Apostilas OBJETIVA - Técnico Judiciário – Área Administrativa
TRE –Tribunal Regional Eleitoral – Estado do Acre - Concurso Público 2015
Índice
Pg.
Análise e Interpretação de Textos
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Compreensão geral do texto................................................................................................
Ponto de vista ou ideia central defendida pelo autor...........................................................
Argumentação......................................................................................................................
Elementos de coesão...........................................................................................................
Inferências............................................................................................................................
Estrutura e organização do texto e dos parágrafos.............................................................
Tipologia e gêneros textuais..............................................................................................
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38
49
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81
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Figuras de linguagem...........................................................................................................
Emprego dos pronomes demonstrativos..............................................................................
Relações semânticas estabelecidas entre orações, períodos ou parágrafos
(oposição/contraste, conclusão, concessão, causalidade, adição, alternância etc) ...........
Relações de sinonímia e de antonímia................................................................................
Sintaxe da oração (período simples; termos fundamentais e acessórios da oração; tipos
de predicado) ......................................................................................................................
Sintaxe do período (período composto por coordenação e por subordinação) .................
Funções do que e do se..................................................................................................
Emprego do acento grave.....................................................................................................
Emprego dos sinais de pontuação e suas funções no texto..................................................
Ortografia..............................................................................................................................
Concordâncias verbal e nominal..........................................................................................
Regências verbal e nominal.................................................................................................
Emprego de tempos e modos verbais. Formação de tempos compostos dos verbos.
Locuções verbais (perífrases verbais) ................................................................................
Sintaxe de colocação pronominal........................................................................................
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Coletânea de Exercícios I – ................................................................................................
Coletânea de Exercícios II – ...............................................................................................
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86
90
101
116
121
122
124
131
165
176
185
217
Exercícios Gerais
1
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259
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Análise e Interpretação de Texto
(compreensão geral do texto; ponto de vista ou ideia central defendida pelo autor; argumentação; elementos
de coesão; inferências; estrutura e organização do texto e dos parágrafos).
Texto
A palavra texto vem do latim textum, que significa tecido, entrelaçamento. Essa origem aponta a ideia de que
texto resulta de um trabalho de tecer, de entrelaçar várias partes menores a fim de se obter um todo interrelacionado, um todo coeso e coerente.
Os concursos, de uma forma geral, apresentam questões interpretativas que têm por finalidade a identificação
de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio da
lógica, além de necessitar de um bom léxico internalizado.
As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão inseridas. Torna-se, assim,
necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto.
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as inferências a que ele
remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor
diante de uma temática qualquer.
Quais são os textos escolhidos?
Para provas de concursos, vestibulares, textos retirados de revistas e de jornais de circulação nacional têm a
preferência. Portanto, o romance, a poesia e o conto são quase que exclusividade das provas de Literatura
(que também trabalham interpretação, por evidente). Assim, seria interessante observar as características
fundamentais desses produtos da imprensa.
Os Artigos
São os preferidos das bancas. Esses textos autorais trazem identificado o autor. Essas opiniões são de
expressa responsabilidade de quem as escreveu - chamado aqui de articulista - e tratam de assunto da
realidade objetiva, pautada pela imprensa. Vejamos um exemplo: um dado conflito eclode em algum ponto do
planeta (a todo o instante surge algum), e o historiador, abordará, em seu artigo os aspectos históricos do
embate. Portanto, os temas são, quase sempre, bem atuais. Trata-se, em verdade, de texto argumentativo, no
qual o autor/emissor terá como objetivo convencer o leitor/receptor. Nessa medida, é idêntico à redação
escolar, tendo a mesma estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Exemplo de Artigo
“Os nomes de quase todas as cidades que chegam ao fim deste milênio como centros culturais importantes
seriam familiares às pessoas que viveram durante o final do século passado. O peso relativo de cada uma
delas pode ter variado, mas as metrópoles que contam ainda são basicamente as mesmas: Paris, Nova Iorque,
Berlim, Roma, Madri, São Petesburgo.”
(Nelson Archer - caderno Cidades, Folha de S. Paulo, 02/05/99)
Os Editoriais
Novamente, são opinativos, argumentativos e possuem aquela mesma estrutura. Todos os jornais e revistas
têm esses editoriais. Os principais diários do país produzem três textos desse gênero. Geralmente um deles
tratará de política; outro, de economia; um outro, de temas internacionais. A diferença em relação ao artigo é
que o autor, o editorialista, não expressa sua opinião, apenas serve de intermediário para revelar o ponto de
vista da instituição, da empresa, do órgão de comunicação. Muitas vezes, esses editoriais são produzidos por
mais de um profissional. O editorialista é, quase sempre, antigo na casa e, obviamente, da confiança do dono
da empresa de comunicação. Os temas, por evidente, são a pauta do momento, os assuntos da semana.
As Notícias
Aqui temos outro gênero, bem diverso. As notícias são autorais, isto é, produzidas por um jornalista claramente
identificado na matéria. Possuem uma estrutura bem fechada, na qual, no primeiro parágrafo (também
chamado de lide), o autor deve responder às cinco perguntinhas básicas do jornalismo: Quem? Quando?
Onde? Como? E por quê? Essa maneira de fazer texto atende a uma regra do jornalismo moderno: facilitar a
leitura. Se o leitor/receptor desejar mais informações sobre a notícia, que vá adiante no texto. Fato é que, lendo
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apenas o parágrafo inicial, terá as informações básicas do assunto. A grande diferença em relação ao artigo e
ao editorial está no objetivo. O autor quer apenas" passar" a informação, quer dizer, não busca convencer o
leitor/receptor de nada. É aquele texto que os jornalistas chamam de objetivo ou isento, despido de
subjetividade e de intencionalidade.
Exemplo de Notícia
“O juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo,
negou-se a responder ontem à CPI do judiciário todas as perguntas sobre sua evolução patrimonial. Ele
invocou a Constituição para permanecer calado sempre que era questionado sobre seus bens ou sobre contas
no exterior”
(Folha de S. Paulo, 05/05/99)
As Crônicas
Estamos diante da Literatura. Os cronistas não possuem compromisso com a realidade objetiva. Eles retratam
a realidade subjetiva. Dessa maneira, Rubem Braga, cronista, jornalista, produziu, por exemplo, um texto
abordando a flor que nasceu no seu jardim. Não importa o mundo com suas tragédias constantes, mas sim o
universo interior do cronista, que nada mais é do que um fotógrafo de sua cidade. Interessante verificar que
essas características fundamentais da crônica vão desaparecendo com o tempo. Não há, por exemplo, um
cronista de Porto Alegre (talvez o último deles tenha sido Sérgio da Costa Franco). Se observarmos o jornal
Folha de S. Paulo, teremos, junto aos editoriais e a dois artigos sobre política ou economia, uma crônica de
Carlos Heitor Cony, descolada da realidade, se assim lhe aprouver (Cony, muitas vezes, produz artigos,
discutindo algo da realidade objetiva). O jornal busca, dessa maneira, arejar essa página tão sisuda. A crônica
é isso: uma janela aberta ao mar. Vale lembrar que o jornalismo, ao seu início, era confundido com Literatura.
Um texto sobre um assassinato, por exemplo, poderia começar assim: "Chovia muito, e raios luminosos
atiravam-se à terra. Num desses clarões, uma faca surge das trevas..." Dá-se o nome de nariz de cera a essas
matérias empoladas, muito comuns nos tempos heroicos do jornalismo. Sobre a crônica, há alguns dados
interessantes. Considerada por muito tempo como gênero menor da Literatura, nunca teve status ou maiores
reconhecimentos por parte da crítica. Muitos autores famosos, romancistas, contistas ou poetas, produziram
excelentes crônicas, mas não são conhecidos por isso. Carlos Drummond de Andrade é um belo exemplo.
Pela grandeza de sua poesia, o grande cronista do cotidiano do Rio de Janeiro foi abafado. O mesmo pode-se
falar de Olavo Bilac, que, no início do século passado, passou a produzir crônicas num jornal carioca, em
substituição a outro grande escritor, Machado de Assis. Essa divisão dos textos da imprensa é didática e
objetiva esclarecer um pouco mais o vestibulando. No entanto, é importante assinalar que os autores modernos
fundem essa divisão, fazendo um trabalho misto. o caso de Luis Fernando Veríssimo, que ora trabalha uma
crônica, com os personagens conversando em um bar, terminando por um artigo, no qual faz críticas ao poder
central, por exemplo. Martha Medeiros, por seu turno, produz, muitas vezes, um artigo, revelando a alma
feminina. Em outros momentos, faz uma crônica sobre o quotidiano.
Exemplo de Crônica
“Quando Rubem Braga não tinha assunto, ele abria a janela e encontrava um. Quando não encontrava, dava
no mesmo, ele abria a janela, olhava o mundo e comunicava que não havia assunto. Fazia isso com tanto
engenho e arte que também dava no mesmo: a crônica estava feita. Não tenho nem o engenho nem a arte de
Rubem, mas tenho a varanda aberta sobre a Lagoa - posso não ver melhor, mas vejo mais. Otto Maria
Carpeaux não gostava do gênero "crônica", nem adiantava argumentar contra, dizer, por exemplo, que os
cronistas, uns pelos outros, escreviam bem. Carpeaux lembrava então que escrever é verbo transitivo, pede
objeto direto: escrever o quê? Maldade do Carpeaux. (...)
Nelson Rodrigues não tinha problemas. Quando não havia assunto, ele inventava. Uma tarde, estacionei
ilegalmente o Sinca-Chambord na calçada do jornal. Ele estava com o papel na máquina e provisoriamente
sem assunto. Inventou que eu descia deum reluzente Rolls Royce com uma loura suspeita, mas equivalente à
suntuosidade do carro. Um guarda nos deteve, eu tentei subornar a autoridade com dinheiro, o guarda não
aceitou o dinheiro, preferiu a loura. Eu fiquei sem a multa e sem a mulher. Nelson não ficou sem assunto”.
(Carlos Heitor Cony, Folha de S. Paulo, 02/01/98)
Como ler e entender bem um texto
O homem usa a língua porque vive em comunidades, nas quais tem necessidade de se comunicar, de
estabelecer relações dos mais variados tipos, de obter deles reações ou comportamentos, interagindo
socialmente por meio do seu discurso.
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a
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interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto.
Desta leitura, extraem-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura.
Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como
usar uma palavra para resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória
visual, favorecendo o entendimento.
Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a
captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes.
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura, outros
textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momentos
literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que
aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor.
A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais
marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha
adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto é, o que
responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à
pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais
completa.
Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de
análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A
descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso para instaurar a dúvida no
candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira
a resposta será mais consciente e segura.
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Da teoria à prática
ONU alerta para crescimento populacional
“Em 2050, a população mundial poderá ter crescido para 10,9 bilhões de pessoas. Esse aumento de 6,1 bilhões
– 78,7% sobre o número atual de habitantes- pode se tornar realidade, caso as mulheres continuem sem
acesso à educação e à saúde, segundo o relatório Estudo da População Mundial 2001, divulgado recentemente
pela Organização das Nações Unidas (ONU).
No entanto, se a população feminina tiver direito à saúde reprodutiva, incluindo o direito de planejar a
quantidade de filhos que pretende ter, o crescimento populacional esperado no período pode cair para 52%,
chegando a 9,3 bilhões de pessoas em 2050.
De qualquer forma, a previsão para as condições de vida da população não é atraente. A totalidade do aumento
da população vai se dar nos países em desenvolvimento, intensificando a batalha que já travam contra a
pobreza.
Os 49 países menos desenvolvidos – que já são os mais afetados pela degradação do solo e da água e pela
escassez de alimentos – terão três vezes mais habitantes do que têm hoje. Esses países são também os que
enfrentam maiores dificuldades para fornecer serviços básicos a seus habitantes”.
O Estado de S. Paulo, 8 nov.2001
1º Passo: a identificação do tema
O título do texto lido pode ser considerado uma boa “pista” para o tema focalizado: “crescimento populacional”.
Os parágrafos lidos confirmam que o texto desenvolve, realmente, esse tema.
2º Passo: a síntese do texto
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou os resultados de um estudo que prevê um crescimento
superior a 78% da população mundial até o ano de 2050. Esse crescimento está condicionado ao acesso das
mulheres à educação e à saúde. Caso esse acesso seja garantido, o percentual de crescimento pode cair para
52%. As populações dos países em desenvolvimento serão as que mais vão crescer até 2050. Atualmente
esses países já enfrentam grandes dificuldades para garantir condições básicas de vida a seus habitantes.
3º Passo: organizar as próprias ideias em relação ao texto
Esse é um procedimento necessariamente individual. Pense um pouco sobre o que você já ouviu falar sobre
crescimento populacional. Ele provoca algum tipo de problema? Qual? É gerado por alguma causa específica?
Pense nas respostas para essas questões e procure articulá-las com as informações obtidas no texto.
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4º Passo: estabelecer relações entre as informações obtidas
O texto refere-se a um crescimento populacional possível, mas não obrigatório. A principal condição para evitálo é garantir que as mulheres sejam educadas e tenham orientação e atendimento médico. Isso sugere que o
ponto central do problema está relacionado ao planejamento familiar.
5º Passo: interpretar os dados e fatos
Os países em desenvolvimento serão os mais afetados por um crescimento populacional desordenado, pois
muitas pessoas já vivem em condições de pobreza extrema e não têm acesso à educação e saúde.
6º Passo: elaborar hipóteses explicativas
A única forma de evitar o círculo vicioso da pobreza – alto número de filhos – pobreza maior – é atuar, agora,
na educação das mulheres. Se elas souberem como (e tiverem os meios para) evitar muitos filhos, o
crescimento populacional ocorrerá de modo menos acelerado. Caso o aumento da população seja contido, a
condição de vida das pessoas também pode melhorar. Os países em desenvolvimento deveriam entender o
“recado” transmitido pelo estudo da ONU e começar imediatamente a tentar reverter esse quadro de miséria.
Vamos praticar!!
Texto I
A Fome
Cerca de 20 milhões de crianças e mais 20 milhões de adultos morrem anualmente de fome e subnutrição. A
informação é do diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).
Edouard Salema, segundo o qual, se observássemos um minuto de silêncio por cada pessoa que morreu no
ano passado por causas relacionadas com a fome, estaríamos em pé, calados, ainda depois de acabado o
século... Ele citou, entre a lista de paradoxos que o panorama econômico mundial oferece o fato de que os
gastos militares de todo o mundo aumentaram em proporções colossais, e sua quantia foi superior em 20 vezes
ao total de assistência oficial ao desenvolvimento. O custo de um só porta-aviões nuclear, disse ele, é superior
ao Produto Nacional Bruto (PNB) de 53 países. Os países em desenvolvimento gastam anualmente com
importação de armas o equivalente a suas importações totais de alimentos.
(A Tarde: Salvador)
1) Marque a opção incorreta sobre a primeira frase:
a) A expressão cerca de indica quantidade aproximada.
b) Fome e subnutrição indicam o modo de morrer de crianças e adultos.
c) Anualmente corresponde a todo ano.
d) A intenção da frase é informar e surpreender o leitor.
2) O texto cita a fonte de informação porque...
a) O tema é importante.
b) é obrigação de todo jornalista fazer isso.
c) quer provocar sensacionalismo.
d) quer dar autoridade ao que afirma.
3) FAO é a sigla que não corresponde às palavras que a antecedem porque...
a) o jornalista cometeu um equívoco.
b) é uma abreviatura, não uma sigla.
c) corresponde a outra língua.
d) refere-se a uma entidade diferente.
4) “...segundo o qual...” – Neste segmento há ideia de:
a) proporcionalidade
b) consequência
c) conformidade
d) causalidade
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5) “...se observássemos um minuto de silêncio...” – Este segmento representa:
a) concessão
b) condição
c) finalidade
d) proporção
6) “... um minuto de silêncio...” – o item a seguir não é do mesmo tipo do destaque:
a) morrem anualmente de fome
b) entre a lista de paradoxos
c) o PNB de 53 países
d) gastos militares de todo o mundo
7) No texto o jornalista:
a) opina utilizando–se das palavras do diretor-geral da ONU.
b) registra palavras do diretor-geral da ONU.
c) cria uma relação do custo da fome com o dos gastos militares.
d) mostra que o mercado mundial lucra com a miséria de muitos.
8) É informação clara no texto:
a) os gastos militares são superiores aos gastos coma fome.
b) o combate à fome é impossível pelos altos gastos que exige.
c) a construção do porta-aviões deve ser alterada.
d) o diretor-geral da ONU declara alguns absurdos.
Gabarito
01 - B
02 - D
03 - C
04 - C
05 - B
06 - A
07 - B
08 - D
Texto II
A RIO-SÃO PAULO TEM 61 ANOS.
Jornal dos Transportes – julho de 1969.
A primeira viagem de automóvel entre o Rio e São Paulo foi realizada em 876 horas. O herói da façanha foi o
Conde Lesdain, que trouxe da França o seu carro “Brassiler”. A viagem teve início às cinco horas do dia 7 de
março de 1908, há portanto, 61 anos, e terminou às 17,24h de 12 de abril, percorrendo os mesmos caminhos
do Século XVIII.
Depois da duplicação da Rodovia Presidente Dutra, feito expressivo da nossa engenharia, que exigiu a maior
concentração de máquinas rodoviárias jamais verificada entre nós, o percurso entre as duas principais cidades
brasileiras pode ser coberto em seis horas apenas.
Com a duplicação, o movimento diário da estrada elevou-se a duzentos mil veículos. O índice de acidentes,
por outro lado, também aumentou, porque as novas pistas de mão única favorecem a imprudência dos
motoristas, principalmente nos fins de semana.
A imprudência dos motoristas é observada por toda parte. Nas rodovias, porém, assume proporções
alarmantes. Ao contrário do que muitos imaginam, dirigir nas estradas não é tarefa das mais fáceis, porque,
além de perícia e habilidade, exige contínua e redobrada atenção, em função da velocidade e da distância a
percorrer.
[....] As estatísticas demonstram que o número de mortos e feridos em desastres rodoviários na maioria dos
países industrializados é, hoje em dia, maior que o de qualquer outro tipo de acidentes, como acontece, por
exemplo, nos Estados Unidos, onde, nas suas magníficas estradas, registram-se os mais elevados índices. A
solução, portanto, é atender rapidamente os feridos, no próprio local do acidente, quando necessário, para
salvar o maior número de vítimas. Foi observado, em relação à nossa principal rodovia, que, graças a medidas
postas em prática, tem diminuído o número de mortes, embora o de desastres continue em escala crescente.
1. “A primeira viagem de automóvel entre o Rio e São Paulo foi realizada em 876 horas”; o item abaixo
em que a reescritura dessa frase inicial do texto ALTERA o seu sentido original é:
• Foi realizada em 876 horas a primeira viagem de automóvel entre o Rio e São Paulo;
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• Entre o Rio e São Paulo, a primeira viagem de automóvel foi realizada em 876 horas;
• 876 horas foi o tempo de duração da primeira viagem de automóvel que foi realizada entre o Rio e São
Paulo;
• Realizou-se em 876 horas a primeira viagem de automóvel que foi realizada entre o Rio e São Paulo;
• A primeira viagem de automóvel, em 876 horas, realizou-se entre o Rio e São Paulo.
2. Ao utilizar o vocábulo “façanha”, dizendo que o Conde Lesdain foi “o herói da façanha”, o autor do
texto quer destacar:
A) as dificuldades enfrentadas na viagem;
B) o valor histórico do feito;
C) um fato inexpressivo;
D) as qualidades da estrada;
E) a duração da viagem inicial.
3. Sabendo que os numerais ordinais são classes de palavras que indicam uma sucessão, o item abaixo
que mostra um exemplo de numeral de valor ordinal é:
A. 61 anos;
B. Século XVIII;
C. 876 horas;
D. cinco horas;
E. às 17,24 h.
4. “876 horas”, “às cinco horas”, “às 17,24h”; a observação correta sobre um desses segmentos do
texto é:
A. “876 horas” poderia ser abreviado em “876hs”;
B. “às cinco horas” poderia ser abreviado em “às 5hs.”;
C. “às 17,24h” tem a forma abreviada incorretamente;
D. em “876 horas”, o vocábulo “horas” não deve ser abreviado;
E. em “às cinco horas”, o vocábulo “horas” não pode ser abreviado.
5. “A viagem teve início...”; o segmento “teve início” pode ser corretamente substituído por “começou”
ou “principiou”; o item abaixo em que o segmento sublinhado NÃO apresenta uma substituição
adequada é:
A. o problema teve solução = solucionou;
B. a viagem teve fim = terminou;
C. o conde teve disposição = dispôs-se a;
D. o conde teve prazer em viajar = gostou de;
E. os carros têm obrigação de parar nos sinais = devem.
6. “o conde trouxe da França o seu carro “Brassiler”; a reescritura dessa frase (substituiu-se nela o
pronome relativo pelo antecedente) que apresenta uma forma INADEQUADA é:
A. o conde trouxe o seu carro “Brassiler” da França;
B. da França é que o conde trouxe o seu carro “Brassiler”;
C. o seu carro “Brassiler” foi trazido da França pelo conde;
D. Foi trazido da França pelo conde o seu carro “Brassiler”;
E. o carro “Brassiler”, o conde o trouxe da França.
7. “A viagem teve início às cinco horas do dia 7 de março de 1908, há, portanto, 61 anos”; a conclusão
presente nesse segmento do texto:
A. leva em consideração o valor histórico do feito;
B. apresenta cálculo equivocado no número de anos;
C. tem como ponto de referência a data da publicação do artigo;
D. valoriza o trabalho do governo na construção de estradas;
E. destaca a rápida passagem de tempo de uma obra grandiosa.
8. No início do segundo parágrafo, é dito que houve “duplicação” da Rodovia Presidente Dutra; o termo
entre aspas significa que:
A. a rodovia teve duplicada a sua extensão;
B. o tráfego de veículos teve seu movimento duplicado;
C. houve a construção de uma nova rodovia entre as duas cidades;
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D. dividiram o movimento de veículos em duas mãos de direção;
E. houve ampliação do número de vias em cada mão de direção.
9. Pelo que é dito no segundo parágrafo, a redução do tempo de duração da viagem entre as cidades
do Rio e São Paulo deve-se à(ao):
A. duplicação da rodovia;
B. engenharia brasileira;
C. concentração de máquinas;
D. trabalho realizado pelo conde;
E. aproximação entre as duas cidades.
10. “Com a duplicação,...”; o conector “com” só NÃO pode ser substituído de forma adequada por:
A. a partir de;
B. por causa de;
C. em razão de;
D. apesar de;
E. depois de.
11. Segundo o que nos é dito no terceiro parágrafo, o número de acidentes aumentou porque:
A. houve aumento de motoristas imprudentes nos fins de semana;
B. as estradas de mão única fazem aumentar a velocidade dos veículos;
C. quanto maior o tráfego de veículos, maior é o número de acidentes;
D. a imprudência dos motoristas aumenta nos fins de semana;
E. houve progresso tecnológico na velocidade dos automóveis.
12. O fato de relacionar o aumento de acidentes a fins de semana traz implícita a ideia de que:
A. os motoristas de fins de semana não estão habituados às estradas;
B. as estradas têm maior movimento nos fins de semana;
C. nos fins de semana há menor fiscalização nas estradas;
D. todos os motoristas de fins de semana abusam da bebida;
E. muitos motoristas de fins de semana não possuem habilitação legal.
13. “...por toda parte” é semanticamente diferente de “por toda a parte”; o item em que o emprego do
artigo muda substancialmente o sentido do segmento é:
A. meu país construiu estradas / o meu país construiu estradas;
B. Lula foi eleito presidente / o Lula foi eleito presidente;
C. servir a francesa / servir à francesa;
D. ler em livros importados / ler nos livros importados;
E. graças a investimentos estatais / graças aos investimentos estatais.
14. “A imprudência dos motoristas é observada por toda parte”; esta frase, na voz ativa, apresenta a
forma:
A. Observa-se a imprudência dos motoristas por toda parte;
B. Toda parte observa a imprudência dos motoristas;
C. Por toda parte se observa a imprudência dos motoristas;
D. Observam a imprudência dos motoristas por toda parte;
E. Por toda parte é observada a imprudência dos motoristas.
15. “A imprudência dos motoristas é observada por toda parte. Nas rodovias, porém, assume
proporções alarmantes”; a mesma ideia veiculada nos segmentos destacados pode ser observada em:
F. apesar de assumir proporções alarmantes nas rodovias, a imprudência dos motoristas pode ser observada
em toda parte;
A. já que assume proporções alarmantes nas rodovias, a imprudência dos motoristas pode ser observada em
toda parte;
B. a imprudência dos motoristas pode ser observada em toda parte, portanto, assume proporções alarmantes
nas rodovias;
C. a fim de assumir proporções alarmantes nas rodovias, a imprudência dos motoristas é observada em toda
parte;
D. quando assume proporções alarmantes nas rodovias, a imprudência dos motoristas em toda parte pode
ser observada.
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16. “As estatísticas demonstram que o número de mortos e feridos em desastres rodoviários na maioria
dos países industrializados é, hoje em dia, maior que o de qualquer outro tipo de acidentes”; infere-se
desse segmento do texto que:
E. nos países não industrializados, o número de mortos e feridos em acidentes rodoviários é igual ao dos
outros tipos de acidentes;
A. outros tipos de acidentes, antes da industrialização, não causavam tantas mortes quanto agora;
B. os países industrializados mostram diferenças na relação entre mortos e feridos em acidentes rodoviários
e em outros tipos de acidentes;
C. sempre que cresce a industrialização de um país, cresce o número de mortos e feridos em acidentes
rodoviários em relação a outros tipos de acidentes;
D. futuramente a relação entre mortos e feridos em acidentes rodoviários e em outros tipos de acidentes será
ainda maior.
17. “...onde, nas suas magníficas estradas, registram-se os mais elevados índices”; a relação entre os
dois segmentos desse fragmento do texto é bem expressa em:
E. embora as suas magníficas estradas, registram-se os mais elevados índices;
A. por causa de suas magníficas estradas, registram-se os mais elevados índices;
B. em vista de suas magníficas estradas, registram-se os mais elevados índices;
C. depois de suas magníficas estradas, registram-se os mais elevados índices;
D. a partir de suas magníficas estradas, registram-se os mais elevados índices.
18. A frase que NÃO apresenta qualquer exemplo de comparativo ou superlativo é:
E. “atender rapidamente os feridos”;
A. “registram-se os mais elevados índices”;
B. “para salvar o maior número de vítimas”;
C. “dirigir nas estradas não é tarefa das mais fáceis”;
D. “exigiu a maior concentração de máquinas rodoviárias”.
19. Segundo o que se depreende da leitura global do texto, sua principal motivação é:
E. comemorar o aniversário da Rodovia Presidente Dutra;
A. chamar a atenção para a duplicação da Rodovia Presidente Dutra;
B. condenar o progresso sem as necessárias medidas de proteção;
C. alertar para o perigo de acidentes nas estradas;
D. elogiar a redução de mortos e feridos em nossas estradas.
20. “percorrendo os mesmos caminhos do Século XVIII”; o comentário correto sobre esse segmento
do texto é:
E. o número romano, neste caso, deve ser lido como ordinal;
A. a forma do gerúndio “percorrendo” equivale a “quando percorreu”;
B. a forma desenvolvida da forma verbal reduzida é “após percorrer”;
C. a forma passiva correspondente a “percorrendo” é “tendo percorrido”;
D. “mesmos”, no contexto da frase, mostram valor de identidade.
Gabarito
01: E.
11: C
02: A
12: A
03: B
13: C
04: D
14: D
05: A
15: A
06: C
16: C
07: C
17: A
08: D
18: A
09: A
19: D
10: D
20: E
Texto III
RELATÓRIO
Jorge Miguel
Senhor Superintendente,
Tendo sido designado por Vossa Senhoria para apurar as denúncias de irregularidades ocorridas no aeroporto
de Marília, submeto à apreciação de Vossa Senhoria o relatório das diligências que nesse sentido efetuei.
No dia 23 de julho de 1988 dirigi-me ao senhor Raimundo Alves Correia, encarregado do aeroporto daquela
cidade, para que permitisse fosse interrogado o funcionário João Romão, acusado de ter furtado uma máquina
de escrever Olivetti n. 146.801, pertencente ao patrimônio do aeroporto. O acusado relatou-nos que realmente
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Apostilas OBJETIVA - Técnico Judiciário – Área Administrativa
TRE –Tribunal Regional Eleitoral – Estado do Acre - Concurso Público 2015
havia levado a máquina para casa na sexta-feira - 18 de março de 1988 - apenas para executar alguma tarefa
de caráter particular. Não a devolveu na segunda-feira, dia 21 de março, porque faltou ao serviço por motivo
de doença.
Quando retornou ao serviço dia 28 de março, devolveu a máquina. A doença do acusado está comprovada
pelo atestado que segue anexo ao presente relatório; a devolução da máquina no dia 28 de março foi
confirmada pelo senhor Raimundo Alves Correia.
Do exposto conclui-se que me parece infundada a acusação. Não houve vontade de subtrair a máquina, mas
apenas negligência do acusado em levar para casa um bem público para executar tarefa particular. Foi
irresponsável.
Não cometeu qualquer ato criminoso. Não me convence seja necessário impor-se a instauração de processo
administrativo. O funcionário deve ser repreendido pela negligência que cometeu. É o que me cumpre levar ao
conhecimento de Vossa Senhoria.
Aproveito a oportunidade para apresentar-lhe protestos de minha distinta consideração.
São Paulo, 25 de julho de 1988 Cláudio da Costa
01. A finalidade principal do texto é:
a) orientar o superior na tomada de uma decisão;
b) documentar oficialmente um ato irregular;
c) discutir um tema polêmico;
d) fornecer dados para uma investigação;
e) indicar funcionários passíveis de punição.
02. Não consta(m) do relatório lido:
a) o cargo da autoridade a quem é dirigido;
b) o relato dos fatos ocorridos;
c) uma preocupação literária do autor;
d) as conclusões dos fatos analisados;
e) uma fórmula de cortesia final.
03. “Tendo sido designado por Vossa Senhoria...”; esta oração inicial do texto tem valor:
a) concessivo;
b) temporal;
c) conclusivo;
d) causal;
e) consecutivo.
04. O estilo burocrático se caracteriza, entre outras coisas, pelo emprego de palavras desnecessárias;
no primeiro parágrafo do texto são exemplos desse caso:
a) denúncias; ocorridas; apreciação;
b) ocorridas; apreciação; relatório;
c) apreciação; relatório; nesse sentido;
d) relatório; denúncias; ocorridas;
e) nesse sentido; ocorridas; apreciação.
05. As datas presentes no texto têm a finalidade textual de:
a) mostrar a evolução dos acontecimentos;
b) documentar os fatos citados;
c) criar a falsa impressão de verdade;
d) valorizar o trabalho do autor do relatório;
e) facilitar a leitura do relatório.
06. “... que se anexa ao presente relatório”; o item abaixo em que a concordância do vocábulo anexo
está correta é:
a) Vai anexa o atestado médico;
b) Vão anexo o atestado e a foto do funcionário;
c) Estão em anexas as fotografias pedidas;
d) Está em anexo a declaração do réu;
e) Está anexo os documentos solicitados.
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