Com a Famosa lista para a distribuição das casas do Kilamba apresentamse várias leituras Continente 05 de Janeiro de 2013 Os problemas da habitação são transversais e ocupam um lugar cimeiro na vida da juventude em particular, porque eles anseiam ter o primeiro espaço para juntarem a sua família. O mesmo se passa com os casais adultos, que nunca tiveram tecto próprio mesmo depois de terem uma vida em comunhão que também já deu netos. Logo quando se fala de casas, também anseiam fazer o último desejo em deixar uma habitação condigna para os seus. Por isso, quando se falou no projecto da nova centralidade do Kilamba, houve pessoas que não dormiram para se registar, quer na própria cidade quer noutros pontos indicados para inscrição, para tentarem adquirir um apartamento, já que a filosofia era inscrever-se e aguardar pela chamada via correio electrónico para formalizarem o contrato. Conforme estava a ser conduzido o programa, tudo indicava que se estava a esperar pela campanha eleitoral e ela passou e as casas nada. E para surpresa, aventou-se a hipótese de distribuírem as casas para os funcionários públicos pela modalidade da renda resolúvel e uns poucos tiveram tal sorte, pois há ministérios que num universo de 1000 pedidos, foram contemplados 25 funcionários o que deixou todos boquiabertos, pois não se justificava tal atitude uma vez que para pagar renda, é necessário ter um salário ou emprego que lhe sirva de garantia. O pior estava por vir. O Jornal de Angola publicou no dia 20 do corrente mês uma lista que convocava cidadãos, que não se inscreveram a lado nenhum, para assinarem contratos para adquirirem os seus apartamentos no Delta Imobiliária. Isto, não seria surpresa se de entre a lista, não houvesse critérios desconexos tais como: Dos beneficiários, conforme se pode ler na lista, constam músicos, que até onde se sabe, não possuem outra actividade que os habilita a obrigações impostas pela Imobiliária, que é o pagamento de renda e garantias do salário para o efeito. Outro aspecto que ninguém entendeu, foi a distribuição afecta à comunicação social que integra rostos da media estatal com a maioria esmagadora, não se sabendo porque os da privada só os que são bem vistos pelo "regime" já que alguns jornais receberam três, outros um e há os que não foram contemplados com nenhum. Mas a incongruência não acaba por aí, pois há juízos que são proibidos de se faz como os que motivam os médicos e outro pessoal não médico das unidades hospitalares públicas, que até fazem por merecer, porque pertencem à função pública, e com serviço directo aos mais carentes deste país, não tiveram tratamento similar aos médicos da Clínica Multiperfil, que foram os maiores beneficiários desta classe. Nesta lógica, deixa subjacente por exemplo que os médicos do Américo Boavida, Hospital Esperança, Sanatório de Luanda, Josina Machel, ou outras unidades sanitárias públicas são menos importantes que os primeiros. Outra leitura que se faz é: Porquê que o número de médicos habilitados dos mencionados como "outros hospitais" é inferior ao de músicos que participaram na campanha eleitoral? Outra incoerência, na lista em causa não é visível o capítulo dos professores. Estes, por acaso não ganharam o direito de fazer parte da nova cidade que até possui escolas que seria um bom incentivo à classe docente. Ora, como sempre não faltará quem examine este exercício como uma chamada para puxar a brasa à nossa sardinha ou dor de cotovelo por não termos sido contemplados, não. Não é, porque apesar de termos falta de casa como boa parte das instituições que andam nesta corajosa missão, o que nos move é despertar que isto é um fluxo de Development Workshop — CEDOC 01/2013 — 69 tensão, porque frustra as expectativas de muitos que por sinal merecem estar ali e não conseguiram, e por outro atribui vantagens a quem por não ter tal perspectiva, não compreenda o valor que custou a bandeira. E por fim, vêm-se ali nomes de pessoas que até já tiveram acesso a residências em outros projectos habitacionais do Estad