O modelo ISO/OSI O modelo de referência OSI • A ISO (International Standards Organization) • lança em 1984, o modelo de referência OSI (Open System Interconnection) • O Modelo de referência OSI é o modelo fundamental para comunicações em rede O modelo em camadas • Permite a visualização das funções de rede que acontecem em cada camada • Decompõe as comunicações de rede em partes menores e mais simples. • Padroniza os componentes de rede, permitindo o desenvolvimento e o suporte por parte de vários fabricantes. OSI – Modelo em camadas • Possibilita a comunicação entre tipos diferentes de hardware e de software de rede. • Evita que as modificações em uma camada afetem as outras, possibilitando maior rapidez no seu desenvolvimento. • Cada camada OSI individual tem um conjunto de funções que ela deve executar para que os pacotes de dados trafeguem de uma origem a um destino em uma rede. PORQUE UM MODELO EM CAMADAS? Exemplo dos correios O Modelo OSI – Transmissão de dados Dados Aplicação 7 Aplicação Apresentação 6 Apresentação Sessão 5 Sessão Transporte 4 Transporte Rede 3 Rede Enlace 2 Enlace Físico 1 Físico Dados Modelo de Referência OSI Aplicação Protocolo de Aplicação Aplicação Apresentação Protocolo de Apresentação Apresentação Sessão Protocolo de Sessão Sessão Transporte Protocolo de Transporte Transporte Subrede de Comunicação Rede Enlace Enlace Física Física Protocolos internos da subrede Rede Rede Rede Enlace Enlace Física Física Protocolos host-roteadores O Modelo OSI – Principais vantagens Redução de custo, devido à padronização de produtos; 7 Aplicação 6 Apresentação 5 Sessão 4 Transporte 3 Rede 2 Enlace 1 Físico Permite independência no desenvolvimento de software e hardware; Agiliza a adoção de novas tecnologias; Facilita a detecção e correção de problemas na rede; Utilizado como referência para as diversas arquiteturas de rede. Unidades de Dados utilizadas pelo modelo OSI 7 Aplicação 6 Apresentação 5 Sessão 4 Transporte Segmento 3 Rede Datagrama 2 Enlace Quadro 1 Físico Bit Mensagem O Modelo OSI – Principais funções das Camadas 7 Aplicação 6 Apresentação 5 Sessão 4 Transporte 3 Rede 2 Enlace CONTROLE DE ERROS (QUADROS) 1 Físico TRANSMISSÃO (BITS) APLICATIVOS SINTAXE SINCRONIZAÇÃO (MENSAGENS) EMPACOTEAMENTO (SEGMENTOS) ROTEAMENTO (DATAGRAMAS) CAMADA 7: APLICAÇÃO Provê serviços que suportam diretamente as aplicações do usuário, como: – Correio eletrônico – Transferência de arquivos – Acesso a banco de dados • Não define as aplicações em si! CAMADA 6: APRESENTAÇÃO Realiza transformações adequadas nos dados: – Tradução dos dados – Compressão de textos – Criptografia – Conversão de padrões CAMADA 5: SESSÃO Permite que aplicações em hosts diferentes partilhem uma sessão • Provê: – Controle de diálogo – Controle de token – Sincronização CAMADA 4: TRANSPORTE Divide as mensagens em pacotes, é a primeira camada fim-a-fim • Deve garantir: – Comunicação fima-fim confiável – Multiplexação/split ting de conexões – Controle de fluxo CAMADA 3: REDE Controla as operações na sub-rede: – Roteamento: estático ou dinâmico – Controle de congestionamento – Interconexão de redes • Não garante que o pacote chegue ao destino Camada 2: Trata o fluxo de dados no enlace entre transmissor e receptor: – Controle de fluxo – Detecção e correção de erros – Acesso ao meio compartilhado • Não permite ligação entre redes distintas Camada 1: Trata das características – mecânicas, elétricas, funcionais e de procedimentos para conexão física entre entidades da camada de enlace –Transmite uma sequência de bits • Não se preocupa com o significado dos bits Exemplo de aplicação do modelo OSI: Configuração de Redes Locais. LAN 1 Host Aplicação Apresentação Sessão Transporte Rede Enlace Física 7 6 5 4 3 2 1 LAN 2 Host 7 6 5 4 Roteador Roteador Switch Switch Hub Hub 3 2 1 Hub – Implementa o barramento de interligação dos Host na Camada Física (Por exemplo: Ethernet); Switch – Comutador de Camada 2 (Enlace), fazendo a interligação entre os segmentos de uma Rede Local. Roteador – Comutador que encaminha tráfego através da rede Wan, atuando junto à Camada 3 ( Rede). O modelo TCP/IP Modelo de Referência TCP/IP • 1969 - Advanced Research Project Agency (ARPA) financia a pesquisa e o desenvolvimento de uma rede experimental de comutação de pacotes (ARPANET) • O objetivo era estudar técnicas para implementar sistemas de comunicação de dados robustos e independentes de fornecedores Modelo de Referência TCP/IP • ARPANET foi tão bem sucedida que várias organizações ligadas à rede passaram a usá-la cotidianamente • 1975 - ARPANET deixa o caráter experimental, transformando-se em uma rede operacional, quando a Defense Communications Agency (DCA) assume o seu controle Modelo de Referência TCP/IP • Os protocolos TCP/IP foram desenvolvidos como padrões militares.Todos os hosts na rede tiveram que se converter para os novos protocolos • DARPA financiou a implementação do TCP/IP na versão Berkley (BSD) Unix • O termo internet se popularizou Modelo de Referência TCP/IP • 1983 - ARPANET divide-se em MILNET e uma nova (e menor) ARPANET • 1985 - A National Science Foundation (NSF) cria a NSFNet e a conecta a internet • 1987 - NSF cria um novo e mais rápido backbone e uma topologia em três camadas que incluem o backbone, redes regionais e redes locais Modelo de Referência TCP/IP • 1990 - ARPANET encerra suas atividades • 1995 - NSFNet deixa de ser o principal backbone da Internet Modelo de Referência TCP/IP • Camada Inter-rede: –Serviço de comutação de pacotes não orientado a conexões: habilidade de sobreviver a falhas na sub-rede • Camada de transporte: –TCP: orientado a conexão => confiável –UDP: não orientado a conexão => não confiável Modelo de Referência TCP/IP • Encapsulamento Quando uma aplicação envia dados usando TCP/IP, ela os envia através de cada nível da pilha de protocolos. – Cada nível adiciona sua informação aos dados da camada superior. – No final, os dados são enviados como uma seqüência de bits, pela rede Comparação Arquitetura OSI Arquitetura TCP/IP Aplicação Apresentação Aplicação Sessão Transporte Transporte Rede Internet Enlace Físico Rede Modelo de Referência TCP/IP Aplicação Telnet, FTP, mail, etc Transporte TCP, UDP Inter-Rede IP, ICMP, IGMP Interface de Rede Device Driver e placa de rede Modelo de Referência TCP/IP Aplicação Transporte Inter-Rede Interface de Rede • Este nível trata dos detalhes específicos de cada aplicação – Representação, codificação e controle de diálogo • Exemplos – Telnet, FTP, SMTP, SNMP Modelo de Referência TCP/IP Aplicação Transporte Inter-Rede Interface de Rede • Proporciona um fluxo de dados entre dois hosts (fim-a-fim) – TCP: Confiável. Sequencia os dados recebidos do nível de aplicação, agrupando-os em segmentos. Estabelece conexões (three way handshake). Confirma recepção dos segmentos enviados. – UDP: Não-confiável. Envia pacotes de dados (datagramas) de um host para outro, sem garantia de entrega. A sobrecarga desse protocolo é menor que a do TCP Modelo de Referência TCP/IP Aplicação Transporte Inter-Rede Interface de Rede • Garantir a transmissão de pacotes independente da localização dos hosts – Endereçamento dos hosts – Roteamento – Controlar Congestionamento Modelo de Referência TCP/IP Aplicação Transporte Inter-Rede Interface de Rede • O modelo não especifica muitos detalhes • Abrange o driver de dispositivo no SO e a correspondente placa de rede. • Trata dos detalhes de hardware necessários para o interfaceamento físico com a rede • Histórico • 1969 – DARPA (Departament of Defense Advanced Research Projects Agency) projeto ARPANET • Universidade da Califórnia (Los Angeles + Santa Bárbara) + UTAH + Instituto de Pesquisa de Stanford – TCP/IP sobre UNIX (Universidade da Califórnia de Berkeley) • Anos 85 – National Science Foundation – NSFNET interconectou ARPANET e outras comunidades de pesquisa – padronizou TCP/IP • 1990 – Brasil se conecta a NFSNET • 1993 – Internet uso comercial = popularização • Responsável pelo TCP/IP • ISOC – Internet Society • Padronização do TCP/IP – RFC - Request for Comments (Pedidos para Comentários) – O IAB (Internet Activities Board) é o comitê responsável por definir os padrões e por gerenciar o processo de publicação dos RFCs. – O IAB coordena dois grupos • IRTF (Internet Research Task Force) – Pesquisa sobre o TCP/IP • IETF (Internet Engineering Task Force) – Problemas ocorridos na Internet • Camada de Rede • Camada de abstração de hardware – interface com os diversos tipos de redes (X.25, ATM, FDDI, Ethernet, Token Ring, Frame Relay, etc). • Equivalente às camadas 1 e 2 (física e enlace) do modelo OSI – Funções de identificação do meio e acesso ao meio • LAN: IEEE 802.3, 802.4, 802.5, etc. • WAN: X.25, HDLC, etc. Aplicação Transporte Internet Rede • Camada Internet • Estabelece a troca de pacotes sem conexão através da malha da rede física. • Roteamento entre as diferentes sub-redes, assim como funções para evitar congestionamento. • Padronizado em um formato de pacote e protocolo IP - Internet Protocol. Aplicação Transporte Internet Rede • Camada de transporte • Permite a dois pontos da estabelecerem uma conversação. rede – Exatamente igual OSI • TCP (Transmission Control Protocol) provê um serviço confiável e orientado à conexão. Implementa um mecanismo de checksum. • UDP (User Datagram Protocol) provê um serviço não-confiável e não orientado a conexão, com melhor tempo de resposta Aplicação Transporte Internet Rede • Camada de aplicação • Reúne os protocolos que fornecem serviços de comunicação ao sistema ou ao usuário. Pode-se separar os protocolos de aplicação em: – Protocolos de serviços básicos: fornecem serviços para atender as próprias necessidades do sistema de comunicação TCP/IP: DNS, DHCP – Protocolos de serviços para o usuário: FTP, HTTP, Telnet, SMTP, POP3, IMAP e outros Aplicação Transporte Internet Rede Comparação • Há diversas semelhanças com o modelo conceitual OSI da ISO, mas o TCP/IP é anterior à formalização deste modelo e portanto possui algumas diferenças • Quantidade de camadas – OSI = 7 TCP/IP = 4 • OSI descreve apenas os serviços prestados em cada camada, não definindo os protocolos que atuam nela, o que pode levar inclusive dois sistemas que seguem o modelo a não se comunicarem • Maior contribuição do OSI: serviço, interface e protocolo Comparação • O Modelo OSI é um modelo conceitual, e não a arquitetura de uma implementação real de protocolos de rede. • TCP/IP foi desenvolvido com o objetivo de resolver um problema prático: interligar redes com tecnologias distintas • O TCP/IP foi projetado segundo uma arquitetura de pilha, onde diversas camadas de software interagem somente com as camadas acima e abaixo. Comparação • O TCP/IP parece ser mais simples por ter menos camadas • Os protocolos do TCP/IP são os padrões em torno dos quais a Internet se desenvolveu, portanto o modelo TCP/IP ganha credibilidade • Em contraste, nenhuma rede foi criada em torno de protocolos específicos relacionados ao OSI, embora todos usem o modelo OSI para guiar seu raciocínio • Praticamente todos os sistemas operacionais do mercado implementam a pilha TCP/IP Análise final • Crítica ao modelo OSI – Tecnologia ruim • Camadas vazias • Funções repetidas – Implementação ruim • Inicio x TCP/IP já em uso (Unix) • Crítica ao TCP/IP – Não define claramente interface, serviço e protocolo – Não faz distinção entre camada física e de enlace Análise final • OSI ótimo modelo – protocolos não populares • TCP/IP modelo praticamente não existe protocolos populares