BIBLIOTECA UNIVERSITARIA DI GENOVA – PERCORSI TEMATICI
UNIVERSALITAS & PERVASIVITAS
IL COSTITUIRSI E DIFFONDERSI DELLA
S.J. E SUOI ECHI (1540 - 1773)
di A. Pisani
Schede autori Attività missionarie ed esplorazioni non gesuite
Sebastião Manrique
Frei Sebastião Manrique (Porto, c. 1590 — Londres,
1669) foi um monge agostiniano português. Autor
duma relação de Viagens[1] ao Arracão.
Índia
Nasceu no Porto entre 1590 e 1600. Ligado à ordem
dos Agostinhos, foi mandado para Goa, onde
permaneceu vários anos, primeiro como noviço e
mais tarde como frade, residindo no mosteiro da sua
Ordem. Em 1629, enviado a Ugulim (cidade do
Bengala sob autoridade do Grão Mogol, onde se
tinham estabelecido cerca de trezentos portugueses,
casados maioritariamente com mestiças ou indianas,
sendo o resto da população uns dez mil índios
convertidos ao cristianismo), aí permaneceu algum
tempo, até que o ano seguinte (1630) foi transferido
para o Arracão.
Arracão
Dianga
Manrique foi obrigado a ir àquele reino, mandado
para Dianga, em frente de Xatigão que embora
pertencesse geograficamente ao Bengala, estando separado do Arracão por grandes serras, nessa
época fazia parte deste último reino. Dianga era uma povoação exclusivamente cristã : portugueses,
mestiços de portugueses, e escravos. Esses habitantes, independentes de Goa, eram bem diferentes
dos comerciantes de Ugulim : dedicavam-se a pirataria, raptando homens, mulheres e crianças, e
vendendo-os como escravos. Eram protegidos do Arracão porque eram temidos de todos os
habitantes da região, e por isso guardavam essa fronteira dos inimigos dos arracaneses : Bengaleses,
e sujeitos do Grão-Mogol. Pouco tempo depois de lá ter chegado Manrique, também chegou uma
carta da comunidade portuguesa de Mrauk-U, capital do Arracão, em 30 de Julho de 1630. Dizia
essa carta que o rei de Arracão, Sirisudhammaraja, prevenido que os portugueses de Dianga
queriam deixar entrar as forças do rei de Dacca em Xatigão, tinha mandado uma grande força naval
para destruir a povoação.
Em Dianga não havia homem válido, porque todos tinham partido numa expedição de pirataria.
Apenas ficava lá Gonçalves Tibau (sobrinho ou parente de Sebastião Gonçalves Tibau), que estava
de febres. Decidiram ir a Mrauk-U falar com o rei e convencê-lo do erro em que estava. Partiram o
dia seguinte.
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Maamuni
Entrevista com o rei
A viagem foi muito difícil. Era durante a Monção e não se podia ir por mar. Chovia muito, um
homem foi atacado e morto por um tigre, com muitos trabalhos conseguiram passar numa galé a foz
do rio Maiu (ou Mayu), chamado então golfo de Maum, com o temporal. Em 25 de agosto
encontraram o rei em Maamuni, lugar do Arracão onde estava a "Grande imagem", estátua de Buda
que a lenda dizia ter sido feita em vida e em presença dele mesmo. Essa estátua encontrava-se na
colina de Siriguta, num recinto que ocupava toda a colina. Dentro do recinto constituído por três
pisos, no mais alto havia também o sino Yattara "com inscrições mágicas e tábuas astrológicas"
gravadas para repelir todas as invasões, e no santuário a estátua de bronze, "objeto mais velho, mais
misterioso e mais sagrado de todo o mundo" fazendo do Arracão a terra budista por excelência,
conservando a "imagem autêntica do Tathagata[2]"[3] (Em 1784 essa imagem foi levada para o
"pagode de Arracão", em Mandalay).
A entrevista com o rei passou-se bem e Manrique convenceu-o da boa fé dos portugueses.
Mrauk-U
Quando o rei depois foi para sua capital Mrauk-U, Manrique também o encontrou lá, e aproveitouse para lhe pedir a construção duma igreja num subúrbio da cidade, Daingri-pet, onde estava
estabelecida a comunidade portuguesa. O rei aceitou e a igreja foi sagrada em 20 de Outubro de
1630.[4]
Tesouro Real
Teve ocasião de visitar o tesouro real, cujas peças mais valiosas tinham sido trazidas do Pegu pelo
avô do rei Razagri quando tinha invadido a Birmânia, (já eram despojos de Aiutia, reino do Sião,
que Bain-Naung rei do Pegu, tinha invadido em 1564).
As Jems
Viu os brincos de rubis, os Chauk-na-gat, de valor fabuloso que brilhavam extraordinariamente, e o
Elefante Branco, Elefante sagrado, um dos quatro que tinham vindo do Sião, os outros tendo
morrido, "o símbolo da realeza", uma das sete «Jems», que o futuro "Monarca universal", budista,
devia possuir.[5]
A rainha velha
Encontrou também a "Rainha Velha", Htwe Naung, filha do rei Nandabayin, que Razagri tinha
trazido do Pegú com os despojos, e com quem casou. Não era avó de Sirisudhammaraja, os seus
filhos tendo sido assassinados, mas "como Rainha Viúva a sua posição era de primeira dama da
côrte".[6] Pediu-lhe que os habitantes locais convertidos ao cristianismo fossem morar para
Daingri-Pet, para estar mais perto da igreja. Ela concordou. A entrevista foi muito comovente
porque a presença do padre fez que a rainha se lembrasse da sua infância na Birmânia, Pegu, onde
ela ia por vezes à igreja.
Volta para Dianga
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Partiu para Dianga em Janeiro de 1631, e perto daí, em Angaracale, uma vizinha aldeia de
pescadores, edificou uma igreja, com a aprovação do rei. Fez o seu trabalho de vigário e aí ficou
dois anos.
Ugulim
Durante a sua estadia em Dianga, Ugulim foi atacada. Em Maio de 1632 Xá Jeano, que havia quatro
anos, tinha subido ao trono do império, "muçulmano fanático",[7] e anticristão, argumentando que
esses portugueses tinham relações comerciais com os piratas de Dianga, aliados do seu inimigo o rei
de Arracão, ordenou ao vice-rei de Bengala "que marchasse contra Ugulim, a saqueasse e a
incendiasse em nome do profeta e no interesse do estado".[8] O vice-rei Cassim Cã, hesitou, porque
os portugueses faziam muito medo nessa época, tendo a reputação de quase invencíveis. Mas
acabou por atacar, com a ajuda dum renegado português Martim de Melo. A cidade não tinha
muros, e afinal os cento e cinquenta mil homens da armada conseguiram invadir Ugulim depois
dum cerco de mês e meio, mas a maior parte dos portugueses tinha conseguido escapar,
estabelecendo-se na ilha de Saugar, na embocadura do rio Hugli, onde decidiram constituir uma
colónia. Entretanto o rei Sirisudhammaraja prevenido do ataque a Ugulim, mandou uma armada
contra os mogóis, que chegou depois da tomada da cidade, mas conseguiu atacar a frota mogol que
regressava a Daca, incendiando-a, e recuperando muitos despojos de Ugulim.
Nova viagem de Manrique para Mrauk-U
Em Outubro ou Novembro de 1633 Manrique recebeu cartas que lhe pediam de voltar a Mrauk-U,
ajudar o embaixador Gaspar de Mesquita a concluir um tratado entre o vice-rei da Índia D. Miguel
de Noronha, e Sirisudhammaraja, este querendo uma aliança das forças portuguesas e Arracanesas
para atacar o Grão-Mogol no Bengala.[9] As negociações duraram cinco meses, até Março de 1634,
mas afinal tal tratado não foi concluído, o embaixador constatando que Sirisudhammaraja tinha
sonhos de império mundial, e o Estado da Índia não podendo desafiar o império Mogol, tornando-se
seu inimigo. Mas o rei "profundamente desapontado" impediu Manrique de tornar a Dianga,
dizendo que lhe tinha construído uma igreja, e que tinha de ficar.[10]
O hábito amarelo
Enquanto permanecia na capital, no fim do ano de 1634, um monge budista veio visitar Manrique,
mostrando-lhe uma carta em latim. Quem a tinha escrito era um comerciante português, Inácio
Gomes, de Estremoz, que havia 26 anos tinha naufragado nas costas do Arracão, e acusado com
seus companheiros de pirataria, tinha sido exilado "para uma região situada nas montanhas a alguns
dias de marcha da capital", tendo-lhe sido previamente cortados os tendões das pernas, para que não
possa fugir. Assim costumavam fazer a esse tipo de prisioneiros. Vivia então nessa região, desde
essa época, isolado dos outros portugueses, casado com a irmã do monge. Na carta pedia a visita de
Manrique : "Peço-lhe (…) para vir aqui salvar-me a alma". O tom era tão desesperado que
Manrique decidiu tentar a aventura. Por isso pegou o hábito amarelo dos frades budistas, e assim
disfarçado, em companhia do monge conseguiu sair da cidade e encontrar o exilado. Ficou seis
semanas na região, batizando, confessando, este e outros poucos portugueses, e consegui voltar a
Mrauk-u, em companhia do mesmo monge, sem que as autoridades tivessem presenciado da sua
ausência.[11]
O Elixir
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Mas grandes eventos tinham acontecido em Mrauk-U. O rei tinha encontrado um "maometano" que
passava por médico e possuidor de segredos ocultos. Foi tanta a confiança que o rei lhe deu que este
acabou de convencê-lo que bebendo certo elixir tornaria-se invencível, e poderia a partir de aí
consagrar-se à conquista do mundo. Mas para fazer o elixir, necessitava, entre outros ingredientes
de seis mil corações humanos!
O rei era budista, profundamente convencido, e matar seis mil pessoas parecia coisa muito contrária
aos seus preceitos. Mas o seu estado não era normal. Já havia algum tempo que o seu
comportamento o indicava, e o embaixador português, assim como Manrique já o tinham
constatado. O reino pacífico, de paz universal que cria fundar, tinha que começar por este
sacrifício… Afinal concordou, e as suas armadas dedicaram-se a encontrar pessoas, perdidas,
isoladas, para matá-las. Ao princípio a população não se apercebeu de nada, mas 6000 pessoas que
desapareciam não podia ficar um segredo. Os soldados entravam nas casas abertas durante a noite, e
afinal a verdade soube-se. As 6.000 pessoas foram realmente mortas, o "elixir" foi fabricado, mas a
população, e não só, esperava pela vingança.
Entretanto tendo bebido o elixir, o rei preparou a sua coroação que aconteceu em 23 de Janeiro de
1635. Aínda não tinha sido coroado, apesar de ser rei já havia 12 anos, porque uma predicção dizia
que pouco depois seria morto. Mas agora estava seguro. Manrique têve que assitir às magestosas
cerimónias que tiveram lugar. Pouco depois pediu mais uma vez ao rei de o deixar partir, ao que
este afinal consentiu.[12] Voltou então para Dianga.
Banja
Em Dianga "encontrou uma carta do Provincial da Ordem e do vice-rei de Goa. A primeira
ordenava que fosse a Banja, em Orissa, em obra missionária. Ao mesmo tempo, o vice-rei pedia-lhe
que negociasse um tratado de comércio com o governador de Hijli, cidade próxima de Banja" (294).
Embarcou numa galé e partiu. Ao cabo de 11 dias desembarcou com os companheiros para almoçar.
Já não ficava longe de Banja, mas um barco-patrulha avistou-os e pensando ser piratas prendeu o
barco com os remadores e desistiu de apanhar Manrique e seus quatro companheiros. Depois de
grandes trabalhos estes foram recolhidos por aldeãos que os denunciaram, foram presos,
maltratados, e enviados para Midnapur. Durante essa viagem Manrique consegui convencer o
oficial que era um frade tinha deixado seu hábito na galé), e inocente. Em Midnapur, da mesma
maneira convenceu o juiz, com a ajuda dum comerciante muçulmano que falava português, e
conhecia os portugueses de Ugulim, além do Vigário de Banja. O juiz mandou cartas para Banja,
para verificação da sua identidade. Foram então libertados e o "amável comerciante amigo"
muçulmano acompanhou-os no primeiro dia da jornada, depois de os ter albergado, e fornecido o
necessário. Quando este partiu, Manrique agradecido, caiu aos pés dele «e com as mãos erguidas ao
Céu pedi a Deus que não me concedesse mais favores a mim do que a ele». "Em resumo - diz
Maurice Collis -, pediu que, de qualquer modo, o mouro ficasse livre do Inferno e fosse
recompensado com o Céu. Não é provável que nenhum agostinho tenha feito antes tal pedido".[13]
Chegou a Banja, fez o seu trabalho e depois foi a Hijli tratar da outra missão. Mais tarde tomou um
navio Cochim, onde chegou em Março de 1636.
Fim da Viagem
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De cochim, partiu em Setembro para Goa, "onde obteve licença para ir pregar ao Japão, apesar de
os padres católicos estarem proibidos de entrar naquele país, pois, se conseguissem lá entrar, seriam
presos e executados por causa das antigas intrigas políticas dos Jesuítas."[14]
Saíu de Goa em Abril de 1637, foi de navio primeiro para Malaca, depois às Filipinas, em Manilha.
Depois para Macau, esperando um navio para o Japão.
Não havendo navio, regressou pelo caminho de Macassar, Batávia e Malaca, chegando à costa
oriental da Índia em agosto de 1640.
Depois encontramo-lo em Lahore na corte do rei Mogol Shah Jahan. De onde parte para Roma,
passando pelo Afeganistão, pela Pérsia, pelo Iraque, e pela Síria, chegando a Roma a 1 de Julho de
1643
Roma
Ali, no mosteiro agostinho escreveu o seu Itinerário,[1] publicado em 1649 ; escreveu-o, não na sua
língua natal, mas num castelhano muitas vezes "obscuro e pretensioso, um castelhano desastroso",
segundo Vela, historiador da Ordem dos Agostinhos.
"Itinerario das Missões"
Manrique viajou por muitas outras terras além do Arracão, mas é sobretudo essa parte da sua
viagem que se tornou célebre. "Nenhum escritor do século XVI nos deixou descrição tão
pormenorizada e perfeita de um reino oriental nem levantou tantas questões de interesse. Nem os
Jesuítas da corte de Akbar, ou da do rei Narai do Sião, nem os da Companhia, cuja cultura lhes
abrira as portas da corte dos Mings e dos Ch'ings, na China, narraram história tão completa e tão
extraordinária." (Maurice Collis[14])
A portada do livro indica que, ao tempo da publicação, tinha a categoria de Definidor Geral e estava
nomeado Procurador-Geral na cúria Romana da Província portuguesa da Ordem Augustiniana.
Londres
Em 1669 com idade avançada, 70 ou 80 anos, é enviado para Londres em missão secreta, com seu
criado particular, e uma arca contendo considerável quantidade de dinheiro.
Alojado perto do rio Tamisa, entrou em contacto com agentes católicos.
Assassinato
Um dia portanto, estando ausente, o criado forçou a fechadura da arca, e ao regressar, à noite,
Manrique foi assassinado por este último, sendo o corpo metido na arca e lançada esta ao rio.
Na maré baixa, encalhou na margem mais adiante. Uns marinheiros encontraram-na, descobriram o
corpo e vendo pelo hábito, que se tratava de um eclesiástico de categoria, comunicaram o caso à
polícia. O criado foi preso, confessou, e foi enforcado.
Bibliografia
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Itinerario de las Missiones de la India Oriental con una summaria relacion del grande, y
opulento Imperador Xanziahan Corrombo, gran Mogol, y de otros Reys infieles, en cuyos Reinos
assisten los Religiosos de S. Augustin. Frei Sebastião Manrique. Roma. 1649.
As suas Viagems foram traduzidas para o inglês pelo Padre Hosten, erudito jesuíta residente em
Bengala, e pelo tenente-coronel Luard, e editadas por estes mesmos para a Sociedade Hakluyt, em
1927
Mas é sobretudo a Maurice Collis que se deve o conhecimento da obra de Manrique. Em 1943,
publica The Land of the Great Image - Being Experiences of Friar Manrique in Arakan. Traduzido
o ano seguinte por António Álvaro Dória :
Na Terra da Grande Imagem (aventuras de um Religioso português no Oriente). Maurício Collis.
Livraria Civilização - Porto. 1944.
Notas
[1]Itinerario de las Missiones de la India Oriental con una summaria relacion del grande, y
opulento Imperador Xanziahan Corrombo, gran Mogol, y de otros Reys infieles, en cuyos Reinos
assisten los Religiosos de S. Augustin. Roma. 1649.
[2]Buda no estado de libertação absoluta
[3]Na Terra da Grande Imagemp. 176
[4]Na Terra da Grande Imagemp.220
[5]"O Monarca Universal seria o instrumento pelo qual a paz e a felicidade da Excelente Lei se
estenderia a todo o mundo" Esse "Monarca Universal" devia possuir as "sete Jems": A Roda de
Ouro ou Roda da Lei ; o Divino Guarda do Tesouro ; o Cavalo, a Donzela da Joia, as Joias que
Faziam Milagres (certamente o Chauk-na-gat) ; o General que nunca fora, nem jamais seria
derrotado ; e o Elefante Branco. Cf. Na Terra da Grande Imagemp.202-203
[6]Na Terra da Grande Imagemp.221
[7]segundo Maurice Collis
[8]Na Terra da Grande Imagemp.232
[9]Na Terra da Grande Imagemp.246
[10]Na Terra da Grande Imagemp.247
[11]Na Terra da Grande Imagemp.249-259
[12]Na Terra da Grande Imagemp.293
[13]Na Terra da Grande Imagemp.304
[14]a b Na Terra da Grande Imagem (aventuras de um Religioso português no Oriente). Maurício
Collis. Livraria Civilização - Porto. 1944.
Cfr.: Wikipedia.pt - http://pt.wikipedia.org/wiki/Sebasti%C3%A3o_Manrique - Esta página
foi modificada pela última vez à(s) 21h18min de 6 de maio de 2012 - Este texto é disponibilizado
nos termos da licença Atribuição-Partilha nos Mesmos Termos 3.0 não Adaptada (CC BY-SA 3.0).
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