1 Universidade Federal do Rio Grande – FURG Instituto de Ciências Humanas e da Informação - ICHI Adriana da Silva Duarte AS CARACTERISTICAS DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DOS PROFESSORES DO INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA INFORMAÇÃO DA FURG RIO GRANDE, RS 2014 2 Adriana da Silva Duarte AS CARACTERISTICAS DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DOS PROFESSORES DO INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA INFORMAÇÃO DA FURG Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Orientadora: Maria de Fatima S. Maia. RIO GRANDE, RS 2014 3 Universidade Federal do Rio Grande – FURG Instituto de Ciências Humanas e da Informação - ICHI Curso de Biblioteconomia FOLHA DE APROVAÇÃO ADRIANA DA SILVA DUARTE AS CARACTERISTICAS DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DOS PROFESSORES DO INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA INFORMAÇÃO DA FURG Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Orientadora: Maria de Fatima S. Maia. Banca examinadora ____________________________________ Gisele Vasconcelos Dziekaniak - ICHI/FURG ___________________________________ Magali Martins Aquino – ICHI - FURG 4 2014 Duarte, Adriana da Silva As características da produção científica dos professores do instituto de ciências humanas e da informação da FURG [trabalho de conclusão de curso] / Adriana da Silva Duarte ; orientadora, Maria de Fátima Santos Maia – Rio Grande, RS, 2014. Trabalho de conclusão de curso (monografia) – Universidade Federal do Rio Grande – FURG Inclui referências 1. Bibliometria. 2. Produção científica. 3. Comunicação científica. I. Adriana da Silva Duarte. II.Maria de Fátima Santos Maia. III. Universidade Federal do Rio Grande- FURG. IV. Título 5 Resumo A presente monografia teve como objetivo mostrar as características da produção científica dos 77 professores vinculados aos cursos de graduação do Instituto de Ciências Humanas e da Informação – ICHI da Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Foram analisadas as referências de artigos científicos, capítulos de livros e livros publicados do ano de 2008 a 2013 na base de dados Plataforma Lattes. Foram identificados os professores cursos e períodos mais produtivos, principal idioma utilizado, a tipologia de produção. Os resultados permitiram traçar o perfil de cada curso de graduação (Arqueologia, Arquivologia, Biblioteconomia, Geografia, História, Psicologia e Turismo Binacional). Na revisão de literatura foram abordados os conceitos da comunicação científica e estudos bibliométricos. Após a coleta de dados, foram analisadas 438 referências, incluindo artigos publicados em periódicos, capítulos de livros e livros. O número de autores identificados totalizou 508, isto é, incluindo os professores do ICHI e todos seus coautores. Francisco Alves, do curso de História foi o professor com maior número de publicações no período. Os professores publicaram mais no idioma português e artigos em periódicos do que livros e capítulos de livros. Esta foi uma característica encontrada em todos os cursos. No curso de História também se destacou a quantidade de livros publicados (n=78). O curso de Biblioteconomia foi o único que não registro a publicação de livros no período analisado. Os anos mais produtivos foram 2011 e 2010 que somaram, respectivamente, 101 e 98 trabalhos publicados. Foram constatados alguns erros nas referências como duplicação dos nomes, títulos e subtítulo com letra maiúscula, desatualização de currículos, artigos científicos sem identificação do periódico, nome incompleto de autores e coautores e a falta de informação sobre o tipo de vínculo com a instituição (professores substitutos ou efetivos). Conclui-se considerando que o presente trabalho alcançou o objetivo pretendido. Durante a elaboração do trabalho verificou-se a complexidade de trabalhas com dados sobre a produção científica, pois é tarefa que demanda grande atenção e padronização de dados. Porém as dificuldades se tornaram pouco significativas frente a satisfação de ver os resultados se revelarem, após as análises. Também é válido destacar que é necessário dar continuidade ao trabalho, acrescentando outros tipos de publicações, análises sobre os temas abordados nestas publicações, assim como características de coautoria. Palavras-chave: Comunicação Científica – Ciências Sociais. Produção científica – Ciências Sociais. Bibliometria. 6 Abstract This thesis aimed to show the characteristics of scientific production of 77 teachers linked to undergraduate courses at the Institute of Human Sciences and Information - ICHI , Federal University of Rio Grande - FURG . References to scientific articles , book chapters and books published in the year 2008 to 2013 in the database Lattes were analyzed . Teachers courses and most productive periods , primary language used , the type of production were identified . The results allowed us to profile each undergraduate course ( Archaeology , Archival Science , Library Science , Geography , History , Psychology and Binational Tourism ) . In the literature review the concepts of scientific communication and bibliometrics studies were addressed . After collecting data , 438 references , including journal articles , book chapters and books were analyzed . The number of authors identified totaled 508 , ie , including teachers of ICHI and all his co-authors . Francisco Alves , the course of history was the teacher with the highest number of publications in the period . Teachers published in Portuguese and more journal articles than books and book chapters . This was a feature found in all courses . In the course of history also highlighted the amount of books published ( n = 78 ) . The course in librarianship was the only one who did not record the publication of books on the period. The most productive years were 2011 and 2010, which amounted to , respectively , 101 and 98 published works . Some errors were found in references such as duplication of names , titles and subtitle capitalized , outdated curricula , without identification papers of the journal, incomplete name authors and coauthors and lack of information about the type of relationship with the institution ( substitute teachers or effective) . It is concluded that considering the present work achieved the intended goal . During the preparation of the work there was the complexity of data you work with the scientific, it is a task that demands great attention , and standardization of data. But the difficulties have become negligible compared to satisfaction of seeing the results prove , after the analysis . It is also worth noting that it is necessary to continue the work , adding other types of publications , analyzes on the topics covered in these publications , as well as co-authoring features . Keywords: Social Sciences -. Scientific Communication Production Science Social Sciences. Bibliometrics. 7 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Gráfico 1. Distribuição do número de publicações por idioma, ICHI/FURG 2008-2013 (n=438)...................................................................................................................... 29 Gráfico 2. Distribuição do número de publicações por curso, ICHI/FURG 2008-2013 (n=438)..................................................................................................................... 29 Gráfico 3. Distribuição do número de publicações por ano, ICHI/FURG 2008-2013 (n=438)........................................................................................................................ 30 Gráfico 4. Distribuição do número de tipologia de produção dos professores ICHI/FURG 2008-2013 (n=438).................................................................................... 31 Gráfico 5. Distribuição do número de tipologia de produção dos professores ICHI/FURG 2008-2013 (n=438)................................................................................... 32 8 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Autores com mais de 10 publicações no período (2008-2013)..............28 Tabela 2. Lista dos professores ICHI/FURG usados no presente trabalho (20082013)............................................................................................................................43 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 10 2 OBJETIVOS ........................................................................................................................... 12 2.1 Objetivo Geral................................................................................................................. 12 2.2 Objetivos específicos .................................................................................................... 12 3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 13 3.1 Problema de pesquisa .................................................................................................. 14 4 CONTEXTO DO ESTUDO .................................................................................................. 16 4.1 A Universidade Federal do Rio Grande – FURG...................................................... 16 4.2 O Instituto de Ciências Humanas e da Informação - ICHI ...................................... 18 5 REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................................... 19 5.1 Comunicação Científica ................................................................................................ 19 5.2 Os Estudos Bibliométricos............................................................................................ 22 5.3 A Base de Dados de Currículos Lattes ...................................................................... 25 6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ......................................................................... 27 7 RESULTADOS ...................................................................................................................... 29 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 36 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 38 APÊNDICE ................................................................................................................................ 46 10 1 INTRODUÇÃO A importância do aprendizado e do contado que o aluno tem com a pesquisa científica na universidade vai determinar melhor qualificação sobre a utilização e busca de informações. Para Silva (2013) quanto mais cedo o aluno tiver contato com atividades de pesquisa e investigação melhor será sua percepção sobre as facilidades, dificuldades envolvidas nos processos de construção de conhecimentos, desenvolvendo um pensamento mais crítico e atitudes inovadoras. Sabemos que hoje a maneira que um pesquisador ou cientista transmite informações vai depender do modo como irá empregá-las, qual método irá utilizar e o público para o qual se destinam. Atualmente, no Brasil, as universidades representam o principal local de geração de conhecimento e formação de pesquisadores. Conhecer as características da produção científica de professores e pesquisadores de instituições acadêmicas é importante para os próprios pesquisadores e também para os gestores, pois podem servir como instrumentos de apoio para investimentos e incentivos em recursos de qualquer natureza, tais como, humanos, financeiros, tecnológicos ou de infraestrutura. Quando se trata de instituições públicas, a necessidade de utilizar recursos de maneira eficiente é ainda mais importante e, se estes recursos são escassos, isto torna-se fundamental. A eficiente administração de recursos (humanos, materiais ou financeiros) pode proporcionar mais subsídios para a pesquisa em áreas carentes, atrair pesquisadores ou incentivar colaborações estratégicas, servindo como reforço para a melhoria da instituição como um todo. Também é válido destacar, que atualmente, existem muitos debates sobre a questão da produtividade e qualidade das pesquisas acadêmicas. A produtividade não é um sinônimo de qualidade, entretanto, é possível afirmar 11 que existe uma forte relação entre as duas. Instituições acadêmicas produtivas, geralmente, têm mais condições de acesso a recursos financeiros, atraem pesquisadores mais capacitados que acabam produzindo mais, retroalimentando o sistema como um todo. Neste trabalho, o foco está na produtividade acadêmica, partindo do pressuposto que, mesmo parcialmente, a produtividade pode ser entendida como um indicador de qualidade. Neste sentido podemos destacar: [...] imaginar que sempre tudo é quantificável é um exagero, mas se reconhecermos explicitamente as fragilidades de certo processo quantitativo de fenômenos qualitativos, ele pode ser útil em muitas situações, inclusive em avaliações. (LUIZ, 2006, p. 301). Sendo assim, partindo deste contexto, este trabalho explora, quantitativamente, a produção acadêmica dos professores vinculados ao Instituto de Ciências Humanas e da Informação (ICHI) da Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Utiliza a metodologia dos estudos bibliométricos e apoiado no contexto teórico da comunicação científica, neste trabalho são investigadas, em um sentido mais amplo as características da produção científica de pesquisadores da área das humanas e sociais da Universidade Federal do Rio Grande FURG. 12 2 OBJETIVOS Os objetivos estão subdivididos em geral e específicos, conforme segue abaixo. 2.1 Objetivo Geral Conhecer as características da produção científica dos professores do Instituto de Ciências Humanas e da Informação (ICHI), da Universidade Federal do Rio Grande – FURG, a partir de 2008. 2.2 Objetivos específicos Identificar os professores mais produtivos Identificar o idioma das publicações Verificar os cursos mais produtivos Identificar os anos mais produtivos Traçar o perfil de produção de cada curso. Conhecer a principal tipologia da produção dos professores. 13 3 JUSTIFICATIVA Esta pesquisa se justifica na importância de melhor entender como os professores tem conduzido suas atividades de produção de conhecimento, identificando, por exemplo, as áreas e professores mais ativos. O trabalho também revela a tipologia e principais fontes utilizadas para comunicar resultados de pesquisa. Mostra também se existem temas de pesquisa semelhantes em distintos cursos. Conhecer estes detalhes poderá contribuir para que iniciativas para a realização de trabalhos compartilhados entre diferentes cursos. Conhecer as características da produção científica dos professores poderá também servir como instrumento de apoio na condução de prioridades de investimentos, sejam de recursos humanos, materiais, tecnológicos ou infraestrutura. Acrescenta-se ainda que são poucos os trabalhos que estudam as características da produção de conhecimento nas áreas de ciências humanas e sociais. Na revisão de literatura, foram encontrados mais trabalhos de outras áreas como a saúde e ciências biológicas. O contexto da produção científica na área das ciências humanas e sociais não tem sido muito explorado. Portanto, este trabalho tem uma contribuição no sentido de diminuir esta carência. É importante que as instituições, os cursos e os próprios pesquisadores conheçam como se inserem dentro do contexto geral da comunicação científica das suas áreas de atuação. É válido destacar também que são escassos os trabalhos sobre perfil da produção científica no estado do Rio Grande do Sul e mais ainda da Universidade Federal do Rio Grande - FURG. 14 3.1 Problema de pesquisa No contexto apresentado acima, a presente pesquisa busca responder a seguinte pergunta de pesquisa: Quais as características mais presentes em torno da produção científica dos professores do Instituto de Ciências Humanas e da Informação – ICHI da Universidade Federal do Rio Grande – FURG? Em base a pergunta sabe-se que é importante saber sobre a produção científica de uma determinada área, pois não se faz ciência de maneira isolada. Em todas as áreas do conhecimento é necessário que pesquisadores compartilhem informações. Acrescenta-se ainda que cada área apresenta particularidades na maneira de comunicar, entretanto, no meio acadêmico, o principal meio de compartilhar informações é o formato impresso, ou seja, através de publicações. Ao abordar o tema comunicação científica Oliveira (2005) destaca: A comunicação é parte inerente do desenvolvimento da ciência. O conhecimento científico para se legitimar deve se divulgado, verificado e comprovado ou não pelos cientistas e esse processo só é possível através da comunicação. OLIVEIRA (2005, p. 76-77). Sobre os estudos sobre produção científica, André (2012) afirma que o aumento da produção e da disseminação da informação, no que diz respeito a publicações científicas, gera demanda por estudos que busquem conhecer como autores fazem uso e produzem conhecimentos. É válido destacar que o problema de pesquisa é que também é inexistente a produção deste tipo de trabalho no Instituto de Ciências Humanas e da Informação - ICHI na FURG. Ou seja, seria de extrema importância para a universidade que houvesse trabalhos que divulgassem as contribuições 15 científicas dos professores da FURG. Com isto seria repensado o rumo que a produção científica esta tomando dentro da universidade. Então é importante usar estes métodos pois mostra como os professores dentro de um determinado instituto estão contribuindo para a melhoria a produção científica, seja com a produção de livros ou a produção de artigos científicos. 16 4 CONTEXTO DO ESTUDO Para um melhor entendimento de onde se inserem os dados que serão posteriormente analisados, nesta seção serão apresentadas as características da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e como se estruturam suas Unidades Acadêmicas. Como o corpus dos dados que serão analisados é composto pelos trabalhos publicados pelos professores do Instituto de Ciências Humanas e da Informação (ICHI), serão apresentadas também as principais características desta unidade de ensino da FURG. 4.1 A Universidade Federal do Rio Grande – FURG1 Na metade do século XX a cidade do Rio Grande não possuía universidades e isto acabava incentivando a evasão de estudantes que não viam outra opção a não ser procurar outros centros para poder dar continuidade aos estudos. Sendo que, com o tempo, muitos destes jovens acabavam por não retornar à cidade. Como este fato começou acontecer com muita frequência, foi sentida a necessidade de criar uma Escola de Engenharia em Rio Grande, pois a maioria das pessoas que saíam da cidade era para cursar Engenharia em outros centros. Porém, o que não foi imaginado era a falta de espaço físico que existiria, sendo necessário o funcionamento da escola na Biblioteca Riograndense, tendo a parte prática nas indústrias e entidades públicas da cidade de Rio Grande. Os professores, que eram trabalhadores das industrias locais, davam aulas gratuitamente. 1 Esta seção representa uma síntese das informações disponíveis no site da FURG. Para saber mais, consultar: www.furg.br 17 A partir de então, foi surgindo necessidade de agregar outras unidades de ensino superior. Sendo que, em 22 de julho de 1965, dez anos após a primeira, foi criada a faculdade de Ciências Políticas e Econômicas. Em 1959 iniciou-se a instalação da Escola de Direito na cidade a qual era mantida pela Mitra Diocesana de Pelotas. Em 1960 a primeira turma começou a cursar regularmente as aulas, sendo em 14 de junho de 1965, foi reconhecida a “Faculdade de Direito Clóvis Beviláqua” que passou a ter atividades em Rio Grande e não só em Pelotas. Entretanto, ainda havia a demanda pela abertura de outros cursos e também foi criada na cidade do Rio Grande a Faculdade Católica de Filosofia em salas cedidas pela Escola Normal Santa Joana d’Arc. Em 1961 começaram a funcionar os cursos de Filosofia e Pedagogia. Em 1969, através do Decreto nº 65.462, foi criado o Estatuto da Fundação Universidade do Rio Grande, como entidade mantenedora da FURG. Com o passar dos anos, novos cursos foram sendo criados e hoje a Universidade conta com 14 unidades educacionais: Escola de Enfermagem (EEnf); Escola de Engenharia (EE); Escola de Química e Alimentos (EQA); Centro de Ciências Computacionais (C3); Faculdade de Medicina (FaMed); Faculdade de Direito (FaDir); Instituto de Ciências Humanas e da Informação (ICHI); Instituto de Oceanografia (IO); Instituto de Educação (IE); Instituto de Letras e Artes (ILA); Instituto de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (ICEAC); Instituto de Ciências Biológicas (ICB); Instituto de Matemática, Estatística e Física (IMEF); Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (CAIC). Sem contabilizar os cursos dos polos, a Furg atualmente tem 46 cursos de graduação e 31 de pós-graduação (doutorado e mestrado) e 24 especializações. 18 4.2 O Instituto de Ciências Humanas e da Informação - ICHI2 Havia antes do Instituto (ICHI) outra organização chamada, Departamento de Biblioteconomia e História –DHB. Foi feita uma reformulação na estrutura da universidade, sendo construído o Instituto de Ciências Humanas e da Informação –ICHI. O Instituto de Ciências Humanas e da Informação – ICHI foi criado no ano de 2009 e conta hoje com 72 professores, que atuam em cursos de graduação e de pós-graduação. O ICHI é composto por sete distintos cursos de graduação: Arqueologia, Arquivologia, Biblioteconomia, Psicologia, Turismo, Geografia e História. O seu estatuto expõe que os objetivos de suas atividades estão centrados na produção, sistematização, apropriação, divulgação e socialização de conhecimentos no âmbito das áreas deste sete cursos, visando formar profissionais críticos e capacitados para atuar no mercado de trabalho. Em suas atividades, o Instituto tem buscado criar um ambiente que permita aos estudantes, professores e servidores desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão, que contemplem temas de interesse das áreas das ciências humanas e sociais. 2 Esta seção representa uma síntese das informações disponíveis no site do ICHI. Para saber mais, consultar: www.ichi.furg.br 19 5 REVISÃO DA LITERATURA Para contextualizar o tema desenvolvido, realizou-se uma revisão de literatura contemplando temas que são pertinentes ao trabalho incluindo a comunicação científica. Como se realizou um estudo que se caracteriza, metodologicamente, como bibliométrico, considerou-se importante também explorar teoricamente este tema. Além disso, como a fonte de coleta de dados será base de dados do CNPq, denominada Currículos Lattes, também serão apresentadas informações relevantes sobre sua história, desenvolvimento e características. Na próxima seção será abordado sobre o tema comunicação científica mostrando os principais conceitos e definições dos autores pertinentes a área. 5.1 Comunicação Científica O campo de estudos que investiga os processos de compartilhamento de informação entre pesquisadores é denominado comunicação científica. Sobre os primórdios da comunicação da científica, Meadows (1999) relata que não há como afirmar, exatamente, quando e onde ocorreu pela primeira vez. Entretanto, é possível dizer que, formalmente, os processos de comunicação entre pesquisadores tiveram início através da troca de cartas e, informalmente, através de contatos pessoais, ou seja, comunicação oral. Nos primórdios da ciência era difícil adquirir livros, que inicialmente só existiam em formato manuscrito. 20 No século XV, quando Gutemberg criou o tipo móvel, a disponibilidade dos textos impressos se expandiu, facilitando a comunicação de resultados de pesquisas. A possibilidade de confeccionar um número maior de cópias multiplicou e dinamizou o acesso à informações, auxiliando na difusão de ideias e pesquisas, de uma maneira mais rápida e mais prática. No início do século XVII, os textos impressos já eram mais usados do que os manuscritos. Obras manuscritas demandavam muito tempo para ficarem prontas e, em contrapartida, a confecção de impressos envolvia menores custos e menos tempo de trabalho. A mudança da forma manuscrita para a impressa não se deu instantaneamente, ou seja, foi uma mudança gradual (MEADOWS, 1999). Obras destinadas a um público pequeno continuaram sendo confeccionadas a mão, por mais tempo. Os livros manuscritos também eram mais adequados para a circulação de conteúdos censurados na época. Para Araújo (2009) no pós-guerra houve um conflito em EUA e URSS (Guerra Fria) e nesta época o desenvolvimento científico e tecnológica tornavase uma estratégia. Eles haviam percebido a importância da informação, pois o interesse era de aumento de produção e a velocidade de como eram produzidos os novos conhecimentos científicos. Os cientistas precisavam da informação com qualidade e rapidez sendo necessária exatidão da informação recebida. O tempo para a busca de uma informação era muito dispendioso e quando acontecia, o resultado era de baixa qualidade. Com o tempo, diversos estudos foram sendo feitos sobre o comportamento informacional de pesquisadores, buscando respostas para questões como: Quais informações precisam? Onde os cientistas obtém informações? Quais suas principais fontes? Para isso, vários métodos foram usados para investigar o “caminho” que percorria a informação. Este contexto histórico mostra que não se faz ciência de maneira isolada, ou seja, em todas as áreas do conhecimento é necessário que pesquisadores compartilhem informações. Acrescenta-se ainda que cada área apresenta particularidades na maneira de comunicar, entretanto, no meio 21 acadêmico, o principal meio de compartilhar informações é o formato impresso, ou seja, através de publicações. Ao abordar o tema comunicação científica Oliveira (2005) destaca: A comunicação é parte inerente do desenvolvimento da ciência. O conhecimento científico para se legitimar deve se divulgado, verificado e comprovado ou não pelos cientistas e esse processo só é possível através da comunicação. OLIVEIRA (2005, p. 76-77). Os estudos sobre comunicação científica têm se tornado cada vez mais necessários devido ao crescimento do que tem sido produzido cientificamente. Quanto mais produz, mais o pesquisador consegue comunicar-se com a comunidade científica na qual se insere. O artigo em si não é o único meio que o pesquisador utiliza, entretanto é possível dizer que livros e periódicos são os principais canais de comunicação entre pesquisadores (CAFÉ, 2012). Meadows (1999) afirma que as características fundamentais de um pesquisador é o que ele produz e a qualidade do que produz. Além disso, destaca também que pesquisadores das áreas das ciências humanas e sociais, que são o foco deste trabalho, publicam mais livros que artigos e compartilham menos a autoria de seus trabalhos. Na medicina, os pesquisadores publicam mais artigos do que livros e costumam ser mais colaborativos (MEADOWS, 1999). No contexto acadêmico e universitário, docentes, além de suas atividades corriqueiras de ensino, extensão e pesquisa, são estimulados para publicar nos canais formais de comunicação científica. Através de sistemas de avaliação, que pontuam as atividades docentes a partir de critérios específicos, as publicações apresentam um peso significativo e importante. 22 Além dos professores e dos cursos, as Universidades também são avaliadas a partir da quantidade de trabalhos publicados pelos docentes e pesquisadores que com ela possuem vínculo. Sobre os estudos sobre produção científica, André (2012) afirma que o aumento da produção e da disseminação da informação, no que diz respeito a publicações científicas, gera demanda por estudos que busquem conhecer como autores fazem uso e produzem conhecimentos. É válido destacar, no contexto deste trabalho, que analisar a produção científica dos professores é uma parcela da totalidade de suas habilidades e atividades que desenvolvem junto à comunidade acadêmica. Sendo assim é importante que se tenha clareza que existem outros elementos importantes a serem considerados em avaliações mais amplas. Não é possível fazer generalizações através de dados que mostram, parcialmente, uma realidade. Entretanto, a produtividade pode fornecer pistas importantes para auxiliar no entendimento dos processos de produção de conhecimento no ICHI e na FURG, mas não será o reflexo total da realidade. Portanto, dentro deste contexto de aumento e também da importância da produção científica, se destacam os estudos bibliométricos. Para Bahia (2011) a publicação ou divulgação da comunicação científica formal, informal e não convencional incrementou o uso dos estudos bibliométricos, contribuindo também para evidenciar características da história da construção do conhecimento. Os estudos bibliométricos proporcionam melhor entendimento sobre os processos de comunicação científica, sendo assim, na próxima seção, serão abordadas as principais questões e conceitos utilizados por autores da área. 5.2 Os Estudos Bibliométricos Segundo Guedes (2012) o termo Bibliometria foi usado pela primeira vez em 1922 por E. Wyndham Hulme, sendo a data antecedida pela formação da área de Ciência da Informação. Sendo usado para esclarecimento na época de 23 processos tecnológicos e científicos foi usando para a contagem de documentos. Hulme utilizou o termo Statistical Bibliography (Bibliometria estatística). Esta nomenclatura assim como seu conceito foi ignorada por muito tempo, sendo retomado anos mais tarde e com o predomínio da utilização do termo bibliometria. Outros autores dizem que Paul Otlet foi quem primeiro usou o termos bibliometria em 1934 (ARAÚJO, 2006). Independente da origem do termo, a bibliometria busca estudar e avaliar as atividades de produção científica em qualquer área do conhecimento, através da literatura produzida por seus pesquisadores. Inicialmente voltada para a medida de livros (quantidade de palavras contidas nos livros, espaço ocupado pelos livros nas bibliotecas, estatísticas relativas à industria do livro). (ARAÚJO, 2006, p. 12-13) Em 1969 é que se deu a consolidação dos estudos bibliométricos que, através de métodos estatísticos buscava contabilizar dados em documentos sejam eles artigos científicos, livros e entre outros (FONSECA, 1986). Os estudos bibliométricos buscam averiguar características dos processos de comunicação científica a partir de seus elementos constitutivos. Por exemplo, a lista de autores pode servir como unidade de analise sobre produtividade. As relações entre estes autores podem ser úteis nas investigações que buscam entender os processos de colaboração na autoria de trabalhos científicos. Títulos de periódico podem ser os elementos de análises para o entendimento da visibilidade científica, pois publicar em revistas estrangeiras indica inserção internacional e, consequentemente, ter conseguido ultrapassar por sistemas de avaliação mais competitivos. 24 Figueredo (1977) e Araújo (2006) afirmam que a bibliometria pode estudar os mecanismos de produção de conhecimento desde sua origem até seu impacto no meio acadêmico Sendo assim, os estudos bibliométricos não se constituem apenas em uma simples contagens ou estatísticas de dados, pois eles mostram características e particularidades dos processos e das atividades de construção de conhecimento. Conforme Ultramari (2011) a pesquisa bibliometrica não seria suficiente para aprender uma realidade que acaba se tornando complexa como o de uma determinada produção científica, mesmo está sendo restrita a algumas áreas de interesse. Entretanto, acredita-se que ela é uma ferramenta que contribui para o entendimento da realidade que envolve os processos de produção de conhecimento. Mesmo que não reflita a sua totalidade. Sobre a bibliometria na pós-graduação Bahia (2011) diz que após 35 anos da introdução da bibliometria neste tipo de estudo se observa a aplicação e difusão dos métodos quantitativos que são voltados para analisar o desenvolvimento das comunidades, os autores e os tipos de publicações em outras áreas do conhecimento, bem como em outras instituições. O exemplo que o autor dá é sobre a Ciência da informação, dizendo que a bibliometria nesta área tem um fator importante do comportamento e desenvolvimento de uma área do conhecimento. Sobre a utilização da bibliometria para avaliação da produção científica, Hayashi (2007) comenta que a análise da produção científica de determinadas áreas ou sobre várias temáticas utilizando a bibliometria não é uma experiência nova. Há vários autores na literatura se utilizando da bibliometria para avaliar a produção científica sobre determinados pontos e temas, sendo ela utilizada como uma espécie de metodologia para assim conseguir avaliar a produção científica. 25 Perucchi (2012) afirma que a contabilização de artigos ou trabalhos científicos publicados por uma revista científica determina a atividade de pesquisa de uma universidade. Que a publicação é o meio mais reconhecido de se avaliar tanto qualitativamente ou quantitativamente uma ou mais áreas do conhecimento, sendo este o meio mais reconhecido pela comunidade científica. Araújo (2009) relata que a bibliometria é uma aplicação de técnicas estatísticas usada para contagem de itens informacionais tais como número de livros, de autores que publicam periódicos. Os estudos bibliométricos não são na realidade rigorosamente o estudo do transporte da informação, pois eles definem a informação da mesma maneira. De acordo com Berlofi (2013) a bibliometria surgiu no século XX como uma necessidade de avalição da produção científica da época. Sendo utilizado o método quantitativo em maior número de vezes do que os discursivos na procura por uma avaliação mais direta da produção científica. Neste contexto, a bibliometria se configura como um método satisfatório para investigar o perfil da produção científica dos professores do Instituto de Ciências Humanas e da Informação – ICHI, indicando várias características, tais como os cursos e períodos mais produtivos. No próximo item será apresentado a revisão sobre a base de dados do Currículo Lattes. 5.3 A Base de Dados de Currículos Lattes A Base de Dados de Currículos Lattes4 serve como um formulário padrão de todos os registros de produções acadêmicas e de formação de pesquisadores brasileiros. A base de currículos Lattes se constitui como uma importante fonte de dados para estudos que busquem o entendimento e as particularidades da produção de conhecimento no Brasil. 26 Desde a metade dos anos 1980 que o Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) trabalha na criação e no aperfeiçoamento de informações sobre os pesquisadores brasileiros. No final da mesma década, o CNPq já tinha em sua base de dados cerca de 30.000 currículos. No início dos anos 1990 o desenvolvimento de ferramentas eletrônicas de manipulação de dados permitiu a realização de melhorias no sistema. Nesta época os pesquisadores preenchiam um formulário com seus dados de produção e enviavam um disquete para o CNPq. No final dos anos 1990, estes dados começaram a ser disponibilizados através da internet. Desde então o CNPq tem trabalhado no aperfeiçoamento da base de Currículos Lattes que vem aumentando sua abrangência e facilidades de preenchimento. Atualmente, universidades e centros de pesquisas espalhadas por todo o Brasil utilizam este instrumento de disponibilização de informações sobre a comunidade científica e acadêmica brasileira. O nome da base de dados é uma homenagem ao físico César Lattes, que se tornou um ícone na produção científica mundial e um símbolo, para o Brasil. Dziekaniak (2012) relata que na época de seu lançamento, a Plataforma Lattes contava em seu banco de currículos com 35 mil currículos; importados e adaptados de outros sistemas antigos do CNPq. Em junho de 2012, já havia 2.830.261 de currículos cadastrados. 27 6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Neste capítulo são apresentados os procedimentos metodológicos que foram utilizados no desenvolvimento da pesquisa, a fim de mostrar como foi feito o trabalho. A primeira fase desta pesquisa constituiu em uma revisão de literatura que permitiu a imersão no tema, pois durante suas atividades junto ao curso de biblioteconomia não foi possível cursar a disciplina optativa denominada comunicação científica. Portanto, foi necessário um esforço maior para explorar o assunto, até então, novo para a autora. A pesquisa caracteriza-se como sendo exploratória/descritiva, pois foi trabalhada a sistematização dos dados disponíveis no banco de dados da Plataforma Lattes para ter todas as informações necessárias. O estudo exploratório favorece a “descoberta de práticas ou diretrizes que precisam modificar-se e na elaboração de alternativas que possam ser substituídas.” (OLIVEIRA, 1997, p. 134). Os estudos bibliométricos se caracterizam como uma a abordagem quantitativa que, segundo Marconi (2010), consiste na investigação empírica de dados, cuja principal finalidade é o delineamento ou análise das características de fatos ou fenômenos [...] Todos eles tem artifícios quantitativos, pois tem objetivos da coleta sistemática de dados. (Marconi, p. 170). O objeto de estudo são as produções científicas dos professores do Instituto de Ciências Humanas e da Informação - ICHI da Universidade Federal do Rio Grande – FURG. As quais estão referenciadas nas bases de dados da Plataforma Lattes. A fonte de coleta dados foi a base de dados da Plataforma Lattes, que consiste em um formulário padrão de todos os registros de produções científicas acadêmicas, mantida pelo Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq). 28 A primeira tarefa antes de coletar os dados consistiu em organizar a lista com os nomes de todos os professores vinculados ao ICHI. Esta lista é que serviu de guia para as consultas feitas no site do CNPq que disponibiliza os currículos de pesquisadores brasileiros. Foi necessário também delimitar alguns recortes que permitissem o cumprimento do prazo disponível para a realização do trabalho. Sendo assim, optou-se em incluir no banco dos dados que foram analisados, somente artigos de periódicos, livros e capítulos de livros publicados. Não foram computados os trabalhos apresentados em eventos e nem técnicos. Os cursos de graduação que compõe o ICHI/FURG são: Arquivologia, Arqueologia, Biblioteconomia, Psicologia, Turismo, Geografia e História. Para analisar as informações contidas nos Currículos Lattes de todos os professores dos cursos que compõe o Instituto de Ciências Humanas e da Informação – ICHI foram utilizadas técnicas e ferramentas utilizadas nos estudos bibliométricos. O banco de dados da produção científica dos professores foi criado no software gerenciador de referências bibliográficas denominado EndNote3. Esta ferramenta permite agrupar referências por características em comum, facilita a padronização de nomes de autores e periódicos e permite a realização de algumas análises simples. As análises mais elaboradas, como cálculo de médias e frequências, assim como a construção de gráficos, foram feitos no software Microsoft Excel4 Foram analisadas 438 referências, sistematizadas no EndNote, versão 15. Na seção a seguir serão apresentados os resultados das análises. 5 6 Mais informações em: www.endnote.com Mais informações em: www.microsoft.com 29 7 RESULTADOS Após a coleta de dados na base de dados da Plataforma Lattes, mantida pelo Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) foram analisadas no total de 438 referências dos professores do Instituto de Ciências Humanas e da Informação - ICHI que abrangem o período mencionado na metodologia (2008 – 2013). Nas referências constavam artigos científicos, capítulos de livro e livro. Sendo 29 referências do curso de Arqueologia, 34 do curso de Arquivologia, 52 do curso de Biblioteconomia, 76 do curso de Geografia, 166 do curso de História, 70 do curso de Psicologia e 2 do curso de Turismo binacional. O número de autores identificados totalizou 508, isto é, incluindo os professores do ICHI e todos seus coautores. Nos cursos de Licenciatura e bacharelado (História e Geografia) não houve separação para coleta dos dados, apenas o curso foi mencionado; já que o importante era o perfil do curso incluindo os professores, sem mencionar se for Licenciatura ou Bacharelado. Estas referências, após a coletadas no Currículo Lattes de cada professor selecionado foram sistematizadas no programa EndNote, separadas por curso e organizadas por tipo de documento. Professores substitutos não foram incluídos na busca. No período analisado (2008-2013) os professores do Instituto de Ciências Humanas e da Informação - ICHI publicaram 438 diferentes trabalhos, incluindo capítulos de livros, livros e artigos científicos. Os resultados foram organizados conforme os objetivos específicos, sendo assim a seguir, na Tabela 1, estão os professores mais produtivos, para o qual se considerou aqueles que publicaram mais de 10 trabalhos. 30 Tabela 1. Professores do ICHI/FURG que publicaram mais 10 trabalhos entre 20082013 (n=.15). Autor Nº de Publicações Curso ALVES, F. N. 53 História MATOS, J. S. 41 História SCHIAVON, C. G. B. 30 História TORRES, L. H. 25 História MOLON, S. I. 18 Psicologia MARTINS, C. A. A. 15 Geografia BARCELOS, A. H. F. 14 Arqueologia DZIEKANIAK, G. 14 Biblioteconomia SENNA, A. K. 14 História ARIGONY-NETO, J. 13 Geografia MAIA, M. F. S. 11 Biblioteconomia MARTINS, S. F. 11 Geografia MIRANDA, A. C. D. 11 Biblioteconomia PALUDO, S. S. 11 Psicologia BAPTISTA, J. T. 10 História Conforme mostra a tabela acima o professor Francisco Alves, vinculado ao curso de História, foi o mais produtivo do período com 53 publicações. Este professor está vinculado ao curso com mais publicações. Entre os 15 que publicaram mais de 10 trabalhos, 6 são do curso de História, 3 da Biblioteconomia, 2 da Geografia e 2 da Psicologia. 31 Gráfico 1. Distribuição do número de publicações por idioma, ICHI/FURG 2008-2013 (n=438) Fonte: dados da Pesquisa Conforme mostra a tabela gráfico acima o idioma mais utilizado dentre os professores do ICHI/FURG é o português com 414 produções, após inglês com 16, espanhol com 6 e francês com 2 produções. Sendo assim, verifica-se que os professores tem uma inserção maior junto as comunidades acadêmicas de suas áreas no Brasil. Maior inserção internacional se refletira em uma quantidade maior de trabalhos publicados em idiomas diferentes do português. No que se refere a produção por curso, na figura abaixo se verifica que o curso de história foi o que apresentou maior número de publicações. 32 Gráfico 2. Distribuição do número de publicações por curso, ICHI/FURG 2008-2013 (n=438). Fonte: dados da Pesquisa Legenda: Curso 1 = Arqueologia; Curso 2 = Arquivologia; Curso 3 = Biblioteconomia; Curso 4 = Geografia; Curso 5 = História; Curso 6 = Psicologia; Curso 7 =Turismo Binacional O Gráfico 2, que representada a distribuição do número de artigos por curso, mostra que os professores do curso de História do ICHI/FURG foram os mais produtivos, com 166 publicações, considerando artigos, capítulos de livros e livros. Destaca-se que o curso de História é o mais antigo dos 7 analisados. O mais recente é Turismo Binacional que tem 4 professores vinculados, mas somente a produção de 2 foram computadas para esta pesquisa. Curso de Arquivologia também não é antigo na FURG, mas tem 9 professores permanentes e foram publicados 34 trabalhos. 33 Gráfico 3. Distribuição do número de publicações por ano, ICHI/FURG 2008-2013 (n=438). Fonte: dados da Pesquisa Conforme o gráfico acima, 2011 foi o ano no qual os professores registraram maior número de publicações. É relevante destacar que 2013 pode ter apresentado uma quantidade menor devido a desatualizações dos currículos Lattes. Durante a coleta dos dados, foi recorrente a identificação de currículos desatualizados. Algumas vezes, consultando o outros mecanismos de busca para esclarecer informações incompletas e/ou faltantes se identificou produções dos professores que não estavam cadastradas na base Lattes. Porém, como neste trabalho a fonte de dados era a base do CNPq, produções encontradas fora dela não foram incluídas. Outro detalhe que precisa ser alertado é que as produções de 2013, ano mais recente do período anlisado, podem não ter sido incluídas porque os professores não mantêm seus currículos permanentemente atualizados. 34 Gráfico 4. Distribuição do número publicações dos professores ICHI/FURG (20082013), conforme tipologia (n=438). Fonte: dados da Pesquisa Conforme o gráfico acima, o qual mostra as tipologias usadas pelos professores de graduação do ICHI/FURG o principal tipo de trabalho publicado pelos docentes foi o artigo de periódico, que totalizou 247 publicações, seguido de capítulos de livros (n=107) e livros (n=84). É válido lembrar que outros tipos de publicações, como trabalhos apresentados em eventos, não foram considerados para esta pesquisa. Assim, é interessante destacar que em trabalhos futuros poderão complementar os dados da presente pesquisa. Os artigos científicos, atualmente, são o principal canal de comunicação entre pesquisadores da maioria das áreas. Castiel (2007) afirma que uma das atividades dos investigadores é gerar interesse em relação a sua produção científica, isto inclui despertar o interesse das revistas científicas para a publicação de artigos científicos da sua linha de pesquisa. O autor também diz que o artigo científico funciona como uma estratégia para busca de financiamento, gestão da relação dos grupos acadêmicos, comunicação entre os pares. Os capítulos de livros são, em parte, mais rápidos de produzir do que os livros, porque geralmente é resultado de trabalho compartilhado entre diversos autores. 35 No Gráfico 5, que mostra a tipologia da produção no curso de História foi onde se registrou maior número de livros publicados. Este resultado revela as particularidades de cada área específica, no uso de diferentes canais de comunicação de resultados de pesquisas. Gráfico 5. Distribuição do número de publicações dos professores de graduação do ICHI/FURG (2008-2013), conforme tipologia e curso (n=438). Fonte: dados da Pesquisa Conforme gráfico acima, verifica-se que em todos os cursos o artigo de periódico foi o principal tipo de publicação utilizado. No curso de Biblioteconomia não foi encontrada a publicação de livros e no Turismo Binacional foram registrados somente um livro e um capítulo. É importante ressaltar que o artigo é o meio mais rápido de apresentar resultados de pesquisas do que livros. 36 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS Considera-se que a pesquisa alcançou o objetivo pretendido, ou seja, traçar um perfil geral da produção científica dos professores que atuam nos cursos de graduação do Instituto de Ciências Humanas e da Informação (ICHI), da Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Os dados analisados mostraram que os professores publicaram mais no idioma português, indicando pouca inserção internacional. Publicaram mais artigos em periódicos do que livros e capítulos de livros. Esta foi uma característica encontrada em todos os cursos. No curso de História também se destacou a quantidade de livros publicados (n=78). O curso de Biblioteconomia foi o único em que os professores não publicaram livros no período analisado. Os anos mais produtivos foram 2011 e 2010 que somaram, respectivamente, 101 e 98 trabalhos publicados. Destaca-se que, ao realizar a coleta dos dados na base da Plataforma Lattes, inúmeros erros foram encontrados, sendo os mais frequentes: nomes dos autores duplicados; títulos e subtítulos em letras maiúsculas; currículos desatualizados; artigos científicos sem identificação do título do periódico; nome incompleto de autores e coautores; falta de informações sobre o tipo de vínculo com a instituição (professores substitutos ou efetivos). Sobre os professores, as informações foram complementadas através de consultas ao Sistema da FURG, mesmo assim, para muitos estas informações foram difíceis de encontrar. As carências de atualização na base de dados da Plataforma Lattes foram detectadas quando consultados repositórios e Google, quando se necessitou encontrar informações faltantes das referências. Devido a isso, os professores precisam ficar atentos para deixar seus currículos atualizados, pois muitas vezes, são utilizados para financiamento de pesquisas ou até mesmo porque outros pesquisadores podem acessar em busca de algum material e como está desatualizado não encontrem o que precisam. 37 Durante a elaboração do trabalho também se verificou a complexidade de trabalhar com dados sobre a produção científica, pois se trata de uma tarefa que demanda grande atenção e padronização de dados. Sistematizar os nomes de autores e coautores, títulos de periódicos, entre outros, foi tarefa árdua e trabalho minucioso. Porém, estas dificuldades não são significativas, frente a satisfação de ver os resultados se revelarem, após as análises. Por fim, é válido afirmar que é necessário dar continuidade ao trabalho, acrescentando outros tipos de publicações, análises sobre os temas abordados nestas publicações, assim como características de coautoria. 38 REFERÊNCIAS ANDRÉ, Cleber da Silva. Análise Bibliométrica do Periódico Científico Transinformação. Florianópolis, 2012. Disponível em: < https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/98600/Cleber%20d a%20Silva%20Andr%C3%A9%20-%20Biblioteconomia%20-%20TCC20122.pdf?sequence=1> Acesso em: 31 jul. 2013 ARAÚJO, Carlos Alberto. Bibliometria: evolução, história e questões atuais. Em questão, Porto Alegre, v.12, n. 1, p. 11-32, jan/jun. 2006. Disponível em: < http://www.brapci.ufpr.br/documento.php?dd0=0000006356&dd1=15c36> Acesso em: 31 jul. 2013. ARAÚJO, Carlos Alberto Ávila. Correntes teóricas da Ciência da Informação. Ci. Inf., Brasília, DF, v. 38, n. 3, p.192-204, set./dez., 2009. 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Disponível em: < http://www.observatoriodasmetropoles.net/download/clovis_ultramari.pdf> Acesso em 12 ago. 2013. 46 APÊNDICE 47 Apêndice 1 - Lista dos professores ICHI/FURG e seus respectivos cursos de lotação, cujos currículos foram analisados. 1 2 3 4 5 ARTUR HENRIQUE FRANCO BARCELOS BEATRIZ VALLADAO THIESEN CASSIANE DE FREITAS PAIXAO GIANPAOLO KNOLLER ADOMILLI JOSE ALBERIONE DOS REIS Arqueologia Arqueologia Arqueologia Arqueologia Arqueologia 6 JOSE CARLOS VIEIRA RUIVO Arqueologia 7 8 MARCIA NAOMI KUNIOCHI MARIA ELIDA FARIAS GLUCHY Arqueologia Arqueologia 9 MARTIAL RAYMOND HENRI POUGUET Arqueologia 10 VANESSA BARRIOS QUINTANA CARMEM GESSILDA BURGERTI SCHIAVON EVELIN MELO MINTEGUI GRACIELE MARTINI DE AZEVEDO LUCIANA SOUZA DE BRITO MATEUS DE MOURA RODRIGUES PAULO ROBERTO DA SILVA MUNHOZ ROBERTA PINTO MEDEIROS VALERIA RAQUEL BERTOTTI ANGELICA CONCEICAO DIAS MIRANDA CLAUDIO RENATO MORAES DA SILVA GISELE VASCONCELOS DZIEKANIAK JARBAS GREQUE ACOSTA MAGALI MARTINS AQUINO MARCIA CARVALHO RODRIGUES MARIA DE FATIMA SANTOS MAIA RENATA BRAZ GONCALVES RODRIGO AQUINO DE CARVALHO ANDERSON LUIS RUHOFF CESAR AUGUSTO AVILA MARTINS DARIO DE ARAUJO LIMA ELISANGELA DE FELIPPE RODRIGUES DA SILVEIRA JORGE ARIGONY NETO MARCELO VINICIUS DE LA ROCHA DOMINGUES PEDRO DE SOUZA QUEVEDO NETO ROSSANA MADRUGA TELLES SIMONE EMIKO SATO Arqueologia 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Arquivologia Arquivologia Arquivologia Arquivologia Arquivologia Arquivologia Arquivologia Arquivologia Biblioteconomia Biblioteconomia Biblioteconomia Biblioteconomia Biblioteconomia Biblioteconomia Biblioteconomia Biblioteconomia Biblioteconomia Geografia Bacharelado Geografia Bacharelado Geografia Bacharelado Geografia Bacharelado Geografia Bacharelado Geografia Bacharelado Geografia Bacharelado Geografia Bacharelado Geografia Bacharelado 48 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 SUSANA MARIA VELEDA DA SILVA ULISSES ROCHA DE OLIVEIRA ELIZA MARA LOZANO COSTA JUSSARA MANTELLI LENI BEATRIZ CORREIA COLARES SOLISMAR FRAGA MARTINS ADRIANA KIVANSKI DE SENNA DANIEL PORCIUNCULA PRADO DEROCINA ALVES CAMPOS SOSA FRANCISCO DAS NEVES ALVES JEAN TIAGO BAPTISTA JULIA SILVEIRA MATOS LUIZ HENRIQUE TORRES MARIA HELENA MACHADO DE MORAES CRISTINA DIAS DIAZ FERNANDO HARTMANN GRACIELE MARTINI DE AZEVEDO JUAREZ JOSE RODRIGUES FUAO JUSSEMAR WEISS GONCALVES MARISA BARRETO PIRES RODRIGO SANTOS DE OLIVEIRA ALFREDO GUILLERMO MARTIN CARLA IMARAYA MEYER DE FELIPPE CERES BRAGA AREJANO DANIELA DELIAS DE SOUZA DENISE MARIA MACIEL LEAO EGEU GOMEZ ESTEVES FABIO DAL MOLIN KAREN EIDELWEIN LETICIA LANGLOIS OLIVEIRA LUCAS NEIVA SILVA MARILENE ZIMMER MICHELLE DE SOUZA DIAS PAULO GOMES DE SOUSA FILHO SIMONE DOS SANTOS PALUDO SUSANA INES MOLON VERA TORRES DAS NEVES Geografia Bacharelado Geografia Bacharelado Geografia Licenciatura Geografia Licenciatura Geografia Licenciatura Geografia Licenciatura História Bacharelado História Bacharelado História Bacharelado História Bacharelado História Bacharelado História Bacharelado História Bacharelado História Bacharelado História Licenciatura História Licenciatura História Licenciatura História Licenciatura História Licenciatura História Licenciatura História Licenciatura Psicologia Psicologia Psicologia Psicologia Psicologia Psicologia Psicologia Psicologia Psicologia Psicologia Psicologia Psicologia Psicologia Psicologia Psicologia Psicologia 74 DEISE MARI PEREIRA SILVEIRA Turismo Binacional 75 76 77 FERNANDO COMIRAN LIGIA DALCHIAVON MELISE DE LIMA PEREIRA Turismo Binacional Turismo Binacional Turismo Binacional