PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO EMPREENDER NO CAMPO MANUAL DO ALUNO © 2012, SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Todos os direitos reservados e protegidos pela lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida por qualquer meio sem autorização por escrito do SENAR. SENAR Serviço Nacional de Aprendizagem Rural CONSELHO DELIBERATIVO Senadora Kátia Abreu Presidente Titular: Júlio da Silva Rocha Júnior Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo Suplente: Roberto Simões Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais Titular: Carlos Rivaci Sperotto Presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul Suplente: Ágide Meneguette Presidente da Federação da Agricultura do Paraná Titular: Ângelo Crema Marzola Júnior Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Tocantins Suplente: Francisco Ferreira Cabral Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Rondônia Titular: Renato Simplício lopes Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal Suplente: José Mário Schreiner Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás Titular: Raimundo Coelho de Souza Vice-Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão Suplente: João Martins da Silva Júnior Presidente da Federação da Agricultura do Estado e Pecuária da Bahia Ministério do trabalho e Emprego (MTE) Ministério da Educação (MEC) Agroindústria (CNI) Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) Daniel Klüppel Carrara Secretário Executivo Andréa Barbosa Alves Chefe do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social EMPREENDER NO CAMPO MANUAL DO ALUNO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Sumário Palavra da Presidente 3 O que é o Pronatec 4 Instruções de uso deste manual e melhor aproveitamento do treinamento Empreender no Campo 7 Aos participantes 8 Falando sobre competências 9 Treinamento Empreender no Campo 11 DIA 01 - APRESENTAÇÃO DE EXPECTATIVAS 13 Expectativas 15 Cronograma de atividades 17 Contrato de treinamento 18 Sobre competências empreendedoras 19 Matriz de competências empreendedoras 21 Instruções 23 Matriz de competências empreendedoras 24 DIA 02 - VISÃO E COOPERAÇÃO 27 Meu foco para desenvolvimento pessoal das competências empreendedoras 29 Sobre a visão de futuro 30 Perguntas instigantes sobre o futuro 31 Visão de futuro profissional e pessoal 32 DIA 03 - INICIATIVA E OPORTUNIDADE 37 O que faz com que as pessoas comprem? 39 Divisão de terreno 41 Desafio Empresarial 42 DIA 04 - EFICÁCIA E EFICIÊNCIA 45 Plano de negócio – Desafio Empresarial 48 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Sumário DIA 05 - CORAGEM E FLEXIBILIDADE 55 Tomada de decisão 57 DIA 06 - PERSEVERANÇA E RESPONSABILIDADE 59 Matriz de resultados 61 Uma história para lembrar 62 Filosofia ganha/ganha 63 DIA 07 - INFORMAÇÃO E INFLUÊNCIA 67 Situação de sobrevivência no deserto 69 Componentes da análise FOFA 74 Matriz FOFA 77 Instruções para realização do exercício de busca de informações 79 DIA 08 - BUSCA DE INFORMAÇÃO Planilha de pontuação dos juízes 81 83 Instruções gerais para preenchimento do formulário para apuração de resultados financeiros 84 Desafio Empresarial 85 DIA 09 - PROCESSAMENTO DO DESAFIO EMPRESARIAL 87 A natureza do poder 89 Folha de avaliação 92 DIA 10 - PREPARAÇÃO DAS PRÓXIMAS ETAPAS 95 Plano de desenvolvimento pessoal 97 Síntese 100 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Palavra da Presidente Prezado(a) aluno(a) Tanto quanto aprender sobre novas técnicas para produzir mais e melhor, é fundamental saber como planejar, organizar e gerenciar a propriedade. Não basta mais apenas plantar e colher, é necessário conhecer as técnicas básicas de administração dos funcionários, do dinheiro, das máquinas e equipamentos, enfim, de todos os recursos usados para produzir mais e melhor. Por isso, incluímos em todos os nossos cursos um módulo de empreendedorismo, para que cada aluno, seja ele o dono, seja ele um empregado, aprenda a ser um gerente da propriedade rural. O módulo Empreender no Campo vai levar até você as melhores práticas de planejamento, para você aprender a analisar, avaliar , tomar as melhores decisões , colocando a técnica e a criatividade a serviço da produtividade e da lucratividade. Vamos ensinar a transformar qualquer propriedade em um excelente negócio. Vamos ensinar os fundamentos para que todos possam ser bons gestores, bons administradores. Esse é o nosso compromisso. Senadora Kátia Abreu Presidente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 3 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO O que é o Pronatec O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) é um conjunto de ações que visam ampliar a oferta de vagas na Educação Profissional brasileira, melhorando as condições de inserção no mundo do trabalho. Objetivos Os objetivos do programa são expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos para alunos e trabalhadores, contribuindo para a melhoria da qualidade do Ensino Médio público, por meio da Educação Profissional, e ampliar as oportunidades educacionais dos trabalhadores por meio do incremento da formação profissional. Responsáveis Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC), órgão responsável por planejar, formular, coordenar e avaliar as políticas públicas de Educação Profissional e Tecnológica em geral e a oferta da Bolsa-Formação especificamente. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, responsável por realizar transferências de recursos financeiros. Serviços Nacionais de Aprendizagem, doravante denominados parceiros ofertantes, cujos departamentos nacionais são responsáveis, diretamente ou por intermédio de seus departamentos regionais, por ofertar e ministrar cursos técnicos, de formação inicial e continuada e/ou de qualificação no âmbito da Bolsa-Formação. Secretarias de Educação dos Estados e do Distrito Federal e de Direitos Humanos (SDH), bem como Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE), do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), da Defesa (MD) e do Turismo (MTUR), entre outros órgãos e entidades da administração pública que aderirem à BolsaFormação na condição de parceiros demandantes. 4 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO A quem se destina Estudantes do Ensino Médio da rede pública, inclusive da Educação de Jovens e Adultos. Trabalhadores, inclusive agricultores familiares, silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores. Beneficiários titulares e dependentes dos programas federais de transferência de renda. Pessoas com deficiência. Povos indígenas, comunidades quilombolas e adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas. Públicos prioritários dos programas do Governo Federal associados à BolsaFormação do Pronatec. Cursos oferecidos pelo SENAR e carga horária Escolaridade mínima: Ensino Fundamental incompleto Carga horária: 160 horas Avicultor de Postura de Corte. Fruticultor. Cultivador e Beneficiador de Mandioca. Bovinocultor de Leite. Bovinocultor de Corte. Operador de Máquinas e Implementos Agrícolas. Operador de Processamentos de Embutidos e Defumados. Suinocultor. Operador de Sistema de Irrigação. Apicultor. Horticultor. MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 5 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Escolaridade mínima: Ensino Fundamental completo Carga horária: 320 horas Equideocultor. O SENAR, por meio do Pronatec, tem o prazer de apresentar o treinamento Empreender no Campo. Esse módulo de 40 horas é parte integrante dos cursos técnicos anteriormente citados, que totalizam 160 horas. 6 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Instruções de uso deste manual e melhor aproveitamento do treinamento Empreender no Campo Participe integralmente de todas as atividades, exercícios e dinâmicas. Comprometa-se com todas as atividades, fazendo as tarefas propostas e contribuindo com exemplos e opiniões. Pergunte à vontade! O facilitador estará à sua disposição para tirar dúvidas e esclarecer questões em aberto. Lembre: Não existem perguntas tolas; só tolos que não fazem perguntas. Se, ao ler um texto, ficar com dúvida sobre o significado de alguma palavra, pesquise-o no dicionário ou solicite auxílio ao facilitador. MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 7 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Aos participante A capacidade de empreender constitui forte atrativo profissional – mais valioso ainda para quem pensa em montar um negócio próprio, quer ampliar o que já tem ou está em busca de novas formas de atuação no mercado. Há muita literatura e muita receita de sucesso nos negócios. A própria literatura de êxito nos negócios é, hoje, um grande negócio no mundo inteiro. Contudo, há uma verdade incontestável nesse tipo de literatura especializada: o sucesso não é mesmo obra do acaso. O êxito nos negócios (está comprovado) vem da postura do empresário (empreendedor, dono de negócio, proprietário), da maneira como ele se comporta no dia a dia do seu negócio. A existência de determinados tipos de comportamentos próprios de empreendedores vitoriosos foi constatada em pesquisa baseada em depoimentos de empresários bem-sucedidos de diversos países. O Empreender no Campo incorpora a experiência de planejamento e de aplicação de diversos programas de desenvolvimento de competências empreendedoras. Empreender no Campo é bem mais que simplesmente “fazer andar” um negócio. É conquistar as competências para trabalhar com objetivos definidos e se organizar o suficiente para deter um negócio (ou uma função dentro de uma empresa) nas mãos, e não o inverso. Essa é a razão de algumas práticas ou vivências durante o treinamento Empreender no Campo. As práticas aproximarão você, participante, da realidade empresarial e, diante das situações colocadas, permitirão que sinta suas dificuldades e as habilidades que mais necessita desenvolver. 8 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Falando sobre competências Desde o início dos anos 1970, o conceito de aprendizagem baseada em competências tem recebido uma crescente e grande aceitação, a partir da noção de que o desempenho é melhor avaliado pelos atos (o que se faz) do que pelas palavras (o que se diz). Ou seja, os conhecimentos têm utilidade prática somente quando traduzidos em ações (comportamentos pessoais e resultados no empreendimento) e o fator responsável pela efetividade em certos trabalhos pode ser isolado e descrito em condutas comportamentais – definições operacionais ou indicadores de desempenho. Para o Empreender no Campo, adotou-se a visão de que competência não é apenas o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes necessário para exercer determinada atividade, mas também o desempenho expresso pela pessoa em determinado contexto, em termos de comportamentos e realizações decorrentes da mobilização e aplicação de conhecimentos, habilidades e atitudes no trabalho. Dessa forma, sua proposta é associar as competências treinadas com o desempenho dos empreendedores em relação às mesmas, aproximando-se da abordagem de competência como competência em ação. O Empreender no Campo, portanto, adota a visão de que, se o conhecimento não for incorporado às atitudes e não se manifestar por meio de ações ou práticas de trabalho, não trará benefícios e nem estimulará o desenvolvimento das pessoas. Dessa forma, sobre a questão da aprendizagem, o Empreender no Campo está apoiado por autores que afirmam que as competências são desenvolvidas por meio de treinamento. As duas abordagens em foco neste treinamento – perfil empreendedor e análise de competências – se apresentam em evidência nas comunidades acadêmica e empresarial neste novo milênio. O profissional obediente e passivo das décadas de 1980 e 1990 perdeu espaço no mercado e o que se espera atualmente são perfis mais empreendedores, mesmo quando se trata de funcionários – nesse caso, chamados de intraempreendedores – ou, ainda, dos próprios jovens da área rural. As pessoas, de modo geral, e os empreendedores, em particular, necessitam de preparação para contextos cada vez mais exigentes e complexos, ao mesmo tempo em que a aprendizagem baseada em competências se apresenta como um importante instrumento de avaliação de desempenho. No caso das competências empreendedoras no Empreender no Campo, elas podem ser descritas sob a forma de comportamentos passíveis de serem observados. MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 9 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO A literatura sobre treinamento para mudança em ambientes organizacionais demonstra que a falta de consciência sobre estereótipos – máscaras – representa a maior barreira à compreensão e à mudança para novas competências. Para reduzir essa dificuldade, o Empreender no Campo prevê uma variedade de atividades empreendedoras experimentais destinadas a torná-lo(a) mais consciente de seus padrões de conduta. Para potencializar esse aspecto, o facilitador trabalha em regime de feedback assertivo. Merece destaque a perspectiva de que o jovem precisa ser educado (e educar a si próprio) para que possa: identificar oportunidades de servir (satisfazer as necessidades de um cliente); transformá-las em oportunidades de trabalho (e de remuneração adequada); coordenar outros trabalhadores, integrando seus resultados, de forma a satisfazer seu cliente, unindo menores custos a menores prazos na obtenção de maiores e melhores resultados; produzir bens e serviços desejados pelo cliente; e, assim, obter os resultados de que necessita para si e para os seus. Ou seja, esse novo personagem tende a dominar as relações de trabalho e produção e, ao invés de obedecer a ordens, é agente do seu próprio destino, atuando com autonomia e iniciativa. Aceitar desafios é a qualidade número um do espírito empreendedor. 10 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Treinamento Empreender no Campo Objetivos específicos Ao final do treinamento, esperamos que você possa: Reconhecer seus pontos fortes e fracos para atuar como jovem empreendedor. Desenvolver competências empreendedoras básicas para buscar uma conduta orientada para relacionamentos e resultados sustentados. Vivenciar alguns aspectos da realidade de um pequeno negócio. Utilizar práticas fundamentais que levam ao êxito nos pequenos negócios da área rural. ANOTE AÍ MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 11 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO ANOTE AÍ 12 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO DIA 01 APRESENTAÇÃO DE EXPECTATIVAS PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Expectativas Nome: Local onde mora: Cite um fato relevante na sua vida: 1. Espero que ACONTEÇA: 2. Espero que NÃO aconteça: MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 15 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO 3. Algo NOVO que quero sair daqui PRATICANDO: Nossas expectativas são promover uma capacitação que possibilite que você conheça e adote competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) empreendedoras nas atividades que desempenha em sua vida, conseguindo: identificar oportunidades de trabalho e negócio; transformá-las em oportunidades de renda; coordenar outros trabalhadores, integrando seus resultados de forma a satisfazer seu cliente, unindo menores custos com menores prazos; produzir bens e serviços desejados pelo cliente, para, assim, obter os resultados de que necessita para si e para os seus; desenvolver comportamentos produtivos; tornar as forças das circunstâncias produtivas, otimizando a utilização dos recursos produtivos existentes em sua região; reforçar sua autoconfiança; desenvolver uma consciência de responsabilidade pessoal; estabelecer metas desafiadoras e planos para alcançá-las. 16 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO Tarefa Início Tarefa Início Perseverança e responsabilidade Visão e cooperação Colheita de aprendizagens Dia 06 Autoavaliação Introdução às competências Apresentação de expectativas Dia 01 Exercício: Busca de informação Informação e influência Colheita de aprendizagens Dia 07 Partilha das metas Orientação para resultados e visão de futuro (Metas) Resultados e planejamento Visão e cooperação Processamento da autoavaliação Colheita de aprendizagens Dia 02 Cronograma de atividades Informação e influência Exercício: Busca de informação Dia 08 Identificar oportunidade de negócio Lançamento do Desafio Empresarial Iniciativa e oportunidade Colheita de aprendizagens Dia 03 Registro das aprendizagens Processamento do Desafio Empresarial Colheita de aprendizagens Dia 09 Desafio Empresarial Plano de negócio Resultados e planejamento Eficácia e eficiência Colheita de aprendizagens Dia 04 Encerramento Preparação das próximas etapas Colheita de aprendizagens Dia 10 Coragem e flexibilidade Empresarial Propaganda do Desafio Colheita de aprendizagens Dia 05 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO 17 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Contrato de treinamento O facilitador será responsável por: ser transparente; utilizar materiais didáticos adequados e dinâmicas práticas; conduzir as atividades no horário contratado, priorizando, se necessário, os resultados desejados; oferecer informações sobre a atuação dos participantes. Cada participante será responsável por: participar plenamente de todas as atividades propostas; colaborar com o desenvolvimento adequado do treinamento; experimentar novas competências empreendedoras; compartilhar suas próprias experiências e vivências com o restante do grupo; apoiar os outros participantes; informar como está se sentindo e como está atuando. 18 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Sobre competências empreendedoras A dimensão do conhecimento – cognitiva – corresponde a uma série de informações assimiladas e estruturadas pelo indivíduo, que lhe permitem entender o mundo. Refere-se aos saberes que a pessoa acumulou ao longo de sua vida, algo relacionado à lembrança de conceitos, ideias ou fenômenos. Por sua vez, a dimensão da atitude – afetiva – se refere a aspectos sociais e afetivos relacionados ao trabalho. Diz respeito a um sentimento ou à predisposição da pessoa, que determina sua conduta em relação aos outros, ao trabalho ou às situações. A dimensão da habilidade – psicomotora – corresponde a saber como fazer algo, fazer uso produtivo do conhecimento adquirido, com vistas ao alcance de um propósito específico. Podemos definir competências humanas como um saber agir de forma consciente e responsável, que implica mobilizar, integrar e transferir conhecimentos, habilidades e atitudes expressas pelo desempenho profissional dentro de determinado contexto empresarial e profissional que agreguem valor à empresa e ao indivíduo. Em síntese, é um saber que gera resultados. MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 19 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Para que uma competência empreendedora (por exemplo, visão e cooperação) possa ser efetivamente aplicada, é necessário que seja observável. A busca da melhoria em relação ao que fazemos exige que possamos observar o que está sendo realizado. Não basta que alguém diga que tem visão de futuro; é necessário que um observador externo ou mesmo essa pessoa tenha uma forma de monitorar seu desempenho. Para fornecer essa orientação para desempenho, decodificamos cada competência num conjunto de comportamentos que o representavam (por exemplo, “Tem visão de longo prazo dos resultados alcançáveis e tendências”). Para uma matriz (conjunto de atributos), selecionamos sete pares de competências empreendedoras e 21 definições operacionais – comportamentos passíveis de observação no ambiente de trabalho e de negócios. A seguir, você encontra a matriz de competências empreendedoras que será utilizada durante todo o treinamento Empreender no Campo. ANOTE AÍ 20 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Matriz de competências empreendedoras Visão e cooperação Tem visão de longo prazo dos resultados alcançáveis e tendências. Identifica propósitos elevados e age de acordo com eles. Coopera com outras pessoas no alcance de propósitos e resultados comuns. Resultados e planejamento Determina resultados de curto prazo com unidades de medida. Divide o resultado maior em tarefas e ações com responsáveis e prazos. Estabelece e revisa as prioridades para as tarefas e ações a serem executadas. Eficácia e eficiência Identifica o que é o correto para cada tarefa, ação ou pessoa servida. Concentra-se em tarefas e ações que gerem resultados. Atinge resultados com maiores benefícios, com menores custos e/ou em menor prazo. Iniciativa e oportunidade Age para servir o cliente antes que seja solicitado ou pressionado pelas circunstâncias. Utiliza formas inovadoras para servir o cliente. Busca ampliar as oportunidades do negócio. Coragem e flexibilidade Analisa diferentes riscos e opta entre eles. Coloca-se em situações desafiantes. Tem flexibilidade e agilidade ao tomar decisões. MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 21 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Perseverança e responsabilidade Assume responsabilidade pessoal sobre suas decisões, ações e resultados. Age de acordo com critérios acordados. Realiza esforços extraordinários para alcançar os resultados desejados. Informação e influência Busca informações pessoalmente sobre e/ou junto a clientes, fornecedores e/ou concorrentes. Desenvolve e utiliza redes de apoio empresariais. Estabelece estratégias intencionais para utilizar e/ou motivar outras pessoas. ANOTE AÍ 22 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Instruções Este questionário contém as competências empreendedoras que serão trabalhadas durante este treinamento. Leia cada declaração e decida como você se vê em relação a elas. Seja honesto(a) consigo mesmo(a). Enquanto lê cada uma delas, pergunte-se: “Quanto eu sinto, faço ou penso dessa maneira?”. O questionário tem o objetivo de ajudá-lo(a) em sua autoavaliação. 1. Escolha uma entre as quatro figuras que melhor descreva o seu comportamento: É um hábito meu. Sei que faço bem. De vez em quando faço. Quando lembro, faço. É muito difícil fazer. Não acho importante. Não sei. Nunca pensei sobre isso. 2. Risque o desenho da expressão facial (rosto). Veja o exemplo: Tenho visão de longo prazo dos resultados alcançáveis e tendências. A pessoa entendeu que, somente de vez em quando ou quando se lembra, age conforme a situação acima e, portanto, riscou o rosto correspondente. 3. Não pule nenhum item. Responda a todos. MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 23 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Matriz de competências empreendedoras 1. Visão e cooperação Tenho visão de longo prazo dos resultados alcançáveis e tendências. Identifico propósitos elevados e ajo de acordo com eles. Coopero com outras pessoas no alcance de propósitos e resultados comuns. 2. Resultados e planejamento Determino resultados de curto prazo com unidades de medida. Divido o resultado maior em tarefas e ações com responsáveis e prazos. Estabeleço e reviso as prioridades para as tarefas e ações a serem executadas. 3. Eficácia e eficiência Identifico o que é o correto para cada tarefa, ação ou pessoa servida. Concentro-me em tarefas e ações que gerem resultados. Atinjo resultados com maiores benefícios, com menores custos e/ou em menor prazo. 24 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO 4. Eficácia e eficiência Identifico o que é o correto para cada tarefa, ação ou pessoa servida. Concentro-me em tarefas e ações que gerem resultados. Atinjo resultados com maiores benefícios, com menores custos e/ou em menor prazo. 5. Iniciativa e oportunidade Ajo para servir o cliente antes que seja solicitado ou pressionado pelas circunstâncias. Utilizo formas inovadoras para servir o cliente. Busco ampliar as oportunidades do negócio. 6. Coragem e flexibilidade Analiso diferentes riscos e opto entre eles. Coloco-me em situações desafiantes. Tenho flexibilidade e agilidade ao tomar decisões. MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 25 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO 7. Perseverança e responsabilidade Assumo responsabilidade pessoal sobre minhas decisões, ações e resultados. Ajo de acordo com critérios acordados. Realizo esforços extraordinários para alcançar os resultados desejados. 8. Informação e influência Busco informações pessoalmente sobre e/ou junto a clientes, fornecedores e/ou concorrentes. Desenvolvo e utilizo redes de apoio empresariais. Estabeleço estratégias intencionais para utilizar e/ou motivar outras pessoas. ANOTE AÍ 26 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO DIA 02 VISÃO E COOPERAÇÃO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Meu foco para desenvolvimento pessoal das competências empreendedoras Depois de preencher sua autoavaliação das competências empreendedoras e refletir sobre as mais fortes e mais fracas, opte por três em especial para concentrar sua atenção nelas durante este treinamento. Procure fazer uma composição entre competências empreendedoras fracas, que queira aperfeiçoar, e fortes, que queira reforçar, já que as tem. Anote suas três competências empreendedoras no espaço abaixo. Competência empreendedora 1: Competência empreendedora 2: Competência empreendedora 3: Se desejar reforçar ainda mais seu compromisso, anote essas três competências empreendedoras no verso de seu crachá. Bom trabalho! MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 29 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Sobre a visão de futuro Todos os gênios e líderes morrem um dia. Se uma empresa for construída apenas ao redor deles, surgem muitas dúvidas sobre o futuro após sua morte. As empresas mais bem-sucedidas possuem uma visão que se perpetua ao longo da história. James Collins Toda viagem em família começa com a ideia de um destino partilhado por todos e também inclui as principais atividades ao longo do caminho. Não é preciso planejar todas as paradas ou todos os lugares a serem visitados, nem é preciso definir o papel de todos os membros da família. O que se tem é uma ideia partilhada de um lugar para onde se vai e de como chegar até lá. A ideia partilhada de um destino comum se transformará na visão para a viagem. Da mesma forma que a viagem em família, a visão pinta um quadro de onde você quer chegar e do que você quer ser. Essa analogia vale tanto para visões pessoais quanto para visões empresariais. O futuro não é uma mera exploração ou projeção do presente ou do passado. O futuro é novo, diferente, mais complexo, mais rico e cheio de ameaças, mas também é repleto de oportunidades para quem souber identificá-las ou aproveitá-las adequadamente. ANOTE AÍ 30 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Perguntas instigantes sobre o futuro O que pretendemos introjetar consiste em desenvolver a capacidade de olhar criticamente o presente a partir do futuro, e não o futuro com os olhos no presente. Para que estou aqui? O que me guia? Que tipo de negócio ou profissão eu sonho ter? Quais produtos eu me vejo produzindo ou comercializando? Que tipo de serviço eu quero oferecer? Com base nessas perguntas, formule suas próprias perguntas instigantes. Lembre que o significado de instigante é algo que desperta interesse, que provoca sentimentos / sensações/ desejos. Perguntas instigantes não têm respostas fáceis. São perguntas que nos mantêm “acesos” diante da vida, que nos estimulam. Relacione, no mínimo, cinco perguntas instigantes: MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 31 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Visão de futuro profissional e pessoal Visão para 20 anos O que você estará fazendo em 20 anos? O que você vê de mais significativo em si mesmo(a)? Faça uma lista o mais completa possível e seja bastante específico(a). Aborde todos os aspectos de sua vida: de relacionamentos, familiar, de trabalho ou negócio, social, de estudos, econômicos etc. 32 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Visão para dez anos O que você estará fazendo em dez anos? O que você vê de mais significativo em si mesmo(a)? Faça uma lista o mais completa possível e seja bastante específico(a). Aborde todos os aspectos de sua vida: de relacionamentos, familiar, de trabalho ou negócio, social, de estudos, econômicos etc. MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 33 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Visão para cinco anos O que você estará fazendo em cinco anos? O que você vê de mais significativo em si mesmo(a)? Faça uma lista o mais completa possível e seja bastante específico(a). Aborde todos os aspectos de sua vida: de relacionamentos, familiar, de trabalho ou negócio, social, de estudos, econômicos etc. 34 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Suas metas para os próximos 12 meses Como você vê sua situação pessoal nos próximos 12 meses em termos de estudos, relacionamentos, profissão, família, renda etc.? MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 35 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Além das metas que anotou, identifique como você deseja progredir nos estudos ou se superar profissionalmente em termos de novos conhecimentos, capacidades e competências empreendedoras. Defina isso como metas. 36 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO DIA 03 INICIATIVA E OPORTUNIDADE PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO O que faz com que as pessoas comprem? As pessoas têm necessidades. Necessidade é a sensação de falta de alguma coisa indispensável, útil ou cômoda ao homem. As necessidades podem ser: Básicas ou primárias – São aquelas voltadas para a sobrevivência, ligadas aos instintos (alimentação, segurança, sono etc.). Imediatas – São aquelas relacionadas a questões racionais, motivadas pelas mudanças provocadas pelo progresso, que fez surgirem outras necessidades (comunicação à distância, acesso à internet, produtos ecológicos etc.). Supérfluas – São aquelas satisfeitas com os produtos supérfluos (tênis da moda, roupa de determinada marca etc.). Uma das formas de atender às nossas necessidades é comprando e produtos e serviços são vendidos com maior facilidade quando atendem às necessidades e ainda atingem o fator emocional – quando eu gosto mais do que necessito. E tenha cuidado! É importante não confundir necessidade com desejo. Necessidade é um estado percebido de carência ou privação. Por exemplo, matar a sede é uma necessidade. Desejo é a atitude relacionada à eliminação ou à redução do estado de necessidade, por meio da posse ou consumo de um produto determinado. Quando tenho sede, posso querer matá-la bebendo um refrigerante ou um suco. Isso é desejo. Um copo de água da torneira já mata a necessidade da sede. Você já pensou sobre por que as pessoas compram refrigerante Coca-Cola, sabonete Lux ou margarina Doriana? Na verdade, elas não compram o produto, mas sim satisfação e benefício. Se as pessoas acreditarem que a satisfação e o benefício valem o tempo e o dinheiro gastos para conseguir o produto, certamente o comprarão. Muitas vezes, o benefício é algo sem existência física – que eu não vejo, não toco, não cheiro, não ouço, não provo. Pode ser uma vantagem associada ao produto semelhante a uma voz que sussurra no seu ouvido: “permaneça jovem”, “cause inveja”, “tenha uma vida saudável”. MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 39 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Muitas vezes, uma necessidade básica, como a fome, vem reforçada por necessidades imediatas ou supérfluas. Um pão com salsicha satisfaz a fome e eu posso pensar que pagar um preço baixo por isso é suficiente para atender à minha necessidade. Mas as pessoas podem querer mais sabor (quem sabe colocar molho, maionese, batata palha ou até milho), podem querer que o ambiente esteja limpo e seja higiênico e estão dispostas a pagar mais se perceberem que sua satisfação será maior. Por fim, é muito importante termos a visão de que as pessoas compram benefícios que satisfazem às suas necessidades quando temos produtos que encontram concorrentes semelhantes no mercado. Por exemplo: um caprinocultor provavelmente terá vários concorrentes não só no mercado de bodes e cabras, mas também de aves, gados e até peixes. ANOTE AÍ 40 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Divisão de terreno Divida este terreno em quatro partes iguais. MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 41 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Desafio Empresarial Regras básicas Os negócios criados no Desafio Empresarial terão vida útil até o penúltimo dia do treinamento Empreender no Campo. O negócio criado deverá ser real: terá que oferecer um produto/serviço, comprar, fabricar e vender e será operado como uma empresa de verdade – apesar de que não será empresa formal. Cada empresa pode ter, no máximo, dois sócios. As entradas e saídas de dinheiro da empresa deverão ser comprovadas. No quinto dia do treinamento, você deverá fazer uma propaganda de um minuto apresentando seu produto/serviço. A empresa que obtiver o melhor desempenho, ou seja, o maior lucro (entradas menos saída de dinheiro) dividido pelo número de sócios, será premiada. Perguntas orientativas Que tipo de negócio você está planejando? Como surgiu a ideia? Que produtos/serviços sua empresa venderá? Você utilizou um processo estruturado de análise das necessidades do cliente e das formas de satisfazê-las ou confiou em sua inspiração? Fez algum tipo de pesquisa? Como você sabe que existem clientes dispostos a pagar por seu produto/serviço? Por que as pessoas comprarão seus produtos/serviços? Como você promoverá as vendas? Por que você promete ter resultado positivo (lucro)? Quem são seus clientes potenciais? Como você atrairá esses clientes e se destacará diante da concorrência? Quem são seus concorrentes? Como os negócios deles estão prosperando? 42 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Quem são seus melhores fornecedores? Por quê? Onde será localizado o negócio? Que fatores influenciam em sua escolha do local? Quem poderá lhe apoiar em seu negócio? Como você administrará as finanças? Como você manterá seus registros financeiros e de estoque? De que volume de vendas você necessitará para obter lucros? Quais serão suas necessidades financeiras totais? ANOTE AÍ MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 43 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO ANOTE AÍ 44 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO DIA 04 EFICÁCIA E EFICIÊNCIA PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Observações: Atividades a serem realizadas 1 Mês 1 2 3 Instrumento para verificação do resultado: Meta: 4 1 Mês 2 2 3 4 1 Mês 3 2 3 Planejamento orientado para resultados 4 M Responsável Data: Custo R$ PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 47 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Plano de negócio – Desafio Empresarial Está cada vez mais provado que as empresas quebram por falta de planejamento. Para que sua empresa não quebre, este plano lhe apresentará o passo a passo para refletir sobre o que é essencial num negócio. Não se preocupe se você nunca fez um plano de negócio ou ouviu falar sobre um. Este é um modelo bastante simplificado, mas adequado a uma empresa que terá poucos dias de existência. Você deve procurar respostas para uma série de perguntas simples e, assim, terá o necessário para construir um plano de negócio básico para seu Desafio Empresarial. O que é um plano de negócio? É um documento (por escrito) com dados e informações da sua empresa e de suas ideias. Depois de pronto, esse instrumento: serve de referência e fonte de informação para as suas decisões e ações; permite que você não se esqueça de aspectos importantes do negócio; torna a ideia mais estruturada, permitindo que outras pessoas compreendam com clareza qual é e como funciona sua empresa. O negócio Definir o negócio é pensar que necessidade (ou necessidades) dos clientes será atendida por seu negócio. Todas as pessoas têm necessidades. Necessidade é a sensação de falta de alguma coisa indispensável, útil ou cômoda ao homem. Para aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto, leia “O que faz com que as pessoas comprem?”. Descreva a que necessidade seu produto vai atender. 48 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Agora, descreva como você vai atender a essa necessidade. Qual produto/serviço você vai oferecer para seus clientes? Cliente e estratégia de venda Pense no tipo de cliente que você mais gostaria que comprasse de você. Se você ainda não tem clientes, qual perfil de cliente deseja ou qual perfil reconhece entre os clientes de seus potenciais concorrentes? Onde mora? É composto por mais pessoas do sexo masculino ou do feminino? Onde costuma comprar produtos/serviços semelhantes aos seus? O que leva em conta quando compra? Qual é sua média de idade? Descreva os principais aspectos que lhe servirão para identificar clientes potenciais. MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 49 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Avalie os itens abaixo e veja os que são mais decisivos para que seus clientes se interessem em comprar seu produto/serviço. Item Nenhuma importância Pouca importância Muita importância Preço Qualidade Marca Vendedor Ponto de venda Embalagem Oferta/Descontos especiais Serviços Quais serão seus argumentos? O que fará com que seus clientes comprem de sua empresa? 50 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Produção e fornecimento Você precisa produzir seu produto? Onde vai comprar as matérias-primas necessárias? Quem vai produzi-lo? Como será produzido? Quanto tempo demora a produção? Se for serviço, quem vai prestá-lo? Se não for somente você, alguém será treinado? Se for revender, vai comprar de que fornecedor? Ele tem a quantidade de que você precisa? Por que preço e prazo de pagamento? Você precisa fazer alguma embalagem especial? Sabe como fazê-la? Precisa armazenar algo em algum lugar? Como vai transportar? MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 51 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Quais serão seus custos? Item Mercadorias ou matériasprimas Custos de produção (mão de obra, combustível, embalagens etc.) Despesas gerais (fone, material de expediente, impressos etc.) Descritivo Preço (R$) Comissões Outros Valor total (R$) Resultados Produto Por quanto vai comprar? Qual será seu faturamento? R$ Qual será seu lucro total? R$ 52 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO Por quanto vai vender? Por quanto seu concorrente vende? PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Faça uma previsão de vendas diárias. Cuidado com o excesso de otimismo. Dia Produto Quantidade Faturamento (R$) 1 2 3 4 5 6 7 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 53 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO ANOTE AÍ 54 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO DIA 05 CORAGEM E FLEXIBILIDADE PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Tomada de decisão Fiz Pensei Senti Antes de jogar Jogada 01 Jogada 02 Jogada 03 Jogada 04 Conclusões MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 57 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO ANOTE AÍ 58 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO DIA 06 PERSEVERANÇA E RESPONSABILIDADE PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Matriz de resultados Nome: Nome Decisão Pontos Nome Decisão Pontos Pontuações possíveis Vermelho/Preto Vermelho/Vermelho Preto/Preto Preto = -10 (perde 10) Vermelho = +10 (ganha 10) Vermelho = -5 (cada um perde 5) Preto = +5 (cada um ganha 5) Pontuação total obtida = MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 61 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Uma história para lembrar Carlos Henrique, dono de uma pequena fábrica de polpa de fruta, recebeu um telefonema de um fornecedor, seu Guina. – Seu Carlos, aqui é o Guina. O senhor está comprando caju? – Tô sim, Guina! Quantos quilos você tem? Quer vender por quanto? – Seu Carlos, eu tenho uns mil quilos e vendo pro senhor por R$ 200,00. – Veja se eu entendi: você quer vender o quilo a R$ 0,20, é isso? – Isso mesmo, seu Carlos. Tô muito precisado. – Ô, Guina! Quanto você gasta para produzir? – Eu gasto R$ 0,30 por quilo. – Tá certo, Guina. Vou comprar seus mil quilos e pagar R$ 320,00 por tudo. – Não entendi, seu Carlos. O senhor vai pagar mais do que eu pedi? – Vou, Guina. Vou pagar o que é justo. Eu tenho pagado entre R$ 0,32 e R$ 0,35 pelo quilo. Por que vou te pagar menos? Só porque você está desesperado? No ano que vem minha fábrica vai continuar aqui e eu preciso ter gente em quem eu confie para me fornecer. De que adianta eu ganhar um pouco mais agora, tirando de você e “matando” meu fornecedor? Um negócio bom tem que ser bom para os dois lados. Se quiser um conselho, Guina, sugiro que você não entregue tudo de uma vez. Escute a proposta do outro lado primeiro. Fazer bons negócios também depende de você. Imagine se eu lhe pagasse o que você me pediu... Amanhã você lembraria que eu paguei pouco, mas não que você me ofereceu por pouco. – Obrigado, seu Carlos. Vou cuidar para não fazer qualquer negócio quando estiver precisando muito de dinheiro. Até a próxima! O senhor vai ter esse fornecedor aqui por muito tempo. 62 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Filosofia ganha/ganha Não pensamos e atuamos em padrões de concorrência de forma saudável, como um estímulo para o aprimoramento daquilo que fazemos, mas a partir de um enfoque excludente (“Quando eu entro, você sai.”, “Quando eu ganho, você perde.”), o que não parece ser precisamente uma visão muito lógica, considerando que, dentro de um mecanismo de interdependência, vamos colher o que semeamos em algum momento. A filosofia ganha/ganha e sua transformação em atitude e estratégia permanentes, tanto em nível individual como de grupo, procura oferecer precisamente uma solução para esse dilema. Antes de se aprofundar nas características e nos benefícios dessa filosofia em particular, é importante visitar as outras opções da interação humana – aquelas que talvez nos sejam mais familiares. A filosofia ganha/perde é, talvez, a que melhor corresponde aos atuais padrões sociais de interação. É uma mentalidade que parte da ideia de que a vida é um grande jogo, uma corrida, em que o espírito de competição entre pessoas, instituições, empresas e nações prevalece e onde, nos casos mais extremos, só o mais forte tem direito de sobreviver. Certamente alguém pode estar pensando que já não vivemos a lei da selva e que somos civilizados. Porém, um olhar mais honesto por detrás do atual cenário nos permite perceber que até a selva funciona de maneira mais humana que muitas de nossas sociedades, dado que no reino animal o princípio de “viver e deixar viver” só se rompe para satisfazer às necessidades absolutamente básicas. Nossas lutas pelos recursos supostamente limitados vão muito além disso. Assim, a competição, e não a cooperação, está no centro da educação, da política, do esporte, da família, das leis e do mercado. Pensamos em termos como adversários, competitividade, poder sem limites, desconfiança mútua etc., mas, na realidade, a vida não é competitiva (em sua maior parte) e a filosofia ganha/perde é uma disfunção da cooperação. MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 63 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Perde/ganha é a opção inversa. Apesar de parecer a mesma coisa, é uma estratégia bastante pior. As pessoas impregnadas por ela vivem submissas e não conduzem sua vida – e sim são conduzidas por ela. Passivas, talvez até letárgicas, não têm coragem para empreender nada por conta própria. Antecipam seu fracasso começando, primeiramente, por aceitar e, depois, desempenham ativamente o papel de perdedoras e vítimas. Reprimem-se diante das outras e terminam por perder todo o amor próprio e a autoestima. Muitas vezes, o progresso é apenas um conceito doloroso para elas e, portanto, princípios fundamentais da vida, como mudança e crescimento, são penosos e evitados dentro do possível. O caso mais absurdo, talvez, mas nem por isso menos real, encontra-se na estratégia perde/perde. Aqui, o desejo de causar dano ao outro, ao inimigo, é tão intenso e o benefício emocional de ver o outro sucumbir é tão “doce” que as pessoas com essa visão preferem sofrer perdas, elas próprias, a deixarem as outras em paz. Elas são, acima de tudo, guiadas por um forte espírito de vingança. Finalmente, há a variante ganha. Sim, só ganhar. Ou seja, a única coisa que interessa às pessoas que atuam dentro desta orientação é atingir seus objetivos e propósitos, independentemente do que possa acontecer às outras pessoas. Não é relevante saber se o outro ganha ou perde; é quase como não manter interação humana, apesar de uma transação bem concreta e real ser concluída. Frente às variações descritas, a filosofia ganha/ganha busca levar a transação, a negociação, ou simplesmente a interação a níveis iguais de parceria, em que os dois lados adotam uma atitude de compartilhar e de procurar desenvolver a relação em benefício mútuo. A estratégia ganha/ganha não tem valor em si mesma, não é uma competição por poder e influência frente ao outro. Ao contrário, pretende juntar esforços a fim de criar efeitos sinérgicos que assegurem que o total do benefício seja maior que a soma de suas partes individuais. Aparentemente isso significa preocupação com os interesses e as expectativas do outro e tentativa de entender seu ponto de vista. Ambas as coisas precisam estar colocadas na mesa para poderem ser alinhadas conjuntamente. Significa, também, fazer do interlocutor um aliado, com visão de relacionamento de longo prazo, pretendendo, desde o início da interação, atender, dentro do possível, às expectativas de cada um. Escutar o que o parceiro tem a dizer constitui uma ferramenta elementar nesse processo. 64 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Se realmente não for possível chegar a uma solução satisfatória para ambos os lados de uma relação, ainda existe a opção da separação amistosa, sem cair numa das estratégias destrutivas antes descritas. Dessa maneira, a porta para uma interação efetiva ficará aberta para outro momento mais oportuno. Por ser um caso particular da filosofia ganha/ ganha, às vezes é denominada estratégia ganha/ganha – nada feito. Para não propiciar uma visão distorcida, apesar do fato de querermos enfatizar o valor da estratégia ganha/ganha como a opção mais adequada para a grande maioria das situações, cabe mencionar que existem circunstâncias que não só justificam, mas exigem a escolha de outra alternativa. Um evento esportivo cujo propósito é a competição precisa de uma atitude ganha/perde para não provocar desinteresse. Também é possível imaginar situações em que certos valores tenham importância suficiente (por exemplo, no relacionamento com alguém) para uma pessoa aceitar uma ótica perde/ganha pelo menos temporariamente. E quando a vida de alguém querido ou a sua própria está em perigo, a opção ganha pode ser a mais importante, independentemente das outras pessoas envolvidas. Como não existe receita única, tudo depende do contexto frente ao qual precisamos agir ou reagir. ANOTE AÍ MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 65 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO ANOTE AÍ 66 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO DIA 07 INFORMAÇÃO E INFLUÊNCIA PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Situação de sobrevivência no deserto Uma experiência de tomada de decisão em grupo para examinar e melhorar os níveis de eficiência individual e grupal. A situação Você está em um voo de aproximadamente cinco horas de duração, que saiu do ponto de partida às 9h. No meio do caminho, o piloto anuncia que desviou aproximadamente 150 km da rota e que está em sérias dificuldades. Em seguida, o avião cai em um deserto, todos os tripulantes morrem e somente os passageiros sobrevivem. Quando olhado do alto, o avião se confunde com a área do deserto. Sua missão é salvar todos os passageiros. Sua tarefa Sua tarefa como participante do jogo consiste em classificar os objetos que constam no quadro de acordo com o grau de prioridade. Coloque o número 1 na frente do objeto que, em sua opinião, é mais importante para a sobrevivência dos passageiros; o número 2 na frente daquele que você classificar como o segundo mais importante; e assim por diante. O objeto menos importante receberá o número 10. Considere que: O número de sobreviventes é igual ao número de pessoas que integram sua equipe. Vocês são as pessoas que se encontram nessa situação. O grupo concordou em trabalhar junto. Todos os artigos se encontram em boas condições. Passo 1: Cada membro do grupo deve fazer a avaliação dos artigos individualmente. Não discuta a situação ou o problema com seu grupo até que todos tenham terminado sua avaliação. MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 69 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Passo 2: Depois que todos terminarem sua avaliação individual, façam uma avaliação dos dez artigos em grupo. Uma vez começada a discussão em grupo, não mude a avaliação individual. Sua equipe tem até as ________ horas para completar este exercício. Regras para a discussão É proibido: Votar. O processo de votação divide o grupo em vencedores e perdedores e estimula a tomada de decisões entre opostos, quando pode haver alternativas. A votação também aciona as defesas em vez de intercâmbio racional; consequentemente pode afetar de forma adversa o desenvolvimento da atividade do grupo. Tomar decisões prematuras, rápidas, à luz de argumentos sem fundamentação ou compromissos, que normalmente se baseiam em conjecturas errôneas, que precisam ser criticadas. Fazer competição entre os membros do grupo. Nessa situação, todo o grupo ganha ou ninguém ganha. É permitido: Escutar o que cada um dos integrantes diz e prestar atenção nisso. Essa é a característica mais marcante numa equipe que consegue êxito. Tentar compreender as conjecturas que prevalecem em relação à situação, a fim de poder discuti-las abertamente com todos. Estimular todos, especialmente os mais retraídos, a apresentarem suas ideias e pontos de vista. Lembre que a equipe precisa ter acesso a toda informação possível. Quando seu grupo chegar ao ponto em que cada integrante puder declarar “Talvez não seja exatamente como eu quero, mas ao menos posso viver com essas decisões e apoiá-las.”, quer dizer que ele chegou a um consenso. Isso não significa que todos os integrantes estarão de acordo com todas as decisões, mas sim que chegaram a um acordo fundamental. 70 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Levando em conta que cada pessoa tem condições de impedir uma decisão (se quiser), o enfoque sugerido aqui é mais complexo que em outros métodos de tomada de decisões; tende a ser mais efetivo, porque obriga o grupo a considerar mais elementos do problema e estar mais atento às objeções que surgem em relação às alternativas de ação; e prevê que as diferenças de opinião sejam consideradas: meio de aquisição de informação adicional, processo de clarificação dos temas em questão e uma maneira de obrigar o grupo a revisar melhor a informação. ANOTE AÍ MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 71 72 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO Uma lata de comida por participante Um mapa da região Duas caixas de maquiagem com espelho Dez cobertores Uma lona grande cor de areia Três canivetes Um pacote de sal por participante Um par de óculos escuros por participante Uma garrafa de água por participante Uma bússola Itens Fase 1 Classificação individual Fase 2 Classificação do grupo Total Fase 3 Classificação do especialista Fase 4 Diferença entre fase 1 e fase 3 Fase 5 Diferença entre fase 2 e fase 3 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Fase 10 Número de componentes que atingiram pontuação na fase 4 mais baixa que a pontuação da equipe (fase 5) Fase 9 Marcação individual mais baixa no grupo na fase 4 Fase 8 Marcação de ganho Diferença entre fase 6 e fase 7 Fase 7 Marcação do grupo Total fase 5 Fase 6 Marcação individual média Soma de todas as marcações individuais (fase 4) dividida pelo número de componentes do grupo 1 2 3 4 5 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 73 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Componentes da análise FOFA Fortalezas Fortalezas estão dentro do controle do empreendedor, ocorrem no presente e são a diferenciação conseguida pela empresa que lhe proporciona uma vantagem no ambiente empresarial. Os pontos fortes devem ser capitalizados e usados para diminuir ou eliminar os fracos. São características que podem influenciar positivamente no desempenho da organização. Experiência/especialização técnica. Inovações de um produto. Boa rede de contatos com clientes. Embalagem. Experiência administrativa. Tecnologia superior. Sistema de distribuição. Características do produto (utilidade, Preço comparativamente baixo. Melhoria contínua na qualidade. durabilidade etc.). Sistema de distribuição eficiente. Fraquezas Fraquezas compõem uma situação inadequada para a empresa, que lhe proporciona desvantagem no ambiente de negócios, e devem ser eliminadas tanto quanto possível. Os pontos fracos podem ser controlados pelo empresário. São “falta de alguma coisa” e podem influenciar negativamente no desempenho da empresa. Falta de controle da matéria-prima. Matéria-prima cara. Vida útil do produto limitada. Falta de experiência de promoção. Obsolescência tecnológica. Design do produto fraco. Gerentes/proprietários inexperientes. Fraco esforço de venda. Estoque sobredimensionado. Falta de capital de giro. 74 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Desconhecimento do mercado. Campanha de venda inadequada. Preço comparativamente alto. Baixos níveis de estoque em tempos de pico de vendas. Falta de experiência técnica por parte do proprietário. Oportunidades Oportunidades são fatores positivos e favoráveis que a empresa deve aproveitar ou que podem tornar um projeto mais viável. Oportunidades se diferem de fortalezas na medida em que tais pontos fortes não são fatores controlados pela empresa e, em sua maior parte, não dependem dela. Concorrentes fracos e em pequeno número. Renda do público-alvo em ascensão. Demanda crescente. Produtos/serviços similares dando lucro. Escassez do produto/serviço no local. Políticas governamentais favoráveis. Programas governamentais favoráveis. Juros baixos sobre empréstimos. Oportunidades adequadas de treinamento. Assistência técnica disponível. Acesso a matéria-prima barata. ANOTE AÍ MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 75 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Ameaças Ameaças são fatores externos negativos ou desfavoráveis para a empresa e, normalmente, estão fora do controle do empresário – o que as difere de fraquezas. Ameaças devem ser analisadas a fim de que se procurem alternativas para combatêlas. Um exemplo disso é tentar evitar ou diminuir o impacto negativo que elas exercem, tomando medidas para contrabalanceá-las. Aumento nos custos da matéria-prima. Competição excessiva e predatória. Burocracia governamental. Mão de obra difícil de lidar. Falta de matéria-prima. Pirataria de trabalho especializado. Desastres naturais. Energia insuficiente. Suborno e corrupção. Infraestrutura deficiente. Alterações em regulamentos Contrabando. governamentais. Condições climáticas. ANOTE AÍ 76 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO Política creditícia restritiva. PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Matriz FOFA Uma matriz FOFA pode ser utilizada para análise de diferentes contextos. O exemplo a seguir foi construído a partir de textos encontrados no Manual do Assessor de Microcrédito Rural: GTZ – Agência Alemã de Cooperação Técnica /BNB – Banco do Nordeste. Fortalezas Enfrentamento valoroso dos embates. Fraquezas Sonhos de dias melhores. Dificuldade de distanciamento para analisar fatos. Saber baseado no cotidiano e no fazer. Estilos conservadores ou tradicionais. Perfil agregativo. Trabalho “concreto” – Dificuldade de abstração. Estilos conservadores ou tradicionais. Custo operacional reduzido. Natureza da produção familiar. Renda superior à da população pobre local. Perfis homeostáticos. Baixa geração de excedentes. Baixa capacidade de acumulação. Vínculo frágil com o mercado. Busca de outras rendas para garantir a sobrevivência da família. Aprendizagem autônoma. Maior parte do trabalho feita por membros da família. Poucas opções para venda da produção. Propriedade dos meios de produção. Busca de outras rendas para garantir a sobrevivência da família. Mescla de atividades agrícolas e não agrícolas. Retomada do orgulho de ser agricultor. Posição de importante abastecedor do mercado local. Valorização do “bom nome”. Baixa produtividade. Não participação dos jovens em decisões e na divisão da renda. Falta de rotação de culturas. Necessidade de ouvir para confirmar o que já se pensa. Resistência a mudanças. Controle insuficiente da propriedade rural. Má administração dos recursos. Não reconhecimento das próprias capacidades. MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 77 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Oportunidades Ameaças Demanda crescente por produtos orgânicos. Cultura baseada na oralidade. Ambiente rural como alternativa heterogênea de desenvolvimento. Pensamento de que “as oportunidades na cidade são melhores”. Políticas favoráveis de crédito do governo. Instabilidade climática. Tamanho das famílias rurais tendendo a diminuir. Valorização da inclusão social. Disponibilidade local de insumos. Ampliação da eletrificação rural. Educação formal mais acessível. Valorização do associativismo e cooperativismo. Migrações rurais-urbanas acentuadas. Ritmo de mudanças técnicas e tecnológicas. Exigências do mercado. Deficiência dos serviços públicos de apoio ao desenvolvimento rural. Tamanho das famílias rurais tendendo a diminuir. Instabilidade de mercados e preços. Programas sociais do governo. Não reconhecimento do trabalho da mulher. Tecnologias adequadas ao semiárido (uso das águas, energia solar etc.). Queimadas, erosão do solo, devastação das florestas. Existência de ONGs. Plano de ação do agricultor para sua comunidade não ouvido. Assistencialismo – Cidadão visto como “beneficiário”. Benefícios do governo. ANOTE AÍ 78 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Instruções para realização do exercício de busca de informações Incluir quaisquer informações que considere importantes para pesquisar a viabilidade do negócio (plano de negócio e FOFA). Priorizar os itens do plano de negócio e determinar as informações que considere importantes e suficientes para tomar uma decisão de seguir em frente com a possível implantação do negócio. Seu grupo pode decidir excluir alguns itens e acrescentar outros. De qualquer modo, quando concluir o exercício, prepare-se para defender suas escolhas perante o grupo de juízes. Organizar o grupo em uma equipe de pesquisas e busca de informações na comunidade e nos órgãos pertinentes. O instrutor lhe dirá de quanto tempo você dispõe. Buscar informações e organizá-las de tal forma que possam ser apresentadas à equipe de juízes quando sua equipe retornar. Prepare-se para explicar por que coletou essas informações, qual foi seu planejamento para reuni-las e que conclusões tirou a partir delas. Suas informações serão julgadas de acordo com os seguintes critérios: pontualidade da entrega, preparação do trabalho, apresentação do trabalho, clareza e objetividade das informações e utilidade das informações. MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 79 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO ANOTE AÍ 80 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO DIA 08 BUSCA DE INFORMAÇÃO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Planilha de pontuação dos juízes Critérios a serem julgados Equipe 1 Equipe 2 Equipe 3 Equipe 4 Equipe 5 Pontualidade da entrega Preparação do trabalho Apresentação do trabalho Clareza e objetividade das informações Utilidade das informações Pontuação total Observações: MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 83 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Instruções gerais para preenchimento do formulário para apuração de resultados financeiros Na coluna (1), escreva a data da operação. Na coluna (2), escreva a natureza da operação (entrada de caixa = receitas; saída de caixa = despesas), ou seja, o que foi feito. Na coluna (3), anote o valor em R$ envolvido na operação quando você estiver recebendo dinheiro, ou seja, quando estiver entrando dinheiro em seu caixa. É a coluna das receitas. Na coluna (4), anote o valor em R$ envolvido na operação quando você estiver gastando dinheiro, ou seja, quando estiver saindo dinheiro de seu caixa. É a coluna das despesas. Na célula (5), registre a diferença entre as colunas (3) e (4). Se o valor encontrado for positivo, significa que entrou mais dinheiro em seu caixa do que saiu; se o valor encontrado for negativo, significa que saiu mais dinheiro de seu caixa do que entrou. Recibos e faturas devem ser juntados ao livro caixa. Recomendamos guardá-los em um envelope ou uma pasta. ANOTE AÍ 84 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Desafio Empresarial Formulário para apuração de resultados financeiros Nome da empresa: Nome dos sócios: (1)Data (2)Descrição das receitas (3)Valor R$ Total de receitas R$ MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 85 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO (1)Data (2)Descrição das despesas Total de despesas R$ (5)Saldo (6) Resultado final (saldo/número de sócios) R$ R$ 86 / sócio MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO (4)Valor R$ DIA 09 PROCESSAMENTO DO DESAFIO EMPRESARIAL PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO A natureza do poder Questionário de autoconhecimento Instruções Este questionário contém 35 declarações. Leia cada uma e decida qual delas melhor descreve você. Reflita e se coloque no lugar de seus colaboradores: que resposta eles dariam se indagados sobre como você atua? Seja honesto(a) consigo mesmo(a), pois o questionário tem o objetivo de ajudá-lo(a) em seu autoconhecimento. Escolha o número que melhor descreva suas crenças, valores, visão etc. 4 Sempre 3 Muitas vezes 2 Algumas vezes 1 Raras vezes 0 Não sei, pois nunca pensei sobre isso Anote o número escolhido à direita de cada declaração, conforme exemplo abaixo. Neste caso, a pessoa considerou que a declaração a descreve algumas vezes e, portanto, anotou o número 2 em sua linha. 1. Meu cargo permite que eu oriente quem trabalha comigo. 2 Não pule nenhum item. Responda a todos. 1. Meu cargo permite que eu oriente quem trabalha comigo. 2. Controlo sistematicamente quem trabalha comigo e as tarefas que executa. 3. Defendo a melhoria de remuneração e benefícios de quem trabalha ou estuda comigo. 4. Sei melhor do que qualquer outro os detalhes das atividades executadas. 5. As pessoas me seguem porque reconhecem o domínio técnico que tenho de minhas atividades. MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 89 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO 6. As pessoas me veem como um(a) parceiro(a) na consecução de seus objetivos pessoais e profissionais. 7. O que sinto, o que expresso e o que eu faço são coerentes – ou seja, a mesma coisa. 8. Muitos colegas de minha área desejam o cargo que ocupo. 9. Zelo para que regras e procedimentos da organização (escola, associação, empresa etc.) sejam seguidos. 10. Elogio tarefas bem executadas. 11. Mantenho-me a par de novas ideias e publicações de minhas áreas de interesse profissional. 12. As pessoas percebem que baseio minhas decisões em análises coerentes e profundas de informações. 13. Meus colegas e companheiros sabem que sou corresponsável por seus fracassos. 14. Compreendo as diferenças de meus papéis sociais (aluno(a), filho(a), colega, trabalhador(a) etc.) e suas exigências. 15. As pessoas seguem minhas orientações porque sabem que tenho o direito legítimo de dirigi-las. 16. Se eu tiver “pulso firme”, as pessoas produzem mais. 17. Quem trabalha comigo me segue porque sabe que eu zelo por ele. 18. Sei que quem detém informações é insubstituível para a organização (o grupo de estudo, a empresa, a associação etc.). 19. Estou aberto(a) a novas experimentações e condutas, mesmo que sejam contrárias às minhas convicções. 20. Compartilho informações, ideias e intuições com outras pessoas. 21. As pessoas acreditam que tenho uma visão clara do futuro e me oriento por ela. 22. Tenho acesso fácil a meus superiores ou pessoas que detêm cargos importantes em minha comunidade, e uma forte ligação com eles. 23. Minha experiência me diz que, para saber mandar, tenho que saber obedecer. 24. Quando fazem o que solicito, trato de reconhecer publicamente. 25. É fundamental que eu saiba das coisas. 26. Tenho registros detalhados dos planos que estou executando e os consulto regularmente. 27. Estimulo que conflitos (pontos de vista diferentes) venham à tona. 28. Exponho meus sentimentos (anseios, angústias e dúvidas). 29. Quando estou exercendo liderança, as pessoas a minha volta esperam que eu fale antes de elas próprias falarem. 90 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO 30. Sei que ser temido(a) funciona mais do que ser amado(a). 31. Protejo meus colegas e amigos de situações difíceis e desagradáveis. 32. Busco informações pessoalmente com parceiros, colegas e outros trabalhadores. 33. Quando desconheço um assunto, digo “não sei” com naturalidade. 34. Dou autonomia para tomada de decisão por parte de meus liderados. 35. Estabeleço um lugar (no tempo ou no espaço) cotidianamente para entrar em contato mais profundo comigo. ANOTE AÍ MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 91 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Folha de avaliação IInstruções: Anote as respostas do questionário sobre as linhas acima dos números que se referem a cada declaração. Observe que os números das declarações são consecutivos em cada coluna. Faça as somas indicadas em cada linha para computar os pontos de cada uma das bases. + 01 + 08 + 15 + 02 + 16 + 10 + 04 + + 06 + 07 = 33 + 27 + 21 32 26 20 = + + + 14 + + + = 31 25 19 13 + + + = 30 24 18 12 + + + = 29 23 17 11 05 22 + 09 03 + = Posição Coerção Recompensa Informação Conhecimento Relacionamento Poder pessoal 34 + 28 = Poder contextual Integralidade 35 Somando as bases de posição, coerção e recompensa, você tem o total do poder contextual. Somando as bases de conhecimento, relacionamento e integralidade, você tem o total do poder pessoal. Entre esses totais, ainda é necessário analisar as bases de informação. As bases com maior pontuação mostram como você percebe a questão do poder ou quais você tende a utilizar com maior frequência. 92 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO O poder contextual tem sua fonte no externo e emana das relações hierárquicas e estruturais entre pessoas, do contexto social. Está diretamente ligado à localização/função que uma pessoa ocupa dentro de uma estrutura sócio-organizacional e à extensão da influência (direitos e deveres) que essa posição lhe confere. Conta com três aspectos básicos: posição, punição e recompensa. Posição ou cargo: É legitimado pelo “lugar” que uma pessoa ocupa numa determinada estrutura sócio-organizacional. Tende a ser reforçado pelo prestígio social (a “aura” do cargo). Em muitos lugares, ser apresentado como “doutor” denota certo prestígio e faz as pessoas olharem para o apresentado de maneira mais respeitosa. É reforçado pela “altura” que o cargo ocupa numa hierarquia – um general tem muito mais poder do que um tenente; um mestre de obras do que um pedreiro. Coerção, punição ou pressão: É comumente exercido pela capacidade que a pessoa tem de “castigar”. Está vinculado à interpretação de que, se o ocupante não for obedecido, poderá infligir “algo” desagradável a quem está submetido a sua influência, por exemplo: designação de tarefas indesejáveis; repreensões públicas ou particulares; transferências de cargo ou local; retirada de benefícios ou privilégios; relatórios com baixa avaliação; dor física, emocional ou psicológica; aprisionamento etc. Recompensa ou premiação. É usado por meio de mecanismos de compensação direta (bem-estar do recompensado) ou indireta (demonstrações explícitas para a organização ou sociedade). As compensações podem ser de diferentes naturezas: material (melhorias salariais, bonificações, bens etc.); psicológica (premiações, reconhecimento de que “fulano é ótimo funcionário” ou “fulano é gente boa”, confiança declarada etc.); emocional/ afetiva (contato físico, elogios, declarações como “eu gosto de você” etc.); ou física (oferecer tarefas agradáveis, melhorar o ambiente de trabalho etc.). Os aspectos de recompensa e punição estão intimamente ligados, como os lados de uma mesma moeda. Se uma face é boa, a outra também é. Em contrapartida, se um lado for ruim, o outro também será. Para que possam ser utilizados sem manipulação, é necessário que os subordinados hierárquicos saibam especificamente quais são suas responsabilidades e funções e quais são as consequentes recompensas e punições. Informação: É exercido pelo controle de informações ou dados essenciais à execução de tarefas/atividades ou à atualização da estrutura sócio-organizacional. É uma base que se expande na atualidade, pois vivemos numa sociedade dependente de informação e tendemos a supervalorizá-la. MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 93 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO O aspecto de informação pode ser atribuído tanto ao contexto quanto à pessoa. É, de certa maneira, único. Embora a cultura popular diga que informação é poder, o que nos empodera, de fato, é o que fazemos com a informação. Ela tem servido para criar feudos entro das organizações (“o que eu sei não conto”) e acaba, muitas vezes, sendo utilizada para manipulação. Porém, ela não é útil apenas dentro das organizações. Nosso princípio de autoconhecimento está baseado nela. Meu aprimoramento pessoal ou profissional depende de informação e da forma como a processo, interligo-a com minha realidade e a adapto a novos contextos. Sendo assim, informação se adapta tanto ao poder contextual quanto pessoal. A outra fonte é o poder pessoal. Ele é individual, é da pessoa – e somente dela – e está dentro de cada um; não pode ser transferido para outras pessoas e, portanto, não pode ser atribuído nem distribuído a alguém. Está baseado em características de personalidade: no conjunto de experiências e vivências; no autoconhecimento e no desenvolvimento pessoal; na energia vital, nas motivações, na criatividade, na capacidade de enfrentar desafios, na assertividade, na intuição etc. Uma vez que a pessoa o desenvolve, somente ela pode abdicar dele. Como não depende do contexto social, uma pessoa que tem grande poder pessoal pode contribuir com o desenvolvimento do poder em outros indivíduos. Conhecimento: Está baseado na capacidade que se origina do saber e do saber fazer e na capacidade real de agir no mundo com sabedoria e competência. Diplomas e titulações reforçam o poder contextual (formação de nível superior etc.). Relação: Origina-se da capacidade que uma pessoa tem de motivar e envolver outras pessoas em relação a causas, ideais e objetivos comuns. Está estruturado numa confiança recíproca, de respeito pelo outro, de contribuições mútuas e de compartilhamento. Integralidade: Está baseado no ser, na sua congruência (coerência profunda entre o discurso e a prática) e no equilíbrio interno. Caracteriza-se por autoconhecimento, compreensão da natureza humana, capacidade de visualizar um futuro positivo, autoexposição e investimento em seu próprio desenvolvimento. Ainda, podemos identificar outra base: poder presumido, que é o poder delegado a alguém por indícios presumidos. Não é um poder “real”; está no terreno do “eu acho que ele tem”. Qualquer pessoa vestindo farda recebe o tratamento de um militar. Toda pessoa de branco pode entrar em um hospital sem ser questionada. Para um executivo são necessários terno e gravata. Esse poder é circunstancial e deve ser utilizado quando as circunstâncias o exigirem. 94 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO DIA 10 PREPARAÇÃO DAS PRÓXIMAS ETAPAS PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Plano de desenvolvimento pessoal Se o que procuro não está claro, então, o que está claro, passa a ser o que procuro. Responda a cada um dos questionamentos abaixo com honestidade. Não dê respostas rápidas e impulsivas. Reflita sobre a profundidade de cada um dos aspectos e veja se esse planejamento será capaz de gerar compromisso e perseverança. É para valer? Quero levar à prática? Qual é o primeiro passo que vou dar? O que vou fazer? MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 97 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Cabe no meu dia a dia? Eu preciso abandonar algo para dar esse passo? É possível? Como vou fazê-lo? Quais as etapas desses passos? Preciso de preparação anterior? Com quem eu posso contar? Dependo de alguém? O que pode me ajudar? Quais são os pontos críticos? O que/Quem pode me atrapalhar? Como pretendo lidar com isso? 98 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Que desculpas eu tenho para não dar esse passo? Eu sei o que/quanto ele vai me custar? (tempo, dinheiro, emocional)? Meu planejamento tem consistência? Quando vou começá-lo (e terminá-lo)? Como e quando vou avaliá-lo? Como vou fazer para não esquecê-lo? MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 99 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Síntese Individual Aprendizagens 100 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO Decisões PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Grupal Aprendizagens Decisões MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO 101 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO ANOTE AÍ 102 MANUAL DO ALUNO | EMPREENDER NO CAMPO PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO SGAN Quadra 601, Módulo K Ed. Antônio Ernesto de Salvo - 1º andar Brasília - DF - CEP: 70830-903