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Rogério Martins vai realizar
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O ESTADO DO MARANHAO · SAO LUÍS, 13 de março de 2012 - Terça-feira
Espaço livre
para a poesia
I Festival de Poesia Papoético
abre inscrições e homenageia
o poeta Maranhão Sobrinho
T
endo como patrono o
poeta maranhense Maranhão Sobrinho, o I Festival de Poesia Papoético está com
inscrições abertas até o dia 30 de
abril. O evento, que será realizado dia 31 de maio no Chico Discos (Centro), elegerá melhores
poema e interpretação. As inscrições podem ser feitas pelo email [email protected].
De acordo com o jornalista
Paulo Melo Sousa, idealizador do
Papoético e do festival, a finalidade do concurso é estimular e
socializar a atual produção poética realizada em língua portuguesa por autores inéditos. “Esperamos boa participação dos
escritores que estão com seus
poemas engavetados e buscando uma oportunidade como essa”, diz ele.
Os poemas inscritos serão selecionados por uma comissão
julgadora e a divulgação da lista
com os 20 poemas finalistas será dia 7 de maio. Poderão participar do festival apenas pessoas
que não tenham obra publicada
e que escreva poesia em língua
portuguesa. A temática é livre.
Os poemas serão classificados em primeiro, segundo e terceiro lugares e receberão, respectivamente, R$ 1 mil, R$ 500,00 e
R$ 300,00. O melhor intérprete
ganhará R$ 500,00, o segundo R$
300,00; e o terceiro R$ 200,00.
Paulo Melo Sousa explica que
a motivação para a realização do
festival foi à crescente valorização, nos últimos anos, dada por
órgãos públicos às manifestações culturais de cunho popular, que se destacam tanto no
Carnaval quanto no São João.
“Em decorrência disso, as artes
em geral perderam apoio oficial,
entre elas a literatura. Concursos literários foram extintos, e
até o Festival de Poesia da Universidade Federal do Maranhão
foi desativado”, assinala.
Para o jornalista, mesmo com
as dificuldades, o cenário poético em São Luís é de qualidade.
“Temos ótimos nomes, desde os
consagrados Nauro Machado e
José Chagas, passando por Laura Amélia Damous, José Maria
Nascimento, Alberico Carneiro
Filho, José Ewerton Neto, Luís
Augusto Cassas, Moranno Portela e Kiko Consulin - com dois
livros inéditos e muito bons - entre outros”, opina.
Quando o assunto são as novas gerações, Paulo Melo Sousa
destaca nomes como Samarone
Marinho, Josoaldo Rego, Dyl Pires, Lenita de Sá, Bioque Mesito,
Antônio Aílton, Hagamenon de
Jesus e Jorgeana Braga.
Projeto - O Projeto Papoético foi
idealizado por Paulo Melo em
novembro de 2010. O evento
acontece no espaço cultural Chico Discos (Centro), onde funciona um sebo, no qual se comercializa livros antigos e usados,
CDs e discos de vinil. No espaço,
foi adaptado um barzinho, que
atende uma clientela fiel que
aprecia música de qualidade.
O Papoético acontece uma
vez por semana e traz na programação recitais de poesia,
lançamentos de livros, canjas
musicais, exibição de filmes,
discussões filosóficas e exposição de ideias.
Para este ano, estão previstos ainda um concurso de fotografia e outro de contos. Paulo Melo explica que para realizar os projetos conta com o
apoio de amigos. “Tudo é feito
em regime de mutirão, temos
muitos nomes na lista do Papoético, mais de 500 pessoas
que estão colaborando com dinheiro do próprio bolso para
que os eventos se realizem”, observa o jornalista.
Serviço
• O quê
I Festival de Poesia Papoético
– Prêmio
Maranhão Sobrinho
• Inscrições
Abertas até o dia 30 de abril
• Onde
[email protected]
O artista
Rogério Martins
ensinará
técnicas e
História da Arte
Reprodução
Perfil
Ao lado de Antonio Lobo,
Maranhão Sobrinho foi um dos
fundadores do movimento de
renovação literária
denominado Os Novos
Atenienses, que em fins do
século XIX e início do século
XX sacudiu o meio intelectual
de São Luís com ideias
vanguardistas, e deu origem à
Academia Maranhense de
Letras. Maranhão Sobrinho foi
o mais singular poeta de sua
geração.
Maranhão Sobrinho será o homenageado na primeira edição
Boêmio, Maranhão Sobrinho
nasceu em Barra do Corda, em
25 de dezembro de 1879, e
morreu ainda jovem, em
Manaus, no mesmo dia em que
completava 36 anos. Ele
encarnou como poucos a figura
trágica do poeta dominado por
suas angústias existenciais.
Simbolista ortodoxo foi um
visionário capaz de construir
imagens perturbadoras em
versos mórbidos. deixando
transparecer uma amargura e
pessimismo comum aos
intelectuais da época.
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