Seqüestro de Carbono - Um Caminho
para Mitigação das Mudanças Climáticas
♦ O que é o efeito estufa?
♦ O que é o efeito estufa?
♦ Os gases componentes do efeito estufa
Contribuição percentual dos diferentes gases-estufa para o aquecimento
global, verificada na década de 1980.
♦ As origens do efeito estufa
♦ O ciclo do Carbono
♦ Os gases causadores do efeito estufa
Concentrações de CO2 na atmosfera medidas em Mauna Loa, Havaí, a
partir de 1958.
♦ As fontes do excesso de CO2
AQUECIMENTO GLOBAL

Aumento da temperatura média da Terra entre 1,4 e 5,8 °C até 2100

Efeitos climáticos extremos
→ enchentes, tempestades, furacões e secas, alterações na variabilidade
de eventos hidrológicos aumento do nível do mar, mudanças no
regime das chuvas, avanço do mar sobre os rios, escassez de água
potável e colocando em risco a vida na terra (ameaça à biodiversidade,
à agricultura, à saúde e bem-estar da população humana)

Os países industrializados são responsáveis por cerca de 71% da
emissão global de CO2. Os países em desenvolvimento, com 80% da
população mundial, produzem aproximadamente 18% da emissão
total
♦ Ritmo de aquecimento do planeta
♦ Ritmo de aquecimento do planeta
Temperaturas médias globais nos últimos mil anos e previsões dos
cientistas participantes do Painel Intergovernamental das Nações
Unidas sobre Mudança Climática (PIMC).
♦ Alternativas
■ Descarbonização
■ Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL)
■ Seqüestro de Carbono
♦ Descarbonização
1.
Viabilidade econômica
→ o preço de liquefação
→ localização de reservatórios seguros para a estocagem
→ impacto ambiental
→ custos de produção, transporte e armazenamento dos
componentes
♦ Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)
→ créditos de carbono
→ aumento da eficiência energética
→ diminuição do uso de combustíveis fósseis
→
potencial fonte
desenvolvimento
de
recursos
para
nações
em
♦ Sequestro de Carbono
■ Tema controverso
→ tentativa de minimizar os efeitos do aquecimento global
→ retirada do CO2 em excesso da atmosfera
♦
O papel da vegetação no seqüestro de
Carbono
→ retirada do CO2 da atmosfera
→ liberação de O2
→ manutenção do equilíbrio bioquímico na atmosfera
♦ O Seqüestro de Carbono
♦
Os prejuízos
desmatamento
ambientais
oriundos
do
→ responsável pelo lançamento anual de aproximadamente 2Gt
de carbono na atmosfera
→ entre 1850 e 1985 o desmatamento foi responsável pelo
lançamento de 100 a l3OGt de carbono na atmosfera
→ os ecossistemas florestais cobrem uma área de 4.1 bilhões de
hectares
→ 42% desse total encontram-se na região tropical
→ o Brasil possui cerca de 10% dessas florestas
♦
Entre 1978 e 1994 a área desmatada na região amazônica passou
de 78 mil Km² para 470 mil Km² → 12% da área florestal original
♦ A relevância da vegetação no balanço hídrico
♦ 40% da vegetação original do cerrado já foi desmatada
♦
A área de remanescente florestal da caatinga dos estados do
nordeste foi reduzida em cerca de 47%
♦
Mata Atlântica → abrangia 17 estados brasileiros, cobrindo
uma área de 1.130.000 Km², tem hoje apenas 9,02% da área
original
CONVENÇÃO-QUADRO SOBRE
MUDANÇA DO CLIMA

Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima – 1988 – Toronto – Canadá

Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima: 09 de maio de 1992, Nova York:
participação de 150 países

Rio 92: adesão de 154 países e Comunidade Européia

Principal meta: estabilização das emissões de gases causadores de efeito estufa,
em níveis que evitem a interferência antrópica perigosa no clima mundial

Princípio da responsabilidade comum, porém diferenciada

Obrigações assumidas: inventários nacionais de emissões de gases de efeito
estufa e ações para mitigá-los, formulação e implementação de programas
nacionais para o controle da mudança do clima, treinamento e conscientização
pública sobre mudança climática, adoção de medidas especiais para limitar a
emissão de gases de efeito estufa
CONVENÇÃO-QUADRO SOBRE
MUDANÇA DO CLIMA

Brasil aderiu à Convenção de Mudanças Climáticas no ano de 1992,
Decreto 001/1994

1999: criação da Comissão Interministerial de Mudança Global do
Clima, formada pelos Ministérios das Relações Exteriores, da
Agricultura, dos Transportes, de Minas e Energia, do Orçamento e
Gestão, do Meio Ambiente, da Ciência e da Tecnologia, do
Desenvolvimento e da Indústria e Comércio e da Casa Civil da
Presidência da República e pelo Gabinete do Ministro de Estado
Extraordinário de Projetos Especiais

Dezembro de 2001: ratificação por 186 Estados
PROTOCOLO DE KYOTO

3ª Convenção das Partes da Convenção de Mudanças do Clima –
COP-3, realizada em dezembro de 1997 em Kyoto, Japão

Quorum mínimo: 55 Partes da Convenção, contabilizando pelo menos
55% das emissões totais de dióxido de carbono emitidas em 1990

O Protocolo foi aberto para assinatura de todas as Partes em 16 de
março de 1998 e acabou entrando em vigor somente em 16 de
fevereiro de 2005, após a entrada da Rússia, que ratificou-o em
novembro de 2004.

O Brasil assinou o Protocolo em 29 de abril de 1998, ratificando-o em
23 de agosto de 2002.

Estados Unidos e Austrália até hoje não ratificaram o Protocolo, mas
estão cumprindo internamente metas de redução dos GEEs com
políticas
próprias.
PROTOCOLO DE KYOTO

Ações básicas: reforma dos setores de energia e transportes,
promoção do uso de fontes energéticas renováveis, eliminação dos
mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da
Convenção, limitação das emissões de metano no gerenciamento de
resíduos e dos sistemas energéticos, proteção das florestas e de
outros sumidouros de carbono

Obrigações criadas pelo Protocolo: aumento da eficiência energética,
proteção de sumidouros e reservatórios, formas sustentáveis de
agricultura e de energia, políticas fiscais que tenham por fim a
redução das emissões de gases de efeito-estufa

Redução de GEE em pelo menos 5% abaixo dos níveis de 1990, entre
os anos de 2008 e 2012

Educação, conscientização púbica e treinamento sobre assuntos do
clima

Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas – FBMC, criado em junho
de 2000
PROTOCOLO DE KYOTO

Ações de redução de GEE: não-doméstica – ações empreendidas por
um país em face de outro, com benefício ambiental substancial
indireto ao país-parte auxiliador; doméstica ações empreendidas por
um país em seu próprio território, com benefício ambiental
substancial direto a si mesmo

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL

Requisitos de elegibilidade (compliance) do MDL: participação
voluntária aprovada por cada Parte envolvida; benefícios reais,
mensuráveis e de longo prazo, relacionados a mitigação do clima, e
reduções de emissões que sejam adicionais às que ocorreriam na
ausência da atividade certificada de projeto
PROTOCOLO DE KYOTO

Compromissos subsidiários ao MDL: viabilização da transferência de
tecnologias mais limpas, ambientalmente seguras e sadias, facilitar
ou financiar a transferência ou acesso a tecnologias, know how,
práticas e processos ambientalmente seguros relativos à mudança do
clima

Certificados de Emissões Reduzidas – CER – Certified Emission
Reductions

A constatação e mensuração das reduções de emissões devem-se dar
por meio de certificação efetuada por entidade operacional designada
pelo órgãos supremo da Convenção, ou seja, Conferência das Partes COP

Aquisição de crédito de carbono no mercado financeiro

Transferência de crédito
Projetos Realizados no Brasil

Projeto de co-geração de energia através do bagaço da cana-de-açúcar
ganhou o apoio da ONU - Bionergia Cogeradora, do Grupo Balbo,
localizada em Sertãozinho, que adotou uma produção ecológica, sendo
o maior produtor mundial de açúcar orgânico, comercializado com a
marca Native

Estudo de Viabilidade de Projeto de Implantação de Florestas
Fixadoras de Carbono: Instituto Ecoplan em parceria com a
UniversidadeFederal do Paraná e com a Ecowood Assessoria
Ambiental através do edital 09/2001 do Fundo Nacional do Meio
Ambiente – Ministério do Meio Ambiente – Governo Federal.
Municípios de General Carneiro e Bituruna, localizados no extremosul do Estado do Paraná, região tradicionalmente conhecida como
"Cinturão da Fome"
Projetos Realizados no Brasil

Reserva da Serra do Itaqui: região de Guaraqueçaba e Antonina
(Paraná): com o apoio técnico da TNC e financeiro da empresa de
energia do Texas, American Electric Power, tem como meta a
recuperação de 7 mil hectares de área degradada e ser uma ação para
combater as mudanças climáticas. Foi iniciado em junho de 2000 e
atualmente conta com 17 funcionários envolvidos na manutenção da
área,
produção
e
plantio
de
mudas.

Projeto de Restauração da Mata Atlântica - Desenvolvido na Reserva
Natural Morro Azul, localizada ao longo da bacia do Rio Cachoeira,
município de Antonina. Com o apoio técnico da TNC e financiado pela
montadora General Motors, o projeto foi iniciado em julho de 2001 e
tem como meta a recuperação de 12 mil hectares e também ser uma
ação
de
combate
às
mudanças
climáticas.
BIODIVERSIDADE E AQUECIMENTO
GLOBAL

A biodiversidade será afetada na medida em que as espécies terão
que se adaptar a novos regimes climáticos, usarão da migração para
procurar locais mais adequados ou mesmo se extinguirão.

O aquecimento global causa a migração de espécies, não só de fauna
como de flora, como vem acontecendo com as florestas boreais, que
avançam sobre o círculo ártico sobrepondo-se à tundra. Algumas
espécies não sobreviverão à migração forçada e às mudanças súbitas
de temperatura, fazendo com que sejam extintas.

A extinção de espécies, tanto vegetais quanto animais, além das
conseqüências graves para o equilíbrio natural, trazem também a
possibilidade da perda dos serviços ecossistêmicos, do patrimônio
genético e dos conhecimentos tradicionais, o que acarreta prejuízos à
saúde, pois muitos medicamentos valiosos para as indústrias
farmacêutica e química perdem-se definitivamente sem ao menos
terem se tornado conhecidos.
BIODIVERSIDADE E AQUECIMENTO
GLOBAL

Junto com esse patrimônio da humanidade, desaparecerá a possível
cura de tantas doenças para as quais os cientistas procuram
princípios ativos em plantas e animais.

A diminuição da biodiversidade também poderá trazer problemas de
segurança alimentar.

As modificações climáticas poderão levar a transtornos nas correntes
marítimas, as quais deixarão de levar nutrientes às costas da
Antártida, prejudicando o crescimento do krill, crustáceo minúsculo
que é a base da cadeia alimentar dos oceanos. Isto poderá levar à
diminuição da biota marinha e à baixa oferta de alimento a
comunidades tradicionalmente consumidoras de pescado e/ou frutos
do mar (NOVACEK e CLELAND, 2000).
BIODIVERSIDADE E AQUECIMENTO
GLOBAL

Grande variedade de animais e plantas sofre redução significativa em
suas populações a cada episódio do El Niño, especialmente durante
as variações verificadas atualmente, cada vez mais severas para o
clima.

Floração, ocorrendo mais cedo devido à elevação das temperaturas,
leva a problemas de adaptação de espécies animais.

As modificações climáticas ocorrem com maior intensidade nas
temperaturas mínimas, que tendem a aumentar mais. Estas
modificações causam nas plantas uma vulnerabilidade maior à
invasão de espécies exóticas e uma menor resistência a secas e
queimadas.

Determinados parasitas podem ter maior incidência com o aumento
das temperaturas, levando à diminuição de espécies ou mesmo sua
extinção.
BIODIVERSIDADE E AQUECIMENTO
GLOBAL
■
Recentemente foram constatadas mortes massivas entre leões, sapos,
pássaros, cães selvagens, caramujos, mexilhões, cegonhas, águias,
corais e diversos tipos de plantas, todas causadas por patógenos.

Fungos e vírus são especialmente sensíveis a mudanças climáticas e
podem rapidamente entrar em crescimento quando a temperatura se
eleva, especialmente se esta elevação for acompanhada de aumento
da umidade.

Os fungos e insetos têm sua atividade aumentada e podem ser
responsáveis pela eliminação de espécies inteiras de árvores. As
verminoses e parasitoses tanto no gado quanto em animais silvestres
também são grandemente aumentadas com as temperaturas mais
altas (HARVELL et al, 2002).
BIODIVERSIDADE E AQUECIMENTO
GLOBAL

24/05/07 - Corais caminham para a extinção nas Filipinas: “Os
cardumes que se alimentam os arrecifes de coral serão prejudicados”

28/05/07 - Aquecimento dos mares leva tartarugas ao Reino Unido:
Um número recorde de tartarugas tropicais chegou ao litoral
britânico, em conseqüência do aumento da temperatura nos mares,
informou neste domingo, 27, o jornal The Sunday Times.

23/05/07 - Temporada de furacões de 2007 será mais forte que o
normal: Há 75% de chance de a temporada de furacões do Atlântico
prevista para ocorrer entre 1º de junho e 30 de novembro deste ano
seja mais forte que o normal. Estão previstas de 13 a 17 tempestades
tropicais, sete a dez furacões, sendo de três a cinco furacões de
grande magnitude.

As previsões são da Agência de Pesquisa Oceânica e Atmosférica dos
Estados Unidos (Noaa)
BIODIVERSIDADE E AQUECIMENTO
GLOBAL

22/05/07 - O herói gelado das mudanças climáticas: tempo urge para
os ursos polares com o derretimento do gelo sob as patas. Restrições
à caça mantiveram estáveis as populações dos animais do Ártico, mas
seu futuro é incerto. No entanto, o risco de extinção o colocaria como
herói da mudança do combate ao aquecimento global nos EUA. Até 25
mil ursos vivem no Ártico - no Canadá, Rússia, Alasca, Groenlândia e
Noruega. Haverá grande redução na calota polar - conta Jon Aars,
especialista nos animais do Instituto Polar Norueguês no fiorde em
Longyearbyen, a mil km do Pólo Norte.

Muitos estudos científicos projetam que o aquecimento global
derreterá a calota polar no verão. Previsões estimam o fim total do
gelo para depois de 2100. O terreno preferido para a caça pelos ursos
é a beira do gelo, onde usam o pêlo branco como camuflagem para
capturar focas. Sem gelo, não há como pegar focas - resume Sarah
James, do Conselho Internacional Gwich'in.
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Sequestro de Carbono