CONCURSO PÚBLICO 2013 INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO IFMT CONHECIMENTOS COMUNS A TODOS OS CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR TEORIA E 451 QUESTÕES POR TÓPICOS LÍNGUA PORTUGUESA Cristina Lopes (232 Questões) INFORMÁTICA Rafael Macedo (219 Questões) Coordenação e Organização: Mariane dos Reis 1ª Edição OUT 2013 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou processo. A violação de direitos autorais é punível como crime, com pena de prisão e multa (art. 184 e parágrafos do Código Penal), conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei nº 9.610, de 19/02/98 – Lei dos Direitos Autorais). www.apostilasvirtual.com.br [email protected] [email protected] CRISTINA LOPES LÍNGUA PORTUGUESA TEORIA 232 QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS GABARITADAS Teoria e Seleção das Questões: Prof.ª Cristina Lopes Organização e Diagramação: Mariane dos Reis 1ª Edição OUT 2013 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou processo. A violação de direitos autorais é punível como crime, com pena de prisão e multa (art. 184 e parágrafos do Código Penal), conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei nº 9.610, de 19/02/98 – Lei dos Direitos Autorais). www.apostilasvirtual.com.br [email protected] [email protected] SUMÁRIO 1. LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE VARIADOS GÊNEROS DISCURSIVOS ..................................... 07 AS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DE UM TEXTO E AS MARCAS COMPOSICIONAIS DE GÊNEROS TEXTUAIS DIVERSOS....................................................................................................................... 09 LINGUAGEM E ADEQUAÇÃO SOCIAL: Variedades linguísticas e seus determinantes sociais, regionais, históricos e individuais; Registros formal e informal da linguagem .............................................................. 10 TEXTUALIDADE: coesão, coerência, argumentação e intertextualidade ................................................... 12 Questões de Provas de Concursos .................................................................................................................................. 14 2. ASPECTOS LINGUÍSTICOS NA CONSTRUÇÃO DO TEXTO: Fonética: prosódia, ortografia ............... 33 ORTOGRAFIA OFICIAL .......................................................................................................................... 33 Questões de Provas de Concursos .................................................................................................................................. 36 PROSÓDIA ........................................................................................................................................... 38 Questões de Provas de Concursos .................................................................................................................................. 40 3. ASPECTOS LINGUÍSTICOS NA CONSTRUÇÃO DO TEXTO: MORFOLOGIA: formação, classificação e flexão das palavras; colocação pronominal, emprego de nomes, pronomes, conjunções, advérbios, modos e tempos verbais ..................................................................................................................................... 41 ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS ............................................................................................................................41 Questões de Provas de Concursos .................................................................................................................................. 42 MORFOLOGIA: formação, classificação e flexão das palavras; colocação pronominal, emprego de nomes, pronomes, conjunções, advérbios, modos e tempos verbais....................................................................... 43 Questões de Provas de Concursos .................................................................................................................................. 63 4. ASPECTOS LINGUÍSTICOS NA CONSTRUÇÃO DO TEXTO: Sintaxe: frase, oração e período, concordâncias verbal e nominal, regências verbal e nominal ............................................................................................ 69 FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO .......................................................................................................................................................69 Questões de Provas de Concursos .................................................................................................................................. 78 CONCORDÂNCIAS VERBAL E NOMINAL...................................................................................................................................81 Questões de Provas de Concursos .................................................................................................................................. 85 REGÊNCIAS VERBAL E NOMINAL ........................................................................................................... 87 Questões de Provas de Concursos .................................................................................................................................. 92 USO DO SINAL INDICATIVO DA CRASE ................................................................................................... 94 Questões de Provas de Concursos .................................................................................................................................. 95 5. SEMÂNTICA: polissemia, paronímia, homonímia, denotação e conotação, figuras de linguagem.................. 97 Questões de Provas de Concursos ................................................................................................................................ 102 6. PONTUAÇÃO .................................................................................................................................. 106 Questões de Provas de Concursos ................................................................................................................................ 113 GABARITOS ..................................................................................................................................... 115 Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes LÍNGUA PORTUGUESA 1 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE VARIADOS GÊNEROS DISCURSIVOS. AS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DE UM TEXTO E AS MARCAS COMPOSICIONAIS DE GÊNEROS TEXTUAIS DIVERSOS. LINGUAGEM E ADEQUAÇÃO SOCIAL: Variedades linguísticas e seus determinantes sociais, regionais, históricos e individuais; Registros formal e informal da linguagem. TEXTUALIDADE: coesão, coerência, argumentação e intertextualidade. LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE VARIADOS GÊNEROS DISCURSIVOS É muito comum, entre os candidatos a preocupação com a interpretação de textos. Isso acontece porque lhes faltam informações específicas a respeito desta tarefa constante em provas relacionadas a concursos públicos. Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder as questões relacionadas a textos. CONCEITO DE TEXTO Texto é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar). O texto é uma unidade global de comunicação que expressa uma ideia ou trata de um assunto determinado, tendo como referência a situação comunicativa concreta em que foi produzido, ou seja, o contexto. O texto pode ser uma única frase de sentido completo: "Os edifícios de São Paulo têm uma arquitetura moderna". O texto também está em obras maiores, formadas por orações e parágrafos: crônicas, reportagens jornalísticas e romances de fôlego, como Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. A palavra precisa constituir um contexto significativo. Pensemos na seguinte situação: você está dentro de um ônibus e lê, pela janela, num cartaz da rua a propaganda de uma calça jeans, com um casal jovem, namorando. Há uma frase escrita embaixo da marca da calça que diz: "A escolha de ser livre". Agora imagine que você está de carro no centro da cidade, procurando um lugar para estacionar. Em vários portões há placas dizendo: "Não estacione". Finalmente, pense que, na escola, o professor dá um exercício para colocar frases no plural. Ele está preocupado com o fato de alguns alunos não fazerem a concordância do sujeito com o verbo. Da lista de frases que ele pôs no quadro-negro consta, por exemplo: "O carro estacionou em lugar proibido e foi multado." www.apostilasvirtual.com.br 7 Muito bem, para cada uma das três situações, temos diferentes frases: "A escolha de ser livre" "Não estacione" "O carro estacionou em lugar proibido e foi multado”. CONTEXTO SIGNIFICATIVO Um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial. Exemplos: 1. Você foi visitar um amigo que está hospitalizado e, pelos corredores, você vê placas com a palavra "Silêncio". 2. Você está andando por uma rua, a pé, e vê um pedaço de papel, jogado no chão, onde está escrito "Ouro". Em qual das situações uma única palavra pode constituir um texto? Na situação 1, a palavra "Silêncio" está dentro de um contexto significativo por meio do qual as pessoas interagem. Assim, a palavra "Silêncio" também é um texto. Na situação 2, a palavra "Ouro" não é um texto. É apenas um pedaço de papel encontrado na rua por alguém. Concluindo, o texto verbal pode ter uma extensão variável: uma palavra, uma frase ou um conjunto maior de enunciados, mas ele obrigatoriamente necessita de um contexto significativo para existir. INTERTEXTO Comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. www.apostilasvirtual.com.br Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes INTELECÇÃO (OU COMPREENSÃO) DE TEXTOS Roteiro para Interpretação de textos (parte 2) Consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto. 1. Ler atentamente todo o texto, procurando focalizar sua ideia central. 2. Interpretar as palavras desconhecidas através do contexto. 3. Reconhecer os argumentos que dão sustentação à ideia central. Tipos de Enunciados: As considerações do autor se voltam para... O texo informa que... O texto diz que... 4. Identificar as objeções à ideia central; De acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação... 5. Sublinhar os exemplos que forem empregados como ilustração da ideia central. Segundo o texto, está correta... De acordo com o texto, está incorreta... 6. Tendo em vista o texto, é incorreto... Antes de responder às questões, ler mais de uma vez todo o texto, fazendo o mesmo com o enunciado de cada questão. De acordo com o texto, é certo... 7. É sugerido pelo autor que... Evite responder “de cabeça”. Procure localizar a resposta no texto. O autor sugere ainda... 8. O autor afirma que... Se preferir, faça anotações à margem ou esquematize o texto. 9. Se o comando pede a ideia principal ou tema, normalmente deve situar-se no primeiro parágrafo (introdução) ou no último (conclusão). INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Consiste em saber o que se infere (deduz, conclui) do que está escrito. Significa explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. Erros Comuns de Interpretação Tipos de Enunciados: O texto possibilita o entendimento de que... Depreende-se do texto que... Com apoio no texto, infere-se que... Subentende-se das ideias do texto que.. O texto encaminha o leitor para... Pretende o texto mostrar que o leitor... O texto possibilita deduzir-se que... O autor permite concluir que... Qual é a intenção do autor ao afirmar que.... 10. Se o comando busca argumentação, deve localizar-se os parágrafos intermediários (desenvolvimento). Três erros capitais na análise de textos: Extrapolação: Roteiro para Interpretação de Textos (parte 1) As questões de interpretação de textos vêm ganhando espaço nos concursos públicos. Também é a partir de textos que as questões normalmente cobram a aplicação das regras gramaticais nos grandes concursos de hoje em dia. Por isso, é cada vez mais importante observar os comandos das questões. Normalmente o candidato é convidado a: Identificar: reconhecer elementos fundamentais apresentados no texto. Comparar: descobrir as relações de semelhanças ou de diferenças entre situações apresentadas no texto. Comentar: relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. Resumir: concentrar as ideias centrais em um só parágrafo. Parafrasear: reescrever o texto com outras palavras. Continuar: dar continuidade ao texto apresentado, mantendo a mesma linha temática. www.apostilasvirtual.com.br 8 É o fato de se fugir do texto. Ocorre quando se interpreta o que não está escrito. Muitas vezes são fatos reais, mas que não estão expressos no texto. Deve-se ater somente ao que está relatado. Ocorre quando o candidato sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto, normalmente porque já conhecia o tema por uso de sua imaginação criativa. Portanto, é proibido viajar. Redução: É o oposto da extrapolação. É o fato de se valorizar uma parte do contexto, deixando de lado a sua totalidade. Deixase de considerar o texto como um todo para se ater apenas à parte dele. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de que o texto é um conjunto de ideias. Contradição: É o fato de se entender justamente o contrário do que está escrito. É bom que se tome cuidado com algumas palavras, como: “pode”, “deve”, “não”, verbo “ser”, etc. É comum as alternativas apresentarem ideias contrárias às do texto, fazendo o candidato chegar a conclusões equivocadas, de modo a errar a questão. Portanto, internalize as ideias do autor e ponha-se no lugar dele. www.apostilasvirtual.com.br Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Só contradiga o autor se isso for solicitado no comando da questão. PARÁFRASE X PERÍFRASE: Ex.: “Indique a alternativa que apresenta ideia contrária à do texto”. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; 2. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; 3. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas três vezes ou mais; 4. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; 5. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 6. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; 7. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão; 8. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente; 9. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; Parafrasear consiste em transcrever, com novas palavras, as ideias centrais de um texto. Veja o exemplo: Frase original: Estava eu hoje cedo, parado em um sinal de trânsito, quando olho na esquina, próximo a uma porta, uma loirona a me olhar e eu olhava também. A frase parafraseada é: Hoje cedo, estava eu parado em um sinal de trânsito quando vi, numa esquina, próxima a uma porta, uma louraça a me olhar. A paráfrase pode ser construída de várias formas, veja algumas delas: a) substituição de locuções por palavras; b) uso de sinônimos; c) mudança de discurso direto por indireto e vice-versa; d) converter a voz ativa para a passiva; e) emprego de antonomásias ou perífrases (Rui Barbosa = A águia de Haia; o povo lusitano = portugueses). 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu; Exs.: “Fui à Cidade Maravilhosa” (=RJ). “O Rei do Futebol chegou” (=Pelé). 12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva; AS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DE UM TEXTO E AS MARCAS COMPOSICIONAIS DE GÊNEROS TEXTUAIS DIVERSOS 13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais; I DISSERTAÇÃO: 14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto; É a exposição de opiniões fundamentadas em argumentos e raciocínio. Divide-se em introdução (apresenta o assunto de forma direta, sem rodeios), desenvolvimento (mostra dados, ideias, argumentos e exemplos que sustentam a sua posição), e conclusão (fecha o assunto; pode ser na forma de síntese ou sugestões, sem espaço para continuar a discussão). É um tipo de texto que importa opiniões sobre os fatos, postura crítica diante do mundo e reflexões que contribuam para o aprofundamento da discussão sobre os temas postos pela própria vida em sociedade. Ela se desenvolve sempre em torno de um tema (assunto), ao qual se agregam argumentos, que culminam numa tese (ideia passível de discussão). 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta; 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem; 17. O autor defende ideias e você deve percebêlas. DENOTAÇÃO X CONOTAÇÃO: Denotação É o sentido real: “Os raios de sol adentraram pela imensa janela”. Perífrase: É a substituição de palavras por expressões que indicam algo de si. 11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa; Paráfrase É a reescritura do texto, mantendo-se o mesmo significado, ou seja, sem prejuízo do sentido original. Dicas para a Prova 1. Prof.ª Cristina Lopes Conotação É o sentido figurado: “Seu olhar eram raios de sol a iluminar-me”. www.apostilasvirtual.com.br 9 Assim, a condição básica para produzir uma dissertação é o conhecimento do assunto a ser discutido. Se nada ou pouco se souber, nada ou pouco se escreverá. Tendo-se informação suficiente, o passo primeiro e a organização dos dados que se têm à mão, para chegar à defesa de uma ideia. (Marina Ferreira e Tânia Pellegrini) www.apostilasvirtual.com.br Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Além de ser o tipo de texto mais exigido em provas e concursos em todo o Brasil, a dissertação também é um dos textos mais simples de se redigir. Começando pela estrutura e finalizando pelo tipo de linguagem empregado, é um texto que pode ser estudado e familiarizado com estudantes de diversos níveis. Para se produzir um texto dissertativo são necessárias algumas habilidades, que estão ao alcance de todos a serem adquiridas: Conhecimento do assunto a ser abordado, a fim de aplicar precisão e certeza àquilo que está sendo escrito. Habilidade com a língua escrita, de maneira que se possa fazer boas construções sintáticas, uso de palavras adequadas e relações coerentes entre os fatos, argumentos e provas. Boa organização semântica do texto, ou seja, organização coerente das ideias aplicadas à dissertação, para que as mesmas possam facilmente ser apreendidas pelos leitores. - Usam-se os seguintes sinais de pontuação: doispontos, travessão e vírgula. Exemplo: O juiz disse: - O réu é inocente. DISCURSO INDIRETO É aquele reproduzido pelo narrador com suas próprias palavras, aquilo que escutou ou leu de outra pessoa. No discurso indireto eliminamos os sinais de pontuação e usamos conjunções: que, se, como, etc. Exemplo: O juiz disse que o réu era inocente. DISCURSO INDIRETO LIVRE É aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por conta própria, servindo-se de orações absolutas ou coordenadas sindéticas e assindéticas. Bom embasamento das ideias sugeridas, boa fundamentação dos argumentos e provas. Exemplo: Para se entender o que é uma redação dissertativa, devemos distinguir os dois tipos de dissertação existentes: a dissertação expositiva e a dissertação argumentativa. Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano franziu a testa, achando a frase extravagante. Aves matarem bois e cavalos, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse tresvariando”. (Graciliano Ramos). Dissertação expositiva – como o próprio nome já sugere, é um tipo de texto em que se expõem as ideias ou pontos de vista. O objetivo é fazer com que o leitor os considere coerentes e não fazê-lo concordar com eles. III DESCRIÇÃO: Dissertação argumentativa – esse é o tipo de dissertação mais comum e conhecida por todos. Nela o intuito é convencer o leitor, persuadi-lo a concordar com a ideia ou ponto de vista exposto, isso se faz através de várias maneiras de argumentação, utilizando-se de dados, estatísticas, provas, opiniões relevantes, etc. II NARRAÇÃO: Prof.ª Cristina Lopes É discorrer sobre um fato, um acontecimento. Nela predominam os verbos de ação. Os elementos da narração são personagem (quem participa do fato), tempo (momento do fato), ambiente (local), narrador (quem conta: 1a ou 3a pessoa) e enredo (o encadeamento das ações). Discurso direto; Discurso indireto; Discurso indireto livre. DISCURSO DIRETO É aquele que reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa. Podemos enumerar algumas características do discurso direto: - Emprego de verbos do tipo: afirmar, negar, perguntar, responder, entre outros; www.apostilasvirtual.com.br É um “retrato verbal” do que vemos ou sentimos. É difícil encontrar um texto exclusivamente descritivo. Normalmente encontramos trechos descritivos inseridos numa narração ou dissertação. LINGUAGEM E ADEQUAÇÃO SOCIAL REGISTROS FORMAL E INFORMAL DA LINGUAGEM. A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social. E dentre os fatores que a ela se relacionam destacamse os níveis da fala, que são basicamente dois: O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Este fator foi determinante para a que a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais. FORMAS DE DISCURSO 10 Quanto ao nível informal, este por sua vez representa o estilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que para a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma um estigma. Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais representam as variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. www.apostilasvirtual.com.br Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos VARIEDADES LINGUÍSTICAS E SEUS DETERMINANTES SOCIAIS, REGIONAIS, HISTÓRICOS E INDIVIDUAIS Prof.ª Cristina Lopes Oi rapaize do surf brigadão pela moral que vcs tão me dando, pow ta muito bom quando ta batendo aquelas ondas na prainha. Ta show, valeu brigadão. Tanto backside floater drop tubão. (jargão do surf) LÍNGUA Língua é a linguagem verbal (oral/escrita) utilizada por um grupo de indivíduos que constituem uma comunidade. Norma culta: variedade de prestígio, que deve ser adquirida na vida escolar e sujo domínio é solicitado como forma de ascensão social e profissional. Linguagem técnica: usada no exercício de certas Ela é uma construção humana e histórica. É organizadora da identidade dos seus usuários. Ela também dá unidade a uma cultura, a uma nação. Uma língua viva é dinâmica e, por isso, está sujeita a variações. Modos de falar masculino e feminino: marcas na língua que expressam modos próprios da fala masculina ou feminina, como as marcas de gênero, o uso de adjetivos e diminutivos etc. Gíria: formas de língua que certos grupos desen- atividades profissionais. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA Variações linguísticas são diferenças que uma mesma língua apresenta quando é utilizada, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas. volvem como um código, para a comunicação entre si e para evitar a compreensão por parte daqueles que não pertencem ao grupo. LÍNGUA PORTUGUESA: Unidade x Diversidade. TIPOS DE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA 1. 4. Variação Histórica Exemplo: É a capacidade que tem um mesmo indivíduo de empregar as diferentes formas da língua em situações comunicativas diversas, procurando adequar a forma e o vocabulário emcada situação. O português arcaico x o português contemporâneo No trabalho; Variação Geográfica Na escola; Variedade que a língua portuguesa assume nos diferentes lugares onde é falada. Com os amigos; Exemplos: Com a família; No Brasil, cada região possui diferenças linguísticas, tanto na fala como no vocabulário. Em solenidades; No mundo virtual. Refere-se aos estágios de desenvolvimento de uma língua ao longo da História. 2. NORDESTINÊS TAMBÉM É CULTURA: Abestado = Bobo, leso, tolo. Abirobado = Maluco. Abufelar = Irritar, ficar brabo. Amancebado = Amigado, aquele que vive maritalmente com outra. Amarrado = Mesquinho, avarento. Arretado = Tudo que é bom, bacana, legal. Avalie = Imagine. Avariado das ideias = Meio amalucado. Avexado = Apressado. Bater a caçuleta = Morrer. Bizonho = Triste, calado. Brenha = Lugar longe e de difícil acesso, escuro. Briba = Pequena lagartixa. Bruguelo = Criança pequena. 3. Variação Situacional CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES SOBRE AS VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS encontrar (e usar) as variações linguísticas em diferentes contextos de produção escrita. Existe uma variedade de língua padrão, que é a variedade linguística de maior prestígio social. Aprendemos a valorizar a variedade padrão porque socialmente ela representa o poder econômico e simbólico dos grupos sociais que a elegeram como padrão Variação Social Exemplos: Tem gente que nasce com o coração maior ou menor, com vários defeitos. Essas são as cardiopatias congênitas, o coração pode nascer com inúmeros defeitos. (Jargão médico) 11 É importante compreender as variações linguísticas para melhor usar a língua em diferentes situações. Utilizar a língua como meio de expressão, informação e comunicação requer, também, o domínio dos diferentes contextos de aplicação da língua. Refere-se às formas da língua empregadas pelas diferentes classes ou grupos sociais. www.apostilasvirtual.com.br Todas as variações estão presentes tanto na língua falada quanto na língua escrita. Podemos, inclusive, O idioma pode ser um instrumento de dominação e discriminação social. Devemos, por isso, respeitar as linguagens utilizadas pelos diferentes grupos sociais. www.apostilasvirtual.com.br Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes Condição, hipótese: Se, desde que, salvo se, exceto se, contanto que, com tal que, caso, a não ser que, a menos que, sem que, suposto que, desde que, eventualmente, etc. Adição, continuação: Além disso, (a)demais, outrossim, ainda mais, ainda por cima, por outro lado, também, e, nem, não só... mas também, não apenas... como também, não só... bem como, etc. Dúvida: Talvez, provavelmente, possivelmente, quem sabe, é provável, não é certo, se é que, a caso, por ventura, etc. Certeza, ênfase: Decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza, etc. Surpresa, imprevisto: Inesperadamente, inopinadamente, de súbito, imprevistamente, surpreendentemente, etc. Ilustração, esclarecimento: Por exemplo, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja, ou melhor, aliás, ou antes, etc. ENCADEAMENTO ARGUMENTATIVO COESÃO Quando temos mais de um argumento, é preciso que façamos sua ligação por meio de elementos de coesão. Em tal caso, os elementos de coesão vão ser chamados de conectores (a palavra “conector” está associada à palavra “conexão”, que quer dizer “ligação”). Propósito, intenção, finalidade: Com o fim de, a fim de, com o propósito de, para que, a fim de que, com o intuito de, com o objetivo de, etc. Lugar, proximidade, distância: Perto de, próximo a ou de, junto a ou de, fora, mais adiante, além, lá, ali, algumas preposições e os pronomes demonstrativos, etc. Resumo, recapitulação, conclusão: Em suma, em síntese, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo, por isso, por conseqüência, etc. Causa e conseqüência, explicação: Por consequência, por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com efeito, tão (tanto, tamanho)... que, porque, porquanto, pois, já que, uma vez que, visto que, como (=porque), portanto, logo, que (=porque), de tal sorte que, de tal forma que, visto que, dado que, como, etc. Contraste, oposição, restrição, ressalva, concessão: Pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, porém, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, apesar de, ainda que, mesmo que, por menos que, a menos que, a não ser que, em contrapartida, enquanto, ao passo que, por outro lado, sob outro ângulo, etc. Alternativa: Ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja ... seja, já... já, nem... nem, etc. Negação: Não, absolutamente, tampouco, de modo algum, nunca, etc. Afirmação: Sim, certamente, efetivamente, realmente, seguramente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dúvida, decerto, por certo, com certeza, etc. Modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, como, alerta, melhor (mais bem), pior (mais mal), às pressas, à toa, às escuras, à vontade, de mansinho, em silêncio, em coro, face a face, às cegas, a pé, a cavalo, de carro, às escondidas, às tontas, ao acaso, de cor, de improviso, de propósito, de viva voz, de uma assentada, de soslaio, passo a passo, cara a cara, etc. Também exprimem modo a maioria dos advérbios terminados em mente: suavemente, corajosamente, etc. TEXTUALIDADE: COESÃO, COERÊNCIA, ARGUMENTAÇÃO E INTERTEXTUALIDADE. COERÊNCIA TEXTUAL “A relação que se estabelece entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido” (José Luiz Fiorin). “Conexão, união estreita entre várias partes, relações entre ideias que se harmonizam, ausência de contradição. É a coerência que distingue um texto de um aglomerado de frases” (José Luiz Fiorin e Francisco Platão Savioli). Fatores que Permitem Coerência Conhecimento de mundo compartilhado por emissor e receptor. Tipo (ou gênero) de texto. Argumentação. Escolha lexical. Variante linguística. Intertextualidade. Conectores são elementos relacionais, que ligam as “partes”. Note, e isso é importante, que há uma diferença entre os elementos de coesão por retomada e os elementos de coesão por conexão. Os elementos de coesão por retomada, como a palavra indica, “retomam” um termo que já está no texto. Os elementos de coesão por conexão vão juntar dois (ou mais) argumentos, sem retomar nada. A coesão é um trabalho que pode ser comparado à arquitetura: todos os elementos precisam estar solidamente “amarrados”, de modo a oferecer, além da conexão propriamente dita, um resultado harmônico e funcional. Elementos coesivos sequenciais Prioridade, relevância: Em primeiro lugar, primeiramente, principalmente, primordialmente, sobretudo, etc. Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterioridade, etc.): Então, enfim, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, finalmente, agora, atualmente, hoje, frequentemente, constantemente, às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse meio tempo, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, etc. Semelhança, comparação, conformidade: Como, consoante, segundo, da mesma maneira que, do mesmo modo que, igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual, como, assim como, bem como, como se, à medida que, à proporção que, quanto (mais, menos, menor, melhor, pior)... tanto (mais, menos, menor, melhor, pior), tanto quanto, que (do que), (tal) que, (tanto) quanto, (tão) quão, (não só) como, (tanto) como, (tão) como, etc. www.apostilasvirtual.com.br 12 www.apostilasvirtual.com.br Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Referência: A, ante, após, até, com, contra, de, desde, 2. em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás, além de, antes de, antes de, aquém de, até a, dentro em, dentro de, depois de, fora de, ao modo de, à maneira de, junto de, junto a, devido a, em virtude de, graças a, a par de, etc. 3. além disso, de mais a mais, etc. Exclusão: Apenas, salvo, senão, só, somente, exclusive, menos, exceto, fora, tirante, etc. 4. argumentos. b) embora, não obstante, apesar de, a despeito de, contudo estabelecem relação de concessão, de resignação. d) assim, dessa forma, portanto, desse modo, enfim, ora, em resumo, em síntese servem para complementar e concluir ideias. e) assim como, da mesma forma que, como, tal que estabelecem relação de comparação de semelhança. f) de fato, realmente, é verdade que, evidentemente, obviamente, está claro que - são usadas para fazer constatações ou para se admitir um fato. g) porque, devido a, em virtude de, tendo em vista isso, face a isto - servem para introduzir explicações. h) sobretudo, principalmente, essencialmente são usados para dar ênfase ou destaque a algum fato ou idéia. i) antes que, enquanto, depois que, quando, no momento em que - estabelecem relação de temporalidade. ARGUMENTAÇÃO Compreende os argumentos (evidências, exemplos, justificativas etc.) que dão sustentação à tese – ideia central defendida no primeiro parágrafo. Observe alguns EXEMPLOS DE ARGUMENTAÇÃO Argumentação por testemunho Conforme citado pelo jornalista Nelson Hoineff, "o que a televisão tem de mais fascinante para quem a faz é justamente o que ela tem de mais nocivo para quem a vê: sua capacidade aparentemente infinita de massificação". De fato, mais de 80% da população brasileira tem esse veículo como principal fonte de informação e referência. INTERTEXTUALIDADE A palavra intertextualidade significa interação entre textos, um diálogo entre eles. E texto no sentido amplo: um conjunto de signos organizados para transmitir uma mensagem, portanto, no mundo atual da multimídia, ela acontece entre textos de signos diferentes. Dentre a intertextualidade explícita, temos vários gêneros, como: epígrafe, citação, referência, alusão e paráfrase. Epígrafe Epígrafe (do grego epi = em posição superior + graphé = escrita) constitui uma escrita introdutória de outra. É uma transcrição de texto alheio, marcada por aspas. A música Cinema Novo, de Caetano Veloso, faz citações: Argumentação por exemplificação Já foi criada até uma campanha – "Quem financia a baixaria é contra a cidadania" – para que sejam divulgados os nomes das empresas que anunciam nos programas que mais recebem denúncias de desrespeito aos direitos humanos. O mais importante nessa iniciativa é que a participação da sociedade, que pode abandonar a passividade e interferir na qualidade da programação que chega às casas dos brasileiros. www.apostilasvirtual.com.br 5. Citação Tema: televisão 1. Argumentação por comparação Enquanto países como Inglaterra e Canadá têm leis que protegem as crianças da exposição ao sexo e à violência na televisão, no Brasil não há nenhum controle efetivo sobre a programação. Não é de surpreender que muitos brasileiros estejam defendendo alguma forma de censura sobre a TV aberta. a) e, além de, além disso, ademais, ainda, mas também, bem como, também servem para acrescentar ideias, c) mas, porém, entretanto, no entanto, sob outro ponto de vista, de outro modo, por outro lado, em desacordo com estabelecem oposição entre ideias. Argumentação por constatação Para além daquilo que a televisão exibe, deve-se levar em conta também seu papel social. Quem já não renunciou um encontro com amigou ou a um passeio com a família para não perder a novela ou a participação de algum artista num programa de auditório? Ao que tudo indica, muitos têm elegido a tevê como companhia favorita. Inclusão: Até, inclusive, mesmo, também, ainda, ademais, Outros recursos coesivos Argumentação histórica Quem assiste à TV hoje talvez nem imagine que seu compromisso inicial, quando chegou ao país, há pouco mais de meio século, fosse com educação, informação e entretenimento. Não se pode negar que ela evoluiu – transformou-se na maior representante da mídia, mas em contrapartida esqueceu-se de educar, informa relativamente e entretém de maneira discutível. Intensidade: Muito, pouco, assaz, bastante, deveras, menos, tão, tanto, demasiado, mais, demasiadamente, meio, todo, completamente, profundamente, excessivamente, extremamente, demais, nada (Isto não é nada fácil), ligeiramente, levemente, que (Que fácil é este exercício!), quão, como (Como reclamam!), quanto, bem, mal, quase, etc. Prof.ª Cristina Lopes 13 O filme quis dizer ‘Eu sou o samba’ A voz do morro rasgou a tela do cinema E começaram a se configurar Visões das coisas grandes pequenas Que nos formaram e estão a nos formar Todos e muitos: Deus e o Diabo, Vidas Secas, os Fuzis, Os Cafajestes, o Padre e a Moça, a Grande Feira, o Desafio Outras conversas, outras conversas sobre os jeitos do Brasil. Na citação sobre o samba, Caetano Veloso diz que o Cinema Novo quer representar o Brasil, como fez o samba da época de Cármen Miranda. www.apostilasvirtual.com.br Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Referência e Alusão Machado de Assis é mestre nesse tipo de intertextualidade. Ele foi um escritor que visualizou o valor desse artifício no romance bem antes do Modernismo. No romance Dom Casmurro, ele cita Otelo, personagem de Shakespeare, para que o leitor analise o drama de Bentinho. Paráfrase A paráfrase é a reprodução do texto de outrem com as palavras do autor. Ela não confunde com o plágio porque seu autor explicita a intenção, deixa claro a fonte. Exemplo de paráfrase é o poema Oração, de Jorge de Lima: Prof.ª Cristina Lopes “- Ave Maria cheia de graças...” A tarde era tão bela, a vida era tão pura, as mãos de minha mãe eram tão doces, havia, lá no azul, um crepúsculo de ouro... lá longe... “- Cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita!” Bendita! Os outros meninos, minha irmã, meus irmãos menores, meus brinquedos, a casaria branca de minha terra, a burrinha do vigário pastando junto à capela... lá longe... O autor retoma explicitamente a oração Ave Maria e mantém-se fiel a ele, justapõe a figura de Maria à da sua mãe, refere-se à hora do Angelus. QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS INSTRUÇÃO: Leia atentamente o artigo do consultor Luiz Marins e responda às questões de 1 a 5. Não deixe o inverno entrar em sua cabeça 1 5 10 15 20 No inverno, as noites são longas e os dias, curtos. Essas noites longas e frias podem nos deixar mais propensos a ver o mundo e as pessoas com lentes embaçadas pela neblina de pensamentos negativos. As roupas mais pesadas que temos que usar podem também nos deixar mais pesarosos, menos soltos, mais voltados para dentro de casa e de nós mesmos. O sol mais fraco ilumina menos e, com menos luz, corremos o risco de, contaminados pelo inverno, perder até a clareza de nossos pensamentos, que podem se obscurecer, nos fazendo perder a lucidez – palavra que vem de luz. Devemos ter o cuidado de não deixar que o inverno entre em nossas mentes. Como dizia o poeta francês Victor Hugo (1802-1885), saibamos gargalhar para que o sol possa varrer o inverno de nossos rostos. Para isso, é preciso ter olhos para enxergar a beleza e o significado dessa estação fria. Compreender o mundo a partir da natureza que se encolhe, aguarda, hiberna, espera. E que faz tudo isso com a enorme sabedoria de se preparar para a estação seguinte: a primavera, quando tudo renasce, brota, se expande, floresce. É preciso entender que não haveria primavera se não houvesse o outono e o inverno. Não devemos deixar entrar em nossas cabeças a frieza do inverno e sua falta de luz. Mas devemos sim aprender com ele a lição de que nós também devemos ter momentos de pausa, de reflexão, de planejamento e de preparo para que possamos usufruir com toda a força da explosão da primavera que, sem dúvida nenhuma, virá. E temos de fazer isso com alegria, gargalhando, como dizia o escritor e poeta francês. O que quero sugerir é que aproveitemos o inverno para refletir, planejar, pensar com seriedade e alegria sobre nossos objetivos e o que estamos fazendo de bom para que não apenas nós, mas toda a humanidade tenha uma primavera mais feliz. (Revista Trip, agosto de 2012. 1. [Assistente Social-(NS)-UFMT/2013.2].(Q.1) Sobre a relação entre a natureza e o homem feita pelo autor, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) O ser humano é o único responsável pelas alterações em sua vida e na natureza. ( ) Pensamentos negativos conduzem o homem a gastar mais energia e recursos em suas ações. ( ) O homem deve aprender com as mudanças de estação da natureza. ( ) A vida não é feita apenas de momentos alegres e felizes, mas de tristes também. Assinale a sequência correta. a) F, V, V, F b) V, V, F, V c) V, F, F, F d) F, F, V, V www.apostilasvirtual.com.br 14 www.apostilasvirtual.com.br Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes 2. [Assistente Social-(NS)-UFMT/2013.2].(Q.2) Releia o trecho: Compreender o mundo a partir da natureza que se encolhe, aguarda, hiberna, espera. E que faz tudo isso com a enorme sabedoria de se preparar para a estação seguinte: a primavera, quando tudo renasce, brota, se expande, floresce. É preciso entender que não haveria primavera se não houvesse o outono e o inverno. Esse trecho permite o entendimento de que o homem a) precisa adaptar-se às estações da natureza, pois viverá com maior tranquilidade e lucidez. b) age forçado pelas mudanças relativas à natureza que influenciam seu pensar e suas decisões. c) pode compreender que cada momento de sua vida tem característica própria, assim como a natureza. d) realiza suas atividades com sabedoria tendo em vista seu respeito à natureza. 3. [Assistente Social-(NS)-UFMT/2013.2].(Q.3)Em relação ao texto, analise as afirmativas. I - No primeiro parágrafo, as referências ao inverno voltam-se para o fechamento em si mesmo, a obscuridade, pouca alegria. II - No segundo e quarto parágrafos, há certa incitação a que o homem não se deixe abalar por pensamentos negativos ou pouco lúcidos. III - No terceiro parágrafo, o inverno pode ser tomado como um tempo em que o homem age com sabedoria. IV - No quinto parágrafo, o autor expressa o porquê fez a relação entre inverno e primavera. Está correto o que se afirma em a) I, II e IV, apenas. b) II e III, apenas. c) I, III e IV, apenas. d) I, II, III e IV. 4. [Assistente Social-(NS)-UFMT/2013.2].(Q.5) Ao referir-se ao escritor francês Victor Hugo, o autor usou uma propriedade textual denominada: a) Coerência. b) Intertextualidade. c) Pressuposição. d) Polissemia. 5. [Assistente Social-(NS)-UFMT/2013.2].(Q.7) A coesão é a propriedade textual pela qual as partes de um texto se ligam semanticamente. Sobre elementos coesivos usados no texto, assinale a afirmativa correta. a) A expressão tudo isso (parágrafo 3) refere-se às ações de renascer, brotar e florescer. b) O conector mas (parágrafo 4) repele a ideia anterior e adiciona nova ideia como acréscimo. c) O uso das palavras mais e menos no mesmo parágrafo (parágrafo 1) quebra a ligação coesiva dos enunciados visto que trazem ideias opostas. d) O conector Para isso (parágrafo 3) retoma o parágrafo anterior para indicar a finalidade do que é afirmado na frase em que se encontra. INSTRUÇÃO: Leia o texto atentamente e responda às questões 6 e 7. Questão de ataque 1 5 10 Se tu quiseres escrever um texto sobre um tema qualquer, seja ele científico ou não, a primeira coisa que se exige não é conhecimento nem imaginação, mas sim coragem. Nada disso de fazer emboscadas, de só andar em grupo ou pelos caminhos seguros. Nada de ficar esperando pacientemente pelas palavras. Elas são sorrateiras, escorregadias, ardilosas. Cheias de diferentes figuras e camuflagens, cheias de artifícios, armadilhas, artimanhas, arapucas... ara! Palavra assim a gente vai e ataca! Não tenhas pena, não. Então, é preciso ter pulso. Puxar pela ponta da letra, arrancar pela raiz e atingir até as derivadas se for preciso. Porque o mais importante é ensiná-las quem está regendo o texto. Segue mais um aviso: é necessário fazê-lo rápido. Arrisca-te com a ponta da caneta tão logo as avistes, pois estas danadas têm por dom fugir o mais depressa que podem. E elas podem muito. (Disponível em Mônica. Pequenascronicasdavidacotidiana.blogspot.com.br. Acesso em 12/12.) www.apostilasvirtual.com.br 15 www.apostilasvirtual.com.br Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes 6. [Assistente Social-(NS)-UFMT/2013.2].(Q.8) A blogueira dá conselhos a quem pretende escrever. Segundo ela, a) o escritor deve aguardar que as palavras, corajosas, agucem sua imaginação. b) as palavras, se não tomadas fortemente, têm força bastante para deixar o escritor mudo. c) o escritor que não consegue escrever deve criar armadilhas para as palavras. d) as palavras se escondem do escritor quando este tem dúvida quanto ao significado. 7. [Assistente Social-(NS)-UFMT/2013.2].(Q.9) No terceiro parágrafo, qual enunciado explica uma ação proposta? a) Então, é preciso ter pulso. b) Não tenhas pena, não. c) Porque o mais importante é ensiná-las quem está regendo o texto. d) Puxar pela ponta da letra, arrancar pela raiz e atingir até as derivadas se for preciso. INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto a seguir e responda às questões de 8 a 10. Resgate 1 Recebo de troco uma nota de cinco reais e vejo que nela está escrito, numa letra miúda e meio trêmula, o seguinte: “Vai, dinheiro, dizer ao Brasil inteiro que Marilúcia não presta”. O autor não se identifica, bastou-lhe apenas soltar na rua, nas asas desse retângulo de papel que normalmente ninguém joga fora, a sua dura queixa. 5 Quanto dinheiro com rabiscos já nos passou pelas mãos! Geralmente são bobagens, desenhos grosseiros, palavrões. Às vezes, um singelo lirismo: um nome de mulher ou de homem com o famoso coração atravessado pela célebre flecha. Às vezes, é um gesto político: a abominação de uma figura augusta da república. Nestes cinco reais que recebi de troco, numa frase com ritmo, vem uma acusação áspera e nominal – Marilúcia não presta! – com a sutil insinuação de que na origem da maldade está a 10 praga do dinheiro. “Vai, dinheiro”, diz o homem amargo. Ele nem procurou gravar seu lamento numa nota de mais alto valor, dessas que, por circularem menos, permanecem mais tempo legíveis. Escreveu em simples cinco reais, quis que o máximo de pessoas lessem logo a sua opinião sofrida. Quis condenar Marilúcia a andar pelo mundo num dinheirinho pobre. [...] E estes cinco reais, me pergunto eu, solto-os outra vez no mundo, a fim de que dando voltas e 15 voltas, acabem nas mãos de uma qualquer Marilúcia e de que esta, analisando a letra doentia, faça lá com seus pensamentos as ponderações mais íntimas e queime no fogo mais ardente e purificador tão irresponsável documento? Ou guardo-os na minha gaveta de curiosidades? Ou quem sabe os destruo? São cinco reais. Alguém dirá que, se fossem cem, talvez eu agisse de outro modo. Pensem o que pensarem, vou rasgar bem rasgado esse dinheirinho vil. Em pedacinhos que não permitam a identificação 20 de uma só das palavras duras que botaram nele. É o mínimo e o máximo que posso fazer por vocês, Marilúcias. (CARDOZO, F J. Uns papéis que voam. São Paulo: FTD, 2003.) 8. [Téc. Secretariado-(NMT)-UFMT/2013.2].(Q.1) Sobre o texto, analise as afirmativas. I - O autor da frase escrita na nota de cinco reais revela-se, no segundo parágrafo, um homem ressentido, desgostoso. II - No penúltimo parágrafo, o cronista mostra-se indeciso entre preservar Marilúcia guardando o dinheiro ou condená-la a que os usuários do dinheiro conheçam sua ação. III - O cronista decide finalmente rasgar a nota em função de seu pouco valor. IV - A partir de um fato comum – nota de real com frase escrita – o autor faz uma crônica com humor e reflexão. Está correto o que se afirma em a) I, II, III e IV. b) I, II e IV, apenas. c) II e III, apenas. d) I, III e IV, apenas. www.apostilasvirtual.com.br 16 www.apostilasvirtual.com.br Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes 9. [Téc. Secretariado-(NMT)-UFMT/2013.2].(Q.2) No trecho Às vezes, é um gesto político: a abominação de uma figura augusta da república, pode-se entender que rabiscos em dinheiro são usados também para a) mostrar desprezo por pessoas do governo. b) falar mal do regime republicano no país. c) protestar contra a política praticada no país. d) posicionar-se politicamente contra a república. 10. [Téc. Secretariado-(NMT)-UFMT/2013.2].(Q.3) A adjetivação é um dos elementos estruturadores de um texto, funcionando como uma das principais estratégias discursivas de construção da opinião de quem escreve em relação àquilo que escreve. Assinale o trecho que apresenta o maior número de adjetivos. a) Geralmente são bobagens, desenhos grosseiros, palavrões. b) Às vezes, é um gesto político: a abominação de uma figura augusta da república. c) faça lá com seus pensamentos as ponderações mais íntimas e queime no fogo mais ardente e purificador tão irresponsável documento? d) “Vai, dinheiro, dizer ao Brasil inteiro que Marilúcia não presta”. INSTRUÇÃO: Leia o texto abaixo e responda à questão 11. É a da novela 1 Publicado por Monica Eu achando a música uma gracinha, melodia fácil e gostosa de ouvir, dessas que grudam na cabeça e a gente cantarola distraída no chuveiro, presa no engarrafamento ou enquanto espera o elevador. Letra bonitinha, tudo me fazendo lembrar um pouco as composições bacaninhas do Jim Croce no começo dos 5 anos 70, antes daquele avião dele se espatifar. Nada muito original, ok, mas o tipo de música que daqui a muitos anos a gente vai continuar ouvindo e gostando e achando fofa. Só que eu sempre pegava a música pela metade ‘na rádia’, quando pegava do começo o moço não dizia o nome, nem quem estava cantando. Quando eu estava do lado de alguém e perguntava ‘que música é essa? quem tá cantando?’, a resposta era sempre ‘ah, essa é a música da novela!’. Da novela! Gente, eu não vejo novela desde aquela que tinha a 10 Odete Roitman (e não foi a reprise não, hein, foi a original, sei lá há quantos anos), não dava pra ser um cadinho mais específico? Todo mundo achando a música bonitinha mesmo, mas informação pra me ajudar, que é bom, nadinha. Mas eu só precisei de uma coisa, uma coisinha só, pra resolver o meu problema: uma adolescente. Que me deu nome, título, letra, link pra baixar e tudo mais. Adolescente, meus amiguinhos. É tudo de que preciso para sobreviver no universo das musiquinhas pop da atualidade. (Disponível em http://cronicasurbanas.wordpress.com/. Acesso em 30/07/13.) 11. [Téc. Secretariado-(NMT)-UFMT/2013.2].(Q.7) Assinale a alternativa que apresenta características da informalidade do texto. a) Estrutura frasal incompleta, a exemplo de Mas eu só precisei de uma coisa, uma coisinha só, pra resolver o meu problema: uma adolescente; uso de interjeição, como em e não foi a reprise não, hein, foi a original. b) Repetição de palavras, a exemplo de precisei de uma coisa, uma coisinha só; redução de palavras, como em pra e cadinho; uso de diminutivo, por exemplo, bonitinha, bacaninha, amiguinhos. c) Regência verbal própria da linguagem informal, como É tudo de que preciso para sobreviver no universo das musiquinhas pop da atualidade; uso de exagero nas explicações, por exemplo, gente cantarola distraída no chuveiro, presa no engarrafamento ou enquanto espera o elevador. d) Uso de expressões vagas, a exemplo de todo mundo, uma coisa; escrita em primeira pessoa do singular, como Eu achando, eu não vejo novela; uso de diminutivos, como nadinha, cadinho. www.apostilasvirtual.com.br 17 www.apostilasvirtual.com.br Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes INSTRUÇÃO: Leia o anúncio publicitário abaixo e responda à questão 12. 12. [Téc. Secretariado-(NMT)-UFMT/2013.2].(Q.9) Sobre o anúncio, assinale a afirmativa INCORRETA. a) O texto verbal conclama os leitores a não desperdiçar o recurso esgotável água, a fim de garantir a sustentabilidade do planeta. b) O logotipo, um adulto segurando a mão de uma criança e, com a outra mão, um galho, incentiva a preservação das florestas para garantir o futuro das crianças. c) A frase Não compre gato por lebre pode significar Não seja enganado, levando um produto inferior ao esperado. d) A frase Não compre gato por lebre representa um alerta ao consumidor, para que ele adquira somente o que for durável e de qualidade. Leia texto abaixo para responder as questões de 13 a 15: O PRIMEIRO PELO Elias, aquele pedacinho de gente, com a cara mais atrevida deste mundo, plantou-se diante do pai, que lia o jornal. - Pai, eu já sou um homem! Como o pai não desse sinal de ter ouvido, repetiu: - Pai, eu já sou um homem! - Você sempre foi, meu filho. Desde que nasceu – respondeu, afinal o pai. - Isso eu sei. Quero dizer, agora já sou grande. - Não me parece que você tenha crescido muito de ontem para hoje... – disse o pai, olhando o garoto de alto a baixo. - É que eu sou... eu sou ... - Já sei. Você quer dizer que se tornou adulto. - É, é isso mesmo. - E por que o senhor meu filho acha que se tornou adulto de ontem para hoje? - O senhor está vendo aqui? – E apontava um pontinho preto no queixo. – Está vendo? - Não vejo nada. Venha mais perto. Ahnn! Será que estou vendo um pelinho aí? - É o meu fio de barba, pai. Eu já sou um homem. - Ora, meu filho! É apenas um fio, e um fio não faz uma barba toda. Aliás, lembra-se de sua avó, minha mãe? A vovó tinha uma verrugazinha no queixo e três fios de barba. Veja bem: três fios. Nem por isso ela dizia que era homem! - Mas eu já sou um adul... Isso que o senhor disse. Por isso, preciso de aumento de mesada, quero chegar tarde em casa e levar a chave da porta. - É uma pena, é uma pena ... lamentou o pai, balançando a cabeça. - Pena porque ia dar-lhe um presente agora que você completa doze anos. Mas ... Preciso mudar de presente. www.apostilasvirtual.com.br 18 www.apostilasvirtual.com.br Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes - Mudar, pai? - Claro, quando você era menino, ia ganhar uma bicicleta dessas que você sempre quis. Mas, sendo um homem, vou dar a você um aparelho de barba. O garoto apoiou-se num pé, depois no outro, profundamente pensativo. Ah! Ia perder aquela sonhada bicicleta! Resolveu: - Pai, vamos fazer uma coisa. Eu deixo pra ficar homem mais tarde e o senhor me dá a bicicleta, certo?Certo – concordou o pai. – E peça à sua mãe para tirar esse pelinho daí com uma pinça. Não fica bem um menino com barba de homem. (Mário Donato) 13. [Auxiliar Adm.-(NF)-UNIR/2011].(Q.1) Para afirmar que já é um homem, Elias dirigiu-se ao pai com: a) humildade b) segurança c medo d receio e) empáfia 14. [Auxiliar Adm.-(NF)-UNIR/2011].(Q.3) Ao responder que o filho era homem desde que nasceu, o pai referia-se ao aspecto: a) Psicológico b) Social c) Físico d) Etário e) Histórico 15. [Auxiliar Adm.-(NF)-UNIR/2011].(Q.4) Analise as afirmações abaixo e verifique aquelas que estão em discordância com o texto, depois assinale a alternativa que as indica. I. Elias achou-se em condições de exigir seus direitos como adulto, pois também já assumia as responsabilidades e cumpria com os deveres que um adulto tem. II. Elias resolveu “adiar” seu ingresso na idade adulta porque percebeu que um fio de barba ainda não lhe dava maturidade, e que ainda tinha desejos de menino. III. O pai não queria aceitar que seu filho já tinha se tornado adulto. IV. O pai percebeu que o filho já estava amadurecendo e por isso resolveu mudar seu presente. V. O menino mudou de ideia por causa da tática que o pai teve, não se opondo diretamente, mas mostrando outro lado da moeda para o qual Elias não tinha se atentado ainda. a) I, II, V b) II, III, V c) I, III, IV d) III, IV, V e) I, III, V Leia o texto ”Aumente o poder do cérebro com exercícios” para responder à questão 16. Pesquisas revelam que a atividade física melhora a concentração, a memória, a aprendizagem e até estimula o nascimento de neurônios. Por Mônica Tarantino e Monique Oliveira Não é segredo que a atividade física produz inúmeros benefícios para o corpo, mas agora a ciência reuniu provas suficientes para adicionar um novo e poderoso efeito à sua lista de ações positivas: o aprimoramento do cérebro. As mais recentes descobertas indicam que a prática regular de exercícios ajuda a pensar com mais clareza, melhora a memória e proporciona um grande ganho na aprendizagem. Novos estudos sugerem que as mudanças podem ser ainda maiores, alterando a própria estrutura do órgão ao incentivar o nascimento e o desenvolvimento de neurônios. Essas conclusões são de uma ampla revisão de pesquisas que acaba de ser divulgada nos Estados Unidos por uma das mais renomadas cientistas no campo da neurogênese. Henriette van Praag (Ph.D), do Laboratório de Neurociências do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. Henriette e seus colaboradores afirmam que há maior produção de neurônios e um aumento das substâncias que atuam na nutrição e desenvolvimento dessas www.apostilasvirtual.com.br 19 www.apostilasvirtual.com.br Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes células em animais submetidos a exercícios regulares. O trabalho foi publicado pela revista “Current Topics in Behavioral Neurosciences”. A cientista detectou ainda que o exercício aumenta a capacidade do cérebro de se adaptar e criar novas conexões, a chamada neuroplasticidade. Em estudos com ressonância magnética feitos em indivíduos foi possível também observar que quem se exercita regularmente produz uma intensa atividade no hipocampo. Essa região cerebral está relacionada à memória e à aprendizagem, e lá estão armazenadas as células-tronco que darão origem aos novos neurônios. IstoÉ, Edição n. 2.237, 26/09/2012, p. 70-72. Adaptado. 16. [Oficial-PM-MS/2013-Fund. Escola Gov.].(Q.1) De acordo com o primeiro parágrafo do texto, a atividade física tem como objetivo básico: a) a prática regular de atividade física. b) a memorização de leituras diversas. c) o aprimoramento do cérebro. d) o cuidado pessoal. e) a vida social. As questões de 17 a 19 avaliam conhecimentos sobre diferentes itens do conteúdo previsto em Edital e referem-se ao texto a seguir: 1 A invasão do politicamente correto 2 Qual a melhor maneira de se dirigir aos negros, homossexuais e idosos? Como 3 não ofendê-los? Quais palavras usar e quais repudiar? Há dez anos, perguntas como 4 essas dificilmente povoariam a mente dos brasileiros. Hoje, dúvidas assim são comuns. 5 Essa mudança de comportamento, que reflete diretamente em nossa maneira de falar, 6 deve-se ao Movimento do Politicamente Correto. Nascido na militância política pelos 7 direitos civis, nos Estados Unidos, na década de 70, ele ganhou força nas universidades 8 americanas nos anos 80 e desembarcou no Brasil pouco mais de dez anos depois. Prega 9 que alguns termos sejam banidos do vocabulário para evitar manifestações 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 preconceituosas do gênero, idade, raça, orientação sexual, condição física e social. A mania vem sendo incorporada pela sociedade, mas ferve o sangue de intelectuais, escritores e músicos cuja ferramenta de trabalho é justamente a palavra. O professor de Linguística da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Bruno Dallare,considera o PC (como é chamado o movimento) autoritário, arbitrário e cerceador. “Ele provoca efeito contrário ao que defende”, diz. “Ao seguir regras, a pessoa perde a naturalidade e se distancia do interlocutor”. Além disso, os termos, em alguns casos, transcendem o bom senso. As expressões “terceira idade” e “melhor idade”, criadas por técnicos da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) para nomear programas de viagem destinados aos idosos, têm como objetivo mascarar a velhice. Trata-se de uma jogada de marketing – o termo, mais positivo que “velhice”, ajudaria a atrair esse público. Agora, já há profissionais do setor de turismo utilizando a expressão “suave idade”, como se essa realmente fosse a fase mais suave da vida. “Não entendo por que ‘velho’ é politicamente incorreto”, diz o escritor Rubem Alves, do alto de seus 77 anos. “Já imaginaram se Ernest Hemingway tivesse dado ao seu livro o nome de O idoso e o mar (o nome é O velho e o mar)?”, questiona. O Ministério do Turismo cunhou “melhor idade” depois que a expressão “terceira idade” foi registrada e eles perderam o direito de utilizá-la. “Não acho o termo bom, mas foi o melhor que encontramos”, diz Maria Flor, do Ministério do Turismo. As expressões difundidas pelos politicamente corretos estão presentes, principalmente, na militância gay e no movimento negro. A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) editou uma cartilha para educadores e outra para comunicadores, em que sugere quais palavras devem ser usadas. Exemplo disso é a troca de “homossexualismo” por “homossexualidade”. O argumento é forte. Em 1996, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou o homossexualismo da lista de doenças. Por isso, o sufixo “ismo” (que remete a doenças) não teria mais sentido. O movimento negro afirma que eles não querem ser chamados de “neguinho” e”preto”. Preferem afrodescendentes” – uma tradução, um pouco torta, do www.apostilasvirtual.com.br 20 www.apostilasvirtual.com.br Língua Portuguesa 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes termo usado nos Estados Unidos pelos PCs, “afro-americans”. Grande parte dos termos politicamente corretos brasileiros é inspirada no linguajar americano. Mas eles também nascem aqui. “Muitos termos e expressões são criados, mas somente alguns são aceitos pela mídia e passados para a frente”, diz Dallare. Até mesmo as escolas de ensino infantil são berço dessas manifestações. Há dez anos educadores alteram a letra de canções de roda consagradas. Clássicos como “Atirei o pau no gato”, “o cravo e a rosa” e “Boi da cara preta” têm sido considerados inadequados. O primeiro, por exemplo, é tido como agressivo e “pouco amigo” dos animais. Os outros dois são tachados, respectivamente, de “desumano” e “racista”. Segundo Claudia Razuk, coordenadora de uma das unidades do Colégio Itatiaia, em São Paulo,o objetivo é, desde cedo, ensinar “a criança a maneira correta de agir. “A escola existe para isso”, afirma. Recentemente, a própria educadora mudou a letra de uma canção, que considerava pessimista, para uma versão mais “cor-de-rosa”. Em 2005, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos, do governo federal, editou a Cartilha do Politicamente Correto. E foi bombardeada – acusada de cercear a liberdade de expressão e criticada por seus “exageros”. Termos como “peão”, “comunista” e “funcionário público” eram desaconselhados. A obra foi engavetada, mas deixou uma lição. Com o uso de palavras politicamente corretas ou não, o fundamental é ter bom senso. (Por Cláudia Jordão, ISTOÉ, Edição 2027, 10-9-2008. Com alterações, supressões e adaptações. Disponível em http://www.istoe.com.br/reportagens/8822). 17. [Anal. Jud.-(Ár. Fim)-(NS)-(M)-TJ-MS/2012-FADEMS].(Q.1) Assinale a alternativa que pode representar a mensagem do texto: a) Ninguém é obrigado a empregar palavras politicamente corretas, mas seu uso é sinal de bom senso e de respeito aos direitos civis dos cidadãos. b) Por serem de origem americana, os termos politicamente corretos invadiram a sociedade brasileira e transformaram-se em mania nacional, comprometendo o trabalho da mídia e dos professores. Devem, portanto, ser banidos do vocabulário brasileiro. c) Embora haja excessos, os termos politicamente corretos devem ser empregados nas relações cotidianas e, sobretudo, nos primeiros anos escolares. d) Ao uso de termos “politicamente corretos” deve ser agregado o bom senso, pois eles por si e apesar de sua proliferação, não garantem a coibição de manifestações preconceituosas. e) Os termos politicamente corretos devem ser incorporados ao vocabulário dos cidadãos brasileiros, pois seu uso coibirá manifestações preconceituosas e contribuirá significativamente para a democratização da sociedade. 18. [Anal. Jud.-(Ár. Fim)-(NS)-(M)-TJ-MS/2012-FADEMS].(Q.2) Sobre os posicionamentos da autora inscritos no texto, é correto afirmar que: a) A palavra “velho” não é politicamente incorreta, mas “idoso” representa com mais polidez aqueles que estão na “melhor idade”. b) Excessos no uso de termos politicamente corretos indicam autoritarismo e, portanto, concorrem para o distanciamento entre as pessoas. c) A iniciativa da Secretaria Especial dos Direitos Humanos em editar a Cartilha do Politicamente Correto foi injustamente criticada, pois trazia claros exemplos de bom senso. d) A iniciativa das escolas de ensino infantil em alterar letras de canções de roda é um exemplo de bom senso, pois é nessa faixa de escolaridade que se ensina a maneira correta de agir e falar. e) Alguns termos considerados politicamente corretos são usados para mascarar a realidade, e não para coibir manifestações preconceituosas. 19. [Anal. Jud.-(Ár. Fim)-(NS)-(M)-TJ-MS/2012-FADEMS].(Q.7) Observadas as relações de coesão estabelecidas no texto, é correto o que consta na alternativa: a) O pronome “-la” (l. 27) refere-se a “melhor idade” (l. 26). b) O pronome “eles” (l. 27) refere-se a “idosos” (l. 19). c) O pronome “eles” (l. 36) retoma “afrodescendentes” (l. 37). d) O uso do pronome “seus” (l. 53) produz certa ambigüidade: pode remeter tanto a “a Cartilha do Politicamente Correto” (l. 52) quanto a “a Secretaria Especial dos Direitos Humanos” (l. 51). e) “dessas manifestações” (l. 42) refere-se a “manifestações preconceituosas” (l. 9-10). www.apostilasvirtual.com.br 21 www.apostilasvirtual.com.br Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes GABARITOS (232 QUESTÕES) LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE VARIADOS GÊNEROS DISCURSIVOS. AS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DE UM TEXTO E AS MARCAS COMPOSICIONAIS DE GÊNEROS TEXTUAIS DIVERSOS. LINGUAGEM E ADEQUAÇÃO SOCIAL: Variedades linguísticas e seus determinantes sociais, 1 regionais, históricos e individuais; Registros formal e informal da linguagem. TEXTUALIDADE: coesão, coerência, argumentação e intertextualidade. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 D C A B D B C B A C B A B A C C D E D C D E A B 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 D E C C B D B E B A D E C A E C B C E B E D E D 49 50 51 52 53 54 55 B C E B A D A ASPECTOS LINGUÍSTICOS NA CONSTRUÇÃO DO TEXTO: 2 1 D 3 Fonética: prosódia, ortografia. 2 E 3 B 4 D 5 D 6 E 7 A 8 C 9 A 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 A C C A C B B E E B A B ASPECTOS LINGUÍSTICOS NA CONSTRUÇÃO DO TEXTO: MORFOLOGIA: formação, classificação e flexão das palavras; colocação pronominal, emprego de nomes, pronomes, conjunções, advérbios, modos e tempos verbais. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 C D A C D D C B D D B B C D B A D D D A E A E E 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 A A B E D B C D B E B D C D A E D A E B B C E D 49 50 51 52 53 54 E B D B C B 4 ASPECTOS LINGUÍSTICOS NA CONSTRUÇÃO DO TEXTO: Sintaxe: frase, oração e período, concordâncias verbal e nominal, regências verbal e nominal. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 D C A E D C A E E A B C E B A D C D A A B A E B 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 A B B A C B C B A A C D B D C B E C A C C C B E 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 A D C D D E A A E A B A D A E D www.apostilasvirtual.com.br 115 www.apostilasvirtual.com.br Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos SEMÂNTICA: 5 polissemia, paronímia, homonímia, denotação e conotação, figuras de linguagem. 1 2 A B 25 26 D A 3 A 4 C 5 D 6 D 7 C 8 D 9 C 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 A E D D C A A E D A E A C D A 6 1 D Prof.ª Cristina Lopes PONTUAÇÃO 2 C 3 C 4 E 5 C 6 E 7 E 8 D 9 D 10 B www.apostilasvirtual.com.br 11 A 12 C 116 www.apostilasvirtual.com.br