ESTADO DO TOCANTINS PODER LEGISLATIVO REQUERIMENTO Nº. /2013. EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO TOCANTINS. “Solicita a Construção de um Centro de Socialização para Menores Infratores em Paraíso do Tocantins.” O Deputado que o presente subscreve vem em conformidade com os termos regimentais desta Augusta Casa de Leis, REQUERER, após anuência do Plenário, que seja encaminhado o presente requerimento ao Governador do Estado do Tocantins, que seja firmado convênio com a Prefeitura de Paraíso do Tocantins, para a Construção de um Centro de Socialização para menores infratores. Em conformidade à justificativa abaixo. JUSTIFICATIVA Senhor Presidente e nobres pares, Prevenir a delinqüência juvenil, é impedir um genocídio social que se permite esteja sendo praticado contra milhares de menores, espalhados nos quatro cantos deste país e que, produtos de um processo de socialização divergente, disfuncionados, convertem-se em infratores porquanto não se lhes oferecem outras opções, não se satisfazem, a tempo próprio, as suas necessidades básicas (suas carências, isoladas ou não, são múltiplas: econômicas, sociais, físicas e psíquicas) nem se busca desenvolver as suas potencialidades positivas. Este Centro deverá seguir as normas do ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, e do Sistema Nacional de Atendimento Sócio Educativo e deverá ter uma estrutura moderna, aconchegante e oferecer espaço para socialização, ginástica, quadra poliesportiva com cobertura, piscina, capela, e dependências administrativas. O presente trabalho, abordando alguns aspectos da chamada delinqüência juvenil, não traz nada de novo. Trata-se de despretensiosa reflexão a respeito das causas, da importância e da necessidade imediata de políticas de prevenção. Diante do exposto, conclamo aos Senhores Parlamentares a aprovarem o presente requerimento. Sala das Sessões, ao 01 dia do mês de fevereiro de 2013. JOSÉ GERALDO Deputado Estadual GABINETE DO DEPUTADO JOSÉ GERALDO Assembleia Legislativa – Praça dos Girassóis – 2º. Andar - Gab. Palmas – TO - 77003-905 Fones: (63) 3212.5055 – E-mail: [email protected] Um futuro diferente, com novos valores e perspectivas de vida. Esta é a nova realidade oferecida pelo governo do Estado, por meio do Centro Sócio Educativo de Palmas “Educandário Tocantins”, a menores infratores sentenciados ao cumprimento de medidas sócio educativas. O centro foi inaugurado pelo governador Marcelo Miranda (PMDB) e a primeira-dama Dulce Miranda no final da tarde desta quinta-feira, 27. A unidade é a primeira no Tocantins e segue as normas do ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, e do Sistema Nacional de Atendimento Sócio Educativo. A construção da unidade foi retomada em março de 2003 e concluída com empenho da atual gestão. Erguido numa área de 3 mil metros quadrados, o Centro conta com uma estrutura moderna, aconchegante e oferece espaço para socialização, ginástica, quadra poliesportiva com cobertura, piscina, capela, e dependências administrativas. Foram investidos na obra R$ 2,7 milhões, fruto da parceria entre os governos federal e estadual.. Durante a inauguração, o governador avaliou a importância da funcionalidade da obra. “Nosso governo tem algumas marcas. Uma das que mais me orgulha é a de procurar resolver os problemas e corrigir injustiças. Estamos aqui inserindo um projeto pedagógico inovador, com profissionais qualificados e possibilitando um futuro social, moderno e justo para muito adolescentes”, disse. Dulce Miranda, que teve atuação estratégica na implantação do Centro, reforçou a importância da obra. “É um suporte para muitos pais de família”. Atendimento O Centro terá capacidade para atender 42 adolescentes de todo o Estado com medida de internação. Segundo a diretora de Assistência Social da Secretaria do Trabalho e Ação Social, Regina Dias, a quantidade de vagas está de acordo com a demanda do Estado. “Do Centro Provisório de Taquaralto, somente oito adolescentes se encontram em medida de internação. No interior temos poucos casos, cerca de cinco, nesta situação”. Para o funcionamento do Centro foi definida uma política de acompanhamento dos adolescentes, baseada em 3 etapas: acolher, compartilhar e projeto de vida. O objetivo é garantir um atendimento digno em cumprimento às medidas sócio educativas, respeitando os direitos, oferecendo assistência à saúde e contribuindo para o desenvolvimento educativo, pessoal, social e artístico. São parceiros do Centro o Poder Judiciário, a Fundação Cultural, a Secretaria Estadual da Educação e Cultura e entidades não governamentais. Além dos funcionários - 54 no total, entre pedagogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, monitores, assistentes sociais, nutricionistas, cozinheiros, motoristas e assistentes administrativos – secretários de Estado, juízes, promotores e empresários do setor privado também prestigiaram a inauguração. Homenagens Marcelo e Dulce Miranda, juntamente com outras autoridades, foram homenageados durante a inauguração. Um culto ecumênico e apresentação do grupo Tambores do Tocantins também marcaram a solenidade. Preveni-la, a delinqüência juvenil, é impedir um genocídio social que se permite esteja sendo praticado contra milhares de menores, espalhados nos quatro cantos deste país e que, produtos de um processo de socialização divergente, disfuncionados, convertem-se em infratores porquanto não se lhes oferecem outras opções, não se satisfazem, a tempo próprio, as suas necessidades básicas (suas carências, isoladas ou não, são múltiplas: econômicas, sociais, físicas e psíquicas) nem se busca desenvolver as suas potencialidades positivas." Cesar Barros Leal SUMÁRIO: O presente trabalho, abordando alguns aspectos da chamada delinqüência juvenil, não traz nada de novo. Trata-se de despretensiosa reflexão a respeito das causas, da importância e da necessidade imediata de políticas de prevenção. Ao analisar as causas da delinqüência juvenil e da crescente violência urbana destaca-se que o fenômeno decorre, principalmente, da injusta distribuição de renda, da miséria e da falência das políticas sociais básicas. A violência urbana vem ensejando apelos a atitudes repressivas que nada resolvem, apenas provocam mais violência e criminalidade. Procura-se demonstrar que tão simplória proposta (prisão para averiguações, exacerbação de penas, julgamentos sumários, batidas policiais, etc.), além de antijurídica não tem justificativa, conflitando-se com os mais elementares princípios de criminologia. O trabalho enfatiza a importância da prevenção, salientando os três níveis da respectiva política. No aspecto primário, os direitos fundamentais e as políticas sociais básicas. Prevenção secundária, mediante assistência educativa, programas de apoio, auxílio e orientação ao jovem e à família. Prevenção de terceiro nível, através da Criminologia Clínica.