TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA VIDA ECONÓMICA Nº 1449, 15 DE JUNHO 2012, E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE 2 7(&12/2*,$6'(,1)250$d®2 sexta-feira, 15 de junho 2012 OBJETIVO TRAÇADO A TRÊS ANOS Oki apoia-se nas PME para duplicar vendas na região EMEA tunidade de negócio é maior que nunca. De acordo com uma análise recente efetuada na União Europeia, mais de 99% das 21 milhões de empresas ativas na UE são PME, ou seja, empresas com um máximo de 250 colaboradores. Para além disto, estas empresas representam mais de dois terços da mão de obra deste espaço comunitário”. Europa, Médio Oriente e África (EMEA). A três anos, o fabricante japonês Oki quer nada mais nada menos do que duplicar as vendas nesta região. Ou seja, dobrar o número de unidades vendidas. Em Barcelona, num evento que reuniu mais de 300 parceiros e uma centena de jornalistas, a Oki anunciou o lançamento de uma gama de novos produtos, desenvolvidos para responder às necessidades concretas das PME. E é através destes produtos que a empresa quer alcançar o objetivo traçado pelo presidente da Oki Data Corporation, Takao Hiramoto. Um portfólio alargado SUSANA MARVÃO, EM BARCELONA [email protected] “Ousado, mas exequível”. Foi assim que Takao Hiramoto adjetivou o objetivo da Oki Data Corporation em duplicar as vendas na região EMEA. Ou seja, na Europa, no Médio Oriente e em África. A três anos, o presidente da empresa japonesa quer duplicar o número de unidades vendidas na região que, atualmente, é já responsável por 50% do volume de negócios da companhia. Para atingir este objetivo, a empresa nipónica apresentou em Barcelona, num evento que reuniu mais de 300 parceiros e uma centena de jornalistas, uma gama de novos produtos, desenvolvidos para responder às necessidades concretas das PME. É através destas e dos micronegócios, que a Oki espera alcançar os objetivos traçados por Takao Hiramoto. Até porque, enfatizou na sua apresentação, “estas precisam de começar a imprimir de forma mais inteligente para manter a competitividade”. Basicamente, Hiramoto assentou o sucesso da sua visão em quatro pilares. Primeiro, na capacidade de perceber que o De mãos dadas com o ambiente Entretanto, a empresa comunicou que todos os novos produtos são amigos do ambiente, face ao seu reduzido consumo de energia permitido, nomeadamente, pelo modo “Desligar Automaticamente” – os novos equipamentos desligam-se automaticamente quando não estão a ser utilizados (durante o tempo definido pelo cliente), baixando o consumo de energia para menos de 0,5W. “Os novos produtos da Oki permitem, aos utilizadores profissionais, rentabilizar a impressão inhouse, poupando tempo e dinheiro. A par disto, cada modelo possui uma garantia de três anos, oferecendo ao utilizador a tranquilidade de trabalhar com um equipamento de confiança, para que se possa concentrar no seu core business.” Takao Hiramoto, presidente da Oki Data Corporation, classificou o objetivo de duplicar as vendas na região EMEA de “ousado, mas exequível”. mercado está a mudar e a exigir uma impressão mais inteligente. Depois, a absoluta necessidade de se diferenciarem através da inovação e da tecnologia, defendendo as vantagens do LED. O terceiro vetor será oferecer aquilo que considera ser o melhor suporte dos produtos do mercado e, por último, possuir um sistema simples e eficaz de ganhos. PME são palavra-chave Segundo dados revelados no evento pela IDC, 99% das empresas na Europa são PME, sendo que, segundo os inquéritos levados a cabo pela consultora, apesar da crise económica, 66% das organizações continuam a investir em equipamentos de impressão. Arnaud Gagneux, diretor da consultora para a área de impressão, justificou que o aumento da quantidade de trabalho, necessidade de melhorar a eficiência e preocupações com segurança fazem com que as empresas acabem por procurar as melhores soluções ao nível dos equipamentos e serviços. Outra tendência apontada pelo diretor é a importância crescente da função scanner, até pelo aumento da virtualização de processos que obriga à digitalização de documentos. Disse ainda que multifunções ganham adeptos dentro das empresas. Os novos equipamentos incluem impressoras e multifuncionais cor e mono, baseados em 25 novos modelos, distribuídos por sete séries de produtos. Produtos esses que, segundo a companhia, dão resposta às novas necessidades de negócio e transformam a impressão in-house numa realidade efetiva. “O sucesso a que assistimos na região EMEA foi possível porque nos centrámos, exclusivamente, no mercado das PME, sobre o qual temos conhecimentos bastante sólidos”, assegurou Terry Laidlaw, diretorgeral da OKI Europa. “Hoje, esta opor- A empresa avança que os novos produtos foram especificamente desenhados para apoiar as PME nos seus processos de impressão, de forma mais inteligente, oferecendo a flexibilidade necessária para cumprir os seus objetivos profissionais, ao poderem imprimir internamente, e em qualquer momento, tudo o que necessitam. Os novos equipamentos de secretária incluem de origem as funcionalidades de rede e duplex, que, entre outras maisvalias, “permitem às pequenas empresas poupar em custos de impressão e papel, reduzir o número de equipamentos necessários para os trabalhos diários e assim se tornarem mais competitivas”. Os novos produtos alargam a gama de equipamentos multifuncionais A4 monocromáticos da OkiKI e oferecem o que a companhia classifica de “um rendimento melhorado e utilidades de software excecionais, funcionalidades ecológicas e outras características-padrão, tais como o alimentador de documentos automático duplex, que permite digitalizar, copiar, receber e enviar faxes em frente e verso, reduzindo custos e a quantidade de papel utilizado”. Terry Laidlaw adiantou que “os novos produtos permitem, aos utilizadores profissionais, rentabilizar a impressão in-house, poupando tempo e dinheiro”. A par disto, cada modelo possui uma garantia de três anos. “Esta atualização e renovação de produtos representa a mais completa e significativa revisão do nosso portfólio dos últimos anos”, afirmou Terry Laidlaw. “Trabalhando em estreita colaboração com os nossos parceiros de canal, para identificar as necessidades de mudança das PME, lográmos assegurar uma resposta eficaz às crescentes exigências das organizações, conseguindo fazer mais com menos recursos.” Grandes empresas também foram contempladas Mas os novos produtos passam igualmente pelas necessidades das grandes estruturas. A nova série C800 apresentada em Barcelona pretende responder às necessidades das empresas que requerem impressões A3 a cores “de alta qualidade, com um custo de aquisição acessível, oferecendo às empresas a possibilidade de imprimirem tanto os documentos do dia-a-dia como materiais promocionais e de marketing”. A C822 prima pela impressão A3 a cores de qualidade, por um valor de aquisição inferior a mil euros, avança a Oki, enquanto a C831/C841 oferece velocidades de impressão até 35ppm, e um tempo de impressão da primeira página de apenas 9,5 segundos. A C841 disponibiliza uma resolução de impressão standard de 1200x1200dpi, para abordar as empresas do setor gráfico e de outros setores transversais, onde a qualidade de impressão é um fator de elevada importância. “A Oki criou um novo segmento de mercado quando lançou a primeira série C800 – explicou Terry Laidlaw – porque se apercebeu que as exigências das empresas e dos grupos de trabalho de diferentes dimensões não estavam a ter uma resposta correta por parte do mercado, que não disponibilizava funções de impressão A4 e A3, de elevada qualidade, cor e em mono, num único equipamento com um preço acessível”. 7(&12/2*,$6'(,1)250$d®2 sexta-feira, 15 de junho 2012 MASAHIKO MORIOKA, VICE-PRESIDENTE DA OKI Novos produtos e novos parceiros vão ser armas para abordar as PME Masahiko Morioka, vice-presidente da Oki Data Corporation. A base são os novos produtos. Que vão permitir, segundo Masahiko Morioka, vice-presidente da Oki Data Corporation, endereçar de forma mais assertiva o mercado da pequenas e médias empresas. Para isso, o responsável admite a necessidade de abraçar novos parceiros. Até porque a fabricante de origem japonesa tem a distribuição dos seus produtos totalmente entregue ao canal. Em entrevista à “Vida Económica”, Masahiko Morioka admitiu que as novas geografias, como por exemplo a Rússia, estão a “compor” o negócio da EMEA, responsável por metade do volume de negócio da empresa. SUSANA MARVÃO, EM BARCELONA [email protected] Vida Económica – Na conferência de imprensa, toda a equipa Oki salientou que os micronegócios e as PME vão ser o focus da empresa nos próximos tempos. O que esperam alcançar com esta nova estratégia? Aliás, é uma nova abordagem ou é o reiterar de uma estratégia? Masahiko Morioka – Na verdade, vamos continuar a manter o nosso foco na área das pequenas e médias empresas. Foco que foi reforçado especialmente este ano, já que vamos ter uma variedade de novos produtos que nos vai permitir expandir a abrangência, indo para uma faixa de mercado ainda mais “baixa”. O objetivo é penetrar neste mercado ainda mais do que no ano passado. Basicamente, queremos conquistar mais quota de mercado em hardware. Por outro lado, queremos também que as empresas comecem a trazer as suas impressões para dentro da sua organização. Há muitos negócios que têm necessidades específicas de impressão que podem ser rentabilizadas “inhouse”. Estamos a falar de materiais promocionais, convites, entre tantas outras coisas. Ou seja, queremos abordar o mercado das PME não só pelo hardware mas também tentar criar valor acrescentado. E por isso temos de conhecer muito bem as necessidades dos nossos clientes e o seu “workflow”. VE – Esta abordagem para a Europa é diferente de outras geografias? MM – Na verdade, é muito similar à abordagem do mercado doméstico japonês, até porque também lá usamos duas tipologias: distribuidores e revendedores. VE – O presidente da companhia, Takao Hiramoto, disse, na sua apresentação, que a companhia quer crescer 50%. De que estamos realmente a falar? De negócio? De unidades vendidas? MM – Estamos a falar de unidades. Em três anos queremos aumentar em 50% o número de unidades vendidas. VE – E qual vai ser a estratégia para alcançar esse objetivo? MM – A base é lançar novos produtos. Eu sou um homem de vendas e lidero uma equipa de vendedores que tem novos produtos e está confiante que a nova gama vai perfeitamente endereçar as necessidades de MPS [Managed Print Services] e das pequenas e médias empresas. VE – O mercado das PME é, na realidade, é muito vasto. O vosso canal de vendas está preparado para o endereçar por forma a obter os valores que vocês pretendem? MM – É verdade que temos de expandir. Nos dois lados. Temos de expandir os nossos produtos e os nossos parceiros. Isto é fundamental para que a nossa estratégia funcione. Sobretudo realmente nas PME e no canal Soho. VE – A maior parte do vosso negócio é realizado na Europa. A crise impactou os resultados? Há 30 anos na casa Oki MM – Repare que esse mesmo mercado da EMEA tem mercados emergentes. Estabelecemos, por exemplo, há dois anos uma presença na Rússia pra precisamente aumentar o negócio. VE – Ou seja, as novas geografias suportam o negócio? MM – Sim, nesta altura não deixa de ser verdade. Até porque, em termos de unidades, vendem muitos, pois têm muitas necessidades. VE – Quais são os países europeus mais fortes para a Oki, em termos de negócio? MM – Alemanha, Espanha/Portugal, Reino Unido, França e Itália. VE – O presidente Hiramoto disse igualmente que estava na altura de voltar a focarem-se nos clientes. O que queria dizer com isto? Não havia já um claro foco no cliente? MM – O que por vezes acontece, e não só claramente na Oki, é que os fabricantes introduzem no mercado produtos mais focados na tecnologia em si do que nas necessidades dos clientes. E, basicamente, o que Hiramoto quis explicitar é que temos de seguir o que os clientes querem. Temos de adaptar a nossa tecnologia aos seus requisitos. Não pode ser: está aqui um produto, agora vamos vender. Tem antes de ser: esta é a necessidade do meu cliente, vou produzir o produto e entrego-o ao mercado. Mais do que nunca os homens do marketing envolvem-se com a equipa de produção. Tem de ser um círculo. VE – Qual vai ser o grande desafio para o vosso canal de parceiros? MM – O grande desafio vai mesmo ser endereçar os novos produtos, de resto algo muito importante para nós. Masahiko Morioka é o atual “Deputy President” da Oki Data Corporation, com sede em Tóquio, no Japão. Morioka ocupou anteriormente o cargo de general manager, sales division na Oki Electric Industry, responsabilizando-se pelo controlo executivo das vendas e marketing no grupo Oki. O profissional juntou-se à Oki Data em abril de 2009 e é o responsável pelo desenvolvimento de políticas de gestão e implementação da estratégia global de vendas e marketing em 120 países e regiões. Morioka desempenha ainda o cargo de Executive Officer na Oki Electric Industry, empresa mãe da Oki Data Corporation. Morioka faz parte da equipa da Oki Electric Industry desde 1981, tendo ocupado diversas posições dentro da empresa. O atual “Deputy President” tem experiência em gestão, planeamento estratégico e vendas, fruto da sua passagem pelos cargos de diretor-geral de vendas e marketing da divisão de semicondutores do grupo (2003 a 2005), departamento a que posteriormente presidiu (2005 a 2008). Morioka foi criado em Tóquio, formouse em 1981 na Universidade de Keio, no Japão, e tem uma especialização em Matemática. 3 4 7(&12/2*,$6'(,1)250$d®2 sexta-feira, 15 de junho 2012 APÓS FUSÃO COM ZONA DO GRANDE PORTO, MINHO-LIMA E VALE DO AVE Águas do Noroeste investe 300 mil euros na consolidação dos sistemas de informação Após a fusão das sociedades Águas do Cávado, Águas do Minho e Lima e Águas do Ave, houve necessidade de proceder à consolidação global dos respetivos sistemas de informação. A agora Águas do Noroeste investiu 300 mil euros num projeto liderado pela EMC e que se caracteriza por ser uma solução escalonável e com grande capacidade de crescimento tendo em conta o volume de informação digital que a empresa cria diariamente, “bem como a necessidade da empresa ao nível de sistemas de suporte ao seu funcionamento”, explicou Carlos Fernandes, gestor de Tecnologias de Informação da Águas do Noroeste. SUSANA MARVÃO [email protected] A EMC Portugal foi escolhida pela Águas do Noroeste para realizar a consolidação global dos respetivos sistemas de informação. Isto porque empresa é responsável pelo sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Noroeste, resultante da fusão dos sistemas multimunicipais de captação, tratamento e abastecimento de água do norte da área do Grande Porto, do Minho-Lima e ainda do Vale do Ave. A solução implementada pela EMC Portugal inclui as componentes de armazenamento primário (baseada em tecnologia EMC Clariion), Gateways NAS (baseadas em tecnologia EMC Celerra) e de proteção de dados (baseada em tecnologia EMC Networker e Avamar). “Toda a solução foi implementada num contexto de proteção a eventual desastre (Disaster Recovery), estando todos os dados protegidos e replicados para uma segunda localização”, ex- As TI são consideradas maisvalia a partir do momento que criam disponibilidade e capacidade de funcionamento dos seus sistemas SI e de Telegestão da organização plicou a empresa. À “Vida Económica” Carlos Fernandes, gestor de Tecnologias de Informação das Águas do Noroeste, explicou que mediante a fusão das sociedades Águas do Cávado, Águas do Minho e Lima e Águas do Ave houve lugar para um projeto de consolidação global dos respetivos sistemas de informação. “A consolidação e proteção dos dados tiveram um papel absolutamente fundamental no processo de desenho e escolha da melhor solução tecnológica, tendo em conta os objetivos e desafios do projeto”. Investimento 300 mil euros O projeto em causa envolveu um investimento na ordem dos 300 mil euros sendo que se trata de uma solução escalonável e com grande capacidade de crescimento tendo em conta o volume de informação digital que a empresa cria diariamente, bem como a necessidade da empresa ao nível de sistemas de suporte ao seu funcionamento, explicitou Carlos Fernandes. O responsável garantiu à “Vida Económica” que as TI são consideradas mais-valia a partir do momento que criam disponibilidade e capacidade de funcionamento dos seus sistemas SI e de Telegestão da organização, “sendo que o funcionamento contínuo desses sistemas contribui diretamente para a operação da empresa e para a criação de valor acrescentado, bem como a capacidade de poderem evoluir e crescer de uma forma sustentada e equilibrada de acordo com as necessidades que surgem no presente o futuro”. O projeto consistiu basicamente na migração e consolidação dos antigos sistemas da Águas do Cávado, Águas do Minho e Lima e Águas do Ave para uma nova infraestrutura centralizada, com o objetivo de cumprir com os desafios de redução de custos de investimento, redução de custos operacionais, gestão centralizada, automatização de tarefas, garantia de escalabilidade futura e mecanismos de proteção e alta disponibilidade. O objetivo era possuir um sistema produtivo 24/7, salvaguardar a informação digital da organização, obter a capacidade de armazenamento e disponibilidade da informação digital da empresa, criar estruturas técnicas para a evolução dos Sistemas SI e de Telegestão da empresa e a criar ainda um Disaster Recovery. “Após analisarmos as propostas de vários players no mercado, selecionamos a EMC Portugal como nosso parceiro tecnológico, tendo em conta como principais critérios de avaliação a excelência tecnológica e o valor de investimento. Uma vez que pretendíamos com isto garantir que a solução a adquirir era a mais económica, mas também a que garantia menos risco de implementação e operação”, disse o gestor. Tecnologias abertas foram essenciais “Para a rápida disponibilização de novos produtos e serviços, tivemos de garantir que a tecnologia permitiria um nível muito elevado de disponibilidade, integração e facilidade de operação. Para o conseguir, a custos controlados, foi essencial a utiliza- Domínio .EU com forte arranque O .eu terminou o primeiro trimestre de 2012 com 3,59 milhões de nomes de domínio registados. Os registos cresceram em cerca de 6,1% nos últimos anos, de acordo com o relatório de progresso do 1º trimestre de 2012 da EURid, operadora de domínio de nível de topo .eu. Segundo esta organização, isto representa o maior crescimento anual em registos no .eu desde o 3º trimestre de 2010. O primeiro trimestre assistiu também a um aumento de 9% em novos registos, compa- rativamente ao mesmo período no ano anterior. “Sinto-me encorajado pelo bom início do .eu neste ano e pelo nosso crescimento contínuo em registos de nome de domínio,” afirmou em comunicado director-geral da EURid, Marc Van Wesemael. “É um sinal claro de que os europeus se sentem atraídos pelo .eu.” A Lituânia registou o maior crescimento anual, com um aumento de 31% de registos .eu em comparação com o 1º trimestre de 2011, seguida pela Áustria (22%) e pela Eslováquia (18%). Durante o mesmo período, os registos em outros sete países da União Europeia — Bulgária, República Checa, França, Itália, Malta, Polónia e Eslovénia — cresceram em 10% ou mais. O .eu terminou o primeiro trimestre de 2012 com 3,59 milhões de nomes de domínio registados. Durante este trimestre, os registos no .eu aumentaram em 23 dos 27 países da União Europeia. Malta, Eslovénia e Finlândia assistiram a um crescimento trimestral de mais de 4%. ção de tecnologias abertas que conseguem interagir de forma integrada,” referiu em comunicado Pedro Conceição, da EMC Portugal. O processo de reformulação, desenhado e implementado em parceria com a CPCis, iniciou-se em 2010, com requisitos muito agressivos de implementação, garante a empresa. “O processo de passagem a produção levou cerca de três meses, só possível devido à integração das tecnologias EMC e VMware bem como à coordenação entre as respetivas equipas técnicas”. Dadas as características do projeto, a componente de formação foi considerada essencial e uma componente chave do processo de implementação e passagem a produção, tendo sido delineado um plano de formação que incluiu formação no local de trabalho (onjob) e formação em sala (para tecnologia EMC Clariion e EMC Networker). “Após a implementação deste plano, a Águas do Noroeste ficou totalmente habilitada a gerir e operar a solução adquirida”. O retorno do investimento, segundo Carlos Fernandes, será alcançado aquando da criação dos sistemas de Disaster Recovery permitindo a “alta disponibilidade” de todo o sistema da empresa, nomeadamente ao nível dos sistemas SI bem como ao nível dos sistemas de Telegestão, “garantindo assim um funcionamento contínuo de todos os sistemas de suporte à operação da empresa”. 7(&12/2*,$6'(,1)250$d®2 5 sexta-feira, 15 de junho 2012 LINEAMÉDICA ESCOLHE SOFTWARE HOUSE PARA AGILIZAR NEGÓCIO PHC com ritmo estável na área da saúde SUSANA MARVÃO [email protected] A LineaMédica, empresa dedicada ao fornecimento de dispositivos médicocirúrgicos para o mercado da saúde, escolheu a PHC para agilizar o seu negócio. A empresa, criada em 2001, implementou o PHC Enterprise CS, com os módulos de Gestão, CRM, Factoring, ControlDoc, Contabilidade, Pessoal e Imobilizado e Suporte, “ficando com uma solução personalizada e adaptada à sua realidade”, garante o fornecedor. Desde o seu início que a LineaMédica tinha como prioridade implementar uma solução tecnológica que agilizasse e ajudasse no controlo do negócio, sobretudo nas áreas de gestão, de contabilidade e de relacionamento com os clientes (CRM). “As diretrizes para a aquisição da solução eram simples: uma solução fácil de usar, adaptável e que aceitasse desenvolvimentos posteriores conforme o crescimento da empresa e do negócio”. Victor Amoreira Rodrigues, administrador da LineaMédica, admitiu, em comu- nicado, que na e s c o lha deste produto foi fundamental o desempenho do interlocutor, a M2A, e a “sua capacidade de interpretar o que pretendíamos. As soluções da PHC possuem um bom equilíbrio entre o seu custo, o custo da sua customização e o benefício esperado, tendo sido adaptado às necessidades únicas da LineaMédica”, apontou o gestor. fatores a que demos especial atenção foi a marcação de consultas, nomeadamente de várias especialidades médicas em simultâneo, pelo que tentámos trazer a esta área toda a facilidade de utilização do Software PHC”. Outro dos pontos críticos salientados pelo administrador é o acesso condicionado à informação e a necessidade de personalizar os níveis de acessos à mesma, para que cada pessoa tenha acesso apenas ao que precisa realmente e a restante informação seja mantida confidencial. “Além disso, tivemos em especial atenção o permitir o registo de toda a informação importante de uma forma organizada e segura, mas em simultâneo de fácil consulta e pesquisa”. PUB 5HVHUYHRHVSDoRGDVXDHPSUHVD QR7HF&DPLQKD Saúde em ritmo acelerado Miguel Capelão, administrador da PHC Software, disse à “Vida Económica” que o peso da área de saúde no negócio da PHC tem registado um crescimento acelerado nos últimos anos, dado que desde o lançamento da solução para esta área, denominada PHC Clínicas CS, “temos vindo, mediante o feedback dos nossos clientes, a adaptá-la à realidade e às necessidades específicas desta área tão especial. É com muito orgulho que temos vindo a registar um elevado número de casos de sucesso em específico nesta área”. O administrador classificou a solução PHC para a área da saúde, nomeadamente o módulo PHC Clínicas CS, “uma solução estável”, pelo que não estão previstos novos investimentos no seu desenvolvimento. No entanto, não deixou de referir que a software-house está “permanentemente a Altitude Software compra empresa sueca e avança para nuvem A portuguesa Altitude Software comprou a maioria da ASP Nordic, uma empresa sueca fornecedora de serviços de software (application service provider) detida por investidores privados. Com este investimento, o objetivo da Altitude Software é lançar uma nova geração de soluções na nuvem para centros de contacto, dirigidas nesta fase ao mercado escandinavo. A ASP Nordic é um parceiro da Altitude Software desde 2008 e assegura já a operação na nuvem de soluções para milhares de utilizadores em alguns dos melhores centros de contacto nesta região, avançam em comunicado. “O nosso investimento na Suécia vem evoluir a mesma, limando algumas questões e desenvolvendo necessidades específicas mediante o feedback e sugestões dos utilizadores da mesma. Assim, em cada nova versão do software PHC CS, os nossos clientes desta área veem desenvolvidas algumas novidades que vêm agilizar o seu dia-a-dia. E, coincidentemente, estamos neste momento a decidir quais serão as novidades da próxima versão desta plataforma de produtos”. Miguel Capelão explicou que, muitas vezes, os problemas das clínicas, além das questões médicas, são a nível da organização e gestão do dia-a-dia. “Foram estes aspetos que tivemos em mente no desenvolvimento da nossa aplicação. Um dos sublinhar a importância estratégica deste mercado, pioneiro na adoção de soluções de software na nuvem para gerir operações de apoio ao cliente. Cada vez mais as empresas querem dedicar-se exclusivamente ao seu negócio e trabalhar com fornecedores especializados que fornecem e gerem as soluções tecnológicas de que necessitam” afirmou Gastão Taveira, CEO da Altitude Software. “Este novo investimento junta a experiência de fornecimento de serviços da equipa sueca com as competências de produto da equipa global para apresentar uma nova e poderosa oferta de centros de contacto na nuvem”. (VSDoRVGLVSRQtYHLVDSDUWLUGHRXPrV $VXDDWLYLGDGHSUHFLVDGHXPPyGXORGHH[SDQVmRQR7HF&DPLQKD 3DUD FULDU XPD GHOHJDomR LQLFLDU XPD DWLYLGDGH RX GLVSRU GH XP HVSDoR SUySULR GH DUPD]HQDJHPR7HF&DPLQKDpDPHOKRUVROXomRSDUDDVXDHPSUHVD $ORFDOL]DomRSULYLOHJLDGDSUy[LPRGD$DSUR[LPLGDGHGH9LDQDHGRVSyORVHPSUH VDULDLVGH9LDQD9LOD1RYDGH&HUYHLUDHGH3RUULQKRID]HPGR7HF&DPLQKDRORFDO LGHDOSDUDDH[SDQVmRGDVXDHPSUHVD &RPXPDYLVWDPDJQt¿FDVREUHRULR0LQKRH(VSDQKDR7HF&DPLQKDpRORFDOHVWUD WpJLFRSDUDDVXDDFWLYLGDGH 27HF&DPLQKDSURS}HOKHHVSDoRVIXQFLRQDLVHÀH[tYHLVDSDUWLUGHPFRPFDSDFL GDGHGHPGHDUPD]HQDJHPHPSURSULHGDGHRXHPDUUHQGDPHQWRFRPRSomRGH FRPSUDSURSRUFLRQDQGROKHDPHOKRUVROXomRGHLQVWDODomRHGHLQYHVWLPHQWR $RRSWDUSHOR7HF&DPLQKDEHQH¿FLDGHXPOHTXHDODUJDGRGHVHUYLoRVTXHLQFOXHP HVFULWyULRVVDODVGHIRUPDomRDORMDPHQWRSDUDDWLYLGDGHVSUR¿VVLRQDLVHSDUDWXULVPR 3URPRomRWHPSRUiULDFRPGHVFRQWRGHSDUDDVSUpUHVHUYDVHIHWXDGDVDWpGH-XQKR 9DORUHVVHPGHVFRQWRGH¼SDUDYHQGDH¼PrVSDUDDUUHQGDPHQWR (QWLGDGHSURPRWRUD&RPSULO/GD 3DUFHULD 0HGLD3DUWQHU WHFFDPLQKD#JPDLOFRP 6 7(&12/2*,$6'(,1)250$d®2 sexta-feira, 15 de junho 2012 AIR FRANCE/KLM, LUFTHANSA, AMADEUS, GATWICK AIRPORT E HEATROW SÃO ALGUNS DOS CLIENTES Setor da aviação é estratégico para o crescimento da Logica Desde o início do mês que Gil Oliveira é o novo “practice leader” da Logica em gestão aeroportuária, um setor considerado estratégico para o crescimento da empresa no nosso país, até porque, segundo os analistas, “vai crescer de forma intensa nos próximos 10 anos”. Além disso, é um setor onde basicamente as tecnologias de informação estiveram “congeladas” por uma regulação que Gil Oliveira apelida de “excessiva e limitativa” e que faz com que “algumas áreas, como os aeroportos, ainda estejam sujeitas a tecnologias antigas e pouco amigas do utilizador”. SUSANA MARVÃO [email protected] A Logica, empresa especializada em serviços de tecnologia e gestão, vai marcar presença na 22ª edição anual do ACI Europe Assembly & Congress, um evento destinado a profissionais do setor da aviação que reúne os principais líderes da indústria e que decorrerá em Madrid, entre os dias 20 e 22 de Junho. A participação da Logica neste encontro, segundo a empresa, irá sobretudo permitir uma partilha de experiência num sector que tem estado à margem da crise. À “Vida Económica” Gil Oliveira, “practice leader” da Logica em gestão aeroportuária, explicou que este é um setor considerado estratégico para o crescimento no nosso país, até porque, segundo os analistas, “vai crescer de forma intensa nos próximos 10 anos”. Além disso, é um setor onde basicamente as tecnologias de informação estiveram “congeladas” por uma regulação que Gil Oliveira apelida de “excessiva e limitativa” e que faz com que “algumas áreas, como os aeroportos, ainda estejam sujeitas a tecnologias antigas e pouco amigas do utilizador”. Hoje, este setor, segundo o responsável, já tem um peso interessante na Logica PLC, que conta com clientes como a Air France / KLM, a Lufthansa, o Amadeus, o Gatwick Airport, Heatrow entre outros. Apesar da situação económica atual vivida na Europa, a verdade é que os aviões e os pas- sageiros têm que continuar a voar e os serviços têm que, obrigatoriamente, funcionar com a máxima eficiência. “A segurança destes é um ponto fulcral, exigindo assim um esforço extremo por parte dos aeroportos, companhias aéreas e autoridades da aviação. E é aqui que a Logica pode ajudar, graças ao seu know-how em transportes e logística”. No setor dos transportes aéreos, a Logica tem experiência na conceção e organização de sistemas de gestão operacional em vários dos maiores aeroportos europeus. “O que inclui tudo desde a chegada à partida de voos e à gestão de clientes das companhias aéreas. Para as transportadoras aéreas e empresas de suporte, a Logica desenvolve, entre outros, sistemas de funções de apoio para RH, gestão de infraestruturas, sistemas de fidelização de passageiros e planeamento de rotas inteligentes para otimização de combustível”. A Logica desenvolve ainda os sistemas de controlo de tráfego aéreo de muitas das autoridades de aviação civil. Em Portugal, a empresa dá como exemplo o “GO”, um sistema de gestão aeroportuária desenvolvido em parceira com a ANA. “Este projeto apoia atualmente equipas operacionais da ANA em nove dos aeroportos geridos pela mesma”. O ACI Europe Annual Assembly & Congress recebe anualmente cerca de 450 profissionais, que discutem e avaliam as melhores soluções no mercado. Todos os anos, o ACI aborda importantes questões sobre a indústria da aviação e, nesta edição, o tema da conferência será “Colocar os passageiros em primeiro lugar – dos gestores de infraestruturas através de prestadores de serviço”. Para além do GO, as “apps” Questionado sobre que impacto tem este setor no volume de negócios conquistado em Portugal, Gil Oliveira salienta que, mais do que o impacto no volume de negócios nas operações no nosso país, que é ainda pequeno, é a importância de ser um setor onde a Logica “tem conhecimento de negócio e desenvolve soluções passíveis de serem exportadas usando a estrutura capilar de vendas da Logica em mais de 40 países. Este trabalho de preparação para exportação foi iniciado há seis meses e contamos começar a ter frutos deste investimento a partir do final deste ano”. Para além da solução bandeira da Logica neste sector, o GO (Global Operations), que é um sistema para a gestão de operações aeroportuárias desenvolvido em parceria com Desde o início do mês de junho que Gil Oliveira é o novo “practice leader” da Logica em gestão aeroportuária. Um setor considerado estratégico para o crescimento da empresa no nosso país. a entidade que gere os principais aeroportos Portugueses, ANA, a empresa também desenvolve apps para dispositivos móveis para linhas aéreas e aeroportos, sistemas de controlo de acessos para aeroportos e sistemas de apoio à venda a bordo (ProLogistica). Esta não é a primeira vez que a Logica participa neste encontro. Em 2011, no mesmo evento (ACI Europa, Assembleia geral e exibição) que teve lugar no Estoril e em que o anfitrião foi a ANA, Aeroportos de Portugal, a empresa já tinha marcado a sua presença. “Este evento proporcionou um ótimo retorno comercial, pelo que apostamos novamente em estar em Madrid para projetar o que de melhor se faz em Portugal nesta área”. Desde Junho a liderar área Desde o início de junho que Gil Braz de Oliveira é o novo “practice leader” em Gestão Aeroportuária, tornando-se responsável pela promoção da integração avançada das TIC em toda a cadeia do mundo aeroportuário nos mercados de Portugal, Espanha e mais cinco países da América Latina. Licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico e MBA pela AESE/IESE Universidade de Navarra, o responsável da Logica tem um percurso profissional que inclui passagens por outras indústrias, com especial enfoque na indústria de produção automóvel, onde as tecnologias de informação e a integração de sistemas de uma vasta comunidade de fornecedores permitem índices de produtividade significativos. Está na Logica desde 2006, onde já foi responsável internacional pela área de serviços documentais e, mais recentemente, pela unidade vertical de Transportes & Logística. “Sendo as infraestruturas aeroportuárias de extrema complexidade pela sua natureza, os sistemas de informação ganham uma relevância única por permitirem aos operacionais destas autênticas cidades tomarem as decisões certas com a informação certa. O alargamento desta prática à região Ibérica e América Latina vem, assim, endereçar um maior e promissor mercado”. Alert e brasileira Benner criam oferta de sistemas informáticos de saúde no Brasil A subsidiária no Brasil da portuguesa Alert estabeleceu uma parceria com a brasileira Benner Sistemas com o objetivo de criar “a maior plataforma tecnológica do Brasil para serviços de saúde”, anunciaram em comunicado de imprensa. Para isso, as empresas vão juntar a suite clínica Alert e as soluções de gestão da empresa catarinense. As duas empresas vão unir operações, prevendo-se um volume de negócios de cerca de 115 milhões de euros em três anos. A parceria comercial poderá dar lugar a uma joint-venture, a ser aprovada formalmente pelos Conselhos de Administração das duas empresas. Recentemente, as duas empresas estiveram presentes com imagem e oferta conjunta (Alert & Benner) no maior evento de saúde da América, a Feira Hospitalar, em São Paulo, tendo a notícia da aliança sido capa de revistas e jornais de grande impacto no Brasil. “A Alert & Benner irá disponibilizar o mais avançado produto de prática clínica hospitalar aliado à maior solução admi- nistrativa e operacional de saúde. Com a união, é gerado um portefólio completo de soluções integradas para hospitais, que combinam os produtos Alert – processo clínico eletrónico e gestão clínica –, com os sistemas de gestão hospitalar, administrativa e financeira da Benner”. No comunicado, as empresas assumem que o objetivo é disponibilizar os produtos através de um modelo de negócio que sirva hospitais públicos e privados de todos os portes, oferecendo acesso ao que há de melhor no mercado mundial, por meio de tecnologias inovadoras. “Os profissionais da Benner e da Alert Brasil irão trabalhar em conjunto na integração dos novos produtos e dos serviços, assim como em ações comerciais. A nova equipa, focada no mercado de saúde hospitalar, será composta por aproximadamente 400 colaboradores – dos quais mais de 250 profissionais são certificados nas mais diversas tecnologias –, distribuídos pelos escritórios de São Paulo, Maringá, Belo Horizonte e outras capitais do país”. 7(&12/2*,$6'(,1)250$d®2 7 sexta-feira, 15 de junho 2012 PEDRO PAULO, CEO, ASSUME QUE A INTERNACIONALIZAÇÃO VAI SER ACELERADA “Portugalidade” é um dos pilares da Gatewit a Assembleia da República ou a ANACOM. Pedro Paulo, CEO da Gatewit, explicou à “Vida Económica” que toda a tecnologia desenvolvida pela Gatewit é 100% portuguesa, sendo este um dos pilares da empresa. Como forma de reforçar ainda mais esta aposta, a Gatewit inaugurou um Centro de Competências, uma incubadora de tecnologia nacional que representa um investimento de três milhões de euros e a criação de 40 postos de trabalho, a três anos. “O objetivo é que daqui saiam todas as soluções para os nossos vários mercados, em qualquer parte do mundo, incluindo Portugal”. Agenda Digital Europeia é uma oportunidade Pedro Paulo, CEO da Gatewit, quer reforçar a quota de mercado nacional e continuar a aposta intensa no processo de internacionalização. O nosso país ainda é o principal mercado em termos de resultados da Gatewit, mas os mercados internacionais valem já 10% do volume de negócios e representam uma forte aposta, com investimentos anuais na ordem dos três a quatro milhões de euros. A empresa está já presente em Espanha, Brasil e EUA (Silicon Valley). “Recentemente entrámos também no mercado do Reino Unido, com a inauguração dos nossos escritórios em Londres, e estamos já a pensar nos próximos passos”. Nos próximos dois anos, os planos passam por reforçar a quota de mercado nacional e continuar a aposta intensa no processo de internacionalização. “Por um lado, existe um grande potencial a nível europeu, com a implementação da Agenda Digital Europeia, que estabelece que a partir de 2016 as compras públicas através de plataforma eletrónica serão obrigatórias no espaço da União Europeia, como forma de gerar poupanças significativas para os contribuintes. Em Portugal, e-Procurement já é o modelo standard de aquisição e compras públicas desde 2008”. Por outro lado, diz Pedro Paulo, a Gatewit quer reforçar a exploração de outros mercados com grande importância fora do espaço europeu, “mas pautandonos sempre por uma gestão cautelosa: sempre com capitais próprios, entrando nos mercados, conquistando clientes e reforçando as equipas”. Questionado sobre se o retorno do investimento no desenvolvimento do Supplier já foi alcançado, Pedro Paulo explica que o verdadeiramente importante é desenvolver soluções o mais adequadas possível às necessidades dos clientes “e que sejam capazes se constituir como verdadeiras mais-valias nos negócios e nos resultados de quem utiliza as nossas soluções”. Por isso, explicita que o retorno que considera mais importante é a satisfação do “cliente e a eficiência e eficácia dos nossos produtos. Nesse sentido, a evolução desta nossa plataforma cumpre estes requisitos, devido às vantagens que tem sobre outras soluções”. Agora, diz Pedro Paulo, é mais fácil visualizar e acompanhar a evolução do negócio, ao mesmo tempo que se obtém mais informação sobre o comportamento dos concorrentes. “Outra novidade é a possibilidade de receber mensagens SMS com alertas que podem tornar-se decisivos para aproveitar as oportunidades de negócio”. PUB Portugal ainda é o principal mercado em termos de resultados da Gatewit, empresa portuguesa especializada no desenvolvimento de plataformas e-business. Nos próximos dois anos, os planos de Pedro Paulo, CEO da Gatewit, passam por reforçar a quota de mercado nacional e continuar a aposta intensa no processo de internacionalização. Entretanto, a empresa tem já disponível a nova versão do Supplier 4.0, uma plataforma de compras públicas eletrónica. SUSANA MARVÃO [email protected] A Gatewit, empresa portuguesa especializada no desenvolvimento de plataformas e-business, tem já disponível a nova versão do Supplier 4.0, uma plataforma de compras públicas eletrónica. O objetivo desta nova versão é tornar mais fácil visualizar e acompanhar a evolução do negócio, ao mesmo tempo que se obtém mais informação sobre o comportamento dos concorrentes. “Outra novidade é a possibilidade de receber mensagens SMS com alertas que podem tornar-se decisivos para aproveitar as oportunidades de negócio”, avança a empresa. Outra das funcionalidades agora disponíveis na plataforma da Gatewit é um ranking onde se vê quais as empresas que estão a lançar mais pedidos de compras, o que possibilita, nomeadamente, direcionar a oferta das empresas às necessidades de quem está a comprar. Novidade é, também, um ranking que permite obter informações sobre a performance dos concorrentes. Destaque, ainda, para a possibilidade de receber alertas via SMS. Com a nova versão, os utilizadores podem configurar a plataforma para receber mensagens com alertas sempre que um procedimento seja lançado, receba um esclarecimento a alguma dúvida, ou novas adjudicações de contratos. Por último, passa a ser possível o fornecedor destacar-se em relação aos outros concorrentes no interface do comprador. “Este realce será feito com a introdução do logotipo, informações e dados do fornecedor, sendo uma das vantagens em termos de visibilidade”. Tecnologia 100% nacional Neste momento, existem cerca de três mil entidades compradoras a utilizar a plataforma compras públicas da Gatewit, onde figuram clientes como a Estradas de Portugal, a Parque Escolar, a ANCP, o Banco de Portugal, o Instituto de Segurança Social, a Câmara Municipal do Porto, a Câmara Municipal de Setúbal, 8 7(&12/2*,$6'(,1)250$d®2 sexta-feira, 15 de junho 2012 A QUATRO ANOS, 4244 NOVOS POSTOS DE TRABALHO SERIAM CRIADOS E UM AUMENTO DE 1150 MILHÕES DE EUROS NO PIB “Pirataria” tem impacto negativo na economia Wabbit disponibiliza software de gestão de crédito A tecnológica Wabbit, que resultou de um spin-off da área tecnológica da empresa de gestão de crédito portuguesa Domusvenda, apresentou ao mercado uma solução tecnológica de gestão de carteiras de crédito em cumprimento e incumprimento e ferramenta de gestão património imobiliário. Para Sérgio Monteiro, o presidente e fundador da empresa, “esta decisão foi o culminar de um processo natural de crescimento da Wabbit, que pode, neste momento, expandir o seu leque de clientes quer no mercado interno quer no mercado externo, como já acontece atualmente em Espanha”. O LMP é uma ferramenta de gestão de crédito em cumprimento e incumprimento, gestão de património imobiliário e processos em contencioso, com scoring de devedores. Neste momento, o LMP gere aproximadamente 5 mil milhões euros de volume de crédito. Os objetivos de curto-prazo passam por consolidar a sua carteira de clientes em Portugal e Espanha e iniciar durante o ano 2012 o seu processo de internacionalização para o mercado norte-americano e brasileiro. Sérgio Monteiro considera ainda “existir um movimento de consolidação das carteiras de crédito em Portugal, que faz surgir no mercado novas entidades interessadas no setor e a Wabbit tem uma solução “chave na mão” que poderá dar o suporte tecnológico necessário a esses projetos na área de crédito, com as vertentes contencioso e gestão imobiliário”. Departamentos e empresas de tecnologia têm pouco conhecimento da sua dívida de TI O estudo é do Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa. E estima que uma redução em 10% da taxa de pirataria informática em Portugal, num prazo de quatro anos, teria como efeito qualquer coisa como a criação de 4244 novos postos de trabalho, um aumento de 1150 milhões de euros no Produto Interno Bruto e receitas fiscais suplementares de 320 milhões de euros. Com base no estudo internacional “Piracy Impact Study – the benefits of reducing software piracy” da BSA – Business Software Alliance e da IDC – International Data Corporation que analisou 42 países mas não incluiu Portugal, o Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa resolveu “atualizar” os dados para o nosso país e concluiu que a economia nacional beneficiaria de impactos significativos com a redução da utilização ilegal de programas informáticos. A taxa de pirataria em Portugal estava estimada em 40% em 2011, próxima da média mundial (42%), mas muito acima da verificada nas economias mais desenvolvidas. Esta taxa representa uma perda anual em rendimento no mercado nacional de 193 milhões de euros. Contudo, a sua redução teria um efeito multiplicador no conjunto da economia, permitindo uma recu- peração muito superior às perdas de receitas. “O objetivo de reduzir em quatro anos esta taxa para 30% constitui um desafio interessante e ambicioso para Portugal, que obriga à observação das melhores práticas internacionais”, revela o documento. O estudo revela que — em quatro anos, o Estado poderia arrecadar uma receita fiscal adicional de 320 milhões de euros, para um aumento do PIB em 1150 milhões de euros — cerca de 0,6% do PIB atual. Em termos de impacto no emprego, ao longo dos próximos quatro anos seriam criados 4244 novos postos de trabalho. Estudos anteriores revelam que estes impactos são sobretudo benéficos para as empresas locais, uma vez que a perda de rendimento causada pela pirataria afeta todo o ecossistema local das Tecnologias de Informação, que vai da produção de software à sua distribuição e aos prestadores de serviços conexos. O estudo analisa ainda o perfil socioeconómico do fenómeno da pirataria, procurando encontrar correlações entre as várias dimensões das áreas de desenvolvimento humano – corrupção, abertura tecnológica, educação e qualidade da justiça – e as taxas de pirataria calculada pela BSA – Business Software Aliance. Em resumo, a análise dessas dimensões evidencia que, quanto maior o nível de rendimento de um país, menor a taxa de pirataria. E que, quanto maior o nível de desenvolvimento humano, menor a taxa de pirataria. Por outro lado, a pirataria é uma característica dos países com menor abertura tecnológica, assim como existe uma forte correlação entre taxa de pirataria e perceção da corrupção. Existe ainda uma relação entre pirataria e índices de formação e educação, isto é, os países onde os resultados escolares são mais elevados apresentam taxas de pirataria mais baixas. “Estes resultados no conjunto dos países analisados indicam que a pirataria será mais expectável em ambientes menos desenvolvidos, mais pobres, mais corruptos, menos educados, e com um conjunto alargado de limitação no acesso tecnológico”. O estudo aborda estes resultados no contexto da atual crise financeira, que vários países europeus enfrentam. Ainda assim, apesar da crise, a tendência para a subida da taxa de pirataria expectável em consequência não se verificou ainda em Portugal. “A explicação para esse fenómeno poderá residir em muitas iniciativas políticas criadas para promover o acesso à informática, nomeadamente os programas de promoção da literacia informática ao nível das escolas, e, sobretudo, os programas de distribuição maciça de computadores pessoais – e-escola e e-escolinha —, que vieram permitir um maior nível de utilização de software licenciado”, lê-se no documento que apresenta o estudo. Contudo, a continuação da crise financeira representa riscos elevados de contração do rendimento que podem conduzir a um aumento da pirataria em Portugal. “Pelos ganhos económicos evidenciados no estudo, a evolução pretendida carece de acções concertadas e empenho especial por parte da Justiça, da Tecnologia e da Educação. Mas é também evidente que a luta contra a pirataria passa por uma questão cívica e pela sensibilização dos utilizadores ao valor da propriedade intelectual”, sintetiza o professor Ricardo Ferreira Reis, coordenador do estudo realizado pelo Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica. Quase metade dos principais atores no mercado das TI, sejam empresas de tecnologias de comunicação sejam departamentos de sistemas de outros sectores, não conhecem o valor da sua dívida de TI. Um desconhecimento que, segundo a Micro Focus, aumenta o risco do seu negócio. “A dívida de TI representa o custo de limpar os atrasos de manutenção para manter o portfólio de aplicações totalmente atualizado”, explicou a empresa na apresentação do estudo “Mainframe Transformation: the Elephant in the Room”, um relatório independente e global, da autoria da consultora Vanson Bourne. Neste documento, 590 CIO e diretores de TI de todo o mundo responderam e afirmaram que, em média, a sua dívida de TI ascendia a 10,9 milhões de dólares, dos quais 8,5 milhões de dólares estão relacionados com aplicações mainframe. Previram ainda um aumento de 9% nos próximos cinco anos. Outro documente, neste caso elaborado pela Gartner, prevê que a dívida total de TI de todas as empresas ultrapasse os mil milhões de dólares nos próximos cinco anos. No seu relatório “2012 Planning Guide: Application Delivery Strategies”, a Gartner recomenda aos líderes do setor que lancem um programa técnico para gerir a dívida e poder compreender e enfrentar este problema. Porém, 44% dos participantes do estudo reconheceram não dispor de qualquer processo estruturado para medir e gerir a sua dívida presentemente ou nem saberem sequer se dispunham. 45% dos que não dispõem de um processo também não tinham pensado em implementar um. No âmbito do relatório da Micro Focus, apesar de admitirem a sua dívida, 87% dos inquiridos confirmaram que dispõem de um processo de revisão estruturada e estratégias para o seu portfólio de aplicações, que reveem, em média, de quatro em quatro meses. Contudo, mais de metade (57%) admitiram não ter uma visão clara dos pormenores. Exemplo disso é o facto de um em cada vinte ter confessado que o seu portfólio de aplicações era um “emaranhado de confusões”. E quase um quinto (18%) afirmou dispor de aplicações que não sabia atualizar e nas quais não se atrevia a tocar. Outros 18% confirmaram que tinham aplicações redundantes que consomem recursos MIPS, sem capacidade para as identificar e eliminar. Por outro lado, 15% afirmaram que a atividade de fusão e aquisição tinha criado um panorama muito confuso das aplicações que têm.