Financeiro ano 4 nº 33 mar/2006 ACREFI - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO Fundada em 1958 IDH TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 20.000 EXEMPLARES Evolução do Índice de Desenvolvimento Humano brasileiro aponta melhora consistente de longo prazo Entrevista Presidente da CNF avalia taxas de juros spread e crédito Inovação Os caminhos do consumo consciente no Brasil *Sujeito a análise e aprovação de crédito. Banco completo é aquele que antecipa tudo. Antecipe os recebíveis da sua empresa com o Crédito MultiUso Bradesco Empresarial. Você vende agora e recebe agora, sem precisar esperar o vencimento de cheques pré-datados, cartões de crédito e títulos de cobrança. Crédito MultiUso Bradesco Empresarial. Precisou, tem.* www.bradesco.com.br editorial Mar verde, ondas brancas Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento Rua Libero Badaró, 425 - 28º andar São Paulo - SP Tel: (11) 3107-7177 Fax: (11) 3106-6082 Funcionamento: de segunda à sexta-feira das 8:30 às 18 horas www.acrefi.org.br DIRETORIA Presidente Érico Sodré Quirino Ferreira Vice-Presidentes Fernando Guerreiro de Lemos, Gilberto Caldart, José Arthur Lemos de Assunção, Marco Ambrógio Crespi Bonomi, Paulo Eduardo D’Ávila Isola, Paulo Henrique Pentagna Guimarães, Ricardo Malcon, Ronaldo Amaral de Carvalho Pinto, Tiago Canguçu de Almeida Secretário José Dante Zanaga Neto Tesoureiros Jorge Kimura e Sérgio Marra Pereira Capella Diretores Adalberto Savioli, Daniel Capelo Pinheiro, Enílson Espínola de Souza, Genival Francisco Silva, Ricardo Annes Guimarães, Rubens Bution, Sérgio Antônio Cipovicci Diretores Conselheiros Aristeu Zanuncio, Eduardo Garcia Ruiz, Guilherme Almeida de Oliveira, Hélio Lima Magalhães, Ivan Svitek, Leonel Dias de Andrade Neto, Paulo Sérgio Monteiro Castro Aguiar, Rubens Sardenberg Diretores Regionais Carlos Alberto Samogim, Félix Archanjo Bordin, Leonardo Marcondes Dadalto, Sérgio Faria Lemos da Fonseca Júnior, Aquiles Leonardo Diniz, Evanir Coutinho Ussier, Odílio Figueiredo Neto, Renato Malcon Presidente Honorário João Uchôa Borges Diretor Superintendente Antônio Augusto de Almeida Leite (Pancho) Conselheiro Econômico Prof. Istvan Kasznar Financeiro Publicação mensal da ACREFI - Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento. Jornalista Responsável: Eliana Nigro ( MTB 15.005) Conselho Editorial: Érico Sodré Quirino Ferreira, Prof. Istvan Kasznar, Antônio A. A. Leite (Pancho) e Sérgio Tamer Coordenação Editorial: Tamer Comunicação Empresarial Projeto Gráfico, Editoração e Produção Gráfica: EDF (www.edf.com.br) Pré-impressão e Impressão: Fabracor Tiragem: 20.000 exemplares As opiniões emitidas nos artigos assinados não refletem necessariamente as posições da ACREFI e são de exclusiva responsabilidade dos autores. A reprodução total ou parcial do conteúdo da publicação depende de autorização por escrito. Érico Sodré Quirino Ferreira, Presidente da ACREFI A verdadeira pujança do Estado de São Paulo é, ainda hoje, desconhecida para quem vive na Capital ou em outros Estados. É um mundo desconhecido, que merece ser explorado. Viajando pelo seu Interior, pode-se verificar uma economia mais diversificada e mais vibrante do que a que se costuma normalmente estimar. Trata-se de um imenso mar verde: na prática, um tapete contínuo de terras cultivadas, onde é possível conhecer melhor a dimensão atual do agribusiness no Brasil. São as promissoras lavouras de cana-de-açúcar, café, laranja, soja, imensas plantações de eucaliptos e de pinheiros, entre tantas outras culturas. De quando em quando, entremeando esse mar verde de diversas tonalidades, avistam-se enormes ondas brancas: são as milhares de cabeças de gado Nelore, riqueza maior da nossa pecuária. Mas o mais surpeendente para o viajante é que, em meio a essa imensidão, surgem, aqui e acolá, cidades cada vez mais modernas e, em torno delas, imensas e poderosas fábricas de todos os setores, algumas dotadas de tecnologia de ponta, como as da indústria açucareira e a de sucos. É essa a realidade do Estado de São Paulo, carro-chefe da economia nacional, que deve se preparar para receber parte dos R$ 46 bilhões que as mais Flávio Roberto Guarnieri Fundada em 1958 recentes medidas do governo federal devem pôr em circulação. Essa “renda extra” deve entrar na economia neste ano com o aumento do salário mínimo, a correção da tabela do Imposto de Renda, o pacote da construção civil e a redução do superávit primário de 4,84% do PIB de 2005 para 4,25% do PIB em 2006. Só o reajuste do salário mínimo deve implicar de R$ 22 bilhões a R$ 24 bilhões a mais em circulação, recursos que devem ser destinados, principalmente, para a compra de bens semiduráveis e não duráveis, beneficiando as classes menos favorecidas e abrindo um leque de oportunidades para todos que produzem ou financiam bens de consumo. Tomando como exemplo o Estado de São Paulo, nosso setor deve se propor, também, a ser um mar verde de oportunidades para quem quer obter crédito e realizar seus sonhos. E projetar, também, as manchas brancas da concentração de esforços em prol de uma melhor Educação, sem a qual o nosso País não avançará líder e pioneiro como o Interior do Estado de São Paulo Nesta edição 4 Entrevista Gabriel Jorge Ferreira, presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras 6 Palestra Política monetária e FMI em debate na Acrefi 10 Inovação Consumo consciente do dinheiro e do crédito: muito além da educação fi nanceira 12 Indicadores O índice de desenvolvimento social e humano no Brasil 14 Tendências Dívida cambial - o outro lado da moeda 16 Indústria O setor automobilístico 18 Artigo Indicadores econômicos e perspectivas em 2006 20 Análise setorial Instituições bancárias atuando no comércio varejista 22 Artigo País maduro 23 Banco de Dados entrevista Sistema judicial, tecnologia, spread bancário e crédito Divulgação Gabriel Jorge Ferreira, presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras CNF - avalia reflexos da legislação e do desenvolvimento tecnológico nos juros e no crédito “Há vários entraves ao bom funcionamento do sistema de crédito que precisam ser eliminados para que o custo do dinheiro e o volume de crédito no País sejam similares aos praticados em outros países” A atual Lei de Falências e Recuperação de Empresas pode reduzir os juros e o spread significativamente? No curto, médio ou longo prazo? Há vários estudos que demonstram que o desenvolvimento do crédito está relacionado ao nível de proteção a credores e que a razão entre crédito e PIB é maior em países que preservam a integridade do crédito e apresentam maior eficiência no sistema judiciário. Por interferir no direito dos bancos de reaverem os créditos contra os inadimplentes, a legislação anterior produzia um impacto considerável sobre o nível das taxas de juros. A reduzida recuperação de créditos onerava em demasia os custos da intermediação financeira suportados pelos bons pagadores, que acabavam arcando com as perdas provocadas pelos inadimplentes e pelos maus pagadores. Era uma inversão do sistema de justiça. Em essência, havendo uma proteção jurídica adequada, o risco de crédito diminui e, conseqüentemente, o spread e a taxa de juros também diminuem. Assim, um bom sistema legal e judicial é fundamental para ampliação do crédito, com segurança e com responsabilidade. Os efeitos da nova Lei de Falências e Recuperação de Empresas se farão sentir a médio e longo prazo, à medida que o sistema judiciário 4 mostrar eficiência em administrar os mecanismos criados pela nova lei. O senhor acredita num pacto entre governo, sistema financeiro e sociedade para fazer baixar o spread ? Na sua opinião, de que forma isso deve ser feito? Os juros e os spreads não podem ser reduzidos de maneira simplista, por mero ato de vontade política. Mas uma regra geral que equiparasse a tributação da intermediação financeira praticada no Brasil à dos demais países já seria uma boa medida na direção da redução dos juros. Temos no Brasil uma situação iníqua para o tomador. O governo tributa dívida como se fosse renda ou receita! Os bancos, por meio de suas instituições representativas como a Febraban e a CNF, há muitos anos vêm alertando a sociedade sobre a importância de baixar os spreads. Houve uma série de avanços. Mas ainda falta muito a ser feito. Os recolhimentos compulsórios e os direcionamentos de crédito, por exemplo, que deveriam ser eliminados, não foram sequer reduzidos, quando não aumentaram. Há vários entraves ao bom funcionamento do sistema de crédito que precisam ser eliminados para que o custo do dinheiro e o volume de crédito no País sejam similares aos praticados em outros países. A questão vai muito FINANCEIRO além da redução da Selic e precisa ser enfrentada tanto na área tributária, quanto monetária. De que forma a tecnologia pode implicar real queda de juros no setor de crédito? A tecnologia pode contribuir para a queda real dos juros de duas formas: a primeira é na redução de custos operacionais e administrativos pela automação e aumento da eficiência dos processos de concessão e análise de crédito. O custo da realização de um crédito pessoal pela Internet ou por um ATM ou de um CDC em um varejista que mantenha parceria com um banco, em que a análise e aprovação são feitos por sistemas automatizados é muito inferior ao custo de um empréstimo em que o cliente vai falar com o gerente da agência e este, por sua vez, vai recorrer à sua área de crédito para analisar manualmente o pleito e decidir se concede ou não o empréstimo. A segunda contribuição é na utilização das tecnologias avançadas de gestão e avaliação do risco de crédito, que permitem reduzir a inadimplência enfrentada pelos bancos. Neste ponto entram o uso de sistemas estatísticos de quantificação de risco, como o credit score, e o uso de cadastros positivos que ampliam o conhecimento sobre o comportamento de crédito dos tomadores, reduzindo a incerteza na concessão de crédito e, conseqüentemente, a taxa de juros. A relevância desses fatores é comprovada no estudo de composição do spread bancário realizado pelo Bacen que indica que custos administrativos respondem por 26,4% do spread bancário e a inadimplência por 20,0%. É claro que esses componentes de custo não podem ser totalmente eliminados, mas a tecnologia ajuda a reduzi-los. Note, entretanto, que para uma queda mais significativa nos juros é necessário rever outros componentes que oneram o custo do crédito como a cunha tributária e os depósitos compulsórios, que juntos respondem por 26% do spread bancário. ACREFI O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro vem implicando mudanças que significam menos burocracia e mais aproximação entre bancos e empresas. Que outros reflexos ainda podemos esperar? O desenvolvimento tecnológico é sempre surpreendente. É difícil prever, todos os novos desenvolvimentos que poderão advir do uso cada vez mais intenso do novo Sistema de Pagamentos. A integração de redes de caixas eletrônicos, contudo, abrirá novas perspectivas de pagamentos para a sociedade, multiplicando as opções de atendimento para a realização de serviços, com mais conforto, segurança e menores custos. Que alterações o senhor considera necessárias para a atual lei contra a lavagem de dinheiro, de forma que, equiparando o sistema financeiro ao poder público, possa vir, efetivamente, a barrar a corrupção? É essencial que haja cooperação entre as instituições financeiras e as autoridades responsáveis pela fiscalização e investigação de fontes e do trânsito de recursos ilícitos. Mas não faz sentido técnico nem legal querer equiparar o sistema financeiro ao poder público. Gerentes de bancos são especialistas na área financeira. Não devem ser tratados como fiscais nem ter poder de polícia. As instituições financeiras não podem substituir a autoridade policial. Nesse particular, cabe-lhes ficarem atentas à regra básica “conheça o seu cliente”, instituir mecanismos efetivos de prevenção à lavagem de dinheiro, treinamento de pessoal e comunicação à autoridade competente de transações suspeitas, sempre que identificadas. A lavagem de dinheiro é crime perpetrado contra o sistema financeiro sendo, portanto, fundamental seu combate por todas as formas e, nesse particular, as instituições financeiras muito podem contribuir para o aprimoramento dos sistemas de controle e prevenção, mediante permanente diálogo e troca de idéias com as autoridades 5 “O desenvolvimento tecnológico é sempre surpreendente. É difícil prever todos os novos desenvolvimentos que poderão advir do uso cada vez mais intenso do novo sistema de pagamento” palestra Política monetária e FMI em debate na Acrefi Nos últimos dois anos, o Banco Central optou pela credibilidade, por isso manteve a Selic em patamares altos O primeiro evento do ciclo de palestras da Associação Nacional das Instituições Financeiras, de Crédito, Financiamento e Investimento, Acrefi , reuniu Carlos Thadeu de Freitas, chefe da divisão econômica da Confederação Nacional do Comércio e ex-diretor do Banco Central e Istvan Kasznar, professor da Fundação Getúlio Vargas e conselheiro econômico da Acrefi , que abordaram, respectivamente, os temas “Política Monetária no Brasil: trajetória e perspectivas” e “Fundo Monetário Internacional”. Carlos Thadeu de Freitas destacou o ambiente macroeconômico favorável ao afirmar que, pela primeira vez, desde que o Brasil implantou o regime de metas de inflação, existe grande convergência de expectativas positivas no que se refere ao controle de preços, apesar dos resultados dos índices apurados para o mês de janeiro terem sido superiores ao esperado pelo mercado. No entanto, frisou, o ambiente é bem diverso do que caracterizou 2005, em especial, o início do ano, quando havia uma série de riscos e pressões inflacionárias. De acordo com ele – que usou a palavra “estabilidade” para defi nir os próximos meses – o cenário atual vai facilitar bastante a condução da política monetária ao longo de 2006. Difi cilmente, o Brasil registrará inflação média superior a 4,5% ou 4,8%, variando em razão do impacto do novo salário-mínimo na economia. Istvan Kasznar, professor da Fundação Getúlio Vargas e conselheiro econômico da Acrefi Carlos Thadeu de Freitas, chefe da divisão econômica da Confederação Nacional do Comércio A forte liquidez internacional e apreciação do real são fatores determinantes para a análise do cenário desse ano: “com uma taxa de câmbio nos patamares como os que tivemos no ano passado, o Banco Central não terá muito trabalho, a não ser evitar que as taxas de juros futuras subam muito rapidamente”, afirma, lembrando que, mesmo se tratando de um ano eleitoral, a trajetória de queda das taxas de juros dificilmente sofrerá alterações no ritmo já previsto pelo Banco Central. Portanto, na opinião dele, o grande teste da política monetária ficará mesmo para 2007,quando não haverá também a possibilidade do dólar ser utilizado como instrumento antiinflacionário. Para o próximo ano, o ex-diretor do Banco Central, prevê ainda mudança no regime de metas de inflação. Para ele, as metas atuais são muito curtas e o Bacen vê-se constantemente testado pelo mercado, em resposta, é obrigado a subir os juros para manter sua credibilidade: “Nos últimos dois anos, as autoridades monetárias tiveram que escolher entre credibilidade e flexibilidade e optaram pela primeira. Foram persistentes na manutenção de taxas reais de juros elevados, apesar de altas, pois, naquelas circunstâncias, precisavam ganhar credibilidade, até para baixá-las mais tarde. Mas, creio que daqui a pouco, o Banco Central vai escolher a flexibilidade”. Para ele, o Brasil pode escolher um caminho similar ao da Austrália,com metas mais longas. 6 FINANCEIRO “Em 2007, não vamos contar mais com a âncora cambial, os preços administrados não vão subir tanto quanto no ano passado, mas também podem não ficar tão bem como estão agora” Carlos Thadeu de Freitas No intervalo, participantes trocaram idéias sobre temas das palestras A conseqüência dessa escolha, no entanto, ressalta, foi o freio no crescimento econômico, com evidentes sacrifícios à atividade econômica, como é possível constatar pelo PIB de 2005: 2,5%. Em 2005, o País vivia uma divergência de expectativas, logo no começo do ano, em razão dos preços administrados. No início daquele ano, esperava-se inflação alta, que só diminuiu no fim do ano, quando o dólar começou a cair. Mas, esse ano, segundo ele, a inflação depende dos preços fixos e a dúvida fica apenas no que se refere ao comportamento de serviços e ao efeito político das eleições. Se o quadro se mantiver como o atual, com a disputa polarizada entre o PT e PSDB, ambos já conhecidos, não haverá surpresas, no entanto, se algum candidato gerar dúvidas sobre o regime de metas da inflação, ou sobre a condução da dívida, as coisas podem mudar, afirma. Para Carlos Thadeu, o grande desafio está reservado para o ano que vem: “em 2007, não vamos contar mais com a âncora cambial, os preços administrados não vão subir tanto quanto no ano passado, mas também podem não ficar tão bem como estão agora. Tudo vai depender de como as coisas evoluírem ao longo de 2006” Istvan Kasznar O professor Istvan Kasznar analisou a visão do Fundo Monetário InACREFI ternacional sobre o Brasil, e chamou a atenção para o que classificou de marco histórico nas relações entre o País e o organismo internacional : a renúncia aos contratos com o Fundo, anunciada pelo governo brasileiro em dezembro passado, pagando com dois anos de antecedência a dívida contraída em 2002. Desse ponto de vista, salientou o professor, o governo atual está conseguindo criar políticas econômicas que estão engendrando uma evolução qualitativa para a estabilidade no médio e longo prazo. E, pela primeira vez, as decisões do governo brasileiro no âmbito macroeconômico estão encontrando grande repercussão internacional e começam a colocar o Brasil em um eixo inédito, no qual o País não se encontrava nos últimos cinqüenta e cinco anos. Para Istvan Kasznar, quando se analisam os dados macroeconômicos do País, alguns critérios são especialmente relevantes, como a inflação e balança de pagamentos: “Queremos uma inflação menor possível, mas sem artifícios, como os do passado, com congelamento de preços. E, de fato, a taxa vem despencado, desde 1993, 1994, para patamares aceitáveis”, diz e cita como exemplo a inflação norte-americana, próxima de 2%, 2,5% ao ano, como exemplo de que um País desenvolvido e, no caso, o mais rico do mundo,pode conviver com uma inflação positiva. “Da mesma forma” – prossegue ele – 7 “queremos encontrar um balanço de pagamentos equilibrado, superavitário e isso vem acontecendo, ao longo dos últimos dois governos. O saldo é crescente e as previsão para as exportações chegam a 125,9 bilhões de dólares, quando no ano passado chegavam 117,5 bilhões. O crescimento é bastante significativo, um recorde nacional sem precedentes”. Ao mesmo tempo, continua Kasznar, o Brasil está se abrindo ao exterior e percebendo o atraso que foi a política substitutiva de importações. Segundo ele, o País está percebendo que exportar mais está correlacionado com a atitude de importar mais, até porque exportando mais, cresce o produto interno bruto, gera -se mais empregos domésticos e cria -se competitividade. O aumento das exportações renderá ao País uma balança de transações correntes de 40,7 bilhões de dólares esse ano, o que significa uma confortável incorporação de reservas internacionais, provocando, como conseqüência, a redução da pressão cambial. Menos pressão cambial signifi ca também menor intensidade de micro-desvalorizações cambiais e maior possibilidade do Banco Central deixar a taxa de câmbio flutuando, portanto, de controlar a meta inflacionária. Trata-se, lembra Kasznar, do quarto ano seguido em que percebemos a evolução superavitária das contas externas, gerando palestra “Queremos uma inflação menor possível, mas sem artifícios, como os do passado, com congelamento de preços. E, de fato, a taxa vem despencando desde 1993 para patamares aceitáveis” Istvan Kasznar Carlos Thadeu de Freitas e Istvan Kasznar abordaram os temas “Política Monetária no Brasil: trajetória e perspectivas” e “Fundo Monetário Internacional” recursos significativos. Por tudo isso, conclui ele, o Brasil não teve dificuldade em pagar o FMI. O conselheiro econômico da Acrefi enfatizou ainda que o que se deseja é ver o PIB crescer, lembrando que há uma patinação nos números. Em 2004, o produto interno bruto foi de 4.9%, isso após a recessão do ano de 2003. Para combate-la foi necessário comprimir a inflação deixada pelo governo anterior: o IGP-I estava em 25,2 e o IPA em 32%. O cenário pedia uma política monetária ortodoxa. As taxas de juros altas reduziram a demanda em 2003 e fizeram com que seguissem em evolução. Em 2005, houve um crescimento tímido e em 2006, o PIB já está perto de 3,5%, o que é sufi ciente para configurar uma tendência. Embora o Brasil não tenha atingido ainda o grau de inves- timento, já e considerado capacitado para receber investimentos. Esta análise das agências de rating é corroborada pelo Fundo Monetário Internacional que enxerga o Brasil como nação confiável e que poderá trabalhar dentro do grupo formado por Rússia, Índia e China, sobretudo dentro dos últimos dois, três anos. Outros aspectos importantes a serem considerados são as análises das vinte e duas macrovariáveis, que apontam tendência de estabilização para os médio e longo prazos. Dessas, podemos ver que dezoito vão na direção do que queremos: reservas internacionais crescentes, taxas de juros reais decrescentes, disciplina fi scal elevada, aumento de todo o conjunto de exportações brasileiras. Entre as vinte e duas microvariáveis, aquelas que não deixando a desejar, na opinião de Kasznar, dizem res- peito ao desemprego, que no Brasil permanece muito elevado, taxas de juros real que é recorde mundial, capacidade ociosa em diversos setores, que merece ser retrabalhada e salários baixos. Mas, de uma maneira geral, as macrovariáveis mostram uma tendência positiva que dura mais de quatro anos e por sua série histórica, vemos que há uma coerência macroeconômica única, desde 1946 até agora. Todos esses fatores mostram ao FMI que o Brasil tem condições de andar com suas própria pernas. Anne Krueger, diretora do Fundo Monetário Internacional, em seu mais recente documento para a América Latina e Caribe, elogia o Brasil e fala que o País, tardiamente, concebe agora um modelo de abertura ao exterior e só tem a ganhar com isso ACREFI 9 inovação Consumo consciente do dinheiro e do crédito: muito além da educação financeira ARON BELINK, GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS DO INSTITUTO AKATU O que leva empresas privadas a colaborarem com a disseminação do consumo consciente? Além dos aspectos específicos que cada uma delas possa ter, acredito que há, pelo menos, um ponto em comum, que pode e deve motivar outras empresas a seguirem o mesmo caminho. É a percepção de que no mundo globalizado e na era das comunicações, o grau de conhecimento e de troca de informação entre consumidores será cada vez maior e mais decisivo para a sobrevivência das empresas e de suas marcas. A reputação (“o que falam de mim quando não estou por perto”) valerá muito mais que a autopromoção (“a imagem que tentamos projetar através da publicidade e de outras formas de comunicação social”). A consciência dos consumidores e o intercâmbio de informações já são uma realidade emergente. Quem melhor e mais rápido souber compreendê-la, mais chances terá. Como demonstram várias pesquisas, o compromisso das empresas com a responsabilidade social é um fator-chave e de importância crescente para sua reputação. Investir na promoção da consciência dos consumidores é a aposta corajosa dos que terão sucesso neste novo cenário. A consciência dos consumidores já é uma realidade emergente Mas o que tem a ver o consumo consciente do dinheiro e do crédito com a responsabilidade social das empresas? Ou em outras palavras, qual o relacionamento entre educação financeira e sustentabilidade socioambiental? Recursos limitados: o desafio da sustentabilidade Em abril de 1961, quando pela primeira vez uma pessoa avistou a Terra do espaço, tivemos a noção exata de uma realidade inescapável: todos nós, seres humanos, habitamos um pequeno planeta azul, sozinho na imensidão do universo. A visão desta realidade mostrou, definitivamente, que dispomos de recursos limitados para garantir nossa sobrevivência e a de nossos descendentes. Nesta época, a humanidade resumia-se a 3 bilhões de pessoas. O valor total dos bens e serviços produzidos em todo o mundo era de aproximadamente U$ 5 trilhões (em valores de hoje, já considerada a inflação). A combinação de 10 estilo de vida, população e tecnologia resultava em um consumo de aproximadamente 50% dos recursos naturais que o planeta pode oferecer (segundo metodologia da “pegada ecológica”, disponível em http://www.myfootprint.org /). Hoje, apenas 45 anos depois, os dados são alarmantes: a população mais do que dobrou (6,6 bilhões, segundo as últimas estimativas). O consumo de bens e serviços quadruplicou, chegando a U$ 20 trilhões, no ano 2000. Como resultado, consumimos atualmente recursos 20% além do que o planeta é capaz de renovar. É como se estivéssemos sacando da poupança para pagar as despesas do mês, ou simplesmente usando o cheque especial... As conseqüências disso são conhecidas: dilapidação do patrimônio, comprometimento do futuro, incapacidade de manter o padrão de vida desejado, ou mesmo de sobreviver. É preciso reverter com urgência esta situação, seja pelas melhorias tecnológicas, seja pela educação e controle da natalidade, seja pela mudança nos padrões de consumo. Vários caminhos de aproximação A noção de sustentabilidade – que expus acima – é um dos caminhos pelos quais o consumo consciente se conecta à educação finanFINANCEIRO ceira: em ambos os casos, tratamos do uso de recursos limitados, quer de uso individual (dinheiro e crédito), quer de uso coletivo (planeta e sociedade). Além desse, existem vários outros caminhos pelos quais o consumo consciente estende o alcance da educação financeira. O segundo deles nasce da busca pelo equilíbrio : o balanceamento entre desejos e benefícios imediatos e as possibilidades de sua satisfação, frente à necessidade de manutenção de uma viabilidade futura para o estilo de vida desejado. Um terceiro caminho é o da auto-realização. Tanto na educação financeira quanto no consumo consciente existe uma concepção de felicidade, que geralmente não é explicitada, mas que é fundamental, uma vez que condiciona todas as demais decisões. Finalmente, um quarto caminho começa no reconhecimento de que vivemos todos num mundo sistêmico e interdependente, onde os efeitos das ações de cada indivíduo afetam todo o conjunto e, através desse, retornam ao próprio indivíduo. Há ainda um quinto caminho, derivado desta noção de interdependência. É o caminho que leva ao protagonismo do consumidor consciente. O caminho pelo qual cada um de nós, consumidores, percebe o poder que têm nossas decisões cotidianas, e a partir do qual passamos a usá-las, de modo consciente e deliberado, na construção de um mundo melhor. O consumidor consciente em ação No contato entre consumidores e empresas financeiras ou mercantis, as possibilidades de exercício da cidadania através do uso consciente do dinheiro são inúmeras. Enquanto tomador de recursos (buscando empréstimos) o consumidor tem a possibilidade de negociar e, na grande maioria dos casos, até mesmo deixar de tomar o empréstimo, se as taxas e condições não lhe forem convenientes. Além de pesquisar o mercado e buscar fontes alternativas, um consumidor que saiba controlar sua ansiedade em satisfazer os desejos de compra, poderá até mesmo sair da posição de devedor e passar para a posição de investidor: basta aplicar o valor das prestações, para comprar o mesmo bem com muito menos dinheiro (a diferença entre os juros que pagaria e os juros que recebeu, sem contar com algum desconto pelo pagamento à vista...) Seguindo como investidor, um consumidor consciente pode escolher fundos de investimento ou bancos que tenham um compromisso com a responsabilidade social, ou seja, que se comprometam a apenas investir o dinheiro de seus clientes em empresas e negócios que não sejam prejudiciais ao meio ambiente ou à sociedade, e que promovam ganhos para todos os públicos com que se relacionem. Finalmente, mesmo quando se tratar de compras e vendas à vista, o consumidor ainda tem muito poder, pois também poderá escolher as empresas que demonstram maior compromisso com a respon- O consumidor pode passar de devedor para investidor sabilidade social, ou que tenham projetos de investimento social ou ambiental afinados com as prioridades defendidas por ele. Pode também rejeitar produtos de empresas com cujos procedimentos e atitudes não concorde. Pesquisas recentes do Akatu (2005) mostram que dentre os 43% de consumidores mais conscientes, já há uma grande tendência para incentivar empresas que agem de modo correto, assim como para punir aquelas que agem de forma condenável, segundo seu ponto de vista. Para se ter uma idéia, aproximadamente 39% dos consumidores declararam ter tomado atitudes para apoiar empresas cujas ações aprovaram, enquanto um grupo em torno de 30% declarou ter agido com a finalidade de punir empresas cujas ações condenavam. Como disse no início, cada vez mais o sucesso das empresas dependerá da reputação que têm junto aos consumidores. Os dados acima mostram que isto já está acontecendo, e que a educação financeira unida ao consumo consciente nos levará cada vez mais rápido nesta direção. Bom para todos nós, bom para nossos filhos, e bom para as empresas que caminham junto ao consumidor consciente Flávio Roberto Guarnieri indicadores O índice de desenvolvimento social e humano no Brasil PROF. ISTVAN KASZNAR PhD, CONSELHEIRO ECONÔMICO DA ACREFI Já faz bem um quarto de século desenvolvimento, o estado de satisfaque economistas incomodados com ção e de bem-estar, e a tendência de a mania mundial em criar-se ranking capacitação estratégica de longo prazo para tudo decidiram depor do seu de uma comunidade. pódio o Produto Interno Bruto - PIB, Contudo, pelo menos, o IDH districomo o melhor indicador da pujança, bui por mais variáveis o peso analítico da riqueza, da geração de renda e do que se há de dar, para determinar com bem estar de uma nação. maior acuidade se uma nação desenNão se trata de relegar o PIB ao volve-se mesmo, ou não. segundo plano, ou de condená-lo ao Em sua estrutura, destaca-se a esquecimento. Pelo contrário, trata-se expectativa de vida, a taxa de alfabetide “dar a César o que zação e o PIB per capita é de César”, isto é, conde uma população. E ceder a uma variável o bom senso prevalece O IDH amplia a macroeconômica o seu quando se interpretam devido peso. E uma variindividual e conjuntaanálise das ável apenas não mede mente estas variáveis: caracterizações de quanto maiores forem adequadamente o bem estar, a qualidade de uma comunidade a expectativa de vida, a vida, o progresso comualfabetização e a renda nitário e a evolução que por habitante, tanto se espera acontecer melhor será, pois ao numa comunidade. menos, supostamente, Por estas razões, ao dirigirem-se vivendo mais tempo as pessoas extraias análises comparativas entre países, rão mais prazer e satisfação do ato de regiões, unidades estaduais, municíviver. Elas terão alcançado idade mais pios e afins para a consideração do IDH avançada porque o sistema de saúde, - Índice de Desenvolvimento Humano, de previdência e de assistência do País elas o fazem por uma medida de bom terá sido mais eficiente. Com maior senso, de percepção de que é preciso alfabetização, as rendas das pessoas atrelar mais macro-variáveis relevanterão crescido, aumentadas; o nível tes, umas às outras, e porque mais varigeral de informação será mais alto, peráveis explicam melhor, obviamente, o mitindo pelo aculturamento que as infenômeno desenvolvimentista ou proformações públicas e privadas se dissegressista que se deseja mensurar. Ou minem melhor, em benefício de todos. ainda, passam a sinalizar melhor as falE com maior renda per capita, o poder tas, as falhas e as carências de uma socomprista sobe, a capacidade de pouciedade e de sua economia. par e logo de investir cresce, e isto Em si, o IDH é um indicador simples. movimenta mais a economia domésComposto por três variáveis e combitica, deixando as pessoas físicas mais nando-as, não representam a palavra capacitadas ao prazer de consumir bens final para a determinação do grau de e serviços. 12 Assim, no lugar de colocar todos os ovos na mesma cesta, o IDH amplia a análise das caracterizações de uma comunidade, utilizando três indicadores poderosos, que fornecem informações múltiplas de forma direta – número de anos; percentual de alfabetizados; renda por cidadão – e indireta, como o estado sanitário, a situação da saúde e da educação, entre outros. No caso do PIB, é comum declarar-se que ele cresce e disso se pavoneiam as autoridades estabelecidas. Contudo, o PIB no mundo real pode apresentar características importantes, que uma única variável não espelha a contento. Entre estes problemas, encontra-se a da distribuição de renda. Se o Brasil tem, faz 25 anos infelizmente, uma das 5 piores distribuições de renda, segundo o Banco Mundial, mesmo que ela cresça, o poder econômico e a riqueza se arqui-concentram nas mãos e nos bolsos de alguns poucos. Daí decorre que uma elevação de longo prazo da renda não espelha necessariamente maior bem estar da população. É preciso estudar a renda dos excluídos e dos incluídos, criando medidas para inserir 100% da população numa economia liberal, pautada nos preceitos do bemestar máximo, seguindo os conceitos do filósofo e pensador econômico britânico John Stuart Mill. No que diz respeito ao Brasil, a evolução de seu IDH mostra uma inequívoca melhora consistente e firme de longo prazo. Conforme mostra o quadro a seguir, em 1975 o Brasil registrava um IDH de 0,645 e em 2003 este alcançou 0,792. Estudos recentes projetaram a taxa de 2005 para 0,801, FINANCEIRO sustentando esta melhoria. Esta melhoria é alvissareira, geradora de conforto parcial, todavia no mundo das relatividades, insuficiente. O Brasil situa-se na 63ª posição pelo IDH, portanto no pelotão dos países emergentes e socialmente problemáticos. Ele ainda tem inúmeras posições a galgar, para alcançar os padrões suíços, finlandeses e norte-americanos, que se encontram no campo do máximo bem estar. E, dado que isoladamente o PIB coloca o Brasil em 2005 em 13º lugar, pelo tamanho de sua produção econômica, nada mais natural que as autoridades queiram proclamar esta variável. Embora elas se esqueçam de lembrar que nos idos precoces dos anos 1980, a posição do Brasil era de 8º lugar pelo PIB. Fomos superados por numerosas nações. Espanha, China, Coréia e México crescem com vigor, dinamismo, bom senso e habilidade sócio-empresarial, algo de que carecemos numa vizinhança de estado burocrático, cerceador e ideologizado. Ao analisarem-se os dados do primeiro quadro, observa-se que a expectativa de vida do brasileiro aumentou sensivelmente, de 59,5 anos em 1970/1975, para 70,3 anos em 2000/2005. Ou seja, um brasileiro médio, padrão, do ano 2005, viveu em média 10,8 anos a mais que seu compatriota de 1975. Em 30 anos, ganhou-se quase 11 anos a mais para viver, o que é extraordinário e digno de ser festejado. A taxa de mortalidade brasileira está despencando aceleradamente. Este é um bom indicador a associar com expectativa de vida, mostra o que sucede com os recém chegados. Caiu de 95 infantes para cada 1000 nascidos em 1970, para 33 em 2003. Enquanto conquista e trato que reflete a melhoria do sistema hospitalar, da saúde e do trato à maternidade (muito embora no setor público os hospitais, as internações e os tratos médicos estejam em calamitoso estado de petição de miséria), certamente, esta é uma conquista memorável. O senão é que a Suécia tem um índice de 3 falecidos entre 1000 infantes, logo a mortalidade brasileira ainda é 11 vezes maior que a registrada no país que é recordista mundial em saúde infantil. ACREFI 10% brasileiros mais ricos, o que prova A taxa de alfabetização pulou de um estado de concentração de renda 61,2% em 1950, para 88,4% em 2003. E radical e absurdo. Segundo, note-se Fernando Henrique Cardoso encerrara mediante o segundo quadro que o brilhantemente sua presidência mosBrasil, país multirracial por excelência, trando à nação que em 2002, 98,93% apresenta a renda concentrada nos das crianças em idade escolar estavam brancos enquanto os afro-descendende fato nas escolas. Ademais, as taxas tes vivem na penúria. de matrícula no ensino fundamental Considerando-se o IDH dos negros, saltaram de 86% em 1990, para 97% aqueles que moram no em 2003, indicando que estado de São Paulo a escolarização é um A taxa de levam um nível de vida fato consumado no Braparecido ao da Tailânsil. Resta a saber se as mortalidade dia, e aqueles em númecrianças estão de fato brasileira está ro maciço que moram aprendendo e vão à na Bahia, no Rio Grande escola pelo aprendizado despencando do Norte e em Sergipe ou pela merenda. aceleradamente vivem igual aos que O PIB per capita do sofrem penúrias na brasileiro foi de US$ Mongólia. 2.005,00 em 1980. No Por outro lado, os brancos moradoano de 2003 atingiu os US$ 7.770,00, res do Distrito Federal se equiparam a bem abaixo dos EUA, com US$ um nível de vida de República Tcheca; 36.847,00 aproximadamente. Em que os cariocas e fluminenses moram tal e pese a péssima distribuição de renda, qual nossos irmãos argentinos; os pauriqueza e capacidade de poder aquilistas se equiparam aos cidadãos da sitivo entre a população, esta renda progressista Hungria e os catarinenses crescente também indica uma melholevam um padrão de tigre da América ria nas bases da formação do consumo Latina, similar ao do Chile. Mais ainda, e da poupança. há locais de altíssimo nível de vida, Como o IDH permite a confecção especialmente em Mato Grosso e Minas de cálculos, sua expressão final corGerais, que se assemelham ao rico e responde a uma “nota”, que quanto petrolífero Kuwait; e Tocantins, assemaior, melhor classifica um país. Uma melhado à afluente Arábia Saudita. nota 1 por variável ou de modo comO Piauí, unidade federativa mais binado, denota máxima pontuação e pobre do Brasil, não discrimina a situação excelente. Quando a nota pobreza entre raças. Os pretos vivem tende a zero, o quadro é ruim, calamisimilarmente à pequena, remota e simtoso e inspira medidas que promovam pática ilha de São Tomé e Porto Príno bem estar. cipe, enquanto os brancos lembram o Relativizadas em face das outras Quirguistão. nações, as pontuações do IDH hão Os afro-descendentes brasileiros se de crescer ao longo do tempo, para equiparam no IDH a El Salvador, heróico espelharem melhoria. O Brasil alcanpaís que sofreu profundos problemas çou segundo o Relatório de Desensóciopolíticos nos últimos decênios. Envolvimento Humano - 2005, publicado quanto isso, os brancos vivem num pela ONU, notas de 0,76 na expectapadrão de Costa Rica. tiva de vida; 0,89 na educação; e 0,73 Por fim, estes quadros comprovam na renda per capita. que uma política social consistente, Isto mostra que o ponto mais fraco de longo prazo, atuante sobre a base do País é a formação, o valor e a distrida pirâmide de renda, é fundamental buição da renda. Necessita-se produpara a redução das desigualdades reizir mais, mediante uma política desennantes no País. Progresso e desenvolvivolvimentista, que aumente o poder mento só se conseguem quando inseaquisitivo do brasileiro. rem-se no projeto nacional todos os Neste particular, a distribuição de cidadãos e estes se sentem deveras renda é injusta em pelo menos dois donos do seu país, fazendo-o realgrandes aspectos. Primeiro, observe-se mente um país de todos que em 2005 auferiram 47% do PIB os 13 tendências Dívida cambial – o outro lado da moeda JOSÉ MÁRCIO CAMARGO, SÓCIO DA TENDÊNCIAS CONSULTORIA INTEGRADA Através da política do BC no mercado de câmbio, o país está comprando um seguro contra crises internacionais. E o fato de que somente países cujas moedas são pouco confiáveis emitem passivos denominados em moedas de outros países sugere que os benefícios desta política tendem a superar os custos. Diante do cenário internacional de elevada liquidez, o Banco Central brasileiro tem adotado uma política clara de reduzir o passivo do País em títulos indexados ao dólar, o que tem despertado crítica de diferentes analistas devido a seu elevado custo fi scal. Como o dólar está se desvalorizando em relação ao real, e a taxa de juros brasileira é muito elevada, ao trocar passivos denominados em dólar por outros denominados em reais, o Banco Central estaria aumentado o custo da dívida, além de não estar aproveitando a tendência de valorização do real frente à moeda norte-americana. Sem dúvida, no momento atual, o custo fi scal da operação de redução dos passivos cambiais é elevado. Dada a valorização da taxa de câmbio, se o País tivesse hoje a mesma proporção de dívida cambial no total da dívida pública que tinha em 2002, a relação dívida/PIB teria caído substancialmente e não permanecido constante ao longo de 2005. Por outro lado, ao comprar dólares à vista no mercado cambial, o BC tem que emitir títulos que pagam a Selic, que hoje está em 17,25% ao ano, e ao fazer “swaps reversos”, troca dívida que seria paga em dólares, que está se desvalorizando, por dívida que será paga em reais, que está se valorizando. A crítica, apesar de correta do ponto de vista estatístico, deixa de considerar alguns aspectos importantes da operação que podem O custo fiscal da operação de redução dos passivos cambiais é elevado torná-la extremamente positiva para o País no futuro. Em primeiro lugar, é sempre parte da função objetiva do Banco Central tornar o Brasil o menos vulnerável possível a surpresas causadas por eventos que não são controláveis pelas decisões de política econômica adotadas pelo País. Isolar o Brasil da economia internacional é impossível e não desejável. Entretanto, a inserção internacional de um país se dá em duas esferas, a comercial e a financeira. No caso do Brasil, nossa inserção financeira sempre foi excessivamente elevada, dada nossa inserção comercial. O Brasil tem um dos menores fluxos de comércio externo, como proporção do PIB e, por outro lado, tem uma das maiores dívidas externas entre os países emergentes. Isto significa que, como o governo brasileiro tem suas receitas em reais e não emite dólares, diante de um choque financeiro externo, todo o ajuste tem que ser realizado via balança comercial. E, dada a pequena inserção comercial do País, o ajuste necessário na balança 14 comercial (aumento das exportações e redução das importações) para manter as condições de solvência financeira é muito forte. Como este tipo de ajuste exige, muitas vezes, queda do PIB, aumento do desemprego e inflação, o resultado desta baixa relação entre inserção comercial e financeira era (ou ainda é) que qualquer crise externa tinha (ou ainda tem) sérias conseqüências sobre o desempenho da economia brasileira. Este problema pode ter três soluções: aumentar a inserção comercial, reduzir a inserção financeira ou fazer as duas coisas ao mesmo tempo. O Brasil adotou a terceira estratégia. Por um lado, nos últimos quatro anos, a relação entre o fl uxo de comércio internacional (exportações mais importações) e o PIB passou de cerca de 20% para 30%, um aumento de 50%. Este aumento é o resultado do crescimento da economia mundial, da entrada da China no cenário econômico internacional (o que favorece o Brasil, na medida em que a China demanda produtos intensivos em recursos naturais e Brasil tem vantagem comparativa exatamente na produção destes bens) e de políticas adotadas internamente nos últimos 15 anos (privatizações, abertura da economia, diplomacia comercial, etc.) e que estão fazendo seus efeitos no presente. Por outro lado, o BC tem aproveitado a enorme liquidez internaFINANCEIRO cional gerada pelo défi cit em conta corrente dos Estados Unidos e pelas baixas taxas de juros externas, para reduzir a exposição do País a títulos denominados em moedas estrangeiras, inclusive o dólar. Ou seja, dado o atual nível de exposição da dívida pública brasileira a variações cambiais, se a economia internacional tiver hoje crises similares às que ocorreram no período entre 1997 e 2002, os reflexos sobre a economia brasileira seriam muito menores do que os que o País viveu naquela época. Em outras palavras, através desta política, o Brasil está comprando um seguro contra crises internacionais. Além de comprar um seguro contra crises internacionais, a estratégia do BC tem outras conseqüências positivas, de difícil mensuração. Primeiro, a própria redução do passivo em moeda estrangeira gera queda do prêmio de risco e, portanto, das taxas de juros pagas pelo governo em suas O Brasil está comprando um seguro contra crises internacionais emissões externas. Ou seja, o processo se auto-alimenta. Como não sabemos quanto da queda do prêmio de risco se deve à excessiva liquidez internacional e quanto se deve à redução dos passivos em moeda estrangeira, a evolução da relação dívida/PIB caso esta redução não tivesse ocorrido não é fácil de prever. O segundo aspecto, e que não tem sido levado em devida consideração, é que a queda do prêmio de risco-País reduz as taxas de juros e alonga os prazos dos empréstimos tomados por empresas privadas brasileiras no exterior, o que signifi ca uma externalidade positiva importante para o setor privado da economia. O alongamento dos prazos e a redução dos juros poderão ter importante efeito sobre a taxa de investimento do setor privado da economia brasileira e, portanto, sobre a taxa de crescimento sustentável da economia. Para um País no qual a oferta de crédito de longo prazo é extremamente escassa, esta não é uma externalidade que possa ser desprezada. Sem dúvida, pode-se argumentar que o custo do seguro não compensa as vantagens da política adotada. Entretanto, esta é uma avaliação um pouco mais difícil de ser feita e, nem de longe, é mencionada pelos críticos. E o fato de que somente países cujas moedas são pouco confiáveis emitem passivos denominados em moedas de outros países sugere que os benefícios tendem a superar os custos ([email protected]) Nossos parceiros Associação Brasileira de Bancos Associação Brasileira de Bancos Internacionais Associação Comercial de São Paulo CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação Federação Brasileira de Bancos Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores Fundação Instituto de Administração Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização Fundação Getulio Vargas Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo - IBEF SP INEPAD - Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração MB Associados Serasa S.A. Tendências Consultoria Integrada ACREFI - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO Fundada em 1958 indústria Flávio Roberto Guarnieri O setor automobilístico TEREZA MARIA FERNANDEZ DIAS DA SILVA, SÓCIA DA MB ASSOCIADOS O ano de 2005 encerrou com crescimento importante para a indústria automobilística. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Automóveis (Anfavea), a produção de veículos cresceu 10,7%, atingindo 2,45 milhões de unidades. Nessa estatística não estão incluídas máquinas agrícolas cujo desempenho, em produção, foi 23,8% inferior à 2004, com a produção de 52,9 mil unidades. No mercado interno, segundo dados divulgados pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores - Fenabrave, o crescimento foi de 8,6%, (sem vendas de motocicletas), com a comercialização de 1,7 milhão de unidades. O mercado de motocicletas cresceu 14,6%, mantendo o ritmo dos últimos 5 anos. Em relação às exportações, as notícias também foram bastantes positivas, com crescimento de 26%, em unidades. Ônibus e caminhões apresentaram uma expansão em torno de 46%. Em dólares, as exportações cresceram 34% quando comparadas com 2004. Se somarmos as vendas externas de máquinas agrícolas atingimos um valor exportado de US$ 11,2 bilhões de reais, 33% acima do ano passado (US$8,4bilhões). Seguindo a tendência de 2005, o resultado de janeiro deste ano impressionou. As vendas de auto- Gráfico I - Setor automobilístico Vendas totais em unidades móveis e comerciais leves no mercado interno só perdem para o mês de janeiro de 1997, considerado o ano de ouro do setor no Brasil. Naquele ano foram comercializados 145,1 mil unidades contra 125,8 mil unidades em 2006. A produção cresceu 20,5% quando comparamos jan/2006 com jan/2005 enquanto as exportações evoluíram 16,8% (em dólares). O setor segue, portanto, bastante animado. Para 2006, a MB Associados está esperando um crescimento de 9,5% (em unidades) nas vendas agregadas do setor no mercado interno 16 (Gráfico I), e ainda uma expansão de 7% nas exportações. Muitas montadoras estão conseguindo negociar a valorização do real no preço do veículo exportado, possibilitando este aumento de exportações ainda em 2006. Outra mudança importante no setor está associada à sua rentabilidade. Perdendo margem desde 1995, somente no ano passado as montadoras conseguiram inverter suavemente esta curva, através do repasse de preços de alguns insumos. (Gráfico II). Apesar do crescimento da proFINANCEIRO Gráfico II - Automóveis e seus insumos variação do preço médio anual dução, o grande desafio da indústria automobilística no Brasil ainda não foi vencido. Após os grandes investimentos da década de 90, o setor parou de ampliar a capacidade produtiva, visto que ainda existe ociosidade nessa indústria, e desacelerou fortemente investimentos em melhoria tecnológica e no desenvolvimento de novos produtos, fatores indispensáveis para que o Brasil siga sendo uma pla- O grande desafio da indústria automobilística no Brasil ainda não foi vencido taforma importante de exportações no médio prazo. Trazer investimentos implica avançar na diminuição do chamado custo-Brasil (infraestrutura, revisão da carga tributária, mudanças nas leis trabalhistas, entre outros), para que possamos compensar parte da valorização recente do câmbio e tenhamos condições de competir com outros países em termos de atração de capitais, principalmente a China. O desfecho do acordo com a Argentina, que deve ser anunciado nos próximos dias, é aguardado com ansiedade pelo setor 9° SEMINÁRIO PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA RETROSPECTIVA E CENÁRIOS Realização 6 de abril de 2006 Renaissance São Paulo Hotel Tendências Consultoria Integrada Qual a agenda adequada para elevar o potencial de crescimento do País? Quais os cenários para as eleições presidenciais? Para onde caminhará o País após a sucessão? Informações: 0800 7744600 ou [email protected] Inscrições no site: tendencias.edf.com.br Patrocinadores Essas e outras perguntas serão respondidas por: Afonso Bevilaqua, Aloizio Mercadante, Antonio Barros de Castro, Armando Castelar Pinheiro, Arthur Virgílio, Edmar Bacha, Eduardo Bernini, Gustavo Loyola, José Márcio Camargo, Lucia Hippolito, Mailson da Nóbrega, Ricardo Paes de Barros e Tarcisio Gargioni. Mediador do evento: Paulo Henrique Amorim Encerramento: Geraldo Alckmin, Governador do Estado de São Paulo Apoio Fundada em 1958 artigo Indicadores econômicos e perspectivas em 2006 JUAN PEREZ - DIRETOR DE MERCADO E RELAÇÕES INSTITUCIONAIS DA SERASA Indicador PIB (var. %) IPCA (acum. Ano, em %) IGP-M (acum. Ano, em %) Câmbio (var. %) Crédito total (var. %) Crédito Pessoa Física (var. %) Crédito Pessoa Jurídica (var. %) Crédito - Indústria (var. %) Crédito - Comércio (var. %) Crédito - Serviços (var. %) 20061 2005 3,50 1 2,40 4,94 0,54 1,93 4,70 4,75 3,42 18,00 25,00 15,00 10,00 15,00 20,00 5,69 1,74 -11,82 21,47 38,32 16,51 10,83 17,74 24,61 7,60 12,42 -8,12 17,90 33,10 11,63 6,91 26,30 10,48 9,30 8,69 -18,23 8,39 15,24 2,98 0,86 8,28 3,46 12,53 25,30 52,27 13,75 5,48 14,95 17,06 9,06 15,06 2004 2003 2002 Fonte: IBGE, FGV e Banco Central. (1) Previsão. Os indicadores, de maneira geral, sugerem perspectivas positivas para a economia brasileira em 2006. Esses mesmos indicadores têm o potencial efeito de contribuir para expandir o crédito às pessoas físicas – que, neste ano, deve crescer cerca de 25%. Em primeiro lugar, existe a expectativa de que a economia mundial continue se expandindo a uma taxa acima de 4% ao ano – o que contribuirá para manter o superávit comercial em patamares elevados, na medida em que estimulará nossas exportações. Mesmo a recente valorização do real não tem dado sinais de que esteja comprometendo nossa capacidade exportadora. A perspectiva de queda da taxa de juros contribuirá para reduzir a pressão apreciativa da taxa de câmbio que só se manterá caso as exportações continuem vigorosas e/ou as perspectivas de risco-País reduzam-se drasticamente e mantenham-se em patamares baixos durante todo o ano. Em segundo lugar, há uma tímida melhora no mercado de trabalho brasileiro: as taxas de desemprego vêm caindo, e tanto a expansão dos postos de trabalho quanto o ligeiro aumento no rendimento médio real contribuem para aumentar a massa de salários e, conseqüentemente, a capacidade de pagamento das famílias. É verdade, no entanto, que o maior endividamento da população e o fato de que a massa de salários ainda se encontra em patamares inferiores à média de 2002 possam conter a velocidade de expansão do crédito do sistema financeiro às pessoas físicas. A manutenção do rigor na condução da política fiscal, ao reduzir a taxa de crescimento da dívida pública, redireciona recursos do sistema financeiro para empréstimos ao setor pri- Palestras na ACREFI vado, estimulando o crédito. A manutenção dessa política contribuiria para aumentar o volume de empréstimos do sistema financeiro. Mas é bom lembrar que estamos em ano eleitoral, e a sucessão presidencial pode motivar algum afrouxamento do rigor na execução orçamentária, o que também faria aumentar o risco-País e poderia interromper o processo de redução da taxa básica de juros. No entanto, não parece muito provável um descontrole na condução da política fiscal. As novas modalidades de crédito pessoal, como o crédito consignado ou para aquisição de bens, com maiores garantias para os credores, menores taxas e maiores prazos para os tomadores, começam a dar sinais de redução na velocidade de expansão. Os acordos entre as instituições financeiras e as grandes redes de varejo podem contribuir para dar fôlego novo a essas operações. No que se refere especificamente ao crédito consignado, alguns fatores, no entanto, poderão limitar sua velocidade de crescimento. São eles: a limitação de prazo para os empréstimos consignados aos aposentados; a saturação na demanda dos atuais demandantes; e a relativa limitação na expansão para novos demandantes, dada a baixa formalização do mercado de trabalho. Finalmente, e igualmente importante, contribuirá para a manutenção da expansão do crédito neste ano a disseminação de metodologias adequadas na concessão, processo no qual a Serasa tem desempenhado papel fundamental. Inscrições gratuitas: Leninha ([email protected]) ou Márcia ([email protected]) Telefone 11 3107-7177 21 de março de 2006 • Inovação na Era da Especialização Bancária Ailton Barberino do Nascimento Stefanini IT Solutions Roberto Ciccone Executivo da IBM na área de Business Consulting Services 25 de abril de 2006 • Mudança na Execução de Sentenças - Lei 11.232/05 Prof. Arruda Alvim APOIO Se m p re à s 8 n o a u h3 0 , d ACRE itório da FI , c a fé c o m d manh a ã Instituições bancárias atuando no comércio varejista Divulgação análise setorial PROF. DR. ALBERTO BORGES MATIAS, PRESIDENTE DO INEPAD - INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO á um fenômeno cada vez mais comum no mercado nacional ocorrendo, a parceria entre o comércio varejista e as instituições financeiras. É um fenômeno já comum também em outros países, como Reino Unido, Suécia, Austrália, EUA e Japão há pelo menos cinco anos, marcando o início de uma nova era na evolução de varejistas e bancos. A junção do comércio varejista com as instituições financeiras está acontecendo basicamente de duas maneiras no Brasil: uma é abrindo em sociedade (podendo variar a participação acionária, mas via de regra é 50% para cada sócio), uma financeira que terá da instituição bancária o capital e todo o know how das operações de crédito e da loja de varejo, a carteira de clientes. A outra maneira é a venda da carteira (exclusividade do financiamento) ou parte dela, da loja de varejo para a instituição financeira. A parceria entre as duas partes é uma tendência do mercado, pois até o momento as grandes lojas de varejo brasileiras já fecharam algum tipo de parceria com algum banco de varejo. Pode ser uma evidência de que será um caminho para melhorar a competitividade, conseqüentemente o consumidor final sairá ganhando, pois haverá melhora nos serviços oferecidos, bem como, redução das taxas cobradas, podendo até mesmo determinar a sobrevivência das lojas de varejo num mercado cada vez mais competitivo. A Lojas Americanas, por exemplo, fechou uma parceria com o Itaú de aproximadamente R$ 200 milhões. No acordo, o Itaú ficou com o direito de financiamento exclusivo da carteira de clientes das Lojas Americanas; outra parceria feita com sucesso pelo Itaú foi com a rede Pão de Açúcar. Na mesma tendência o Bradesco, outra grande instituição financeira, se aliou à Casas Bahia, ficando com o direito de financiar em torno de 50% das vendas. Recentemente o Bradesco fechou outras parcerias com as lojas Esplanadas e Otoch estendendo sua atuação no nordeste, agregando 2,3 milhões de clientes. Já o Unibanco, criou a Luiza Cred em sociedade com o Magazine Luiza, sendo que a financeira é responsável por toda a parte de financiamento da loja. O Unibanco também fechou uma parceria com o Wal Mart. A exemplo do que aconteceu no Brasil, ocorreu também no México, com a criação do Banco Azteca em 2002. O objetivo da criação do banco foi justamente a de financiar as vendas da rede varejista Elektra. Para a loja, a vantagem da venda da carteira ou de criar H 20 uma nova financeira é a de que consegue recursos para o seu giro, podendo investir em outras atividades e até mesmo na compra de novas mercadorias dando maior fôlego financeiro para a rede. O poder de barganha junto ao fornecedor dependendo do caso pode aumentar, pois com praticamente todo o recurso da mercadoria vendida conseguirá uma melhor negociação nas compras. Sem contar, que a loja poderá aumentar suas receitas financeiras, aplicando os recursos disponíveis ou participando dos resultados da financeira. A loja conseguirá também um estreitamento no relacionamento com seus clientes, possibilitando conhecêlos melhor, de tal forma que possibilite oferecer melhores produtos e promoções mais customizados, atendendo as novas aspirações dos clientes cada vez mais exigentes em termos de serviços e soluções. Da parte da instituição financeira, o ganho ficará na extensão de atendimento que conseguirá para possíveis novos clientes com um menor custo, ou seja, conseguirá atingir um nicho de mercado sem precisar necessariamente abrir uma nova agência com altos custos operacionais e administrativos. Poderá instalar um pequeno espaço dentro da própria loja, oferecendo não apenas o financiamento das mercadorias vendidas pela loja, mas também outros serviços da instituição financeira, como: abertura de conta corrente com limite de cheque especial (ganhando com as taxas de juros relativamente altas em si comparando com as demais taxas dos outros serviços), cartão de crédito, seguros, fundos de investimentos, dentre outros. Além disso, conseguirá movimentar mais recursos nas operações de crédito, seu principal propósito. Dessa forma, a parceria efetuada entre bancos e varejo irá aumentar a competitividade no mercado financeiro, mais precisamente no mercado de crédito, e que juntamente com as tendências macroeconômicas de queda da taxa de juro base, poderá incentivar uma queda nas taxas de juros cobrada do consumidor final. Com a competitividade mais acirrada, as taxas de juros cobradas diminuindo, bem como os serviços melhorando, o mercado de crédito poderá sofrer uma expansão, já que possui capacidade para isto, visto que, o mercado de crédito brasileiro frente ao PIB ainda é relativamente baixo se comparado com outros países. Colaborou o Analista Financeiro Edson Vicente Carminatti Jr. FINANCEIRO Nenhum município paulista sem biblioteca. A ACREFI apóia essa idéia. A Acrefi firmou parceria com a Secretaria de Estado da Cultura do governo do Estado de São Paulo, passando a integrar o Programa São Paulo: Um Estado de Leitores. Trata-se de uma política estadual para o incentivo à leitura, lançada em 2003, com forte ação nos municípios sem biblioteca. Em conjunto com prefeituras aliadas a padrinhos (pessoas físicas, ONGS e empresas públicas e privadas), o programa tem por principal objetivo zerar o déficit desses municipios. Até maio de 2005, 84 bibliotecas foram inauguradas. O programa tem sido um sucesso e, desde o início, já foram adotadas bibliotecas com a participação de 60 empresas, escolas e pessoas físicas. Agora, o objetivo é buscar o apoio de mais empresas para apadrinharem a abertura e revitalização de novas bibliotecas, para que possamos ser o primeiro estado brasileiro com bibliotecas em todos os municípios. Temos certeza de que você, associado ou parceiro, também vai apoiar. Para saber como, entre em contato pelo telefone 11 3107 7177. Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento São Paulo Um e s t a d o d e l e i t o r e s Fundada em 1958 artigo País maduro Luiz Carlos Casagrande As eleições presidenciais estão chegando e não existe qualquer indício de que viveremos, esse ano, nada semelhante ao que ocorreu em 2002, quando o País mergulhou numa crise de confiança sem precedentes. Na época, o medo da provável chegada de um governo de esquerda ao poder era grande. Haveria ruptura de contratos? Seria um governo populista? Enfim, Lula iria governar o Brasil para todos os brasileiros ou para uma meia dúzia de “companheiros”? Áquela altura, não tínhamos ciência de que o Brasil já havia avançado muito. Principalmente nos campos econômico e institucional. Era pouco provável que Lula ou qualquer outro candidato que chegasse ao Palácio do Planalto fizesse do Brasil o que, por exemplo, Hugo Chavez está fazendo da Venezuela. Mas o fato é que os indicadores econômicos sofreram reveses fabulosos no transcorrer de 2002. Estivemos à beira de um colapso da dívida pública e não dispúnhamos mais de linha de crédito lá fora. Nem a famosa Carta aos Brasileiros, formulada pelo PT, acalmou os mercados àquela altura. O ano de 2002 foi um dos mais difíceis de nossa história recente e já vínhamos de um dificílimo 2001, com a lamentável crise de energia no Brasil e um 11 de Setembro nos Estados Unidos que mexeu com os alicerces do mundo. Pois bem, duas semanas antes do primeiro purno da eleição presiden- JOSÉ ARTHUR ASSUNÇÃO, VICE-PRESIDENTE DA ACREFI E DIRETOR DA ASB FINANCEIRA cial, o risco-Brasil bateu a marca dos 2500 pontos. Naquele momento, eu pensei que o País tivesse entrado mesmo no olho do furacão. Mas Foi dali que renasceu das cinzas. Sempre que fazíamos uma avaliação criteriosa, os fundamentos da economia se mostravam estáveis. Tanto que o Fundo Monetário Internacional (FMI) nos deu um senhor aval, ao nos emprestar US$ 30 bilhões. 2006 Estamos a oito meses de mais uma eleição presidencial. Nesses anos em que Lula governou o País é inegável que houve muitos avanços: na democracia, na economia, na consolidação das instituições. Não me interessam aqui posicionamentos partidários nem mesmo se Lula sabia ou não das falcatruas do tesoureiro do PT. Estou falando de avanços. Todos, principalmente os agentes econômicos, temiam que a esquerda no poder fosse trazer atraso. Mas, ao contrário, o Brasil avança. E olha que, durante esse mesmo governo, teve início uma crise política que parece não ter fim. Na qual o grande alvo foi o partido do Governo. Mesmo assim, não houve perda de governabilidade em nenhum momento e o País segue avançando. Às vezes menos do que deveria e do que poderia, mas avança. Temos hoje uma conjuntura partidária que permite visualizar um quadro sucessório bastante estável. Pelo 22 que tudo indica a eleição ficará novamente polarizada entre PT e PSDB e pelos mesmíssimos candidatos do pleito anterior: respectivamente, Lula e José Serra. Poderá existir uma terceira via, o PMDB, com Garotinho ou mesmo com Germano Rigotto, mas que não deverá promover grandes surpresas. Resultado: nada vai mudar na economia. Os especuladores vão ter que ser muito mais criativos se quiserem botar fogo outra vez no País. Não parece que vá haver mudanças significativas na percepção de risco do País, que hoje é o mais baixo de todos os tempos, beirando os 229 pontos. E tem gente assegurando que em pouquíssimo tempo seremos investment grade. O Brasil já viveu ditaduras, hiperinflações reincidentes, um grande confisco de poupança, crises cambiais, apagão, crise de confiança e, por fim, uma crise política sem precedentes. Mesmo assim, o País está seguindo a passos largos para a consolidação de sua democracia e de sua economia em níveis de Primeiro Mundo, nas próximas décadas. Muito há de ser feito ainda pelo atual presidente, pelo próximo que vier, seja Lula ou não e pelos outros tantos que governarão esse país. Mas uma coisa é certa: basta trabalhar sério, com afinco, que o Brasil vai continuar dando grandes saltos. E quem apostar as fichas em crise este ano, por conta das eleições, vai perder dinheiro FINANCEIRO banco de dados por INEPAD TAXAS MÉDIAS GERAL DATA Aplicações % a.a. Var. p.p. Captações % a.a. Var. p.p. Spread % p.p. Var. p.p. jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 46,2 46,4 46,7 47,1 47,8 47,3 47,2 47,4 48,1 48,2 47,1 45,9 46,1 1,6 0,2 0,3 0,4 0,7 -0,5 -0,1 0,2 0,7 0,1 -1,1 -1,2 0,2 18,3 18,8 19,0 19,4 19,4 19,2 19,0 18,9 18,7 18,4 17,7 17,1 16,5 0,5 0,5 0,2 0,4 0,0 -0,2 -0,2 -0,1 -0,2 -0,3 -0,7 -0,6 -0,6 27,9 27,6 27,7 27,7 28,4 28,1 28,2 28,5 29,4 29,8 29,4 28,8 29,6 1,1 -0,3 0,1 0,0 0,7 -0,3 0,1 0,3 0,9 0,4 -0,4 -0,6 0,8 Variação jan-jan -0,1 -1,8 1,7 Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD PESSOA FÍSICA DATA Aplicações % a.a. Var. p.p. Captações % a.a. Var. p.p. Spread % p.p. Var. p.p. jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 62,0 61,8 61,6 61,7 62,5 61,3 61,3 61,1 62,1 61,7 60,4 59,3 59,7 1,5 -0,2 -0,2 0,1 0,8 -1,2 0,0 -0,2 1,0 -0,4 -1,3 -1,1 0,4 18,2 18,6 18,7 19,1 18,9 18,4 18,2 18,2 18,0 17,8 17,2 16,5 16,1 0,6 0,4 0,1 0,4 -0,2 -0,5 -0,2 0,0 -0,2 -0,2 -0,6 -0,7 -0,4 45,2 45,4 45,3 45,4 43,6 42,9 43,1 42,9 44,1 43,9 43,2 42,8 43,6 2,3 0,2 -0,1 0,1 -1,8 -0,7 0,2 -0,2 1,2 -0,2 -0,7 -0,4 0,8 Variação jan-jan -2,3 -2,1 -1,6 Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD PESSOA JURÍDICA DATA Aplicações % a.a. Var. p.p. Captações % a.a. Var. p.p. Spread % p.p. Var. p.p. jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 32,2 32,4 32,9 33,3 33,7 33,4 33,0 33,2 33,3 33,4 32,4 31,7 31,3 1,2 0,2 0,5 0,4 0,4 -0,3 -0,4 0,2 0,1 0,1 -1,0 -0,7 -0,4 18,3 18,9 19,2 19,6 19,9 19,8 19,6 19,5 19,2 18,9 18,2 17,7 16,8 0,3 0,6 0,3 0,4 0,3 -0,1 -0,2 -0,1 -0,3 -0,3 -0,7 -0,5 -0,9 13,9 13,5 13,7 13,7 13,8 13,6 13,4 13,7 14,1 14,5 14,2 14,0 14,5 0,9 -0,4 0,2 0,0 0,1 -0,2 -0,2 0,3 0,4 0,4 -0,3 -0,2 0,5 Variação jan-jan -0,9 -1,5 Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD ACREFI 23 0,6 banco de dados por INEPAD SPREAD FINANCEIRO CRÉDITO PESSOA FÍSICA CRÉDITO PESSOAL Volume 50,0 Taxa Juros 70.000 71,50 65.000 71,00 40,0 60.000 70,50 35,0 55.000 45,0 SPREAD FINANCEIRO 30,0 70,00 69,50 50.000 69,00 45.000 25,0 68,50 40.000 68,00 20,0 35.000 Aplicação 67,50 30.000 jan/06 dez/05 nov/05 out/05 set/05 ago/05 jul/05 jun/05 mai/05 abr/05 mar/05 fev/05 jan/05 15,0 67,00 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan 05 05 05 05 05 05 05 05 05 05 05 05 06 Captação Volume Taxa de Juros Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD VOLUME DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - PESSOA FÍSICA - PREFIXADOS (R$ milhões) MÊS / ANO CHEQUE ESPECIAL VARIAÇÃO EM % CRÉDITO PESSOAL VARIAÇÃO EM % FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO VARIAÇÃO EM % CARTÃO DE CRÉDITO VARIAÇÃO EM % jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 10 567 11 071 11 502 11 550 12 044 11 790 11 647 12 265 12 297 12 509 12 527 10 974 12 224 7,82% 4,77% 3,89% 0,42% 4,28% -2,11% -1,22% 5,31% 0,26% 1,73% 0,15% -12,40% 11,39% 44 781 47 218 49 965 52 333 54 345 55 426 57 270 59 015 60 531 61 650 63 255 63 444 64 987 3,13% 5,44% 5,82% 4,74% 3,84% 1,99% 3,33% 3,05% 2,57% 1,85% 2,60% 0,30% 2,43% 1 076 1 072 1 057 1 047 1 053 1 049 1 028 1 037 948 947 947 956 909 -0,36% -0,42% -1,38% -0,97% 0,59% -0,42% -1,97% 0,83% -8,53% -0,08% -0,03% 0,95% -4,93% 8 711 9 440 9 231 9 942 10 051 10 196 10 512 10 687 11 211 11 495 11 774 11 260 11 472 6,14% 8,36% -2,21% 7,70% 1,10% 1,44% 3,10% 1,67% 4,90% 2,53% 2,43% -4,37% 1,89% Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD VOLUME DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - PESSOA FÍSICA - Prefixados/continuação (R$ milhões) AQUISIÇÃO MÊS / ANO jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 VEÍCULOS VARIAÇÃO EM % OUTROS VARIAÇÃO EM % TOTAL VARIAÇÃO EM % OUTROS VARIAÇÃO EM % TOTAL VARIAÇÃO EM % 38 855 39 340 40 221 40 958 41 795 42 723 43 636 45 044 46 218 47 406 48 935 50 685 52 057 2,07% 1,25% 2,24% 1,83% 2,04% 2,22% 2,14% 3,23% 2,61% 2,57% 3,23% 3,57% 2,71% 7 375 7 313 7 394 7 578 7 992 8 351 8 824 9 416 9 471 9 621 10 031 10 229 10 191 2,08% -0,83% 1,10% 2,48% 5,47% 4,50% 5,66% 6,71% 0,58% 1,59% 4,26% 1,98% -0,38% 46 230 46 653 47 615 48 535 49 787 51 074 52 460 54 460 55 689 57 027 58 966 60 914 62 247 2,08% 0,92% 2,06% 1,93% 2,58% 2,59% 2,71% 3,81% 2,26% 2,40% 3,40% 3,30% 2,19% 5 621 5 834 6 177 6 437 6 889 7 097 7 349 7 702 8 016 8 144 8 414 7 643 8 387 2,74% 3,78% 5,88% 4,21% 7,02% 3,02% 3,56% 4,79% 4,09% 1,59% 3,32% -9,17% 9,73% 116 987 121 288 125 547 129 844 134 169 136 632 140 266 145 166 148 692 151 773 155 884 155 190 160 226 3,28% 3,68% 3,51% 3,42% 3,33% 1,84% 2,66% 3,49% 2,43% 2,07% 2,71% -0,44% 3,24% Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD 24 FINANCEIRO VOLUME DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - CRÉDITO CONSIGNADO (R$) MÊS / ANO jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 Var. jan-jan CRÉDITO PESSOAL* 44.781 47.218 49.965 52.333 54.345 55.426 57.270 59.015 60.531 61.650 63.255 63.444 64.987 145,1% CONSIGNADO Públicos Privados Total Amostra** 16.277 17.557 19.159 20.594 22.008 22.701 24.024 25.301 26.239 26.972 27.677 28.422 29.104 2.671 2.786 2.920 3.109 3.297 3.453 3.651 3.840 4.070 4.202 4.291 3.983 4.055 18.948 20.343 22.080 23.703 25.305 26.154 27.675 29.141 30.309 31.173 31.968 32.405 33.159 175,0% 13.017 14.038 15.545 16.625 17.897 18.833 19.712 20.773 21.488 22.076 22.844 23.034 23.690 182,0% % Consignado*** Concentração Taxa de Juros %aa do Consignado Estimativa INEPAD Consignado Pessoal Diferença 42,3% 43,1% 44,2% 45,3% 46,6% 47,2% 48,3% 49,4% 50,1% 50,6% 50,5% 51,1% 51,0% 68,7% 69,0% 70,4% 70,1% 70,7% 72,0% 71,2% 71,3% 70,9% 70,8% 71,5% 71,1% 71,4% 104,0% 39,1% 38,9% 38,6% 38,4% 37,5% 37,5% 37,4% 37,2% 37,0% 37,2% 36,9% 36,4% 37,3% 71,2% 70,0% 68,7% 68,7% 69,9% 68,6% 69,4% 69,5% 70,6% 70,3% 68,7% 67,3% 86,0% 32,1% 30,9% 29,8% 30,1% 31,5% 31,1% 31,9% 32,1% 33,4% 33,4% 31,5% 30,4% 68,9% FONTE: INEPAD / BC * Inclui empréstimos realizados pelas cooperativas de crédito. ** Pesquisa com treze das maiores instituições que operam com crédito pessoal. *** Total consignado sobre o total de crédito pessoal. INADIMPLÊNCIA - OPERAÇÕES PREFIXADAS CRÉDITO PESSOAL (R$ mil) Mês/Ano Saldo sem atraso Com atraso de 15 a 30 dias % sobre Saldo da Carteira Com atraso de 31 a 90 dias % sobre Saldo da Carteira Com atraso maior que 90 dias % sobre Saldo da Carteira Saldo total CarteiraBrasil Variação em % jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 39.269.395 41.398.232 43.853.143 45.958.211 47.958.159 49.107.813 50.932.454 52.427.636 53.827.919 54.713.121 55.990.494 56.136.655 56.795.375 1.081.995 1.113.012 1.263.104 1.224.836 1.364.220 1.260.105 1.180.764 1.322.628 1.353.921 1.362.100 1.455.906 1.224.611 1.471.836 2,42% 2,36% 2,53% 2,34% 2,51% 2,27% 2,06% 2,24% 2,24% 2,21% 2,30% 1,93% 2,26% 1.220.396 1.349.410 1.427.796 1.421.446 1.432.355 1.494.652 1.485.848 1.528.370 1.558.238 1.690.157 1.748.058 1.642.233 1.722.360 2,73% 2,86% 2,86% 2,72% 2,64% 2,70% 2,59% 2,59% 2,57% 2,74% 2,76% 2,59% 2,65% 2.597.523 2.649.416 2.800.103 3.078.013 2.951.453 3.013.742 3.145.514 3.288.510 3.397.809 3.547.908 3.723.372 3.782.350 3.924.568 5,80% 5,61% 5,60% 5,88% 5,43% 5,44% 5,49% 5,57% 5,61% 5,75% 5,89% 5,96% 6,04% 44.781.159 47.218.466 49.965.156 52.332.903 54.344.976 55.426.011 57.270.000 59.015.306 60.531.439 61.650.256 63.254.734 63.443.780 64.986.849 3,13% 5,44% 5,82% 4,74% 3,84% 1,99% 3,33% 3,05% 2,57% 1,85% 2,60% 0,30% 2,43% Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD AQUISIÇÃO DE BENS - VEÍCULOS (R$ mil) Mês/Ano jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 Saldo Com atraso sem atraso de 15 a 30 dias 35.794.379 36.219.687 36.869.843 37.642.112 38.206.540 39.234.937 40.002.093 41.251.555 42.259.001 42.968.220 44.340.233 46.288.603 46.211.973 1.243.330 1.183.837 1.386.782 1.275.989 1.458.922 1.359.409 1.448.473 1.544.357 1.510.645 1.733.980 1.697.635 1.613.661 1.762.072 % sobre Saldo da Carteira Com atraso de 31 a 90 dias % sobre Saldo da Carteira Com atraso maior que 90 dias % sobre Saldo da Carteira Saldo total CarteiraBrasil Variação em % 3,20% 3,01% 3,45% 3,12% 3,49% 3,18% 3,32% 3,43% 3,27% 3,66% 3,47% 3,18% 3,38% 1.025.747 1.156.706 1.205.748 1.278.733 1.384.923 1.391.475 1.404.040 1.458.118 1.522.771 1.719.567 1.839.634 1.653.627 1.807.967 2,64% 2,94% 3,00% 3,12% 3,31% 3,26% 3,22% 3,24% 3,29% 3,63% 3,76% 3,26% 3,47% 788.925 776.871 756.356 758.170 741.774 733.856 776.692 783.591 917.115 974.016 1.046.108 1.115.317 1.199.981 2,03% 1,97% 1,88% 1,85% 1,77% 1,72% 1,78% 1,74% 1,98% 2,05% 2,14% 2,20% 2,31% 38.855.103 39.339.842 40.221.467 40.957.737 41.795.094 42.722.706 43.636.074 45.043.780 46.218.118 47.406.012 48.935.289 50.684.709 52.056.515 2,07% 1,25% 2,24% 1,83% 2,04% 2,22% 2,14% 3,23% 2,61% 2,57% 3,23% 3,57% 2,71% Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD ACREFI 25 banco de dados por INEPAD INADIMPLÊNCIA - OPERAÇÕES PREFIXADAS AQUISIÇÃO DE BENS - OUTROS (R$ mil) Mê s/Ano Saldo sem atraso Com atraso de 15 a 30 dias % sobre Saldo da Carteira Com atraso de 31 a 90 dias % sobre Saldo da Carteira Com atraso maior que 90 dias % sobre Saldo da Carteira Saldo total CarteiraBrasil Variação em % jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 6.147.604 5.990.515 5.948.868 6.107.852 6.445.620 6.790.933 7.190.986 7.699.456 7.790.947 7.837.518 8.165.263 8.457.452 7.446.713 323.728 325.200 364.990 357.857 375.047 359.584 372.685 424.811 369.647 394.773 389.994 334.255 345.320 4,39% 4,45% 4,94% 4,72% 4,69% 4,31% 4,22% 4,51% 3,90% 4,10% 3,89% 3,27% 3,39% 275.200 354.267 417.733 418.795 414.913 416.052 406.831 414.857 424.936 446.640 461.045 398.093 356.279 3,73% 4,84% 5,65% 5,53% 5,19% 4,98% 4,61% 4,41% 4,49% 4,64% 4,60% 3,89% 3,50% 618.340 633.331 652.454 683.148 745.969 774.531 830.585 865.811 873.070 928.949 986.686 1.003.506 852.798 8,38% 8,66% 8,82% 9,02% 9,33% 9,27% 9,41% 9,19% 9,22% 9,66% 9,84% 9,81% 8,37% 7.374.918 7.313.439 7.393.980 7.577.546 7.991.679 8.351.397 8.824.004 9.416.143 9.470.618 9.621.180 10.030.622 10.229.173 10.190.601 2,08% -0,83% 1,10% 2,48% 5,47% 4,50% 5,66% 6,71% 0,58% 1,59% 4,26% 1,98% -0,38% Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD INADIMPLÊNCIA - CRÉDITO PESSOAL - PREFIXADO Janeiro/2006 (em R$ mil) 20,7% Atraso de mais de 90 dias 3.924.568 INADIMPLÊNCIA - AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS - PREFIXADO Janeiro/2006 (em R$ mil) Atraso de 15 a 30 dias 1.471.836 Atraso de 31 a 90 dias 1.807.967 37,9% 55,1% 24,2% Atraso de 31 a 90 dias 1.722.360 36,9% 22,2% 54,9% Atraso de 15 a 30 dias 1.762.072 INADIMPLÊNCIA - OUTRAS OPERAÇÕES - PREFIXADO Janeiro/2006 (em R$ mil) Atraso de INADIMPLÊNCIA - AQUISIÇÃO OUTROS BENS - PREFIXADO Janeiro/2006 (em R$ mil) Atraso de mais de 90 dias 852.798 25,2% Atraso de mais de 90 dias 1.199.981 15 a 30 dias 291.463 Atraso de 15 a 30 dias 345.320 14,9% Atraso de mais de 90 dias 1.143.252 22,9% 58,4% Atraso de 31 a 90 dias 356.279 26,7% Atraso de 31 a 90 dias 522.083 OUTRAS OPERAÇÕES (R$ mil) Mê s/Ano Saldo sem atraso Com atraso de 15 a 30 dias % sobre Saldo da Carteira Com atraso de 31 a 90 dias % sobre Saldo da Carteira Com atraso maior que 90 dias % sobre Saldo da Carteira Saldo total CarteiraBrasil Variação em % jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 3.427.678 3.411.009 3.453.875 3.586.571 3.579.408 3.654.442 3.796.891 4.060.034 4.212.346 4.477.039 4.514.410 4.600.843 4.985.299 220.111 230.730 218.566 186.260 183.304 207.002 214.947 226.263 243.579 302.742 288.299 287.716 291.463 3,92% 3,96% 3,54% 2,89% 2,66% 2,92% 2,92% 2,94% 3,04% 3,72% 3,43% 3,76% 3,48% 319.305 384.060 383.012 348.687 338.569 356.159 381.234 417.153 446.176 501.179 650.275 842.357 522.083 5,68% 6,58% 6,20% 5,42% 4,91% 5,02% 5,19% 5,42% 5,57% 6,15% 7,73% 11,02% 6,23% 821.802 809.917 783.905 778.224 679.473 705.436 716.611 742.541 791.179 890.238 902.839 870.484 1.143.252 14,62% 13,88% 12,69% 12,09% 9,86% 9,94% 9,75% 9,64% 9,87% 10,93% 10,73% 11,39% 13,63% 5.621.076 5.833.611 6.176.684 6.436.891 6.888.526 7.096.557 7.349.412 7.701.548 8.016.385 8.143.922 8.413.988 7.642.768 8.386.525 2,74% 3,78% 5,88% 4,21% 7,02% 3,02% 3,56% 4,79% 4,09% 1,59% 3,32% -9,17% 9,73% Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD 26 FINANCEIRO DESEMPREGO TAXA DE DESEMPREGO (%) DATA Brasil Var. p.p. SP jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 10,20 10,60 10,80 10,80 10,20 9,40 9,40 9,40 9,60 9,60 9,60 8,30 9,20 0,60 0,40 0,20 0,00 -0,60 -0,80 0,00 0,00 0,20 0,00 0,00 -1,30 0,90 11,10 11,50 11,50 11,40 10,50 10,50 9,90 9,40 9,70 9,60 9,70 7,80 9,20 TAXA DE DESEMPREGO Taxa (%) Var. p.p. 1,30 0,40 0,00 -0,10 -0,90 0,00 -0,60 -0,50 0,30 -0,10 0,10 -1,90 1,40 Fonte: IBGE/INEPAD Variação (p.p.) 12,0 1,00 11,5 0,50 11,0 10,5 0,00 10,0 9,5 -0,50 9,0 8,5 -1,00 8,0 -1,50 7,5 jan 05 fev 05 mar 05 abr 05 Brasil mai 05 jun 05 jul 05 SP ago 05 set 05 out 05 dez 05 nov 05 jan 06 Var. p.p. mensal Brasil Fonte: IBGE/INEPAD RENDIMENTO MÉDIO REAL HABITUALMENTE RECEBIDO (R$) RENDIMENTO MÉDIO REAL HABITUALMENTE RECEBIDO (R$) 1.100 DATA Brasil Var. % SP Var. % jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 963,47 972,75 977,76 960,63 946,31 960,59 984,59 991,18 991,13 977,24 980,88 998,26 985,90 2,2% 1,0% 0,5% -1,8% -1,5% 1,5% 2,5% 0,7% 0,0% -1,4% 0,4% 1,8% -1,2% 1.093,98 1.110,68 1.125,42 1.088,17 1.084,63 1.099,65 1.132,86 1.129,75 1.116,30 1.085,99 1.110,01 1.136,40 1.117,30 2,6% 1,5% 1,3% -3,3% -0,3% 1,4% 3,0% -0,3% -1,2% -2,7% 2,2% 2,4% -1,7% Fonte: IBGE/INEPAD 0,03 0,025 1.050 0,02 1.000 0,015 950 0,01 900 0,005 0 850 -0,005 800 -0,01 750 -0,015 -0,02 700 jan 05 fev 05 mar 05 abr 05 Brasil mai 05 SP jun 05 jul 05 ago 05 set 05 out 05 dez 05 nov 05 jan 06 Var. % mensal Brasil Fonte: IBGE/INEPAD COMÉRCIO VAREJISTA VOLUME DE VENDAS VOLUME DE VENDAS Data Hipermercados e Veículos,Motos, Índice Var. % Var. % Var. % Geral Supermercados Partes e Peças 170 dez/04 jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 Variação dez-dez 154,93 105,15 97,10 111,36 107,75 112,29 110,11 114,61 113,75 109,29 115,46 114,98 161,56 4,28% 41,4% -32,1% -7,7% 14,7% -3,2% 4,2% -1,9% 4,1% -0,8% -3,9% 5,6% -0,4% 40,5% 142,81 106,03 96,37 111,90 104,70 104,61 102,99 110,16 108,46 106,62 112,73 10912,0% 14204,0% -0,54% 32,7% -25,8% -9,1% 16,1% -6,4% -0,1% -1,5% 7,0% -1,5% -1,7% 5,7% -3,2% 30,2% 137,60 119,03 99,38 122,56 113,56 115,74 117,37 112,82 128,55 118,91 119,61 129,54 138,80 9,2% -13,5% -16,5% 23,3% -7,3% 1,9% 1,4% -3,9% 13,9% -7,5% 0,6% 8,3% 7,1% 160 150 140 130 120 110 100 90 80 fev mar abr mai jun 05 05 05 05 05 Índice Geral 0,87% Fonte: IBGE/INEPAD ACREFI dez jan 04 05 27 jul 05 Hipermercados e Supermercados ago set 05 05 out nov dez 05 05 05 Veículos, Motos, Partes e Peças banco de dados por INEPAD PREVISÕES ECONÔMICAS Ano de 2006 PIB Total % a.a. PIB Agropecuário % a.a. PIB Indústria % a.a. PIB Serviço % a.a. Produção Industrial % a.a. 3,50 3,46 3,46 3,50 3,69 3,66 3,58 3,62 4,15 4,10 4,02 4,11 2,79 2,79 2,70 2,74 4,10 4,17 4,08 4,12 Selic Taxa anual IGP-DI % a.a. IPCA % a.a. Taxa de Câmbio R$/US$ Saldo Comercial US$ bilhões 15,00 15,00 15,00 14,75 4,55 4,86 4,76 4,50 4,58 4,61 4,66 4,64 2,40 2,40 2,30 2,30 38,00 38,70 40,00 40,00 Var. p.p. DATA Previsão 13/01/2006 4 semanas antes 1 semana antes Previsão 17/02 Início de 2006 Previsão 13/01/2006 4 semanas antes 1 semana antes Previsão 17/02 Fonte: BC-Focus/INEPAD ATIVIDADE ECONÔMICA DATA Taxa da Utilização da Capacidade Instalada dez/04 81,60 -1,80 dez/04 111,09 0,1% jan/05 81,01 -0,59 jan/05 110,93 -0,1% fev/05 80,60 -0,41 fev/05 110,30 -0,6% mar/05 83,20 2,60 mar/05 110,15 -0,1% abr/05 81,90 -1,30 abr/05 110,18 0,0% mai/05 82,30 0,40 mai/05 111,25 1,0% jun/05 82,74 0,44 jun/05 112,39 1,0% jul/05 81,54 -1,20 jul/05 112,77 0,3% ago/05 82,83 1,29 ago/05 113,04 0,2% set/05 81,19 -1,64 set/05 111,90 -1,0% Índice de Produção Física Média Móvel Trimestral Var. % out/05 81,49 0,30 out/05 111,65 -0,2% nov/05 81,36 -0,13 nov/05 111,49 -0,1% dez/05 79,80 -1,56 dez/05 112,97 1,3% Variação dez-dez Variação dez-dez -2,21% Fonte: CNI/INEPAD 1,69% Fonte: IBGE/INEPAD PRODUÇÃO (ÍNDICE) X CAPACIDADE (%) Capacidade (%) Produção - Índice 111 80 110 Fonte: INEPAD Taxa da Utilização da Capacidade Instalada dez/05 81 nov/05 111 out/05 81 set/05 112 ago/05 82 jul/05 112 jun/05 82 mai/05 113 abr/05 83 mar/05 113 fev/05 83 jan/05 114 dez/04 84 Índice de Produção Física Média Móvel Trim estral 28 FINANCEIRO INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA - AUTOMÓVEIS DE PASSAGEIROS, MISTOS, VEÍCULOS COMERCIAIS LEVES E PESADOS PRODUÇÃO PRODUÇÃO (em unidades) (em unidades) Data Produção jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 160.737 188.514 220.722 205.739 215.005 219.272 205.648 220.469 207.428 190.651 213.119 200.332 195.395 Média Trim. Var. Mensal Var. Mensal (%) 183.873 179.414 189.991 204.992 213.822 213.339 213.308 215.130 211.182 206.183 203.733 201.367 202.949 -28.253 27.777 32.208 -14.983 9.266 4.267 -13.624 14.821 -13.041 -16.777 22.468 -12.787 -4.937 Variação jan-05/jan-06 -14,9% 17,3% 17,1% -6,8% 4,5% 2,0% -6,2% 7,2% -5,9% -8,1% 11,8% -6,0% -2,5% 230.000 220.000 210.000 200.000 190.000 180.000 170.000 160.000 150.000 jan 05 fev 05 mar 05 abr 05 mai 05 jun 05 Produção 21,6% jul 05 ago 05 set 05 out 05 dez 05 jan 06 nov 05 dez 05 jan 06 nov 05 dez 05 jan 06 nov 05 Média trimestral Fonte: Anfavea/INEPAD VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS (em unidades) (em unidades) Data Vendas Média Trim. Variação Variação(%) jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 100.909 115.436 149.026 137.759 138.078 140.036 133.948 147.553 138.873 131.588 145.900 152.144 124.651 132.378 123.926 121.790 134.074 141.621 138.624 137.354 140.512 140.125 139.338 138.787 143.211 140.898 -54.523 14.527 33.590 -11.267 319 1.958 -6.088 13.605 -8.680 -7.285 14.312 6.244 -27.493 -35,1% 14,4% 29,1% -7,6% 0,2% 1,4% -4,3% 10,2% -5,9% -5,2% 10,9% 4,3% -18,1% Variação jan-05/jan-06 165.000 155.000 145.000 135.000 125.000 115.000 105.000 95.000 jan 05 fev 05 mar 05 abr 05 mai 05 jun 05 Vendas -2,1% jul 05 ago 05 set 05 out 05 Média trimestral Fonte: Anfavea/INEPAD EXPORTAÇÃO TOTAL EXPORTAÇÃO TOTAL (em unidades) (em unidades) Data jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 Exportações Média Trim. 45.487 62.015 69.618 72.261 76.218 77.600 74.229 71.811 74.057 61.827 66.078 68.704 57.844 55.038 55.517 59.040 67.965 72.699 75.360 76.016 74.547 73.366 69.232 67.321 65.536 64.209 Variação jan-05/jan-06 Variação Variação(%) -13.562 16.528 7.603 2.643 3957 1382 -3371 -2418 2246 -12230 4251 2626 -10860 -23,0% 36,3% 12,3% 3,8% 5,5% 1,8% -4,3% -3,3% 3,1% -16,5% 6,9% 4,0% -15,8% 80.000 75.000 70.000 65.000 60.000 55.000 50.000 45.000 jan 05 mar 05 abr 05 Exportações 16,4% Fonte: Anfavea/INEPAD ACREFI fev 05 29 mai 05 jun 05 jul 05 ago 05 set 05 out 05 Média trimestral banco de dados por INEPAD INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS E IMPORTADOS - AUTOMÓVEIS (em unidades) Data Vendas 1000cc % no Total 1000cc a 2000cc % no total >2000cc % no total dez/04 jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 129.579 82.256 95.954 125.031 115.228 114.308 115.250 111.470 123.173 115.725 113.231 125.110 129.103 72.331 44.720 51.736 70.179 63.612 63.376 63.315 62.344 71.067 65.611 64.354 70.277 72.751 55,8% 54,4% 53,9% 56,1% 55,2% 55,4% 54,9% 55,9% 57,7% 56,7% 56,8% 56,2% 56,4% 56.738 37.267 43.924 54.197 51.062 50.509 51.477 48.683 51.308 49.684 48.033 53.405 54.250 43,9% 45,3% 45,8% 43,3% 44,3% 44,2% 44,7% 43,7% 41,7% 42,9% 42,4% 42,7% 42,0% 510 269 294 655 554 423 458 443 798 430 844 1.428 2.102 0,3% 0,3% 0,3% 0,5% 0,5% 0,4% 0,4% 0,4% 0,6% 0,4% 0,7% 0,7% 0,7% Fonte: Anfavea/INEPAD VENDAS POR CATEGORIA - AUTOMÓVEIS 80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 dez 04 jan 05 fev 05 1000 cc mar 05 abr 05 mai 05 jun 05 jul 05 ago 05 set 05 out 05 nov 05 dez 05 1000 cc a 2000 cc TAXAS DE JUROS PREFIXADOS - PESSOA FÍSICA (R$ milhões) CRÉDITO PESSOAL SALDO TOTAL AQUISIÇÃO DE BENS - VEÍCULOS TAXAS DE JUROS SALDO TOTAL % Variação % Variação MÊS/ANO R$ milhões a.m. p.p a.a. p.p jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 44.781 47.218 49.965 52.333 54.345 55.426 57.270 59.015 60.531 61.650 63.255 63.444 64.987 4,58 4,52 4,45 4,45 4,52 4,45 4,49 4,50 4,55 4,54 4,45 4,38 4,46 0,14 -0,06 -0,07 0,00 0,06 -0,07 0,04 0,01 0,06 -0,02 -0,08 -0,07 0,08 71,20 70,00 68,70 68,70 69,90 68,60 69,40 69,50 70,60 70,30 68,70 67,30 68,90 2,80 -1,20 -1,30 0,00 1,20 -1,30 0,80 0,10 1,10 -0,30 -1,60 -1,40 1,60 R$ milhões 38.855 39.340 40.221 40.958 41.795 42.723 43.636 45.044 46.218 47.406 48.935 50.685 52.057 TAXAS DE JUROS % Variação a.m. p.p 2,63 2,61 2,64 2,66 2,68 2,65 2,60 2,58 2,59 2,57 2,53 2,52 2,55 0,06 -0,02 0,03 0,02 0,02 -0,03 -0,05 -0,03 0,01 -0,02 -0,04 -0,01 0,03 SALDO TOTAL % Variação a.a. p.p 36,50 36,20 36,70 37,00 37,40 36,90 36,10 35,70 35,90 35,60 34,90 34,80 35,30 AQUISIÇÃO DE BENS - OUTROS 0,90 -0,30 0,50 0,30 0,40 -0,50 -0,80 -0,40 0,20 -0,30 -0,70 -0,10 0,50 R$ milhões 7.375 7.313 7.394 7.578 7.992 8.351 8.824 9.416 9.471 9.621 10.031 10.229 10.191 TAXAS DE JUROS % Variação a.m. p.p 4,24 4,19 4,12 3,87 3,87 3,67 3,70 3,65 3,99 3,95 3,80 4,27 3,92 -0,13 -0,04 -0,07 -0,25 0,01 -0,21 0,03 -0,06 0,34 -0,04 -0,15 0,47 -0,35 % a.a. Variação p.p 64,50 63,70 62,40 57,70 57,80 54,10 54,70 53,70 59,90 59,10 56,40 65,20 58,60 -2,40 -0,80 -1,30 -4,70 0,10 -3,70 0,60 -1,00 6,20 -0,80 -2,70 8,80 -6,60 Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD 30 FINANCEIRO Autorizador de Crédito Serasa Venda mais com mais segurança Verifique Avalie a existência de dívidas vencidas e não pagas, além de protestos e ações executivas. se o cheque que você está recebendo é sustado, cancelado, extraviado ou roubado. Confirme o endereço do telefone informado por seu cliente. O Autorizador de Crédito Serasa está disponível 24 horas por dia, inclusive nos fins de semana e feriados, com acesso simples e ágil via Internet, PDV, máquinas de preencher cheques, telefone e fax. Estabeleça políticas únicas de crédito a serem usadas em todos os pontos de venda de sua empresa. serasa.com.br 11 5591 0137 Envie eletronicamente os cheques recebidos ao banco de seu relacionamento. 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