1 ARTIGO DE REVISÃO 2 CONTRIBUIÇÃO DA AGRICULTURA DE PRECISÃO NO CONTROLE DE 3 PLANTAS DANINHAS 4 Kleber Henrique Santos de Souza1; Lucas Henrique Ribeiro Sobral da Silva2; José Vitor 5 Salvi3. 6 1 7 [email protected] 8 2 9 [email protected] Discente, FATEC “SHUNJI NISHIMURA”, Pompéia- SP, Fone (14)9 9796 2834, Discente, FATEC “SHUNJI NISHIMURA”, Pompéia- SP, Fone (14) 3452 2596, 10 11 12 3 13 RESUMO Eng. Agrônomo, Mestre, Professor Docente, FATEC “SHUNJI NISHIMURA”, PompéiaSP. 14 Geralmente as infestações de plantas daninhas nas lavouras são realizadas levando-se 15 em consideração a infestação média destas invasoras, adotando-se estratégias de manejo de 16 forma homogênea em toda lavoura, sendo que as plantas daninhas não se distribuem 17 uniformemente. A fim de reduzir as infestações de plantas daninhas nas lavouras é 18 recomendado o uso de medidas integradas de controle, dentre essas o controle químico tem-se 19 tornado uma das medidas mais eficazes de controle. O controle químico geralmente é feito de 20 modo extensivo, incluindo áreas relativamente livres de infestação, ou seja, que não 21 necessitariam de aplicações de herbicidas. Visando a diminuição dos problemas ambientais, 22 custos de produção e aumento da produtividade é necessário incorporar no processo de 23 decisão uma tática de controle da infestação a nível mais econômico e de menores riscos 24 ambientais, aplicando herbicidas de forma localizada, onde se observam as infestações e 25 quando a relação custo benefício o justificar. Para atingir este objetivo já funciona um sistema 26 tecnológico de Agricultura de Precisão, composto por sistemas de satélites (GPS), softwares e 27 equipamentos que possam realizar a aplicação localizada para o controle das plantas daninhas. 28 O propósito desta revisão é apresentar a viabilidade do uso dos equipamentos, conceitos 29 utilizados para mapeamento, e a contribuição da Agricultura de Precisão no controle de 30 plantas daninhas. A agricultura de precisão é um sistema de gerenciamento agrícola que 31 cresce no País na medida em que as informações sobre conceitos, técnicas e vantagens 32 chegam ao produtor rural. As tecnologias de AP detectam, monitoram e orientam homens e 1 33 mulheres do campo na gestão da propriedade, para melhorar a produtividade, a preservação 34 do meio ambiente e a renda. 35 Palavras Chave: GPS; Monitoramento; Mecanização 36 37 ABSTRACT 38 Usually the infest of weed plants in the agriculture are made regarding the media infest of 39 those invader plants, adopting strategies of a handling homogeneous way, because the weed 40 plants doesn’t evenly the whole farming. In order to reduce the infest of weed plants in the 41 agriculture is recommended the use of control measures, but the chemical control has became 42 one the most effective ways of control. The chemical control usually is made in an extensive 43 way, including free areas of infests, in other words, it doesn’t need the application of 44 herbicides. Looking for the reduce of environmental problems, the price of production and the 45 increase of production, it’s necessary a strategy of economic control and less environmental 46 problems, applying herbicides in a area where we see the infest and when the cost is 47 applicable. To check this objective, already exist a technologic system called Precision 48 Agriculture, compound satellites systems GPS (global positioning system), softwares and 49 equipments tha can realize the local application to control the weed plants. The purpose of 50 this summary is show viable ways of equipments, concepts and future expectations of the 51 Precision Agriculture to control the weed plants. The Precision Agriculture is a system of 52 agricultural management that grows in the country in the way of the informations gets into the 53 farmer. The technology of Precision Agriculture detect, monitor and advise men and women 54 in the farm to improve productivity, environmental preservation and income. 55 56 Keywords: GPS; Monitoring; Mechanization 2 57 1. INTRODUÇÃO 58 59 Planta daninha é qualquer espécie vegetal que, de alguma forma, interfere 60 negativamente em alguma atividade humana. Essa definição é simples, mas considera a ação 61 entre indivíduos (FONTES et al., 2003). A ciência que trata das plantas daninhas envolve 62 outras áreas do conhecimento, como fitopatologia, fisiologia vegetal, economia, sociologia 63 para desenvolver um programa de manejo o mais eficiente possível. Deve-se atentar para o 64 fato de que a melhor alternativa para controle não deve basear apenas na eficácia, mas no 65 impacto sobre o ambiente e a economia de recursos (FONTES et al., 2003). 66 É bastante conhecida a ação das plantas daninhas, causando enormes prejuízos em 67 relação à qualidade e quantidade de grãos (SILVA et al., 2009). Não sendo devidamente 68 controladas, as plantas daninhas crescem e se tornam cada vez mais competidoras com a 69 cultura em relação à água, à luz solar e aos nutrientes minerais. As plantas daninhas 70 depreciam a qualidade do produto, tanto por dificultar seu desenvolvimento e beneficiamento, 71 quanto por alterar suas características, além de encarecerem as práticas agrícolas e servirem 72 de hospedeiras para pragas e doenças. 73 O manejo de plantas daninhas deve ser feito através do uso de medidas integradas de 74 controle, como as preventivas, culturais, físicas, químicas ou biológicas, a fim de reduzir as 75 infestações no campo. No entanto, o controle químico de plantas daninhas tem se tornado 76 umas das medidas mais eficazes de controle, sendo feito habitualmente de modo extensivo, 77 incluindo áreas relativamente livres de infestação, que não necessitariam de aplicação de 78 herbicidas (VOLL et al., 2001). 79 Para obtenção de maiores produtividades nas culturas é imprescindível a adoção de 80 práticas geradas pela tecnologia de aplicação. Este sucesso está vinculado diretamente, não 81 apenas á escolha do produto adequado, mas também á calibração e á habilidade em manuseá- 82 lo e aplica-lo da melhor forma durante a operação. Contudo, devido ao fato da calibração do 83 equipamento ser efetuada a uma dada pressão e velocidades fixas, a operação não dispõe das 84 mesmas características durante a operação. O mau uso da tecnologia de aplicação de produtos 85 fitossanitários pode acarretar grandes perdas de produtividade ocasionadas pela reincidência 86 de doenças e pragas ou mesmo pelo fato de não ter ocorrido o controle eficaz desejado 87 (GADANHA JUNIOR, 2000). 3 88 A aplicação de agrotóxicos está relacionada a um dos maiores custos de produção 89 agrícola, sendo normalmente aplicadas doses maiores às necessárias, causando danos ao meio 90 ambiente e elevando o custo de produção. (DAINESE et al., 2004 citado por MORAES, 91 PEDRO V. et al.; 2008). 92 O método de aplicação de insumos normalmente utilizado hoje em grandes áreas são 93 entendidas como homogêneas, considerando a necessidade média para a aplicação dos 94 insumos tornando, por exemplo, a mesma formulação e dose aplicável em toda área 95 (EMBRAPA, 2001). Uma técnica de manejo de insumos que está crescendo na última década 96 é a agricultura de precisão, que enfoca a variabilidade espacial e temporal dos requerimentos 97 de aplicação de insumos durante todo o processo produtivo (GOEL et al., 2003). 98 A prática de agricultura de precisão não é um método recente, ela iniciou na Europa 99 decorrente da preocupação ambiental. A legislação de países como Holanda e Dinamarca, 100 estabelece metas para o produtor controlar os níveis de insumos acrescentados ao solo 101 (EMBRAPA, 2001). A agricultura de precisão (AP) funda-se no gerenciamento localizado 102 dos sistemas agrícolas, usando recursos como ferramentas de suporte a decisão e aplicação 103 localizada de insumos, mapeamento os fatores de produção. No contexto econômico, o uso 104 desta tecnologia permite a priorização de investimentos em áreas onde o potencial de 105 produção seja mais efetivo, garantindo maior retorno econômico (ANTUNIASSI et al., 2005). 106 Do ponto de vista ambiental, a racionalização e a redução do uso de insumos devem ser 107 avaliadas como um dos principais benefícios da agricultura de precisão. 108 No contexto histórico, a produtividade das culturas tem sido um dos principais fatores 109 estudados levando em consideração a variabilidade espacial e temporal dos atributos do solo e 110 planta. Alguns métodos e equipamentos estão disponíveis para este propósito, destacando-se 111 monitoramento e o mapeamento da produção em colhedoras automotrizes. Com a chegada da 112 agricultura de precisão se tomou conhecimento de novos conceitos, técnicas e ferramentas. 113 Mas estes conceitos e técnicas ainda estão em fase de desenvolvimento, porem, algumas 114 destas ferramentas são plenamente utilizadas por vários produtores brasileiros (ANTUNIASSI 115 et al., 2008). 116 O conceito de gerenciamento localizado de culturas e solos pode ser estendido para o 117 monitoramento de outras operações que não são necessariamente sobre confecção de mapas 118 de fertilidade de solos, aplicações localizadas de agrotóxicos ou monitoramento de operações 4 119 de colheita, mas também para mapeamento e controle de plantas daninhas, com pulverizações 120 localizadas, através de equipamentos de mapeamento ou de sistemas em tempo real e desta 121 forma racionalizar o uso de agrotóxicos e também minimizar danos ao meio ambiente 122 (MORAES et al., 2008). 123 124 2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA 125 126 Esta revisão tem por objetivo apresentar o estado da arte do uso, as tecnologias 127 disponíveis, os métodos utilizados para mapeamento e as perspectivas futuras da agricultura 128 de precisão no controle de plantas daninhas. 129 130 2.1 EQUIPAMENTOS PARA IMPLANTAÇÃO DA AGRICULTURA DE PRECISÃO 131 132 A partir de 1980 com os diversos avanços tecnológicos, como computadores, satélites, 133 softwares de sistemas de informações geográficas (SIG), sensores e outros conjuntos de 134 ferramentas e técnicas de produção tornaram-se disponíveis para agricultura. Muitos deles 135 tiveram adaptações para o meio rural já que foram idealizados para outros fins 136 (SHIRATSUCHI, 2001) 137 138 2.2 SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL (GPS) 139 140 Um dos requisitos para a aplicação da agricultura de precisão é a utilização de um 141 sistema de posicionamento que permita a localização georreferenciada com precisão 142 suficiente em todos os pontos e porções escolhidas dentro do ambiente agrícola. Um sistema 143 que atende a estes requisitos foi desenvolvido pelo departamento de defesa dos Estados 144 Unidos da América do Norte e recebeu o nome de sistema de posicionamento global. 145 É muito comum chamarmos qualquer sistema de posicionamento de GPS, mas existem 146 diversos tipos de GPS, normalmente classificados pela precisão na localização ou 147 posicionamento. O mais comum e mais barato, é o GPS de navegação, normalmente sem 5 148 correção nenhuma e proporciona precisão entre 5 a 10 metros (BAIO, 2003). Esta precisão é 149 suficiente para algumas aplicações agrícolas, ou na agricultura de precisão, como no 150 mapeamento da fertilidade do solo ou no mapeamento da produtividade da cultura utilizando 151 instrumentação na colhedora. 152 Na agricultura, outros três tipos mais comuns de sistemas de posicionamento são o 153 DGPS (correção via satélite, submétrico), GPS absoluto com correção de algoritmo (também 154 submétrico, mas possui uma degradação da precisão em relação ao tempo, mas funciona 155 muito bem para direcionamento manual) e o RTK (“Real Time Kinematic”). Claro que 156 dependendo da precisão desejada para uma determinada aplicação na agricultura é necessária 157 uma ou outra tecnologia de correção dos erros. Para se obter uma maior precisão podemos 158 utilizar o DGPS ou o RTK. 159 O DGPS (Sistema de Posicionamento Global Diferencial baseia-se na suposição de 160 que o erro na determinação de um ponto é semelhante para todos os receptores situados em 161 um raio de até centenas de quilômetros). A eliminação desse erro permite que o usuário 162 reduza significativamente o erro total presente. Neste sistema, um receptor GPS base é 163 instalado em um local georreferenciada. Isto permite conhecer a diferença entre a posição 164 obtida através do receptor de GPS base e a posição real do equipamento, possibilitando a 165 correção diferencial do erro. 166 A técnica de posicionamento RTK é baseada na solução da portadora dos sinais 167 transmitidos pelos sistemas globais de navegação por satélites GPS, Glonass e Galileo, este 168 último ainda em fase de implantação. Uma estação de referência provê correções instantâneas 169 para estações móveis, o que faz com que a precisão obtida chegue ao nível centimétrico. A 170 estação base retransmite a fase da portadora que ela mediu, e as unidades móveis comparam 171 suas próprias medidas da fase com a recebida da estação de referência. Isto permite que as 172 estações móveis calculem suas posições relativas com precisão milimétrica, ao mesmo tempo 173 em que suas posições relativas absolutas são relacionadas com as coordenadas da estação 174 base. Esta técnica exige a disponibilidade de pelo menos uma estação de referência, com as 175 coordenadas conhecidas e dotada de um receptor GPS e um rádio-modem transmissor. A 176 estação gera e transmite as correções diferenciais para as estações móveis, que usam os dados 177 para determinar precisamente suas posições. 178 6 179 2.3 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG) 180 181 Os sistemas de informações geográficas (SIG) possibilita a armazenagem, 182 processamento, análise e sintetização de dados relativos á variabilidade espacial. Na medida 183 em que os dados são coletados, cada parâmetro pode ser tratado como uma camada separada 184 de informação. O SIG disponibliza a possibilidade de se executar operações aritméticas e 185 lógicas por meio da sobreposição de informações contidas em camadas distintas. Cada 186 conjunto de dados é agrupado em mapas, como por exemplo, o mapa da fertilidade do solo, 187 pragas, plantas daninhas, doenças, etc. e assim pode ser feitas comparações entre vários 188 mapas, possibilitando deste jeito o melhor entendimento do sistema de produção agrícola 189 (SHIRATSUCHI, 2001). 190 O SIG atualmente é a principal ferramenta utilizada para entendimento dos dados de 191 distribuição espacial com grande número de informações, elaborando mapas de cada atributo, 192 analisando e correlacionando-os. 193 194 2.4 APLICAÇÃO LOCALIZADA DE INSUMOS 195 196 Devido á grande variabilidade espacial e ao comportamento contagioso das plantas 197 daninhas, alguns estudos já foram conduzidos com aplicações localizadas de herbicidas no 198 intuito de melhorar a eficiência das aplicações (TIAN et al.,1999). 199 A aplicação localizada compreende três etapas: Coleta de dados (mapeamento), 200 interpretação dos mapas (sistemas para suporte a decisão) e aplicação localizada 201 (ANTUNIASSI et al., 2008). Este tipo de aplicação localizada necessita de um mapeamento 202 prévio das plantas daninhas, gerando mapas da distribuição destas, possibilitando a confecção 203 de mapas de tratamento que serão usados para o controle e acionamento dos pulverizadores 204 dotados de GPS e softwares específicos que farão a leitura de onde aplicar, quanto aplicar e 205 que produto ou mistura de produtos utilizarem naquele local (STAFFORD & MILLER, 1996, 206 GERARD et al., 1999 citado por SHIRATSUCHI, 2001). 207 Segundo Stafford & Miller (1996) as aplicações localizadas podem ser realizadas de 208 duas maneiras: (i) Baseada em mapas de distribuição das plantas daninhas na área de 209 produção, ou seja, mapas de tratamentos e baseado nestes mapas é gerado um planejamento 7 210 para posterior aplicação do herbicida na área e (ii) através de sistemas de detecção em tempo 211 real (Real Time), que consiste na pulverização logo após a detecção das plantas daninhas em 212 uma mesma operação. 213 O mapeamento de plantas daninhas também pode ser realizado com técnicas de 214 sensoriamento remoto. Fotografias e videografias aéreas são utilizadas para delimitação das 215 áreas de ocorrência das plantas daninhas em campos cultivados ou em pousio. As câmeras, 216 digitais ou analógicas, podem ser instaladas nas mais diversas plataformas, como avião, 217 balões, ou aeromodelos radio-controlados (ANTUNIASSI, 1998). As imagens também podem 218 ser obtidas pelo uso de câmeras digitais instaladas em veículos que circulam sobre o campo a 219 ser mapeado (CRISTENSEN et al., 1994). Estas imagens são processadas para elaboração dos 220 mapas de plantas daninhas. 221 222 2.5 MÉTODOS PARA MAPEAMENTO DE PLANTAS DANINHAS 223 224 Os dados requeridos para a geração dos mapas de plantas daninhas e posterior criação 225 dos mapas de prescrição, podem ser derivados do caminhamento pelo contorno das 226 infestações, fotografia aérea, dados de anos anteriores, sensoriamento remoto, amostragem 227 sistemática, registro das plantas daninhas durante a colheita ou durante os tratos culturais, 228 características do solo e da experiência do agricultor (NORDMEYER et al., 1997). 229 Atualmente, a tomada de decisão de controle de plantas daninhas, baseia-se em 230 avaliações visuais da necessidade de controle (VOLL, et al., 2003). Entretanto, a falta de 231 padrão dessas avaliações visuais é uma barreira para o controle das plantas daninhas. De 232 acordo com estudos realizados, constata-se que não ocorre de modo uniforme a infestação de 233 plantas daninhas nas áreas agrícolas, ocorrendo geralmente em “reboleiras” com infestações 234 de populações diferentes. (SHIRATSUCHI, 2001; CHRISTENSEN, et al., 2003; 235 SHIRATSUCHI et al., 2005 citado por MORAES, 2008). 236 A habilidade de descrever e mapear a distribuição espacial das plantas daninhas é o 237 primeiro passo para a determinação da melhor metodologia para a aplicação localizada de 238 herbicidas (BAIO & BALASTREIRE, 2001; GARIBAY et al., 2001 citado por MORAES, 239 2008). 8 240 No mapeamento de plantas daninhas, deve se utilizar uma metodologia que 241 proporcione um mapeamento rápido e simples, por conta do dinamismo das suas populações. 242 A aplicação deve ser feita posteriormente ao mapeamento e deve ser localizada, de acordo 243 com o período ideal para a aplicação, respeitando o momento adequado da execução do 244 controle das plantas daninhas. 245 Por outro lado, devido ao fator de escala econômica, deve ser uma metodologia que 246 possa ser aplicada em áreas extensas (BALASTREIRE & BAIO, 2001). Assim, o 247 mapeamento, em relação à aplicação do herbicida, pode ser prévio ou em tempo real. 248 Para que haja uma melhor metodologia para a aplicação localizada de herbicidas, é 249 imprescindível que o mapeamento seja feito de forma correta e criteriosa a fim de detalhar a 250 distribuição espacial dessas plantas, para o futuro controle localizado (BAIO & 251 BALASTREIRE, 2001; GARIBAY et al., 2001). 252 A habilidade de se descrever e mapear a distribuição espacial das plantas daninhas é o 253 primeiro passo para o estudo da variabilidade espacial das mesmas e da determinação da 254 melhor metodologia para a aplicação localizada de defensivos, de acordo com a agricultura de 255 precisão. 256 257 2.6 MAPEAMENTO PRÉVIO 258 259 O mapeamento prévio da infestação (reboleiras) de plantas daninhas pode ser 260 realizado durante a colheita da cultura (SHIRATSUCHI et al., 2004). Durante o deslocamento 261 da colhedora, equipada com monitor de produtividade e GPS, o operador faz marcações 262 quando entra e sai das “reboleiras” de plantas daninhas, gerando um mapa de infestação da 263 área (SHIRATSUCHI, 2001). 264 265 266 267 9 268 Figura 1. Vista de reboleira de alta infestação de capim colonião 269 270 Fonte: Shiratsuchi, L.S.I; Molin, J.P.II; Christoffoleti, P.J.III 271 De acordo com (BALASTREIRE & BAIO, 2001) esse método de mapeamento é o 272 mais utilizado atualmente, pois aproveita a operação de colheita para realizar o mapeamento. 273 O mapeamento das plantas daninhas também pode ser feito através de veículos, como motos e 274 quadriciclos, equipamento com DGPS e monitores de mapeamento, marcando o contorno da 275 infestação e marcando no monitor. 276 Outro método utilizado na obtenção de mapas de infestações de plantas daninhas é 277 realizado através de imagem de satélites, balões, aeronaves tripuladas, ou não tripuladas 278 (VANT), equipados com câmeras. Esse processo consiste no processamento da imagem 279 digital multiespectral obtida, mostrando a diferença entre as plantas daninhas e a plantas das 280 culturas. Dados espectrais de ramos e folhas de várias culturas e plantas daninhas foram 281 estudados utilizando espectrômetro, que por meio de dados de comprimento de onda e 282 sensores óticos formam índices baseados na coloração e contribuem para o modelo de 283 classificação para detecção de plantas daninhas. Alguns autores descrevem que o uso de 284 dados espectrais de culturas e plantas daninhas utilizando espectrômetro, onde os 285 comprimentos de onda serviram como bases para diferenciar cultura da planta daninha, 286 mostraram que o sensor identificou trigo, solo ou plantas daninhas, com taxas de classificação 287 de 100, 100, ou 72%, respectivamente. 10 288 As fotografias aéreas compuseram um mosaico aerofotogramétrico que foi 289 georeferenciado e classificado, gerando um mapa de distribuição de plantas daninhas com 290 exatidão de 88% (VILELA et al., 2006). 291 O mapeamento também pode ser realizado também pelo método de Krigagem, porém 292 esse método é muito demorado e trabalhoso para ser realizado em grandes áreas. Esse método 293 consiste na divisão da área agrícola em pequenas células de amostragem georeferenciadas, 294 onde são feitas amostragens metódicas sobre a população de plantas daninhas, gerando assim 295 uma amostra que represente uma subárea. Posteriormente convertidas em um mapa de 296 infestação de plantas daninhas (SHIRATSUCHI, 2001). 297 298 2.7 MAPEAMENTOS EM TEMPO REAL 299 300 Na aplicação localizada em tempo real, a pulverização é baseada em sensores 301 acoplados ao pulverizador que detectam a planta daninha, acionando a pulverização 302 (ANTUNIASSI, 2008 citado por MORAES, 2008). Como vantagem, apresenta agilidade na 303 aplicação do herbicida, não necessitando de mapeamento prévio e possui facilidade de 304 mapeamento para planejamento de futuras aplicações. 305 As limitações do método consistem de insuficiente sensibilidade dos sensores, alto 306 custo de equipamentos e necessidade de constante calibração em função das variações das 307 características das superfícies de aplicação. 308 O princípio da refletância espectral se baseia na luz vermelha que é absorvida pela 309 clorofila da planta em contraste com a proporção de luz infravermelha próximo que é refletida 310 (SCOTFORD & MILLER, 2005). Técnicas de refletâncias espectrais podem ser utilizadas 311 para detecção e identificação de plantas daninhas, e com isso diminuir potencialmente o uso 312 de herbicidas (SCOTFORD & MILLER, 2005). Um sistema em tempo real, para distinguir 313 cultura de plantas daninhas, baseado em reflexo multi-espectrográfico juntamente com uma 314 imagem espectrográfica foi descrito por FEYAERTS & GOOL (2001). 315 Em condições de campo, a metodologia do reflexo multi-espectrográfico com imagem 316 espectrográfica, classificou corretamente 80% da cultura e 91% de plantas daninhas, 317 reduzindo o uso em até 90% na dose herbicida. Câmeras digitais podem ser utilizadas em 11 318 conjunto com GPS, em processos de “crop scouting” para ajudar em diagnósticos e no manejo 319 de áreas (REETZ Jr., 1998 citado por MORAES, 2008). 320 321 322 323 324 Figura 2. Veiculo Aéreo Não Tripulado (VANT), com câmera embarcada Fonte: aseab.eng.br Figura 3. Equipe testa VANT em área da fazenda de Eucaliptos da Fibria; equipamento fotografa plantação. 325 326 Fonte: brazilianspace.blogspot.com 12 327 As principais características destes sistemas são a reprodutividade, a possibilidade de 328 se operar em praticamente em todo o espectro de radiações eletromagnéticas e a capacidade 329 de medir objetivamente a cor dos objetos (MARQUES FILHO & VIEIRA NETO, 1999). 330 Esses sistemas se constituem basicamente de uma câmera conectada a um computador por 331 meio de uma placa de aquisição de vídeo e de programas computacionais específicos de 332 processamento de imagens (SENA Jr. et al., 2003). 333 A utilização de visão computadorizada para estipular automaticamente a população de 334 plantas da cultura e de plantas daninhas é outro método que pode ser utilizado, onde as 335 imagens são adquiridas com uso de câmara de vídeo acoplada a um trator ou outra máquina, 336 possibilitando o mapeamento em tempo real no campo (TILLETT et al., 2001 citado por 337 MORAES, 2008). Um sistema de real-time com câmara de iluminação, criado para controlar 338 plantas daninhas em algodão, foi capaz de diferenciar as plantas daninhas das plantas de 339 algodão e possibilitou realizar uma única aplicação herbicida. O sistema aplicou de forma 340 correta em 88.8% das plantas daninhas e não aplicou em 78.7% das plantas de algodão na 341 velocidade de 0.45 m s-1 (LAMM et al., 2002 citado por MORAES, 2008). 342 Um pulverizador com sensores e imagens múltiplas de vídeo, foi desenvolvido e 343 testado, com a finalidade de calcular a população e o tamanho das plantas daninhas para 344 realizar a aplicação localizada do herbicida, e assim reduzir a aplicação na cultura do milho e 345 soja. Com o sistema, foi reduzida em 48% a aplicação do herbicida nessas culturas (TIAN et 346 al., 1999). Por meio de um pulverizador com GPS embarcado para aplicação especifica de 347 herbicida, pode-se em quatro anos economizar em média 54% do uso de herbicida. A 348 economia de herbicida foi fortemente dependente da cultura e ano. As economias eram de 349 78% em milho, 90% em cereais de inverno e 36% em beterraba açucareira. No caso de 350 plantas daninhas dicotiledôneas, foram economizadas 41% em beterraba açucareira, 60% em 351 cereais de inverno e 11% em milho (TIMMERMANN et al., 2003). 352 353 354 355 356 13 357 Figura 4. Aplicação em tempo real de herbicida. 358 359 Fonte: www.uagro.com.br 360 Técnicas de visão computadorizadas oferecem a vantagem de possibilitar análise da 361 cultura em uma simples escala de plantas. ANDERSEN et al. (2005) citado por Moraes 362 (2008) investigaram o uso potencial da visão estéreo binocular tridimensional para 363 diagnóstico de plantas individuais e estimação de atributos geométricos como estatura de 364 plantas e área foliar e em condições de laboratório testes foram realizados com plântulas de 365 trigo e os resultados exibem que estatura e área foliar das plantas podem ser estipuladas pelo 366 método proposto. A detecção de espécies de plantas daninhas em soja por meio de imagens 367 digitais multiespectral foi utilizada por GIBSON et al. (2004) citado por Moraes (2008) se 368 baseou em dois critérios: presença ou ausência de plantas daninhas e identificação individual 369 da espécie. De acordo com o estudo, esse método é promissor e há uma interação melhor 370 quando não se precisa de controle especifico para cada tipo de planta daninha. O 371 sensoriamento remoto é uma técnica promissora para identificar e mapear plantas daninhas e 372 culturas e, potencialmente ofertar uma solução no manejo de plantas daninhas. A utilização de 373 imagens de satélites permitiu localizar áreas com infestação de plantas aquáticas 374 superficialmente e submersas (VELINI et al., 2006 citado por MORAES, 2008). A 375 metodologia de mapeamento de plantas daninhas, através de aeromodelos vem mostrando ser 376 importante em processos de tomada de decisão, devido principalmente à redução de custos, 377 trânsito de máquinas, compactação de solo e impacto com agrotóxicos no meio ambiente. 14 378 379 2.8 CORRELAÇÃO ENTRE MAPAS DE PLANTAS DANINHAS E ATRIBUTOS DO SOLO 380 381 382 Segundo JOHNSON (1997) o grau da variabilidade espacial e temporal das plantas daninhas são resultados de diversas interações entre estas plantas e o meio ambiente. 383 Hauster & Nordmeyer (1995) observaram uma estreita correlação entre o aumento do 384 nível de fertilidade do solo e o aumento da ocorrência das espécies de plantas daninhas 385 estudadas. 386 Quando é observada alguma correlação significativa entre variabilidade espacial de 387 atributos da fertilidade de solo e variabilidade espacial de plantas daninhas os mapas de 388 fertilidade do solo podem ser utilizados para auxiliar na elaboração de mapas de plantas 389 daninhas por técnicas geoestatísticas. Diversos autores tem demonstrado correlações 390 estatisticamente significativas entre estes atributos. (ANDREASEN & STREIBIG, 1991; 391 WALTER et al., 1997; KHAKURAL et al., 1999 e NORDMEYER & DUNKER, 1999). 392 393 394 2.9 TENDENCIAS PARA UTILIZAÇÃO DA AGRICULTURA DE PRECISÃO NO CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS 395 396 A tendência do mercado é de uma rápida evolução tecnológica e redução gradual nos 397 custos dos equipamentos, o que irá garantir no futuro a viabilidade técnica e econômica da 398 utilização em massa destas tecnologias. Neste sentido, observa-se uma tendência clara de 399 crescimento na adoção destas tecnologias no Brasil. O barateamento dos equipamentos, 400 oferecimento gratuito de sinais de correção do erro GPS e uma maior familiarização com a 401 tecnologia têm contribuído para esta tendência. Na medida em que se realizem estudos que 402 integram várias áreas de conhecimento envolvidas surgem equipamentos mais baratos e com 403 tecnologia compatível com as importadas, garantindo menor custo. 404 A agricultura de precisão é um método promissor, e que já vem sendo adotado por 405 alguns produtores. A utilização racional de insumos e a redução dos custos de produção são 406 os principais estímulos ao uso desta tecnologia. Já existem diversos equipamentos de grande 407 porte disponíveis no mercado brasileiro para a aplicação localizada, entretanto, devido ao 408 elevado custo, sua utilização tem sido restrita aos prestadores de serviços. 15 409 Parcerias e consórcios de empresas públicas e privadas, com envolvimento de 410 instituições de pesquisas e produtores, estão sendo a melhor forma de gerar avanços com a 411 agricultura de precisão no Brasil. 412 A tecnologia para aplicação localizada está praticamente dominada, mas ainda há 413 termos a serem desenvolvidos para o controle de plantas daninhas, como metodologias e 414 equipamentos, pois ainda há uma grande dificuldade para realização prática de alguns 415 métodos de mapeamento (SHIRATSUCHI, 2001), sendo necessário o aprimoramento destas 416 técnicas para que sua completa viabilidade seja possível. 417 Qiu et al (1998) desenvolveram uma estratégia para o controle de plantas daninhas 418 baseada nas propriedades dos solos, competição de plantas daninhas e potencial produtivo do 419 campo, utilizando a aplicação localizada de defensivos a razões variáveis. O potencial 420 econômico desta técnica pode ser atingido pela redução ou eliminação do herbicida nos locais 421 com baixo teor de matéria orgânica ou nos locais onde o controle de plantas daninhas não 422 seja um problema histórico. 423 424 3. CONCLUSÕES 425 426 A agricultura de precisão é uma alternativa a agricultura tradicional, que atualmente 427 provoca impactos ambientais e custos desnecessários. Entretanto, devido ao elevado custo de 428 implantação, a falta de metodologias e de pessoas capacitadas são os principais entraves que 429 limitam sua expansão, desta forma a agricultura de precisão deverá ser iniciada realizando 430 uma crítica objetiva da evolução tecnológica, considerações teóricas sobre os métodos de 431 levantamentos das infestações de plantas daninhas, assim como seu uso prático dentro da 432 lavoura. 433 434 4. REFERÊNCIAS 435 436 437 438 ANTUNIASSI, ULISSES R., et al. Agricultura de Precisão. 2008. Disponível em <http://www.cnpa.embrapa.br/produtos/algodao/publicacoes/cba6/palestras/1622.pdf> Acessado em 20/11/2013 às 16:35. 16 439 440 ANDREASSEN, C.; STREIBIG, J.C. Soil properties affecting the distribuition of 37 weed species in Danish fields. Weed Research , v.31, n.4, p-181-187, Aug. 1991. 441 442 443 BALASTREIRE, L.A.; BAIO, F.H.R. Avaliação de uma metodologia pratica para o mapeamento de plantas daninhas. Revista Brasileira Engenharia Agrícola Ambiental, v.5, n.2, p.349-352, 2001. 444 445 446 DAINESE, R.C. et al. Avaliação da incidência de plantas invasoras por meio de segmentação de imagens e redes neurais. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE AP, 2004, Piracicaba/SP: ESALQ/USP, 2004, 14 p. 447 448 EMBRAPA, 2001 - Disponível em: <www.portaldoagronegocio.com.br> Acessado em: 08/11/2013 às 15:00. 449 450 FEYAERTS, F.; GOOL L.V. Multi-spectral vision system for weed detection. Pattern Recognition Letters, v.22, n.6-7, p.667- 674, 2001. 451 452 453 FONTES, JOSÉ et al. Manejo Integrado de Plantas Daninhas. Planaltina-DF. Embrapa, 2003.Disponivel no Site <http://www.lpv.esalq.usp.br/lpv671/4%20-%20Leitura%2010%20%20metodos%20de%20controle1.pdf> Acessado em 12/10/2013 às 16:00. 454 455 GARIBAY, S.V. et al. Extent and implications of weed spatial variability in arable crop fields. Plant Production Science, v.4, n.4, p.259-269, 2001. 456 457 458 GOEL, P.K. et al. Potential of airborne hyper spectral remote sensing to detect nitrogen deficiency and weed infestation in corn. Computers and Electronics in Agriculture, v.38, n.2, p.99-124, 2003. 459 460 JOHNSON, G.A.; CARDINA, J.; MORTENSEN, D.A. Site specific weed management: current. Madson: ASA-CSSA-SSSA, 1997. Cap. 7, p.131-147. 461 462 MARQUES FILHO, O.; VIEIRA NETO, H. Processamento digital de imagens. Rio de Janeiro: Brasport, 1999, p. 406. 463 464 MORAES, PEDRO V. D. de, et al. Agricultura de precisão no controle de plantas daninhas. Revista da FZVA. Uruguaiana-SP v.15, n.1, p. 01-14. 2008. 465 466 467 NORDMEYER, H., HÃUSLER, A. NIEMANN, P. Patchy weed control as na approach in precision farming. In: Precision agricultura’97, Vol. I: Technology, IT and Management. Bios Scientific Publishers, SCI, Warwick. p.307-14. 1997. 468 469 470 QIU, W.; WATKINS, G.A.; SOBOLIK, C.J.; SHEARER, S.A. A feasibity study of a direct injection for variable rate herbicide application. Transaction of the ASAE , v.41, n.2, p.291-299, Mar./ Apr.1998. 471 472 SCOTFORD, I.M.; MILLER, P.C.H. Applications of spectral techniques in northern European cereal production: a review. Biosystems Engineering, v.90, n.3, p.235-250, 2005. 473 474 475 SENA Jr., D.G. et al. Avaliação de métodos automáticos de limiarização para imagens de plantas de milho atacadas por Spodoptera frugiperda. Revista Brasileira Engenharia Agrícola Ambiental, v.7, n.2, p.359-366, 2003. 476 477 SHIRATSUCHI, Luciano S. Mapeamento da variabilidade das plantas daninhas com utilização das ferramentas de agricultura de precisão. Piracicaba-SP, 2001. 17 478 479 480 481 482 SHIRATSUCHI, L.S.; MOLIN, J.P.; CHRISTOFFOLETI, P.J. Mapeamento da distribuição espacial da infestação de Panicum maximum durante a colheita da cultura de milho. Planta Daninha, Viçosa-MG, v.22, n.2, p.269-274, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-83582004000200014> Acessado em 25/01/2014. 483 484 485 STAFFORD, J.V.; MILLER, P.C.H. Spatially variable treatment of weed patches. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON PRECISION AGRICULTURE, 3., Minneapolis, 1996. Proccedings. Wisconsin: ASA, CSSA, SSSA, 1996. p.465-474. 486 487 TIAN, L.; REID, J.F.; HUMMEL, J.W. Development of a precision sprayer for sitespecific management. Transacrion of the ASAE, v.42, n.4, p. 893-900, 1999. 488 489 TIMMERMANN, C. et al. The economic impact of site-specific weed control. Plant Production Science, v.4, n.3, p.249-260, 2003. 490 491 492 VOLL, E.; TORRES, E.; BRIGHENTI, A. M.; GAZZIERO, D. L. P. Dinâmica do banco de sementes de plantas daninhas sob diferentes sistemas de manejo de solo. Viçosa- MG, v. 19, n. 2, p. 171-178, 2001. 493 494 VOLL, E. et al. Amostragem do banco de sementes da flora emergente de plantas daninhas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.38, n.2, p.211-218, 2003. 495 496 497 498 VILELA, M.F. et al. Mapeamento da distribuição espacial de plantas daninhas no sistema milho-soja por meio de fotografias aéreas não convencionais. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS, 25, 2006, Brasília,DF. Embrapa Cerrado, 2006. p.4. 18