6 Polícia - [email protected] O Estado do Maranhão - São Luís, 22 de maio de 2013 - quarta-feira Mulher de Fábio Brasil estaria na lista para ser morta, diz MP Relatório assinado pelo promotor Luis Carlos Duarte, divulgado ontem pelo jornalista Marco D’Eça em seu blog, informa que os autores da morte de Décio Sá pretendiam eliminar a mulher do empresário, assassinado no Piauí D epois de publicar com exclusividade parte do relatório do Ministério Público estadual (MP) que trata do grau de participação do advogado Ronaldo Ribeiro na trama que resultou no assassinato do jornalista Décio Sá, o jornalista Marco D’Eça divulgou ontem em seu blog (marcoaureliodeca.com.br) outro trecho do documento que revela que a companheira do empresário Fábio Brasil, assassinado em Teresina, Patrícia Gracielle, também deveria ter sido morta. A inclusão da mulher no plano da quadrilha, segundo o MP, foi constatada em uma conversa entre Gláucio Carvalho e Júnior Bolinha, gravada pelo próprio agiota. Ainda conforme o relatório, assinado pelo promotor de Justiça da 1ª Promotoria do Tribunal do Júri, Luis Carlos Duarte, a gravação teria sido feita no escritório de Ronaldo Ribeiro, no bairro Ponta d’Areia, local onde a Polícia Civil apreendeu 10 volumes de documentos, em maio de 2012, para apuração de crimes de agiotagem no estado. No endere- Arquivo ço, Gláucio Carvalho teria usado seu iPhone para gravar a conversa com Júnior Bolinha, aparelho que foi apreendido durante a Operação Detonando, realizada em junho do ano passado em São Luís e no interior. Na transcrição do áudio, feita pelos peritos criminais Araney Rabelo da Costa e Lúcio Flávio Cavalcante, ambos do Instituto de Criminalística (Icrim) do Maranhão, teria ficado claro que Patrícia Gracielle só não morreu porque não estava em companhia do marido, na manhã do dia 31 de março de 2012, data em que Fábio dos Santos Brasil Filho, o Fábio Brasil, foi executado com três tiros na cabeça na capital piauiense por Jhonatan de Sousa Silva, o mesmo assassino que 23 dias depois matou Décio Sá. No relatório do MP, Gláucio Carvalho se afigura, portanto, como cúmplice de Júnior Bolinha. Para identificar o agiota acusado de encomendar e financiar a morte do jornalista e o principal intermediador do crime, a perícia maranhense usa os códigos H1 (Gláucio Carvalho) e H2 (Júnior Bolinha). Em um dos diálogos, constado no laudo pericial nº 148/2012, a polícia observa: “H2 Mais Sexta-feira (17), o advogado Adriano Cunha, que faz a defesa de Gláucio Carvalho, chegou a solicitar - após o término das audiências de instrução arroladas pela defesa de outros três réus no processo que apura a morte de Décio Sá - que o perito criminal Ricardo Molina fosse ouvido no Salão do Júri do Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau, como forma de acrescentar elementos que reforçassem a inocência do seu cliente. O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Márcio Brandão, porém, indeferiu o pedido da defesa do agiota, justificando que, caso o advogado julgasse realmente importante a palavra do perito, que o inquirisse no período pré-estabelecido as oitivas das testemunhas arroladas pela defesa dos réus. Fábio Brasil foi morto dentro de seu carro no centro de Teresina – (ininteligível) os meninos mataram ela debaixo de…;H1 – Eu disse pra tu não fazer porra,tu é doido,oh o comentário aqui só pra tu ver;H2 – o menino na… (ininteligível);H1 – Rapaz tu é louco (ininteligível) eu te disse,cara (ininteligível) não disse, Júnior, se eu fizer esse negócio tem que fazer outro, mas eu não (ininteligível) te falei, tu é teimoso,deixa eu te falar”. Não satisfeito com a transcrição da polícia, Gláucio Alencar resolveu contratar o perito Ricardo Molina na esperança de que a captação dos trechos obscuros o ajudasse a provar sua inocência. Entretanto, o trabalho do Laboratório de Perícias Prof. Dr. Ricardo Molina de Figueiredo, dotado dos mais avançados equipamentos no estado de São Paulo, apesar de “clarear” o que os peritos não captaram, pouco se diferenciou do trabalho do Icrim-MA, mas mostrou o diálogo entre os acusados sobre a mulher de Fábio Brasil. Para o agiota e o intermediador, Molina Divulgação usa os códigos 1 e 2. “2 – os meninos não mataram… os meninos não mataram ela [2/3]…;1 – Eu disse pra tu não fazer, porra… tu é doido!… aqui, o comentário que tem aqui,só pra tu ver…; 2 – os meninos não mataram ela porque ela não estava (doida) (…) (sic); 1 – ah, mas tu é louco, de onde você tirou isso?… porra, eu te disse…; 2 – quando tem que fazer (uma coisa)…(sic); 1 – não disse,não disse… se… se… se eu fizesse esse negócio, por que fazer ou não…mas não quero fazer,eu te falei… porra,tu é teimoso!…”, dialogaram Gláucio Carvalho e Júnior Bolinha, cujas defesas se movimentam. PM prende bando que pretendia criar facção criminosa no Maranhão Quadrilha articulava a criação do PCM, igual ao Primeiro Comando, que atua em São Paulo Jhonny Cantanhede, Kaic Gomes e Handerson Melo Silva, presos pelo assassinato do taxista Filomeno Almeida, no Pindorama Taxista é assassinado ao reagir a assalto no Parque Pindorama Antes de ser atingida com pelos menos três tiros, a vítima conseguiu esfaquear um dos ladrões, que morreu a caminho do hospital; o restante do bando foi preso ontem pela PM Saulo Maclean Da editoria de Polícia Depois de reagir a um assalto a mão armada, na noite de segunda-feira (20), foi assassinado a tiros, no bairro Parque Pindorama, o motorista Filomeno Almeida dos Anjos, o Carioca, de 77 anos, dono de táxi-lotação. A vítima, que morava na Vila Embratel, segundo a Polícia Militar foi assaltada por pelo menos quatro homens. Um deles morreu ao ser esfaqueado pelo taxista. Três foram presos na manhã de ontem, na mesma localidade onde o taxista morava. Ainda de acordo com os policiais do Serviço de Inteligência da PM que prenderam os suspeitos, o assalto foi anunciado por volta das 22h de segunda-feira, depois que a vítima foi contratada pela quadrilha para uma “corrida” até o Parque Pindorama. Ao chegar ao destino pedido pelos bandidos, o motorista foi surpreendido por eles, que lhe apontaram o revólver e exigiram o veículo. Carioca, porém, se recusou a entregar as chaves e entrou em luta corporal com o grupo. “O veículo ficou com as portas crivadas de bala. Pelo menos Mais O taxista Filomeno Almeida dos Anjos, o Carioca, era morador da Rua Vitória Régia, no bairro Vila Embratel, onde amigos e familiares velaram o seu corpo, durante todo o dia de ontem. O sepultamento foi feito no cemitério do Residencial Paraíso, naquela mesma localidade. O caso será investigado pelo delegado Jaligson Alan Freire, titular do 10º Distrito Policial (Bom Jesus), onde será apurada a informação dada pelos assaltantes, de que uma quinta pessoa teria encomendado o roubo do táxi lotação. Na noite de segunda-feira (20), foi registrado ainda o assassinato do jovem Leandro Pereira da Silva, de 19 anos, morto a tiros em sua casa, na localidade conhecida como Matões, área do Turu, onde o caso será investigado no 7º DP. três tiros atingiram a vítima, que morreu no local. Mas antes disso o dono do táxi-lotação ainda conseguiu esfaquear um dos assaltantes, identificado como Ulisses Barros Câmara, de 24 anos, que ainda foi socorrido por seus cúmplices no próprio carro da vítima, mas morreu a caminho do Hospital Municipal Djalma Marques [Socorrão I]”, informou um sargento da guarnição do SI-PM. Logo após o crime, as equipes da PM se dividiram nos trabalhos de busca para prender os autores do latrocínio (roubo seguido de morte). Foram presos na Vila Embratel, Jhonny Kelson Costa Cantanhede, de 21 anos, e Kaic William Gomes, de 20 anos, che- fe do bando. Ali perto, na Vila São Luís, foi preso Handerson Melo Silva, conhecido como Randinho, de 22 anos. Todos são oriundos das respectivas localidades onde foram capturados. Nesse ínterim, foi localizado ainda o veículo da vítima, um Corsa Classic de cor cinza, de placas NXE-0587. “O carro foi abandonado na Rua São Benedito, na Vila Embratel. Presos, os suspeitos confessaram o assalto, mas culparam o bandido que morreu como o autor dos disparos contra o taxista. Além disso, eles disseram que escolheram o carro da vítima porque este tem as características da encomenda da pessoa para quem venderiam o automóvel”, acrescentou o policial militar. Com os suspeitos, a PM apreendeu a arma do crime, um revólver calibre 38, cuja procedência será investigada pela Polícia Civil. A arma foi apreendida e os suspeitos conduzidos ao 10º Distrito Policial (Bom Jesus), onde foram autuados em flagrante pelo crime de latrocínio. A apresentação deles ocorreu à tarde, em entrevista coletiva na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), no bairro Outeiro da Cruz. Segundo informou o secretário Aluísio Mendes, todos são especialistas em assaltos. “Randinho é ex-presidiário e acusado de participação no assalto a uma casa no bairro Parque dos Nobres, no qual um inspetor da Polícia Rodoviária Federal [PRF] foi baleado. Kaic, por sua vez, é considerado chefe da quadrilha, e experiente em crimes desta modalidade na região metropolitana. Graças à ação rápida da PM, conseguimos prendê-los em flagrante e agora pedimos à população que, caso tenha sido vítima de algum deles, que faça o reconhecimento dos suspeitos e comuniquem à Polícia Civil, para fundamentar ainda mais o auto de prisão”, lembrou Mendes. Para os advogados do agiota, um dos elementos que confirmam a inocência de Gláucio Carvalho quanto à morte de Fábio Brasil seria o trecho em que o acusado diz: “1 – isso aqui,sabe o que vai ter que acontecer?… já tou me movimentando com o advogado, por que essa mulher, com certeza,vai falar na delegacia que fui eu que fiz isso aqui, porra…”. Para a polícia, no entanto, os diálogos mostram que Júnior Bolinha teve participação no crime, falando, inclusive, que uma das vítimas havia escapado por não estar no local e que Gláucio Carvalho sabia de tudo, mas nada fez para impedi-lo. O Serviço de Inteligência do 6º, 8º e 9º Batalhões tiraram de circulação, em duas operações, realizadas na madrugada de ontem, nos bairros Vila Conceição e Maiobão, seis pessoas suspeitas de integrar a chamada quadrilha “Bonde dos 40”, uma das mais perigosas por reunir assaltantes, homicidas e traficantes de drogas na Região Metropolitana de São Luís. Segundo já foi confirmado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), o bando tem como um de seus membros, ainda foragido, o filho de um sargento da PM e como objetivo estabelecer no estado uma facção criminosa denominada por eles de “Primeiro Comando do Maranhão (PCM)”. “Trata-se de uma nomenclatura, criada por eles próprios, em alusão à facção criminosa Primeiro Comando da Capital [PCC], estabelecida em São Paulo, porém sem nenhuma fundamentação em nosso estado. O que se tem de concreto, já investigado pela Polícia Civil, é que os integrantes de quadrilhas trabalham com tráfico de drogas na capital e por esse motivo acabam contribuindo para o aumento no número de homicídios, em São Luís. O último cometido por eles vitimou Rogean Santos Rodrigues, de 24 anos, no sábado [18], na Ilhinha”, explicou o secretário Aluísio Mendes. Na sequência das operações policiais, a PM prendeu primeiramente Fábio Bezerra Souza Cortês, conhecido como Paulistinha, de 32 anos, morador no Altos do Calhau; Jarisson Sá Almeida, o Senzala, de 36 anos, morador na Vila Conceição, e Jheykison Pereira da Silva, o Diego, de 19 anos, oriundo do São Raimundo. “Os três foram presos na Vila Conceição, portando 2,5 kg de maconha prensada, cinco petecas de crack, R$ 2.400,00 em espécie, um revólver calibre 38, municiado e 22 cartuchos de escopeta calibre 12”, informou o comandante-geral da PMMA, coronel Franklin Pacheco. A partir da prisão do trio, a PM conseguiu localizar a outra parte do bando, que se encontrava nas imediações do Maiobão. Alysson Pedrosa Santos, o Galego, de 24 anos, morador da Vila Bacanga, Stefanny Liliane Nunes Araújo, de 27 anos, moradora da Vila Passos, e Ronecy Louzeiro Reis, de 30 anos, do Maiobão. “Contra as duas mulheres existem mandados de prisão por envolvimento no tráfico de drogas”, completou o secretário de Segurança Pública, que apresentou ainda porções de maconha e aparelhos celulares apreendidos com esta segunda parte da quadrilha, que chegou a ameaçar a imprensa na sede da SSP. Divulgação Seis bandidos presos ontem no Maiobão e no Altos do Calhau Desaparecida Divulgação Hernandes Aliel Nascimento, morador na Rua Jacinto Maia, está à procura de sua mulher, Roberta Silva dos Santos, que saiu de casa levando o filho do casal, de 1 ano e 8 meses. Ela é dependente química e deve estar perambulando pelas ruas com a criança. Qualquer informação ligar para os telefones 8300-8775 ou 8474-8324.