11 popular catarinense > imbituba > 21 a 27 -dezembro - 2012 Maria Aparecida Pamato Santana Revivendo a História Imbitubense FESTAS DE FIM DE ANO NATAL - A MAIS IMPORTANTE COMEMORAÇÃO. Sem referências à data do nascimento de Jesus na Bíblia, autoridades cristãs fizeram a escolha de 25 de dezembro para festejar a vinda do Messias. Só mais tarde, esta data foi reconhecida pelo Papa Julius (337 – 352). Segundo historiadores, a primeira comemoração cristã do Natal aconteceu no ano 354. A data escolhida resultou de uma festa pagã, “Natalis Solis Invict” (Nascimento do Sol Invencível ou “Solstício de Inverno”), época em que o sol passa por sua maior declinação boreal, e durante a qual cessa de se afastar do equador. (Aurélio – edição especial). Festa popularmente cultivada em Roma, e dedicada ao deus persa “Mitra”. Acontecia próximo ao dia 25 de dezembro, sendo então cristianizada. A Igreja Católica passou a celebrá-la a partir do terceiro século d.C., objetivando a conversão dos povos pagãos, dominados pelo Império Romano. E assim, o dia 25 de dezembro passou a ser o centro dos feriados de fim de ano, a comemoração do nascimento do Menino Jesus. Entretanto, o Natal era e continua sendo motivo de festejos também pelos não- cristãos. No mundo todo, tornouse costume a troca de presentes, de cartões, de discos com músicas natalinas. (Lembro-me de que tínhamos muitos desses discos em casa, e que ouvíamos as canções durante o dia); Ceia de Natal; e as comemorações cristãs nas igrejas. Para os católicos, O Ciclo de Natal dura doze dias. Símbolos variados representam o nascimento do Deus Menino de Nazaré: presépios, árvores de natal, pisca-piscas, guirlandas, além do Papai Noel, aquele que distribui presentes para as crianças. A utilização de uma árvore decorada, como símbolo do Natal, dizem historiadores, aconteceu na Alemanha, sendo o padre Martinho Lutero (1483 – 1546), autor da Reforma Protestante, no século XVI, o pioneiro. A tradição católica diz que o presépio surgiu em 1.223, quando São Francisco de Assis quis celebrar o Natal de maneira mais real possível, montando um presépio de palha, com imagens do Menino Jesus, da Virgem Maria e de José, com um boi e um jumento e outros tantos animais vivos. Assim, passou a celebrar as missas natalinas. Essa representação foi tão aceita, que se espalhou por toda a Itália. Foi introduzida nas casas nobres europeus, e de lá, chegou à casa dos mais humildes. O presépio, nas religiões cristãs, tornou-se o único símbolo do Natal, incluindo a imagem do Anjo Gabriel (o anunciador da vinda do Salvador) e da estrela guia de Belém que conduziu os Três Reis Magos, Belchior, Baltazar e Gaspar até o local de nascimento do Menino, Rei dos Judeus. Ofereceram a Ele os presentes: ouro, incenso e mirra. O ouro, representando a realeza; a Providência Divina. O incenso, a fé; e nos templos, simboliza a oração que chega até Deus, com a fumaça que faz a oração subir ao céu. A mirra - resina anti -séptica, usada nos embalsamentos de corpos desde o antigo Egito. E que, junto com o aloé, foi usada no embalsamento do Corpo de Jesus, cumprindo os costumes da época. Presentear no Natal era comum entre pagãos e cristãos. No mundo inteiro, passou a ser estímulo econômico, com as vendas a varejo. A imagem popular do Papai Noel foi criada nos Estados Unidos; Papai Natal, em Portugal; São Nicolau, que foi bispo de Mira, atual Turquia, no século IV, (comemorado e 06 de dezembro) distribuía presentes às crianças carentes, interrogando-as antes sobre o bom comportamento de cada uma, para merecer o presente; e São Basílio, da Cesareia. A partir de 1929, com a crise financeira, os cristãos passaram a festejar o Natal com um modo diferente de presentear, brincando de “Amigo Secreto” (Oculto), nas famílias, nas escolas, nas repartições públicas, etc.. Acreditase que esse tipo de confraternização tenha surgido entre os povos nórdicos (Dinamarca, Finlândia, Noruega, Suécia e Islândia), tornando-se comum entre pagãos. Quem não tinha dinheiro para presentear a todos, utilizava essa brincadeira, para que todos recebessem o seu presente. Atualmente, essa prática está muito difundida no Brasil. Na troca de presentes, encontra-se incutida a grande mensagem de Jesus: “Fraternidade”e“Partilha”. Atitudes que, a cada natal, nos fazem refletir sobre a necessidade da revitalização dos valores humanos que se perdem, dia após dia, através da desestruturação da família; do capita- lismo selvagem que impera no mundo, levando o homem a valorizar mais o “ter” em vez do “ser”; do não querer dividir com os menos afortunados; do uso indiscriminado das drogas; da violência urbana e familiar; do desrespeito à mãe natureza, e de tantos outros valores que se encontram rotos. Natal é alegria. É ter Deus no coração e querer contribuir para um mundo melhor. É ser solidário com quem precisa de um abraço forte, de um sorriso amigo, de oração, de um pão, de respeito e valorização! Natal é Luz; é Paz, é Amor, é Gratidão. É Sonhar e Realizar o Bem! Nossos votos, caros leitores desta Coluna, são de que tenham, todos, um Santo e Feliz Natal; e que Ano de 2013, comece e termine com muita paz, saúde e realizações.