O PESO DO PARAÍSO Rui Chafes Curadoria: Isabel Carlos 13 de fevereiro a 18 de maio de 2014 CAM - Hall, Nave, Sala A e B e Jardim Terça-feira a domingo, das 10h às 17h45 O Peso do Paraíso é a primeira exposição antológica de Rui Chafes, um dos mais importantes artistas da sua geração, abrangendo duas décadas de produção artística. Figura de vulto do movimento de retorno à escultura, que se verificou em finais do século XX, apresenta nesta mostra mais de uma centena de esculturas em ferro que vão ocupar a nave central e algumas salas do CAM, estendendo-se também ao jardim da Fundação. O jardim assume, aliás, uma grande importância nesta mostra, já que o mundo botânico constitui uma referência importante no trabalho do artista. Uma das quatro peças inéditas criadas especialmente para a exposição estabelecerá precisamente uma ligação entre o espaço interior e exterior do CAM. Isabel Carlos, diretora do CAM e também curadora da exposição, salienta o “universo físico poderoso” criado por Rui Chafes a partir da pesquisa de conceitos como o sonho, a morte ou a dor. Agarradas à terra ou suspensas no ar, as suas esculturas, sobretudo as obras em rede de ferro, são frequentemente atravessadas pela luz, reforçando, de acordo com a curadora, uma das principais matrizes do seu trabalho: a transformação de um material pesado e bruto como o ferro em algo de frágil e orgânico. A dimensão da escrita é outra matriz importante do trabalho de Rui Chafes que esta exposição dará a ver. “O que procuro no meu trabalho são formas que funcionem como caracteres de escrita. O ferro é sempre tornado negro ou cinzento para que se esconda como material”, sublinha. Esta dimensão é tanto mais importante quanto o artista também escreve e traduz (nomeadamente, os Fragmentos de Novalis) e tem vários livros publicados com referências ao romantismo alemão e à estética do sublime. Os desenhos que se incluem na exposição mostram, de um modo claro, esta proximidade à escrita, assim como os títulos das obras que abrem novos campos de leitura e interpretação para a escultura ou para o desenho. Recusando uma estética de entretenimento, o artista afirma querer “resistir a um mundo digital, colorido, transparente, escorregadio”, tentando estabelecer “uma estratégia da lentidão contra uma estratégia da aceleração, uma estratégia do peso contra uma estratégia de leveza”. Em termos formais, a obra de Rui Chafes é, refere Isabel Carlos, “herdeira do minimalismo”, apesar de ser trabalhada de um modo único e singular. “Nenhuma escultura de Chafes lembra mais nada do que uma escultura de Chafes”, sintetiza. A mostra inclui ainda duas obras do artista realizadas em colaboração com outros criadores: a artista irlandesa Orla Barry e o cineasta Pedro Costa. Vídeo da montagem: http://cam.gulbenkian.pt/index.php?article=71895&visual=2&langId=1 (fevereiro 2014) Biografia do artista Rui Chafes (n. 1966) é formado em Escultura pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (1984-89). As suas primeiras exposições individuais na Galeria Leo, 1986 e 1987, e no Espaço Poligrupo Renascença, em 1988, definem um período inicial marcado pela criação de instalações nas quais usava materiais variados, como troncos, canas, fitas de platex, ripas de madeira e plástico, que viria a abandonar, mais tarde, a favor do uso exclusivo do ferro pintado de preto, convocando, assim, para o seu trabalho a experiência física da sua configuração, alquímica e industrial. VISITAS À conversa com a curadora e com a artista 28 de fevereiro (sexta-feira) às 17h00 / Visita orientada por Isabel Carlos e pelo artista Rui Chafes Domingos com Arte 16 de fevereiro, 23 e 30 de março e 11 de maio (domingo) às 12h00 / Visitas orientadas por Cristina Campos e Susana Anágua Uma obra de arte à hora de almoço 21 de março e 9 de maio (sexta-feira) às 13h15 / Visitas orientadas por Cristina Campos Visita Demonstração - Especial Dia Internacional dos Museus 18 de maio (domingo) às 11h00 / Visita orientada por Ana João Romana Serviço Comunicação Tel. 21 782 3217 / 21 782 3602 [email protected] INFORMAÇÕES ÚTEIS Centro de Arte Moderna Rua Dr. Nicolau de Bettencourt 1050-078 Lisboa www.cam.gulbenkian.pt [email protected] Receção: 21 782 3474 - 21 782 3483 Bilheteira Exposições CAM / Adultos: 5,00 € Passe diário Fundação (todas as exposições, múltipla entrada num só dia): 15,00 € Descontos: 20% portadores do Lisbon Card / Cartão de Turismo de Lisboa 50% portadores de Cartão Jovem, estudantes até aos 25 anos e maiores de 65 anos Entrada gratuita: Domingos; Menores de 12; Jovens até aos 18 anos quando acompanhados por familiar; Membros do ICOM, AICA E APOM; Grupos organizados por entidades de Solidariedade Social; Acompanhantes de pessoas com deficiência e com mobilidade condicionada. Horário: De terça-feira a domingo das 10h às 17h45 Encerrado às segundas-feiras e nos dias 24 e 25 de dezembro, 1 de janeiro, domingo de Páscoa e 1 de maio.