6º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 6th BRAZILIAN CONFERENCE ON MANUFACTURING ENGINEERING 11 a 15 de abril de 2011 – Caxias do Sul – RS - Brasil th th April 11 to 15 , 2011 – Caxias do Sul – RS – Brazil ESTUDO COMPARATIVO DA USINABILIDADE DOS AÇOS PARA MOLDES VP50IM E N2711 NO FRESAMENTO DE TOPO Flávia Cristina Sousa e Silva, [email protected] Mauro Araújo Medeiros, [email protected] Frederico Mariano Aguiar, [email protected] Álisson Rocha Machado, [email protected] Márcio Bacci da Silva, [email protected] Celso Antonio Barbosa, [email protected] 1 Universidade Federal de Uberlândia, Av. João Naves de Ávila, 2121, Bloco 1O, Uberlândia, MG - Brasil Villares Metals S.A., Rua Alfredo Dumont Villares, 155, Sumaré, SP - Brasil 2 Resumo: Os aços utilizados na fabricação de moldes devem possuir várias propriedades a fim de desempenhar satisfatoriamente o serviço ao qual serão destinados. No caso dos aços para moldes de injeção de plástico, algumas propriedades se destacam como resistência ao desgaste e dureza a quente. Naturalmente, essas propriedades não são associadas a uma boa usinabilidade. O aço N2711 vem sendo utilizado na fabricação de moldes para injeção de plástico, e, pertencendo à classe dos aços endurecidos, possui todos os inconvenientes destes materiais, bem como o aço VP50IM, que também é utilizado neste setor. O objetivo deste trabalho é comparar a usinabilidade destes dois aços avaliando o volume de material removido através do processo de fresamento de topo, onde também se fez a medição do desgaste da ferramenta. Os resultados apresentam pouca diferença na usinabilidade dos dois aços em condições mais severas de usinagem. Entretanto o aço VP50IM, por possuir maiores teores de MnS, apresentou maior usinabilidade em condições baixas de corte. Palavras-chave: Aço N2711, Aço VP50IM, Usinabilidade, Aços para moldes de injeção de plástico. 1. INTRODUÇÃO Há pouco mais de uma década que a indústria vem passando por mudanças significativas nos tempos de produção. Os processos têm se tornado cada vez mais automatizados e os profissionais mais qualificados. E, acompanhando este progresso, o segmento de fabricação de moldes e matrizes se expande muito rapidamente. Os fabricantes de moldes e matrizes contam com estrutura mais enxuta, o que torna a produção mais ágil. Nessas empresas, a maioria das peças possui geometria complexa, fato esse que exige dos fabricantes, produtores de softwares e de máquinas-ferramenta, constantemente, soluções melhores e mais efetivas para atender às necessidades do mercado (Bauco et al, 2004). Segundo Boujelbene et al (2004), a maior porcentagem do custo de um produto fabricado pela injeção de plástico é relativo à manufatura do molde, e os processos de usinagem e polimento representam até 80% do custo total de fabricação. E quando os moldes possuem longo período de duração, a usinagem pode ser considerada o fator mais importante na determinação do seu custo final. Logo, aumentar a taxa de remoção do material é uma das estratégias para se diminuir o custo de fabricação (Hioki, 2006). Vários processos de usinagem são empregados na fabricação de um molde. Mas, definitivamente, o fresamento é o responsável por remover a maior quantidade de material durante a construção de um molde, e influencia diretamente as operações subseqüentes, repercutindo na qualidade, custo e tempo de fabricação do produto (Souza e Bonetti, 2007). Diversos aspectos são considerados na operação de fresamento de moldes, tais como os parâmetros de corte, o material da peça, a ferramenta de corte utilizada, a estratégia de corte e os recursos tecnológicos disponibilizados pela máquina-ferramenta (Villares Metals, 2010). Normalmente, a vida útil de um molde é elevada e sua substituição acontece devido à mudança do projeto e, mais raramente, ao desgaste do molde. Sendo assim, as propriedades relacionadas ao desempenho do aço empregado devem ser consideradas apenas suficientes para a aplicação que se deseja. Já as propriedades relacionadas à manufatura, estas sim, devem possuir maior destaque, de modo a reduzir os custos do molde produzido. O principal fator a ser considerado são as interações entre o aço e o processo de fabricação (Mesquita e Barbosa, 2005). © Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2011 6 º C O N G R E S S O B R A S I L E I R O DE E N G E N H A RI A D E F A B R I C A Ç Ã O 1 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 1 . C a x i a s d o S u l - R S Assim, o aço utilizado exerce mais influência no custo total de um molde através da sua usinabilidade do que pelo seu próprio custo. Logo, aperfeiçoar as condições de usinagem é a melhor forma de se reduzir os custos na manufatura dos moldes (Recht et al, 2004). A escolha do aço para moldes de injeção de plástico é uma tarefa que requer atenção, pois, deve-se adequar as características dos aços com o tipo de plástico a ser injetado. Os aços VP50IM e N2711, que são objeto de estudo neste trabalho, são utilizados em moldes de injeção de termoplásticos não clorados. O VP50IM é um aço-ferramenta, de baixo carbono e alto teor de elementos de liga. Foi desenvolvido especialmente para ser endurecido por tratamento térmico de envelhecimento, com resistência superior a do aço VP20, que é o mais utilizado na indústria de moldes. Pode ser fornecido solubilizado, com dureza de 32 HRC, para posterior endurecimento ou solubilizado e envelhecido com 40 HRC, que foi a forma utilizada neste trabalho. Já o N2711 é um aço médio teor de carbono e baixa liga. É fornecido no estado beneficiado. Ele possui boa polibilidade e resposta à texturização. Possui dureza de 40 HRC, que é constante até o núcleo. Essa característica demanda cuidados na usinagem, principalmente em operações de furação (Villares Metals, 2010). Carvalho e Freitas (2005) avaliaram a usinabilidade dos aços VP50IM e N2711, ambos com dureza de 40 HRC, e também o VP50IM apenas solubilizado, com dureza de 32 HRC, durante o processo de furação, e a evolução dos desgastes de flanco das brocas ao longo da vida encontrada é mostrado na Fig. 1. Figura 1. Desgaste de flanco em função do comprimento usinado (Carvalho e Freitas, 2005). Notou-se que a vida da ferramenta de corte para o aço VP50 IM com dureza de 40 HRC é significativamente maior em comparação ao aço N2711 de dureza semelhante. De acordo com os autores, esse comportamento se deve a maior presença de carbonetos do aço N2711 e a maior concentração de enxofre do aço VP50 IM. Desse modo, o efeito abrasivo do aço N2711 sobre a ferramenta de corte é substancialmente maior. Observa-se, também, que os autores encontraram maior usinabilidade no aço VP50IM com menor dureza, como era de se esperar. O objetivo deste trabalho é avaliar a usinabilidade dos aços VP50IM e N2711 através do volume de material usinado durante o processo de fresamento de topo. 2. MATERIAIS E MÉTODOS Os aços utilizados neste estudo foram comparados através da avaliação da vida da ferramenta, utilizando-se do volume de material removido como parâmetro determinante. A máquina-ferramenta utilizada foi o centro de usinagem CNC modelo Discovery 760, da Romi, e possui 9 kW de potência instalada no motor principal, rotação de 10 a 10.000 rpm e comando Siemens 810D. Os testes foram realizados sem a utilização de fluido de corte. A ferramenta de corte utilizada foi uma fresa de topo de insertos intercambiáveis com especificação 32A03R039B32SSP10G, da Kennametal. O corpo da fresa possui 32 mm de diâmetro e alocação para três insertos. Os insertos utilizados com especificação SPCT10T3PPER LD2 KC725M, também são da Kennametal. A classe KC725M possui substrato de metal duro e revestimento PVD multicamadas de TiN – TiCN – TiN. 6 º C O N G R E S S O B R A S I L E I R O DE E N G E N H A RI A D E F A B R I C A Ç Ã O 1 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 1 . C a x i a s d o S u l - R S A composição química dos aços analisados neste trabalho, VP50IM e N2711, está presente na Tabela 1. Tabela 1. Composição química dos aços VP50IM e N2711 (Porcentagem em massa e balanço em Fe) VP 50 IM N 2711 C 0,15 0,55 Si 0,30 0,30 Cr 0,30 0,70 Mn 1,55 0,70 Mo 0,30 0,50 Ni 3,00 1,70 Al 1,00 * Cu 1,00 * S 0,10 * V * 0,075 A Tab. 2 apresenta as características dos corpos de prova utilizados e o volume de material retirado nos testes de fresamento, para uma penetração de trabalho, ae, de 24 mm. Tabela 2. Caracterização dos materiais utilizados nos testes de fresamento de topo Material Dimensão inicial do corpo de prova [mm] VP50IM N2711 324,85 X 349,80 X 215 346 X 302 X 200 Volume de material retirado por passada (conforme Fig. 2) [cm³] ap = 1 mm ap = 2 mm 113,63 227,26 104,49 208,98 O desgaste dos insertos foi monitorado utilizando-se o estereomicroscópio da marca Olympus, modelo SZ6145TR , com ampliação máxima de 45 vezes. O estereomicroscópio possui uma câmera ccd acoplada onde foi feita a captura das imagens das ferramentas. O desgaste foi medido através de um software analisador de imagens, Image Pro Express. A vida da ferramenta foi avaliada realizando-se o monitoramento do desgaste de flanco (VBBmáx) máximo. Ao fim de cada passada completa sobre a peça, a fresa era retirada e media-se o desgaste dos três insertos. O critério de fim de vida utilizado foi o citado na norma ISO 8688-2(1989), que determina para o processo de fresamento de topo um VBBmáx de 0,5 mm. O fim de vida era atingido quando qualquer um dos insertos atingisse primeiro o critério estabelecido pela norma. A freqüência de medida de desgaste era por passada completa na peça, porém, como uma passada completa sobre a peça (Fig.2) levava aproximadamente de 16 a 18 minutos, dependendo das velocidades utilizadas, também era dada atenção ao ruído e vibração excessivos, podendo estes serem considerados como critérios de parada do teste para averiguação do desgaste. Figura 2. Caminho realizado pela fresa sobre a peça Com o objetivo de verificar o efeito estatístico de cada parâmetro de corte e a interação entre eles (Box e Hunter, 1978), utilizou-se um planejamento fatorial 2k. Os parâmetros de corte analisados, ou variáveis independentes, em termos estatísticos, foram velocidade de corte, avanço por dente, profundidade de corte e material da peça. A penetração de trabalho foi mantida constante em 24 mm, ou seja, um terço do diâmetro total da fresa. A Tab. 3 mostra os níveis dos parâmetros considerados. O uso de quatro variáveis de entrada resultou em um planejamento fatorial 24, totalizando dezesseis testes, sendo oito com o aço VP50IM e oito com o aço N2711. As condições de corte de cada teste são apresentadas na Tab. 4, no item de resultados e discussões. 6 º C O N G R E S S O B R A S I L E I R O DE E N G E N H A RI A D E F A B R I C A Ç Ã O 1 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 1 . C a x i a s d o S u l - R S Tabela 3. Níveis das variáveis independentes Nível Fatores -1 +1 Velocidade de Corte (Vc) [m/min] 100 200 Avanço por dente (fz) [mm/dente] 0,1 0,2 Profundidade de corte (ap) [mm] 1 2 Material da peça VP50IM N2711 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES As ferramentas de metal duro utilizadas nos testes apresentaram apenas desgaste de flanco. Por isso, o critério de fim de vida adotado foi o VBBmáx. A figura 3 mostra as ferramentas utilizadas em um dos testes, já em fim de vida, para a usinagem dos dois aços em questão, para efeito de ilustração. (a) (b) Figura 3. Desgaste de flanco, já atingido o fim de vida, nos insertos de metal duro utilizados na condição 8: Vc = 200 m/min, ap = 2 mm, fz = 0,2 mm/dente. a) Fresamento do aço VP50IM; b) Fresamento do aço N2711. Os resultados referentes ao volume de material usinado dos dois aços utilizados, para todas as dezesseis condições de corte realizadas, seguindo o planejamento fatorial 24, estão apresentados na Tab. 4 e na Fig. 4, na qual se tem uma melhor visualização do comportamento de cada aço em cada condição. Tabela 4. Volume de material usinado em cada condição de corte Vc [m/min] Condição 1 Condição 2 Condição 3 Condição 4 Condição 5 Condição 6 Condição 7 Condição 8 100 200 100 200 100 200 100 200 ap [mm] 1 1 2 2 1 1 2 2 fz [mm/dente] 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 0,2 0,2 VP50IM 3636,241 217,63 1276,66 116,832 340,897 25,6452 140,335 15,5928 N 2711 1253,904 104,492 2089,84 208,984 626,952 104,492 417,968 116,256 Material Volume de Material Usinado [cm³] 6 º C O N G R E S S O B R A S I L E I R O DE E N G E N H A RI A D E F A B R I C A Ç Ã O 1 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 1 . C a x i a s d o S u l - R S Figura 4. Condições de Usinagem X Volume de material usinado Pela análise da Tab. 4 e do gráfico da Fig. 4 nota-se que, apenas nas duas primeiras condições, onde o único parâmetro que altera é a velocidade de corte, o volume de material usinado até o fim de vida no aço VP50IM foi superior ao do aço N2711. Nessas condições fica evidente o efeito da existência em maior quantidade dos sulfetos de manganês no VP50IM do que no N2711. Esses sulfetos, que possuem baixa dureza, agem de forma a lubrificar a ferramenta de corte, facilitando o corte (Mesquita e Barbosa, 2005). Porém, nas demais condições de corte, esse fenômeno não foi significante. Em condições mais severas de usinagem, os dois materiais obtiveram pouca diferença na quantidade de material usinado. Estes resultados confirmam a maior eficiência dos elementos facilitadores do corte, no caso o MnS, apenas em condições de corte baixas. Em velocidades mais altas, as altas taxas de deformações da zona de fluxo dificultam a ação lubrificante dos precipitados. Isto acontece também com os elementos de baixo ponto de fusão que são adicionados para melhorar a usinabilidade dos metais, como o chumbo, o bismuto, o selênio, o telúrio, etc. (Evangelista Luís, 2007 e Evangelista Luís e Machado, 2009). Seguindo o planejamento estatístico, foi feita uma análise dos efeitos estimados e também uma análise de variância (ANOVA) para mostrar os efeitos das variáveis independentes no volume de material usinado. O gráfico de Pareto, na Fig. 5, demonstra de forma gráfica esses efeitos. VP50IM X N2711 Pareto Chart of Standardized Effects; Variable: Volume 2**(4-0) design; MS Residual=429236,5 DV: Volume de Material Usinado (cm³) (1)Vc -3,38576 (3)fz -2,71553 1by3 2,420984 2by4 1,302809 3by4 ,8903688 1by2 ,7397401 (2)a p -,735615 1by4 ,4441627 2by3 ,4243674 (4)Material -,323182 p=,05 Standardized Effect Estimate (Absolute Value) Figura 5. Efeitos estimados para volume de material usinado na comparação entre os aços VP50IM e N2711 Nota-se que todas as variáveis independentes, velocidade de corte, avanço por dente, profundidade de corte e material da peça, demonstram influência contrária, estatisticamente, ou seja, a medida que se aumenta os valores desses 6 º C O N G R E S S O B R A S I L E I R O DE E N G E N H A RI A D E F A B R I C A Ç Ã O 1 1 a 1 5 d e A b r i l d e 2 0 1 1 . C a x i a s d o S u l - R S parâmetros, ou quando se compara o VP50IM com o N2711, nessa ordem, há um decréscimo no quantidade de material usinado. Isso é esperado, pois o aumento dessas variáveis tendem a gerar maior temperatura durante o corte, o que contribui com a diminuição da vida útil da ferramenta. Contudo, de acordo com o diagrama de Pareto, a velocidade de corte e o avanço por dente são os únicos parâmetros que possuem efeito significativo no volume de material usinado, do ponto de vista estatístico, para uma confiabilidade de 95%. 4. CONCLUSÕES - As ferramentas de metal duro apresentam, essencialmente, desgaste de flanco; - Nas condições de corte menos severas, o aço VP50IM obteve um desempenho bem superior ao do aço N2711, considerando o volume de material usinado até o final da vida da ferramenta, determinado pelo critério de desgaste adotado. Os sulfetos de manganês no VP50IM agem de forma a lubrificar e facilitar o corte. Logo, para essas condições de corte, a usinabilidade do VP50IM é superior à usinabilidade do N2711; - Nas condições de corte mais severas, o efeito do sulfeto de manganês não foi observado, e as usinabilidades do VP50IM e do N2711 são próximas. O volume de material removido de ambos os materiais se equivalem e é bem menor se comparado ao volume retirado nas condições menos severas; - O aumento de todas as variáveis de corte estudadas (Vc, ap, fz) colabora com a diminuição da vida útil da ferramenta. Esse efeito é observado nos dois aços usinados; - Os parâmetros de corte que mais influenciam no volume de material usinado são a velocidade de corte e o avanço por dente, nesta ordem. 5. AGRADECIMENTOS Os autores gostariam de agradecer a CAPES, CNPq e FAPEMIG, pelo apoio financeiro, à Villares Metals S.A. pelo fornecimento dos materiais para esta pesquisa e à Kennametal pelo fornecimento de todas as ferramentas utilizadas nos testes de fresamento. 6. REFERÊNCIAS Bauco, S. A. et al. 2004, High-speed Machining: How the concepts of HSM/HSC can revolutionize the metalmechanics industry. São Paulo, Erica. Boujelbene, M. Moisan, A.; Tounsi, N.; Brenier, B. 2004, “Productivity enhancement in dies and molds manufacturing by the use of C1 continuous tool path”. International Journal of Machine Tool & Manufacture, Amsterdam, v.44, n.1, p.101-107, Jan. Box, G. E., Hunter, J. S., 1978, Statistics for Experiments, USA. Carvalho, M. V. de., Freitas, D. 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Disponível em: <http://www.villaresmetals.com.br/portuguese/files/Cat_Acos_Moldes.pdf>. Acessado em: 10/10/2010. 7. DIREITOS AUTORAIS Os autores são os únicos responsáveis pelo conteúdo do material impresso incluído neste trabalho. 6º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 6th BRAZILIAN CONFERENCE ON MANUFACTURING ENGINEERING 11 a 15 de abril de 2011 – Caxias do Sul – RS - Brasil th th April 11 to 15 , 2011 – Caxias do Sul – RS – Brazil COMPARATIVE STUDY OF THE MACHINABILITY OF VP50 IM AND N2711 MOLD STEELS IN END MILLING PROCESS Flávia Cristina Sousa e Silva, [email protected] Mauro Araújo Medeiros, Medeiros_mauro6²yahoo.com.br1 Frederico Mariano Aguiar, [email protected] Álisson Rocha Machado, [email protected] Márcio Bacci da Silva, [email protected] Celso Antônio Barbosa, [email protected] 1 Universidade Federal de Uberlândia, Av. João Naves de Ávila, 2121, Bloco 1O, Uberlândia, MG - Brasil Villares Metals S.A., Rua Alfredo Dumont Villares, 155, Sumaré, SP - Brasil 2 Abstract. Steels used in molds manufacturing must have many properties in order to perform efficiently in service. In the case of steels for plastic injection molds such properties are wear resistance and hot hardness. Unfortunately, these properties are not associated with a good machinability. The N2711 steel has been used in the plastic injection mold manufacturing and presents all sorts of difficulties during machining inherent to the hardened steels such as the VP50IM steel which is also applied in this sector. The aim of this study is to compare the machinability of these two steels using the volume of material removed during end milling process. The wear rate was also measured. Both of them show quiet the same machinability in high cutting conditions. Keywords: N2711 steel, VP50IM steel, Machinability, Plastic injection mold steels RESPONSIBILITY NOTICE The authors are the only responsible for the printed material included in this paper. © Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2011