APRESENTAÇÃO
1
2
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Luiz Beltrão:
Singular e Plural
APRESENTAÇÃO
3
Coleção Beltranianas da INTERCOM
Direção de Antonio Hohlfeldt, José Marques de Melo,
Maria Cristina Gobbi e Osvando J. de Morais
DIRETORIA GERAL DA INTERCOM 2011 – 2014
Presidente - Antonio Carlos Hohlfeldt
Vice - Presidente - Marialva Carlos Barbosa
Diretor Editorial - Osvando J. de Morais
Diretor Financeiro - Fernando Ferreira de Almeida
Diretor Administrativo - José Carlos Marques
Diretora de Relações Internacionais -Sonia Virginia Moreira
Diretora Cultural - Rosa Maria Cardoso Dalla Costa
Diretora de Documentação - Nélia Rodrigues Del Bianco
Diretor de Projetos - Adolpho Carlos Françoso Queiroz
Diretora Científica - Raquel Paiva de Araújo Soares
Secretaria
Maria do Carmo Silva Barbosa
Genio Nascimento
Mariana Beltramini
Jovina Fonseca
Direção Editorial: Osvando J. de Morais (Intercom)
Presidência: Muniz Sodré ( UFRJ)
Conselho Editorial - Intercom
4
Alex Primo (UFRGS)
Marcio Guerra (UFJF)
Alexandre Barbalho (UFCE)
Margarida M. Krohling Kunsch (USP)
Ana Sílvia Davi Lopes Médola (UNESP)
Maria Teresa Quiroz (Universidade
Christa Berger (UNISINOS)
de Lima/Felafacs)
Cicília M. Krohling Peruzzo (UMESP)
Marialva Barbosa (UFF)
Erick Felinto (UERJ)
Mohammed Elhajii (UFRJ)
Etienne Samain (UNICAMP)
Muniz Sodré (UFRJ)
Giovandro Ferreira (UFBA)
Nélia R. Del Bianco (UnB)
José Manuel Rebelo (ISCTE, Portugal)
Norval Baitelo (PUC-SP)
Jeronimo C. S. Braga (PUC-RS)
Olgária Chain Féres Matos (UNIFESP)
José Marques de Melo (UMESP)
Osvando J. de Morais (Intercom)
Juremir Machado da Silva (PUCRS)
Paulo B. C. Schettino
Luciano Arcella (Universidade
Pedro Russi Duarte (UnB)
d’Aquila, Itália)
Sandra Reimão (USP)
Luiz C. Martino (UnB)
Sérgio Augusto Soares Mattos (UFRB)
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Luiz Beltrão:
Singular e Plural
Vol. 7 – Coleção Beltranianas
Organizadores:
José Marques de Melo
Eduardo Amaral Gurgel
Assistente editorial:
Francisca Rônia Barbosa
Co-edição
Cátedra Unesco / Umesp de Comunicação
Faculdades Faccat de Tupã
São Paulo / Tupã, 2014
APRESENTAÇÃO
5
Coleção Beltranianas Vol. 7 –
Luiz Beltrão: Singular e Plural
Copyright © 2014 dos autores dos textos, cedidos para esta edição à Sociedade
Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – INTERCOM
Direção
Antonio Hohlfeldt
José Marques de Melo
Maria Cristina Gobbi
Osvando J. de Morais
Projeto Gráfico e Diagramação
Mariana Real
Capa
Mariana Real e Marina Real
Revisão
Sérgio Carlos Francisco Barbosa
Ficha Catalográfica
Luiz Beltrão : Singular e Plural / Organizadores,
José Marques de Melo, Eduardo Amaral Gurgel. –
São Paulo : INTERCOM, 2014.
Coleção Beltranianas; vol. 7
382 p. ; 23 cm
ISBN: 978-85-8208-071-9
Inclui bibliografias.
1. Luiz Beltão. 2. Fortuna Crítica. 3. Jornalismo.
4. Comunicação. 5. Teoria da Comunicação. 6. Folkcomunicação.
7. Obra de Luiz Beltrão. I. Melo, José Marques de. II. Gurgel,
Eduardo Amaral. III. Título.
Todos os direitos desta edição reservados à:
Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – INTERCOM
Rua Joaquim Antunes, 705 – Pinheiros
CEP: 05415 - 012 - São Paulo - SP - Brasil - Tel: (11) 2574 - 8477 /
3596 - 4747 / 3384 - 0303 / 3596 - 9494
http://www.intercom.org.br – E-mail: [email protected]
6
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Sumário
ApresentAção – Sérgio Barbosa .................................................................11
Prefácio – Celso Kawano .............................................................................13
Prólogo – Eduardo Amaral Gurgel ............................................................15
Introdução – José Marques de Melo...........................................................17
— Primeira Parte —
O Homem e o Mito
.......................................................................................29
Luiz Beltrão
..................................................................................57
Zita de Andrade Lima
APRESENTAÇÃO
7
.......................................................................................71
Antonio Teixeira de Barros
1.4 História de Vida ..................................................................................97
Fátima Aparecida Feliciano
1.5 Caminhos Cruzados.........................................................................107
Antonio Hohlfeldt
1.6 Visionário Sedutor............................................................................121
Paulo Rogério Tarsitano
1.7 Paradigma Latino-Americano ........................................................137
Eduardo Amaral Gurgel
1.8 Projeção Internacional ....................................................................155
César Leal
— Segunda Parte —
O Acadêmico Polifacético
2.1 Jornalismo ..........................................................................................161
Alfredo Vizeu
2.2 Literatura ............................................................................................181
Antonio Hohlfeldt
2.3 Relações Públicas..............................................................................193
Jorge Duarte
2.4 Folkcomunicação .............................................................................211
Iury Parente Aragão
2.5 Comunicação Virtual .......................................................................225
Fabio Rodrigues Corniani
2.6 Comunicação Estratégica ...............................................................235
Eduardo Amaral Gurgel
8
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
— Terceira Parte —
O Intelectual fora de série
3.1 Trajetória Acadêmica ......................................................................255
Maria Cristina Gobbi
..........................................................................269
Roberto Benjamin
..................................................................277
Maria Luiza Nôbrega
3.4 Fundador do Primeiro Instituto de Pesquisa..............................289
Maria das Graças Targino
......................................................................307
Willis Leal
........................................313
Rosa Maria Ferreira Dales Nava
3.7 Modelo Pedagógico .........................................................................327
Luiz Custódio da Silva
3.8 Patrono Emblemático......................................................................339
Betania Maciel
..................................................................353
Osvaldo Meira Trigueiro
3.10 Cenário Pós-Beltraniano .................................................................369
Cristina Schmidt
APRESENTAÇÃO
9
10
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Apresentação
SÉRGIO BARBOSA1
máticos do campo da Comunicação.
-
de maneira singela. Antonio Barros recupera mais de trinta anos de
1. Coordenador dos Cursos de Jornalismo e Publicidade & Propaganda da FACCAT.
APRESENTAÇÃO
11
-
genuinamente brasileira.
-
-
deste que é o Pioneiro das Ciências da Comunicação no Brasil.
campo da Comunicação.
ter acesso a tudo que foi e que fez o mestre Beltrão.
-
Tupã, abril de 2014.
12
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Prefácio
CELSO KAWANO
Diretor Geral das Faculdades FACCAT
da comunicação no Brasil. Faz-se necessário que seu legado intelectual
rações de professores e estudantes dos nossos cursos de jornalismo.
-
nessa área do conhecimento no Brasil.
a prática do jornalismo e foi também dos primeiros a conjugar o tripé
preocupações do Mestre quanto ao futuro do ensino de Comunica-
PREFÁCIO
13
importância e torna-se referência para a comunidade acadêmica – alumentos com a sabedoria de Luiz Beltrão.
participar como coeditora de um projeto editorial deste porte. Ainda
Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – Intercom.
desta obra em coedição institucional.
-
em diferentes áreas do conhecimento humano com o propósito do deo saber e a cultura.
Esta é a missão das Faculdades FACCAT em concordância com os
ditames de Luiz Beltrão.
Tupã, janeiro de 2014.
14
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Prólogo
EDUARDO AMARAL GURGEL1
neiro das ciências da comunicação no Brasil.
Nos escritos o relato puro e simples de tudo o que foi e o que construiu Luiz Beltrão de Andrade Lima em seus pouco mais de 68 anos.
graduação em Comunicação Social - Jornalismo - Faculdades Adamantinenses
PRÓLOGO
15
-
rial sobre o trabalho de Beltrão.
-
Comunicação genuinamente brasileira abordada por inúmeros continuadores de sua obra.
oportunidade de se acercarem dela. A história singular de Luiz Beltrão.
16
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Introdução
JOSÉ MARQUES DE MELO1
-
acadêmica reconhece anualmente o mérito de pessoas ou instituições
-
da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação -
INTRODUÇÃO
17
Paradigma folkcomunicacional
-
mensagens pelas pessoas que constituem as audiências.
-
-
-
-
18
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
2
-
tratégia de pesquisa denominada contra-hegemonia comunica-
folkcomunicacional.
-
-
INTRODUÇÃO
19
-
-
-
-
Variáveis exploradas
de tantos outros pensadores brasileiros. Até mesmo a reedição da sua
-
apenas pelos estudiosos do pensamento comunicacional que transsões do seu percurso intelectual. As distintas facetas de Luiz Beltrão
ber quem foi e qual o legado do pioneiro nacional de ciências da comu-
20
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
História do
Pensamento.Comunicacional
depoimentos sobre o autor. Precedido do esboço da sua história de
para esboçar uma teoria do jornalismo foram resgatadas por Fátima
teoria brasileira da comunicação foram esboçadas por Jorge Duarte e
-
os modelos forâneos que o inspiraram editorialmente.
tas nacionais quanto as preferidas pelos mediacionistas latino-ame-
trão para o campo da comunicação.
INTRODUÇÃO
21
Agenda investigativa
Diário de Pernambuco
reportagem no dia 16 de dezembro de 1936. Ele fez o aprendizado do
Folha da Manhã
-
Pernambuco.
que se pode estabelecer entre o jornalismo que aprendeu no batente e
-
-
22
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
conjuntura marcada pelo ostracismo acadêmico a que foi condena-
-
Referências
Luiz, companheiro de ofícios e sonhos
-
Vinte anos de ciencias
da comunicação no Brasil: avaliação e perspectivas
p. 31-48
Comunicação & Sociedade
Comunicação e Folclore
Folkcomunicação, a comunicação dos marginalizados
Folkcomunicação
Folkcomunicação: teoria e metodologia
Itinerário de Luiz Beltrão
Anuário Unesco/Umesp de Comunicação Regional
Folkcomunicação: resistência cultural na sociedade globalizada
Dinâmica do folclore
1965.
Gênese do
-
Pensamento Comunicacional Latino-Americano
Memória das
Ciências da Comunicação no Brasil: Os Grupos do Centro Oeste
200l . p. 127-155
INTRODUÇÃO
23
Luiz, companheiro de ofícios e
sonhos
Luiz Beltrão, um senhor do mundo
Teoria da Comunicação: Antologia de Pesquisadores Brasileiros
Anuário Unesco/Umesp de Comunicação Regional
Revista
Brasileira de Ciências da Comunicação
p. 69-78
Pensamenwww.meto-
to Comunicacional Latino-Americano
Comunicação e Classes Subalternas
História do Pensamento Comunicacional
-
2003. p. 329-345
Comunicação & Sociedade
-
- Gênese do Pensamento Comunicacional Latino-Americano
Gênese do Pensamento Comunicacional Latino-Americano
Anuário Unesco/
Umesp de Comunicação Regional
Pensamento Comunicacional Latino-Americano: da pesquisa-denúncia à pesquisa-ação
Mídia
e Folclore: o estudo da Folkcomunicação segundo Luiz Beltrão
24
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Gênese do Pensamento Comunicacional Latino-Americano
2000. p167-180
Comunicação & Sociedade
INTRODUÇÃO
25
— Primeira Parte —
O Homem e o Mito
1.1
Autobiografia
LUIZ BELTRÃO
Olinda
pulação mais pobre da redondeza. Corria agosto do ano da graça de
dos seus caroços na Festa de Reis. Era o dia 8
-
-
base da peniAUTOBIOGRAFIA
29
1
A Família
Memória de
Olinda
memória dos meus
-
-
”2.
-
-
30
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
referência.
Dona Isabel da Cunha Beltrão estudou em internato em
-
rio e uma farmácia. Nasceram-lhe
-
Nazaré
fa
Corria o ano da graça de
que a dedicada
-
ções de se tornarem cidadãos dignos de honrar as tradições familia-
Rua da Cadeia.
-
AUTOBIOGRAFIA
31
pessoais para transformá-los em instrumentos da formação inte3
.
-
-
pai”4.
-
-
dias de presença do marido. Nenhum de nós poderia supor que um
32
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
quistara seu diploma na primeira turma de cirurgiões-dentistas for-
5
.
-
Meu pai já se formara casado. Era concursado do Tesouro do Es-
admitia deslizes contra os interesses quer do Erário quer dos contri-
-
AUTOBIOGRAFIA
33
ritária e não teria condições de obter para seus representados as
-
-
-
história olindense!
-
-
34
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
6
.
Primeira Escola
e minha irmã fomos matriculados para aprender as primeiras letras no
-
-
a
-
AUTOBIOGRAFIA
35
-
-
em dar uma rosa e receber o beijo de uma garota lourinha que se
nha chamada Andreina.
-
era sorteado em presença de um inspetor escolar. Cada uma das
-
conhecendo bem os alunos e atribuindo o mau desempenho a ner-
36
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
-
sky-line já então era o
doutores em leis no Brasil.
-
AUTOBIOGRAFIA
37
-
primos Sindulfo e José Hugo. Proferiram conferências e palestras
-
-
Tempos do seminário: evocação e crítica
intelectual e religiosa.
do quem me parecia o temido prelado7 no seu palácio arquiepiscopal
7. Dom Miguel de Lima Valverde
38
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
-
aprendera a amar tudo
-
-
si
”8.
-
AUTOBIOGRAFIA
39
-
Carlos de Barros Barreto9 a sua cara comprida marcada por cicatrizes
Não fosse acontecer com o meu manuscrito profano o mesmo que
-
-
-
9. Padre Carlos de Barros Barreto
40
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
nia os alunos das três primeiras séries ginasiais. Sempre de batina de
-
no seu substancioso ensaio sobre a Faculdade de Direito do Recife.
-
uma centena de degraus ou pela estrada pedregosa e poeirenta ladeada
-
um reduto anacoreta.
que os franciscanos mantinham aberto a representações teatrais e reu-
AUTOBIOGRAFIA
41
-
-
-
-
rio e os mentores da formação sacerdotal católica daquela época não
sobre o Atlântico para pousar docemente sobre o campo do Ibura10.
-
-
-
42
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Independência nacional”.
-
-
-
-
AUTOBIOGRAFIA
43
11
12
Cleto Campelo13
mara uma tropa para juntar-se aos rebeldes da Coluna Prestes.
-
14
-
de Pedro Calado15
-
11. Padre Albérico Botelho Fragoso - Nascido em 1906 e ordenado em 1928.
12. Cônego Eustáquio Correia de Queiroz
-
13. Cleto Campelo
-
linha férrea central de Pernambuco. Libertaram os presos das cadeias públicas
seus companheiros debandaram.
14. Cônego Alfredo Xavier Pedrosa
era já professor de Literatura e Retórica no Seminário.
15. Pedro Calado
44
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
-
milagrosas e suas cruzes latinas pela suástica e pelo sigma.
nho. E foi o que aconteceu naquele ano de 1932 quando o padre Lapa
safra de apóstolos autênticos e pastores dedicados.
16
-
problemas agudos e angustiantes de um mundo abalado por uma crise
embalados pelos sonhos de grandeza da sua missão e do respeito que a
-
16. Dom João Batista Porto Carrero Costa - 1904-1959. Doutor em Teologia
-
AUTOBIOGRAFIA
45
-
-
-
-
chamara e um dia entregaria ad aeternum
tada para o dia-a-dia mas aberta para o intemporal.
-
46
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
separados em seitas mas unidos na mesma Fé.
uma turma de 13 candidatos ao sacerdócio a apenas três ordenados”17.
Vida Social
Campos”18
31
Célio Meira”19
20
Ascenso Ferreira”
21
Austro Costa”
22
17.
-
18. Odilo Campos - Poeta e seresteiro olindense.
19. Célio Meira
-
20. Ascenso Ferreira
Luiz Beltrão.
21. Austro Costa
22. Adelmar da Silva Cavalcanti Tavares. 1888 – 1963 - Poeta. jornalista e magistrado.
AUTOBIOGRAFIA
47
pernambucanas e brasileiras
Catimbó”23 escandali-
“Mestre Carlos, rei dos mestres, aprendeu sem se ensinar...
Ele reina no fogo! Ele reina na água! Ele reina no ar!”
“Lá vem o vaqueiro, pelos atalhos tangendo as reses para os currais...
Blém ... blém ... blém ... cantam os chocalhos dos tristes bodes patriarcais.
dlim ... dlim ... dlim ... E o sino da Igreja velha
bão ... bão ... bão ... O sol é vermelho como um tição!”
Ascenso, ele sozinho uma festa, contando e cantando a grande festa da cavalhada:
Roxas, verdes, brancas, azuis ...”
24
25
23. Catimbó. 1ª edição em 1927.
24. Lucilo Varejão
-
25. Paulino de Andrade - Jornalista e escritor olindense. Membro da Academia
Pernambucana de Letras.
48
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Andrade”26
-
27
Luiz Aiala” É
para a sua Marieta e que guardei comigo depois da morte de mamãe.”28
29
Tempos de Jornal
trão tem a sua iniciação como jornalista e escritor no mensário literáSargaços
30
isto
26. Temístocles de Andrade
-
27. Luiz Aiala
-
28.
-
29.
30.
AUTOBIOGRAFIA
49
que eu consegui no Diário de Pernambuco foi chegar a ser repórter.
me recordo bem. Só sei que entreguei muito solenemente ao diretor
nandes.
-
é
jornalista.
A sua primeira reportagem foi publicada no Diário de Pernambu-
-
Press. Fui correspondente de agências nacionais e internacionais em
Recife.”
50
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Militância Sindical
Nacional de Jornalistas. Então eu fui participar de uma eleição no Rio
dência da Federação o caro amigo Freiras Nobre. Só que eu não podia
-
31
Vida Acadêmica
sidade Católica de Pernambuco procura despertar nos seus alunos o
essencial a pesquisa de opinião.
31.
AUTOBIOGRAFIA
51
-
zara destacada obra de assistência social.
-
Estado e na região nordestina a cátedra de Técnica de Jornal realizou
-
-
A nomeação de Dom Hélder Câmara para a Arquidiocese de
cussão não somente em Pernambuco e no Nordeste como em todo
32
33
. Foi
32.
33.
52
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
34
.
Trata-se da primeira pesquisa acadêmica na área de comunicação
no Brasil a utilizar as técnicas de jornalismo comparado difundidas na
-
nambuco”.
licial na circulação e tiragem do Jornal.
compreendendo a análise das edições dos jornais matutinos do Recife
670 recifenses de todos os grupos sociais”.
-
34. Antônio Carolino Gonçalves
-
-
AUTOBIOGRAFIA
53
35
-
gentes.”
-
36
.
A demolição de uma faculdade37
35.
p. 9-15.
36.
-
37.
54
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
A ressonância do nosso trabalho de três semestres incompletos era
-
-
Toda essa obra de demolição sistemática de uma unidade pionei-
concluir-se satisfatoriamente.
nossa responsabilidade de organizador e estruturador da Faculdade de
Comunicação da UNB terminou em 28 de junho do ano da graça de
AUTOBIOGRAFIA
55
1.2
Biografia Afetiva
ZITA DE ANDRADE LIMA1
-
-
-
-
BIOGRAFIA AFETIVA
57
Uma noite de setembro - precisamente 14 de setembro - os amigos
-
era Luiz. Luiz Beltrão de Andrade Lima.
-
-
três bisnetos.
*
58
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Viajamos muito por esse mundão de meu Deus.
-
Azul e aos Jardins de César Augusto. Andamos nos bondinhos de São
do Amazonas e nas jangadas das praias de Pernambuco e do Ceará.
-
-
-
tarina Labouré e na Porciúncula.
BIOGRAFIA AFETIVA
59
-
-
*
-
*
Fui uma dos catorze alunos2 da turma pioneira no Curso de Jorna-
buco era composta por Emanuel Luiz Ramalho de Medeiros. Fcrdinando Artur
60
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
a lhe dar aulas particulares e tem a melhor biblioteca na área de jornalismo. Pode parecer proteção! Você é uma mulher inteligente e tem
a obrigação de ser brilhante nas disciplinas dos outros professores3!”.
-
para o CIESPAL - Centro de Estudios Superiores de Periodismo para
-
*
-
-
-
BIOGRAFIA AFETIVA
61
*
-
mais profundo amor ...
Meu querido amor
Quando esta chegar às tuas mãos, se Deus o permitir já estaremos juntos, já teremos sufocado em beijos, carinhos, ternos olhares e venturosos
momentos a sós, as saudades e a imensa falta que sentimos um do outro.
Agora, porém, no momento em que escrevo, quase um dia inteiro ainda nos
separa. E a distância, a longa distância, que não me deixa ouvir tua voz,
nem mesmo se gritas com as crianças; que não me deixa ver tuas mãos,
tua face, teus cabelos, teu corpo perfumado e jovem, macio e alvo; que não
me deixa dizer-te quanto sinto, tentando pelo menos dar-te uma idéia da
imensidão do bem querer que transborda do meu coração, que é capaz de
inundar o mundo inteiro, porque tu existes e és minha.
Tenho horror a esta distância inimiga, mesquinha, vazia de afetos.
sa; quero o teu amor que é o prêmio de minha vida, que é a paga do meu
62
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
trabalho, que é a glória da minha luta, que é o pedaço de paraíso que me
coube neste vale de lágrimas; quero os teus carinhos como o mendigo quer
a côdea de pão, como o avarento quer as suas moedas de ouro, como a terra
em sombra noturna quer o radioso sol da manhã ...
Hoje, quando voltava da missa no Convento de Santo Antônio, vi um
casal de velhos que se apressava em atravessar a rua: ela, mais moça, o amvelhinho, meu amor; quero que me conduzas sempre, pois na tua aparente
fragilidade está a minha fortaleza. Tudo o que até agora realizei, tudo o que
até agora obtive, foi porque te tinha ao meu lado, olhando por mim, cuidando de mim, orgulhosa de mim, afastando as pedras do meu caminho com a
imensurável bondade que sabes distribuir àqueles dos quais te aproximas.
Que tenho eu para dar-te, querida da minha alma? Tudo e nada: tudo
o que pedires ou sonhares (se eu puder penetrar nos teus sonhos, se me contares); nada se nada exigires. Assim, como uma criança, dependo eu dos
teus desejos e nesta dependência está a minha felicidade e a minha liberdade. Ser livre e feliz, amor de minha vida, é servir e ter o objeto amado.
Contigo, sou forte, sou livre, e sou feliz.
Meu doce e querido amor, minha esposa e senhora, recebe esta declaração de amor como se pela primeira vez a ouvisses, porque, agora, quando
me lês, bem amada, mesmo que eu longe esteja, sentir-me-ás perto, afagando os teus cabelos, beijando-te os olhos, apertando-te nos meus braços, com
aquela vontade irresistível de te guardar no coração como as mães guardam no ventre as sementes do amor.
-
OUTONO
Ponte sobre o rio percorrida
BIOGRAFIA AFETIVA
63
Tremem pássaros sobre galhos despidos
NOTURNO
PIGMALIÃO
Cinzelei a tua face radiosa e
Tornaste-te mulher. E em mim nasceu
AUSÊNCIA
Somente a presença desejada
Um incontido e mudo grito solitário
As paisagens não alteram a ansiedade.
64
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
A SEMENTE
Semente de ente marinho
ancorada no rio caminho
mas profundo e tormentoso
há pouco reencontrado
sem frutos desapareçam
Semente germinadora de seara
audaciosos ambulantes
pelos raios do sol poente que lento
percorre sua rota rumo oeste
e se apaga no horizonte ensangüentado.
na ânsia de humanizar-se.
BIOGRAFIA AFETIVA
65
e para o céu onde estrelas formam o cruzeiro
como glóbulos que circulam em torrente
de uma cadeia de sentimentos e propósitos
que o acompanha na derrota esplendorosa
Se amam sobre água tranqüila e céu aberto
enquanto a nau contorna a ilha modorrenta
e as canas bandeiras
66
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
transformando-se em pães
Nas dores e na luta não se pensa
*
como se fora uma imensa turmalina colocada no meio daquela paiuma camada espessa de sal.
- Estou pensando no sofrimento enorme de Jesus carregando aque-
-
*
BIOGRAFIA AFETIVA
67
-
*
-
*
-
68
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
mos quase todos os nossos sonhos.
*
-
BIOGRAFIA AFETIVA
69
1.3
Epistolografia
ANTONIO TEIXEIRA DE BARROS1
Preâmbulo
dos anos 1950 ao inicio dos anos 1980. Entre os assuntos tratados na
A metodologia empregada consiste na análise de conteúdo. As car-
Comunicação & Sociedade,
EPISTOLOGRAFIA
71
2
A análise parte da premissa de que a carta constitui um gênero dis-
da comunicação epistolar. Como assinala Marco Antonio de Moraes
-
soma ao caráter de forma aberta do gênero epistolar. Para que a carta
-
ter de mensagem aberta. Isso garante a natureza diferenciada do gêne-
cular. Todas apresentam problemática propina. A carta faz parte da
-
Comunicação epistolar
72
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
nomes mais importantes na história do pensamento comunicacional
brasileiro e latino-americano. Defensor entusiasta da Folkcomunicação
estimulou a realização de pesquisas sobre as formas e práticas de comuni-
Folkcomunicação: um estudo dos agentes e dos meios populares de informação de fatos
e expressão de idéias,
-
ternacional de Estudios Superiores de Periodismo para América
e percebeu as possibilidades de um instituto de pesquisa para
consolidação do campo da Comunicação em sua região.
no Brasil a prática da pesquisa em Comunicação sob uma persCo-
municações & Problemas,
EPISTOLOGRAFIA
73
cana Journalism Quartely.
-
sanato e as demais formas de transmissão de informações intragrupal
e interpessoal. Seu conceito de Folkcomunicação torna-se seminal em
-
3
. Vê na presença de personagens como o poeta po-
3.
jornalismo. Partindo das
-
-
74
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
estaria relatando um fato e fazendo uma denúncia. São informações
-
-
nas metropolitanas.
As cartas de Luiz Beltrão foram analisadas segundo a análise de
4
-
-
-
EPISTOLOGRAFIA
75
agenda acadêmica.
Mistas - mesclam relatos e comentários.
-
Tabela 1: Distribuição das cartas quanto ao gênero
Percentual
72
54
Mistas
20
TOTAL
146
-
-
76
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Tabela 2: Distribuição das cartas quanto ao conteúdo
Conteúdo
Acadêmicas
Percentual
27
23
Pessoais
60
Mistas
36
TOTAL
146
100,00
-
Comunicação & Problemas.
-
-
EPISTOLOGRAFIA
77
O cotidiano acadêmico
-
-
bre pesquisa em andamento feita na época a respeito das escolas de
-
-
78
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
ções curriculares no Ceub e as consequentes mudanças da gra-
mir5
terei até junho uma turma de FCC II.
-
será o Préstito da Encomendação das Almas - na noite da quar-
com a malhação do Judas.
uma década.
EPISTOLOGRAFIA
79
Índio na imprensa brasileira”. Ainda sobre o aspecto psiCarta ao pai. Algumas
-
-
-
Com um grupo de professores [...] estou abrindo uma pequena
-
-
80
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Recife.
-
-
-
não sei se muitos dos conceitos por mim emitidos ainda estão
ciedade.
ceiras também aparecem em algumas de suas cartas somente entre os
-
-
EPISTOLOGRAFIA
81
6
-
entre os quais é de justiça salientar os nomes dos professores Sa-
As cartas de Beltrão referentes a este item apresentam ainda con7
6.
no Centro Internacional de Estudios Superiores del Periodismo para América
de pesquisa para consolidação do campo da comunicação em sua região.
-
82
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
Su biblioteca debe tener una de las colecciones particulares de
las obras que posee.
-
Jornalismo.
Comunicação e Problemas8 também é comentada em suas
Ordem e progresso
9
-
8.
-
-
9.
Casa-
-grande & senzala e Sobrados e mucambos
cado no Brasil.
EPISTOLOGRAFIA
83
determinando ou acrescentando conhecimento. Precisamos
saber o elemento formador do meio e não o malabarismo acropimentas ou do incenso.
-
e Métodos de enseñanza de la técnica del periodismo10.
e técnicas de ensino e pesquisa na área. Como assinalam Barros e Du-
10.
84
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
As cartas de Beltrão documentam um importante momento de
-
como uma parafernália arqueológica. Vale muito mais do que
-
ou as três mil estelas atentadoras dos milagres de Rabar Tanit
-
-
EPISTOLOGRAFIA
85
tagem dos nossos critérios modeladores do mecanismo das
a sigla E. V S. (ex-voto suspecto). Em ambos os lados do Me-
master plan
Folkcomunicação e meio ambiente
-
-
por Luiz Beltrão e demonstra que a resposta de Vianna decorre de demanda anterior do pesquisador da folkcomunicação.
-
86
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
O colono velho, O maior tesouro do homem, Dona tartaruga e o senhor papagaio
-
-
Seu gosto pela natureza aparece em minúcias em carta endereçada
-
11
-
oferece sombra para o carro e saborosos frutos na época. As
11.
-
EPISTOLOGRAFIA
87
A correspondência de Beltrão reforça a ideia de um pesquisador
de estudos. Em carta dirigida ao então secretário de Educação e Cul-
-
fonte documental de importância para os nossos estudos de
Folkcomunicação.
As devoções não canônicas e a
Folkcomunicação política
-
anos de trabalho. A batalha burocrática pela aposentadoria é relatada
to ainda foi pouco para que se processasse minha aposentadoria no
ainda burocratizado INPS”.
-
88
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
-
-
-
-
EPISTOLOGRAFIA
89
-
Social. Após sua aposentadoria Beltrão foi designado pela direção do
para a posteridade o registro do primeiro escalão social. Para
imitada na mais antiga cidade-satélite e que será um misto de
social em comunidade.
-
90
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Aqui apresentamos uma análise preliminar da correspondência de
a origem de suas pesquisas sobre folkcomunicação e a constituição de
contatos de Beltrão com outros pesquisadores.
pesquisa poderá contribuir para ampliar a compreensão das ideias de
-
Referências
Análise de conteúdo.
Itinerário de Luiz Beltrão
Comunicações & Problemas
Memória das ciências
da comunicação no Brasil: os grupos do centro-oeste.
p.127-155.
Itinerário de Luiz Beltrão.
Gênese do pensamento Comunicacional latino-americano: o protagonismo das instituições pioneiras
1999. 304 p.
Cartas, um gênero híbrido e fascinante
EPISTOLOGRAFIA
-
91
Gênese do
pensamento comunicacional latino-americano: o protagonismo das instituições pioneiras
-
Lista dos interlocutores de Luiz Beltrão12
N
1
2
3
Nome
Abelardo de Paula
Chefe da Missão Cultural Brasileira
em Assunção
Pesquisador do Ciespal
Diretor do Ceub
Alberto S. Ascolani
Alberto Peres
4
Paulo
5
Américo Pelegoni Filho
6
7
Angel Benito
Anibal Fernandes
8
Jornalista do Diário de Pernambuco
Ferri
Paulo
Jornalista do Correio do Povo
9
10 Camilo Vianna
11
do Pará
do Pará
-
12.
-
92
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
12 Danton Jobim
13 Darci Lázaro
Dom José Newton de
14
Almeida Baptista
15 Egon Schaden
16
Jornalista da Associação Brasileira
de Imprensa
Militar
Indigenista de São Paulo
Secretário da Educação de Sergipe
17
18
19
20
21
22
23
24
de Castro
Raposo
Heinz Dietrich Fischer
Ismar Cardona Machado Jornalista
Jorge Fernandez
Diretor do Ciespal
Jarbas Vasconcelos
Prefeito de Recife
Jornalista da Folha de S. Paulo
José Henrique de
27
28 José Carlos Lisboa
29 José Marques de Melo
30 José Wamberto
31
Militar
Diretor do Ciespal
25
26
Editora Vozes
Professor da PUC-RS
Professor da Faculdade Cásper
do Rio de Janeiro
Paulo
Secretário de Imprensa da Presidência da República
Instituto Iberoamericano de Ciên-
EPISTOLOGRAFIA
93
-
32
33
União Católica Latino-Americana
de Imprensa
34
35
cudo
36 Luiz Fonseca
Marcelo Moreira de
Ipanema
38 Mário Erbolato
39 Marcelo Fasano
40 Paulo Carneiro
Ramon Abel Castaño
41
37
Folclorista
União Católica Latino-Americana
de Imprensa
Diretor do Iphan
Professor da Unicamp
Unesco
42 Ramiro Samaniego
-
43
44 Reginaldo Fernandes
45 Roberto Velloso
46 Roberto Benjamin
47 Roberto V Escardo
48
nesota
Associação Brasileira de Imprensa
Departamento de Turismo do
Distrito Federal
narnbuco
Editora Abril
-
49 Rod Horton
50
51 Sebastião Jorge
52 Suzana Sondermann
94
Banco do Brasil
Estudante de Jornalismo do Rio
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
53
54 Umberto Eco
55 Verissimo de Melo
56
Jornalista do Diário de Pernambuco
Antropólogo da UFRN
União Católica Latino-Americana
de Imprensa
EPISTOLOGRAFIA
95
1.4
História de Vida1
FÁTIMA APARECIDA FELICIANO2
seminarista por três anos”.
-
HISTÓRIA DE VIDA
97
-
-
repórter e secretário.
-
-
sa da Associação Comercial de Pernambuco.
tante agitada. Presidiu a Associação Pernambucana de Imprensa de
-
tuir Freitas Nobre na presidência da Federação Nacional dos Jornalis-
98
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
A tal confusão começa...
-
-
-
-
-
HISTÓRIA DE VIDA
99
-
de Educação de Pernambuco.
minar.
-
-
tos da sociedade [...] incursionando também pelo campo do
3
100
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
dos e pesquisas sobre a informação e o jornalismo.
-
sociais em curso.
-
HISTÓRIA DE VIDA
101
nais [...]”.
-
-
4
-
apontar para as feridas sociais.
Luiz Beltrão aponta também nessa direção ao discorrer sobre liber-
-
-
mais distante de ser encontrada.
pela imagem”.
102
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
por algumas das obras mais interessantes das últimas décadas na área.
-
comunicação.
plenamente.
mente – o canadense Marshal McLuhan.
-
-
HISTÓRIA DE VIDA
103
-
-
relações com o poder público e a liberdade de opinião – temas sempre
tão incandescentes e atuais.
-
tro Internacional de Estudos de Jornalismo para a América Latina –
do originalmente por Pompeu de Souza.
104
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
doutorado uma importância a mais.
-
-
-
pessoal.
-
HISTÓRIA DE VIDA
105
tanto tempo depois.
praticamente todas essas funções.
-
Um senhor do mundo – apresentada ao Departamento de Jornalismo
a obra de Luiz Beltrão. Isto sem falar que Beltrão nos ofereceu o que
pode ter sido a primeira teoria da Comunicação totalmente Brasileira
– a Folkcomunicação – objeto de seu doutorado e tema sobre o qual
106
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
1.5
Caminhos Cruzados1
ANTONIO HOHLFELDT2
-
anos e Luiz Beltrão alcançou os 76 anos de idade.
-
CAMINHOS CRUZADOS
107
Aproximações de uma geração
sua forte militância junto aos nascentes grupos organizados da igreja
-
-
-
-
-
-
108
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
-
e dos que ele chamou de marginalizados.
Paulo Freire3
-
-
-
a cultura popular ou das chamadas classes subalternas ou marginaliza-
1981.
CAMINHOS CRUZADOS
109
golpe militar de 1964.
Algumas perspectivas de Paulo Freire
Paulo Freire foi fundamentalmente um educador. E seu projeto
educacional dirigiu-se diretamente para a educação das grandes massas populares analfabetas. Foi a partir de uma preocupação pedagógica
4
dá a partir do diálogo.
-
110
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
que ensina e um receptor que aprende a respeito de um objeto. Há
-
respeito daquele objeto.
-
pensamento e ação.
-
CAMINHOS CRUZADOS
111
-
-
-
5
-
libertadora e transformadora.
Comunicação é a co-participação dos sujeitos no ato de pensar... Implica numa reciprocidade que não pode ser rompida.
-
6
.
-
112
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
quero me ocupar.
por alguém. Este é o ponto de partida de toda a teoria folkcomunica-
7
quanto no posterior Folkcomunicação — A comunicação dos marginalizados8
-
CAMINHOS CRUZADOS
113
mento de sua história. Essa ruptura se dá já a partir da nascente colo-
as populações rurais e proletárias urbanas uma linguagem es9
.
-
-
dirigentes e cultas. Essa fragmentação prosseguiria por todo
o IV século e teria seu ciclo completado com a abolição da
a camada social dos alienados do pensamento e da cultura da
-
114
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
o abismo hoje constatado10.
11
.
tes dirigentes em todas as áreas podem arquitetar os melhores
12
.
É nesta designação que se encontra todo o programa e todo o ideal
10.
11.
12.
CAMINHOS CRUZADOS
115
idealizaram e concretizaram – para buscarem a informação de fatos e
as massas populares não apenas recebem informações – informação de
-
13
.
-
-
folclore14.
sas populares procuram apropriar-se e adaptar aqueles meios e aquelas
13.
14.
116
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
-
-
lhe desejam prestar atenção15.
15.
CAMINHOS CRUZADOS
117
ses grupos sociais16.
agir em relação aos fatos da sociedade e aos dados culturais do
-
17
.
“se não ponho em comum as idéias, sentimentos e informações de que disponho e não recebo de volta a reação do outro,
jamais estabelecerei um elo entre mim e minha audiência18. É desta perspectiva que nasce a folkcomunicação, enquanto conjunto de procedimentos
de intercâmbio de informações, ideias, opiniões e atitudes dos públicos mar16.
17.
p. 2.
18.
118
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
ginalizados urbanos e rurais, através de agentes e meios direta ou indiretamente ligados ao folclore”19.
-
-
-
19.
CAMINHOS CRUZADOS
119
Referências
Folkcomunicação – Um estudo dos agentes e dos meios populares de informação de fatos e expressão de idéias
2001.
Folkcomunicação – A comunicação dos marginalizados. São
Dinâmica do folclore
1965.
. Extensão ou comunicação?.
As idéias de Paulo Freire
1981.
-
segundo Luiz Beltrão.
120
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
O estudo da folkcomunicação
-
1.6
Visionário Sedutor
PAULO ROGÉRIO TARSITANO1
-
-
1. Possui graduação em Comunicação Social Habilitação em Publicidade e Propa-
VISIONÁRIO SEDUTOR
121
-
-
-
-
obsessão.
-
-
-
122
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
Diário de Pernambuco
Diário
de Pernambuco. Suas primeiras atribuições não foram das mais nobres.
a ser tradutor de telegrama e depois se tornou repórter.
ário de Pernambuco
Correio do Povo e Jornal Pequeno
Di-
Tudo, Guanabara Press, São
Paulo Press e Capibaribe
Folha da Manhã.
nais de Pernambuco e delegado junto ao Conselho de Representantes
obtém autorização para o funcionamento do Curso de Jornalismo. An-
VISIONÁRIO SEDUTOR
123
-
-
-
resultados.
Cobaia
-
quisadores da ciência da comunicação como José Marques
124
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
dezembro de 1963.
-
-
Comunicação & Problemas
numa sociedade de massas.
VISIONÁRIO SEDUTOR
125
Métodos en La Enseñaza de la Técnica del Periodismo – é transformado em
no jornalismo.
seu idealismo e amor pelo ensino da comunicação pelo Nordeste do
-
palco por onde transita com familiaridade.
Disposto a estimular a capacitação do quadro docente no ensino da
-
contribuições brasileiras para os estudos da comunicação. Apesar de
dor da Faculdade de Comunicação.
Parte dessa perseguição tem origem nos comentários elogiosos que
126
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
reconhecia publicamente os méritos de um educador e jornalista que
-
com tanto brilhantismo.
intelectual e o trabalho acadêmico de Luiz Beltrão. Em paralelo desenOs senhores do Mundo
Quilômetros Zero As Sombras do Ciclone
A Serpente do Atalho
A Greve dos
Desempregados
Olinda e Holanda
dedicou-se com a abnegação de um sacerdote.
-
VISIONÁRIO SEDUTOR
127
toma o rumo do historicismo ou legalismo.
destacando o seu ângulo noticioso e situando-o no arcabouço
trão chamado a substituir Danton Jobim na cátedra de Metodologia de
das de Métodos em la Enseñanza de la Técnica del Periodismo. Trata-se de
-
Técnica
de Jornal
Interpretativo
Imprensa Informativa
Jornalismo
-
Jornalismo Opinativo
As três obras formam um conjunto marcado pela originalidade
que estimula e orienta a aprendizagem e formação dos estudantes de
jornalismo e atingem igualmente professores e outros pesquisadores
pesquisa.
128
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
Comunicação e Folclore
Folkcomunicação, A Comunicação dos Marginalizados
Sociedade de Massa: Comunicação &
Literatura
de conferências e palestras.
é
Teoria Geral da Comunicação
pela mesma editora e Teoria da Comunicação de Massa
-
Massa partem do pressuposto de que o estudo dos processos
-
comunicação de massa. Valendo-se das noções sócio-culturais
que estão na base da sociedade de massa e dos elementos su-
-
VISIONÁRIO SEDUTOR
129
A Folkcomunicação
nicação efetuada nas camadas mais populares. Seus laços de amizade
-
-
-
130
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
Nesse momento é importante recordar um pouco da história dos
como uma de suas mais importantes ferramentas. Vista como um insplaneta.
social. Coube ao Equador sediar um desses centros em sua capital o
CIESPAL.
dos que abordaram a questão com grande propriedade. Ao estudar o
conhecimento sobre o tema abordado. Caso a mensagem contrariasse
-
massa pelo fato de não serem as mensagens elaboradas a partir de presVISIONÁRIO SEDUTOR
131
Dessa forma Wilbur Schramm criou um sistema de comunicação
elaborado por Luiz Beltrão.
representam os modelos desses pesquisadores.
preensão da Folkcomunicação e de uma forma geral para o entendi-
132
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
e atitudes comuns e relutam em abandonar o consenso do gru-
-
ções de assimilar a linguagem e conteúdos que o grupo não consegue
compreender. Esse receptor especial consulta outras fontes de infortante da audiência.
-
VISIONÁRIO SEDUTOR
133
da audiência dos meios de massa mas submetendo os conte-
-
-
de sua liderança e desempenham grande esforço para ampliar seu po-
e construir argumentos de maneira que sua audiência compreenda-a
portamento.
134
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Processo da Folkcomunicação
A folkcomunicação se faz presente com maior intensidade entre
-
lectual.
mas condições de acesso.
-
-
VISIONÁRIO SEDUTOR
135
Beltrão enfatiza que no primeiro sistema os discursos são endereçados
mantém relações profundas com o mesmo. Um microcosmo em que o
Referências
Folkcomunicação, comunicação dos marginalizados. São PauSubsídios para uma teoria da comunicação.
Luiz Beltrão, senhor do mundo
Subsídios para uma teoria da comunicação,
O ensino de jornalismo no Nordeste
136
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
1.7
Paradigma Latino-Americano
EDUARDO AMARAL GURGEL1
Preâmbulo
Abordar a trajetória do Pensamento Comunicacional Latino-Americano –PCLA – requer um mergulho direto na história da América Latina.
-
graduação em Comunicação Social - Jornalismo - Faculdades Adamantinenses
PARADIGMA LATINO-AMERICANO
137
do sobre a comunicação. A interpretação dos processos comunicacionais
os interesses da sociedade em constante mutação. Ao campo latino-ame-
-
e europeias. Desde a fundação do primeiro curso superior de jornalismo
é com a criação do CIESPAL em 1959 que a aplicação das teorias comu-
instituições paradigmáticas pioneiras na sistematização e difusão do Pensamento Comunicacional Latino Americano. Ancorado no difusionismo
-
e a difusão do PCLA.
138
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
cional está marcada nos anais da história por meio de suas ações e de
ensino comunicacional criando um modelo didático-pedagógico próprio e seu pioneirismo na criação do primeiro Instituto de Pesquisa em
-
comunicação
-
maior parte da população na zona rural. A transformação desse modelo
foi impulsionada pela escassez dos produtos importados em decorrência
com padrões culturais determinados por centros estrangeiros.
-
PARADIGMA LATINO-AMERICANO
139
alfabetização desencadeia a modernização das sociedades lati-
consumo pressupõe do abastecimento de informações geradas
-
curso para a formação de jornalista nas três primeiras décadas do sé-
nizado em 6 de dezembro de 1946 e reorganizado em 29 de
-
A integração do curso de jornalismo a uma Faculdade de Filoso-
140
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
com a discrepância das grades curriculares em detrimento da forma-
ofereciam treinamento instrumental que fornecesse aos egressos uma
-
diferenciais das escolas norte-americanas destaca-se o funcionamencomo um laboratório para os egressos. Também corrobora para endios para as empresas do ramo se balizarem.
-
-
-
PARADIGMA LATINO-AMERICANO
141
primeiras escolas de jornalismo se organizou de forma contrária aos
-
mas das primeiras instituições são diagnosticados e relatados de forma
dos problemas constitui-se em requisitos essenciais ao funcionamento
-
-
-
estado de menoridade”.
-
142
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
-
sua carreira no Diário de Pernambuco. Como pesquisador atento do
-
-
com sede em Bucareste na Romênia no ano de 1958. Beltrão ainda
participaria dos Congressos Nacionais de Jornalistas realizados pela
no ano de 1953 em Curitiba-PR e no ano de 1955 em Belo Horizonte-
1959 e publicado em 1960 no Rio de Janeiro pela Editora Agir.
PARADIGMA LATINO-AMERICANO
143
-
-
lismo tanto dos Estados Unidos e do bloco ocidental como da
-
-
-
bero e dos poucos cursos mantidos por Faculdades de Filoso-
-
-
144
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
reestruturação de emergência para os Cursos de Jornalismo que fora
por ele sugerida durante a IV Conferência Nacional dos Jornalistas realizada em Manaus no ano anterior.
com apoio e entusiasmo do então reitor Pe. Aloisio Mosca de
-
-
pedagógico ao Curso de Jornalismo. As principais bases do programa
-
-
somente a melhoria dos padrões técnicos da imprensa de seu
-
PARADIGMA LATINO-AMERICANO
145
-
-
-
do Norte.
co para assumir a direção da Faculdade de Comunicação de Massa
nambuco. Luiz Beltrão ainda atuou e colaborou por meio de seu pro-
lismo no Brasil.
[...] o conjunto da obra de Luiz Beltrão - um pensador polifacé-
-
146
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
nal nos âmbitos do jornalismo e comunicação de massa.
A folkcomunicação
-
correntes teóricas do campo comunicacional deram aporte a Folkcomu-
PARADIGMA LATINO-AMERICANO
147
ria até que se situe o pensamento de Luiz Beltrão em resposta a elas.
que ser um dos construtores do Pensamento Comunicacional Latino
folkcomunicação.
cias. É desta forma que a Teoria da Folkcomunicação se apresenta ao
-
Folkcomunicação como um fator de inclusão midiática preponderante no processo de transformação social.
-
-
-
para cima.
148
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
estágios de sua difusão. A recepção sem este intermediário só
ocorre quando o destinatário domina seu código e sua técni-
-
-
por meio de canais próprios de comunicação.
mação de sua tese de folkcomunicação.
-
PARADIGMA LATINO-AMERICANO
149
de alguns milhões de cidadãos alienados do pensamento das
intermédio de agentes e meios ligados direta ou indiretamente ao foldiação dos processos de recepção das mensagens midiáticas. A esses
agentes de comunicação social no sistema da comunicação popular
Beltrão denomina Agentes da Folkcomunicação.
receptores das mensagens midiáticas. Interpondo-se entre os
trata o sistema pelo qual se legitima a tese de Beltrão.
pelas comunidades rústicas do Brasil rural e dos subúrbios me-
150
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
da comunicação genuinamente brasileira fundamentada em questões
éticas e epistemológicas com contributos teóricos e paradigmáticos
para a Escola Latino Americana de Comunicação.
Beltrão ao Pensamento Comunicacional Latino Americano.
-
da Comunicação e a importância de sua obra para o campo comunicacional lhe confere a peja de ser um dos construtores do PCLA e pionei-
contribuições ao campo da comunicação.
ditatorial do Brasil que cerceou a difusão do conhecimento. Também
-
PARADIGMA LATINO-AMERICANO
151
Luiz Beltrão ao construir um referencial teórico consistente por meio
continuadores de sua obra na Rede Folkcom.
Aquele que ajudou a forjar e difundir o Pensamento Comunicacio-
Referências
Anuário Unesco/
Umesp de Comunicação Regional/Cátedra Unesco de Comunicação para o
Desenvolvimento Regional
_________. Folkcomunicação:
_________. Folkcomunicação: a comunicação dos marginalizados. São
_________.
Memória
das Ciências da Comunicação no Brasil
Espírito do Jornalísmo
A batalha da comunicação
2008.
152
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
mo no Brasil. Revista Brasileira de Ensino de Jornalismo.
de folkcomunicação no Brasil. Revista Latina de Comunicación Social
Comunicação & Sociedade
O ensino
de comunicação
_______________________. Estudos de jornalismo
O ensino do jornalismo. Rio de Janeiro. Mec. 1953.
PARADIGMA LATINO-AMERICANO
153
1.8
Projeção Internacional
CÉSAR LEAL1
-
teóricos sobre jornalismo.
Jornalismo que tem formado a elite das nossas redações.
PROJEÇÃO INTERNACIONAL
155
-
próprio autor que não se mostrou surpreso. Ele sabia que o desensido compensado pela realização de estudos que fornecessem aos
-
foi um dos temas tratados pelo professor Renato Leduc em seu es-
-
-
156
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
na apreciação da original análise do autor sobre os caracteres e os
-
-
éticos do jornalismo já publicado em qualquer idioma.
-
-
PROJEÇÃO INTERNACIONAL
157
do Império. A estrutura agrária dos chineses é perfeita.
-
158
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
— Segunda Parte —
O Acadêmico Polifacético
PROJEÇÃO INTERNACIONAL
159
2.1
Jornalismo
ALFREDO VIZEU1
Introdução
-
-
a prática e teoria desse campo.
-
JORNALISMO
161
lismo no Brasil.
-
Enquanto um pesquisador de um outro campo que estuda o
satisfazer-se em aplicar metodologias oriundas de suas pró-
cularidades do jornalismo.
estudos do Jornalismo as pesquisas realizadas com metodologias de
162
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
lismo que tem como referência o cotidiano requer estudos em que
o objeto analisado seja a própria realidade e não os conceitos que as
-
-
acompanhamento de jornais.
Jornalismo: teoria e prática
niciação à Fi-
Métodos de Enseñanza de La Técnica del Periodismo
Técnica de Jornal
A Imprensa Informativa
Jornalismo Interpretativo
Jornalismo Opinativo
Jornalismo no Brasil.
do lugar ao acadêmico Luiz Beltrão. Representa também um marco
JORNALISMO
163
-
-
-
-
acontecimentos é importante que ele conheça.
-
164
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
Ao chamar a questão da centralidade do Jornalismo na sociedade e
importantes para qualquer teoria do Jornalismo.
Teoria del Periodismo
-
-
-
-
-
JORNALISMO
165
espaço - que é também um campo de lutas para transformar
Isso também determina uma propensão a julgar os produtos e os
-
do campo.
Em
ampla e detalhada até para se estabelecer uma comparação mais apro-
não muito conhecidas das pesquisas de Luiz Beltrão procurando con-
166
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
público
editor
técnico e o jornalista.
-
Ao jornalista
que o Jornalismo é um espelho do real.
-
-
-
-
JORNALISMO
167
-
recepção que no começo da década de 1970 refutaram os postulados da
teoria funcionalista e passaram a entender o público como uma audiên-
-
-
ciente dos seus caminhos e do seu destino temporal e eterno
Jornalismo e ética
-
jornalismo sensacionalista.
168
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
Jornalismo e Verdade
nalismo nunca pode considerar o outro como um meio. É preciso leciso tratar homens e mulheres como seres humanos e não como mate-
-
função que o sistema midiático lhe atribui. É prisioneiro de um deter-
-
-
Métodos de La Enseñanza de ta Técnica de Periodismo.
-
JORNALISMO
169
obras com a pesquisa sobre o campo do Jornalismo. Em Enseñanza
-
-
da superprodução Ben-Hur
-
própria sociedade e a ausência das mesmas afeta fortemente o cotidiano de homens e mulheres. A interpretação da realidade como um
-
-
170
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
teciparam o que na década de 1970 McCombs e Shaw chamariam de
a reportagem policial nos jornais do Recife. Entre as hipóteses propos-
dentro do campo representa um importante passo nas pesquisas em
-
para estabelecer no mesmo patamar de igualdade redes multidiscipliEnseñanza del Periodismo traz dois outros importantes
aportes para os estudos e para as teorias do Jornalismo. A primeira é a
-
JORNALISMO
171
-
estudos no Brasil.
como uma riqueza de detalhes em Enseñanza del Periodismo é o jor-
da Cidade
Ainda em Enseñanza del Periodismo
Diário
-
-
operar com as múltiplas faces dos problemas da comunidade. PreoEnseñanza del Periodismo
ção mais sólida.
-
e o Modernismo.
-
realizar essas parcerias trabalhando uma metodologia própria para o
172
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
de outras áreas sobre o campo. As contribuições dos estudos de outras
-
contar com teorias próprias.
Técnica de Jornal
Jornalismo
Prática da Notícia
Teoria do
Jornal, Veículo de Comunicação
Teoria do Jornalismo discute
Teoria do Jornalismo
-
de Teoria da Notícia
A teoria do Jornalismo e a teoria da notícia
A referência a uma Teoria do Jornalismo e a uma Teoria da Notícia
Teoria do Jornalismo e Teoria
da Notícia
-
-
JORNALISMO
173
mação da atualidade.
-
dez e segurança ao receptor
Luiz Beltrão se dedica aos estudos do gênero na trilogia A Imprensa Informativa
Jornalismo Interpretativo
Jornalismo
Opinativo
de Marques de Melo para depois destacarmos outros aspectos dessas
campo do Jornalismo.
tra em Beltrão o único pesquisador a se preocupar sistematicamente
jornalismo informativo jornalismo interpretativo e jornalismo opinativo. Como argumenta
ração dos gêneros segundo as funções que desempenham junto ao pú-
ça que Beltrão faz entre reportagem e reportagem em profundidade. No
174
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
ridades das obras da trilogia procurando apresentar outras contribuiA
Imprensa Informativa
jornal-cobaia. Trata-se da edição de um
-
os estudos do campo e das teorias do Jornalismo até os dias de hoje.
na corrida
máquina do
tempo.
JORNALISMO
175
-
-
proximidade; proeminêncomédia; política editorial e exclusividade
-
Jornalismo Interpretativo
trão se dá em uma atualização das teorias do Jornalismo ao mostrar a
fazer jornalístico
-
176
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
função da consolidação do meio e da sua submissão a toda uma lógica
Jornalismo Interpretativo é o uso
-
para as teorias do Jornalismo porque mobiliza o uso da pesquisa para o
Com Jornalismo Opinativo
-
que é interessante enfatizar um tema abordado anteriormente que entendemos ser uma das grandes contribuições de Beltrão aos estudos de Jorna-
Beltrão e suas contribuições para os estudos e para a teoria do Jornações sobre o tema. Entendemos que Beltrão representa um marco nas
consideramos de leitura obrigatória não só para aqueles e aquelas que
JORNALISMO
177
é Teoria do Jornalismo
álogo muito importante entre os estudos e a teoria do Jornalismo e
pesquisadores brasileiros.
Teoria
do Jornalismo: identidades brasileira,
sobre Jornalismo no Brasil.
-
-
Referências
Comunicação no Brasil:
______________. Jornalismo opinativo
______________. Jornalismo interpretativo
______________. A imprensa informativa
______________. Técnica de jornal
-
______________. Métodos em la enseñanza de la técnica del periodismo
-
Itinerário de Luiz Beltrão
178
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Cuestiones de sociologia
-
. Jornalismo e verdade
Teorias del periodismo
O controle da opinião pública
O espírito do jornalismo
supostos para a consolidação do jornalismo como um campo do conhecimento. E-Compós
01 de dezembro de 2004.
Teoria do jornalismo
-
______________________.História do pensamento comunicacional. São PauO poder do jornalismo
-
História das teorias da comunicação. 8.
Teoria do jornalismo
Teorias da notícia e do jornalismo
The sociology of the news
______________.Os jornalistas e a sua máquina do tempo
______________.The sociology of the news
______________.
Reading the news
Teorias do jornalismo
-
Telejornalismo
-
Teorias da comunicação
JORNALISMO
179
180
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
2.2
Literatura1
ANTONIO HOHLFELDT
-
-
-
-
-
LITERATURA
181
de Luiz Beltrão.
-
-
mão a todo o momento — o que de melhor cada um tinha a oferecer ao
cessantemente a importância da comunicação para a sociedade huma-
-
182
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
-
parte do professor e teórico.
-
-
-
LITERATURA
183
quanto a idéias essenciais e itens peculiares.
-
em que tais cursos eram apenas apêndices das Faculdades de Filosogistro seu.
-
-
-
184
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
um amadurecimento literário que se traduz tanto na escolha dos temas
quanto na linguagem com que aborda cada um deles.
-
justamente no Nordeste. Foi ganhador do prêmio estadual de contos
-
-
LITERATURA
185
-
-
-
coisas semelhantes.
seus amores na medida em que as guerras se sucedem a seu redor.
de seus romances. Sua estréia literária se dá com um romance denomi-
186
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
-
-
gem social brasileira.
andar ao lado do penhasco sem nele precipitar-se. Nada mais potencial-
LITERATURA
187
-
e eclesiais da Igreja Católica aborda com segurança o tema escolhido.
-
-
-
-
188
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
a que ainda e sobretudo hoje em dia qualquer um de nós gostaria de as-
-
-
-
temente para um happy end
-
-
LITERATURA
189
-
É neste sentido que a literatura de Luiz Beltrão não se encontra tão
distanciada de seu trabalho de professor e de prático do jornalismo. É
-
-
-
-
-
190
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
seguras.
-
-
-
LITERATURA
191
2.3
Relações Públicas
JORGE DUARTE1
Luiz Beltrão foi um dos mais festejados estudiosos brasileiros da Co-
pesquisadores como Benjamin tenham proposto esta necessidade2.
-
-
RELAÇÕES PÚBLICAS
193
Para estabelecermos a relação entre Luiz Beltrão e a prática de rela-
-
que este personagem da história da Comunicação no Brasil também
Relações Públicas é um termo que comporta uma gama muito
-
certa coerência apenas na caracterização do uso da estratégia de rela-
organização teórica3
meiro curso superior regular de graduação em Relações Públicas com duração
Paulo.
194
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
de reconhecimento iniciado em 1954 com o surgimento da Associação Brasileira de Relações Públicas4.
5
-
-
que hoje é conhecido como assessoria de imprensa6
ção no relacionamento com jornalistas atuantes em redações.
-
-
RELAÇÕES PÚBLICAS
195
origem a assumirem-se como praticantes de relações-públicas.
7
-
8
.
Diário de Pernambuco
-
-
soria de imprensa.
Públicas pelos jornalistas.
196
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
-
-
-
to dominante na época era de que jornalismo se aprende em redação.
-
RELAÇÕES PÚBLICAS
197
-
de comunicação.
alunos e de credibilidade. Benjamin destaca esta preocupação em
Comunicação & Problemas
tratégias de comunicação junto a determinados públicos para atingir
-
198
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
didático era que o aluno produzisse reportagens e comentários a serem
-
percebia – algo curioso e inédito na época.
ga de duas horas semanais. A introdução dessa disciplina num curso
e que ajudaria a consolidar a prática da pesquisa em Comunicação no
-
Um de seus cinco departamentos era o de Relações Públicas.
A proposta de um sistema de comunicação
governamental
de S. Paulo
O Estado
RELAÇÕES PÚBLICAS
199
-
-
to amplo do processo de elaboração e difusão de mensagens e
Lembra que a própria Presidência da República não tem uma secre-
-
-
-
mas não da maneira como propunha Beltrão. Foi criado em 1968 com
200
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
o nefasto nome de Assessoria Especial de Relações Públicas e o objeti-
-
de Relações Públicas dos ministérios e os órgãos de Comunicação das
ção locado na AERP repetiu o problema surgido com o Departamento
aos jornalistas.
-
-
-
RELAÇÕES PÚBLICAS
201
-
-
Sua prioridade era a pesquisa como maneira de conhecer e trans-
-
-
rp de acordo com o que eles pensam que o público
-
Cultura e re202
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
lações públicas: um episódio do século XX
-
-
Paulo.9
mação de uma cultura nacional”. Embora tenha ministrado cursos e
matizado de sua autoria sobre esse aspecto.
do curso sugira que sim.
RELAÇÕES PÚBLICAS
203
atual UniCEUB.
-
O Globo
-
-
análise do noticiário. Diariamente lia até os dez principais jornais brasi-
204
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
-
-
comunidade nacional.
RELAÇÕES PÚBLICAS
205
-
-
-
O índio:
um mito brasileiro
clipping
standard.
públicas sem pesquisas”.
206
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
ao pesquisador o que ocorrera.
-
malbaratar o dinheiro empregado na manutenção do pessoal
-
-
Apesar de insistir na necessidade das relações públicas para qualquer instituição que desejasse ter um bom relacionamento com a socie-
de cursos e palestras sobre o assunto. Mas mantém o alerta sobre a
importância das pesquisas como diagnóstico para a prática de relações
RELAÇÕES PÚBLICAS
207
-
brasileiro. Creio que tudo decorre da falta de conhecimento
-
década de 1930 ajuda a lançar luzes sobre os fatos que a antecederam. Suas
idéias e a ênfase no uso estratégico da pesquisa em comunicação para com-
Referências
Intercom - Revista Brasileira de Comunicação
______________. O índio, um mito brasileiro
Correio Braziliense
abr. 1973.
periência da Funai. Revista do Serviço Público
1971.
______________. Mensagem de paraninfo dos bacharéis em Comunicação
do Ceub
208
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Cadernos de Jornalismo e Comunicação
. Cadernos de Jornalismo e Comunicação.
______________. A demolição de uma faculdade. Comunicações & Problemas.
______________. Métodos en la enseñanza de la técnica del periodismo.
Itinerário de Luiz Beltrão
-
Public relations theory. New Jer-
Comunicação
-
). Memória da
ciência da comunicação no Brasil:
Comunicação
Relações públicas e modernidade:
.
Comunicação, marketing, cultura
.
-
.). Gênese do pensamento comunicacional latino-americano: o protagonismo das instituições pioComunicação. 1999.
RELAÇÕES PÚBLICAS
209
REINER
Cronologia da evolução histórica das relações públicas.
210
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
2.4
Folkcomunicação
IURY PARENTE ARAGÃO1
Folkcomunicação.
sertação indicada para publicação. Possui graduação em Jornalismo pelo Centro
FOLKCOMUNICAÇÃO
211
-
-
mação e intercâmbio com outras entidades da mesma natureza
-
-
para o quinto andar da Católica em atenção ao pedido de doque nos seus primórdios só tinha uma estante de ferro e um
Comunicações & Problemas
212
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
em duas colunas ele tirou do então periódico-modelo de pes-
brasileira dedicada a temas comunicacionais – Comunicações & Problemas
no meio acadêmico e ser uma ligação entre a academia e a comunida-
-
-
cados na coletânea Itinerário da China”
-
-
-
FOLKCOMUNICAÇÃO
213
-
-
A folkcomunicação se faz presente com maior intensidade engrupos rurais marginalizados
grupos urbanos marginalizados
mas condições de acesso.
grupos culturalmente marginalizados
-
encontraram seguidores. A Folkcomunicação continuou sendo estu-
sobre as pesquisas no campo da Folkcomunicação no Brasil e no munCongresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.
214
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
-
-
-
bullett
theory
-
-
FOLKCOMUNICAÇÃO
215
sujeito aos meios de comunicação do que os seus liderados”. A percep-
los que apenas eles possuem e sabem manejar.
-
of communication
-
cação”.
216
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
2
-
3
-
-
grupos. Estes continuam se comunicando com ou sem a interferência
der de opinião ainda pode se fazer presente nas classes marginalizadas.
Folha de
São Paulo
fabetismo no Brasil. Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade
FOLKCOMUNICAÇÃO
217
formas de comunicação dessas comunidades fez surgir a Folkcomuni-
-
de difusão de suas mensagens. Mas os grupos marginalizados não são
-
concentram-se em aglomerados de moradias com pouca
218
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
tradições consagradas pelas crenças e denominações reli-
aceitam a moral e os costumes que a comunidade adota
-
É preciso notar que a Folkcomunicação é um processo artesanal e
-
as funções emissor/receptor
-
-
FOLKCOMUNICAÇÃO
219
-
-
4
-
-
espaços substanciosos no entretenimento dos maiores con4. A ideia de Centro de Informação lembra a Praça Pública descrita por Bakhtin
dias de festa
220
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
numa conjuntura em que a homogeneização globalizante ame-
a apropriação de conhecimentos de um grupo folclórico pelos MCM
-
[...] capaz não somente de receber mensagens e reproduzi-las
-
-
-
FOLKCOMUNICAÇÃO
221
-
processos de interação que se prolongam da esfera dos interconhecimentos da escala local para apropriação e uso dos meios
midiáticos como estratégia de fazer circular os seus produtos
-
entender as lições de economia transmitidas pelos jornais.
Referências
munidade comunicante em uma romaria. Revista Internacional de Folkcomunicação
A cultura popular na idade média e no renascimento. Tra-
tismo no Brasil. Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade
-
jan.2011.
Folkcomunicação e a comunicação dos marginalizados. São
222
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Folkcomunicação
. São Bernardo do Cam-
Folkcomunicação
Itinerário de Luiz Beltrão
1998.
Rede Folkcom. São Bernardo
Comunicação & Sociedade.
Comunicação & Sociedade
Mídia e cultura popular
-
Noções básicas de folkcomunicação
Comunicação & Sociedade.
Folkcomunicação e ativismo midiático. João PesLuiz Beltrão
Folha de São
Paulo
Teoria das Comunicações de Massa
FOLKCOMUNICAÇÃO
223
224
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
2.5
Comunicação Virtual
FABIO RODRIGUES CORNIANI1
-
-
-
consultor em Comunicação e pesquisador da área.
COMUNICAÇÃO VIRTUAL
225
-
-
virtualis
virtus
atual sendo um
in virtus
-
a ausência de ser na realidade. Como se um ser só pudesse ser real ou
-
-
-
226
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
em cada ponto da rede onde seja pedida”.
2
forma de sociabilidade.
desejar como ocorre no jogo Second Life3
Second Life
o Second Life
biente tridimensional. Dependendo do tipo de uso pode ser encarado como um
crescendo rapidamente por ser uma rede de relacionamentos numa economia
COMUNICAÇÃO VIRTUAL
227
-
-
cibernética.
mesmo tempo de ninguém.
Invasão do território virtual por elementos da
folkcomunicação
-
de receptores.
228
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
meio de comunicação no qual mensagens são dirigidas a um público
número restrito pesquisas cujo objeto seja a natureza e o formato da
Para alcançar um corpo teórico-metodológico abrangente que dê
nicação eram atacados tanto por folcloristas radicais quanto por codos estudos de Beltrão. Entre a cultura popular e a cultura de massa
se articular numa espécie de feed-back
feed-back dialético entre as duas cultu-
da Folkcomunicação.
-
COMUNICAÇÃO VIRTUAL
229
Dinâmica dos relacionamentos na rede
-
-
-
-
ideologias e práticas que caracterizam a sociedade atual.
-
230
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
de comunidades formadas pela população usuária da rede.
troca do suporte e se é mantido o sentido acerca do formato da menpor conta de sua grande contribuição para os estudos da Comunicação.
presentação simbólica. Isso é importante para destacar que as relações
impactos ainda estão por serem estudados.
.
COMUNICAÇÃO VIRTUAL
231
-
-
-
-
-te-ei quem és.”
Referências
Folkcomunicação
Revista Comunicarte. Publicação do Instituto de Artes e Comude 1982.
Jornalismo interpretativo
232
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Folkcomunicação
-
Teoria geral da comunicação
Comunicação e folclore
Folkcomunicação no contexto de massa.
O processo da comunicação
-
A sociedade em rede
A Galáxia Internet
O poder da identidade
O que o Virtual?
Cibercultura
História política das ciências da comunica-
ção
História política das ciências da comunicação. Rio
Mídia e Cultura popular
-
Antologia 2001 – História do Pensamento Comunicacional
Mídia
e folclore
cação no Brasil. Revista Latina de Comunicación Social
Os meios de comunicação como extensões do homem.
A Galáxia Gutenberg
Revolução na Comunicação.
COMUNICAÇÃO VIRTUAL
233
Os Meios são as Massa[s]-gens. 2.ed.
O Pensamento Comunicacional
As idéias de McLuhan
A guerra social de Canudos
A vida digital
Revista Comunicação & Sociedade
Revista Comunicação & Sociedade
Folkcomunicação na arena global
Folkcomunicação & Ativismo Midiático
O ativista midiático na rede folkcomunicacional. ArPragmática da comunicação humana
234
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
2.6
Comunicação Estratégica
EDUARDO AMARAL GURGEL1
abismo entre os homens.
-
graduação em Comunicação Social - Jornalismo - Faculdades Adamantinenses
COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA
235
-
-
-
-
com
-
-
236
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
por Luiz Beltrão no dia 05 de dezembro de 1968 durante uma Confe-
Prefeitura do Distrito Federal.
A ocasião especial era o prelúdio do mais importante acontecimen-
minense. A estação estará em contato com o satélite Intelsat do
mundo e para o qual transmitirá imagens e sons dos principais
A preparação para tal acontecimento foi o lançamento a 18 de dezembro de 1968 do satélite Intelsat III – que se situaria a 31 graus oeste
-
COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA
237
-
O Ponto de Partida
mentos e elucubrações elaboradas aqui por Luiz Beltrão. Ao anúncio
há muito se fazer as mesmas indagações e ainda outras que merecem
acuro na busca por respostas que possibilitem um traçado seguro para
-
-
238
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
Vejamos então por quais caminhos nos conduz Beltrão por emblemáticas situações da comunicação.
Muito precocemente Luiz Beltrão entendeu que comunicação e
nação” tinha em relação a seu campo de atuação.
Com certo dissabor Beltrão admiti que o Brasil tardou a reconhecer
a importância da comunicação em relação a outras nações que melhor
se prepararam para o futuro.
-
-
-
COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA
239
-
-
sária.
Parece que a mentalidade dominante está consubstanciada nas
-
parece na ironia impregnada propositalmente para alertar os perigos
que rondam o Brasil.
-
240
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
nos basta. A ciência e a técnica têm-nas os outros. Importemo-las. E também importemos as idéias alheias é o que parece di-
-
-
-
-
long-playings e enlatados que preenchem grande parte da programação das emissoras do
Brasil.
-
-
COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA
241
Luiz Beltrão ainda reforça sua tese de que sem o intercâmbio de
sidade de temas de interesse nacional.
do homem a educação e a cultura. Em consequência dessa transfor-
-
-
-
-
-
242
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
de maior poder.
falar entre os teóricos da comunicação.
-
do como se estão formando poderosas empresas de comunicação
-
de infraestrutura que a comunicação contemporânea reclama”.
Em se tratando de comunicações os trâmites eram lentos media-
COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA
243
Tenesee
riormente se tornou em uma grande área industrializada.
-
mil e uma indústrias e o produto do trabalho daqueles milhões
-
-
-
-
244
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
não conseguiram sequer o seu lugar ao sol na estrutura educacional
-
abasteçamos os nossos meios de comunicação com a nossa
COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA
245
-
-
Sociólogos e antropólogos brasileiros têm dedicado estudos e
rência por todas as mensagens que tocam a alma e a sensibili-
-
-
formulou aquela que seria a primeira Teoria da Comunicação brasilei246
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
seus anseios.
Nos dias atuais a Folkcomunicação tem corroborado com o promunicação.
guardeiros. A atuação do jornalismo nos Estados Unidos foi crucial para
-
criaram uma consciência de monopólio estatal sobre o petróleo e ajudaram a formar a Petrobrás.
blicas – que adotou técnicas bem sucedidas de persuasão e conquista
Rockfeller Júnior.
-
a sua principal fonte de recursos. Mas há uma estreita interde-
COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA
247
pendência entre as empresas comerciais e industriais e as de
-
hábitos e conceitos das pessoas. Ao longo do tempo foram forjadas
opiniões sobre determinados produtos que até hoje estão inoculadas
na mente das pessoas.
-
a um conjunto de normas e técnicas que não se aprendem de
-
-
-
248
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
tado utilizam técnicas de argumentação e persuasão para imprimir no
-
simpatias e adesões das massas desiludidas do mundo ociden-
dos seus comunicadores e na utilização rigorosamente técnica
-
-
meios de comunicação onde somos meros espectadores e receptores
das ideologias e das informações alheias. Diante do quadro que hora se
COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA
249
-
ser tratada com muito esmero e responsabilidade por aqueles que a
É público e notório a importância da comunicação no processo de
campos.
-
-
a comunicação.
250
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Referências
Anuário Unesco/Metodista de Comunicação Regional
Memória das
ciências da comunicação no Brasil:
2001. p. 127-155
COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA
251
— Terceira Parte —
O Intelectual fora de série
COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA
253
3.1
Trajetória Acadêmica
MARIA CRISTINA GOBBI1
Introdução
-
centrados no campo religioso.
Programa Lato Sensu em Planejamento Estratégico em Comunicação e dos cur-
coletâneas na área.
TRAJETÓRIA ACADÊMICA
255
-
descobrir e conhecer melhor os mistérios do comportamento humano
-
-
telegrama e depois disso tornou-se repórter2”.
3
-
cia da Associação de Imprensa de Pernambuco e sua participação na
-
tual. Suas qualidades não passaram despercebidas. Toda sua carreira
em 1998. Não publicado.
-
256
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
minação.
-
-
cenário comunicacional.
Branco4
A trilogia A imprensa informativa
Jornalismo interpretativo
Técnicas de jornal
Gênese do Pensamento Comunicacional Latino-Americano
TRAJETÓRIA ACADÊMICA
-
257
Em teoria da comunicação
-
-
-
bacharéis em Jornalismo da UNICAP.
-
Também o professor Luiz Beltrão tinha no Instituto uma forma de
-
258
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
Também para
-
-
mitiu uma ampliação do curso de jornalismo e também um estreita-
-
curso de Jornalismo da Unicap e fortaleceram politicamente o Icin-
TRAJETÓRIA ACADÊMICA
259
Uma das grandes metas do professor Luiz Beltrão e como consequência
-
um dos pontos de destaque foi ser um centro articulador e estimulador
-
-
-
-
260
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
discutiu uma série de questões no âmbito da comunicação. Como propunha o próprio Icinform o periódico passou do enfoque das questões
Folkcomunicação
-
reconhecido 14 anos mais tarde.
a comunicação popular como manifestação própria dentro de um determinado grupo cultural.
estratégico para o diálogo com as classes marginalizadas e não apenas como
-
TRAJETÓRIA ACADÊMICA
261
-
-
Portugal os estudos Folkcomunicacionais serão incorporados como
-
que se reúnem em seus congressos anuais e bianuais. Também a Cáte-
-
de pesquisa da Folkcomunicação5. Mostrando que na realidade brasileira os
-
Folclore compreende formas interpessoais ou grupais de manifestação cultural
-
262
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
e interpretam a apropriação de bens da cultura popular pela
de Luiz Beltrão para o campo comunicacional. Construiu toda uma
-
radas por muitos estudiosos como as primeiras teorias genuinamente
Não há como negar a importância do mestre Luiz Beltrão para os
estudos do jornalismo e da comunicação. Em toda sua grande produTRAJETÓRIA ACADÊMICA
263
Comunicação”.
todista de Comunicação na busca de informações sobre as obras e as
teorias do mestre Luiz Beltrão.
6
-
layout
-
acadêmica.
264
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Comunicação.
A equipe optou por disponibilizar o material na internet por jul-
www.metodista.br
www.intercom.org.br
-
comunicação.
-
nhamento das oito edições do Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da
-
TRAJETÓRIA ACADÊMICA
265
7
depoimentos.
grande legado do mestre Luiz Beltrão. Para que esse espaço de pesquisa
[email protected] ou
.
-
-
-
-
gerando produtos ou modelos comunicacionais. A seleção se fará pêlos indica-
institucional dos últimos 5 anos.
266
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Referências
Gênese do Pensamento Comunicacional Latino-Americano
Comunicação & Problemas
Os grupos do
centro-oeste
Revista Enfolkcom. Trata-
Gênese do Pensamento
Comunicacional Latino-Americano
da Folkcomunicação na passagem
do século
Gênese do pensamento
Comunicacional Latino-Americano
Pensamento Comunicacional Latino-Americano: Luiz Beltrão.
-
: Gênese do pensamento Comunicacional Latino-Americano
pensamento Comunicacional Latino-Americano
Gênese do
Comunicação & So-
ciedade
Luiz Beltrão:
TRAJETÓRIA ACADÊMICA
267
-
268
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
3.2
Pensador Inventivo
ROBERTO BENJAMIN1
A elaboração da teoria da Folkcomunicação pelo professor Luiz
2
3
secundária como o folheto de cordel e o almanaque popular.
missão Pernambucana de Folclore
Folkcomunicação - um estudo dos agentes e dos meios populares de informação de fatos e expressão de idéias.
de doutoramento]
PENSADOR INVENTIVO
269
-
Folkcomunicação Para aqueles que consideram que os portadores de
culturas populares em tempo da cultura de massa.
-
las casinhas com antenas parabólicas se iluminam com o tremeluzir
-
4
des metrópoles do mundo.
alguns chupando os seus picolés e pirulitos.
270
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Brasil afora.
5
-
www.meusanto.com.br
6
.A
-
compact-discs
-
7
.
8
-
-
PENSADOR INVENTIVO
271
operadores dos equipamentos.9
Cordelnet
.
-
10
11
blico tradicional.
de uma banheira cheia de gelo e com a marca de uma cirurgia que lhe
12
www.orecifeassombrado.com.br
10.
11.
12.
272
-
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
para amedrontar as suas crianças.
13
.
14
15
e preparou um folheto de cordel que circulou em Caruaru em simul-
dos fatos e emitindo a sua opinião sobre as consequências.
A informação objetiva: No dia 11 de setembro / um dia de terça-feira /
do ano dois mil e um / a tragédia traiçoeira / atacou os Estados Unidos /
foi a maior bagaceira. // Foi nesta terça-feira / que os terroristas tiranos/
sequestraram os aviões / com seus gênios desumano / foram direto destruir/ o solo americano.
[...] Gente de toda nação / morreu nesse
Foi triste, triste, bem triste / a triste barbaridade / cobriu-se o mundo de luto / com a triste calamidade / hoje só resta
a tristeza / pranto, dor e saudade.
13.
-
14.
em 03 de abril de 2002.
15.
-
PENSADOR INVENTIVO
273
Unidos. Vários destes folhetos foram digitados e impressos em compuTal situação coloca os estudiosos da Folkcomunicação defronte de
a bens materiais e imateriais seja restrito.
A escolarização e o acesso às novas tecnologias colocam os estudiosos
diante de um portador da tradição capaz de realizar, ele próprio, a documentação e a análise da sua Performance E Performances dos grupos a
Diante deste quadro, torna-se necessária uma nova postura liberada
dos preconceitos etnocêntricos, a reciclagem das técnicas de pesquisa em
trabalho interdisciplinar com a incorporação das contribuições renovadas
das ciências humanas e das ciências da linguagem, o uso de novas tecnologias e equipamentos disponíveis.
Referências
Jornal do Commercio
A Província
Jornal
do Commercio
Folkcomunicação - um estudo dos agentes e dos meios populares
de informação de fatos e expressão de idéias
toramento].
Comunicação & Problemas
Folkcomunicação na sociedade contemporânea. Porto Ale-
274
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Folkcomunicação no contexto de massa
-
Jornal do Commercio
Jornal do Commercio
2002.
Introdução à poesia oral
-
PENSADOR INVENTIVO
275
3.3
Renovador Institucional
MARIA LUIZA NÔBREGA1
dencia a importância e o pioneirismo de Luiz Beltrão na sua luta pela
do uma campanha permanente por meio da imprensa pernambucana
procurando despertar para a necessidade de criar um curso superior
no intuito de sensibilizar a comunidade e contornar resistências ao
-
RENOVADOR INSTITUCIONAL
277
lhes dessem mais segurança para enfrentar um mercado de trabalho
-
três anos.
poucos recursos já comprometidos com o funcionamento dos cursos
-
me a coordenação do curso com 32 alunos matriculados e muita cora-
-
dia 13 de dezembro de 1963 durante a formatura da primeira turma
278
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
Seria ainda a oportunidade para tornar-se mais independente da buropara dar sustentação ao Icinform. Há uma mobilização em torno dessa
-
cação dos docentes.
-
RENOVADOR INSTITUCIONAL
279
-
sa e relações públicas e ainda agências de publicidade.
estabelecem prêmios e patrocinam bolsas de estudo.
-
acadêmicas que repercutem no curso de Jornalismo e fortalecem politi-
-
-
280
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
comunicação como ferramenta importante para promoção do desen-
-
mento de liberdade e democratização. A partir da comunicação seria
de todos os seus segmentos.
para a realização do I Curso Nacional de Ciências da Informação ofe-
temática é ampla e embora com uma concentração mais acentuada em
jornalismo abre espaço para outras estratégias de comunicação.
RENOVADOR INSTITUCIONAL
281
-
nhando as tendências da época superestima as possibilidades da co-
-
-
duração do curso passaria para quatro anos ampliaram o debate naciodiscussões já antecipadas pelo Icinform.
282
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
-
-
dê testemunho. Nem de outra maneira o antigo Secretário de
-
sa pernambucana tem de creditar ao antigo presidente da AIP
blica. Sobretudo porque essa cotação foi medida e pesada em
RENOVADOR INSTITUCIONAL
283
-
-
apud
-
rária ocorrida em Recife.
metodologia capaz de permitir a compreensão dos mecanismos e estratégias de comunicação utilizados pelas classes populares.
A importância do Icinform na área de pesquisa não se restringe ao
284
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
-
número publicado em março de 1965 traz uma ampla cobertura do
-
nas contribuições aos debates dos temas focalizados na primei-
RENOVADOR INSTITUCIONAL
285
-
-
-
Documentação e Pesquisa do Icinform.
Referências
Comunicação
& Problemas
Comunicação & Problemas
Itinerário de Luiz Beltrão
311 p.
jul. 1965.
A participação da mulher na imprensa escrita de Pernambuco
Comunicação & Problemas
286
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Comunicação
& Problemas
I Curso Nacional de Ciências da Informação. Comunicação & Problemas
RENOVADOR INSTITUCIONAL
287
3.4
Fundador do Primeiro Instituto
de Pesquisa
MARIA DAS GRAÇAS TARGINO1
brasileira. Sua atuação interliga-se embrionariamente com a de seu
-
tras ações.
FUNDADOR DO PRIMEIRO INSTITUTO DE PESQUISA
289
Palavras iniciais
pensar a comunicação social brasileira demanda o estudo de tendên-
-
em 1992. Considerado o primeiro estudo sistemático da comunicação
-
distante da concepção de que o jornalismo é tão-somente prática ou da
-
do mercado de trabalho não tem razão de ser.
inspirado uma série de trabalhos que contemplam sua trajetória como
290
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
-
-
-
Contos de Olinda e Olanda.
-
-
FUNDADOR DO PRIMEIRO INSTITUTO DE PESQUISA
291
Folkcomunicação: um estudo dos agentes e dos meios
populares de informação de fatos e expressão de ideias
Folkcomunicação, a comunicação dos marginalizados
nacional.
-
fortalecimento dos cursos
-
combate à dicotomia teoria X prática
contingente de pensadores
-
Torquato e os pernambucanos Roberto Benjamin e Tereza Lúcia
jornal laboratório
fonte de inspiração o Centro Internacional de Estudios Superiores
292
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
comunicação de massa.
-
-
-
Academia Pernambucana de Letras
FUNDADOR DO PRIMEIRO INSTITUTO DE PESQUISA
-
293
-
Analisa o conteúdo e a linguagem de três jornais de Belo Horizonte —
análise do conteúdo dos jornais
Uma
-
-
-
294
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
do uso de questionário como instrumento de coleta de dados e a en-
gem dos jornais.
mão do Icinform como elemento de marketing. Mediante a consecu-
cio de relações públicas. Trata- se da percepção da comunicação como
trumento das relações sociais.
Lembrando que o nome — Instituto de Ciências da Informação —
-
-
FUNDADOR DO PRIMEIRO INSTITUTO DE PESQUISA
295
-
e propicia a participação de seus membros em cursos de especialização
um dos módulos do IV Curso Internacional de Aperfeiçoamento em
Com a disciplina Métodos en la Enseñanza de la Técnica del Perio-
-
-
-
296
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
os fatos sociais sob ótica muito limitada. Sem contestar a especiali-
isolamento social ou destruição da memória histórica. É necessário
dimensão do todo.
corpo de conhecimentos que se amplia a cada segundo. A chance de
-
FUNDADOR DO PRIMEIRO INSTITUTO DE PESQUISA
297
-
pessoas altamente dotadas é bem superior ao de pessoas que se tornam
-
indo além da mera repetição.
-
da Educação e dos Desportos. Comissão de Especialistas da Área de
-
-
298
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
Conheça bem o Brasil
-
-
-
comunicação brasileira. Isso por não se tratar apenas de reconhecer as
coordenadas em que estão situados o educador e o educando da so-
FUNDADOR DO PRIMEIRO INSTITUTO DE PESQUISA
299
homem. É o homem
-
lia do jornalista Trajano Chacon em busca de recursos para a criação
jornalista e também professor do curso de jornalismo. Este conta com
-
prensa local estão entre os temas abordados. Roberto Benjamin analia força da literatura de cordel no processo de comunicação.
seu maior colaborador e o Instituto começa a declinar. Beltrão agiliza
300
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
-
demissão em massa de professores e a rejeição natural dos docentes
ou simplesmente Faculdade de Comunicação2
-
FUNDADOR DO PRIMEIRO INSTITUTO DE PESQUISA
301
parcial de dados para a elaboração do Atlas Brasileiro de Comunicação
A comunicação coletiva na sociedade
brasileira e a edição do jornal laboratório.
-
cipal colimado o desejo de trabalhar conjuntamente com um dos seus
-
302
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
-
-
-
-
das cadeiras da Academia Brasileira de Letras há dez anos. É no Diário
-
Jornal Pequeno
Correio do Povo e
FUNDADOR DO PRIMEIRO INSTITUTO DE PESQUISA
303
ticiosas France Press e Asa Press
bara Press e São Paulo Press.
na Folha da Manhã
Capibaribe Tudo Guana-
pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunica-
-
Referências
Itinerário de Luiz Beltrão
BRASIL. Ministério da Educação e dos Desportos. Comissão de Especialistas da
Área de Comunicação. Diretrizes curriculares da área da comunicação social.
Itinerário de Luiz Beltrão
Movimentos sociais e participação política
Contribuições para uma pedagogia da comunicação.
Pedagogia da comunicação
13-69.
Estudos de jornalismo comparado
-
Nos tempos da gloriosa
Subsídios para uma teoria
da comunicação de massa
304
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Revista Brasileira de
Comunicação
Comunicação & Sociedade
A dimensão da obra jornalística
FUNDADOR DO PRIMEIRO INSTITUTO DE PESQUISA
305
3.5
Inovador Educacional
WILLIS LEAL1
a um bate-papo. Espero fazer um depoimento o mais espontâneo posmento.
-
-
-
INOVADOR EDUCACIONAL
307
cultura nordestina”.
mobiliário e na construção.
-
-
era concebido dentro de estudos técnicos obtidos ao longo da leitura
A presença de Luiz Beltrão na Faculdade das Lourdinas foi funda308
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Luiz Beltrão aqui encontrou não eram alunos comuns. Pelo contrá-
-
-
todos os sentidos. Lembro-me bem de uma em que ele tomou como
referência a morte do Papa para ensinar técnica de redação. Dias
mente idênticas as que anteriormente mencionara na aula.
Lembro-me também que para mostrar a importância dos fatos
noutra cidade.
INOVADOR EDUCACIONAL
309
tos nobres. Essa missão menos técnica do jornal sempre foi muito
destacada por ele. Era um humanista.
-
-
para melhor esclarecer o que ensinara.
-
pressora ao teletipo e ao luminoso na fachada do prédio. Na sema-
utilizados na imprensa pessoense.
-
-
310
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
linguagem e companheirismo.
fossem embaladas por elementos emocionais. Normalmente ele
-
INOVADOR EDUCACIONAL
311
3.6
Criador da Primeira Revista
Científica
ROSA MARIA FERREIRA DALES NAVA1
Introdução
-
cação sofreu — principalmente no último século — transformações e
CRIADOR DA PRIMEIRA REVISTA CIENTÍFICA
313
mostram- se fragilizadas se não se apoiarem num dos primeiros códi-
-
-
2
314
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
do conhecimento.
Comunicações
& Problemas.
-
3
4
A história do periódico Comunicações & Problemas é fruto do ambicioso programa de ensino e pesquisa da comunicação de Luiz Beltrão
Consciente da importância da Comunicação e sua análise e estudo
-
CRIADOR DA PRIMEIRA REVISTA CIENTÍFICA
315
Comunicações & Problemas
-
dedicada aos estudos e pesquisas de Comunicação a ser editada no
5
6
compreendida em três fases.
Na sua primeira fase Comunicações & Problemas
-
Diretor Responsável:
Secretário:
Gerente: Beroaldo Lucena e Melo.
Diário de Pernambuco
adesão de assinantes e inserção do Diário de Pernambuco.
-
municação & Problemas
mas latino-americanos.
316
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Co-
7
blemas entra numa segunda fase.
8
Ainda constatamos uma continuidade numérica para caracterizar
Diretor:
cretário:
Se-
Gerente:
9
Comunicações & Problemas fosse ao mesmo
10
a
11
Em julho de 1966 o editorial tematiza a implantação da Facunb
-
10.
11.
4. p. 1 e 2.
CRIADOR DA PRIMEIRA REVISTA CIENTÍFICA
317
-
-
sores e orientadores do ensino de jornalismo e das demais téc-
-
nos três semestres seguintes [...]12
-
12.
318
-
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
Comunicações & Problemas
-
a comunicação.
-
13
13.
CRIADOR DA PRIMEIRA REVISTA CIENTÍFICA
319
14
da primeira página.
mento do regime militar e uma série de problemas decorrentes das cir-
Comunicações & Problemas
cutiu uma série de questões no âmbito da comunicação. Como propunha o próprio Icinform o periódico passa do enfoque das questões
latino-americanos.
Circulou durante quatro anos e discutiu uma série de questões no
âmbito da comunicação.
De Recife para o mundo
15
Assim Tereza Lúcia
16
Comunicações & Problemas.
Beltrão e seus alunos no Ciespal contribuem para essa realização.
14.
15.
-
16.
-
320
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
Comunicações & Problemas
17
Segun-
Journalism Quartely”.
-
com a famosa Journalism Quartely
-
Comunicações & Problemas
resumo em inglês — coisa inédita naquela época onde a pesquisa
nesse periódico que Luiz Beltrão lançou as bases para a pesquisa
18
Comunicações & Problemas cumpria a proposta
-
Comunicações & Problemas
17.
18.
CRIADOR DA PRIMEIRA REVISTA CIENTÍFICA
321
Comunicações & Problemas foi lançado em
-
-
Comunicações & Problemas
ceder bolsas de estudo para os que desejam aperfeiçoar os seus conhe-
-
Autores e temas
Comunicações & Problemas traz transcrições de
322
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
19
-
-
notar a maturidade dos artigos e a preocupação em publicar temas nacionais e internacionais.
gionalização. Também se nota mais noticiário da Faculdade de Comu-
nos de curso ministrado por Luiz Beltrão no Instituto de Periodismo
1. Júlio Mesquita Filho
2. Alberto Dines
3. Adelmo Montenegro
4. Eugênio Malenga
19.
CRIADOR DA PRIMEIRA REVISTA CIENTÍFICA
323
março de 1967. Uma interrupção de quase dois anos em sua propos-
C&P
-
nuidade.
gem de um Jornal do Recife” de autoria de José Marques de Melo.
contrado nas publicações anteriores.
A crise por que passa o periódico pode ser atestada ainda no editoC&P fosse
20
Gutemberg...”
21
22
23
24
20.
21.
22. lbid.. p. 5.
23.
24.
324
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
25
26
27
28
29
30
nos deparamos com um artigo-desabafo de Beltrão que retrata
fessores e seu próprio afastamento da coordenação da Faculdade de
comunicação
-
25.
26.
27.
28.
29.
30.
CRIADOR DA PRIMEIRA REVISTA CIENTÍFICA
325
Edson Brenner.
Encontramos depoimentos e a colaboração especial de Juan Diaz
Mas os problemas parecem não ter acabado. Apesar do cuidado em
C&P
blicadas são reproduções das conferências proferidas no IV Congresso
Católico Latino-Americano de Imprensa.
326
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
3.7
Modelo Pedagógico
LUIZ CUSTÓDIO DA SILVA1
-
teórico de comunicação ou do autor das ideias que resultaram na
teoria de folkcomunicação continuam interferindo nos processos
-
e ensino de pesquisa.
MODELO PEDAGÓGICO
327
-
Para uma melhor compreensão dos projetos e das contribuições
pesquisado pernambucano.
jornalismo na nossa compreensão a obra acima mencionada é o mar-
projeto pedagógico para o ensino de jornalismo concebido por Bel-
tado das participações de Beltrão em congressos de jornalistas realizados a partir de 1951 no Recife e em outras capitais brasileiras e em
-
trão para essas questões o tornaria um de nossos mais consistentes
-
328
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
na sociedade contemporânea. A necessidade de especialização do
jornalismo e do próprio jornalista é um tema presente no ensaio e
no tocante a ética e a responsabilidade social perpassam toda a obra
aqui tomada como o ponto de partida de uma militância acadêmica
ocupações básicas que nortearão toda a obra e trajetória de Luiz
relação com uma cultura de paz entre outras questões ainda hoje
é também um grito de alerta para a sociedade brasileira quanto ao
conhecimento e compreensão do ato de fazer jornalismo.
jornalista na região Nordeste. É primeiro curso na área a ser implan-
MODELO PEDAGÓGICO
329
-
Reis e Potiguar Matos. Muitos docentes lecionaram as chamadas disresponsabilidade do próprio Luiz Beltrão.
Beltrão implanta o Instituto de Ciências da Informação no dia 13 de
dezembro de 1963 por ocasião da formatura da primeira turma de baSegundo o Professor Roberto Benjamin
-
-
mação do pesquisador em comunicação no Nordeste brasileiro. Para
de natureza pedagógica como forma de consolidar as ações do centro
de estudo recém-criado.
330
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
dos pelo Centro Internacional de Estudos Superiores de Comunica-
Alemanha.
-
o fomento do que é denominado de Teorias Latino - americanas de
comunicação.
sileiro também o espaço para a pesquisa e para a capacitação de jor-
-
-
MODELO PEDAGÓGICO
331
A pratica de pesquisa seria uma outra ação pedagógica de Beltrão
para formação de uma geração de pesquisadores na região que posteriormente traria imensas contribuições para outras regiões brasileiras.
-
denominado a opinião editorial pela imagem.
responsabilidade do professor Luiz Beltrão podemos mencionar tamno Brasil denominada de Comunicação & Problemas.
-
-
dou a debater e a problematizar assuntos que nortearam a pratica e o
estimulados pelo mestre pernambucano.
332
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
jornal diário
-
-
técnicas e estratégias pedagógicas para o ensino de jornalismo nas faculdades e cursos de comunicação.
Não obstante as transformações registradas no jornalismo nos últi-
debates e norteando professores e alunos na busca de compreensão de
como melhor conduzir de forma sistematizada a estruturação de uma
noticia ou de uma reportagem.
-
MODELO PEDAGÓGICO
333
-
lembrar que na contemporaneidade muitos são os manuais de jornalis-
-
-
pessoais de seus autores do que a forma e as estratégias adotadas para
-
-
334
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
pesquisas aplicadas junto aos jornais brasileiros entre muitos outros
aspectos fundamentais para o processo de compreensão dos funda-
como as principais contribuições para o processo de ensino dessa cate-
publicado em 1965 pelos Cadernos de Jornalismo do Jornal do Brasil.
metodológicas e técnicas de como construir reportagens de natureza
-
dias de hoje.
nalismo e consequentemente da denominada comunicação de massa.
Já no capitulo inicial problematiza o tema da obra com questões básicas
MODELO PEDAGÓGICO
335
não usa as modernas técnicas de análise de conteúdo e análise de dis-
riam enriquecidos e aprofundados com as teorias contemporâneas dos
-
da informação local enquanto estratégia para a consolidação do que ele
Luiz Beltrão nos ensina em toda a sua obra a pensar na comunica-
meios de comunicação.
teorias da Folkcomunicação respeitadas hoje no mundo acadêmico
nacional e fora do Brasil.
336
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
faz sentido o ensino consciente de um jornalismo comprometido com
Referências
______________. A Imprensa Informativa
-
Itinerário de Luiz Beltrão
-
1998.
Jornalismo Especializado - Emissão de Textos no Jornalismo Impresso.
Da necessidade de interpretação
A arte de tecer o presente. São
Inciform: Uma experiência pioneira. In: Gênese do
Pensamento Comunicacional Latino-americano
MODELO PEDAGÓGICO
337
3.8
Patrono Emblemático
BETANIA MACIEL1
Introdução
oria brasileira das Ciências da Comunicação e da Informação. Nasceu
Comunicações & Problemas. Foi assim que a culmultidisciplinares.
-
sidente da Rede Folkcom-Rede de Estudos e Pesquisas em Folkcomunicação
– Cátedra UNESCO
PATRONO EMBLEMÁTICO
339
Comunicações & Problemas
Journalism Quarterly
-
pesquisa proposto estende-se para o estudo dos processos comunica-
de manifestações culturais populares.
municacionais pelos quais as manifestações da cultura popular ou do
A Rede Folkcom
A ideia de criar uma rede de pesquisadores da Folkcomunicação
-
quisadores se reuniram e organizaram a I Conferência Brasileira de
340
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
que certos segmentos da nossa intelectualidade esboçam em relação
ao saber popular”.
-
as imagens midiáticas do Natal brasileiro.
municação seja aceita plenamente pela academia. Segundo ainda Mar-
trar a pertinência dos referenciais escolhidos. A legitimação
especialmente daqueles que se sentem ameaçados ao constatar
onde há espaço para todas as correntes de ideias.
PATRONO EMBLEMÁTICO
341
Folkcom - Rede de Estudos e Pesquisas em Folkcomunicação. Instidentro dos processos de comunicação social midiatizada.
-
-
-
a realização do processo folkcomunicacional.
342
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
nar uma concentração mais sistematizada em determinadas temáticas
Apresentamos a seguir os encontros realizados pela Rede Folkcom
-
–São Bernardo do Campo – SP. Tema: I Conferência Brasileira
II Folkcom´99 – Fundação de Ensino Superior de São João DelTema: Homenagem
especial ao centenário de nascimento do folclorista Luís da
Câmara Cascudo;
João Pessoa –PB. Tema: Folclore, Mídia e Turismo;
Sul – UFMS
Tema: As festas populares
como processos comunicacionais;
-
Tema: Folkmídia. Difusão do folclore pelas indústrias
midiáticas;
ado –RS. Tema: Folkcomunicação Política.
VIII Folkcom´2005 - CEUT -Teresina–PI. Tema: A comunicação dos pagadores de promessas: Do ex-voto à indústria
dos milagres;
PATRONO EMBLEMÁTICO
343
UMESP - São Bernardo do Campo –SP. tema: Folkcomunicação e cibercultura a voz e a vez dos excluídos na arena
digital;
trado em Ciências Sociais Aplicadas. Tema: A comunicação dos
, tendo como
-
banos marginalizados e grupos culturalmente marginalizados. Embora
-
ralismo que marca a sociedade brasileira contemporânea. Em meio aos
lendas e demais marcas identitárias originárias dos imigrantes.
-
da comunicação popular.
344
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
culturas.
- Neste ano a cidade de Natal comemorou o
-
sões de Câmara Cascudo pelo território folkcomunicacional.
“Impasses
“Caipiras Folkmidiáticos
municação
-
fortalecimento
da comunicação na cultura popular ou no folclore. Como rede de pes-
Um grupo importante de pesquisadores da Folkcomunicação está
-
PATRONO EMBLEMÁTICO
345
in memoriam
-
-
cuidam das Ciências da Comunicação e da Informação como a ALAIC
-
Intermediações Folk-Midiáticas no cinema.
Já a Revista Internacional de Folkcomunicação Revista Folkcom 2
. Em
Revista mantém a
.
346
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
-
-
pesquisado no Brasil”.
-
-
das tecnologias de informação e comunicação na mediação destes proto e lançamento de um portal na Internet coordenado pelo professor
Marcelo Sabbatini.
3
-
PATRONO EMBLEMÁTICO
347
-
estas comunidades.
.4 Editada pelo Instituto
-
número especial da
nicação destacou o papel desta teoria como genuinamente brasileira e
-
para sua consolidação.
-
-
razonypalabra
348
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
gência acadêmica e uma maior representação junto aos interesses da
sociedade.
dos folkcomunicacionais sejam uma tendência na contemporaneidade.
-
-
-
fronteira cultura globalizada-cultura popular.
-
-
PATRONO EMBLEMÁTICO
349
indústria cultural e do turismo de massas.
-
-
ção da cultura.
target
cal. Busca dessa forma entender o empoderamento das comunidades
-
350
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
gias de informação e comunicação na sociedade contemporânea. Es-
-
-
Referências
excluídos. Intercom. Cadernos de Comunicação
Folkcomunicação: a mídia dos
-
. A fala e o gesto
_______. Folkcomunicação:
Contos brasileiros
2006.
Folkcomunicação: a mídia dos excluídos. Intercom. Cadernos de Comunicação. Estudos. V 17.
_______. Mídia e cultura popular:
-
PATRONO EMBLEMÁTICO
351
Luiz Beltrão: pioneiro das ciências da comunicação no Brasil.
______.Folkcomunicação e ativismo midiático
-
neiro. Folkcomunicação: a mídia dos excluídos. Cadernos da Comunicação. Série
352
LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
3.9
Motivador de Releituras
OSVALDO MEIRA TRIGUEIRO1
Introdução
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faz uso das múltiplas formas de comunicação e das culturas ofertadas
pelas redes midiáticas e os seus cruzamentos com as redes de comu-
1. Professor e pesquisador do Departamento de Comunicação e Turismo da Unie da Comissão Paraibana de Folclore. Doutor em Ciência da Comunicação pela
MOTIVADOR DE RELEITURAS
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de comunicação cotidianas operadas entre interlocutores locais que
compartilham os mesmos espaços e os repertórios culturais semelhanrais. Cada sujeito é um ser pensante que atua em sociedade e fala sobre
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cultura. Mediação é a operação de negociação entre duas ou mais par-
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LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
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ção e da dinâmica cultural são acelerados pelas redes midiáticas e re-
alização das operações informacionais das negociações de mediações
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O ativista midiático do sistema Folkcomunicacional
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grupos sociais de referência do local interligados pelos sistemas interpessoais de comunicação.
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LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
dos sistemas folkcomunicacionais operam intensamente como protano interior dos seus grupos sociais ou comunitários.
sistema duplo de uso dos produtos culturais midiáticos e populares é
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cultural. Todos os constituintes da audiência dos meios midiáticos ou
estão acessando os seus conteúdos e depois cada um age conforme as
suas necessidades ou habilidades para fazer uso e consumo dos seus
midiáticos da audiência emergem nas redes de comunicação cotidiana
– folkmidiáticas – como sujeitos que saem da sua condição de anoni-
MOTIVADOR DE RELEITURAS
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rência primário e secundário.
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pertence na formatação das práticas simbólicas e materiais das culturas
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gam em águas e caminham em territórios socioculturais rurais e urbanos.
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LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
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cação formal do Estado. Suas relações são estabelecidas com outros
mente com bons olhos.
O ativismo midiático e a produção cultural
Folkmidiática
No mundo globalizado não há espaços para antagonismo entre as
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atualizações para os propósitos de uso ou não e de consumo dos bens
simbólicos e materiais nas redes de comunicação cotidianas demandadas nos grupos populares. É na rede de comunicação cotidiana que são
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multidirecionais onde operam protagonistas de diferentes segmentos
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LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
as interações das redes de comunicação cotidiana do local – folkcomuatribuições da realidade e transformando os seus processos de produção cultural tradicional em produtos folkmidiáticos.
leiro e o nordestino de hoje em muito diferem daqueles das décadas
daram Luiz Beltrão na formulação tipológica do agente comunicador
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MOTIVADOR DE RELEITURAS
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tizada está constantemente conectado aos muitos lugares do mundo
dialético de interpretações de bens culturais locais e globais emergem
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diáticos dos sistemas folkcomunicacionais é o encadeamento capilar
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tidiana como um emissor criador cultural ou como produtor criador
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LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
dos seus grupos sociais como um operário de estratégias e táticas ca-
de determinado conteúdo folkmidiático nas redes de comunicação
terminadas pelos seus grupos de referência.
referência. Eles sobressaem dos demais do seu grupo social pela sua
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MOTIVADOR DE RELEITURAS
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midiáticos operam nas instituições locais e muito mais nas estruturas
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de comunicação do local e do global. A sociedade globalizada não neu-
instâncias sociais do local.
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LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
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até mesmo de uma cidade rurbana.
Referências
A invenção do Nordeste e outras
artes
Globalização:
Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Rio de
Comunicação & problemas
Folkcomunicação: a comunicação dos marginalizados. São PauFolkcomunicação no contexto de massa.
MOTIVADOR DE RELEITURAS
365
Cultura de massa e cultura popular:
Comunicação e educação:
Culturas híbridas: estratégia para entrar e sair da moLa globalización imaginada
A casa e a rua:
Mídia radical:
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Desmontagens de sentidos:
-
Ensinando à televisão: estratégias de recepção da TV
Dicionário Aurélio Século XXI. Rio de
Extensão ou comunicação
Rurbanização:
As conseqüências da modernidade
Diálogos midiológicos
culturais. Revista brasileira de ciências da comunicação
Dos meios às mediações:
Por uma outra comunicação:
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As telenovelas da Globo:
De Belém a Bagé: imagens midiáticas do
Cultura e comunicação de massa
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LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
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O caminho das mediações
Antropológica do espelho
MOTIVADOR DE RELEITURAS
367
3.10
Cenário Pós-Beltraniano
CRISTINA SCHMIDT1
mundo capitalista as estratégias de mediação precisam ser muito bem
compreender conceitos que situam a área de conhecimento da folkcomunicação.
Analisar esse processo é o mesmo que pontuar as práticas comunicacionais e culturais negociadas - interações mediadas - em que os
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zes - UMC em São Paulo.
CENÁRIO PÓS-BELTRANIANO
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comunicação cotidiana - da folkcomunicação. Essas práticas nego-
É
petáculo e da publicidade e propaganda. A cultura cede espaço para
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Referências culturais
É
cessidades primeiras de trocas simbólicas e materiais para a sobre-
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LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
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As manifestações da cultura popular não manifestam apenas os
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os agentes dessa produção se inserem na dinâmica dessa sociedade.
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tornam aptos a satisfazer as necessidades naturais ou sociais dos mem-
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CENÁRIO PÓS-BELTRANIANO
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entender o fato folclórico dentro do espaço da cultura em que está
inserido. E ainda entender como cultura popular e tradicional de um
forma de resistência e identidade cultural.
termo foi criado para ampliar o leque de manifestações e gêneros
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LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
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Primeiros conceitos
A Primeira Comissão Técnica do Congresso Internacional
direta ou instituições estabelecidas.
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CENÁRIO PÓS-BELTRANIANO
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alimentação como fator de geração de fatos folclóricos. As áreas cul-
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cul
é
de cada uma dessas monoculturas são sempre outras e interferem
A posição de Rossini Araújo segue a orientação da Comissão
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CENÁRIO PÓS-BELTRANIANO
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tica acirrada a essas conceituações sobre o folclore. Ele coloca que
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e do homem pobre suburbano ainda não de todo assimilado pelas
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LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
as manifestações da cultura popular chamadas de folclóricas como
manifestações residuais. Isso quer dizer que são originárias de cul-
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trimento de uma identidade e impulsionando o outro em razão de um
CENÁRIO PÓS-BELTRANIANO
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O
folkcomunicação
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tal que se perde a referência do original-singular para o produto co-
simbólica com que os migrantes camponeses adaptam seus sabe-
é
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meios de comunicação passam a ter papel fundamental na apresentação
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LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
que consideram necessário. Dentro de um panorama de muita in-
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nas e midiáticas.
quando a profunda informatização dos processos comunicacionais
nacionais ou internacionais se acentuam como pauta para a forma-
CENÁRIO PÓS-BELTRANIANO
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imagens do mundo globalizado sem perder as singularidades na-
cosmopolita”. É
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esquecimento.
municação é o processo de intercâmbio de informações e manifes-
pos rurais ou urbanos.
cação é o estudo dos procedimentos comunicacionais pelos quais as
Para fazer essa leitura é preciso desconstruir os referenciais
Luiz
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LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
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E é nessa teoria que encontramos conceitos pertinentes para
analisarmos as interações entre o local e o global nos processos
percebendo ao mesmo tempo que os dois sistemas comunicacio-
Referências
A inteligência do folclore.
Cultura popular brasileira.
1973.
Sociologia do folclore brasileiro.
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Comunicação e folclore: um estudo dos agentes e dos meios populares de informação de fatos e de expressão de idéias.
Dialética da colonização.
_______ Cultura brasileira
Memória e sociedade
O que é folclore
Culturas híbridas
Dicionário do folclore brasileiro
Dicionário critico de política cultural
CENÁRIO PÓS-BELTRANIANO
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381
Cultura pós-moderna
O desmanche da cultura
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O folclore em questão
Dialética e Cultura
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A ciência do folclore
Semiótica Russa
A moderna tradição brasileira
Ecologia, cultura e turismo
Antropologia Cultural e Folclore.
Revista de
Cultura Vozes
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LUIZ BELTRÃO: SINGULAR E PLURAL
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