentes arranjos domiciliares, lembrando que as tendências encontradas foram as mesmas para o Estado de São Paulo e para as regiões metropolitanas e os pólos regionais paulistas. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 100 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Ainda que a participação dos chefes na composição da renda do domicílio seja a mais elevada, esse indicador também evidencia a tendência de queda da participação deste componente do domicílio, quando considerado o total da população. No entanto, considerando-se os arranjos domiciliares e a posição na família se evidenciam as tendências distintas entre os domicílios nucleados por casal e nos domicílios de chefes sem cônjuges. Assim, nos arranjos nucleados pelo casal, observa-se como tendência a queda da participação dos chefes na composição da renda domiciliar. De forma distinta, nos arranjos sem a presença de cônjuge, cresce a participação dos chefes femininos e masculinos na composição da renda domiciliar (Tabela 9). Nos arranjos nucleados pelo casal observam-se ainda as tendências de crescimento da participação das cônjuges na composição do rendimento domiciliar e de queda na participação dos filhos nesse período, também verificadas neste pólo regional. Duas outras tendências, generalizadas entre as diversas regiões do Estado de São Paulo sob análise, são a queda na participação dos filhos e dos parentes na composição da renda domiciliar em todos os arranjos domiciliares. Este conjunto de tendências indica mudanças e um maior partilhamento da responsabilidade pela subsistência entre os componentes do domicílio, especialmente nos arranjos nucleados pelo casal, embora se mantenha elevada a responsabilidade dos chefes das diferentes configurações domiciliares. Analise do Pólo de São José do Rio Preto evidencia todas as tendências apontadas acima. Assim, percebe-se através dos censos de 1991 e 2000, nos arranjos nucleados pelo casal, a queda da participação dos chefes na composição da renda domiciliar na média do Pólo, passando de 70,6% para 68,3% (Tabela 9). Quedas nessa participação são observadas em todos os municípios que compõem o Pólo, ainda que apresentem intensidades variadas (Tabela 10). Por sua vez, as cônjuges, nos domicílios compostos por casais, elevaram sua participação na composição da renda familiar no período de 1991-2000, nessa região. Considerando-se os arranjos domiciliares nucleados pelo casal, em 1991, a contribuição da cônjuge era de 13,9% e passou a ser de 19% em 2000. Essa tendência, que apresenta-se com diferentes intensidades nas diversas espacialidades sob análise, é registrada também para o Estado de São Paulo, para as regiões metropolitanas e para os pólos regionais paulistas (Tabela 9). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 101 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP A tendência indicada de queda na participação dos filhos e dos parentes na composição da renda domiciliar também evidencia-se no Pólo de São José do Rio Preto. Observa-se a queda dessa participação dos filhos entre os anos de 1991 e 2000 em todos os arranjos domiciliares, com poucas exceções em determinados municípios. Nos arranjos nucleados pelos casais, a contribuição dos filhos para a composição da renda era de 12,7%, em 1991, passando a ser de 10% em 2000. Considerando-se os arranjos domiciliares nucleados pelas chefes femininas sem cônjuge, destaca-se a redução apresentada pelos filhos que participavam com a importante parcela de 30,2% da composição da renda domiciliar em 1991 e passaram a contribuir com 24,7% em 2000. Nos arranjos domiciliares dos chefes masculinos sem cônjuge, na média regional é pequena a contribuição dos filhos para a renda domiciliar e apresenta redução no período, 9,6% da renda em 1991, para 5,9% em 2000 (Tabela 9). No município de São José do Rio Preto, considerando-se os arranjos nucleados por casais observa-se que a participação dos chefes apresenta redução, passando de 71,5% para 69,3% entre 1991 e 2000, acompanhada de significativo crescimento da participação da cônjuge, de 14% para 19,4% no período e de queda da contribuição dos filhos na provisão domiciliar de 11,7% em 1991, para 9,3% em 2000.Também em municípios menores e com características distintas da sede regional, são observadas tendências semelhantes (Tabela 10). Indicando a crescente responsabilidade da mulher na provisão familiar, observase no arranjo domiciliar de chefes femininas sem cônjuge o aumento na participação das chefes na composição da renda domiciliar em todas as regiões sob análise. No Pólo de São José do Rio Preto, em 1991, as chefes contribuíam com 58,4% da renda domiciliar e passaram a contribuir com 65,7% em 2000, frente à redução da participação dos filhos apontada acima e também da redução da participação dos parentes, resultando no aumento do encargo das chefes femininas na manutenção do domicílio. Os dados apresentados seguem tendência semelhante à observada para o Estado de São Paulo, no qual as chefes femininas sem cônjuge contribuíam com 56% em 1991 e passaram a contribuir com 63,8% em 2000 para a composição da renda domiciliar (Tabela 9). No município de São José do Rio Preto, em 1991 as chefes femininas sem cônjuge eram responsáveis por 62,2% da renda domiciliar e, em 2000, seu encargo passou a ser de 67,7%. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 102 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 10 Participação na massa da renda domiciliar por tipologia e posição na família Pólo Regional de São José do Rio Preto 1991 Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes Total e não e não e não parentes parentes parentes parentes Pólo São José do Rio Preto 70,6 13,9 12,7 2,8 100,0 58,4 . 30,2 11,5 100,0 70,7 . 9,6 19,7 100,0 69,4 11,9 14,3 4,4 100,0 Adolfo 61,9 19,2 14,7 4,3 100,0 46,9 . 51,3 1,8 100,0 84,1 . 7,7 8,3 100,0 62,9 16,6 16,0 4,5 100,0 Bady Bassitt 67,7 14,2 14,8 3,4 100,0 64,6 . 29,5 6,0 100,0 55,6 . 31,1 13,4 100,0 66,9 12,7 16,4 4,0 100,0 Bálsamo 64,2 16,7 15,7 3,4 100,0 45,3 . 35,9 18,9 100,0 67,3 . 19,3 13,4 100,0 63,0 14,7 17,3 5,0 100,0 Cedral 71,3 11,0 16,1 1,5 100,0 41,2 . 40,7 18,1 100,0 57,0 . 29,4 13,7 100,0 68,1 9,6 18,8 3,5 100,0 Guapiaçu 65,5 10,8 19,5 4,3 100,0 42,8 . 50,9 6,3 100,0 58,3 . 1,2 40,5 100,0 63,5 9,6 21,5 5,4 100,0 Ibirá 67,3 13,2 15,1 4,4 100,0 65,0 . 27,4 7,7 100,0 62,5 . 13,3 24,2 100,0 66,8 11,2 16,1 5,9 100,0 Icém 65,1 16,6 15,6 2,8 100,0 48,7 . 36,3 15,0 100,0 72,0 . 4,4 23,7 100,0 64,3 14,5 16,4 4,8 100,0 Ipiguá Jaci 63,5 10,8 20,2 5,5 100,0 51,4 . 47,1 1,5 100,0 46,3 . 8,2 45,5 100,0 62,2 9,9 20,5 7,4 100,0 José Bonifácio 70,0 12,7 14,5 2,9 100,0 35,6 . 46,9 17,5 100,0 75,2 . 5,7 19,1 100,0 67,0 11,0 17,2 4,8 100,0 Mendonça 68,7 18,1 10,7 2,6 100,0 33,6 . 51,0 15,5 100,0 70,1 . 14,7 15,1 100,0 67,9 16,7 11,9 3,5 100,0 Mirassol 66,8 14,5 15,9 2,9 100,0 48,3 . 36,6 15,1 100,0 58,5 . 17,4 24,1 100,0 64,7 12,5 17,9 4,9 100,0 Mirassolândia 64,4 14,5 16,2 4,9 100,0 55,3 . 42,5 2,2 100,0 13,4 . 82,3 4,3 100,0 58,8 12,1 24,3 4,7 100,0 68,7 14,1 15,3 2,0 100,0 69,9 . 21,7 8,4 100,0 60,2 . 9,6 30,2 100,0 68,4 12,2 15,6 3,8 100,0 Monte Aprazível 65,4 12,9 19,3 2,5 100,0 41,5 . 42,8 15,7 100,0 72,2 . 15,1 12,7 100,0 64,1 11,6 20,6 3,7 100,0 Neves Paulista 69,6 10,4 16,3 3,7 100,0 44,8 . 52,2 3,0 100,0 58,5 . 20,7 20,8 100,0 64,2 7,9 23,5 4,4 100,0 Nipoã 71,6 9,6 15,3 3,4 100,0 35,4 . 58,0 6,7 100,0 66,2 . 1,9 31,9 100,0 69,2 8,7 17,4 4,7 100,0 Nova Aliança 70,7 14,4 12,2 2,7 100,0 46,8 . 41,9 11,3 100,0 75,3 . 8,7 16,0 100,0 68,9 12,7 14,4 4,0 100,0 Nova Granada 73,6 12,3 10,8 3,3 100,0 46,9 . 35,8 17,3 100,0 45,3 . 2,6 52,1 100,0 70,3 10,9 11,3 7,5 100,0 Onda Verde 83,3 6,5 7,8 2,5 100,0 32,5 . 57,8 9,7 100,0 54,4 . 4,7 40,9 100,0 78,7 5,8 10,9 4,6 100,0 Orindiúva 76,5 11,7 9,6 2,2 100,0 41,7 . 52,8 5,5 100,0 86,5 . 9,3 4,2 100,0 73,1 10,0 14,3 2,6 100,0 Palestina 73,8 9,6 11,0 5,6 100,0 49,2 . 18,6 32,3 100,0 77,0 . 12,6 10,3 100,0 71,4 8,2 11,9 8,6 100,0 Paulo de Faria 68,1 11,3 18,1 2,5 100,0 66,9 . 32,8 0,3 100,0 67,8 . 0,0 32,3 100,0 68,0 10,1 18,7 3,2 100,0 Planalto 68,8 15,0 13,8 2,5 100,0 59,3 . 32,0 8,7 100,0 50,1 . 32,5 17,4 100,0 68,1 14,2 14,8 2,9 100,0 Poloni 70,0 12,9 13,9 3,2 100,0 59,0 . 35,4 5,5 100,0 39,2 . 39,4 21,4 100,0 68,1 11,7 16,2 4,1 100,0 Potirendaba 71,5 14,1 11,7 2,7 100,0 62,2 . 26,9 10,9 100,0 74,4 . 7,3 18,3 100,0 70,6 12,0 13,2 4,3 100,0 São José do Rio Preto 69,5 15,5 12,4 2,7 100,0 48,3 . 36,0 15,7 100,0 62,7 . 4,9 32,4 100,0 67,3 13,3 13,8 5,6 100,0 Tanabi Ubarana 67,5 14,1 14,8 3,6 100,0 46,3 . 44,7 9,0 100,0 76,8 . 7,1 16,1 100,0 65,3 11,5 18,1 5,1 100,0 Uchoa 68,9 16,9 9,7 4,5 100,0 26,5 . 73,5 . 100,0 55,5 . 37,1 7,4 100,0 67,9 16,1 11,4 4,6 100,0 União Paulista Zacarias Fonte: Censo Demográfico 1991, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP Excluídos da análise dos domicílios/família, os pensionistas, empregados domésticos residentes e parentes dos empregados domésticos Tabela 10 Participação na massa da renda domiciliar por tipologia e posição na família Pólo Regional de São José do Rio Preto 2000 Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e Total Chefe Cônjuge Filhos Parentes e não e não não e não parentes parentes parentes parentes Pólo São José do Rio Preto 68,3 19,0 10,0 2,7 100,0 65,7 . 24,7 9,6 100,0 81,8 . 5,9 12,3 100,0 68,8 15,5 11,7 4,1 63,8 23,0 10,3 2,9 100,0 43,7 . 34,3 22,0 100,0 69,1 . 18,4 12,5 100,0 62,2 20,4 12,6 4,9 Adolfo 69,5 19,1 9,5 2,0 100,0 64,4 . 30,3 5,3 100,0 76,1 . 6,3 17,7 100,0 69,3 16,8 11,1 2,9 Bady Bassitt 45,0 11,5 8,4 35,1 100,0 53,3 . 37,5 9,3 100,0 77,3 . 5,8 16,9 100,0 46,3 10,6 9,9 33,2 Bálsamo 62,7 19,3 15,6 2,4 100,0 68,8 . 25,5 5,7 100,0 65,4 . 13,9 20,7 100,0 63,7 15,4 16,9 4,0 Cedral 69,1 18,3 10,1 2,6 100,0 65,4 . 24,5 10,1 100,0 71,6 . 16,9 11,5 100,0 68,8 15,9 11,7 3,6 Guapiaçu 68,3 17,7 11,9 2,2 100,0 71,1 . 24,6 4,4 100,0 72,9 . 11,5 15,7 100,0 68,8 14,9 13,2 3,1 Ibirá 73,1 16,4 8,8 1,7 100,0 66,4 . 22,7 10,9 100,0 75,1 . 4,9 20,0 100,0 72,6 14,0 9,9 3,6 Icém 68,0 13,1 14,4 4,6 100,0 61,2 . 31,9 7,0 100,0 97,7 . . 2,4 100,0 68,9 11,6 14,9 4,6 Ipiguá 65,5 19,5 12,4 2,7 100,0 47,6 . 50,2 2,2 100,0 66,5 . 12,8 20,8 100,0 63,9 15,6 16,0 4,5 Jaci José Bonifácio 67,1 20,9 10,5 1,5 100,0 53,2 . 34,8 12,0 100,0 84,4 . 6,5 9,1 100,0 66,4 17,9 12,8 2,9 Mendonça 67,6 17,3 12,1 3,0 100,0 15,0 . 79,8 5,3 100,0 92,8 . 3,8 3,3 100,0 55,8 11,3 29,3 3,6 Mirassol 66,9 17,7 12,3 3,1 100,0 60,9 . 27,4 11,8 100,0 73,7 . 7,5 18,8 100,0 66,5 14,9 13,9 4,8 Mirassolândia 65,8 17,6 13,8 2,9 100,0 63,5 . 20,0 16,4 100,0 90,4 . 2,2 7,5 100,0 67,3 15,0 13,4 4,3 Monte Aprazível 65,2 20,8 11,0 3,0 100,0 68,5 . 27,7 3,8 100,0 77,7 . 10,5 11,9 100,0 66,2 17,4 13,0 3,5 Neves Paulista 68,0 16,2 13,2 2,7 100,0 61,6 . 33,3 5,1 100,0 80,6 . 8,8 10,6 100,0 67,8 13,9 15,1 3,2 Nipoã 71,8 12,9 13,1 2,3 100,0 64,1 . 31,7 4,2 100,0 72,1 . 16,8 11,1 100,0 71,3 11,3 14,5 2,9 Nova Aliança 59,3 20,1 17,7 2,9 100,0 60,9 . 28,5 10,7 100,0 84,5 . 0,0 15,6 100,0 61,3 16,5 17,5 4,7 Nova Granada 63,6 17,7 13,5 5,1 100,0 62,0 . 28,9 9,1 100,0 75,2 . 15,8 8,9 100,0 64,1 14,5 15,5 5,8 Onda Verde 71,3 14,7 11,1 2,9 100,0 68,3 . 24,7 7,1 100,0 84,5 . 11,1 4,4 100,0 71,9 12,7 12,1 3,3 Orindiúva 76,0 11,9 9,1 3,0 100,0 62,4 . 34,0 3,6 100,0 52,2 . 23,5 24,3 100,0 73,8 10,5 11,5 4,3 Palestina 66,0 20,0 12,4 1,6 100,0 57,9 . 33,9 8,1 100,0 84,2 . 10,7 5,2 100,0 66,3 16,2 14,9 2,6 Paulo de Faria 74,1 15,7 8,9 1,4 100,0 64,7 . 20,6 14,7 100,0 83,7 . 10,9 5,5 100,0 73,6 13,0 10,3 3,1 Planalto 80,2 9,6 8,2 2,1 100,0 72,0 . 14,6 13,4 100,0 84,7 . 4,6 10,8 100,0 80,0 8,6 8,4 3,1 Poloni 67,7 16,2 12,9 3,1 100,0 64,3 . 31,7 4,0 100,0 72,3 . 11,8 15,9 100,0 67,5 14,0 14,8 3,6 Potirendaba 63,5 21,3 11,0 4,2 100,0 66,4 . 25,3 8,3 100,0 61,1 . 8,1 30,8 100,0 63,6 18,6 12,1 5,8 São José do Rio Preto 69,3 19,4 9,3 2,0 100,0 67,7 . 22,7 9,6 100,0 83,7 . 4,8 11,6 100,0 70,0 15,5 10,9 3,6 Tanabi 67,9 19,0 10,5 2,7 100,0 67,0 . 19,1 14,0 100,0 73,6 . 4,9 21,5 100,0 68,0 16,1 11,2 4,7 Ubarana 65,0 16,5 15,8 2,7 100,0 63,6 . 24,7 11,7 100,0 88,8 . 3,0 8,3 100,0 66,2 14,2 15,9 3,8 Uchoa 62,2 19,5 14,9 3,4 100,0 48,6 . 39,1 12,4 100,0 89,5 . 8,3 2,2 100,0 61,5 16,6 17,5 4,4 União Paulista 61,9 19,1 13,6 5,4 100,0 80,8 . 16,2 3,0 100,0 30,6 . 63,4 6,0 100,0 58,9 16,1 19,6 5,4 Zacarias 65,7 20,1 13,3 0,9 100,0 43,5 . 52,4 4,1 100,0 86,4 . 2,4 11,3 100,0 65,7 17,9 14,9 1,6 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP Excluídos da análise dos domicílios/família, os pensionistas, empregados domésticos residentes e parentes dos empregados domésticos A tendência de crescimento do encargo na provisão domiciliar é também apresentada pelos dos chefes masculinos sem cônjuge em todas as regiões sob análise. No Pólo de São José do Rio Preto sua contribuição para composição da renda domiciliar desse arranjo era de 70,7% em 1991 e passou para 81,8% em 2000, com Pólo Econômico de São José do Rio Preto 103 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP proporções semelhantes às observadas para o Estado de São Paulo. No município de São José do Rio Preto a participação dos chefes em 1991 era de 74,3% e em 2000 passou a ser responsável por 83,6% da composição da renda domiciliar. Para o arranjo domiciliar dos chefes masculinos sem cônjuge além da queda na contribuição já apontada para os filhos nesse arranjo, observa-se a redução da participação dos parentes e não parentes na composição da renda domiciliar de 19,7% em 1991, para 12,3% em 2000, no Pólo de São José do Rio Preto (Tabela 10). Analisando-se os municípios que compõem o no Pólo de São José do Rio Preto observam-se as mesmas tendências apontadas acima. 2.3. Arranjos domiciliares mais suscetíveis ao empobrecimento Estudos sobre a Região Metropolitana de São Paulo nos anos 90 e 2000 (Montali, 2004) e sobre o conjunto das regiões metropolitanas brasileiras na década de 2000 (Montali e Tavares, 2008) evidenciaram que a precarização do trabalho e o aumento do desemprego vigentes nesses períodos afetam diferenciadamente os arranjos familiares de inserção no mercado, que são articulados de maneiras distintas nos momentos do ciclo de vida familiar, evidenciando maior fragilização para determinados segmentos sociais nas formas encontradas para garantir a sobrevivência. Diversos indicadores reafirmam essa maior fragilidade apresentada por determinados arranjos domiciliares. Os arranjos mais suscetíveis ao empobrecimento foram assim identificados por apresentarem rendimentos médios familiares per capita mais baixos que os demais arranjos domiciliares e abaixo da média regional, por apresentarem as mais elevadas concentrações entre os decis inferiores de renda familiar per capita, bem como por apresentarem as menores taxas de geração de renda (Montali e Tavares, 2008). Esse tópico pretende apresentar os arranjos domiciliares mais suscetíveis ao empobrecimento no Pólo Regional de São José do Rio Preto no ano de 2000 e destacar os municípios da região em que essa fragilidade se mostra mais acentuada. Para tanto, serão utilizados dois indicadores: rendimento domiciliar per capita e taxa de geração de renda, ambos analisados segundo arranjo domiciliar. O Pólo Regional de São José do Rio Preto apresentou, no ano de 2000, rendimento domiciliar per capita de R$ 415,40, valor inferior ao apresentado pelo Estado de São Paulo e pelas regiões metropolitanas paulistas. Entretanto, quando Pólo Econômico de São José do Rio Preto 104 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP comparado aos outros Pólos Regionais sob análise, o Pólo de São José do Rio Preto apresenta o terceiro maior rendimento domiciliar per capita, muito próximo do apresentado pelos Pólos de São José dos Campos e de Ribeirão Preto (Gráfico 6). Considerando-se o outro indicador selecionado para análise, a taxa domiciliar de geração de renda verificada para o Pólo de São José do Rio Preto, em 2000, foi de 55,4%, superior à observada no Estado de São Paulo (50,5%), e também maior que a apresentada nas regiões metropolitanas e nos demais pólos regionais, com a exceção de Araçatuba, cuja taxa se assemelha a esta (Tabela 7). Estes dois indicadores, rendimento per capita e taxa de geração de renda evidenciam que no Pólo Regional de São José do Rio Preto embora tenha se elevado a proporção de pessoas por domicílio envolvidas em atividades de geração de renda, é mais baixa a remuneração auferida por estas, significando em termos comparativos às regiões metropolitanas paulistas, situações mais desfavoráveis de remuneração e indicando a possibilidade de vínculos mais precários de inserção no mercado de trabalho. Gráfico 6 Rendimento domiciliar per capita Região Metropolitanas e Pólos Regionais – Estado de São Paulo 2000 Pólo Presidente Prudente 338,0 Pólo Araçatuba 372,6 Pólo Sorocaba 377,2 Pólo Bauru 408,3 Pólo São José do Rio Preto 415,4 Pólo São José dos Campos 422,5 Pólo Ribeirão Preto 426,6 RM Baixada Santista 436,4 RM Campinas 479,0 RM São Paulo 506,9 Estado São Paulo 442,1 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1.000 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Entre os municípios que compõem o Pólo Regional de São José do Rio Preto no ano de 2000, é grande a disparidade de níveis de rendimento domiciliar per capita. Apenas São José do Rio Preto, o município-sede da região e o município de Pólo Econômico de São José do Rio Preto 105 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Bálsamo encontram-se acima do valor correspondente à média regional em relação ao rendimento per capita. Para evidenciar essa disparidade, no caso do município de São José do Rio Preto, merece ressaltar que o valor de seu rendimento per capita é três vezes maior que o dos municípios de Mirassolândia, União Paulista, Zacarias e Ubarana, que apresentam os menores valores no Pólo de São José do Rio Preto (Gráfico 7). No caso destes quatro municípios, por sua vez, merece destacar que apresentam rendimento per capita abaixo da metade da média regional. Dentre os trinta e um municípios do Pólo de São José do Rio Preto, cinco têm rendimento per capita que corresponde à metade da média regional, e outros onze municípios apresentam rendimento per capita entre metade e dois terços da média regional, evidenciando a precariedade de rendimentos na maior parte dos municípios do Pólo Regional de São José do Rio Preto. Gráfico 7 Rendimento domiciliar per capita Pólo Regional de São José do Rio Preto 2000 Mirassolândia União Paulista Zacarias Ubarana Onda Verde Nipoã Adolfo Palestina Uchoa Icém Nova Granada Ipiguá Jaci Paulo de Faria Nova Aliança Ibirá Cedral Planalto Mendonça Orindiúva Tanabi Potirendaba Poloni Bady Bassitt Neves Paulista Monte Aprazível Mirassol Guapiaçu José Bonifácio Bálsamo São José do Rio Preto Pólo São José do Rio Preto 163,5 174,0 174,5 176,9 201,8 215,4 221,7 237,8 241,8 250,2 251,1 251,3 265,9 265,9 268,0 280,6 283,7 285,6 293,3 295,9 297,8 302,8 307,7 316,1 317,6 328,0 334,6 336,7 340,5 433,2 512,0 415,4 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 106 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP A disparidade regional na renda per capita observada nos municípios do Pólo Regional vai se refletir nos arranjos mais suscetíveis ao empobrecimento presentes em cada um deles, acentuando sua fragilidade . Considerando-se os dois indicadores selecionados para a análise, constata-se que os arranjos domiciliares mais suscetíveis à pobreza, identificados no Pólo Regional de São José do Rio Preto, no ano de 2000, são, em ordem crescente aqueles chefiados por casais na faixa etária de até 34 anos com filhos e/ou parentes, seguidos pelos arranjos de chefias femininas sem cônjuges com filhos e/ou parentes e, por fim, os chefiados por casais na faixa etária dos 35 aos 49 anos com filhos e/ou parentes (Gráficos 8 e 9). Comparado ao estudo de Montali e Tavares (2008), sobre as regiões metropolitanas brasileiras no ano de 2004, observa-se a mesma ordem de fragilidade identificada por aquele estudo segundo tipos de arranjos domiciliares. Embora semelhante à ordem de fragilidade encontrada no estudo referido (Montali e Tavares, 2008) e também pelo presente projeto nas regiões metropolitanas do Estado de São Paulo, identificou-se especificidades e situações semelhantes em alguns dos Pólos Regionais, dentre eles o de Presidente Prudente e São José do Rio Preto, Araçatuba e Bauru referente a um novo arranjo que apresenta maiores suscetibilidades ao empobrecimento, como se verá mais adiante. Os arranjos nucleados por casais na faixa etária de até 34 anos com a presença de filhos e/ou parentes, que apresentam maior suscetibilidade à pobreza no ano de 2000 no Pólo de São José do Rio Preto com base nos indicadores adotados, têm rendimento domiciliar per capita de R$ 271,50 e taxa de geração de renda do domicílio de 39,5%, o que significa que pouco mais de um terço da população em idade ativa aporta renda para o domicílio. Observa-se, entretanto, que nos municípios do Pólo Regional de São José do Rio Preto, este arranjo familiar identificado por sua maior fragilidade no enfrentamento das necessidades para a subsistência relacionada à sua composição domiciliar, apresenta valores bastante distintos de sua renda per capita. Assim, os arranjos chefiados por casais na faixa etária dos 34 anos com filhos e/ou parentes, apresentam em todos os municípios os menores valores do rendimento domiciliar per capita, porém, o valor deste varia de forma associada à renda per capita do município. Foram encontrados entre os municípios analisados valores do rendimento domiciliar per capita para esse tipo de arranjo, que variam entre R$ 114,00 (Nipoã) e R$ 329,00 (São José do Rio Preto) no ano de 2000. Em São José do Rio Preto, municípiosede, o arranjo domiciliar dos casais na faixa etária de até 34 anos com filhos e/ou Pólo Econômico de São José do Rio Preto 107 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP parentes, apresentou taxas de geração de renda de 40% acima da média regional para o arranjo e rendimento domiciliar per capita de R$ 329,00, também acima da média regional para o arranjo. Em situação oposta está Nipoã, um dos municípios de menor rendimento per capita, em que esse arranjo apresenta rendimento de R$ 114,00, per capita e taxa de geração de renda de 36,1%, ambos indicadores abaixo da média regional para o arranjo domiciliar, evidenciando uma das situações em que são maiores as fragilidades destes arranjos que caracterizam-se pela maior susceptibilidade ao empobrecimento. O segundo arranjo domiciliar mais suscetível à pobreza no ano de 2000, do Pólo Regional de São José do Rio Preto é evidenciado nos arranjos domiciliares chefiados por mulheres sem cônjuges com filhos e/ou parentes. Nesse tipo de arranjo, o rendimento domiciliar per capita observado foi de R$ 332,50, abaixo da média regional (R$ 415,00) e a taxa de geração de renda foi de 62,9%, mais elevada que a média da região. Ou seja, mais pessoas contribuem para a geração de renda, mas o rendimento domiciliar per capita é menor que nos outros arranjos domiciliares em decorrência das características de sexo e de idade de seus componentes, bem como das características de inserção dos mesmos no mercado de trabalho, com parcela importante em atividades não formalizadas (Montali, 2008). Gráfico 8 Rendimento domiciliar per capita segundo tipo de arranjo domiciliar Pólo Regional de São José do Rio Preto 2000 Casal até 34 anos com filhos e parentes 271,5 Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 332,5 Casal de 35 a 49 anos com filhos e parentes 457,2 Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes 495,8 Chefe masculino sem cônjuge e/ou filhos e/ou parentes 454,2 622,3 Chefe feminina unipessoal Chefe masculino unipessoal 899,2 Total 415,4 0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 108 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico 9 Taxa Específica de geração de renda por tipos de arranjos domiciliares Pólo Regional de São José do Rio Preto 2000 Casal até 34 anos com filhos e parentes 39,5 Casal de 35 a 49 anos com filhos e parentes 51,1 Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 62,9 Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes 63,3 Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 72,3 Casal sem filhos 73,4 Chefe masculino unipessoal 91,7 95,1 Chefe feminina unipessoal Total 55,4 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Nos arranjos domiciliares chefiados por mulheres sem cônjuges com filhos e/ou parentes os municípios do Pólo de São José do Rio Preto tiveram rendimento domiciliar per capita variando entre R$ 101,50 (Zacarias) e R$ 385,00 (São José do Rio Preto). Tomando Zacarias como um dos municípios em que esse tipo de arranjo apresentou maior suscetibilidade à pobreza, observa-se rendimento per capita de R$ 101,50, abaixo da metade da média regional para o arranjo e taxa de 43,9%, abaixo da média regional para o arranjo. Situação mais favorável pode ser apontada em São José do Rio Preto, no qual esse arranjo domiciliar apresentou rendimento de R$ 385,00 e taxa de geração de renda de 62,8%, na média do arranjo. Por fim, os casais na faixa etária dos 35 aos 49 anos com filhos e/ou parentes são o terceiro arranjo mais suscetível à pobreza do Pólo de São José do Rio Preto. Estes apresentam rendimento domiciliar per capita de R$ 457,00, acima da média regional, e apresentam taxa de geração de renda de 51%, abaixo da média regional. Nos municípios do Pólo, o arranjo domiciliar nucleado pelo casal de 35 a 49 anos com filhos e/ou parentes apresentou rendimentos per capita que variaram entre R$ 165,00 (Mirassolândia) e R$ 567,00 (São José do Rio Preto), no ano de 2000. No município de Mirassolândia, que apresenta a menor renda per capita do Pólo, esse Pólo Econômico de São José do Rio Preto 109 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP arranjo domiciliar apresentou rendimento per capita de R$ 165,00 e taxa de geração de renda de 50,7%, evidenciando que embora metade dos componentes em idade ativa aportem renda para o domicílio os rendimentos obtidos são baixos, possívelmente associados a inserções precárias no mercado de trabalho. O município de São José do Rio Preto, apresenta mais uma vez situações mais favoráveis, em que esse arranjo apresentou rendimento per capita de R$ 567,00, superior à renda per capita do Pólo de São José do Rio Preto; e taxas de geração de renda de 51%, na média regional para esse arranjo domiciliar. No entanto, esse arranjo divide com outro arranjo domiciliar o lugar de terceiro rendimento per capita mais baixo e inferior à média regional, trata-se do arranjo domiciliar do chefe masculino sem cônjuge com filhos e/ou parentes, que apresenta rendimento per capita pouco acima da média regional (R$ 454,00) e taxa domiciliar de geração de renda mais elevada (72,3%), ver Gráficos 8 e 9. Esse arranjo identificado nos pólos regionais, expressa maiores fragilidades para suprir a subsistência porque embora apresente maior número de pessoas que aportam rendimento de alguma natureza para o domicílio, os rendimentos auferidos são de valor mais baixo. O Anexo 3, mostra que esse arranjo, assim como o arranjo dos casais na faixa etária dos 35 aos 49 anos com filhos e/ou parentes apresentam concentração elevada nos decís inferiores de renda e com a mesma proporção, de 47%, no ano de 2000 no Pólo de São José do Rio Preto. A especificidade encontrada neste pólo regional, com semelhanças com o observado nos Pólos de Bauru e Araçatuba, merece ser melhor investigada em estudo específico, mas se supõe que esteja relacionada à estrutura etária mais envelhecida dessas regiões, mencionada na Parte 2.1., do Capítulo 3. dos Estudos Regionais dos Pólos referidos, às características da atividade econômica, e também aos processos migratórios que caracterizam tais pólos. Deve-se esclarecer que não é possível aprofundar essa análise através dos dados do Censo de 2000, porque esse arranjo domiciliar representa pequena proporção entre os domicílios nas áreas estudadas e cruzamentos mais detalhados passam a ter problemas de significância estatística, demandando estudos de outra natureza. No Pólo de São José do Rio Preto, por exemplo, esse arranjo representa cerca de 3% dos domicílios segundo o Censo de 2000, no entanto é importante indicá-lo como um dos arranjos mais suscetíveis ao empobrecimento para a continuidade do acompanhamento nos anos recentes e para indicá-lo como público demandante de políticas de proteção social. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 110 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Para concluir, merece ressaltar que esta análise além de apontar os arranjos mais suscetíveis ao empobrecimento no Pólo Regional de São José do Rio Preto, teve por objetivo explicitar a fragilidade dos mesmos no contexto da conhecida disparidade social. Ao mostrar que o rendimento per capita domiciliar de São José do Rio Preto é três maior que o de Mirassolândia, União Paulista, Zacarias e Ubarana (Gráfico 7), estamos também mostrando que é proporcional a gravidade dos arranjos domiciliares mais fragilizados nestes locais, demandando atenção especial das políticas sociais de combate à pobreza. Arranjos domiciliares mais suscetíveis ao empobrecimento em 2006 14 Um dos objetivos do presente projeto ao identificar os arranjos mais suscetíveis ao empobrecimento nas regiões metropolitanas e pólos regionais do Estado de São Paulo é oferecer indicações sobre os arranjos domiciliares que demandam maior atenção das políticas sociais. Nesse sentido, e buscando informações mais recentes para essa temática, recorreu-se aos dados de 2006 da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada pelo IBGE. Pretende-se aqui mostrar no ano 2006, o perfil dos arranjos mais suscetíveis ao empobrecimento e o acesso destes aos programas de transferência de renda. Embora a fonte de informação disponível (PNAD-IBGE, 2006) não permita a desagregação para as regiões metropolitanas paulistas e pólos regionais, esse fato não invalida a inclusão destas informações no estudo regional, porque estes dados informam sobre o Estado de São Paulo, a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e o restante do Estado excluindo-se a RMSP, o qual foi denominado neste estudo como Interior. Deve-se ressaltar que os dados referentes ao ano de 2006, em comparação com os referentes ao ano censitário de 2000 aqui analisados, refletem uma conjuntura econômica distinta, com recuperação do crescimento da economia, expansão do emprego formal, bem como de expansão do acesso a programas de transferência de renda, que passam a ser massivamente implementados a partir de 2004. 14 Este item traz informações apresentadas no FINEP/NEPP/NEPO/IE. 2009. Documento 1 Relatório Consolidado para o Estado de São Paulo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais. Convênio FINEP-FNDCT/NEPP/Regiões Metropolitanas. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 111 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP A nova fonte de dados confirma os mesmos arranjos domiciliares como os mais suscetíveis ao empobrecimento, identificados através dos censos de 1991 e 2000, e na mesma ordem de maior suscetibilidade, quais sejam, aqueles de casais jovens, de até 34 anos, com filhos e /ou parentes, os arranjos das famílias com chefia feminina sem a presença de cônjuge, com filhos e/ou parentes, e os arranjos de casais com idades entre 35 e 49 anos com filhos e/ou parentes (Gráficos 8 e 10). Essa fonte de dados também indica para o Interior o surgimento de mais um arranjo domiciliar que demanda atenção das políticas de proteção social, que são os arranjos com chefia masculina sem a presença de cônjuge, com filhos e/ou parentes, confirmando a identificação desse arranjo domiciliar por este Projeto, nas análises com base nos dados do Censo 2000 (ver itens anteriores, Capitulo 3 Item 2.3 do Estudo Regional de São José do Rio Preto). Os arranjos domiciliares identificados como mais suscetíveis ao empobrecimento, conforme análise apresentada nos tópicos anteriores deste Item 2.3., apresentam os níveis mais baixos de rendimentos domiciliares per capita e também apresentam maiores concentrações nos decís inferiores de renda domiciliar. Estas características são evidenciadas tanto na análise com base nos dados censitários de 2000 (Anexo 3), como na análise do ano de 2006, utilizando os dados da PNAD 2006 – IBGE (Anexo 1). Os dados da PNAD 2006 mostram que os três tipos de arranjos domiciliares identificados como mais suscetíveis ao empobrecimento compõem, no ano de 2006, cerca de 56,5% dos domicílios da Região Metropolitana de São Paulo, 55% do Interior e 55,6% do conjunto do Estado de São Paulo e que apresentam concentrações mais elevadas que os demais arranjos domiciliares nos decís inferiores de rendimento domiciliar per capita. Dessa maneira, encontram-se abaixo do valor do 5º decil da distribuição de renda domiciliar per capita metropolitana, que identifica os 50% mais pobres, mais que 70% dos arranjos domiciliares dos casais jovens com filhos. Proporções mais elevadas são encontradas na Região Metropolitana de São Paulo (73%) em comparação como o Interior (71%) (Anexo 1). Nos domicílios com arranjos de chefe feminina sem a presença de cônjuge, com filhos e/ou parentes, pouco menos de 60% apresentam rendimento abaixo do valor do 5º decil; dentre estes se observa percentual um pouco mais elevado no Interior. Entre os domicílios dos casais de 35 a 49 anos com filhos e/ou parentes pouco mais que 50% estão abaixo do valor do 5º decil, com proporções mais elevadas na RMSP (54%) do que no Interior (52%). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 112 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Em síntese, os domicílios mais suscetíveis ao empobrecimento apresentam maior concentração entre os 50% mais pobres na Região Metropolitana de São Paulo comparativamente aos do Interior e ao total do Estado de São Paulo. Este indicador está bastante coerente com as análises apresentadas no Estudo Regional – Região Metropolitana de São Paulo15, Capitulo 3, Parte 1. Renda, Pobreza e Desigualdade na Região Metropolitana de São Paulo, que evidencia o aprofundamento da desigualdade de rendimentos entre as pessoas de 10 anos e mais na Região Metropolitana de São Paulo, no ano 2000. Gráfico 10 Rendimento domiciliar per capita segundo tipo de arranjo domiciliar Região Metropolitana de São Paulo, Interior e Estado São Paulo 2006 Casal até 34 anos com filhos e parentes Chefe feminina sem cônjuge e/ou filhos e/ou parentes Casal de 35 a 49 anos com filhos e parentes RMSP Estado São Paulo Interior Chefe masculino sem cônjuge e/ou filhos e/ou parentes Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes Casal sem filhos Chefe feminina unipessoal Chefe masculino unipessoal Total 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP Os arranjos domiciliares mais suscetíveis ao empobrecimento e o acesso aos programas de transferência de renda em 2006 Durante a década de 2000, dentre as políticas de combate à pobreza diversificam-se os programas e amplia-se a cobertura daqueles caracterizados pela 15 FINEP. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/IE-UNICAMP-FINEP. Documento 2 – Estudos Regionais – Região Metropolitana de São Paulo, Capitulo 3. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 113 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP transferência de renda. Os programas de transferência de renda apresentam abrangência incipiente no ano 2000, portanto não poderiam ser analisados através dos dados censitários correspondentes a esse ano. Na década de 90 inicia-se esse tipo de política de combate à pobreza com a predominância de programas municipais, que passaram a ser implementados a partir de 199516, além de dois programas federais: o Beneficio de Prestação Continuada (BPC) e o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), instituídos em 1996. No decorrer da década de 2000 aumenta a cobertura dos programas de transferência de renda com a ampliação da implementação destes dois programas federais e, a partir de 2001, com a implementação dos programas Bolsa-Escola e Bolsa-Alimentação e na seqüência os programas Auxilio-Gás, em 2002 e o Cartão Alimentação, em 2003. A partir de outubro de 2003, ocorre a implementação do Programa Bolsa-Família, que unifica estes últimos quatro programas de transferência e gradativamente amplia a cobertura, tornando-a massiva. Assim, a partir de 2003 aumenta o acesso a esse tipo de programa de combate à pobreza pelos domicílios com rendimentos mais baixos17. No entanto ainda é bastante modesto o acesso dos domicílios do Estado de São Paulo e da RMSP a programas de transferência de renda, segundo pesquisa da Fundação SEADE cerca de 9% deles têm acesso a pelo menos um programa dessa natureza18. Considerando-se o total dos domicílios brasileiros, 18,3% correspondem à proporção dos que receberam transferência de renda de programa social do governo (IBGE, 2008: Tabela 1.2.3). Existem no entanto diferenças regionais na distribuição dos domicílios brasileiros com acesso a tais programas governamentais e as maiores proporções são encontradas nas regiões Nordeste (35,9%) e Norte (24,6%), seguidos pelas das regiões Centro-Oeste (18%), Sul (10,4%) e Sudeste (10,3%). Tendo por referência os grupos de arranjos domiciliares mais suscetíveis ao empobrecimento, investiga-se aqui o acesso destes aos programas de transferência de renda. Constata-se que, se por um lado ainda é restrito o aceso do conjunto dos domicílios a programas de transferência de renda, por outro lado existem indicações de que o acesso a programa social de transferência de renda governamental mostra- 16 Detalhamento dos programas municipais de transferência de renda nesse período pode ser encontrado em Fonseca, 2001. 17 Mais informações sobre programas de transferência de renda podem ser encontradas na Parte 3 deste capítulo. 18 Resultados da Pesquisa de Condições de Vida – PCV 2006 - Fundação SEADE, mostram que 8,7% das famílias do Estado de São Paulo e 9% das famílias da Região Metropolitana de São Paulo têm acesso a benefícios oriundos dos programas governamentais de transferência de renda. Disponível em http://www.seade.gov.br. Acesso em 28/03/2008. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 114 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP se bem focalizado, pois mais que 90% dos domicílios beneficiários no Estado de São Paulo encontram-se entre os 50% mais pobres segundo os dados da PNAD 2006 (Tabela 11). A focalização dos programas sociais de transferência de renda se evidencia também através das proporções mais elevadas do acesso a tais programas sociais pelos domicílios acima caracterizados como arranjos mais suscetíveis ao empobrecimento nas diversas espacialidades sob análise em comparação com os demais arranjos domiciliares (Tabela 11 % coluna). Considerando-se o conjunto dos tipos de arranjos domiciliares fica evidente a focalização nos três tipos apontados como mais suscetíveis ao empobrecimento quais sejam: casal de até 34 anos, com filhos e parentes, chefe feminina sem cônjuge, com filhos e parentes, e casal entre 34 e 49 anos com filhos e parentes, que juntos perfazem mais de 80% dos domicílios com acesso a algum programa de transferência de renda em todas as espacialidades analisadas em 2006. Assim, na RMSP, enquanto os arranjos domiciliares identificados por este estudo como mais fragilizados representam 56,5% do total dos domicílios (Anexo 1), ao se considerar os 50% mais pobres representam 83% dos domicílios atendidos por programas de transferência de renda (Tabela 11 % coluna). No Interior, estes arranjos domiciliares representam 55% do total dos domicílios (Anexo 1) e, considerando –se os 50% mais pobres, são 82% dentre os beneficiários destes programas (Tabelas 11 % coluna). Tabela 11 Distribuição dos domicílios com acesso aos programas de transferência de renda entre os 50% mais pobres - Estimativa (%) (1) Região Metropolitana de São Paulo, Interior e Estado de São Paulo 2006 RMSP Interior Estado 50% mais pobres 50% mais pobres 50% mais pobres % linha % coluna % linha % coluna % linha % coluna Casais 96,3 69,1 93,0 73,6 94,2 72,0 Casal sem filhos 91,7 3,3 76,3 4,3 78,0 3,9 Casal com filhos e parentes 96,5 65,9 94,3 69,3 95,3 68,2 Casal até 34 anos com filhos e parentes 96,1 29,1 96,4 31,9 96,6 31,0 Casal de 35 a 49 anos com filhos e parentes 98,8 25,2 95,2 26,6 96,4 26,1 Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes 86,4 5,6 80,4 5,5 83,8 5,7 97,1 29,7 95,8 23,6 96,7 25,7 Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 97,0 28,5 96,9 23,0 96,9 24,8 Chefe feminina unipessoal 100,0 1,2 66,7 0,6 90,1 0,9 80,0 1,2 95,0 2,8 92,0 2,3 Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 80,0 1,2 94,1 2,4 90,9 2,0 Chefe masculino unipessoal 0,0 0,0 100,0 0,5 100,0 0,3 Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge Total (2) 96,3 100,0 93,7 100,0 94,8 100,0 Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. (1) Estimativa obtida através da variável V1273. Domicílios até o 8º decil do rendimento domiciliar per capita. (2) O Total inclui outros tipos de arranjos domiciliares (residual). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 115 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Outro aspecto que se pretende ressaltar é que o acesso a programas de transferência está relacionado à composição dos domicílios e aos distintos arranjos domiciliares associados a ciclos vitais da família (Tabela 12). Observa-se que o Beneficio de Prestação Continuada, que atende a deficientes e principalmente idosos em situação de risco, apresenta peso maior entre as famílias unipessoais, caracterizadas por idosos, entre os arranjos nucleados pelos casais de 50 anos com filhos e/ou parentes, bem como entre os casais sem filhos residentes, dentre os quais uma parcela importante é composta por idosos. Representa ainda cerca de 15 % dos benefícios a que têm acesso os domicílios com chefia feminina sem a presença de cônjuge no Estado de São Paulo, lembrando que nestes arranjos cerca de metade das chefes têm 50 anos e mais. Nos demais arranjos familiares é bastante menor a participação desse programa (Tabela 12). O programa Bolsa-Família, por sua vez, apresenta peso importante entre os programas de transferência de renda, abrangendo cerca de 67% dos domicílios metropolitanos com acesso e 73% dos domicílios do Interior com acesso. No Estado de São Paulo, dentre os beneficiários de algum programa de transferência de renda governamental, 70% têm acesso ao programa Bolsa-Família (Tabela 12). É mais elevado o acesso ao Bolsa Família pelos três tipos de arranjos identificados como mais suscetíveis ao empobrecimento, que contam em sua composição familiar com parcela importante de crianças, adolescentes e jovens, ou seja, os tipos de arranjo domiciliar: casal de até 34 anos, chefe feminina sem cônjuge, com filhos e/ou parentes e casal entre 34 e 49 anos com filhos e/ou parentes. Na Região Metropolitana de São Paulo, considerando-se os domicílios com acesso a algum tipo programa de transferência de renda, cerca de 70% dos domicílios desses três arranjos domiciliares referidos como mais fragilizados, são beneficiários do Programa Bolsa Família. Proporção mais elevada que a apresentada pelos demais arranjos domiciliares (Tabela 12). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 116 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 12 Distribuição dos domicílios com acesso a programas de transferência de renda por arranjos domiciliares, segundo distribuição por programa Região Metropolitana de São Paulo, Interior e Estado de São Paulo 2006 RMSP BOLSA BPC PETI OUTRO TOTAL FAMÍLIA PROGRAMA Tipos de arranjos Casais Casal sem filhos Interior BOLSA BPC PETI OUTRO TOTAL FAMÍLIA PROGRAMA Estado São Paulo BOLSA BPC PETI OUTRO TOTAL FAMÍLIA PROGRAMA 67,0 6,5 0,7 25,7 100,0 74,7 11,7 0,7 12,9 100,0 72,1 10,0 0,7 17,2 100,0 61,5 15,4 0,0 23,1 100,0 37,5 52,5 0,0 10,0 100,0 43,5 43,2 0,0 13,3 100,0 Casal até 34 anos com filhos e parentes 70,3 2,5 1,7 25,4 100,0 84,4 3,4 0,8 11,4 100,0 79,6 3,1 1,1 16,1 100,0 Casal de 35 a 49 anos com filhos e parentes 69,0 4,0 0,0 27,0 100,0 75,6 8,5 1,0 14,9 100,0 73,4 7,0 0,7 19,0 100,0 Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes 48,0 28,0 0,0 24,0 100,0 44,0 38,0 0,0 18,0 100,0 45,4 34,6 0,0 20,0 100,0 68,7 7,0 0,9 23,5 100,0 67,8 21,1 1,1 10,0 100,0 68,1 15,5 1,0 15,3 100,0 Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 70,3 4,5 0,9 24,3 100,0 70,1 18,4 1,1 10,3 100,0 70,2 12,9 1,1 15,9 100,0 Chefe feminina unipessoal 25,0 75,0 0,0 0,0 100,0 0,0 100,0 0,0 0,0 100,0 10,1 89,9 0,0 0,0 100,0 16,7 33,3 0,0 50,0 100,0 60,0 30,0 0,0 10,0 100,0 49,8 30,8 0,0 19,4 100,0 Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 16,7 33,3 0,0 50,0 100,0 70,6 23,5 0,0 5,9 100,0 56,3 26,1 0,0 17,6 100,0 Chefe masculino unipessoal 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 66,7 0,0 33,3 100,0 0,0 66,7 0,0 33,3 100,0 66,8 7,1 0,8 25,4 100,0 72,7 14,4 0,8 12,2 100,0 70,6 11,8 0,8 16,8 100,0 Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem cônjuge Total (1) Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. (1) o total inclui outros tipos de arranjos domiciliares (residual). Merece destaque o fato de que, na Região Metropolitana de São Paulo, 61% dos domicílios de casais sem filhos e 25% dos domicílios unipessoais femininos são beneficiários do Bolsa Família em 2006. Informações semelhantes foram identificadas por estudo de Montali e Tavares sobre as regiões metropolitanas brasileiras para o mesmo ano e atribui-se o acesso de domicílios sem a presença de crianças ou adolescentes à ampliação do Bolsa Família que privilegiou o limite da renda domiciliar per capita como critério para a seleção das famílias beneficiárias (Montali e Tavares, 2008). Além destes arranjos identificados como mais suscetíveis ao empobrecimento, foi identificado outro tipo de arranjo domiciliar como beneficiário de programas de transferência de renda, demandando atenção no planejamento dos programas de proteção social, trata-se do arranjo domiciliar do chefe masculino sem cônjuge, com filhos e/ou parentes. Este arranjo é apontado principalmente para o Interior como um dos que apresenta elevada concentração entre os 50% mais pobres, da ordem de 45%; na RMSP apresenta concentração um pouco menor, da ordem de 40% (Anexos 1 e 3). Observou-se também que o acesso desse arranjo a programas de transferência de renda mostra-se diferenciado, quando consideradas a Região Metropolitana e o Interior do Estado de São Paulo. Na Região Metropolitana de São Paulo este arranjo domiciliar é beneficiário do BPC , no caso de 33% dos domicílios, e de Outro Programa, com a importante porcentagem de 50%; esta categoria Outro Programa inclui programas estaduais e municipais. No Interior, 70% destes domicílios são beneficiários do Bolsa Família e 23% do BPC (Tabela 12). Esta nova situação de Pólo Econômico de São José do Rio Preto 117 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP fragilidade merece um estudo especial, considerando-se as mudanças na estruturação das famílias, bem como na dinâmica do mercado de trabalho e as novas restrições ao emprego nos anos recentes. Considerações Finais Merece ressaltar que a análise do acesso aos programas de transferência de renda governamentais pelos domicílios caracterizados por arranjos mais suscetíveis ao empobrecimento explicita, ao mesmo tempo, a confirmação da condição de maior suscetibilidade ao empobrecimento destes arranjos, bem como a focalização dos programas de transferência de renda nos domicílios mais pobres. Por outro lado esta análise apontou um outro arranjo domiciliar identificado nos anos recentes, que evidencia fragilidade em face à sobrevivência, demandando atenção das políticas de proteção social, que é o arranjo do chefe masculino sem cônjuge, com filhos e/ou parentes. Embora este arranjo domiciliar represente cerca de 4% dos domicílios da RMSP, Interior e Estado de São Paulo em 2006, apresenta uma das concentrações mais elevadas entre os 50% mais pobres (Anexo 1) e evidencia acesso a programas de transferência de renda, demandando conhecimento mais aprofundado de sua configuração e da condição de precariedade. Anexo 1 Distribuição dos arranjos domiciliares por tipologia segundo decis do rendimento domiciliar per capita (R$) Região Metropolitana de São Paulo, Interior e Estado São Paulo 2006 RMSP Interior Estado São Paulo Distribuição 50% Distribuição 50% Distribuição 50% Tipologia mais Tipologia mais Tipologia mais pobres pobres pobres Casais 65,0 52,2 70,2 51,7 67,7 51,9 Casal sem filhos 13,3 30,3 16,3 36,2 14,8 34,0 Casal até 34 anos com filhos e parentes 16,3 72,7 17,8 70,6 17,1 71,5 Casal de 35 a 49 anos com filhos e parentes 21,1 54,5 22,3 51,6 21,7 52,7 Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes 11,3 39,7 10,4 40,2 10,9 39,5 Chefe feminina sem cônjuge 25,5 52,0 21,1 51,2 23,2 51,3 Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 19,1 58,4 14,8 59,4 16,8 58,3 Chefe feminina unipessoal 6,5 33,3 6,3 32,0 6,4 32,7 Chefe masculino sem cônjuge 9,4 29,9 8,8 35,0 9,1 33,4 Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 4,1 40,0 3,3 45,0 3,7 43,0 Chefe masculino unipessoal 5,3 22,3 5,5 29,1 5,4 27,0 Total (1) 100,0 50,1 100,0 50,1 100,0 50,0 Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. (1) O Total inclui outros arranjos domiciliares. Tipos de arranjos Pólo Econômico de São José do Rio Preto 118 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Anexo 2 Rendimento domiciliar per capita (em R$) Pólo Regional de São José do Rio Preto 2000 Casais Chefe feminina sem cônjuge Chefe masculino sem conjuge com filhos e/ou parentes com filhos com filhos Sem Total e/ou Unipessoal Total e/ou Unipessoal até 34 de 35 a 50 anos Filhos Total Residual parentes parentes anos 49 anos e mais Pólo São José do Rio Preto 415,0 570,4 391,6 271,5 457,2 495,8 320,5 366,7 332,5 622,3 595,0 454,2 899,3 Adolfo 227,7 314,1 217,7 175,4 251,0 231,4 252,1 192,8 196,9 161,3 159,3 138,7 197,4 Bady Bassitt 322,9 424,5 306,4 276,7 336,5 312,2 297,5 260,6 252,3 360,3 312,7 246,5 486,5 Bálsamo 465,2 371,0 480,0 261,7 305,6 1.034,9 491,5 217,6 221,9 194,0 322,3 308,7 342,2 Cedral 265,3 271,5 264,2 251,7 240,2 339,9 199,2 375,8 353,2 544,3 427,9 357,3 682,2 Guapiaçu 337,1 589,2 303,0 292,6 331,1 276,1 219,5 323,4 297,7 523,6 369,6 367,1 377,2 Ibirá 283,9 604,1 237,3 183,5 266,7 287,3 190,8 250,1 226,3 347,7 300,3 251,5 433,8 Icém 259,7 322,2 250,6 171,8 302,9 338,8 158,0 181,9 157,1 340,7 265,7 239,7 319,5 Ipiguá 246,0 377,2 224,6 219,7 250,0 281,0 101,6 249,2 250,6 248,2 435,6 231,5 546,2 Jaci 259,3 353,9 243,5 204,0 237,4 475,9 164,6 204,9 180,7 498,3 499,3 485,7 618,2 José Bonifácio 350,9 605,0 313,1 212,9 400,3 396,7 152,1 253,8 233,7 424,6 444,4 308,4 656,2 Mendonça 224,1 235,3 221,8 169,8 215,4 364,1 132,2 697,3 749,5 231,9 706,0 942,3 244,1 Mirassol 340,2 448,2 326,2 250,2 358,6 397,9 373,7 302,5 275,9 476,3 326,6 287,5 412,0 Mirassolândia 161,0 236,0 149,6 124,4 165,0 172,5 151,3 148,9 140,8 202,3 230,3 184,3 425,6 Monte Aprazível 331,1 357,9 326,4 221,4 373,2 412,0 278,6 310,8 305,4 341,9 321,6 255,9 446,6 Neves Paulista 323,9 557,8 285,0 219,7 333,4 290,0 298,6 269,0 262,7 326,6 334,2 255,9 512,6 Nipoã 223,0 329,9 202,9 114,0 268,7 286,5 256,3 141,9 142,0 138,3 231,8 209,7 265,3 Nova Aliança 256,4 272,4 254,3 172,3 286,2 359,3 177,1 267,1 229,5 567,5 534,2 572,6 488,4 Nova Granada 245,9 389,0 230,4 144,6 265,8 381,5 136,4 239,7 239,4 242,8 406,1 354,7 470,0 Onda Verde 201,2 335,8 182,9 163,5 210,8 174,8 208,2 173,0 169,1 214,9 265,4 168,6 677,5 Orindiúva 295,7 382,8 284,3 260,9 332,6 313,4 167,9 258,9 243,3 358,5 348,9 387,9 265,8 Palestina 235,2 313,9 217,8 160,5 212,2 345,2 199,0 206,7 204,1 222,9 389,4 402,1 362,0 Paulo de Faria 281,3 440,0 255,3 194,8 316,6 318,0 231,9 178,5 150,1 429,4 310,2 197,2 455,8 Planalto 293,2 178,1 308,0 292,4 412,7 180,3 76,5 204,7 192,4 255,8 279,1 305,7 232,6 Poloni 327,2 388,7 313,9 181,5 320,7 545,7 121,2 212,6 194,1 330,3 266,0 233,8 313,6 Potirendaba 305,4 367,5 292,3 254,1 310,6 308,8 334,4 270,2 260,6 320,6 321,1 312,8 346,3 São José do Rio Preto 513,5 709,2 484,3 328,8 567,4 601,8 374,2 431,5 385,2 794,7 798,7 585,2 1.297,0 Tanabi 301,2 383,6 286,7 207,0 361,1 274,5 310,4 257,4 247,8 314,2 370,2 323,9 435,1 Ubarana 168,8 193,7 166,4 125,6 195,7 256,5 159,9 214,3 215,3 212,2 333,1 153,4 691,9 Uchoa 244,8 348,7 229,6 153,3 236,7 359,4 224,2 213,4 209,3 247,7 288,1 248,8 318,4 União Paulista 170,1 254,0 160,3 164,0 171,9 150,9 99,8 100,1 73,2 224,6 290,9 319,5 227,2 Zacarias 182,1 258,5 169,1 155,7 175,7 199,9 120,3 99,6 101,5 72,4 186,4 103,1 271,3 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Total Anexo 3 Distribuição dos domicílios por arranjos domiciliares segundo decis do rendimento domiciliar per capita (50% mais pobres) Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000 Regiões Metropolitanas RMSP RMBS RMC Tipo de arranjo Casais Pólos Regionais Araçatuba Bauru Presidente Ribeirão São José dos São José do Sorocaba Prudente Preto Campos Rio Preto 51,8 52,2 52,7 49,6 51,2 50,0 51,1 50,3 50,3 Casal sem filhos 33,2 30,3 36,8 38,8 37,3 36,6 36,1 32,2 32,2 Casal até 34 anos com filhos e parentes 69,7 72,3 69,1 65,6 67,5 64,0 67,9 65,2 65,2 Casal de 35 a 49 anos com filhos e parentes 49,7 51,5 49,9 44,9 47,2 46,5 48,1 47,1 47,1 Casal de 50 anos e mais com filhos e parentes Chefe feminina sem cônjuge 36,5 50,6 39,8 50,0 42,0 51,9 42,0 55,5 40,5 50,3 41,3 52,4 40,0 51,8 42,3 55,0 42,3 55,0 Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes Chefe feminina unipessoal Chefe masculino sem cônjuge 56,1 57,0 57,1 59,2 55,4 54,6 56,0 59,5 59,5 32,4 32,7 29,7 34,8 35,3 37,7 45,0 39,9 36,1 37,7 46,1 43,6 39,4 35,6 35,8 37,1 35,8 37,1 47,3 Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou parentes 39,9 43,6 46,4 45,7 47,6 48,9 44,6 47,3 Chefe masculino unipessoal 25,7 28,3 29,5 35,3 30,1 40,2 27,8 28,7 28,7 50,0 50,0 51,4 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 Total Fonte: Censo demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projetos Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP Pólo Econômico de São José do Rio Preto 119 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP 2.4. A mulher e a renda dos domicílios: 1991-2000 Domicílios com rendimento da mulher Conforme mencionado anteriormente o Pólo Regional de São José do Rio Preto tinha em 2000, 62,0% dos domicílios com renda da mulher, sendo esta proporção uma das maiores entre os pólos regionais e regiões metropolitanas. Contudo, a participação da renda da mulher na renda dos domicílios com mulher com renda era uma das mais reduzidas, ficando acima dos Pólos de Bauru, Araçatuba, Ribeirão Preto e São José dos Campos, como pode ser visualizado no gráfico 11 a seguir. Em 1991, o Pólo de São José do Rio Preto apresentava 54,2% dos domicílios auferindo rendimentos da mulher e essa percentagem passou para 62,0% em 2000. Quanto à participação da renda da mulher na renda total dos domicílios com mulher com renda esta era de 38,7% em 1991 e passou para 41,9% em 2000. Assim, a ampliação do número de domicílios com mulher com renda foi de 7,9 pontos percentuais, enquanto a variação da participação da renda da mulher na renda domiciliar foi bem menos intensa (3,3 pontos percentuais). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 120 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico 11 Domicílios com renda da mulher e participação da renda da mulher na renda domiciliar Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000 Domicílios com renda da mulher (%) - 2000 63,9 62,1 62,0 59,8 59,9 RMBaix Santista RMSão Paulo 60,0 60,2 60,7 60,8 57,1 S. J. do Rio Preto S. J. dos Campos Sorocaba Presidente Ribeirão RM Prudente Preto Campinas Bauru Araçatuba Renda da mulher na renda domiciliar (%) - 2000 46,6 45,3 42,6 41,9 41,0 S. J. do Rio Preto Bauru 41,2 41,3 Araçatuba Ribeirão Preto 41,7 S. J. dos Campos 42,7 42,1 Sorocaba RM Presidente Campinas Prudente RMSão Paulo RMBaix Santista Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. A tabela 13 mostra os municípios do Pólo de São José do Rio Preto ordenados de menor a maior conforme a participação da renda da mulher na renda domiciliar, sendo 2000 o ano de referência. O percentual de domicílios com renda da mulher varia muito entre os municípios do Pólo Regional de São José do Rio Preto. Em 1991 essa variação ia de 37,6% em Mirassolândia a 58,4% em São José do Rio Preto. Em 2000 o menor percentual ficava com Orindiúva (45,4%) e o maior com São José do Rio Preto (65,1%). Quando se compara a proporção de domicílios com mulher Pólo Econômico de São José do Rio Preto 121 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP com renda do Pólo de São José do Rio Preto (62,0% em 2000) à observada em cada município, tem-se que São José do Rio Preto, Poloni e Potirendaba possuem proporções que superam a média do pólo. Entre 1991 e 2000 houve aumento generalizado do número de domicílios com mulher auferindo renda, com exceção de Mendonça, onde esta proporção caiu 2,2 pontos percentuais. Merecem destaque os municípios de União Paulista, Nipoã e José Bonifácio, que apresentaram as maiores variações da proporção de domicílios com mulher auferindo renda no período (16,9; 15,4 e 14,8 pontos percentuais respectivamente). Quanto à participação da renda da mulher na renda dos domicílios nos municípios do Pólo de São José do Rio Preto o que se observa é que em 1991 ela variava de 20,3% em Orindiúva a 49,2% em Nipoã. Em 2000, o menor peso da renda da mulher na renda domiciliar ficava com Planalto (30,7%) e o maior com Cedral (48,4%). Tabela 13 Proporção de domicílios com mulher ocupada e participação da renda da mulher na renda domiciliar ordenados de menor a maior conforme a participação da renda da mulher na renda domiciliar em 2000. Pólo de São José do Rio Preto (1991-2000) 1991 Pólo de São José do Rio Preto Planalto Ipiguá Zacarias Neves Paulista 2000 % Domicílios com mulher com renda (todas as fontes) % Renda da mulher na renda total dos domicílios com mulher que tem renda % Domicílios com mulher com renda (todas as fontes) % Renda da mulher na renda total dos domicílios com mulher que tem renda 37,9 47,7 52,6 30,7 - - 46,2 31,3 - - 47,3 35,5 48,7 37,4 60,3 35,9 Nipoã 37,9 49,2 53,3 36,6 União Paulista 41,5 40,7 58,4 37,0 Poloni 56,3 32,1 64,0 38,4 Icém 52,1 35,3 53,9 38,8 Jaci 43,6 42,2 53,0 39,1 Bálsamo 45,5 44,7 56,1 39,4 Orindiúva 39,4 20,3 45,4 39,9 José Bonifácio 46,4 40,3 61,3 40,1 Guapiaçu 45,3 36,5 57,5 40,4 Mirassol 58,2 35,7 61,7 40,7 Ubarana - - 51,6 41,0 Ibirá 53,9 42,0 60,5 41,2 Paulo de Faria 47,4 36,9 56,7 41,4 Pólo Econômico de São José do Rio Preto 122 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tanabi 48,0 40,1 57,9 41,4 Bady Bassitt 48,7 37,5 58,6 41,5 Nova Granada 46,2 38,7 56,4 41,7 Monte Aprazível 50,7 41,5 61,5 42,0 Potirendaba 51,4 38,7 63,6 42,3 São José do Rio Preto 58,4 38,9 65,1 42,4 Onda Verde 42,5 36,7 50,1 42,7 Adolfo 50,3 43,5 61,1 43,4 Palestina 43,1 42,3 56,1 43,5 Mirassolândia 37,6 35,0 45,9 44,0 Nova Aliança 48,4 35,6 57,0 44,2 Uchoa 50,4 36,7 56,3 44,4 Mendonça 52,8 30,9 50,6 44,9 Cedral 46,2 39,1 56,4 48,4 Pólo de São José do Rio Preto 54,2 38,7 62,0 41,9 Fonte: Censos, microdados, IBGE. Entre 1991 e 2000 o peso da renda da mulher na renda dos domicílios aumentou em alguns municípios e diminuiu em outros, sendo que os aumentos de participação da renda da mulher na renda dos domicílios foram menores que aqueles verificados nos percentuais dos domicílios com mulher com renda. Isto fica evidente no gráfico 12 a seguir, onde do lado esquerdo se visualiza a considerável ampliação nos percentuais referentes aos domicílios com mulher com renda. Todos os municípios, com exceção de Mendonça, tiveram variação positiva e muitos deles variação acima da verificada para o pólo de São José do Rio Preto. Já no que diz respeito à participação da mulher na renda domiciliar o que se observa, no mesmo gráfico, do lado direito, é que os acréscimos (em pontos percentuais) foram menos significativos e vários municípios tiveram decréscimos no peso da renda da mulher na renda domiciliar. Um aspecto que vale destacar é a falta de correlação entre os aumentos no número de domicílios com mulher com renda e a participação da renda da mulher na renda domiciliar. Para ilustrar, o município de União Paulista teve um acréscimo de 16,9 pontos no percentual de domicílios com mulher com renda e uma redução de 3,7 pontos na participação da renda da mulher na renda domiciliar. Por outro lado, o município de Mendonça sofreu uma redução de 2,2 pontos no percentual de domicílios com mulher com renda e um aumento de 14,1 pontos na participação da renda da mulher na renda domiciliar. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 123 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico 12 Mudanças no percentual de domicílios com mulher com renda e na participação da renda da mulher na renda familiar (em pontos percentuais) Pólo de São José do Rio Preto 1991 e 2000 Mudanças na participação da renda da mulher na renda domiciliar (pontos percentuais) Mudanças no percentual de domicílios com mulher com renda (pontos percentuais) Pólo de SJ do Rio Preto 7,9 3,3 16,9 União Paulista Nipoã José Bonifácio 19,7 15,4 14,8 14,7 Planalto Palestina Potirendaba 14,1 9,3 8,9 8,6 7,6 13,0 12,2 12,2 Guapiaçu Neves Paulista Adolfo 6,3 6,0 5,0 4,4 4,0 3,8 3,6 11,6 10,8 10,8 Monte Aprazível Bálsamo Nova Granada 10,6 10,2 10,1 Cedral Tanabi Bady Bassitt 9,9 9,9 Jaci Paulo de Faria Nova Aliança 9,5 9,3 8,5 Mirassolândia Poloni Onda Verde 3,5 3,5 2,9 1,3 1,3 0,5 8,3 7,7 7,6 São José do Rio Preto Ibirá Orindiúva -0,1 -0,2 -0,8 -1,6 -3,1 -3,7 -5,3 6,7 6,6 6,0 Uchoa Mirassol Icém 6,0 3,5 1,8 Mendonça -2,2 -12,6 -17,0 Pólo de SJ do Rio Preto Orindiúva Mendonça Cedral Mirassolândia Nova Aliança Uchoa Poloni Onda Verde Mirassol Paulo de Faria Bady Bassitt Guapiaçu Potirendaba Icém São José do Rio Preto Nova Granada Tanabi Palestina Monte Aprazível Adolfo José Bonifácio Ibirá Neves Paulista Jaci União Paulista Bálsamo Nipoã Planalto Fonte: Censo Demográfico 2000. IBGE. Microdados. Atividade remunerada da mulher O Pólo Regional de São José do Rio Preto tinha em 2000 uma taxa de ocupação masculina de 66,1% e feminina de 38,6%19. A taxa de ocupação masculina era a segunda maior tanto entre os pólos regionais quanto entre as regiões metropolitanas do estado de São Paulo (gráfico 13), sendo superada apenas pela taxa do pólo de Araçatuba (66,4%). Já a taxa de ocupação feminina estava entre as mais elevadas, sendo inferior apenas às taxas da Região Metropolitana de Campinas e do pólo de Araçatuba. A discrepância entre homens e mulheres com relação à taxa de ocupação 19 Taxa de ocupação foi calculada dividindo o número de pessoas ocupadas pela população em idade ativa (PIA) e multiplicado por 100. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 124 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP é bastante significativa no Pólo de São José do Rio Preto (27,6 pontos percentuais), sendo a maior no Estado de São Paulo. Gráfico 13 Taxas de ocupação e desemprego masculinas e femininas Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais 2000. Taxas de Ocupação 2000 66,1 66,4 63,3 60,5 56,9 38,6 S. J. do Rio Preto 64,8 62,8 61,6 60,6 59,4 34,8 34,8 35,4 35,9 S. J. dos Campos Sorocaba Pres. Prudente RM Baix. Santista Bauru Ribeirão Preto 39,8 39,0 38,1 37,7 37,5 RMSão Araçatuba Paulo Campinas Fonte: Censo Demográfico, 2000 Homens Mulheres 25,6 25,8 Taxas de Desemprego 2000 18,9 10,9 9,5 S. J. do Rio Araçatuba Preto 21,4 16,4 13,5 10,2 21,3 21,2 19,6 17,6 24,1 22,8 Ribeirão Preto Fonte: Censo Demográfico, 2000 Pres. Prudente 13,0 RM Campinas 12,6 Bauru 18,3 16,6 13,8 Sorocaba RM São Paulo RMBaix Santista Homens S. J. dos Campos Mulheres Fonte: Censo Demográfico 1991, 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo – Desigualdade e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP – FINEP. No que se refere à taxa de desemprego, esta era de 10,2% para os homens e 18,9% para as mulheres no Pólo de São José do Rio Preto no ano 2000. Ao contrário Pólo Econômico de São José do Rio Preto 125 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP do observado para a taxa de ocupação, este pólo apresentava a segunda menor taxa de desemprego, tanto masculina quanto feminina, do Estado de São Paulo. Do ponto de vista dos municípios do pólo de São José do Rio Preto observa-se que somente os municípios de São José do Rio Preto (41,2%), Neves Paulista (39,5%) e Adolfo (38,8%) tinham, em 2000, taxas de ocupação femininas superiores à média do pólo (38,6%). Todos os outros municípios apresentavam taxas femininas de ocupação inferiores à do pólo (Tabela 14). A menor participação feminina na atividade econômica ficava com Zacarias (22,2%). Entre os homens o número de municípios com taxas de ocupação superiores à média do pólo era bem maior destacando-se Orindiúva com taxa de participação de 76,7%, Nipoã (72,3%), Ipiguá (72,0%), Potirendaba (71,1%), Nova Aliança (70,1%), Jaci (70,0%), Bálsamo (69,8%), José Bonifácio (69,1%), Guapiaçu (68,9%), Planalto (68,1%), Ubarana (68,0%), Neves Paulista (67,9%), Paulo de Faria (67,9%), Bady Bassitt (67,9%), Poloni (67,8%), Tanabi (67,0%) e Palestina (66,5%). No que tange ao desemprego este era elevado para homens e mulheres, mas o das mulheres superava o dos homens de forma significativa. Entre os homens a menor taxa de desemprego era, em 2000, a de Nipoã (4,4%) e a maior a de Mirassolândia (18,0%). Já entre as mulheres a menor taxa de desemprego era a de União Paulista (2,8%) e a maior a de Zacarias (35,9%). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 126 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 14 Taxas de Ocupação e Desemprego Masculinas e Femininas Pólo de São José do Rio Preto (1991, 2000) 1991 Pólo de São José do Rio Preto Adolfo 2000 Homens Mulheres Homens Mulheres Taxa Ocup.* Taxa Desemp.** Taxa Ocup. Taxa Desemp. Taxa Ocup. Taxa Desemp. Taxa Ocup. Taxa Desemp. 73,8 - 32,9 - 65,4 9,4 38,8 18,2 Bady Bassitt 74,2 2,6 33,0 1,8 67,9 11,1 38,0 15,2 Bálsamo 78,4 0,7 30,9 2,2 69,8 8,0 35,5 21,0 Cedral 74,3 1,9 26,9 2,0 61,9 12,4 29,0 23,8 Guapiaçu 79,8 2,2 31,7 0,8 68,9 7,4 35,9 16,0 Ibirá 75,0 0,8 33,2 - 65,4 8,4 32,1 20,7 Icém 75,5 0,1 33,7 3,5 63,2 11,5 31,1 30,3 Ipiguá - - - - 72,0 5,8 27,6 25,2 Jaci 81,3 0,6 30,4 - 70,0 5,9 36,6 19,4 José Bonifácio 79,0 1,7 36,1 4,8 69,1 8,9 38,0 18,3 Mendonça 81,6 2,5 34,5 2,8 62,4 8,3 27,8 22,9 Mirassol 77,9 1,8 40,0 3,8 65,2 11,3 37,4 22,3 Mirassolândia 75,3 2,1 19,9 5,0 55,4 18,0 26,6 30,8 Monte Aprazível 75,2 2,1 31,3 3,4 65,7 9,7 38,2 21,5 Neves Paulista 75,6 1,8 32,5 4,1 67,9 9,2 39,5 17,8 Nipoã 74,4 2,3 27,2 4,6 72,3 4,4 36,1 12,4 Nova Aliança 79,3 - 28,2 1,8 70,1 4,6 35,1 16,4 Nova Granada 71,9 3,4 28,8 2,7 65,7 11,3 33,5 20,6 Onda Verde 78,3 1,1 24,1 5,6 64,6 16,2 32,7 32,3 Orindiúva 77,2 1,0 33,7 1,6 76,7 6,4 32,8 22,2 Palestina 75,7 1,6 26,8 2,8 66,5 7,8 31,8 17,2 Paulo de Faria 78,6 3,6 35,4 4,4 67,9 11,2 33,1 27,9 Planalto 76,4 0,2 21,7 6,4 68,1 10,0 30,7 25,5 Poloni 74,6 2,1 34,0 1,4 67,8 8,8 37,0 13,6 Potirendaba 76,8 1,1 35,0 1,7 71,1 6,0 38,3 16,0 São José do Rio Preto 75,4 1,5 39,8 2,5 65,5 10,7 41,2 18,1 Tanabi 77,5 0,8 32,3 3,2 67,0 9,1 33,7 16,6 Ubarana - - - - 68,0 11,5 32,4 16,3 Uchoa 75,2 0,7 32,7 3,5 63,7 11,1 31,4 16,1 União Paulista 68,8 3,5 31,0 4,3 65,0 8,4 32,4 2,8 Zacarias Pólo de SJ do Rio Preto - - - - 60,0 8,6 22,2 35,9 76,0 1,6 36,8 2,8 66,1 10,2 38,6 18,9 * Nº de pessoas ocupadas / População em Idade Ativa ** Nº de pessoas desempregadas / População Economicamente Ativa Fonte: Censos, microdados, IBGE. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 127 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Como já foi mencionado, entre 1991 e 2000 as taxas de ocupação masculinas diminuíram enquanto as femininas aumentaram no pólo de São José do Rio Preto. Isto também se verificou nos municípios deste pólo. O gráfico 14 mostra as mudanças (em pontos percentuais) nas taxas de ocupação masculina e feminina. As taxas de ocupação masculinas se reduziram em todos os municípios, variando de -0,5 pontos percentuais em Orindiúva a -19,9 em Mirassolândia. Quanto à variação nas taxas de ocupação feminina, estas foram negativas somente em Mendonça, Icém, Mirassol, Paulo de Faria, Uchoa, Ibirá e Orindiúva. Os demais municípios tiveram variação positiva no período destacando-se os municípios de Planalto, Nipoã e Onda Verde com acréscimos acima de oito pontos percentuais no período. Gráfico 14 Mudanças nas taxas de ocupação masculina e feminina (em pontos percentuais) Pólo regional de São José do Rio Preto e Municípios 1991-2000. Mudanças nas taxas de ocupação masculina (pontos percentuais) Pólo de SJ do Rio Preto Orindiúva Nipoã União Paulista Potirendaba Nova Granada Bady Bassitt -9,9 1,8 -0,5 -2,2 -3,9 -5,7 -6,2 -6,3 -6,8 Poloni Neves Paulista Planalto Adolfo Bálsamo Palestina Nova Aliança Ibirá Monte Aprazível São José do Rio Preto José Bonifácio Tanabi Paulo de Faria Guapiaçu Jaci Uchoa Icém Cedral Mirassol Onda Verde Mendonça Mirassolândia Mudanças nas taxas de ocupação feminina (pontos percentuais) -7,6 -8,3 -8,4 -8,6 -9,2 -9,2 -9,5 -9,6 -9,9 -9,9 -10,5 -10,7 -10,9 -11,3 -0,9 -1,1 -1,3 -2,3 -2,6 -2,6 -11,5 -12,3 -12,4 -12,7 -13,8 -19,2 -19,9 -6,7 Pólo de SJ do Rio Preto 9,0 Planalto 8,9 Nipoã 8,6 Onda Verde Neves Paulista 7,0 6,9 Monte Aprazível 6,9 Nova Aliança Mirassolândia 6,6 Jaci 6,2 Adolfo 5,9 Bady Bassitt 5,1 Palestina 5,0 Nova Granada 4,8 Bálsamo 4,6 Guapiaçu 4,2 Potirendaba 3,2 Poloni 3,0 Cedral 2,0 1,9 José Bonifácio Tanabi 1,5 União Paulista 1,4 São José do Rio Preto 1,4 Orindiúva Ibirá Uchoa Paulo de Faria Mirassol Icém Mendonça Fonte: Censos Demográficos 1991, 2000. IBGE. Microdados. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 128 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP No que se refere às mudanças nas taxas de desemprego estas foram positivas tanto para os homens como para as mulheres, sendo mais intensas entre as mulheres. A exceção foi o município de União Paulista, cuja taxa de desemprego feminina se reduziu em 1,6 pontos percentuais no período. Os aumentos nas taxas de desemprego masculinas variaram de 2,0 pontos percentuais em Nipoã a 15,9 pontos em Mirassolândia, enquanto as femininas variaram de -1,6 em União Paulista a 26,8 em Icém (Gráfico 15). Destaca-se o fato de o município de Nipoã possuir as menores variações positivas da taxa de desemprego tanto masculina quanto feminina. Gráfico 15 Mudanças nas taxas de desemprego masculina e feminina (em pontos percentuais). Pólo regional de São José do Rio Preto e Municípios, 1991-2000. Mudanças nas taxas de desemprego feminina (pontos percentuais) Mudanças nas taxas de desemprego masculina (pontos percentuais) 8,6 Pólo de SJ do Rio Preto Pólo de SJ do Rio Preto 16,1 Mirassolândia 15,9 Onda Verde 26,8 Icém 15,1 Icém 26,7 Onda Verde 11,4 Cedral 10,6 Uchoa 10,3 Planalto 9,8 Mirassol 9,6 São José do Rio Preto 9,2 Bady Bassitt 8,5 Tanabi 8,2 Nova Granada 7,9 Ibirá 7,6 Paulo de Faria 7,6 Monte Aprazível 7,5 Neves Paulista 7,4 Bálsamo 7,3 25,9 23,5 21,8 20,6 20,1 7,3 José Bonifácio 6,6 Poloni 6,2 Palestina Mirassolândia Paulo de Faria Cedral Orindiúva Mendonça 19,1 Planalto 18,8 Bálsamo 18,5 Mirassol 18,1 Monte Aprazível 18,0 Nova Granada 15,6 São José do Rio Preto 15,2 Guapiaçu 14,6 Nova Aliança 14,3 Palestina 14,3 Potirendaba 13,7 Neves Paulista José Bonifácio Mendonça 5,7 13,5 Orindiúva 5,4 13,4 Bady Bassitt 13,3 Tanabi Jaci 5,4 Guapiaçu 5,1 12,5 Uchoa Potirendaba 4,9 12,2 Poloni União Paulista 4,9 Nipoã 2,0 7,8 -1,6 Nipoã União Paulista Fonte: Censos Demográficos 1991, 2000. IBGE. Microdados. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 129 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Em síntese, pode-se concluir que a ampliação do número de domicílios com mulher com renda ocorreu de forma generalizada e intensa nos municípios do Pólo regional de São José do Rio Preto, com exceção do município de Mendonça. Essa ampliação, de forma análoga à verificada para as regiões metropolitanas e pólos regionais do estado de São Paulo, foi mais importante que o aumento da participação da renda da mulher na renda domiciliar. Quanto às taxas de ocupação estas aumentaram para as mulheres e diminuíram para os homens. Já as taxas de desemprego aumentaram tanto para os homens quanto para as mulheres. 3. Políticas Sociais no Pólo Regional de São José do Rio Preto Introdução Neste item são apresentados para Pólo Regional de São José do Rio Preto os aspectos da política de proteção social privilegiados pelo atual Projeto, quais sejam, o mapeamento e o acesso aos programas de transferência de renda, o acesso e a qualidade dos serviços básicos de educação e de saúde. Para a realização do estudo das políticas sociais recorreu-se a um conjunto de informações oriundas tanto de fontes oficiais, como de levantamento de campo. A pesquisa de campo, de caráter qualitativo e complementar, visou mapear os programas de transferência de renda e os programas de apoio ao migrante nas regiões metropolitanas e pólos regionais do Estado de São Paulo, relatados com maior detalhe no Documento 1 – Relatório Consolidado. Nesse levantamento foram realizadas entrevistas com os agentes institucionais envolvidos. O item 3.1. apresenta o perfil dos programas de transferência de renda implementados no Pólo Regional de São do Rio Preto. O mapeamento dos programas de transferência identifica os programas presentes na região, a parcela atendida da população alvo, bem como os principais problemas na implementação do Programa Bolsa Família e dos programas de transferência de renda de natureza municipal. Os itens 3.2 e 3.3. contemplam, no âmbito das políticas públicas, por um lado o acesso de segmentos específicos da população às políticas básicas de educação e de saúde e, por outro, a disponibilidade de equipamentos e serviços pelos órgãos competentes. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 130 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP 3.1. Os programas de transferência de renda no Pólo Regional de São José do Rio Preto - Mapeamento e Acesso O Pólo Regional de São José do Rio Preto apresenta em 2007, de acordo com a Contagem Populacional realizada pelo IBGE, um total de 714.524 habitantes, apresentando o quarto maior contingente populacional quando comparado aos Pólos Regionais Paulistas analisados por este Projeto. Segundo estimativas do IPEA utilizadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para o ano de 2007, o Pólo de São José do Rio Preto apresenta 23.456 famílias pobres assim classificadas por terem renda per capita de até meio salário mínimo vigente (Tabela 15). Considerando o conjunto dos programas de transferência de renda que tomam a família como unidade beneficiária, tem-se em 2007 a estimativa de que todas as famílias classificadas como pobres que recebem algum tipo de benefício (Tabela 16). O município de São José do Rio Preto, sede do Pólo, apresenta 93,4% das famílias beneficiadas por Programas de Transferência de Renda, sendo o município de Planalto o que apresentou a maior porcentagem de cobertura desses programas (174,7%). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 131 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Os programas de transferência de renda que tomam as famílias como unidade beneficiária são: Bolsa Família, Renda Cidadã e Ação Jovem, sendo o primeiro de natureza federal e os outros dois de natureza estadual. Os outros programas têm o indivíduo como beneficiário e para o cumprimento das condicionalidades. Dentre estes, devem ser mencionados os programas federais BPC (Benefício de Prestação Continuada), o PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) e o Programa Agente Jovem Deve-se mencionar ainda que estes programas federais, o primeiro dirigido a idosos e a deficientes e aqueles dirigidos à criança e ao adolescente - PETI e Agente Jovem - embora dirigidos ao indivíduo, têm como referência para a seleção do beneficiário dados familiares de renda. Atenta-se também para o fato de que o PETI em 2007 encontrava-se em transição para o Programa Bolsa Família e atualmente encontra-se integrado a este. O Programa Agente Jovem, por sua vez, transformou-se em ProJovem Adolescente20. A porcentagem de famílias consideradas pobres pelos critérios do MDS atendidas pelo programa federal Bolsa Família no Pólo de São José do Rio Preto é de 80% (Tabela 15), proporção que evidencia a menor cobertura em relação à população alvo, tanto se comparada com as regiões metropolitanas paulistas, como em relação aos outros pólos regionais sob análise. Apenas o Pólo de Bauru apresenta cobertura de 100% do Programa Bolsa Família em relação à população alvo (Tabela 15). A menor cobertura foi encontrada no Pólo de São José do Rio Preto (80,1%), seguido do Pólo de Araçatuba (88,8%); entre as regiões metropolitanas a menor cobertura é encontrada na Região Metropolitana de São Paulo (83,4%) (Tabela 15). Foi possível observar, através das entrevistas realizadas no trabalho de campo, que ocorre combinação dos diversos programas na composição do benefício recebido pelas famílias, possibilitando maior cobertura e evitando maiores disparidades entre as famílias beneficiárias. Dessa maneira observou-se, através da pesquisa nos municípios do Pólo de São José do Rio Preto a complementaridade entre o Programa Bolsa Família e outros programas de transferência de renda. Essa observação pode ser constatada também através da análise dos dados obtidos junto ao MDS, governo federal, e junto ao Sistema Pró-Social do Estado de São Paulo, organizados nas Tabelas 15 e 16. Através da análise destes se evidencia 20 O ProJovem Adolescente tem como objetivos: o retorno e a permanência na escola, proteção social básica e assistência às famílias. Além de atender adolescentes de famílias com renda per capita inferior a meio salário mínimo, o programa priviliegia jovens atendidos pelo Bolsa Família e participantes do PETI. Lei nº 11.692, de 10 de Junho de 2008. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 132 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP que, embora na média regional do Pólo de São José do Rio Preto não seja muito elevada a cobertura dos programas de natureza estadual em relação às famílias classificadas como pobres pelo MDS, esta é mais elevada em muitos municípios menores e especialmente entre aqueles mais pobres, identificados neste Projeto através do rendimento domiciliar per capita. Considerando-se o Pólo de São José do Rio Preto e tomando-se como referência o total de famílias pobres (MDS), constata-se que são atendidas pelo Programa Renda Cidadã 13,5% delas, e que são atendidas pelo Programa Ação Jovem, 5,6% (Tabela 16). Outra constatação é que ambos os programas estaduais estão presentes em todos os municípios do Pólo Regional. Tal complementaridade possibilita, assim, que na média do Pólo de São José do Rio Preto a totalidade das famílias classificadas como pobres, pelos critérios do MDS, tenha acesso a ao menos um programa de transferência de renda, como indicado na Tabela 16; entretanto a análise por município mostra que alguns deles não atingem essa proporção, destacando-se nove entre os trinta e um municípios que compõem o Pólo. De maneira bastante peculiar a esse Pólo observa-se que em apenas 6 dos 31 municípios o Programa Bolsa Família atende a um numero de famílias equivalente à totalidade de famílias classificadas como pobres, incluindo-se entre estes somente um dos municípios com renda per capita abaixo da metade da média regional (Ubarana). Deve-se acrescentar que entre estes com o número de famílias beneficiárias igual ou maior que o de famílias pobres, a metade é composta por municípios bastante pequenos entre 4 mil e 9 mil habitantes, dois deles com 14 mil e outro com cerca de 52 mil habitantes (Tabela 16). No outro extremo, em que se verifica baixo atendimento, em 4 municípios o Programa Bolsa Família atende a menos que a metade das famílias classificadas como pobres; todos estes municípios são bastante pequenos, um deles com população menor que 2 mil habitantes e os outros três com população menor que 4 mil habitantes e com renda per capita bastante inferiores à média regional. Como apresentado no Capítulo 2 deste estudo, o Pólo de São José do Rio Preto é composto de um conjunto de pequenos municípios além do município-sede São José do Rio Preto (403 mil habitantes, segundo a Contagem Populacional 2007, IBGE, ver Tabela 16), de Mirassol (52 mil habitantes), José Bonifácio e Tanabí (entre 20 e 30 mil habitantes); os demais 27 municípios do Pólo estão entre cerca de 1.500 (União Paulista) e 18 mil habitantes (Nova Granada). Ainda que não se faça Pólo Econômico de São José do Rio Preto 133 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP uma relação entre o tamanho do município e o atendimento do Programa Bolsa Família, tem sido possível apreender nas entrevistas do trabalho de campo que a implantação de programas de transferência de renda implica em procedimentos prévios necessários, bem como procedimentos de acompanhamento durante a implementação, que nem sempre as prefeituras dos pequenos municípios conseguem atender dependendo da estruturação dos órgãos municipais. Esta situação demandaria uma atenção especial de apoio a pequenos municípios, em geral com baixa renda per capita, para a implantação e implementação destes programas. Mesmo com a complementaridade entre os programas federais e estaduais, no caso do Pólo de São José do Rio Preto, em nove municípios não são atendidas 100% das famílias classificadas como pobres, de maneira distinta do que ocorre na maioria dos outros pólos regionais analisados. Assim, na análise da complementaridade entre o Programa Bolsa Família e os programas estaduais de transferência de renda para a cobertura das famílias classificadas como pobres, utilizando-se dos dados da Tabela 16, essa questão da dificuldade dos pequenos municípios para a implementação de programas de transferência de renda, pode ser exemplificada pelo município de Ipiquá (3.900 habitantes), que tem apenas 29% de famílias classificadas como pobres atendidas pelo Bolsa Família, 21,7% atendidas pelo programa estadual Renda Cidadã e 10% atendidas pelo programa estadual Ação Jovem, totalizando 61,4% de famílias pobres atendidas. Por outro lado, e de forma mais generalizada, a complementaridade entre o Programa Bolsa Família e os programas estaduais de transferência de renda tem permitido atingir a totalidade das famílias classificadas como pobres pelo MDS, possivelmente refletindo melhor estruturação dos orgãos municipais. Tomando como exemplo o caso do município de Mirassolândia, que apresenta a menor renda per capita do Pólo de São José do Rio Preto e onde a cobertura estimada do programa Bolsa Família é de 53,4%, nota-se que é complementado pelos programas estaduais Renda Cidadã (82,9%) e Ação Jovem (10,7%), atingindo a 151% das famílias pobres (Tabela 16). Da mesma maneira, no município de São José do Rio Preto, sede do Pólo de São José do Rio Preto, em 2007 foram atendidas 7.356 famílias pelo Programa Bolsa família, abrangendo cerca de 80,6% das famílias pobres. Considerando ainda os programas voltados para as famílias, cerca de 722 famílias recebem transferências de renda do Programa Estadual Renda Cidadã (7,9%) e 305 famílias (3,3%) do Programa Estadual Ação Jovem. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 134 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Duas informações devem ser acrescentadas com relação às famílias beneficiárias dos programas de transferência de renda. A primeira, é que uma família pode receber benefício de mais de um programa de transferência de renda; a segunda é que dificilmente será atendida a totalidade das famílias que seriam o público alvo desses programas. Tendo por referência os municípios visitados na pesquisa de campo do pólo Regional de São José do Rio Preto, constata-se em todos a presença dos programas federais Bolsa Família, BPC e Agente Jovem, enquanto o Programa PETI não foi encontrado no município de Bady Bassit. Os programas estaduais Renda Cidadã e Ação Jovem foram também encontrados em todos os municípios pesquisados seguindo a tendência observada nas Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais do Estado de São Paulo (Quadro 1). Deve-se observar, com base nos dados do MDS e do Pró-Social-ESP, organizados na Tabela 16, que o PETI consta em apenas oito dos municípios do Pólo, dentre eles o município-sede, e que o programa Agente Jovem consta em trinta dentre os trinta e um municípios do Pólo. O BPC apresenta beneficiários na totalidade de municípios do Pólo. Os programas estaduais, Renda Cidadã e Ação Jovem foram encontrados em todos os municípios pesquisados e em todos os municípios do Pólo de São José do Rio Preto (Tabela 16), bem como observado nas Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais do Estado de São Paulo analisados por este Projeto, como já mencionado. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 135 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Quadro 1 Programas de transferência de renda vigentes nos municípios pesquisados, ordenados por tamanho Pólos Regionais do Estado de São Paulo 2007 Pólos Tamanho Federais Municípios Bolsa Família Araçatuba Bauru Presidente Prudente mais de 100 mil mais de 20 até 50 mil mais de 100 mil mais de 50 até 100 mil mais de 20 até 50 mil mais de 100 mil mais de 20 até 50 mil até 20 mil Ribeirão Preto mais de 100 mil São José do Rio Preto mais de 100 mil São José dos Campos mais de 100 mil Sorocaba mais de 100 mil mais de 20 até 50 mil mais de 50 até 100 mil até 20 mil até 20 mil até 20 mil PETI Agente Jovem Estaduais BPC Renda Cidadã Ação Jovem Municipais Araçatuba - SEDE Birigui Valparaíso Bauru - SEDE Lençóis Paulista Pederneiras Presidente Prudente - SEDE Rancharia Euclides da Cunha Ribeirão Preto - SEDE Sertãozinho Barrinha São José do Rio Preto SEDE Mirassol Bady Bassit São José dos Campos SEDE Jacareí Santa Branca Sorocaba - SEDE Itu Tapiraí Fonte: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais – Pesquisa de campo. NEPP/NEPO/IE-UNICAMP. 2007. Convenio FINEPUNICAMP. A pesquisa de campo foi a única fonte de informação sobre os programas municipais, pois não existem registros oficiais para os mesmos, de maneira distinta do que atualmente ocorre com os programas federais e estaduais. Dessa maneira, a pesquisa de campo evidenciou no Pólo de São José do Rio Preto a existência de programas municipais de transferência de renda apenas um dos municípios visitados, São José do Rio Preto, município sede do Pólo. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 136 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Pólo Econômico de São José do Rio Preto 137 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Programas Municipais de transferência de renda A pesquisa de campo no Pólo de São José do Rio Preto foi realizada em três municípios, a saber, São José do Rio Preto, sede de pólo, Mirassol e Bady Bassit. Constatou que apenas o município sede do Pólo, São José do Rio Preto, possui um programa municipal de transferência de renda. O programa municipal de transferência de renda existente no município sede São José do Rio Preto é o Programa Municipal Bolsa-Escola, implementado a partir de 2001. O Programa Bolsa-Escola tem como público-alvo a família e crianças carentes, atende um total de 3.100 famílias e atinge 5.300 pessoas. O objetivo do Bolsa Escola é a manutenção de jovens e crianças na escola e um bom indicador de seu desempenho é a redução da evasão escolar no município de 10% para 3% desde a sua implantação, segundo informações da coordenação do mesmo, obtidas na pesquisa de campo. É grande a demanda pelo programa, existindo fila de espera para vagas. Quadro 2 Beneficiários dos Programas Municipais de Transferência de Renda Pólos Regionais Paulistas - Pesquisa de Campo 2007 Beneficiários RM/Pólo Municípios Programas Municipais de Transferência de Renda Famílias Pessoas Araçatuba Valparaíso Jovem cidadão 16 16 Euclides da Cunha Paulista Programa de Capacitação e Qualificação profissional de Desempregados e Frentes emergenciais de trabalho 66 66 Criança cidadã 140 141 Cuidadores de idosos (Valo vovô) 50 50 Presidente Prudente Presidente Prudente Bolsa do Horto 90 Auxílio as famílias carentes de recursos materiais Ribeirão Preto Ribeirão Preto Santa Branca São José dos Campos São José dos Campos São José do Rio Preto São José do Rio Preto Sorocaba Sorocaba 90 Família substituta 131 Renda mínima 564 Apoio alimentar 2.757 Lar hospedeiro 2 Bolsa auxílio de qualificação 1.430 Renda mínima 850 Vida em família 60 Bolsa-Escola 3.100 Benefícios para mães de gêmeos 1.430 5.300 375 Projeto Travessia 20 Fonte: Pesquisa de Campo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de são Paulo Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP, 2007. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 138 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP O Programa Bolsa-Escola é coordenado e executado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e conta com a parceria da APAE, que oferece atividades complementares para crianças deficientes que sejam beneficiarias do programa. O controle social de programa é realizado desde sua implantação por uma comissão composta de representantes da administração municipal e da sociedade civil. As dificuldades encontradas por esse programa municipal de transferência de renda estão relacionadas por um lado, ao numero de vagas, insuficiente frente á demanda, à falta de recursos humanos que afeta o acompanhamento das famílias e, por outro lado à omissão de informações por parte dos beneficiários com relação à renda familiar per capita, principalmente pela dificuldade de precisá-la por conta do trabalho informal, mas também na tentativa de se enquadrar aos critérios do programa. Principais dificuldades na implementação dos programas de transferência de renda Nos três municípios visitados no pólo de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, Mirassol e Bady Bassit, as principais dificuldades apontadas na implementação dos Programas de Transferência de Renda Federais, Estaduais e Municipais são mais recorrentes em relação aos recursos humanos, à relação entre as esferas de governo, destacando-se a articulação entre as secretarias envolvidas e dificuldades com o insuficiente comprometimento das famílias beneficiárias. Com relação a recursos humanos destacam-se dificuldades com a equipe reduzida; destacando-se ainda a centralização das atividades em poucas pessoas. Tomando as dificuldades apontadas pelo programa de transferência de renda de maior abrangência, o Bolsa Família, observa-se que as maiores dificuldades encontradas no Pólo de São José do Rio Preto dividem-se, por um lado, entre dificuldades nas relações entre esferas de governo, vinculadas a interlocução com as secretarias responsáveis pelo controle das condicionalidades; a problemas com recursos humanos insuficientes principalmente para o acompanhamento e avaliação das famílias; e, por outro lado, à falta de comprometimento das famílias beneficiárias no cumprimento das condicionalidades e das ações complementares. Ampliando a análise das dificuldades encontradas na implementação do Programa Bolsa Família para o conjunto de municípios pesquisados nas Regiões Pólo Econômico de São José do Rio Preto 139 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Metropolitanas e os Pólos Regionais Paulistas, a partir da sistematização das informações coletadas pelo trabalho de campo, fica patente que as principais deficiências apontadas em relação ao item Recursos e Infra-Estrutura são apresentadas pelos maiores municípios21. A principal deficiência apontada por sete dentre estes municípios, incluindo-se as sedes das regiões metropolitanas de São Paulo e da Baixada Santista, refere-se a recursos insuficientes para a realização de visitas para o acompanhamento das famílias beneficiárias, havendo destaque para as deficiências de funcionário para exercer as tarefas necessárias e a necessidade de veiculo para locomoção. Estas funções são executas pela prefeitura municipal e explicita a dificuldade imposta pelo porte do município. Desse modo foi possível captar através da pesquisa de campo que a rápida expansão do Programa Bolsa Família entre os anos de 2004 e 2007, apontada na análise para o conjunto das regiões e pólos regionais não foi devidamente acompanhada da ampliação da estrutura básica necessária para seu funcionamento, como foi apresentada no Documento 1. Relatório Consolidado para o Estado de São Paulo, parte desta pesquisa. Da mesma forma, a análise dos municípios menores, traz evidências de que as deficiências decorrentes da rápida expansão do Programa Bolsa Família também se fazem sentir nos menores municípios em análise nas Regiões Metropolitanas e Pólos Regionais do Estado de São Paulo. Tomando-se como referência para qualificar os municípios menores aqueles com população de até 50 mil habitantes, constata-se que estes também apresentam deficiência de veículo e de funcionário para desempenhar a atividade de acompanhamento das famílias beneficiárias. Assim, as limitações relacionadas a Recursos e Infra-Estrutura afetam de distintas maneiras os municípios maiores e os menores das três regiões metropolitanas paulistas e dos sete pólos regionais pesquisados. Por outro lado, as deficiências relacionadas com a Equipe, ou seja, com os profissionais envolvidos na operação, afetam menos os municípios grandes da RMSP, porém surgem em municípios grandes e pequenos das demais regiões metropolitanas e dos pólos regionais. Com relação a esse aspecto, são apontadas com maior freqüência a falta de profissionais ou equipe reduzida frente às demandas e ao 21 A análise que se segue baseia-se no documento de pesquisa referido: FINEP/NEPP/NEPO/IE. 2009. Documento 1 - Relatório Consolidado para o Estado de São Paulo. Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais. Convênio FINEPFNDCT/NEPP/Regiões Metropolitanas. Capitulo 3., Item 3.1. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 140 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP tamanho do programa. Em segundo lugar e de maneira mais acentuada nos municípios das regiões metropolitanas da Baixada Santista e Campinas e também em alguns dos pólos, foi apontada a falta de capacitação permanente e a baixa capacitação dos profissionais que integram a equipe. Um terceiro aspecto com maiores indicações de dificuldades nessas regiões e pólos é relativo ao Acompanhamento de Condicionalidades. Deve-se ressaltar que essa deficiência é apontada nas regiões metropolitanas paulistas como a segunda maior dificuldade na implementação do programa Bolsa Família, enquanto nos pólos regionais aparece como sendo a primeira maior dificuldade, conforme apresentado no Gráfico 16. Como se sabe, em sua execução o Programa Bolsa Família deve contar com ações articuladas entre as secretarias municipais de assistência, educação e saúde que acompanham e informam sobre o cumprimento das condicionalidades e a secretaria que realiza a gestão do beneficio. Nesse sentido, a principal dificuldade apontada reside na relação entre as esferas de governo, principalmente pelos municípios menores de 100 mil habitantes tanto das regiões metropolitanas, como nos municípios nessa classe de tamanho dos pólos regionais, bem como por alguns maiores. A dificuldade apontada refere-se à falta de articulação entre as secretarias envolvidas, ou seja, de educação, de saúde e de assistência social ou outra secretaria que esteja gerindo o programa. Dessa falta de articulação decorre a dificuldade de obtenção das informações sobre o acompanhamento das condicionalidades relacionadas à educação e à saúde mencionadas nas entrevistas. Outro aspecto no controle das condicionalidades, mais freqüente nas regiões metropolitanas do que nos Pólos, embora seja uma queixa também nos municípios destes, refere-se ao acompanhamento das famílias. É ressaltada a dificuldade de localização das famílias e de interação com aquelas que apresentam dificuldades no cumprimento das condicionalidades. No caso das dificuldades com as famílias, estas são provocadas por mudanças de endereço e de cidade, bem como pela não atualização dos cadastros. No caso das regiões metropolitanas essas dificuldades estão associadas à complexidade do urbano e ao volume da população atendida; nos pólos regionais essas dificuldades, em alguns casos estão relacionados à mobilidade da população e, possivelmente, à migração sazonal ligada à produção agrícola. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 141 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico 16 Principais dificuldades apontadas pelos Gestores – Programa Bolsa Família Pesquisa de Campo 2007 P r i n c i p a i s d i f i c u l d a d e s a p o P R e g i õ e s M e t r o p o l i t a n a n e t s a q d u a i s s a s p e d l e o s C G a m e s p t o o r 2 e 0 s 0 – P r o g r a m a B o l s a F a m í l i a 7 P ó l o s R e g i o n a i s Fonte: Pesquisa de Campo, 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP Como fica evidente no gráfico acima, em ordem de importância segue-se a dificuldade de maior comprometimento das famílias com o cumprimento das condicionalidades e com a frequencia a atividades complementares ao programa, sendo citado o comprometimento insatisfatório com atividades de capacitação para geração de renda. Esta dificuldade é apresentada com maior freqüência nos municípios dos pólos regionais. Outro aspecto ressaltado é o valor do benefício. Uma das dificuldades relativas ao programa Bolsa Família, apontadas pelos entrevistados é o baixo valor em relação à realidade do município, evidenciando a necessidade de ajustes regionais para o valor das transferências de renda no caso para o Estado de São Paulo. A inadequação do valor do benefício à realidade das cidades é apontada com maior freqüência nos municípios das Regiões Metropolitanas Paulistas, mas também é apontada nos municípios maiores dos pólos regionais. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 142 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Quadro 3 Dificuldades citadas pelos gestores responsáveis pelos programas municipais de Transferência de Renda. Regiões Metropolitanas do Estado de São Paulo – 2007 Regiões Metropolitanas Região Tamanho Dificuldades Município Programa Municipal recursos e com valor do Infra-estr. profissionais benefício outras Adolescente Aprendiz Diadema Bolsa transporte Bolsa aluguel Bolsa Auxílio Desemprego Guarulhos Programa de Oportunidade ao jovem Bolsa Trabalho Osasco RMSP Começar de Novo Operação Trabalho mais de 100 mil rotativo cidadão Turma Cidadã S. Bernardo do Campo PEAT - prog.educativo Adolescente para o trabalho PRODESIP (*) Usina sócio-educativa São Paulo Renda Mínima Família Andreense Sto. André GTIS (Geração de Trabalho e Interesse Social) Praia Grande PAD (Programa de Apoio ao Desempregado) Programa Nossa Família RMBS mais de 100 mil Prog.Valoriz. do Jovem: Juventude e Comunidade Santos Programa de Inclusão Cidadã - FÊNIX Programa de Valorização do Idoso RMCP mais de 100 mil Campinas Programa de Garantia de Renda Mínima Municipal Hortolândia Frente de Trabalho (*) Programa de Desenvolvimento Social e Inclusão Produtiva Fonte: Pesquisa de Campo, 2007. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP Quadro 4 Dificuldades citadas pelos gestores responsáveis pelos programas municipais de Transferência de Renda. Pólos Regionais do Estado de São Paulo Dificuldades Polos Regionais Região Tamanho Município Programa Municipal com recursos com em controlar e Infra-estrutura profissionais condicionalidade Araçatuba P. Prudente mais de 20 até 50 mil Valparaíso até 20 mil Euclides da Cunha mais de 20 até 50 mil P. Prudente Jovem Cidadão C. e Q.de desemp. e Fr. E. de Trabalho (*) Criança Cidadã (**) Vale vovô Bolsa do Horto Auxílio às Fam. Carentes de Rec. Materiais Ribeirão Preto mais de 100 mil Ribeirão Preto Família Substituta / Família Acolhedora Renda Mínima Apoio Alimentar S.J. Rio Preto S.J. Campos mais de 50 até 100 mil S. J. do Rio Preto até 20 mil Santa Branca mais de 100 mil S. J.dos Campos mais de 100 mil Sorocaba Bolsa - Escola Programa Lar Hospedeiro Renda Mínima Vida em Família Bolsa Auxílio Qualificação Sorocaba Gêmeos Travessia (*) Programa de Capacitação e Qualificação profissional de desempregados e Frentes Emergenciais de Trabalho (**) Estadual + Municipal Fonte: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais – Pesquisa de campo. NEPP/NEPO/IE-UNICAMP. 2007. Convenio FINEPUNICAMP. No entanto, sobre os programas municipais de transferência de renda, os municípios relataram não enfrentar muitas dificuldades na sua implementação e quando estas existem são consideradas menores do que as enfrentadas na Pólo Econômico de São José do Rio Preto 143 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP implementação dos programas de responsabilidade de outros níveis de governo, segundo entrevistas realizadas pela pesquisa de campo. Este fato pode estar relacionado á própria natureza municipal dos programas, que por dependerem exclusivamente de recursos e de decisões políticas do âmbito municipal, muitas das dificuldades podem ser mais facilmente solucionadas. Entre as dificuldades apontadas pelos programas municipais, as principais referem-se a limitações relativas aos recursos e infra-estrutura, tendo sido mencionadas a falta de local para realizar as atividades; falta de pessoal para realizar o acompanhamento e monitoramento; a falta de recursos para ampliar o programa e para a formação de profissionais capacitados. Outras dificuldades apontadas relacionam-se à insuficiência de vagas, observada pelos gestores, frente à grande demanda pelos programas, à falta de adesão das famílias ao programa, à alta rotatividade de beneficiários em alguns programas e, à falta de recursos de uma forma mais ampla. Considerações finais Em síntese, as principais dificuldades na implementação do Programa Bolsa Família nas regiões metropolitanas paulistas estão mais relacionadas à grande demanda, bem como à necessidade de ampliação de vagas e à falta de recursos para sua implementação. São apontadas deficiências relativas a: recursos e de infraestrutura; a equipes reduzidas frente à demanda de atendimento e necessidade de capacitação destas, bem como dificuldades para o acompanhamento das condicionalidades. Com menor freqüência são apontados: problemas na relação entre as esferas de governo; relativos ao valor do benefício, considerado baixo para a realidade da região. Nos pólos regionais, os principais problemas apontados são relativos: a dificuldades para o acompanhamento das condicionalidades, apontado como o principal; a equipes reduzidas frente à demanda de atendimento e necessidade de capacitação dos profissionais; problemas na relação entre as esferas de governo; e comprometimento insatisfatório das famílias beneficiárias. Concluindo, observa-se que os gestores apontaram menores problemas na implementação dos programas municipais em comparação aos federais e estaduais, Pólo Econômico de São José do Rio Preto 144 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP possivelmente associados ao fato de estes serem menores; de terem sido criados para atender a demandas locais e serem mais adaptados à gestão municipal. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 145 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Pólo Econômico de São José do Rio Preto 146 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Pólo Econômico de São José do Rio Preto 147 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Pólo Econômico de São José do Rio Preto 148 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP 3.2. Educação Básica Pólo Regional de São José do Rio Preto Introdução O propósito deste capítulo é apresentar de maneira sintética o panorama da educação no Pólo Regional de São José do Rio Preto com foco na educação básica, a qual compreende a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. O capítulo estrutura-se em três partes. Na primeira exploram-se indicadores de contexto onde se evidencia a evolução dos municípios com relação ao analfabetismo, à proporção de adultos com educação básica completa e às taxas de escolarização líquidas obtidas através de tabulações dos censos demográficos de 1991 e 2000. Na segunda parte, será apresentado o volume de matrículas e de funções docentes para caracterizar as condições de oferta entre 1999 e 2006 e, indicadores de desempenho e rendimento para o ano de 2002. Para esta parte foram utilizadas as informações disponibilizadas pela Fundação SEADE que tomou como fonte os dados do Censo Escolar elaborado pelo INEP/MEC e tabulações do INEP/MEC. Na terceira parte do capítulo, é realizada uma análise da qualidade do ensino no Pólo Regional de São José do Rio Preto comparativamente aos indicadores estaduais. Para tanto, lançamos mão dos resultados das avaliações do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo – SARESP - da Secretaria Estadual de Educação no ano de 2007. Os resultados do SARESP permitem avaliar o ensino regular de todas as escolas da rede pública estadual que oferecem a 1ª, 2ª, 4ª, 6ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e a 3ª série do Ensino Médio. Nesta etapa, são apresentados os resultados das provas de Língua Portuguesa e Matemática e dos níveis de desempenho em Redação para as 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 149 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Índice de Analfabetismo da População de 15 anos ou mais anos de idade Em 1991, o índice de analfabetismo entre as pessoas com 15 anos ou mais de idade no Pólo Regional de São José do Rio Preto foi de 11,4%, valor acima da média estadual que atingiu neste ano 9,7% das pessoas com 15 anos ou mais de idade. Com a queda de mais de 40% nas taxas de analfabetismo, o Pólo de São José do Rio Preto passa a apresentar taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou mais equivalente a 6,8%, patamar ligeiramente superior à média estadual no ano 2000. O município de São José do Rio Preto, sede do Pólo foi o município que apresentou a taxa mais baixa de analfabetismo na população residente com mais de 15 anos no ano de 1991, 7,9%. As taxas mais altas de analfabetismo em 1991 corresponderam aos municípios de União Paulista, Mirassolandia e Adolfo com respectivamente 23,5%, 21,3% e 21,2%. (Mapa 1). No ano 2000 foi possível constatar o avanço conquistado com a queda na taxa de analfabetismo na região, em todos os municípios da região (Mapa 2). Mapas 1 e 2 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo Pólo Econômico de São José do Rio Preto 150 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Proporção da população adulta com mais de 12 anos de estudo Este índice aponta para a proporção da população adulta, definida como aquela na faixa etária entre 25 e 59 anos, que completou o ensino básico e freqüenta ou freqüentou e, concluiu pelo menos um ano do ensino superior. O Pólo Regional de São José do Rio Preto apresentou, em 1991, proporção da população adulta com 12 anos ou mais de estudo de 11,5%, valor um pouco abaixo da média estadual correspondente a 12,1%. Na década seguinte a proporção da população adulta com 12 anos ou mais de estudo o ano 2000 se manteve praticamente nos mesmos patamares dos anos 90. Em 1991 o município sede do Pólo, São José do Rio Preto contrastou dos demais municípios do Pólo por apresentar o maior percentual de população adulta com alta escolarização equivalente a 15,1% (Mapa 3). Apesar do censo populacional realizado em 2000 não apontar melhora deste índice para o Pólo Regional de São José do Rio Preto, em alguns municípios da região o indicador mais do que dobrou: Mirassol, Planalto, Nova Aliança, Nova Granada, Orindiúva, Mendonça, Palestina e Onda Verde. (Mapa 4). Mapas 3 e 4 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo Pólo Econômico de São José do Rio Preto 151 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Taxas de Escolarização Líquida do Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série22 Em 1991 a Taxa de Escolarização Liquida do Ensino Fundamental de 1ª a 4ª serie no Pólo Regional de São José do Rio Preto atingiu em média 90,5%, índice acima da média estadual de 87,5%. No entanto, enquanto a Taxa de Escolarização Líquida no ano 2000 para o Estado de São Paulo cresceu 2,5% com relação à década anterior, no Pólo Regional de São José do Rio Preto a taxa declinou em 1,3%. Os municípios que mais incrementaram suas taxas foram aqueles que apresentaram as taxas mais baixas em 1991: Mendonça, Neves Paulista, Mirassolandia, Nova Granada, Potirendaba e Nipõa. Nesses municípios a Taxa de Escolarização Liquida do Ensino Fundamental de 1ª a 4ª serie cresceu mais de 5% (Mapa 5 e 6). Em 1991, as taxas líquidas de escolarização do Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série nos municípios pertencentes ao Pólo de São José do Rio Preto variaram entre 79,3% e 100%. Na década seguinte, foi registrado um intervalo de variação nas taxas de 80,0% a 97,7% entre os municípios do Pólo (Mapa 5). Os municípios com as taxas mais elevada no ano 2000, superiores a 95%, foram: Zacarias, União Paulista, Mendonça e Nova Granada (Mapa 6). Mapas 5 e 6 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. 22 Esse índice representa o percentual da população que freqüenta o ensino fundamental entre a 1ª e a 4ª serie com idade correspondente a esse nível de ensino, ou seja, entre 7 a 10 anos. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 152 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Taxas de Escolarização Líquida do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série A taxa de escolarização líquida de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental no Pólo Regional de São José do Rio Preto passou de 61,9% em 1991 para 84,0% no ano 2000. A taxa de escolarização líquida referente à segunda fase do ensino fundamental apresentou incremento de 39,4% entre as décadas de 90 e de 2000 no Estado de São Paulo e, de 35,7% no Pólo Regional de São José do Rio Preto. Os municípios de Jaci, Neves Paulista, Mirassolandia e Nipoã apresentaram incrementos de mais de 70% nas taxas de escolarização líquida do ensino fundamental de 5ª a 8ª série (Mapas 7 e 8). No ano 2000, Mirassolandia, Ubarana, Neves Paulista e Zacarias despontaram com as taxas mais altas, acima de 88%, entre todos os municípios pertencentes à região. Mapas 7 e 8 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo Pólo Econômico de São José do Rio Preto 153 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Taxas de Escolarização Líquida do Ensino Médio23 Entre 1991 e 2000 a taxa de escolarização líquida do Ensino Médio cresceu quase 113% no Estado de São Paulo e, quase 96% no Pólo Regional de São José do Rio Preto. As taxas que em 1991 para o Estado de São Paulo e, para o Pólo Regional de São José do Rio Preto foram de respectivamente 25,2% e 27,2% passaram para 53,6% no Estado de São Paulo e para 53,2% no Pólo de São José do Rio Preto no ano 2000. Em 1991 o Pólo Regional de São José do Rio Preto concentrou municípios com taxas líquidas de escolarização do ensino Médio que variaram entre 8,1% e 35,4%. No ano 2000, a variação foi de 31,7% a 78,0%. Em 1991 os municípios de São José do Rio Preto, Monte Aprazível, Poloni, Uchoa e Nova Aliança detinham as mais elevadas taxas de escolarização líquida do Ensino Médio da região, acima de 30% (Mapa 9). No ano 2000 os municípios que apresentaram as maiores taxas, ou seja, municípios com aproximadamente 60% dos adolescentes de 15 a 17 anos freqüentando o Ensino Médio estavam localizados na região norte do Pólo (municípios de: Paulo de Faria, Mirassol, Palestina, Onda Verde, Orindiúva , Tanabi e Mirassolandia). (Mapa 10). Mapas 9 e 10 Fonte: Censo Demográfico 2000, IBGE. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo 23 Esse índice representa o percentual da população que freqüenta o ensino médio na idade correspondente a esse nível de ensino, ou seja, entre 15 e 17 anos. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 154 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Matrículas no Pólo Regional de São José do Rio Preto De acordo com as informações do Censo Escolar (MEC-INEP), o Pólo Regional de São José do Rio Preto concentrou em 2006 mais de 153 mil matrículas entre os níveis de ensino Infantil, Fundamental e Médio. A educação infantil, formada por creche e pré-escola, representou 20% do total de matrículas e, a maior concentração das matrículas aconteceu na pré-escola (Tabela 17). No ensino básico, nos níveis Fundamental e Médio, as matrículas do Pólo Regional de São José do Rio Preto totalizaram 122.555 matrículas, onde o maior peso recaiu no ensino Fundamental que representou 59,7 do total de matrículas. Tabela 17 Matrículas por nível de ensino Pólo de S. J. do Rio Preto Adolfo Bady Bassitt Bálsamo Cedral Guapiaçu Ibirá Icém Ipiguá Jaci José Bonifácio Mendonça Mirassol Mirassolândia Monte Aprazível Neves Paulista Nipoã Nova Aliança Nova Granada Onda Verde Orindiúva Palestina Paulo de Faria Planalto Poloni Potirendaba São José do Rio Preto Tanabi Ubarana Uchôa União Paulista Zacarias Creche 10.687 67 248 64 214 147 174 160 51 22 360 38 757 38 311 55 79 106 389 92 120 98 159 84 65 359 5.948 123 50 220 11 78 Matrículas em 2006 Pré-Escola E. Fundamental 19.994 91.408 131 464 554 2.076 244 919 227 827 595 2.013 312 1.161 383 1.150 123 733 183 643 1.052 4.318 118 463 1.910 6.464 129 541 307 2.847 280 939 109 529 174 695 666 2.634 198 490 75 896 199 1.208 439 1.356 187 592 123 597 397 1.673 9.573 50.180 692 2.558 217 800 283 1.151 60 207 54 284 E. Médio 31.147 192 556 334 320 672 334 407 228 193 1.397 176 2.388 192 812 351 159 240 926 183 258 356 471 184 227 549 17.340 908 225 423 61 85 Total 153.236 854 3.434 1.561 1.588 3.427 1.981 2.100 1.135 1.041 7.127 795 11.519 900 4.277 1.625 876 1.215 4.615 963 1.349 1.861 2.425 1.047 1.012 2.978 83.041 4.281 1.292 2.077 339 501 Fonte: Censo Escolar - INEP - MEC 1999 e 2006. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 155 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Entre 1999 e 2006 houve decréscimo do número médio de alunos por professor em todos os níveis de ensino no Pólo regional de São José do Rio Preto. No ensino infantil foi onde a queda no número de alunos por professor foi menor. Neste nível de ensino havia, em 1999, 19,4 alunos por professor e, no ano de 2006 foram 21,0 alunos para cada professor. Os municípios com maiores déficits de professores neste nível de ensino em 2006 foram: Planalto, Icém, Onda Verde, Paulo de Faria e Mirassolandia cujas turmas de ensino infantil tinham em média mais de 26 alunos por professor. No ensino fundamental, a média de alunos por professor passou de 24,3 para 17,9 configurando uma queda de mais de 6 alunos por turma entre 1999 e 2006. Este declínio no indicador foi causado tanto pelo aumento do número de professores quanto pela queda no volume de matrículas. As maiores quedas neste indicador, entre 10 e 14 alunos, ocorreram nos municípios de Adolfo, Poloni, Bady Bassit, Ipiguá, Zacarias, Paulo de Faria, Nipoã, Mirassolandia e Ibirá. No ensino Médio, havia no ano de 1999, 16,9 alunos por professor. Em 2006 observou-se queda de 4 alunos por professor, fazendo com que o indicador passasse para 12,8 alunos por professor. As maiores quedas no índice ocorreram nos municípios de: Ipiguá, Mirassolandia, José Bonifácio, Potirendaba e Zacarias. Assim como no ensino fundamental, no ensino médio a queda no número de alunos por professor foi resultado, em parte, da queda no volume de matrículas em 23 dos 32 municípios que formam o Pólo, concomitante ao fato de ter havido incremento no número de professores em 29 municípios do Pólo. (Tabela 18). Vale dizer que a queda no número de alunos por professor, sobretudo no ensino fundamental e médio, se deu em alguns municípios, sobretudo, pelo incremento no número de professores, mas em alguns casos concomitante a este fato também ocorreu uma diminuição na pressão por matrículas devido às mudanças demográficas. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 156 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 18 – Número de Alunos por professor Indicadores de Educação - Funções Docentes e número de matriculados Ensino Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio 1999 2006 1999 2006 1999 2006 19,4 21,0 Pólo de S. J. R. Preto 24,3 17,9 16,9 12,8 Adolfo 26,0 24,8 25,3 15,5 15,1 12,8 Bady Bassitt 25,2 28,6 26,9 16,9 14,1 10,7 Bálsamo 24,3 16,2 25,8 23,0 11,9 13,9 Cedral 16,8 27,6 25,8 25,1 12,7 13,9 Guapiaçu 21,8 14,5 25,4 17,7 19,4 23,2 Ibirá 23,7 24,3 28,8 15,3 16,4 14,5 Icém 18,2 24,7 17,1 14,6 14,8 11,3 Ipiguá 28,1 21,8 27,8 17,5 19,6 8,8 Jaci 27,0 17,1 27,6 19,5 10,9 10,2 José Bonifácio 22,5 22,4 19,8 15,2 18,1 9,2 Mendonça 48,0 22,3 24,6 16,5 12,2 8,8 Mirassol 22,0 19,9 22,3 15,1 15,3 10,2 Mirassolândia 30,3 16,7 25,4 12,0 16,7 7,4 Monte Aprazível 22,1 22,9 19,3 15,7 10,4 12,9 Neves Paulista 26,8 17,6 26,8 17,4 10,4 12,5 Nipoã 25,5 31,3 24,3 12,3 8,4 6,1 Nova Aliança 18,1 23,3 17,1 18,3 12,3 10,9 Nova Granada 20,0 22,0 23,0 14,1 14,7 10,0 Onda Verde 29,8 36,3 27,0 20,4 18,1 13,1 Orindiúva 21,8 24,4 20,7 20,8 13,9 14,3 Palestina 39,8 19,8 25,2 22,0 16,6 12,7 Paulo de Faria 20,7 31,5 25,3 13,6 16,0 11,8 Planalto 27,8 22,6 23,5 21,9 8,8 18,4 Poloni 22,0 15,7 23,2 13,3 12,4 9,9 Potirendaba 23,7 20,4 24,5 16,4 21,5 14,1 São José do Rio Preto 17,6 21,2 26,2 19,7 19,3 14,3 Tanabi 20,3 14,6 20,6 17,3 15,3 16,5 Ubarana 25,4 14,8 22,7 25,0 10,1 11,8 Uchôa 22,9 18,6 19,1 15,6 14,0 17,6 União Paulista 25,5 23,7 16,5 14,8 8,8 4,4 Zacarias 26,8 18,9 20,6 9,8 11,3 4,3 Fonte: Censo Escolar - INEP - MEC 1999 e 2006. Microdados. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP Indicadores de Rendimento24 Taxas de Aprovação Escolar25 No ano de 2002, no Pólo Regional de São José do Rio Preto, as taxas médias de aprovação no ensino Fundamental de 1ª a 4ª série, 5ª a 8ª série e no Ensino Médio foram de respectivamente 94,8%, 93,0% e, 86,5%. 24 Dados obtidos da Fundação SEADE / Secretaria de Estado da Educação – SEE/Centro de Informações Educacionais – CIE. 25 Porcentagem de alunos que preencheram em avaliação final, os requisitos mínimos em aproveitamento e freqüência, previstos em legislação, em relação ao total de alunos matriculados no fim do ano letivo. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 157 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP A taxa de aprovação no ensino Fundamental de 1ª a 4ª série, na região foi ligeiramente superior à taxa média estadual de 94,5%. No Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série e no Ensino Médio, a taxa de aprovação para o Pólo de São José do Rio Preto foi mais elevada que a média estadual de respectivamente 92% e 84,2%. Os municípios que obtiveram os índices mais baixos de aprovação no ensino Fundamental de 1ª a 4ª série foram Bady Bassit, Icém, Guapiaçu e Adolfo onde as taxas de aprovação foram inferiores a 90% (Tabela 19). Entre a 5ª e 8ª serie, o melhor e o pior índice de aprovação variou entre 80,6% e 100,0% taxas equivalentes respectivamente aos municípios de Mendonça. No ensino médio a diferença entre os extremos é um pouco mais acentuada (de 70,3% a 98,3) correspondendo respectivamente a Jaci e Nipoã. Tabela 19 - Taxas de Aprovação Escolar26 Taxa de Ap ro vação, 2002 Pólo de S . J. R. P reto Adolfo Bady Bas sitt Bálsamo Cedral Gu apiaç u Ibirá Icé m Ipig uá Jac i Jos é Bo nifác io Mendonç a Miras sol Miras solândia Monte A pra zível Neves Paulis ta Nipoã Nova A liança Nova G ranada On da Verde Orindiúv a Palestina Paulo de F aria Pla nalto Poloni Potire ndaba São Jos é do Rio Preto T anabi Ubarana Uchôa União Paulist a Z acarias E. Fu nda me ntal 1 ª a 4ª sér ie 94,8 79,9 89,3 98,3 93,6 86,9 94,4 87,2 90,9 93,2 93,4 98,0 94,4 98,5 93,9 97,1 94,2 96,5 96,2 96,8 95,8 96,2 97,6 97,8 97,2 92,0 95,9 93,2 91,7 91,8 95,7 93,5 E. F und am en ta l 5ª a 8 ª série 93, 0 90, 4 93, 3 94, 2 90, 1 89, 9 93, 0 87, 0 93, 6 94, 3 94, 2 100 ,0 95, 3 97, 7 92, 2 93, 9 92, 3 95, 0 93, 4 94, 4 89, 3 80, 6 96, 4 92, 1 95, 9 94, 3 93, 5 92, 6 85, 7 83, 0 82, 3 96, 9 Ensin o M édi o 86,5 95,6 85,2 90,0 78,5 87,5 82,6 91,0 76,5 70,3 88,5 97,6 92,3 96,3 79,9 80,5 98,3 89,9 86,5 88,7 80,4 84,0 94,6 86,3 88,3 85,9 86,2 80,1 97,9 91,6 79,1 94,6 Fonte: SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP 26 Porcentagem de alunos que preencheram em avaliação final, os requisitos mínimos em aproveitamento e freqüência, previstos em legislação, em relação ao total de alunos matriculados no fim do ano letivo. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 158 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Taxas de Evasão Escolar27 Em 2002 as taxas de evasão no Pólo Regional de São José do Rio Preto para a 1ª a 4ª série, para a 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio foram de respectivamente 0,5%, 2,7% e, 6,1%. Nos três níveis de ensino as taxas médias de evasão escolar para o Pólo foram inferiores às taxas médias estaduais equivalentes a 0,95%, 3,2% e, 7,3% respectivamente aos níveis de ensino de: 1ª a 4ª série, 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e ao Ensino Médio. No nível de ensino que compreende da 1ª à 4ª série do Ensino Fundamental, as taxas de evasão entre os municípios foram baixas, sendo iguais ou inferiores a 2,3%, com exceção do município de Adolfo que apresentou taxa de 7,9%. Os municípios com as menores taxas nesse nível de ensino, ou seja, taxas inferiores ou iguais a 0,3 foram: São José do Rio Preto, Nova Aliança, Monte Aprazível, Orindiúva, José Bonifácio, Ibirá e Mirassol. Gráfico 17 – Taxa de Evasão Escolar. Pólo de São José do Rio Preto, 2002 % 1 ª a 4 ª s é r i e d o E n s i n o F u n d a m e n t a l 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 Fonte: SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP Na segunda fase do Ensino Fundamental, as taxas de evasão ficaram bastante heterogêneas e variaram entre 0,3% e 13,1%. As taxas mais elevadas neste nível de ensino corresponderam à Palestina, Uchoa e Cedral com 13,1%, 9,4% e 8,5% respectivamente (Gráfico 18). 27 Porcentagem de alunos que abandonaram a escola antes da avaliação final ou que não preencheram os requisitos mínimos em frequência previstos em legislação, em relação ao total de alunos matriculados no fim do ano letivo. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 159 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico 18 – Taxa de Evasão Escolar. Pólo de São José do Rio Preto, 2002 % 5 ª a 8 ª s é r i e d o E n s i n o F u n d a m e n t a l 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 Fonte: SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP Os maiores índices de evasão aconteceram no Ensino Médio onde se verificou uma amplitude nas taxas de 0,6% a 19,5%. Os municípios de Cedral, Jaci, União Paulista e Ipiguá apresentaram as taxas de evasão no Ensino Médio mais elevadas entre todos os municípios do Pólo, 19,5%, 18,7%, 14,9% e 14,7%. (Gráfico 19). Gráfico 19 – Taxa de Evasão Escolar. Pólo de São José do Rio Preto, 2002 % 3 ª s é r i e d o E n s i n o M é d i o 20,0 18,0 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 Fonte: SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP Pólo Econômico de São José do Rio Preto 160 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Indicadores de qualidade do ensino Para estudar as tendências com relação à qualidade do ensino, lançamos mão dos resultados das avaliações do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo – SARESP – para o ano de 2007. Os resultados do SARESP permitem avaliar o ensino regular de todas as escolas da rede pública estadual que oferecem a 1ª, 2ª, 4ª, 6ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e a 3ª série do Ensino Médio. Assim, apresentamos os resultados das provas de Língua Portuguesa e Matemática e dos níveis de desempenho em Redação para as 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio para o Pólo Regional de São José do Rio Preto e para o Estado de São Paulo. O Pólo Regional de São José do Rio Preto se destacou no desempenho nas disciplinas de Matemática e de Língua Portuguesa com pontuações superiores às médias estaduais nos três níveis de ensino. Na 4ª série do Ensino Fundamental o Pólo de São José do Rio Preto esteve mais de 12 pontos à frente da pontuação média do estado na disciplina de matemática e mais de 7 pontos em Língua Portuguesa. Na 8ª série do Ensino Fundamental o Pólo de São José do Rio Preto obteve vantagem de mais de 10 pontos nas disciplinas de Matemática e de Língua Portuguesa em relação à média estadual. Na 3ª Série do Ensino Médio apesar das notas de matemática e Língua Portuguesa ainda serem superiores às médias do estado, a vantagem é menor comparativamente às outras séries, 6,9 pontos a mais em matemática e 5,1 em Língua Portuguesa (Tabelas 20 e 21). Tabela 20 - Média de Proficiência em Matemática, 2007 Matemática Pólo Regional de São Estado de José do Rio Preto São Paulo 4ª. Série do E. F. 194,49 182,45 8ª. Série do E. F. 241,61 231,53 3ª. Série do E. M. 270,61 263,68 Fonte: SARESP, SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP Pólo Econômico de São José do Rio Preto 161 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Tabela 21 - Média de Proficiência em Língua Portuguesa, 2007 Língua Pólo Regional de São Estado de Portuguesa José do Rio Preto São Paulo 4ª. Série do E. F. 194,15 186,84 8ª. Série do E. F. 252,74 242,62 3ª. Série do E. M. 268,33 263,22 Fonte: SARESP, SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP Já em relação ao nível de desempenho em Redação28, o Pólo Regional de São José do Rio Preto obteve resultados praticamente iguais ao Estado para a 4ª série do Ensino Fundamental. Isto significa que se agregando as categorias: básico e abaixo do básico, tanto Pólo de São José do Rio Preto quanto o Estado concentram 52,4% dos resultados. Na 8ª série do Ensino Fundamental, o Pólo apresentou resultados melhores do que o Estado. No Pólo regional de São José do Rio Preto em 2007 43,9% dos resultados correspondiam à soma das categorias: básico e abaixo do básico e, no Estado esses resultados atingiram 45,7% das avaliações. Para a 3ª série do Ensino Médio a situação do Pólo ficou pior que a do Estado. Enquanto o estado apresentou 48,3% das avaliações abaixo do critério básico, no Pólo este os resultados abaixo do nível básico somaram 56,8% (Gráficos 20, 21 e 22). 28 Para o cálculo da distribuição percentual, foram excluídas do total das avaliações, aquelas categorizadas pelo sistema SARESP como: não válidas: anuladas, em branco e não calculada. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 162 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Gráfico 20 Desempenho em Redação na 4a série do Ensino Fundamental, 2007 100% 80% 60% 40% 20% 0% Pólo Regional de São José do Rio Preto Avançado Adequado Estado de São Paulo Básico Abaixo do Básico Gráfico 21 Desempenho em Redação na 8a série do Ensino Fundamental, 2007 100% 80% 60% 40% 20% 0% Pólo Regional de São José do Rio Preto Avançado Adequado Estado de São Paulo Básico Abaixo do Básico Gráfico 22 Desempenho em Redação na 3a série do Ensino Médio, 2007 100% 80% 60% 40% 20% 0% Pólo Regional de São José do Rio Preto Avançado Adequado Estado de São Paulo Básico Abaixo do Básico Fonte: SARESP, SEE-SP. Tabulações Especiais. Elaboração: Projeto Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo. Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NEPP/NEPO/UNICAMP-FINEP Pólo Econômico de São José do Rio Preto 163 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP 3.3. Atenção Básica à Saúde e Acesso às Ações e Serviços de Saúde Pólo Regional de São José do Rio Preto Introdução O capítulo da saúde procurou abordar questões relacionadas à Atenção Básica à Saúde e ao Acesso às Ações e Serviços de Saúde, dimensões fundamentais para o estabelecimento de políticas públicas, no Pólo Regional de São José do Rio Preto. Na Atenção Básica à Saúde foram analisados indicadores relacionados às taxas de mortalidade infantil, indicadores relacionados à saúde da criança, à atenção ao prénatal, à saúde da mulher e do adulto. No bloco referente ao Acesso às Ações e Serviços de Saúde são apresentadas as taxas de cobertura do programa PSF (Programa de Saúde da Família), as consultas médicas básicas por habitante, o número de leitos por habitantes e a proporção de Beneficiários de Plano de Saúde Privado. O estudo procurou levar em conta as taxas médias dos indicadores para o Estado de São Paulo e os parâmetros ou metas do Ministério da Saúde, quando possível para efeitos de comparação. Mortalidade Infantil No Pólo Regional de São José do Rio Preto a taxa de mortalidade infantil, vem caindo sistematicamente, assim como acontece no Brasil e no Estado de São Paulo. O Pólo de São José do Rio Preto apresentou níveis de mortalidade infantil abaixo da média estadual no ano de 1990 que correspondeu a 31,2 e, no ano de 2006 quando o Estado atingiu 13,3 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos. No ano de 1990 a taxa de mortalidade infantil no Pólo Regional de São José do Rio Preto foi de 23,2 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos e caiu para 12,7 no ano de 2006 representando uma queda de quase 55%. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 164 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Em 1990 os municípios do Pólo Regional de São José do Rio Preto com taxas mais elevadas foram União Paulista, Ibirá, Neves Paulista, Paulo de Faria e Mirassolandia. Nesses municípios as taxas de mortalidade infantil em 1990 variaram de 41,7 a 55,6 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos (Gráfico 23)29. Estes mesmos municípios foram os que mais reduziram a taxa de mortalidade infantil com declínios de pelo menos 20%. Os dados mostraram que os municípios de Orindiúva, Nova Aliança, Adolfo, Poloni, Onda Verde, Bálsamo, Mendonça e Nipoã, municípios mais afastados da região central do Pólo, apresentaram crescimento nas taxas de mortalidade infantil. No final do período em análise, as taxas ficaram ainda bastante heterogêneas nos municípios que compõem o Pólo e, se concentraram em um intervalo de 7,3 a 81,1 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos. Gráfico 23 90,0 80,0 Taxa de Mortalidade Infantil (óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos) 70,0 1990 60,0 2006 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Fonte: Fundação Seade; Sec. Estadual da Saúde; Sec. Municipais da Saúde. Base Unificada de Nascimentos e Óbitos. 29 Devido à indisponibilidade da informação para os municípios de: Cedral, Mendonça, Mirassolandia, e União Paulista em 1990, foi considerada a informação referente aos anos de 1991, 1994, 1991 e 1997 respectivamente aos municípios citados. Analogamente para a falta de informação em 2006 para os municípios de: Adolfo, Icém, Ipiguá, Mirassolandia, Nipoã, Onda Verde, Planalto e Uchoa foram tomadas as informações referentes aos anos de: 2004, 2007, 2007, 2007, 2005, 2007, 2002 e 2005 respectivamente aos municípios. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 165 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Saúde da Criança A taxa de Internação por Infecção Respiratória Aguda em menores de cinco anos é um indicador frequentemente usado, pois fornece uma medida da qualidade da atenção à saúde preventiva e curativa à criança. O Ministério da Saúde recomenda que a taxa deva ser inferior a 35 internações por mil crianças menores de cinco anos. No ano 2000 o Pólo Regional de São José do Rio Preto não apresentou taxa de internação por IRA acima do recomendado pelo Ministério da Saúde. Neste ano, a taxa de internações por IRA em menores de cinco anos no Pólo alcançou 32,8 crianças para cada mil menores de cinco anos, taxa superior à média estadual de 28,2 internações por mil. Em 2007 a situação do Pólo melhorou e a taxa de internações por IRA cai para 27,0 internações, mas a taxa está acima da média estadual neste ano, equivalente a 21 internações. A observação das taxas de internação por Infecção Respiratória Aguda em menores de cinco anos nos municípios do Pólo Regional de São José do Rio Preto revela que houve melhora das taxas no sentido de ter ocorrido declínio de 17,5% e, da taxa média da região continuar abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde em 2006. Ainda que se haja conseguido avançar no combate às doenças respiratórias agudas em crianças na região, como a taxa média tem mostrado, o problema reside no fato de ainda existir entre os 32 municípios que compõem o Pólo de SJRP, 15 municípios onde ocorreu elevação das taxas de internação por IRA Os mapas mostraram que as taxas mais altas no ano 2000 e em 2007 corresponderam aos municípios localizados na parte mais a oeste e norte da região. No ano 2000 como no ano de 2007 ocorreu uma concentração de municípios no entorno do município sede formando quase que um anel, onde as taxas de internação por IRA foram inferiores à taxa relativa ao município central (Mapas 11 e 12). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 166 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Mapas 11 e 12 Taxa de internação por IRA (Infecção Respiratória Aguda) em menores de cinco anos (por mil) Fonte: SIH/SUS – DATASUS, Censo Demográfico e estimativas populacionais do IBGE Atenção ao Pré-Natal Para avaliar a cobertura e a qualidade da assistência ao parto no Pólo Regional de São José do Rio Preto utilizamos o indicador: Proporção de mulheres com filhos nascidos vivos que realizaram sete ou mais consultas de pré-natal. O número mínimo de consultas recomendadas pelo Ministério da Saúde é sete. É necessário dizer, baseado em alguns estudos (SERRUYA, 2004), que este indicador é fortemente influenciado pelo nível de pobreza da região, além de outros fatores. Além disso, em uma análise longitudinal, as taxas podem em grande parte terem sido afetadas, positivamente, pelas ações do Programa Saúde da Família e pela implementação do Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento do Ministério da Saúde lançado em junho de 2000 onde o foco principal tem sido proporcionar a melhora do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto e puerpério das gestantes e ao recém-nascido. A proporção média de nascidos vivos cujas mães realizaram pelo menos sete consultas por mês no Pólo Regional de São José do Rio Preto no ano 2000 e no ano de 2007 foi superior à média estadual. No ano 2000, enquanto a proporção média de nascidos vivos cujas mães completaram o pré-natal era de 54,5% no Estado de São Paulo, o Pólo Regional de São José do Rio Preto realizou 16,1% a mais. No ano de 2005, a média estadual ficou em 73,4%, e o Pólo Regional de São José do Rio Preto ficou em um patamar superior com quase 89% dos nascidos vivos, Pólo Econômico de São José do Rio Preto 167 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP cujas mães haviam realizado 7 consultas ou mais de pré-natal. Assim, houve um incremento de quase 26% na proporção de mães que realizaram pelo menos 7 consultas de pré-natal no Estado e de 20,5% no Pólo Regional de São José do Rio Preto entre 2000 e 2005. Em 2005 os municípios do Pólo que mais incrementaram a cobertura de prénatais concluídos foram: Adolfo, José Bonifácio, Bálsamo e Ubarana. Estes municípios no ano 2000 apresentaram proporções equivalentes a 12% ou menos de cobertura e, em 2005 com o crescimento superior a 84% passaram para taxas de conclusão de pré-natal acima de 65%. Vale lembrar que dos 32 municípios do Pólo de São José do Rio Preto, apenas 3 apresentaram declínio substancial nas taxas: Zacarias, Paulo de Faria e Mendonça, onde os percentuais de cobertura de conclusão de pré-natal declinaram em mais de 23%. Tabela 22 Proporção de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Crescimento (%) 2000-2005 Total ESTADO 54,5 59,0 63,2 67,1 71,4 73,4 25,8 Pólo SJRP 70,6 73,6 80,4 84,4 87,9 88,9 20,5 Adolfo 12,1 32,6 89,7 76,2 85,3 81,0 85,1 Bady Bassitt 74,9 67,7 75,6 74,2 85,0 88,0 14,9 Bálsamo 3,6 47,1 76,3 78,5 89,6 95,7 96,3 Cedral 55,0 68,1 71,4 77,1 88,2 88,9 38,1 Guapiaçu 63,7 65,1 71,5 69,0 86,3 88,6 28,1 Ibirá 84,3 82,2 86,7 85,9 83,6 83,6 -0,8 Icém 78,1 88,7 79,8 84,9 90,0 90,1 13,4 Ipiguá 65,8 79,2 84,2 85,7 89,4 94,1 30,1 Jaci 72,9 84,8 82,5 82,8 88,5 88,7 17,8 José Bonifácio 4,3 33,6 85,5 71,0 64,7 71,6 94,0 Mendonça 72,4 83,9 83,3 79,3 71,4 55,2 -31,2 Mirassol 43,5 55,8 74,0 82,1 85,0 88,3 50,7 Mirassolândia 46,7 53,7 71,1 71,4 80,4 79,2 41,1 Monte Aprazível 55,2 55,4 67,8 66,1 86,2 66,5 17,1 Neves Paulista 78,3 77,4 72,2 66,7 86,6 82,5 5,1 Nipoã 35,9 57,1 55,0 48,8 77,8 71,4 49,7 Nova Aliança 47,7 65,5 69,4 69,5 87,1 77,6 38,5 Nova Granada 96,4 95,6 93,8 95,2 97,3 95,1 -1,3 Onda Verde 79,7 85,7 93,4 100,0 89,8 93,0 14,3 Orindiúva 51,4 86,2 91,2 92,9 81,9 93,2 44,9 Palestina 79,4 90,9 93,3 88,4 91,2 88,5 10,3 Paulo de Faria 71,4 77,1 88,5 77,0 84,0 57,9 -23,5 Planalto 67,8 68,7 86,0 62,3 79,0 83,1 18,4 Poloni 46,4 52,2 50,0 63,0 81,5 71,4 35,0 Potirendaba 78,3 78,4 84,4 87,4 92,3 95,8 18,3 São José do Rio Preto 83,3 80,8 81,1 88,6 91,7 93,2 10,7 Tanabi 76,7 77,3 88,0 90,2 83,0 92,0 16,7 Ubarana 2,9 6,4 83,6 65,0 36,0 64,9 95,6 Uchoa 67,9 61,9 60,8 81,3 89,2 88,2 23,1 União Paulista 41,2 56,5 57,1 76,5 82,4 66,7 38,2 Zacarias 68,4 62,5 79,2 76,5 66,7 55,6 -23,1 Fonte: SINASC/SUS - DATASUS. Elaboração: Proje to Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo - Desigualdades e Indicadores para as Políticas Sociais, NE PP/NEPO/UN ICAMP-FINEP. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 168 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Controle da Hipertensão A taxa de internações por Acidente Vascular Cerebral (AVC) na população de 40 anos ou mais, além de apontar o nível de morbidade para esta doença, também avalia a oferta de ações básicas preventivas para o controle da doença hipertensiva. Enquanto o número de internações entre 2000 e 2007 por Acidente Vascular Cerebral (AVC) na população de 40 anos ou mais no Estado de São Paulo passou de 15,2 para 20,8 internações por 10.000 habitantes, no Pólo Regional de São José do Rio Preto o indicador caiu de 40,1 para 37,1 internações. Entre todos os Pólos regionais e Regiões Metropolitanas da pesquisa, o Pólo de São José do Rio Preto foi, depois do Pólo Regional de Araçatuba, a segunda taxa mais alta de internações por AVC em adultos com mais de 40 anos no ano 2007 entre todas as regiões da pesquisa. Apesar de ter havido discreta melhora nos indicadores, constatada pela queda na taxa de internação no Pólo de São José do Rio Preto, quando analisamos as taxas por municípios verificamos que ocorreu elevação da taxa em 13 municípios dos 32 compõem a região. Além disso, a variabilidade das taxas nos municípios é muito grande, seja no ano 2000 ou em 2007 onde as taxas variaram de 20,6 até 84,3. Assim, devemos ter cuidado ao utilizar as taxas médias de internações por AVC referente ao Pólo para os dois períodos pesquisados, pois ela não reflete a heterogeneidade dos municípios (Mapas 13 e 14). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 169 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Mapas 13 e 14 Taxas de Internação por AVC (por 10.000 habitantes com 40 anos ou mais) Fonte: SIH/SUS – DATASUS, Censo Demográfico e estimativas populacionais do IBGE. Indicadores Gerais de Atenção à Saúde Consultas Médicas Básicas por Habitante No Brasil a média anual de consultas médicas por habitante nas especialidades básicas pouco variou entre o ano de 2000 e 2007. No ano 2000 este indicador atingiu 1,51 consultas básicas por habitante e em 2007 alcançou 1,54. No Estado de São Paulo, o patamar é praticamente o mesmo referente à média brasileira em 2000 e, em 2007 chegou a 1,7 consultas básicas por habitante. No Pólo Regional de São José do Rio Preto a média de consultas médicas básicas por habitante atingiu o patamar de 2,2 consultas no ano 2000, em 2004 passou a 2,8 e, caiu para 2,2 em 2007 atingindo novamente o mesmo patamar referente ao ano 2000. Os municípios que mais realizaram consultas básicas por habitante em 2007, entre 4,1 e 4,7 consultas básicas por habitantes foram: Mendonça, Ubarana, Zacarias e Adolfo (Mapas 15 e 16). Os municípios que apresentaram queda expressiva de mais de 20% no numero médio de consultas realizadas nas especialidades básicas entre 2000 e 2007 foram Adolfo, São José do Rio Preto, Paulo de Faria, Ubarana e Nipoã. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 170 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Mapas 15 e 16 Consultas Básicas por Habitante (média anual) Fonte: SIA/SUS - DATASUS, Censo Demográfico 2000 e projeções, IBGE. Cobertura do Programa de Saúde da Família As informações sobre percentuais de cobertura do Programa Saúde da Família em grandes cidades e capitais revelam que em geral há uma dificuldade maior de consolidação deste programa em cidades maiores e mais urbanizadas (ELIAS, 2006). Como já foi dito, a região do país com menor cobertura do Programa Saúde da Família é a Sudeste, com menos de 30% de cobertura da população no ano de 2007. No Estado de São Paulo em 2007, em média a cada 4 pessoas uma foi atendida pelo PSF e, no Pólo de São José do Rio Preto, uma a cada 6 pessoas foi atendida pelo PSF. Os dados mostraram que houve crescimento da proporção de pessoas atendidas pelo PSF no Estado de São Paulo e no Pólo Regional de São José do Rio Preto entre 2000 e 2007. O ritmo de crescimento do PSF no Pólo Regional de São José do Rio Preto foi mais intenso entre 2000 e 2003. A partir de 2003 houve um arrefecimento das taxas que voltam a crescer em 2005. (Gráfico 24). Comparando-se o crescimento da cobertura do PSF no Pólo de São José do Rio Preto com a cobertura no Estado, foi possível perceber que no Pólo o crescimento foi menos intenso. Nesse sentido, enquanto as proporções de famílias cobertas pelo PSF Pólo Econômico de São José do Rio Preto 171 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP foram multiplicadas por 4,1, no Estado, no Pólo de São José do Rio Preto este fator foi de 2,6 vezes. Gráfico 24 Proporção de População coberta pelo PSF (%) 44,0 46,4 40,3 36,6 32,9 28,6 22,1 13,9 13,7 16,9 19,2 10,1 6,3 6,1 2000 24,3 25,8 16,0 16,1 2006 2007 21,1 12,9 13,6 12,5 12,6 2002 2003 2004 2005 8,9 2001 Brasil Estado de São Paulo Pólo SJRP Os mapas 17 e 18 evidenciam que não somente a cobertura de famílias atendidas vem aumentando como também o número de municípios que em 2000 não tinham implementado o programa e, em 2007 já implantaram. No ano 2000, 10 dos 32 municípios do Pólo de São José do Rio Preto haviam implementado o PSF. No ano de 2007, o total de municípios que oferecem o programa passa para 17. Os municípios de Zacarias, Planalto, Jaci, Adolfo e Mendonça se destacaram em 2007 por apresentarem uma cobertura populacional do PSF de mais de 97%. Por outro lado, São José do Rio Preto foi o município com o menor índice, 8,6% de cobertura (Mapa 18). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 172 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Mapas 17 e 18 Proporção da população atendida com o Programa Saúde da Família Fonte: Fonte: Número de pessoas cadastradas, de 2000 a 2006, por município. Fonte: SIAB/SUS - DATASUS, Censo Demográfico 2000 e projeções, IBGE. Atenção Hospitalar - Leitos Hospitalares por Habitante A análise deste indicador tem como objetivo ilustrar como acontece a concentração de leitos hospitalares por habitantes nos municípios pertencentes ao Pólo Regional de São José do Rio Preto. Como este indicador é suscetível a uma variedade de fatores relativos às localidades ou regiões distintas, não há parâmetros validados para efeitos de comparação. O que acontece é que a própria demanda juntamente com a capacidade de financiamento do local acaba definindo as metas a serem alcançadas. Assim, este indicador não é adequado para avaliar o sistema de saúde de uma região, mas auxilia nas ações de planejamento e gestão. Apesar de não termos parâmetros validados, o Ministério da Saúde preconiza que o volume de leitos hospitalares esteja entre 2,3 a 3 leitos por mil habitantes (Portaria do Ministério da Saúde 1101/2002). No Pólo Regional de São José do Rio Preto a oferta de leitos hospitalares foi de 3,6 leitos por mil habitantes em 2006, onde 2,1 leitos foram disponibilizados através do SUS. A média de leitos hospitalares por mil habitantes no Pólo Regional de São José do Rio Preto ficou acima da média estadual e da nacional. No Estado foram disponibilizados 2,6 leitos e no Brasil 2,7 leitos por mil habitantes em 2006 (Tabela 23). Pólo Econômico de São José do Rio Preto 173 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP No Pólo Regional de São José do Rio Preto quase 59% dos leitos foi disponibilizado pelo SUS, proporção inferior a média estadual de 65,4%. Tabela 23 - Leitos Hospitalares por mil habitantes Leitos* Por Mil Habitantes Hab. Leitos Hospitalares em 2006 Pólo de São José do Rio Preto Estado de São Paulo Brasil Total SUS Proporção de Leitos do SUS (%) 3,6 2,6 2,7 2,1 1,7 2,0 58,9 65,4 74,1 Fonte: CNES - Recursos Físicos - Hospitalar - Leitos de internação - São Paulo SUS - DATASUS, Censo Demográfico 2000 e projeções, IBGE. O município de Jaci e Nova Granada foram os municípios que apresentaram as maiores razões de leitos hospitalares, 30,8 e 12,5 leitos por mil habitantes respectivamente (Mapa 19). Mapa 19 – Leitos Hospitalares por mil habitantes em 2006 Fonte: CNES -Recursos Físicos - Hospitalar - Leitos de internação - DATASUS, projeções, IBGE. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 174 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Beneficiários de Plano de Saúde Privado De acordo com PINTO, 2004; a região Sudeste concentra cerca de 70% da população que possui planos de saúde e, as maiores proporções de cobertura acontecem nas capitais. Ainda segundo este autor: Estudos anteriores (Costa e Pinto, 2002; Siqueira et al., 2002) demonstram que, nas cidades de pequeno e médio porte (menos de 80.000 habitantes), a participação das modalidades de saúde suplementar é menor que a prestação de serviços mediante o SUS, enquanto que nas cidades de mais de 80.000 habitantes, a hegemonia dos planos de saúde já ocorria em 1992 e expandiu-se ainda mais em 1999. O indicador proporção de cobertura da população por planos de saúde privados considera como plano privado, segundo os critérios da ANS/MS, os planos de assistência à saúde que são operados por medicina de grupo, cooperativas, seguradoras, autogestão e filantropia. Pode haver superestimação do indicador na medida em que pode haver beneficiários com mais de um plano de saúde privado. A cobertura da população por planos de saúde privado no país foi de quase 20% da população entre 2000 e 2005. A região Sudeste apresentou a maior cobertura entre as regiões, e entre 2000 e 2005 a representação da região ficou praticamente constante por volta de 30% (Tabela 24). Tabela 24 - Proporção (%) da população coberta por planos privados de saúde segundo ano por região. Brasil, 2000 a 2005 Regiões 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Brasil 19,1 18,6 18,5 18,6 19,1 19,9 Norte 5,7 5,5 6,2 6,8 7,3 7,2 Nordeste 7,6 7,2 7,6 8,0 8,2 8,4 Sudeste 32,0 30,9 30,2 29,9 30,3 31,7 Sul 14,0 14,1 14,6 15,5 16,7 17,4 Centro-Oeste 12,7 12,2 12,5 12,5 12,5 12,8 Fonte: Ministério da Saúde/Agência Nacional de Saúde - Sistema de Informações de Beneficiários e IBGE Pólo Econômico de São José do Rio Preto 175 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP No ano 2000, a cobertura média populacional de planos de saúde privados para o Estado e para o Pólo Regional de São José do Rio Preto foi de respectivamente 41,6% e 32,1%. Em 2007 foi constatado o crescimento da cobertura por planos de saúde privados no Estado de São Paulo que resultou em uma proporção equivalente a 48% de cobertura populacional com planos privados de saúde. No Pólo Regional de São José do Rio Preto o crescimento foi pequeno em torno de 7%. A taxa média de cobertura por planos de saúde privados no Pólo alcançou 34,5% da população, índice inferior a média estadual. Com exceção do município de São José do Rio Preto, os planos de saúde privados aumentaram em todos os demais municípios do Pólo Regional de São José do Rio Preto entre 2000 e 2007. Os municípios do Pólo onde haviam proporcionalmente mais pessoas com planos de saúde privados em 2007 localizam-se na parte mais central do Pólo, a saber: Mirassol, São José do Rio Preto, Bálsamo, Jaci e Monte Aprazível onde as taxas variaram de 35,6% a 41,5%. (Mapas 20 e 21). Mapas 20 e 21 Proporção da população com plano privado de saúde Fonte: Sistema de Informações de Beneficiários (SIB), Sistema de Cadastro de Operadoras (Cadop) e Sistema de Registro de Produtos (RPS), todos geridos pela ANS - DATASUS. SIA/SUS - DATASUS, Censo Demográfico 2000 e projeções, IBGE. Pólo Econômico de São José do Rio Preto 176 Regiões Metropolitanas e Pólos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais Projeto NEPP/NEPO/IE/FINEP Referências Bibliográficas ABRAMOVAY, Miriam; CASTRO, Mary Garcia. Ensino Médio: Múltiplas Vozes. Brasília: UNESCO; MEC. 2003 ANDRADE, Cibele Y., TELLES, Stella M.B.S. Universalização e equidade: análise da evolução do acesso à educação básica no Brasil de 1995 a 2005. In: Anais do ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS, 16º., 2008. Caxambu. Disponível em: <http://www.abep.org.br.>. ARRIAGADA, I. Câmbios y desigualdad en las famílias latinoamericanas. Revista de la Cepal 77, Santiago de Chile, 2002. __________. Estructuras familiares, trabajo y bienestar en América Latina, In: Arraigada, I. e Aranda, V. (comp.) Cambio de las familias en el marco de las transformaciones globales: necesidad de políticas públicas eficaces, Serie Seminarios y Conferencias, CEPAL, nº 42. Santiago de Chile, 2004. 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