06-10-2011 Revista de Imprensa 06-10-2011 1. (PT) - Diário Económico, 06/10/2011, Ministério cria grupo técnico para assegurar cobertura total dos 1 cuidados primários 2. (PT) - i, 05/10/2011, Número de portugueses sem médico de família aumenta 50% desde 2003 2 3. (PT) - Primeiro de Janeiro, 05/10/2011, Sistema público de saúde perto da rutura 5 4. (PT) - Jornal de Notícias, 05/10/2011, Médicos temem ruptura do sistema 7 5. (PT) - Público, 05/10/2011, PCP vai tentar evitar a privatização das unidades de saúde familiares e do 8 SNS 6. (PT) - Diário Económico, 06/10/2011, Governo vai contratarmais médicos no estrangeiro 9 7. (PT) - Público, 06/10/2011, Ordem da Costa Rica diz nada poder fazer 10 8. (PT) - Público, 05/10/2011, Médicos costa-riquenhos garantem que não vieram a Portugal para fazer 11 turismo 9. (PT) - Jornal de Notícias, 05/10/2011, Acção social sem pôr em causa sustentabilidade 13 10. (PT) - Jornal de Notícias, 05/10/2011, Abate de árvores junto à maternidade contestado 14 11. (PT) - Primeiro de Janeiro, 05/10/2011, Centro Hospitalar de Gaia leva amamentação à escola 15 12. (PT) - Correio da Manhã, 06/10/2011, "Gastamos 53 euros per capita na oncologia" - Entrevista a Vítor 16 Veloso 13. (PT) - Jornal de Notícias, 06/10/2011, "Há hospitais que não deviam tratar cancro" 17 14. (PT) - Correio da Manhã, 05/10/2011, Receita só para genérico 18 15. (PT) - Jornal de Notícias, 05/10/2011, Receitas sem marcas até ao fim de Outubro 20 16. (PT) - Jornal de Notícias, 05/10/2011, Receita electrónica vai ser auditada 21 17. (PT) - Público, 05/10/2011, Ministério da Saúde poupa 30 milhões com análises clínicas 22 18. (PT) - Diário Económico, 06/10/2011, Ministério chega a acordo com laboratórios para reduzir 270 23 milhões na despesa 19. (PT) - Jornal de Notícias, 05/10/2011, Medidas do Governo "não são graves" 24 20. (PT) - i, 06/10/2011, Os bons indicadores do mau estado do país 25 21. (PT) - i, 06/10/2011, Só há uma banco de leite para bebés permaturos no país 26 22. (PT) - Visão, 06/10/2011, A verdade dos testes falsos 28 23. (PT) - Jornal de Negócios, 06/10/2011, "Deixe-me enfatizar isto bem. Vou olhar para a câmara" 29 24. (PT) - Diário de Notícias, 05/10/2011, Protecção de dados quer fiscalização 36 25. (PT) - Diário de Notícias, 05/10/2011, Os portugueses e as doenças cardiovasculares 37 26. (PT) - Diário de Notícias, 05/10/2011, Alzheimer com semelhanças às ´vacas loucas´ 38 27. (PT) - Jornal de Notícias, 06/10/2011, Medicina à beira de conseguir criar pulmões artificiais 39 28. (PT) - Diário de Notícias, 05/10/2011, Esperança para doenças cardíacas 41 29. (PT) - Diário dos Açores, 05/10/2011, Vacina contra o HIV cria resposta imune em 90% dos voluntários 42 30. (PT) - Público, 05/10/2011, Manual para hospitais ensina tudo sobre religiões 43 31. (PT) - Público, 05/10/2011, Centro Champalimaud ainda não trata doentes de hospitais públicos 44 32. (PT) - Crime, 06/10/2011, Médicos mortos "passam" receitas! 47 A1 ID: 37835282 06-10-2011 Tiragem: 16310 Pág: 20 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 15,48 x 5,09 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 1 SAÚDE Ministério cria grupo técnico para assegurar cobertura total dos cuidados primários O Ministério da Saúde criou um grupo técnico para desenvolver os cuidados de saúde primários (CSP) de forma a assegurar a sua cobertura total no País, segundo um despacho publicado terça-feira em Diário da República. O grupo técnico – composto por cinco médicos e dois enfermeiros – deve “propor medidas para assegurar a cobertura total do País” para que todos os utentes tenham acesso aos cuidados de saúde primários, pode ler-se do despacho. O Ministério da Saúde quer assegurar a cobertura total do país. Página 1 A2 ID: 37825877 05-10-2011 Tiragem: 27259 Pág: 22 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 24,49 x 33,06 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 3 Página 2 ID: 37825877 05-10-2011 Tiragem: 27259 Pág: 23 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 24,18 x 32,40 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 3 Página 3 ID: 37825877 05-10-2011 Tiragem: 27259 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 4,73 x 7,02 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 3 de 3 Página 4 A5 ID: 37819962 05-10-2011 Tiragem: 20000 Pág: 7 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 22,33 x 16,19 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Associação de Médicos de Clínica Geral “Sistema público de saúde perto da rutura” Médicos consideram que sistema público de saúde está à beira da rutura devido aos “cortes cegos” feitos sem soluções alternativas. O ministro da Saúde, Paulo Macedo, anunciou, ontem, que chegou a acordo com os laboratórios de análises clínicas para reduzir a fatura do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 12,5%, cerca de 30 milhões de euros. Num “contexto de emergência”, Paulo Macedo argumentou que quem é parceiro do Estado “nas horas boas tem de ser também nas horas menos boas”. DR Alerta. Médicos temem efeito dos cortes “cegos “ nas horas extraordinárias Além das análises e meios complementares de diagnóstico, o ministro da Saúde reiterou que os cortes na área da saúde vão incidir na indústria farmacêutica, passando também pela redução das horas extraordinárias. “O SNS será um SNS com menor número de chefias, menor fraude, o que corresponde em termos internacionais a 6 por cento da despesa, ou seja, nove milhões de euros”, afirmou, ainda, durante uma conferência em Lisboa, organizada pela TSF. Ontem também, a Associação de Médicos de Clínica Geral avisou que o sistema público de saúde está à beira da rutura devido aos “cortes cegos” feitos sem soluções alternativas e critica o desinvestimento nas Unidades de Saúde Familiar, preconizadas pela troika. “O que se passa na saúde é o seguinte: está tudo inundado e em vez de se resolver esse problema, está-se a contar os pingos de chuva”, afirmou o presidente da associação, Rui Nogueira, numa alusão aos cortes nas horas extraordinárias, que acredita levará mais pessoas aos hospitais. “As horas extraordinárias têm sido usadas para colmatar questões estruturais, como a falta de médicos e este é um problema que se tende a agravar, porque a população está a aumentar, a crise está a levar mais pessoas ao SNS e há cada vez menos médicos”, afirmo, alertando que fazer cortes cegos sem soluções alternativas pode levar ao “rompimento do sistema”, que atualmente já vive uma “situação de caos”. Página 5 ID: 37819962 05-10-2011 Tiragem: 20000 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 6,67 x 4,35 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 CORTES CEGOS Associação de Médicos de Clínica Geral diz que “Serviço Nacional de Saúde está à beira da rutura” Página 6 A7 ID: 37820462 05-10-2011 Tiragem: 112136 Pág: 7 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,37 x 15,92 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 7 A8 ID: 37820039 05-10-2011 Tiragem: 51975 Pág: 7 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 22,65 x 13,44 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 PCP vai tentar evitar a “privatização” das unidades de saúde familiares e do SNS Sofia Rodrigues Bernardino Soares considera que está em curso “o mais profundo ataque ao Serviço Nacional de Saúde” a Uma interpelação ao Governo e três iniciativas legislativas sobre saúde são algumas das acções com que o PCP vai avançar para contestar “o mais profundo ataque ao Serviço Nacional de Saúde”. No encerramento das jornadas parlamentares, ontem, o líder da bancada Bernardino Soares apontou o dedo aos cortes nos orçamentos dos hospitais, às horas extraordinárias e restrições à contratação de trabalhadores com consequências na ruptura de serviços. São estas “consequências desastrosas” com que o PCP vai confrontar o Governo na quarta-feira da próxima semana, numa interpelação em ple- nário, em que não deverá esquecer a “crescente privatização da saúde, tornando-a num negócio lucrativo para os grandes grupos económicos”, apontou o líder parlamentar do PCP. Uma das iniciativas legislativas que o PCP promete apresentar é um projecto de lei para eliminar a possibilidade de privatizar Unidades de Saúde Familiar, hipótese que o Governo PSD/ CDS se prepara para “utilizar”. Questionado sobre declarações de ontem do ministro da Saúde, Paulo Macedo, em que afirmou existir desperdício na saúde, o líder da bancada do PCP referiu que essa conclusão tem origem num relatório, ontem divulgado, que conclui haver margem para os hospitais pouparem 804 milhões de euros. “São uma espécie de contas de merceeiro. Não se pode aplicar de forma esquemática aqueles raciocínios no Serviço Nacional de Saúde”, afirmou. E deu exemplos: “Se houver menos internamentos, gasta-se Bernardino Soares menos. Mas é preciso saber por que é que se prolongam. É porque não há soluções de cuidados continuados para acolher pessoas que já não precisam de camas de hospital”. O líder parlamentar do PCP passou em revista as propostas do Governo para alterar a legislação laboral e prometeu “fortíssima oposição” às medidas, quer no plano parlamentar, quer através da “luta dos trabalhadores”. No plano das medidas de apoio à produção nacional – o outro tema das jornadas, a par da saúde – o PCP defende que a Caixa Geral de Depósitos tenha um papel central e de referência na concessão de crédito às pequenas empresas. E espera a “rápida concretização” do IVA de caixa, medida que já foi anunciada pelo Governo no Parlamento. Bernardino Soares sublinhou a necessidade de medidas para estimular a economia para evitar o pesadelo grego. “Se não queremos o exemplo da Grécia temos de mudar a cartilha da Grécia que nos está a ser aplicada”, advertiu. Já sobre a possibilidade de o PS vir a votar ao lado da bancada comunista em algumas das propostas, Bernardino Soares desafia os socialistas a separar as águas: “Se o PS quiser apoiar medidas de esquerda, e não ficar apenas no discurso de esquerda e votar à direita, os votos do PS são bem-vindos”. Página 8 A9 ID: 37835298 06-10-2011 Tiragem: 16310 Pág: 20 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 26,39 x 29,71 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 1 Joshua Roberts/Bloomberg COLUNA VERTEBRAL Recobro SEM MÉDICO 1,7 milhões De acordo com o Ministério da Saúde, ainda há 1,7 milhões de portugueses que não têm médico de família. JOÃO PAULO GUERRA Médicos estrangeiros vêm trabalhar para os centros de saúde, reforçando assim o número de médicos de família. Governo vai contratar mais médicos no estrangeiro Hospitais e centros de saúde estão proibidos de contratar clínicos, mas a ‘troika’ obriga a reforçar número de médicos de família até 2012. Catarina Duarte [email protected] O Governo vai continuar a contratar no estrangeiro para colmatar a falta de médicos de família nos centros de saúde. Isto, numa altura em que os hospitais e unidades de cuidados de saúde primários estão proibidos de contratar médicos e enfermeiros sem autorização expressa do Ministro da Saúde. A intenção do Governo foi anunciada ao Parlamento, através de uma resposta do Ministério da Saúde ao grupo parlamentar do PCP. Na pergunta enviada a Paulo Macedo, os comunistas questionam a tutela sobre as medidas que o Executivo vai tomar “para assegurar que todos os portugueses tenham médico de família”. Aliás, a ‘troika’ assim o obriga: no final de 2012 o Governo tem de assegurar a presença de médicos de família em áreas com maior carência, diz o memorando. Recorde-se que cerca de 1,7 milhões de portugueses não têm médico de família. Paulo Macedo tem de reforçar o número de médicos de família até ao final de 2012. Para isso, pretende continuar a contratar médicos estrangeiros. Para cumprir a exigência da ‘troika’, para além da contratação de médicos estrangeiros, o ministério pretende ainda aumentar o número de vagas para o internado médico de medicina geral e familiar, criar novas unidades de saúde familiar, contratar médicos especialistas em medicina geral e familiar no regime de 42 horas semanais, reintegrar médicos aposentados e reduzir as tarefas administrativas dos médicos nos centros de saúde, deixando-lhes mais tempo para consultas. O Diário Económico tentou saber junto do Ministério da Saúde quantos médicos estão a caminho e quando é que começam a trabalhar em Portugal, mas não obteve resposta até ao fecho desta edição. Governo acusa Ordem de bloquear médicos da Costa Rica Em Novembro passado o Diário Económico noticiou a contratação de 100 médicos estrangeiros. Em Abril, meia centena de médicos colombianos começaram a trabalhar em 18 centros de saúde de Lisboa, Vale do Tejo e também no Algarve, como aliás já tinha sido avançado pelo Diá- rio Económico. Numa segunda leva, chegaram também nove médicos da Costa Rica que entretanto ainda não estão a trabalhar, estando, contudo, a receber o salário (2.800 euros, mais casa), como avançou na terça-feira a Antena 1. Ao Diário Económico, fonte do Ministério da Saúde explicou que a solução para o problema passa pela Ordem dos Médicos (OM), “que não liberta as cédulas profissionais dos médicos costa-riquenhos enquanto não tiver o documento da reciprocidade, documento esse que não é de todo relevante para o exercício da profissão dos médicos já contratados”, frisando que Portugal tem “urgência no contributo destes médicos”. Por sua vez, o bastonário da OM atribui a responsabilidade aos “dois governos”, da Costa Rica e de Portugal. “Se a OM pudesse fazer alguma coisa já teria feito e esses colegas já estariam a trabalhar mas a Ordem não pode fazer nada”, disse à Lusa José Manuel Silva. ■ com M.A. A mais recente descoberta dos amigos, em simultâneo, da onça e do Serviço Nacional de Saúde, é que mandando mais cedo para casa os doentes hospitalizados podem poupar-se ao Estado 800 milhões de euros ao ano. Será só questão de abolir convalescenças, restabelecimentos, pós-operatórios e até mesmo recobros, subordinando os actos médicos à contabilidade de mercearia. Só não se percebe por que razão estes panegiristas da saúde orçamental não vão directos ao assunto, fazem contas e declaram, em definitivo, quantos milhões se poupariam não tratando os doentes. Pura e simplesmente, não os tratando. Ou, ainda de forma mais irrevogável, não calculam quantos milhões poupará o Orçamento extinguindo o SNS, banindo o direito à saúde, vendendo hospitais, maternidades e dispensários e colocando médicos e enfermeiros a render no privado. Para os calculistas dos gastos do SNS, o direito à saúde é subalterno e condicional. E o velho ‘slogan’ publicitário que durante décadas tentou convencer os portugueses que “a saúde está primeiro” era simplesmente uma campanha de dissolução dos costumes, inspirada por marginais adeptos do Estado Social, que não levava em consideração a magna e sacrossanta contabilidade pública. Pois que acima da saúde está o défice, a percentagem do pib e as sentenças condenatórias, sem apelo, desses modelos de democracia económica e de transparência democrática que são as agências de ‘rating’. O que é extraordinário é que alguns destes fundamentalistas querem inscrever o limite do défice na Constituição. Mas, para quê? Será que tendo consagração constitucional, como tem, o carácter “tendencialmente gratuito” do Serviço Nacional de Saúde não deixa de ser desrespeitado todos os dias, por pensamentos, palavras e obras? ■ [email protected] Página 9 A10 ID: 37835157 06-10-2011 Tiragem: 51975 Pág: 10 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,90 x 7,79 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Médicos Ordem da Costa Rica diz nada poder fazer a O presidente do Colégio dos Médicos da Costa Rica garantiu ontem à TSF que não tem poderes para resolver a situação dos médicos costariquenhos impedidos de trabalhar em Portugal e que só um convénio entre os ministérios da Saúde dos dois países permitirá ultrapassar o problema. Os nove médicos chegaram a Portugal há quatro meses e estão desde essa altura a receber 2800 euros por mês do Estado português, apesar de não poderem exercer. Página 10 A11 ID: 37820048 05-10-2011 Tiragem: 51975 Pág: 10 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 29,05 x 35,29 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Saúde Bastonário dos médicos fala em processo conduzido “à boa maneira portuguesa” Médicos costa-riquenhos garantem que não vieram a Portugal “para fazer turismo” Ao todo, são nove os médicos que chegaram em Maio para reforçar os centros de saúde. Desde então, recebem 2800 euros por mês, com direito a casa. O único senão: não podem trabalhar Margarida Gomes a Cinco meses depois de terem sido contratados, os nove médicos da Costa Rica que vieram para Portugal para trabalhar nos Agrupamentos de Centros de Saúde de Serra de Aire e da Lezíria para minimizar os efeitos da falta de médicos de família continuam sem poder exercer Medicina porque lhes falta a certidão profissional. Este documento é passado pela Ordem dos Médicos (OM), que alega que só ainda não o fez porque há outro documento, o chamado “certificado de reciprocidade”, que ainda não lhe foi apresentado. Sem esse certificado, diz a Ordem, não é possível concluir o processo de inscrição daqueles profissionais. Estes médicos auferem 2800 euros por mês mais alojamento, por 40 horas de consultas que não estão ainda habilitados a realizar. Segundo explicou ao PÚBLICO o director do Agrupamento de Centros de Saúde (Aces) de Serra de Aire, Pedro Marques, o Governo da Costa Rica ainda não procedeu ao envio do certificado de reciprocidade que permite que os médicos costa-riquenhos possam trabalhar em Portugal, e que habilita igualmente os clínicos portugueses a trabalhar na Costa Rica. “A Ordem dos Médicos da Costa Rica parece não aceitar essa reciprocidade, uma situação que está objectivamente a atrasar a entrada em funções daqueles médicos, uma vez que a Ordem não pode emitir a certidão profissional”, explicou Pedro Marques, que se mostra atado de pés e mãos para desbloquear este processo. “Estamos todos incrédulos com esta situação e os médicos costa-riquenhos estão a ficar desesperados.” “Fizemos tudo para vir” Sócrates Vargas Naranjo é um dos nove médicos que deixaram a Costa Rica para trás para vir trabalhar para Portugal, neste caso no Centro de Saúde de Torres Novas, mas que não se resignam com o que lhes está a acontecer. “Estamos a receber um ordenado mensal, mas não estamos a ver doentes. Não viemos para aqui para fazer turismo, mas para trabalhar”, indignase o médico, que não esconde a sua desmotivação com toda esta situação. “Fizemos tudo para vir para cá e, passados estes meses todos, estamos sem fazer nada. Toda esta situação é muito dramática para nós, que queremos recomeçar as nossas vidas”, desabafa. Médico há 12 anos, Sócrates Naranjo era médico epidemiologista na Costa Rica e veio para Portugal trabalhar na área da Medicina Geral e Familiar, tal como os restantes colegas. RUI SOARES Para o médico Sócrates Naranjo, a situação em que está é “dramática” A opção sul-americana Cerca de 150 clínicos chegaram nos últimos anos O médico Luís Manuel Cunha Ribeiro, ex-director do INEM, foi o responsável pela contratação de clínicos estrangeiros para reforçar o apoio em algumas zonas do país. Este médico, actualmente a trabalhar no Hospital de S. João, no Porto, acumulou várias viagens aéreas para recrutar lá fora médicos que estivessem disponíveis para vir trabalhar em Portugal. O primeiro grupo a chegar, em 2008, foi de médicos uruguaios e, também neste caso, o processo de instalação foi tão ou mais complicado que o dos costa-riquenhos, segundo revelou ao PÚBLICO um membro do anterior Governo. Mais tarde, foi a vez de um grupo de clínicos de Cuba aterrar em Portugal e, passado algum tempo, vieram os colombianos. Os costa-riquenhos chegaram em Maio deste ano. Uma parte dos médicos que Portugal recrutou no estrangeiro trabalha no INEM, mas a maior fatia está nos cuidados de saúde primários. Ao todo, foi contratada cerca de centena e meia de médicos para trabalhar nas regiões Centro e Sul do país. A opção por médicos da América Latina tem uma explicação: na Europa, não havia profissionais disponíveis para trabalhar em Portugal. As condições oferecidas por países como Alemanha, Inglaterra ou EUA eram bem mais atractivas. M.G. Confrontada pelo PÚBLICO com esta situação, a Administração Regional de Saúde de Lisboa (ARS) e Vale do Tejo informou ontem, através de uma nota escrita, que o processo de regularização da situação profissional dos nove médicos costa-riquenhos foi firmado ao abrigo do acordo entre Estados e celebrado pelo Ministério da Saúde e o Governo da Costa Rica quando a ex-ministra Ana Jorge era titular da pasta. “Este processo encontra-se pendente na Ordem dos Médicos[...], que ainda não emitiu as respectivas inscrições por falta de documento proveniente da Ordem dos Médicos da Costa Rica que reconheça a reciprocidade do exercício da Medicina aos médicos portugueses que eventualmente pretendam exercer funções naquele país”, refere a ARS. O bastonário da OM, José Manuel Silva, atira a responsabilidade para cima do anterior Governo, acusando-o de ter conduzido mal o processo de contratação de clínicos estrangeiros para reforçar o apoio em algumas zonas do país. “Infelizmente, o anterior Governo português autorizou a sua vinda antes do processo de inscrição estar terminado e assinou um contrato que não previu sequer a obrigatoriedade de o processo estar terminado para efectuar o pagamento. O processo foi conduzido de uma forma leviana, à boa maneira portuguesa”, declarou, frisando que estes contratos são válidos por três anos. A resposta da ex-ministra da Saúde às críticas do bastonário não se fez esperar. Ana Jorge reconheceu que este processo não foi fácil, mas disse que as dificuldades podem ser superadas se os dois governos estiverem interessados. Portugal não tem embaixada na Costa Rica, pelo que, sempre que é necessário resolver qualquer problema, essa diligência é feita através do embaixador da Colômbia. “Obviamente que se torna mais difícil de resolver, mas, se houver interesse em resolver a situação, tem que se trabalhar para ultrapassar as dificuldades”, disse Ana Jorge à TSF, admitindo que a mudança de Governo possa ter atrasado este processo. Página 11 ID: 37820048 05-10-2011 Tiragem: 51975 Pág: 36 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,71 x 7,07 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Não exercem Médicos costariquenhos não vieram “para fazer turismo” Pág. 10 Página 12 A13 ID: 37820476 05-10-2011 Tiragem: 112136 Pág: 8 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 15,85 x 8,03 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 13 A14 ID: 37822209 05-10-2011 Tiragem: 112136 Pág: 21 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 10,36 x 10,73 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 14 A15 ID: 37819943 05-10-2011 Tiragem: 20000 Pág: 3 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 22,40 x 16,79 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Sensibilizar aleitamento materno Centro Hospitalar de Gaia leva amamentação à escola DR Grupo de profissionais do centro hospitalar e centros de saúde vai percorrer várias escolas do concelho de Gaia. A sensibilização de os mais novos para o aleitamento materno é o objetivo do programa do centro hospitalar Gaia/Espinho que esta semana vai percorrer várias escolas do concelho para mostrar que amamentar é algo natural. Na Semana Mundial do Aleitamento Materno, o centro hospitalar e o Agrupamento de Centros de Saúde de Espinho/Gaia escolheram os mais novos. Um grupo de profissionais do centro hospitalar e centros de saúde vai percorrer várias escolas do concelho de Gaia, a fim de sensibilizar para o aleitamento Centro Hospitalar de Gaia. Tema deste ano da Semana Mundial do Aleitamento Materno é «Amamentar, uma experiência 3D» materno como uma função biológica e um assunto de Saúde Pública. O objetivo, diz o centro, “é que as crianças falem sobre amamentação de uma forma tão natural quanto o próprio ato”. O tema deste ano da Semana Mundial do Aleitamento Materno é “Amamentar, uma experiência 3D” dividindo-se em três conceitos: Tempo (da gravidez ao desmame), Espaço (serviços de saúde, domicílio, local de trabalho ou estudo) e Comunidade (que apoia as mães que amamentam). A acompanhar as ações preparadas para os mais novos, o Centro Hospitalar promove ainda uma exposição fotográfica e uma sessão de sensibilização no Gaiashopping e uma caminhada pela amamentação no parque biológico de Gaia programada para amanhã, pelas 10h00. Página 15 A16 ID: 37836144 06-10-2011 Tiragem: 184177 Pág: 51 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 10,54 x 14,64 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 16 A17 ID: 37836066 06-10-2011 Tiragem: 112136 Pág: 7 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 26,65 x 18,66 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 17 A18 ID: 37822946 05-10-2011 Tiragem: 184177 Pág: 17 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 21,21 x 30,56 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Página 18 ID: 37822946 05-10-2011 Tiragem: 184177 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 3,49 x 3,13 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Página 19 A20 ID: 37820458 05-10-2011 Tiragem: 112136 Pág: 7 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 21,07 x 23,62 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 20 A21 ID: 37820472 05-10-2011 Tiragem: 112136 Pág: 8 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 10,71 x 23,81 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 21 A22 ID: 37820043 05-10-2011 Tiragem: 51975 Pág: 8 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,49 x 16,11 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Ministério da Saúde poupa 30 milhões com análises clínicas a O ministro da Saúde anunciou ontem que chegou a acordo com os laboratórios de análises clínicas para reduzir a factura do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 30 milhões de euros. “Na semana passada fizemos um novo acordo em que reduzimos a despesa para o SNS em mais 12,5%, em quase cerca de 30 milhões de euros”, declarou o ministro da Saúde durante a conferência SNS: Custos e Benefícios num Contexto de Emergência, que decorreu em Lisboa. Paulo Macedo argumentou que quem é parceiro do Estado “nas horas boas tem de ser também nas horas menos boas”. Já em Agosto do ano passado, ainda com o PS no Governo, a anterior equipa do Ministério da Saúde acordou com os laboratórios uma redução de cinco por cento no preço das análises, medida que se manteria para 2012 e permitia uma poupança de dez milhões de euros anuais. Além das análises e meios complementares de diagnóstico, o ministro da Saúde reiterou que os cortes na área da saúde vão incidir na indústria farmacêutica, passando também pela redução das horas extraordinárias. Página 22 A23 ID: 37835188 06-10-2011 Tiragem: 16310 Pág: 12 País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Diária Área: 10,00 x 4,85 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 1 SAÚDE Ministério chega a acordo com laboratórios para reduzir 270 milhões na despesa O Ministro da Saúde chegou a acordo com os laboratórios de análises clínicas para reduzir a factura do Serviço Nacional de Saúde em 12,5% face a 2010, o que representa uma poupança de 27 milhões de euros. O sector convencionado assume uma parcela com impacto significativo no total das despesas em saúde (um encargo superior a 700 milhões de euros em 2010). A área de análises clínicas é responsável por cerca de 219 milhões, perto de um terço da despesa total do sector. Página 23 A24 ID: 37820465 05-10-2011 Tiragem: 112136 Pág: 7 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,31 x 12,86 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 24 A25 ID: 37836428 06-10-2011 Tiragem: 27259 Pág: 12 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 16,87 x 21,79 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 25 A26 ID: 37836441 06-10-2011 Tiragem: 27259 Pág: 24 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 24,49 x 30,65 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Página 26 ID: 37836441 06-10-2011 Tiragem: 27259 Pág: 25 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 24,25 x 30,78 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Página 27 A28 ID: 37822754 06-10-2011 Tiragem: 132725 Pág: 102 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 19,61 x 27,50 cm² Âmbito: Interesse Geral Corte: 1 de 1 Página 28 A29 ID: 37835893 06-10-2011 Tiragem: 18239 Pág: 18 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 27,41 x 34,44 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 7 Página 29 ID: 37835893 06-10-2011 Tiragem: 18239 Pág: 27 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 26,97 x 34,59 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 2 de 7 Página 30 ID: 37835893 06-10-2011 Tiragem: 18239 Pág: 28 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 27,48 x 33,23 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 3 de 7 Página 31 ID: 37835893 06-10-2011 Tiragem: 18239 Pág: 29 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 27,30 x 34,51 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 4 de 7 Página 32 ID: 37835893 06-10-2011 Tiragem: 18239 Pág: 30 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 27,30 x 34,86 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 5 de 7 Página 33 ID: 37835893 06-10-2011 Tiragem: 18239 Pág: 31 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 26,75 x 34,59 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 6 de 7 Página 34 ID: 37835893 06-10-2011 Tiragem: 18239 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 13,15 x 21,00 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 7 de 7 Página 35 A36 ID: 37820451 05-10-2011 Tiragem: 56361 Pág: 14 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,43 x 18,35 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 36 A37 ID: 37820452 05-10-2011 Tiragem: 56361 Pág: 55 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 21,14 x 18,20 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 37 A38 ID: 37820454 05-10-2011 Tiragem: 56361 Pág: 14 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,43 x 14,25 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 38 A39 ID: 37836045 06-10-2011 Tiragem: 112136 Pág: 6 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 26,89 x 31,21 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Página 39 ID: 37836045 06-10-2011 Tiragem: 112136 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,10 x 3,16 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Página 40 A41 ID: 37820463 05-10-2011 Tiragem: 56361 Pág: 14 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,12 x 5,34 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 41 Diário dos Açores A42 ID: 37828447 05-10-2011 Tiragem: 3630 Pág: 16 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 26,82 x 18,16 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 Vacina contra o HIV cria resposta imune em 90% dos voluntários In ‘Portal Alert’ Uma equipa do Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC), Espanha, apresentou os primeiros resultados em humanos de uma vacina promissora contra o HIV, desenvolvida e patenteada pela agência, que conseguiu induzir uma resposta imune contra o vírus em 90% das pessoas que a receberam. Além disso, estes efeitos mantiveram-se por pelo menos um ano em 85% dos casos. Os resultados foram divulgados nas revistas médicas “Vaccine” e “Journal of Virology”. O desenvolvimento desta vacina começou há mais de 10 anos e actua, em particular, sobre o subtipo B do HIV, a mais prevalente na Europa e na América. A primeira fase do estudo realizado em humanos incluiu um total de 30 indivíduos saudáveis, seleccionados a partir do total de 370 voluntários que se ofereceram para participar nesta pesquisa inovadora. Destes, 24 receberam a vacina por via intramuscular em três doses e os outros seis foram tratados com placebo. Em ambos os casos, seguidos por 48 semanas e, como se referiu, 90% dos casos desenvolveu uma resposta imune que foi mantida ao longo do tempo na maioria deles (85%). A vacina denominada MVA-B foi produzida a partir de um vírus diferente do HIV. Ao ser enfraquecido, o microrganismo serviu para produzir uma vacina contra a varíola . Para desenvolver a vacina, os cientistas espanhóis colocaram quatro genes do HIV dentro do vírus enfraquecido da varíola . Contudo, segundo os cientistas, a presença desses genes não é suficiente para desenvolver a doença em pessoas saudáveis. Pelo contrário, ela serve apenas para deixar o corpo em alerta para o caso do vírus entrar em contacto com organismo vacinado. No entanto, os investigadores alertam que os resultados devem ser analisados com cautela. Esta vacina já tinha sido testada em 2008 em roedores e em macacos. Agora, o próximo passo da investigação será testar a vacina como terapia para pessoas que já es- tejam infectadas pelo vírus, mas ainda não desenvolveram a doença. Página 42 A43 ID: 37820044 05-10-2011 Tiragem: 51975 Pág: 8 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 22,62 x 9,44 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Manual para hospitais ensina tudo sobre religiões António Marujo a Fica a saber-se, por exemplo, que os baha’ís têm um jejum de 19 dias, antes do respectivo ano novo; que os monges budistas não comem depois do meio-dia; que os católicos não entendem o sofrimento como um castigo de Deus; que a maioria dos hindus não come carne de vaca; que os muçulmanos e os judeus evitam a de porco. O Manual da Assistência Espiritual e Religiosa Hospitalar foi ontem apresentado, num simpósio inter-religioso, em Lisboa, sobre apoio espiritual nos hospitais. O manual, preparado para 11 diferentes confissões religiosas, apresenta as práticas de cada uma, os ritos ou tradições ligadas ao nascimento, as regras de alimentação, a forma como é encarada a doença e o sofrimento, bem como algumas práticas clínicas, e ainda o modo como se encara a morte e os rituais a ela ligados. Também se diz, no manual, que entre os evangélicos há diferentes perspectivas sobre o aborto, ou que todas as religiões admitem os transplantes, mas que as Testemunhas de Jeová 11 Religiões representadas no manual, que pretende ser um “instrumento prático” para os profissionais de saúde não querem transfusões de sangue. Trata-se de um “instrumento prático” para os profissionais que contactam com os doentes, disse à agência Lusa o presidente do Instituto Ricardo Jorge, Pereira Miguel, coordenador do Plano Nacional de Saúde 2004-2010. O grupo de trabalho Saúde/Espiritualidade, que ontem foi também anunciado, e que junta as diferentes confissões, pretende que este manual agora publicado seja uma base para o “conhecimento recíproco, particularmente importante em situações como as que se vivem nos hospitais”. “A lei veio favorecer uma assistência religiosa mais diversificada. Este manual é um instrumento prático nesse sentido”, afirmou Pereira Miguel, ci- tado pela mesma fonte, sublinhando que o documento é de “grande utilidade para os profissionais de saúde” e revela a capacidade de aproximação entre as religiões. Pereira Miguel diz que no Plano Nacional de Saúde há “um capítulo dedicado à espiritualidade no âmbito da qualidade dos cuidados de saúde”. Não há “bons cuidados de saúde que não envolvam a dimensão mental, espiritual da pessoa humana”, afirma. O manual regista doutrinas e práticas da Igreja Adventista do Sétimo Dia, da fé Baha’í, do budismo, da Igreja Católica, do hinduísmo, do islão, do judaísmo, dos mormons, da Igreja Ortodoxa, dos protestantes evangélicos e das Testemunhas de Jeová. Página 43 A44 ID: 37820026 05-10-2011 Tiragem: 51975 Pág: 2 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 29,05 x 35,29 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 3 Oncologia Protocolo de investigação com Serviço Nacional de Saúde ainda por cumprir Centro Champalimaud ainda não trata doentes de hospitais públicos Previa-se que os primeiros pacientes oncológicos chegassem a partir de Junho, mas não foi assinado um único acordo com hospitais do SNS Alexandra Campos a Mais de meio ano após a assinatura do protocolo entre a Fundação Champalimaud e a ex-ministra da Saúde – que previa o tratamento, no seu centro de investigação, de doentes oncológicos vindos dos hospitais públicos –, nem um paciente do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi para ali encaminhado. Faz hoje um ano que a Fundação Champalimaud inaugurou as instalações do que pretende vir a ser um centro de referência mundial em duas áreas: o cancro e as neurociências. Mas ainda não há boas novas para os doentes do sector público. O centro instalado em Pedrouços (Lisboa) já está a tratar pacientes oncológicos, mas apenas aqueles que possam pagar a factura do seu bolso ou tenham seguros de saúde. Quando estiver a trabalhar em velocidade cruzeiro, poderá atender 300 doentes por dia (e é só a investigação do cancro que está focada na aplicação clínica dos resultados). Isso ainda está longe de acontecer, porém. Só “nas últimas semanas” é que começaram a chegar doentes oncológicos para serem tratados e ainda são “poucos”, adianta Zvi Fuks, director do centro de investigação (ver entrevista). São “poucas centenas”, refere a assessoria da fundação, sem avançar dados mais concretos. Acrescenta que neste momento estão a funcionar as áreas de tratamento em cancro de mama e metátases e que, até ao final do ano, está prevista a abertura de mais duas áreas: próstata e colo-rectal. No primeiro trimestre de 2012, arrancará a área do pulmão. Quanto ao protocolo que previa que doentes do SNS pudessem, entre outras coisas, entrar em ensaios clínicos e que médicos dos hospitais públicos pudessem aceder à investigação ali desenvolvida – como destaca a assessoria da fundação –, esse foi assinado em 30 de Março. O acordo, que implica que o SNS cubra a maior parte dos custos das consultas e do tratamento destes doentes, desencadeou na altura controvérsia, com directores de hospitais a porem em causa o seu interesse, alegando que isso não traria poupanças, nem estava explicado o que aconteceria aos doentes que necessitassem de internamento. Ainda assim, a fundação anunciou que os primeiros pacientes dos hospitais públicos deveriam começar a chegar a partir de Junho. Mas nada disto foi possível. “Ficou ao critério de cada hospital estabelecer um acordo com a fundação”, lembra o presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos, Jorge Espírito Santo, para quem “o que provavelmente aconteceu é que não houve ainda iniciativa ou confiança suficiente” para as unidades públicas avançarem neste sentido. Já depois de o protocolo ter sido assinado, Jorge Espírito Santo reuniuse com o director clínico do hospital de dia do centro, António Parreira. O objectivo era o de perceber “em que condições podia haver colaboração com mútuo benefício”. “Entretanto, houve eleições e a conversa ficou pendurada. Vamos ver se é retomada em breve”. diz. Seja como for, defende, a fundação só pode cumprir os objectivos a que se propôs “se tiver uma Nas mãos do ministro A rede oncológica foi delineada há meses mas está parada A nova proposta de rede de referenciação oncológica nacional, delineada há quatro meses e entregue ao Ministério da Saúde, está parada, diz o coordenador nacional das Doenças Oncológicas, Manuel Leitão da Silva, que aguarda orientações da tutela. Também está pronta a rede nacional de bancos de tumores. A necessidade de reorganização da rede de referenciação dos Serviços de Oncologia começou a ser estudada em 2002, quando foi criada no papel uma rede nacional de referenciação hospitalar que não se chegou a concretizar. A nova proposta de rede abandonou a ideia, polémica, de encerramento de serviços com base no critério de número mínimo de casos, mas implica que alguns hospitais deixem de fazer certos tratamentos. Estava previsto que o trabalho de concretização da rede se iniciasse na área de abrangência da Administração de Saúde do Norte para depois ir avançando para as outras regiões. relação estreita” com os actores no terreno. “A marginalização da comunidade oncológica nacional levará ao malogro” deste projecto, avisa. Nota também que é preciso, antes de mais, avançar com a concretização da rede oncológica nacional. “O que me parece óbvio é que é impossível projectar o papel [do Centro Champalimaud] sem que em Portugal se saiba quem é quem” – traduzindo por miúdos, sem que seja concretizada a rede de referenciação de doentes, que continua no papel, apesar de já estar delineada há meses (ver caixa). O coordenador nacional das doenças oncológicas, Manuel Leitão da Silva, que tratou do protocolo assinado entre o ministério e a fundação, diz que “não faz ideia” dos motivos que justificam a inexistência de acordos com hospitais públicos. “Deixei que o protocolo ficasse o mais aberto possível, fui o mais liberal possível”, recorda Manuel Leitão da Silva. “A fundação é que tem que dar o primeiro passo, indo ter com os directores dos hospitais, propondo estudos conjuntos, combinando as regras do jogo.” “Em Portugal, não existe a cultura de os doentes procurarem centros que façam investigação clínica” e as instituições “estão muito viradas para a prática assistencial”, explica António Araújo, do IPO do Porto. O Centro Champalimaud tem “médicos muito bons mas tem ainda um caminho longo de afirmação a percorrer”. “Não basta dizer ‘somos um grande centro de referência’ para os doentes choverem”. com Andreia Cunha Freitas Investigação já começou há muito tempo Na saúde e na doença, até que as perguntas acabem a Têm já algumas respostas mas ainda milhões de perguntas. Já perceberam, por exemplo, por que é que os doentes com Parkinson conseguem andar de bicicleta concluindo que, no nosso cérebro, uma acção voluntária e uma automatizada vão por caminhos diferentes e activam lugares diferentes. Mais recentemente, anunciaram a descoberta do mecanismo-chave que leva o cancro da mama a passar para os ossos. Também defenderam que as preferências alimentares são reguladas pelo cérebro olhando para o modelo da mosca-do-vinagre. São alguns exemplos de passos com a assinatura da Fundação Champalimaud (FC). Passou um ano desde a inauguração, com pompa e circunstância, do edifício construído na frente ribeirinha de Lisboa onde debaixo do mesmo tecto vive a investigação e o tratamento de doentes da responsabilidade da FC. Mas, antes, já se fazia ciência com a marca Champalimaud. O Programa Neurociências foi lançado em 2007 e tem actualmente cerca de 180 cientistas de 16 nacionalidades (55% são portugueses) e com uma média de 30 anos. Desde o princípio, em 2006, que ficou definido que o cancro e as neurociências seriam as principais áreas de investigação. O perfil de funcionamento era – e é – a investigação translacional, que permite uma aplicação clínica dos conhecimentos adquiridos nos laboratórios. Mas a FC tem mais casas espalhadas pelo mundo. Na Índia, mora o principal impulso do projecto C-Tracer, que, entre outras vertentes, explora o caminho das células estaminais para o tratamento de doenças da visão. Esta área inclui ainda o C-Tracer 2, a funcionar em Coimbra. Na área do cancro, existem três programas de investigação em metástases nas universidades de Harvard, Princeton e Cornell. Pesquisas que decorrem lado a lado com a parte clínica actualmente dedicada apenas ao cancro da mama e que até ao final do ano deverá abrir-se para os cancros da próstata e colo-rectal e depois, no início de 2012, para o cancro do pulmão. Há ainda outras marcas FC, como aquele que é anunciado como o maior prémio do mundo na área da visão e que atribui um milhão de euros ao vencedor. Para os mais novos há o irrequieto Champimóvel, um camião TIR que já viajou por Portugal e Espanha recebendo 90 mil crianças que aprenderam mais sobre o corpo humano disparando balas sobre vírus, entre outras aventuras. E há, sobretudo, as respostas dadas pela FC que prometem continuar. As perguntas não vão acabar nunca. A.C.F. Página 44 ID: 37820026 05-10-2011 DANIEL ROCHA Tiragem: 51975 Pág: 3 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 29,18 x 35,29 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 3 Entrevista a Zvi Fuks Queremos um sistema eficaz, seguro e amigável para tratar o cancro ENRIC VIVES RUBIO Andreia Cunha Freitas Zvi Fuks é um americano de origem israelita que chegou à fundação há cerca de seis meses para dirigir o centro de investigação Faz hoje um ano que a Fundação Champalimaud inaugurou as instalações a Zvi Fuks, de 74 anos, trabalhava no Instituto Sloan-Kettering para a Investigação do Cancro, em Nova Iorque, e tem centrado a sua investigação no tratamento do cancro com radiações. Que balanço pode fazer destes meses de trabalho? Comecei há cerca de seis meses e não tínhamos ainda pessoal médico disponível na instituição. Tínhamos uma equipa de cientistas a trabalhar na área da Neurobiologia mas não tínhamos pessoal médico. E tivemos sucesso no recrutamento de um significativo número de clínicos nos últimos três ou quatro meses. Portugueses? Não só, mas maioritariamente portugueses. O director clínico é António Parreira, um reconhecido hematologista. E temos também a coordenadora da Unidade de Cancro da Mama, Fátima Cardoso. E alguns outros. As pessoas na área de Radioterapia são de outras partes do mundo, como Itália e Holanda. A contratação da equipa médica é a prioridade? Estamos empenhados nisso nestes primeiros nove meses, um ano. Queremos construir uma infraestrutura para serviços médicos. Especialmente dedicada ao cancro? Estamos a tentar construir uma infra-estrutura capaz de cuidar dos doentes. O objectivo desta instituição é a investigação translacional. Ou seja, fazer com que os avanços em Medicina que aconteçam na área da investigação do cancro, em laboratórios, em modelos animais e outros modelos sejam transferidos para os humanos. Estamos concentrados em completar as últimas fases da transferência de processos extremamente novos de terapias que podem ser usados em doentes. No cancro da mama? Em vários tipos de cancro. Estou a falar no princípio em geral. Para conseguir fazer isso, temos de ter um sistema que possa ser disponibilizado aos doentes. Mas esses doentes serão tratados no âmbito de ensaios clínicos? Não necessariamente. Neste momento, queremos ter uma infraestrutura que seja capaz de garantir terapias para cancro. No princípio, serão terapias tradicionais, porque é assim que se constrói um serviço. Assegurando que temos clínicos, enfermeiros, procedimentos e capacidade para fazer todos os testes necessários. Assegurando que é seguro para o doente e que eles beneficiam da terapia. Temos de ter a infra-estrutura e a equipa empenhada em tratar os doentes. O programa de Neurociências também terá essa plataforma clínica? Não, esse vai manter-se como um programa de investigação que envolve tudo menos doentes. Não há planos para que isso aconteça? Ainda não foi decidido nada sobre isso. Neste momento, não estamos a discutir isso. Não quero dizer nem sim nem não. Estamos empenhados em construir um sistema para tratamento do cancro que seja eficaz, seguro e “amigável” para os doentes. Esse é o nosso objectivo actualmente. Queremos cumpri-lo o mais rapidamente possível. Tem um prazo definido? Isto não é um serviço militar e, por isso, não funcionamos com deadlines. Mas temos a expectativa de o fazer o melhor que conseguirmos. Estamos a trabalhar muito e a andar rápido. É um projecto em desenvolvimento e vai demorar ainda um pouco até conseguirmos juntar todos os especialistas e a excelência que queremos garantir. Quantos têm e quantos serão suficientes? Nunca serão suficientes. Estamos a tentar apoiar-nos o máximo que conseguirmos em médicos portugueses porque estamos em Portugal e porque os doentes serão maioritariamente portugueses. Há excelentes clínicos no país que estamos a tentar atrair. Quantos têm actualmente? Nos últimos três meses, contratámos cerca de uma dúzia. Estamos a negociar ainda com alguns. E estamos à procura de mais. Esperamos que até ao próximo Inverno já tenhamos pessoal suficiente para começar a ter um fluxo constante de doentes e aí vamos tentar implementar de uma forma responsável e devagar novos tratamentos, experimentais. Ainda não estão a tratar doentes? As instalações estão prontas e começámos a ter alguns doentes. Mas ainda poucos. Temos doentes que vimos e que começámos a tratar mas é um desenvolvimento recente. Abrimos há poucas semanas, e, gradualmente, estamos a dar-nos a conhecer ao sistema português, aos doentes portugueses e médicos. Esses doentes estão a ser tratados em ensaios clínicos? Ainda não. Neste momento, estamos a tentar montar o sistema usando terapias tradicionais, mas, em breve, teremos protocolos de investigação e de Medicina avançada. Nem todos os novos tratamentos são investigação. Alguns são tecnologias avançadas que têm de ser implementadas, introduzidas neste país. Sentiu que a prioridade tinha de ser a construção da parte clínica do projecto? Inicialmente, sim. E começar com os tratamentos tradicionais como base para depois passar para as terapias mais avançadas. Para conseguir assegurar a segurança. Quer destacar algum marco importante já alcançado? Estamos no início. Ainda não temos marcos. Estamos abertos e a começar a funcionar. Isso é um marco impressionante e que requereu um esforço enorme, financeiro e profissional. Abrir algo como isto não é uma coisa pequenina. Página 45 ID: 37820026 05-10-2011 Tiragem: 51975 Pág: 36 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 17,07 x 7,30 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 3 de 3 Champalimaud Centro ainda não trata doentes de hospitais públicos Págs. 2/3 Página 46 Crime (O) A47 ID: 37838278 06-10-2011 Tiragem: 25000 Pág: 6 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 26,77 x 34,81 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 3 Página 47 Crime (O) ID: 37838278 06-10-2011 Tiragem: 25000 Pág: 7 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 27,16 x 34,95 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 3 Página 48 Crime (O) ID: 37838278 06-10-2011 Tiragem: 25000 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 19,47 x 7,24 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 3 de 3 Página 49