Ano Internacional do Cooperativismo A Cooperar também se aprende e…é inevitável Cooperar Ecos da Educação Cívica Maria da Conceição Serrenho Couvaneiro [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro Há um fluxo comum, um sopro comum; todas as coisas estão em simpatia. Hipó Hipócrates Maria da Conceição Couvaneiro Cooperação É a forma ideal da gestão das interações humanas, para a obtenção e distribuição de bens e serviços. Para esse fim, coopera-se através da troca e da partilha, pondo em comum necessidades e interesses. A cooperação é pôr em marcha : A instrumentalidade (ação, serviço) e a expressividade. (afetos e trocas) [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro Cooperação Cooperativismo = Co + operar Cooperativismo modelo económico e social baseado na participação dos membros nas atividades económicas , com vista ao bem comum; Os princípios cooperativos são a base do cooperativismo (liberdade, solidariedade, interesse pelo próximo…. responsabilidade ). A tomada de consciência de si, na pluralidade do grupo. Cooperação: é agregação de esforços e vontades, para o bem-estar de todos e de cada um. [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro Porque é que “É INEVITÁVEL Cooperar”? Porque toda a natureza está ligada por uma cadeia de inter-relações e de interdependências…desde o Universo aos seus constituintes. (Paradigma da Complexidade) Edgar Morin 1996 “Na ordem cósmica cada elemento faz parte, com igual relevo, do concerto Universal.” tecido em harmonias conjuntas. (Abordagem Sisté Sistémica ) Ludwig von Bertalanffy, Bertalanffy, 1937 [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro Na origem da vida, das poeiras cósmicas/fusão à separação dos espaços, (Pangeia) Movimentos incessantes, desde há biliões de anos, distanciam e confluem territórios originando, nessa aproximação, novas estruturas, formas de vida, continentes….. [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro O Mundo vivo Surge: - Pela atração e adição dos elementos: - Através da unidade e diversidade. “Pela adiç adição de partí partículas elementares nascem novas entidades, totalmente originais, tão verdade é, que o todo é sempre mais que a soma das partes” partes” Pelt, JeanJean-Marie (2004) [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro Poeiras Cósmicas [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro Pangeia/Gondwana Globalização? [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro A tipificação das espécies Ocorre pelo confronto existente pelas situações de penúria que conduzem à simbiose dos elementos. (foram as necessidades, sentidas por cada uma das espécies, que levaram ao desenvolvimentos das características que as diferenciam das demais) Numa primeira fase, a confrontação é agressiva; em seguida, os antagonismos passam a dar lugar à complementaridade cooperação . Os elementos associados passam a coexistir, pacificamente e, a cooperar. (se não existissem os lé lémures toda a floresta do Madagá Madagáscar já já teria desaparecido e com ela milhares de espé espécies singulares) [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro “Os fenómenos de associação, cooperação, simbiose, constituem um dos motores da evolução” Pelt, JeanJean-Marie (1996) [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro O associativismo simbiótico É a combinação dos elementos, na sua diversidade. Resulta em “combinação cooperativa”. Decorre desde há 1500 milhões de anos e não cessará de se manifestar, desde as origens da vida até às mais complexas estruturas organizacionais. A evolução, por vezes, faz-se nas margens ou nos limites, na confluência de meios diferentes, face aos desafios. Resulta da situação de carência e origina novas estruturas Novas e, porventura, melhores alternativas Sociedade Equitativa dos Pioneiros de Rochdale – 1844 [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro A natureza - biodiversidade. A humanidade sociodiversidade. O Universo cosmodiversidade O homem, micro cosmos dentro do macrocosmos, na temporalidade, no espaço e no vazio, na luta incessante por se afirmar uno e diverso, é projecto e movimento. [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro Dois processos ocorrem em simultâneo A solidariedade – No empreendimento de novas ações, na luta contra a exclusão, no sentimento de afiliação e pertença . A cooperação – Em substituição da competitividade entre pessoas, poder, etnias, culturas e organizações. No processo de Construção Conjunta. Solidariedade e cooperação No reconhecimento do direito de cada um se afirmar uno e diverso, singular e plural. No participar, por direito próprio, no concerto Universal, transformando o EU em NÓS, embora se mantenha singular e plural. [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro Eu + outro = constelação “NÓS” Construir um modelo de vida e bem-estar pessoal e social. Ser projeto e ação. Participar de um organismo (Organização) pela vontade e pelo compromisso, (Cooperativa) [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro Ser ator social Inserir-se nos grupos com sentido de pertença e em processos de afiliação. Ser reconhecido e reconhecer, partilhar, construir. “…a “…a pessoa não é uma estrutura condicionada, passiva, submissa; é ato e realizaç realização” ão”. (Pierre Tap, 1988) É Ator social: Ter perceção de si, enquanto valor, no reforço da auto-estima e no ajustamento à constelação social . Ter consciência da SUSTENTABILIDADE do processo de desenvolvimento que apenas se pode afirmar pela cooperação , partilhando valores, vivendo experiências e aprendendo novas formas de estar. [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro A “educação cívica”. (Antó (António Sé Sérgio, 1915) Pela práxis, cada um torna-se agente de mudança, através da “Escola Cidadã”: • Estabelecer compromissos. Ser responsável e “agir democraticamente”; • Concretizar aspirações, na proximidade e na “convivência social “; • Apropriar-se, escolher e rejeitar pela “ tomada de decisões”. • Transformar e transformar-se através da “ dúvida metódica”. “Na reforma Moral “ (valores e príncipios). O voo das borboletas num campo de colza pode produz ir a tempestade tempestade no deserto Hubert Reeve [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro A Escola Cidadã preconizada por Sérgio pressupõe, abertura à mudança e à inovação. O associativismo cooperativo e a cidadania devem prosseguir, rumo ao futuro; aceitar a linguagem dos novos tempos e os imponderáveis contingenciais; constituir-se movimento interestruturador (mudando, mudando-se) Construir a sociedade do conhecimento, da solidariedade e das redes. Estabelecer um pacto Universal da sustentabilidade conduzindo ao equilíbrio CÓSMICO . [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro Cooperar é inevitável e… aprende-se Para tal é preciso: Compreender a Bio-sócio-cosmo-diversidade no respeito pela natureza e pelas formas de vida; Unidade e diferença: Identidade de cada ser. Complementaridade das suas relações. Consciência da relatividade e da partilha do poder. Acção criativa e transformadora (na vida que renasce e no seu equilíbrio). Basta então coexistir para COOPERAR [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro . [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro COOPERAR é ser responsável, agir, ser uno e diverso. «É dar o que é meu, receber o que é teu, ouvir, discutir, odiar e amar, chorar, rir. Ser feliz em nós no outro. Ser “muitos”, ser um.» Cláudia 2005 É percecionar que a Mórula é mais forte que a Gâmeta. É INEVITÁVEL Cooperar - para existir e, isso, também se aprende [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro Obrigada Bem hajam! [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro Referências Bibliográficas Serrenho Couvaneiro, C., (2004). Práticas Cooperativas. Personalização Socialização. Lisboa: Instituto Piaget. Pelt, Jan Marie (2004). Do Universo ao Ser. Lisboa: Instituto Piaget. Sérgio, António (1915). Educação Cívica. Lisboa: Liv. Sá da Costa. [email protected] Maria da Conceição Couvaneiro