ENCONTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
XIX Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental da ASPEA
Aprender fora de portas: percursos de aprendizagens
Década da Biodiversidade
Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos
Jornada Internacional do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e
Responsabilidade Global
Carta da Terra
___________________________________________________________________________
Francisco Teixeira
Agência Portuguesa do Ambiente
EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE: UM PROCESSO INCLUSIVO E UMA OCASIÃO
SOBERANA
O nosso maior desafio para este século é pegar
numa ideia que parece abstrata – o
desenvolvimento sustentável – e transformá-la
em realidade para todos os povos do mundo.
Kofi Annan, ex- Secretário-Geral das Nações
Unidas
A Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento de 1992 já exortava o
mundo para a necessidade de ser criado um novo modelo de conduta cívica que estabelecesse um
contrato ético e político com a Natureza, com esta Terra. De acordo com a Agenda 21 Local, saída da
mesma Conferência do Rio, a educação, incluindo a educação formal, a consciencialização pública e a
formação deverão ser reconhecidas como um processo pelo qual os seres humanos e as sociedades
podem atingir o seu máximo potencial1.
Ora, educar para um futuro sustentável, sob o ponto de vista de uma holística interdependência,
exigirá a aprendizagem sobre as interações do processo ecológico, implica integrar tanto o estudo
das forças de mercado, como os valores culturais e tomada de decisão equitativa e expressa também
uma ação governativa.
Aos cidadãos, nomeadamente os estudantes, depara-se o compromisso de aprender a refletir
criticamente sobre o seu lugar no mundo, questionando o que é que a sustentabilidade significa para
eles e para as suas comunidades.
Os princípios orientadores de uma intervenção estratégica no domínio da educação ambiental
(para a sustentabilidade) visarão uma cidadania interveniente, educando tendo em conta a
1
Princípios de Ação, capítulo 36
1
experiência internacional e integrando as lições da experiência nacional, estimulando outras
iniciativas e atores.
Os principais objetivos da aprendizagem são transmitir conhecimentos e ensinar competências
tais como resolução de problemas e conflitos, construção de consensos, gestão de informação,
expressão interpessoal, pensamento crítico e pensamento criativo.
A EAS-educação ambiental para a sustentabilidade implica uma reorientação do ensino para
conduzir e motivar as pessoas a tornarem-se cidadãos responsáveis do planeta e agrega as interrelações entre o ambiente, a economia e a sociedade.
O processo incentiva a ligação entre ideias e ação e compreende a aquisição de conhecimentos
para entender o (nosso) mundo complexo.
Implica o desenvolvimento de metodologias interdisciplinares, o tal pensamento crítico e
capacidades de ação que permitem enfrentar os desafios com soluções sustentáveis e contendo
valores de participação de uma sociedade democrática.
Nada poderia ser mais importante para a qualidade futura da vida neste planeta – eis uma ocasião
soberana – do que assegurar, através da educação, a criação de uma cultura global de
sustentabilidade.
A Educação Ambiental para a Sustentabilidade identifica o que os cidadãos devem saber, o que se
deve ser capaz de fazer e o que valorizar no seu percurso formativo.
À luz deste imperativo de cidadania ou de uma ética de responsabilidade (partilhada), para onde
parecem apontar as políticas do mundo moderno, designadamente da União Europeia – onde o
cidadão será, crescentemente, chamado a participar no processo de decisão – uma política (de
ambiente) para ser eficaz, não se pode circunscrever a uma tarefa exclusiva do Estado.
É este o enorme e contínuo desafio que a todos nós, sem exceções e independentemente da
função ou área de intervenção, diz respeito!
2
NOTA CURRICULAR
Manuel Francisco Sequeira Teixeira
•
Diretor do Departamento de Promoção e Cidadania Ambiental da AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, desde
Outubro de 2009.
•
Integra o Grupo de Trabalho para Educação Ambiental para a Sustentabilidade criado pelo Despacho conjunto
MAOTDR/ME.
•
Integra a Equipa Coordenadora da Pós - Graduação em Educação-Ação para o Desenvolvimento Sustentável
promovida pela Universidade Católica do Porto.
•
Foi docente da Pós-graduação em Ecoturismo promovida pelo Instituto Superior de Línguas e Administração de
Lisboa e ordem dos Biólogos.
•
Desempenhou cargos de chefia na área da sensibilização, informação e comunicação na Autoridade Nacional de
Proteção Civil - Ministério da Administração Interna (2003-2009).
•
Foi Chefe da Divisão de Formação Ambiental do Instituto de Promoção Ambiental/Instituto do Ambiente entre
1996 e 2003.
•
Foi Subdiretor dos Cadernos de Educação Ambiental (1997-2000).
•
Tem obra diversa publicada nos domínios da Sensibilização, Educação, Formação e Ética Ambiental (destaque
para):
o
TEIXEIRA, F; et Al, (1999) A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA POLÍTICA PÚBLICA DE AMBIENTE – UM
HISTORIAL E UMA BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA, Ed. Instituto de Promoção Ambiental, Lisboa;
o
TEIXEIRA, F; et Al, (2001) GUIA ANOTADO DE RECURSOS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL, Ed. Ministério da
Educação/Instituto de Inovação Educacional, Lisboa
o
TEIXEIRA, F (2002), EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ETAPAS, PROTAGONISTAS E REFERÊNCIAS BÁSICAS EM
PORTUGAL editado pela Liga para a Proteção da Natureza, Lisboa;
o
TEIXEIRA, F. (2004) et Al, ÉTICAS E POLÍTICAS AMBIENTAIS, Ed. Centro de Filosofia da Universidade de
Lisboa e Sociedade de Ética Ambiental, Lisboa;
•
Desempenhou funções técnico-pedagógicas no Instituto Português da Juventude (89-96).
•
Cumpriu a componente letiva do Mestrado em Filosofia da Natureza e do Ambiente (Faculdade de Letras da U
Lisboa), a licenciatura em Filosofia (Faculdade de Letras da U Lisboa) e o curso do Magistério Primário (EMP da
Guarda/I Politécnico da Guarda).
•
Detém o Curso de Alta Direcção em Administração Pública e o Diploma de Especialização em Comunicação e
Marketing Públicos (INA).
•
Integra a Direcção e foi cofundador da Sociedade de Ética Ambiental.
•
Integrou a Direcção Nacional da Liga para a Proteção da Natureza (2000-2003).
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Um Processo Inclusivo e uma Ocasião Soberana