Semana 5 – Ser livre para viver A oração começa na Igreja junto ao Círio Pascal. É importante criar um clima favorável para a oração. Cântico: à escolha. Num momento de silêncio, respira a frase ‘eu creio’. Agora, vamos professar juntos a nossa fé no Cristo Ressuscitado, Luz do nosso caminhar. Acender a tocha no Círio e, com a tocha acesa, vamos até o local da reunião cantando. A tocha ficará no centro da sala. É a Luz de Cristo que ilumina a caminhada. Leitura: Jo 8, 1-11 “Jesus foi para o Monte das Oliveiras. De madrugada, voltou outra vez para o templo e todo o povo vinha ter com Ele. Jesus sentou-se e pôs-se a ensinar. Então, os doutores da Lei e os fariseus trouxeram-lhe certa mulher apanhada em adultério, colocaram-na no meio e disseram-lhe: «Mestre, esta mulher foi apanhada a pecar em flagrante adultério. Moisés, na Lei, mandou-nos matar à pedrada tais mulheres. E Tu que dizes?» Faziam -lhe esta pergunta para o fazerem cair numa armadilha e terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se para o chão, pôs-se a escrever com o dedo na terra. Como insistissem em interrogá-lo, ergueu-se e disse-lhes: «Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra!» E, inclinando-se novamente para o chão, continuou a escrever na terra. Ao ouvirem isto, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher que estava no meio deles. Então, Jesus ergueu-se e perguntou-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?» Ela respondeu: «Ninguém, Senhor.» Disse-lhe Jesus: «Também Eu não te condeno. Vai e de agora em diante não tornes a pecar.»” Reflexão individual (15 minutos): Jesus é posto perante um dilema: se perdoa, é acusado de transgredir a Lei (Lv 20, 10; Dt 17, 57; 22, 20-24); se condena, será acusado de falta de misericórdia e mesmo de mandar executar uma pena reservada à autoridade romana. Jesus põe a questão noutros termos: não se trata de escolher entre a lei e a misericórdia, a justiça e a caridade, mas sim entre a mentira e a verdade, entre a hipocrisia dos acusadores e a sinceridade de quem se reconhece pecador. Quantas vezes nas nossas comunidades, nos nossos grupos, a absolutização da lei causa marginalização e sofrimento… Quantas vezes se atiram pedras aos outros, esquecendo os nossos próprios telhados de vidro… Quantas vezes marcamos os outros com o estigma da culpa e queimamos a pessoa em “julgamentos sumários” sem direito a defesa… Esta é a lógica de Deus? O que nos interessa: a libertação do nosso irmão, ou o seu afundamento? «Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra!», disse Jesus. Cristo desmascarouos, metendo-os na mesma situação que a mulher, também ela de natureza humana e que por isso, ela e eles cometem erros. Daí não terem direito de proferir qualquer julgamento sobre a mulher. Envergonhados diante da interpelação de Jesus, os doutores da Lei e os fariseus abandonam o local «a começar pelos mais velhos». Desta forma aqueles que condenaram afastam-se para dar lugar a uma nova ordem, aquela que é representada por Cristo: a misericórdia, o acolhimento e a aceitação. Serei capaz de assumir na minha caminhada esta atitude? Como? O que é que me falta para acolher e aceitar o outro? Neste caminho quaresmal, há duas coisas a considerar: Deus desafia-nos à superação de todas as realidades que nos escravizam e sublinha esse desafio com o seu amor e a sua misericórdia: “«Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?» Ela respondeu: «Ninguém, Senhor.» Disse -lhe Jesus: «Também Eu não te condeno…»” E convida-nos a despir as roupagens da hipocrisia e da intolerância, para vestir as do amor: «Vai e de agora em diante não tornes a pecar.» É o convite a deixar as atitudes de morte para aprender uma vida de liberdade. Partilha em grupo da reflexão individual Fazer síntese da reflexão e escolher uma palavra. Cântico: à escolha do grupo Pai Nosso São João